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2016.1 Professor Edson Fraga Grisi 2016 1 Iniciação à Metodologia Científica “A razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos: discernir, entre o bem e o mal, é o mais alto grau da evolução darwiniana!” Dra. Rita Levi-Montalcini (22/04/1909 − 30/12/2012) Médica Neurologista; Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1986; Presidente Honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla e Senadora Vitalícia da República Italiana, nomeada diretamente pelo Presidente Carlo Azeglio Ciampi. 2 Iniciação à Metodologia Científica SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................ 4 3 TIPOS DE CONHECIENTOS ................................................................................. 6 3.1 Conhecimento Científico ou Conhecimento Popular ...................................... 7 3.2 Conceito Popular ............................................................................................. 8 3.3 Conceito Científico .......................................................................................... 9 3.4 Metodologia Científica .................................................................................... 11 4 O ATO DE ESTUDAR ........................................................................................... 13 4.1 Conhecer a si mesmo .................................................................................... 14 4.2 Planejamento do tempo ................................................................................. 15 4.3 Estudando em casa ....................................................................................... 16 5 NORMATIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ............................................ 17 5.1 Normas Técnicas para trabalhos acadêmicos ............................................... 17 5.2 Apresentação Gráfica .................................................................................... 17 6 TRABALHOS ACADÊMICOS ............................................................................... 24 6.1 Tipos de Trabalhos ........................................................................................ 24 6.2 Elementos Pré-textuais de um Trabalho ....................................................... 25 6.3 Elementos Textuais de um Trabalho ............................................................ 31 6.4 Elementos Pós-textuais de um Trabalho ...................................................... 31 7 SEMINÁRIO ......................................................................................................... 32 7.1 Objetivo do Seminário ................................................................................... 32 7.2 Características do Seminário ........................................................................ 32 8 COMO PREPARAR CURRÍCULO ........................................................................ 35 8.1 Ideias Básicas de um Currículo ..................................................................... 35 8.2 Principais questões levadas em conta .......................................................... 37 8.3 Modelo de um Currículo ................................................................................ 37 8.4 Exemplos de Currículo .................................................................................. 39 8.5 Observações Importantes ............................................................................. 41 9 RELATÓRIO ......................................................................................................... 43 9.1 Composição de um relatório ......................................................................... 43 9.2 O que se deve evitar ..................................................................................... 44 9.3 Características do relatório ........................................................................... 45 9.4 Relatório de Estágio ..................................................................................... 46 10 ROTEIRO DE UM PROJETO DE PESQUISA ................................................... 