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DIREITO & ESTADO ___________ distinção e aproximação (1) impulso natural; (2) ato de vontade; (3) acordo; (4) contrato social Vida em Sociedade Estado 1. Regula a vida social 2. Através do Poder 3. Atribuido pela sociedade 4. Poder Institucionalizado ü Estado como fonte que irradia o Direito a toda coletividade Estado • 4 acepções distintas Direito • 7 acepções distintas ESTADO 1) Estado como fenômeno jurídico Ø Visto como um ser abstrato; Ø U m a p e s s o a j u r í d i c a formada por uma ordem jurídica nacional Ø Um complexo de normas ESTADO Ø Poder institucionalizado: o Estado se forma quando o Poder NÃO é atribuido a uma pessoa específica, mas SIM a Instituição Estatal. ESTADO • Georges Burdeau: o Estado se forma quando o poder assenta numa instituição e não num homem. • Jean-Yves Calvez: O Estado é a generalização da sujeição do poder ao direito: por uma certa despersonalização. ESTADO 2) Estado como uma comunidade q Realidade social formada por uma coletividade de indivíduos q Regras existentes q Normas de reciprocidade ESTADO Hans Kelsen: o Estado como realidade social está incluído na categoria de sociedade; ele é uma comunidade. ESTADO 3) Estado como unidade sociológica ² Organismo ² Vontade Coletiva X Vontade Individual ESTADO Otto Gierke: discernimento do caráter orgânico do Estado é a única fonte para a idéia de que a comunidade é algo valioso em si mesmo. E apenas do valor superior do todo em relação às suas partes é que se pode originar a obrigação do cidadão de viver e, se necessário, de morrer pelo todo. ESTADO ² Dominação: Governantes Governados a) Indivíduo expressa sua vontade; b) Outro indivíduo se conduza de modo adequado; c) A expressão da vontade de (a) motiva o indivíduo (b) a se conduzir de modo Correspondente. ² Homens forçando outros homens a uma determinada conduta ESTADO 4) Estado como Poder v Soc iedade po l i t i camen te organizada; v Regula o uso da força v Ordena a conduta do homem v R e l a ç ã o d e a u t o r i d a d e : superior e inferior (socio- politico) ESTADO Paulo Bonavides: O Poder com autoridade é o Poder em toda sua plenitude, apto a dar soluções aos problemas sociais. v Estado possuidor do monopólio da coação organizada e incondicionada v Emite regras de comportamento v Obriga aos membros a observância desses regramentos DIREITO 1) Direito como Norma ü Acepção comum do vocábulo ü Norma X Lei ü Conjunto de regras de cumprimento obrigatório DIREITO Rudolf Von Ihering: “Direito como um conjunto de normas coativamente garantidas pelo poder público, ou seja, Direito é a soma das condições de existência social assegurado pelo Estado através da coação.” DIREITO 2) Direito Positivo & Natural • POSITIVO: Conjunto de normas escritas por uma determinada sociedade (útil) • POSITIVO: rege a vida interna dessa sociedade regulando o uso da força (econômico) • NATURAL: Conjunto de normas aceitas por determinada sociedade (bom) • NATURAL: va lores presentes na coletividade (axiomas morais) • NATURAL fundamenta o POSITIVO DIREITO Norberto Bobbio: O direito natural prescreve ações cujo valor não depende do juízo que sobre elas t e n h a o s u j e i t o , m a s e x i s t e independentemente do fato de parecerem boas a alguns e má a outros. Prescreve, pois, ações, cuja bondade é objetiva (ações que são boas em si mesmas, diriam os escolásticos medievais). DIREITO Norberto Bobbio: O direito positivo, ao contrário, é aquele que estabelece a ç õ e s q u e , a n t e s d e s e r e m reguladas, podem ser cumpridas indiferentemente de um modo ou de outro mas, uma vez reguladas pela lei, importa (isto é: é correto e