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MARCO LEGAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA

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MARCO LEGAL PRIMEIRA INFÂNCIA - DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
Criado em 1991 - Lei nº 8.242.
Previsto pelo ECA como o principal órgão do sistema de garantia de direitos. 
Contexto da luta pela redemocratização do País - anos 70 e 80 – mov. Sociais - novas formas de participação popular na gestão das políticas públicas .
Gestão compartilhada - governo e sociedade civil definem, no âmbito do Conselho, diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes, além de gerenciar recursos do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente.
MARCO LEGAL – CF, Art. 227
	“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
OBS: 
	A Emenda Constitucional 65 de 2010 alterou a denominação do Capítulo VII do Título VIII da Constituição Federal e modificou o seu art. 227, para cuidar dos interesses da juventude.
	Passou a denominar-se: "Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso.”
	LEI 12.852/2013: ESTATUTO DA JUVENTUDE 
	(jovem: 15 a 29 anos – SINAJUVE)
.
ESTATUTO DA JUVENTUDE
ART 1, § 2o  Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente.
CRIANÇA
Pessoa até 12 anos de idade incompletos
ADOLESCENTE
Pessoa com idade entre 12 anos completos a 18 anos incompletos. 
A maioridade absoluta - obtida a partir dos 18 anos completo. 
NOVO CÓDIGO CIVIL
Capacidade:
Absolutamente incapazes – até 16 anos
Relativamente incapazes – 16 a 18 anos
Capazes – 18 em diante.
ART 50, CC:
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: (casamento, concessão dos pais, colação de grau...) . “MAIOR DE IDADE"
		
					
REFLETIR...
Emancipação – ART 50, CC – “mágica da maturidade automática”.
"A adolescência é uma preparação para a existência adulta. Vivê-la em plenitude, ainda que adquirindo paulatinas responsabilidades, é um direito inalienável. "
ART 2, §único, ECA
	“Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.”
	
CF / CÓDIGO PENAL
ART 228, CF – São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos.
ART 27, CP – Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
INIMPUTÁVEL – penalmente irresponsável - não podem ser punidos com base naquela lei e sim por lei especial – ECA!
					ATENÇÃO!
 INIMPUTÁVEL ≠ IRRESPONSÁVEL 
ECA
Art. 104 - São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
	Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.
OBS: adolescentes não cometem crimes e sim ATOS INFRACIONAIS, quando em conflito com a lei e recebem medidas socioeducativas e não penas.
	
Art. 103 - Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
CASO PRÁTICO:
Atriz adolescente emancipada Malu Rodrigues, que foi proibida pela Justiça paulista de exibir o seio no musical da Broadway “O Despertar da Primavera”.
ART 240, ECA - proíbe menores de 18 anos nus ou seminus nos eventos artísticos (pena 4 a 8 anos de reclusão e multa)
ART 149, ECA - só permite que menores de idade participem de espetáculos de arte mediante um alvará. 
DIREITOS..
VALE PESC(A)R CD
V – vida
A – alimentação
L – lazer
E – esporte
P – profissionalização
E – educação
S – saúde
C – cultur(a)
R – respeito
C – convivência familiar e comunitária
D - dignidade
DIREITOS FUNDAMENTAIS
MARCO LEGAL PELA PRIMEIRA INFÂNCIA
Lei nº 13.257/16 (Março) - Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera:
Estatuto da Criança e do Adolescente 
Código de Processo Penal 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
Lei no 11.770 / 2008 - prorrogação da licença-maternidade e paternidade – incentivos fiscais
 Lei no 12.662 /2012 -Declaração de Nascido Vivo - DNV, expedição – interoperabilidade com o Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc). 
ART 3o – alterado Lei nº 13.257/16
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único.  Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a TODAS as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.  
VIDA, SAÚDE & ALIMENTAÇÃO
Status de direitos fundamentais pela CF - se destinam a resguardar a dignidade da pessoa humana de modo que sem eles o ser humano não se realiza enquanto pessoa: não vive, não convive e nem sobrevive de forma digna. 
Patamar superior a dos demais direitos fundamentais. 
INTERLIGADOS - A vida, por ter uma dimensão orgânica, não pode se realizar sem a saúde, sem o completo bem-estar do ser humano em nível físico e psicológico.
MEIOS DE EFETIVAÇÃO
Artigo 7º - Políticas sociais públicas, constituídas em um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais. 
A não observância dos direitos fundamentais à vida e à saúde da criança e do adolescente, seja pela família, pela sociedade ou pelo Estado, viola notavelmente o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no inciso III do artigo 1º, CF/88. 
Mas não só, também viola e os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, elencados no artigo 3º, CF, quais sejam: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização; e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos.
GESTANTE E FETO
Proteger a gestante significa concretizar o princípio da proteção integral ao feto (presente) e à (futura) criança.
Períodos pré, perinatal e pós, ou seja, durante a gestação e momentos anteriores e posteriores ao parto.
Poder Público - obrigação de disponibilizar serviços médicos e medidas de proteção à gestante (apoio alimentar, por exemplo), através do SUS, bem como garantir cuidados especiais ao próprio recém-nascido, assegurando que este permaneça em companhia de sua genitora durante os seis primeiros meses de vida, ainda que esta se encontre privada de liberdade.
Art. 8o  É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.
§ 1o  O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.          
§ 2o  Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher
§ 3o  Os serviços de saúde ondeo parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.         
§ 4o  Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal
§ 5o  A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.       
§ 6o  A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.      
§ 7o  A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança
§ 8o  A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos
§ 9o  A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós-parto.
§ 10.  Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.          
ALEITAMENTO MATERNO
O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
CF, ECA E LEI DE EXECUÇÃO PENAL (art 83, § 20, LEP): Estado construa berçários ou faça adaptações na cadeia ou nos presídios.
CABE AOS HOSPITAIS
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de PRONTUÁRIOS INDIVIDUAIS, PELO PRAZO DE DEZOITO ANOS;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua IMPRESSÃO PLANTAR E DIGITAL E DA IMPRESSÃO DIGITAL DA MÃE, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento (DNV) onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
SUS
Art. 11.  É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. 
§ 1º  A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação.
 § 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas.   
SUS
§ 3o  Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.   
INTERNAÇÃO
Art. 12  Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, intermediários, deverão proporcionar condições para a nos casos de internação de criança ou adolescente.   
MAUS TRATOS
“Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão OBRIGATORIAMENTE comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências. (alterado pela lei Menino Bernardo – 13.010/14)
§ 1o  As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude. 
§ 2o  Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento domiciliar.     
    