47 3 Iniciação à Metodologia Científica 1. INTRODUÇÃO A metodologia científica é entendida como sendo as regras ou procedimentos estabelecidos para a realização de uma pesquisa. É a arte de conduzir o espírito, de forma criteriosa, no sentido da investigação de algo. Quando se fala em pesquisa, se refere ao ato ou efeito de pesquisar no sentido de procurar respostas para indagações propostas. É a investigação ou busca minuciosa para averiguação da realidade. A pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação sistemática com o objetivo de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento. Para realizar uma pesquisa científica se faz necessária a utilização de metodologia, de procedimentos sistemáticos e racionais que atuam além da prática, utilizando o mundo das ideias e dos conceitos científicos. Nesta apostila se fomenta o interesse na aprendizagem da arte de ler, assim como na análise e interpretação de textos, o que facilitará ao aluno ter juízo de valor tanto na leitura como na escrita, objetivando uma visão crítica em seu processo de desenvolvimento acadêmico. 4 Iniciação à Metodologia Científica 2. METODOLOGIA DE PESQUISA Conjunto de procedimentos, técnicas e etapas, de forma ordenada, destinada a auxiliar o estudante na elaboração de trabalhos acadêmicos. Vai desde a escolha do tema, o planejamento do trabalho, o desenvolvimento metodológico, a coleta e tabulação de dados, a análise de resultados, a elaboração das conclusões, até a divulgação de resultados. A ideia dos trabalhos científicos surgiu a partir da necessidade imposta pela competitividade no campo de trabalho, que exige do homem reflexão, capacidade de expor suas ideias e, principalmente, habilidade para compor suas propostas ou mesmo seus projetos vinculados ao seu cotidiano comunitário e profissional. O termo PESQUISAR pode ser entendido como a maneira de buscar respostas para as questões propostas pelo pesquisador. PESQUISA CIENTÍFICA é a concretização de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia estabelecidas pela ciência e baseada no raciocínio lógico. O PESQUISADOR é o indivíduo responsável por iniciar, desenvolver ou praticar a arte da experimentação ativa, cabe a ele criar ou produzir um experimento para verificar se a regularidade ou veracidade constatada é compatível com o que se busca demonstrar. 5 Iniciação à Metodologia Científica Basicamente, pesquisador é aquele profissional que faz pesquisa. O pesquisador quer saber a resposta de uma pergunta, faz uma pesquisa e elabora uma resposta. Não precisa ser cientista para fazer isso. Já o cientista, faz uma pesquisa e do resultado, das conclusões obtidas, discute dentro de um corpo teórico maior, procurando avançar em um determinado campo do conhecimento. 6 Iniciação à Metodologia Científica 3. TIPOS DE CONHECIMENTOS Conhecimento: Popular Científico Filosófico Religioso Valorativo = Quando os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. Real = Lida com ocorrências ou fatos, com toda forma de existência que se manifesta de algum modo. Reflexível = Mesmo limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido a uma formulação geral. Contingente = As proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não apenas pela razão. 7 Iniciação à Metodologia Científica Racional = Consiste num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. Inspiracional = Por ter sido revelado pelo sobrenatural. Assistemático = Possui organização particular das experiências próprias do sujeito cognoscente. Sistemático = Saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias não dispersas e não desconexas. Verificável = Diz respeito a o que se pode perceber claramente. Falível = Não é definitivo, não é absoluto ou não é final. Infalível = É indiscutível e não submetido ao decisivo teste da observação ou experimentação. Inexato = Conforma-se com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. Aproximadamente exato = Não é tido como definitivo e pode ser reformulada com o desenvolvimento de novas técnicas ou novas proposições. Exato = Postulados e hipóteses que não são questionados nem submetidos à experimentação. 3.1 Conhecimento Científico ou Conhecimento Popular É muito comum a discussão entre estes dois tipos de conceitos. Por um lado um é conhecido como vulgar ou popular, que é mais especificamente típico do homem do campo, e tem como característica ser transmitido de geração para geração, baseado em imitação e em experiência pessoal. Já, por outro lado, o denominado conceito científico é transmitido por intermédio de treinamento apropriado que é sempre conduzido por procedimentos científicos. 8 Iniciação à Metodologia Científica 3.2 Conceito Popular Um homem do campo, mesmo sem escolaridade, sabe o momento certo de semear a terra, a época da colheita, a necessidade de utilização de adubos, cuidados contra pragas e o tipo de solo adequado para determinada cultura. Tal conceito é empírico, sem conhecimento sobre a composição do solo, sem as causas do desenvolvimento das plantas, sem saber a natureza das pragas, nem o ciclo produtivo dos insetos. “Se o bom senso, apesar de sua aspiração à racionalidade e objetividade, só consegue atingir essa condição de forma muito limitada, pode-se dizer que o conhecimento vulgar ou popular, lato senso, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos. É o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem haver refletido sobre algo”. 