n e c e s s á r i o ) , q u e s e j a m desempenhadas do modo prescrito em lei. DIREITO Aristóteles: antes da existência de uma lei ritual é indiferente sacrificar a uma divindade uma ovelha ou duas cabras; mas uma vez existente uma lei que ordena sacrificar uma ovelha, isto se torna obrigatório; é correto sacrificar uma ovelha, e não duas cabras, não por que esta ação seja boa por sua natureza, mas porque é conforme a uma lei que dispõe desta maneira. DIREITO 3) Direito Estatal e Direito Não-Estatal u ESTATAL: normas jurídicas elaboradas pelo Estado u ESTATAL: regulam a vida em sociedade (Código Civi, Penal, Tributário, etc) u Não-Estatal: Normas elaboradas por g rupos d i fe ren tes presentes na sociedade u Não-Esta ta l : D i re i to Grupa l de observânc ia obr iga tór ia (D i re i to Universitário, Direito Canônico, etc) DIREITO Ana Lucia Sabadell: “Se colhe da observação da realidade e sustenta que o Direito espontâneo- c o m u n i t á r i o p r o t e g e a s necessidades de todos, sendo um Direito justo. Ainda que o Direito não-Estatal é uma fonte diferente de regulamentação social.” DIREITO 4) Direito Faculdade, Direito Poder § Empregado para designar o Poder de uma pessoa individual ou coletiva em relação a determinado objeto. § Revela a prerrogat iva, facu ldade, liberalidade de agir ou não-agir (facultas agendi) § Diferença da norma convertida em lei (jus est norma agendi) § Ihering sustentou que é um interesse juridicamente protegido, entendendo-se interesse DIREITO 5) Direito Justo v Conceito relacionado com a justiça v Objetivamente designa um bem devido a uma pessoa por exigiencia da Justiça v Cícero: justiça é uma constante e perpétua vontade de dar a cada um o seu direito. v Exemplo: Direito de exigir a devolução de um objeto emprestado v Exemplo: Direito de exigir o pagamento do salário DIREITO 6) Direito Ciência ü Remete a Ciência do Direito c o m o c o n s t r u ç ã o d o conhecimento jurídico ü Hermann Post: “Direito é a exposição sistematizada de todos os fenômenos da vida jurídica e a determinação de suas causas” DIREITO 7) Direito como fato Social Ø Sentido aproximado ao sociológico Ø Coletividade vista como um conjunto de de fatos sociais Ø Exemplos: (a) fatos econômicos, (b) fatos religiosos, (c) fatos culturais, (d) fatos jurídicos – relacionados ao Direito. Ø Tobias Barreto: “O Direito é o conjunto de condições de vida da sociedade, coativamente asseguradas” Direito & Estado ____________ Realidades & Formatações Realidade Única Independentes Interdependentes 1. Te o r i a M o n í s t i c a (Hans Kelsen) 2. Te o r i a D u a l i s t a (Léon Duguit) 3. Teoria do Paralelismo (Giorgio Del Vecchio) Teoria Monística Ø Estatismo Jurídico Ø Confunde as duas realidades, tratando-as como sinônimas Ø Estado como fonte única do Direito Ø Estado fornece ao Direito força de existência Ø Hans Kelsen: “existe apenas um conceito jurídico de Estado: o Estado como ordem jurídica, centralizada” Ø Ou seja, o Estado é o próprio Direito Ø Hans Kelsen: “definir o Estado como Estado de Direito é um pleonasmo” Teoria Dualística u Estado e Direito não se confundem u São duas realidades distintas entre si, independentes u Estado se presta a ser fonte do Direito positivo u Emanado do Estado é uma fonte específica do Direito Teoria do Paralelismo ü Ponto de equilibrio entre as duas correntes anteriores ü Fontes do Direito Estatal são fruto do reconhecimento da contínua evolução das normas sociais positivadasü Reconhece fontes do Direito não estatal ü Vários centros irradiadores do Direito ü Estado como centro de irradiação da positividade
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