SAÚDE
SUS - promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que afetam a população infantil e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
Obrigatoriedade - vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.
§ 1o  É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.        
§ 2o  O SUS promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado direcionadas à mulher e à criança.          
§ 3o A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.        
§ 4o A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida pelo SUS.
LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE
A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade - pessoas humanas em processo de desenvolvimento e sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
REAFIRMA – proteção integral.
LIBERDADE
O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão; 
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
IR E VIR
Significa locomover-se livremente nas ruas, nas praças, nos lugares públicos, sem temor de serem privados sua liberdade de locomoção;
Logradouros públicos - via, rua, avenida, praça, parque, viaduto, ponte, rodovia, estrada ou caminhos do povo. 
Espaços comunitários - usos institucionais: educação, cultura, culto, lazer, ou seja, escola, igreja, clubes;
Criança e o adolescente não gozam da liberdade de locomoção em termos tão amplos, porque sua condição jurídica impõe limitações à sua liberdade de locomoção.
OPINIÃO E EXPRESSÃO
Permite ao indivíduo adotar a atitude intelectual, artística e a crença de sua escolha, quer seja um pensamento íntimo ou a tomada de posição pública. 
Liberdade de pensar e liberdade de dizer o que se creia verdadeiro. A liberdade de expressão é o aspecto externo da liberdade de opinião. 
A criança e o jovem deveriam ser sempre estimulados ao exercício dessas atividades, sem limites. A liberdade de expressão constitui um fatorde formação da personalidade da mais alta relevância. 
CRENÇA E CULTO
A liberdade de crença compreende o direito de escolha livre da religião, o de aderir a qualquer seita religiosa, o de mudar de religião, mas também o direito de não aderir a religião alguma;
 Assim como a liberdade de descrença, a liberdade de ser ateu ou de exprimir o agnosticismo; 
Mas NÃO compreende a liberdade de embaraçar o livre exercício de qualquer religião, de qualquer crença, de qualquer culto. Pois aqui também a liberdade de alguém vai até onde não prejudique a liberdade dos outros. 
BRINCAR, PRATICAR ESPORTES E DIVERTIR-SE
Diversões, como teatro, dança, música, esportes, segundo as opções de cada um, estimulam o espírito criador e as fantasias criativas da criança e do adolescente e dão vazão à sua inquietude dinâmica; 
 Atenção, FOCO, em algo sadio ao seu desenvolvimento. 
É necessário oferecer meios que propiciem a toda criança e aos adolescentes em geral o pleno exercício dessa liberdade.
	" O temor pelo futuro da criança leva os adultos a privarem os filhos do direito de brincar sem atinar que a atividade lúdica da criança e do adolescente é imprescindível à sadia formação da personalidade do homem de amanhã. " (A. S. Neill);
PARTICIPAR DA VIDA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Harmoniza-se com o direito de a criança e o adolescente serem criados e educados no seio da família natural e, excepcionalmente, em família substituta;
Assegura a convivência familiar e comunitária em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
PARTICIPAR DA VIDA POLÍTICA 
Realiza-se pelo exercício de atividades políticas, como filiação eleitoral e partidária, têm o direito de organização e participação em entidades estudantis. 
Direito de votar e ser votado - são atos condicionados a requisitos de capacidade , que a criança não dispõe. 
O adolescente só adquire condições de capacidade para o exercício dessa liberdade após 16 anos de idade, quando se lhe reconhece a faculdade.
BUSCAR REFÚGIO, AUXÍLIO E ORIENTAÇÃO
Direito de escapar de situações agressivas, opressivas, abusivas ou cruéis, buscando amparo fora do próprio meio familiar, onde tais situações intoleráveis e danosas se manifestem;
Ao Poder Público incumbe criar as condições necessárias para que a criança e o adolescente convivam em um meio familiar democrático e livre de violências e opressões. 
Assim prevê o art. 226, § 8, da CF: "O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações". 
RESPEITO E DIGNIDADE
ART 17 - O direito ao RESPEITO consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
ART 18 - É dever de todos velar pela DIGNIDADE da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
	A DIGNIDADE sustenta o leque constitucional da proteção dos demais direitos.
ALTERAÇÃO – LEI MENINO BERNARDO - LEI Nº 13.010, DE 26 DE JUNHO DE 2014.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;    
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;    