9 Iniciação à Metodologia Científica O conceito popular também pode ser classificado como: Superficial – Conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas. Se expressa por frases como “PORQUE O VI”, “PORQUE O SENTI”, “PORQUE DISSERAM”, “PORQUE TODO MUNDO DIZ”; Sensitivo – Referente a vivências, estado de ânimo e emoções da vida diária. Subjetivo – É o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquirem por vivência própria como os “POR OUVIR DIZER”. Assistemático – A organização das experiências não visa a uma sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las. Acrítico – Sendo verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica. 3.3 Conceito Científico Já a agricultura em larga escala, tem um conceito científico, utiliza-se de sementes selecionadas, adubos químicos, defensivos contra pragas e controle biológico de pequenos insetos. Para ser científico é necessário ir mais além, conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem uma espécie da outra. 10 Iniciação à Metodologia Científica Visa explicar o PORQUÊ e COMO os fenômenos ocorrem, tentando evidenciar os fatos que estão correlacionados, numa visão ampla. Entretanto o conhecimento vulgar não é diferente do conhecimento científico nem pela veridicidade nem pela natureza do elemento em questão. O que estabelece a diferença é o formato, a maneira ou metodologia utilizada e os instrumentos que são empregados. 11 Iniciação à Metodologia Científica Saber que se uma planta não recebe a quantidade de água necessária de forma natural e deve ser irrigada, pode ser um conhecimento correto e comprovável, mas, nem por isso é necessariamente científico. Uma planta, um mineral, uma comunidade ou qualquer fenômeno específico, pode ser matéria de observação tanto por parte do cientista como pelo homem comum. O que leva um ao conhecimento científico e outro ao vulgar ou popular é a forma de observação. Nos dois casos se almeja ser racional e objetivo. O conhecimento racional é compreendido como uma sistematização coerente de enunciados fundamentados e passíveis de verificação. Esse ideal é obtido muito mais por intermédio de teorias e experimentos, que é o núcleo da Ciência. Já o conhecimento comum é entendido como acumulação de partes de informação frouxamente vinculadas. 3.4 Metodologia Científica Apesar da separação “metodológica” entre os conhecimentos popular, filosófico, religioso e científico, no processo de desenvolvimento do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas. 12 Iniciação à Metodologia Científica Ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na sua experiência cotidiana. Pode-se analisar o homem como um ser biológico, verificando, com base na investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções. Pode-se questioná-lo quanto a sua origem e destino, assim como quanto a sua liberdade. Pode-se também observá-lo como ser criado pela divindade, a sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. Um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. 13 Iniciação à Metodologia Científica 4. O ATO DE ESTUDAR A meta do estudante deve ser: chegar a aprender, enxergar com seus próprios olhos. Quando uma pessoa estuda algo, ela chega a ter uma opinião própria sobre determinado assunto não dependendo de opiniões alheias para tirar suas conclusões. Muitas pessoas se dizem "estudantes", mas na verdade desconhecem o verdadeiro sentido da palavra ESTUDAR. Estudar é Trabalhar !!! Não é somente reler um texto na última hora, um dia antes da prova e depois de obter o retorno, em forma de notas baixas, reclamar para si mesmo: - Puxa! Eu estudei tanto!!!! 14 Iniciação à Metodologia Científica 4.1 Conhecer a si mesmo É importante que seja valorizada a sua capacidade intelectual. É fundamental que você seconhecer melhor, e para tal você precisa saber: Sobre os seus comportamentos; Sobre suas atitudes; Sobre as suas dificuldades; Sobre os seus limites. O indivíduo deve priorizar sempre o ouvir com relação ao falar e tentar ser imparcial com o outro, de modo a ter a capacidade de ouvi-lo de forma paciente, como um depoimento, uma informação benéfica, e não como uma acusação ou denúncia. O ambiente mais propício para o estudo deve ser: • Sossegado; • Com boa iluminação; • Sem música; • Com uma mesa, sem materiais que o distraia como: fotos, revistas, etc.; • Uma cadeira confortável, que proporcione uma boa postura durante o estudo; • Um bom dicionário para eventuais consultas. Um fator que determina o bom estudo é a vontade de querer saber mais, sem está vontade o aluno não chegará a nenhum lugar. Para que isto aconteça o aluno deve saber aonde quer chegar, enfim, ter os seus objetivos bem definidos. A autodisciplina ajuda ao estudante a treinar-se para ter domínio sobre a fantasia, a imaginação, as emoções e impulsos. A constância acaba vencendo as impressões de falso cansaço que frequentemente se instala no estudante. Deve-se considerar que o tanque de reserva é ainda maior que o tanque principal. Força que consegue. 15 Iniciação à Metodologia Científica 4.2 Planejamento do tempo É muito importante que o aluno disponibilize um tempo para estudar. A escolha deste tempo é individual, pois cada pessoa tem os seus compromissos pessoais no decorrer dos dias. Mas se faz necessário um empenho, por parte do estudante, para descobrir seus horários vagos e se dedicar ao estudo. É necessário descobrir os períodos de tempo vagos. Eleger aqueles períodos do dia em que você se sente mais apto e mais disposto para estudar. Pode ser à noite, pode ser pela manhã, depende de cada um. Separar pelo menos duas horas por dia para seus estudos, porém, entre uma hora e outra deve descansar em torno de 15 minutos fora do ambiente de estudo. Somente em último caso se deve estudar mais que estas duas horas, porque é melhor que você tenha duas horas de estudo por dia, com certa frequência, do que quatro horas em um só dia. As anotações em sala de aula são muito importantes para o seu estudo, pois elas são pessoais, ou seja, o aluno escreve com suas palavras o que está entendendo da aula. Quando nós anotamos algo, não estamos usando apenas a memória visual e a auditiva, que podem falhar, estamos registrando, de forma segura, as informações. Crie o hábito de rever as anotações em casa, ao revê-las podemos relembrar coisas importantes que deixamos de anotar durante a aula. As anotações também podem ser feitas em forma de "MIND MAPPING" 16 Iniciação à Metodologia Científica MIND MAPPING – É um diagrama sistematizado para aprendizado, compreensão e solução de problemas. Com o hábito saudável de estudar com certa constância você nunca estará com muitas matérias "difíceis" para "tentar decifrar", você facilita a sua vida. Desta forma, tudo será uma grande REVISÃO deixando assim o estudante mais despreocupado, pois ele tem o domínio de seus estudos. 4.3 Estudando em casa 1º Passo • Ler o conteúdo a ser estudado despreocupadamente. 2º Passo • Ler o conteúdo sublinhando o que você está achando mais importante no texto. 3º Passo • Fazer um questionário sobre o que foi lido. (lembre-se que este material é seu por isso tente abordar todos os aspectos do texto. Não seja um traidor de si mesmo). 4º Passo • Fazer um "Mapa Mental" do material (observando cores diferentes para as ramificações). 5º Passo • Se houver exercícios para serem feitos, a hora é agora. Muitos alunos ficam apenas com o que o professor aborda em sala de aula e por este motivo, muitas vezes, não chegam a compreender o conteúdo. Uma dica legal para que o estudante finalmente se liberte e possa discutir e analisar os fatos com mais profundidade é a PESQUISA. Algumas atitudes simples nos ajudam a ter mais conhecimentos e, por este motivo, ser vista como uma pessoa "interessada". Quando a matéria requer exercícios, o estudante deve procurar em livros de outros autores exercícios diferentes, e a partir destes, o próprio aluno poderá criar os seus. "PERGUNTAR É SINÔNIMO DE INTELIGÊNCIA E DE INTERESSE”. 17 Iniciação à Metodologia Científica 5. NORMATIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS No Brasil, são seguidas as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 5.1 Normas Técnicas para trabalhos acadêmicos Apresentação de Trabalhos: NBR 14724/2011 Artigos Científicos: NBR 6022/2003 Citações: NBR 10520/2002 Numeração Progressiva: NBR 6024/2012 Projeto de Pesquisa: NBR 15287/2011 Referências: NBR 6023/2002 Resumo: NBR 6028/2003 Sumário: BR 6027/2012 Muito propriamente, a norma NBR 14724/2011, da ABNT, especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos, como teses, dissertações, monografias, etc., visando sua apresentação em bancas, comissões examinadoras, professores especialistas indicados e outros avaliadores. Esta norma aplica-se, no que couber, aos trabalhos acadêmicos e similares, em sala de aula e extraclasse. 