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; 
V - advertência. 
Parágrafo único.  As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. 
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se:      
I - CASTIGO FÍSICO: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:     
a) sofrimento físico;      
b) lesão;     
II - TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:     
a) humilhe;    
 b) ameace gravemente;         
c) ridicularize.     
CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
ART 19, ECA
CONVIVÊNCIA – CONVIVER – VIVER JUNTO
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.   
	Por melhor que seja uma Instituição NENHUMA pode substituir a família!
IMPORTÂNCIA - CONVÍVIO
A família é o lugar normal e natural de se efetuar a educação, de se aprender o uso adequado da liberdade, e onde há a iniciação gradativa no mundo do trabalho. 
É onde o ser humano em desenvolvimento se sente protegido e de onde ele é lançado para a sociedade e para o universo. 
	Mas quando isso não for possível....
ACOLHIMENTOS...
Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses.
O juiz analisa o relatório elaborado por equipe multidisciplinar e decide, de forma fundamentada, pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta.
A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu SUPERIOR INTERESSE, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária;
A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio. 
Alteração
(Lei 12962/14)
ALTERA O ECA - ASSEGURAR A CONVIVENCIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COM OS PAIS PRIVADOS DE LIBERDADE.
“Art. 19, § 40 - Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.” 
FAMILIA NATURAL & EXTENSA
Entende-se por FAMÍLIA NATURAL a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. 
FAMILIA SUBTITUTA
A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente.
Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. 
Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. 
Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação deafinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
DEVERES DOS PAIS
Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 
A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. 
Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
Pobreza - a miséria material, regra neste País, não poderá servir de base à decretação da perda ou suspensão do PODER FAMILIAR.
Abandona-se a doutrinada "situação irregular" e se instaura a doutrina da "proteção integral dos direitos da infância". 
Somente se acompanhada de outro motivo que, por si só, autorize a decretação da medida - perda ou suspensão – é que se poderá admitir que a criança e o adolescente não fiquem mantidos em sua família de origem. 
PODER FAMILIAR
(Parental ou Autoridade Parental)
Trata-se de um PODER-DEVER - será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil (direito de familia), assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. 
Art. 226, § 5°, a Constituição determina que direitos e deveres na sociedade conjugal sejam exercidos em igualdade de condições pelo homem e pela mulher, aí incluídos os que dizem respeito à guarda e cuidados com os filhos. 
A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22. 
	As hipóteses legais previstas no CC que ensejam a decretação judicial da perda ou suspensão do pátrio poder, são as seguintes: 
	1 ) Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente –(abuso autoridade e arruinar os bens dos filhos, prisão senteça - 2 anos).
PERDA, SUSPENSÃO e EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR
2) O descumprimento injustificado dos deveres e obrigações do art. 22 do Estatuto: sustento, guarda, educação e a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais, no interesse dos filhos.
Só via judicial – sentença averbada no livro de nascimento onde está registrada a criança.
	
OBS: PERDA, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR SÀO SITUAÇÕES DIFERENTES, POIS A ULTIMA OCORRE POR FATOS NATURAIS, NÃO É UMA PUNIÇÃO.
DEVERES DOS PAIS
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Parágrafo único.  A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.   
Alteração Lei 12962/2014
“Art. 23. § 1o  Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.   
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.”
CONCLUSÃO
Numa sociedade de gosto autoritário como a nossa, elitista, discriminatória, cujas classes dominantes nada ou quase nada fazem para a superação da miséria das maiorias populares, consideradas quase sempre como naturalmente inferiores, preguiçosas e culpadas por sua penúria, o fundamental é a nossa briga incessante para que o Estatuto seja letra viva e não se torne, como tantos outros textos em nossa História, letra morta ou semimorta.

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