5.2 Apresentação Gráfica FORMATO DO PAPEL Os textos acadêmicos devem ser apresentados em papel branco ou também em papel reciclado, com o formato A4 (21,0cm x 29,7cm). Os elementos pré-textuais devem ser digitados no anverso das folhas, com exceção da Ficha Catalográfica que deve ser impressa no verso da folha de rosto. A cor da impressão deve ser preta, podendo utilizar cores somente em ilustrações. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam digitados no anverso e verso das folhas. 18 Iniciação à Metodologia Científica TAMANHO DA FONTE Recomenda-se usar no texto tamanho 12, inclusive na capa. Já nas citações de mais de três linhas, assim como nas notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações e das tabelas e também na Ficha Catalográfica, usa-se um tamanho menor que o do texto. O tipo de letra mais adequado para se usar em trabalhos é Times New Roman ou Arial. ESPAÇAMENTO O espaço entre as linhas no texto é de 1,5. O fim de uma seção e o cabeçalho da próxima é separado por um espaço de 1,5. Já as citações de mais de três linhas, as notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida, a área de concentração devem ser digitadas em espaço simples. As referências, que ficam no final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples. MARGEM * Para o Anverso da folha: esquerda e superior 3 cm, direita e inferior 2 cm. * Para o Verso da folha: direita e superior 3 cm, esquerda e inferior 2 cm. 19 Iniciação à Metodologia Científica NOTAS DE RODAPÉ As notas de rodapé devem estar dentro das margens, sendo separadas do texto por um espaço simples a partir da margem esquerda. A segunda linha da mesma nota deve ser alinhada verticalmente abaixo da primeira letra da primeira linha, de forma que o expoente esteja destacado. Exemplo: _________________ 1 A sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre parêntese , precedida do nome completo. PAGINAÇÃO As folhas/páginas são contadas a partir da folha de rosto, mas não são numeradas.Para trabalhos digitados somente no anverso: Todas as folhas, a partir da folha de rosto, são contadas sequencialmente, considerando somente o anverso. Mas a numeração deve começar a partir da primeira folha textual, em algarismo arábico, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, sendo que o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. 20 Iniciação à Metodologia Científica Para trabalhos digitados no anverso e verso: A numeração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito, já no verso, deve ser colocada no canto superior esquerdo. Numerar a partir da primeira folha textual: 21 Iniciação à Metodologia Científica INDICATIVO DAS SEÇÕES O indicativo numérico das seções deve ser em algarismo arábico, precedido de seu título e alinhado a esquerda, sendo separado por um espaço de caractere do número para o título da seção. Os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar (anverso) e são separadas do texto que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5. Da mesma forma as subseções devem ser separadas do texto que precede e sucede por um espaço de 1,5. Os títulos das seções que possuem mais de uma linha devem, a partir da segunda linha, ser alinhado abaixo da primeira letra da primeira palavra. Os títulos do trabalho, que não possuem indicativo numérico são: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s). Todos devem ser centralizados. ILUSTRAÇÃO As Ilustrações podem ser de qualquer tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). A identificação é colocada na parte superior, precedida da palavra designativa seguida do número sequencial de ocorrência no texto, travessão e o título. Na parte inferior da ilustração dever estar a fonte consultada (mesmo que seja produção do autor) e outras informações como notas, legendas, etc. Melhora a apresentação do trabalho. 1 INTRODUÇÃO 22 Iniciação à Metodologia Científica Figura 1 – Percentual da população. Fonte: Os autores 23 Iniciação à Metodologia Científica As tabelas são apresentadas de acordo com as Normas de Apresentação Tabular do IBGE (1993), como segue: 24 Iniciação à Metodologia Científica 6. TRABALHOS ACADÊMICOS 6.1 Tipos de Trabalhos RESENHA OU FICHAMENTO - Exposição sobre o conteúdo de uma determinada obra, acompanhada de uma avaliação crítica. O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural (livros, filmes peças de teatro, etc.). Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa. Em uma resenha deve constar: O Título; A referência bibliográfica da obra; Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada; A avaliação crítica. A resenha é um texto que serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base. Mas é bom lembrar que resenha não é um mero resumo, é mais que isso, deve apresentar mais informações e criar o interesse do leitor. RESUMO – É uma representação sucinta e objetiva dos pontos mais relevantes de um texto. ARTIGO CIENTÍFICO – Texto, com produção intelectual individual ou coletiva, que, de forma científica, apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados de uma determinada pesquisa. PAPER – Segundo a ABNT, o paper é um pequeno artigo científico, elaborado sobre determinado tema ou sobre resultados de um projeto de pesquisa, para ser apresentado em congressos e reuniões, sujeito à sua aceitação por julgamento. Original – Apresenta temas ou abordagens próprias; Revisão – Reúne, analisa e discute informações já publicadas. NOTA PRÉVIA – Um texto de extensão reduzida e simples, contendo informações científicas novas, de pesquisa em andamento ou por razões de segurança. 25 Iniciação à Metodologia Científica RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO – Documento que relata os resultados obtidos em uma pesquisa ou descreve a situação de uma questão técnico-científica. DISSERTAÇÃO – revela a sistematização de conhecimentos e deve demonstrar a habilidade em realizar estudos científicos e em seguir linhas mestras na área de formação, Destina-se à obtenção do grau acadêmico de mestre. TESE – É uma proposição apresentada para ser discutida e defendida por alguém, com base em hipóteses ou pressupostos. Deve expor uma contribuição inédita para o conhecimento. Destina-se à obtenção do grau acadêmico de doutor. TCC – Atividade acadêmica obrigatória, para Graduação, Especialização ou Aperfeiçoamento, que representa o resultado do trabalho de pesquisa, investigação científica ou extensão, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido de forma sistematizada. O Trabalho de Conclusão de Curso tem por finalidade estimular tanto a curiosidade como o espírito questionador do acadêmico, fundamentais para o desenvolvimento da ciência. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. 6.2 Elementos Pré-textuais de um Trabalho EXEMPLO DE CAPA 26 Iniciação à Metodologia Científica FOLHA DE ROSTO ERRATA – Elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto. Só pode ser inserido depois do trabalho impresso, em papel avulso ou encarte. 27 Iniciação à Metodologia Científica FOLHA DE APROVAÇÃO – Deve ser inserida após a folha de rosto. A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora devem ser colocadas após a aprovação do trabalho. DEDICATÓRIA – Parte opcional, que deve ser inserida após a folha de aprovação. 28 Iniciação à Metodologia Científica AGRADECIMENTOS – Elemento opcional que deve ser inserida após a folha de dedicatória. EPÍGRAFE – Elemento opcional, de acordo com a norma NBR 10520, que deve ser inserido após os agradecimentos, e podem constar nas folhas ou páginas de abertura de seções primárias. 29 Iniciação à Metodologia Científica RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA e RESUMO NA LÍNGUA ESTRANGEIRA – Elementos obrigatórios que deve ser elaborado de acordo com a norma NBR 6028. LISTA DE ILUSTRAÇÕES – São as listas de gráficos, tabelas, figuras. Um elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das ilustrações no texto, formado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. 30 Iniciação à Metodologia Científica LISTA DE ABREVIAURAS E SIGLAS – Elemento opcional que mostra todas as abreviaturas e siglas utilizadas no texto, em ordem alfabética. IFBaiano Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano TEMA Tecnologia, Energia e Meio Ambiente UFRB Universidade Federal do Recôncavo da BahiaLISTA DE SÍMBOLOS – Elemento opcional, que é elaborado de acordo com a ordem em que o símbolo aparece no texto, seguido do seu respectivo significado. SUMÁRIO – Elemento obrigatório que deve ser elaborado de acordo com a norma NBR 6027/2012. 31 Iniciação à Metodologia Científica 6.3 Elementos Textuais de um Trabalho Na introdução deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. O desenvolvimento é a parte principal do texto que contém a exposição ordenada do tema enfocado. Divide-se em seções e subseções que variam em função da abordagem do tema e do método. A conclusão é a parte final do texto, na qual se conclui os objetivos ou hipóteses. 6.4 Elementos Pós-textuais de um Trabalho REFERÊNCIAS (obrigatório) Relação das pesquisas realizadas sobre o tema abordado. GLOSSÁRIO (opcional) Lista em ordem alfabética de palavras pouco conhecidas com devidos significados. APÊNDICES (opcional) Texto ou documento elaborado pelo autor, acrescentada no fim da monografia a título de esclarecimento, que pode servir de apoio ao mesmo. Deve ser precedido da palavra APÊNDICE em letras maiúsculas seguidas de travessão. ANEXOS (opcional) Texto ou documento não elaborado pelo autor, material adicional no final do texto, que pode servir de fundamentação, comprovação e ilustração. Deve ser precedido da palavra ANEXO em letras maiúsculas seguidas de travessão. Exemplo: APÊNDICE A - Formulário avaliativo da região. APÊNDICE B - Quadro comparativo dos resultados. ANEXO A - Gráfico estatístico regional do IBGE de 2016. ANEXO B - Gráfico de ampliação industrial do IBGE de 2016. ÍNDICES (opcional) Relação detalhada no final do trabalho incluindo as listas de autor, título ou assunto. 32 Iniciação à Metodologia Científica 7. SEMINÁRIO O seminário é um método de estudo e atividade didática específica, onde os participantes fazem uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir de leituras de textos em equipe. O seminário é considerado aqui um método de estudo e atividade didática específica de cursos técnicos e universitários. É uma técnica que desenvolve a capacidade de pesquisa e de análise sistemática dos fatos e gera um hábito de raciocínio, de reflexão, possibilitando o aluno a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. 7.1 Objetivo do Seminário O seminário tem como objetivo: Contato íntimo com o texto básico, criando condições para a análise rigorosa do mesmo; A compreensão da mensagem central do texto (conteúdo temático); A interpretação desse conteúdo (perspectiva de crítica e julgamento); A discussão da problemática, explícita ou implícita, no texto. 7.2 Características do Seminário O seminário é um trabalho essencialmente coletivo, de equipe, pressupõe um especial empenho de todos. Todos os participantes devem fazer um estudo do texto suficiente para poder exercer efetiva participação nos debates do seminário. Levantar problemas temáticos e interpretativos para a discussão geral. O seminário não pode se reduzir a uma aula expositiva apresentada por um colega e comentada pelo professor; ele deve ser um círculo de debates para o qual todos devem estar suficientemente equipados e preparados. 33 Iniciação à Metodologia Científica FUNÇÕES: Diretor: O professor (Supervisor / Observador) Coordenador: Responsável pelo roteiro e pela equipe. Deve fazer a introdução, desenvolvimento e conclusão (deve ser escolhido) Secretário: Entrega do resumo e do folder (organização, material e local) Participantes: A classe DESENVOLVIMENTODO SEMINÁRIO 1 – Apresentação dos componentes pelo coordenador 2 – Introdução do assunto pelo coordenador 3 – Aprofundamento da temática pelos outros componentes 4 – Síntese final pelo coordenador 5 – Debate com a turma - participantes 6 – Feedback – diretor RESERVA-SE AO COORDENADOR: 1 – Abrir o seminário no dia da realização: Fazer breve introdução para localização do seminário no desenvolvimento; Falar da temática dos seminários anteriores. 2 – Esclarecer o texto–roteiro: Fazer esclarecimentos, sobre o texto-roteiro (leitura do folder para que não haja muitas dúvidas quanto à compreensão do texto). 3 – Apresentação do grupo: Apoiado no texto do roteiro, apresentar o grupo, convocando para compor a mesa. 4 – Explicar a dinâmica adotada: Informar a forma de debate, tempo de cada palestrante, mediar no momento das perguntas, etc. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PARTE ESCRITA: • Coerência e conteúdo • Clareza das ideias • Fundamentação teórica • Pontualidade na entrega • Correção gramatical e ortografia • Apresentação física 34 Iniciação à Metodologia Científica CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO ORAL: • Coerência e conteúdo • Clareza e objetividade • Segurança na abordagem do tema • Pontualidade • Organização da equipe • Postura dos apresentadores • Recursos utilizados • Nível de envolvimento e motivação da turma ao trabalho apresentado; • Capacidade de distanciamento do texto: • Fornecer exemplos; • Levantar problemas; • Assumir posições pessoais; • Aprofundar questões. 35 Iniciação à Metodologia Científica 8. COMO PREPARAR CURRÍCULO O CURRÍCULO deve ser entendido como se fosse um resumo da sua trajetória profissional, uma síntese de qualificações e aptidões, que foram adquiridas, por você, até os dias de hoje, indicando qual caminho você trilhou e aonde você quer chegar. Usar uma ou no máximo duas páginas; Com letra preta; Com tamanho de letra 11 ou 12; Fonte arial ou times new roman; Títulos dos tópicos em letras maiúsculas e negrito; Sem foto; Sem pretensão salarial, a não ser se solicitado; Sem contatos para referências. Além dos dados pessoais (sem o tipo sanguíneo), deverão constar: • Sua disponibilidade para viagens ou mudança (se conveniente), • Sua formação (sempre da mais recente para a mais antiga), • Suas experiências anteriores (da mais recente para a mais antiga, incluindo funções, sem os valores de salários), • Cursos de formação na área de atuação (de forma bem resumida). Essas informações devem estar dispostas, preferencialmente, em apenas uma página, de maneira apresentável e bem redigida. 8.1 Ideias Básicas de um Currículo Em um bom currículo, três ideias básicas devem ser levadas em consideração: 36 Iniciação à Metodologia Científica Essas ideias, ainda que bem simples, darão maior credibilidade e confiabilidade ao seu currículo, permitindo ao recrutador encontrar aquele candidato ideal e não ter surpresas na entrevista. Ao escrever o seu currículo, a meta é buscar um ponto de equilíbrio. Você não deve acrescentar habilidades (por exemplo: dizer que seu inglês é fluente sendo que ele é básico) e qualificações que não tem, já que estas artimanhas são facilmente descobertas. Por outro lado, é importante falar das qualidades e talentos que você possui, pois desta forma vai distinguir você das outras pessoas e pode criar boas oportunidades. O currículo deve ser o mais simples possível. Pois os examinadores têm um enorme trabalho diário para avaliação de currículos e não podem nem querem perder tempoexaminando um documento complexo, muito extenso ou confuso. Deve apresentar, de forma direta, tudo o que o analisador precisar saber sobre você e que tenha relação com a vaga em questão. Você deve ser objetivo e focado. As informações passadas em seu currículo devem ser coerentes, relativas ao seu histórico profissional e ter relação com a vaga que você está buscando. Não coloque, por exemplo, um curso de massagem que você fez se você busca uma colocação de supervisão de setor em uma empreiteira. O seu currículo deverá chamar a atenção de quem avalia. Além do contar a sua história profissional, desperte no recrutador a vontade de conversar com você. 37 Iniciação à Metodologia Científica 8.2 Principais questões levadas em conta • Estão claras as áreas de interesse principais do candidato? • Apresenta erros de português, gramática ou concordância? • Dá alguma dica clara sobre a personalidade do entrevistado? • Qual o intervalo entre os empregos do candidato? • Qual a permanência média do candidato em cada emprego? • A carreira do candidato está em ascensão, estagnada ou decadente? • O candidato tem se esforçado para obter uma melhor qualificação? • Ele se mantém atualizado? • De acordo com o currículo, a carreira do candidato tem sido coerente, ou tem havido constantes mudanças e guinadas? 8.3 Modelo de um Currículo Para escrever um currículo simples ou mais completo, uma sugestão interessante é dividi-lo em algumas sessões fundamentais. CABEÇALHO: Nessa seção são colocadas apenas as informações fundamentais: nome completo, endereço atual, telefones para contato e o seu e-mail atual. OBJETIVOS: Escreva aqui seus objetivos na empresa (ex.: atuação na área de TI). PERFIL E CARACTERÍSTICAS: Escreva aqui um pouco sobre você, seus talentos e principais características pessoais e profissionais. FORMAÇÃO CADÊMICA: Escreva aqui sobre cursos técnicos, faculdades, cursos de aperfeiçoamento e de pós-graduação cursados por você. 38 Iniciação à Metodologia Científica CONHECIMENTOS E ESPECIALIDADES: Escreva aqui as tecnologias, técnicas ou áreas do conhecimento que você domina e com as quais já trabalhou. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Escreva aqui sobre as suas últimas experiências profissionais, não se esquecendo de citar: empresa, cargo e período. LÍNGUAS: Fale aqui sobre os idiomas que você tem domínio, lembrando-se de mencionar o seu nível de proficiência para cada um dos idiomas. Ex.: básico, intermediário e fluente. OUTRAS INFORMAÇÕES: Escreva aqui outras informações interessantes a seu respeito, tais como intercâmbios culturais que você possa ter feito. 39 Iniciação à Metodologia Científica 8.4 Exemplos de Currículo EXEMPLO 1: <Seu Nome Completo> Endereço: < escreva o seu endereço completo > Telefone: < telefones para contato (fixo e/ou celular) > e-mail: < escreva o seu e-mail atual de contato > Objetivos: < escreva aqui seu objetivo na empresa, ex.: atuação na área de TI. > Qualificações e Características: < escreva aqui sobre você, seus talentos e principais características. > Formação Acadêmica: < escreva aqui sobre faculdades, cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação cursados. > Faculdade: < nome da faculdade > Curso: < nome do curso > Conclusão: < ano ou data em que foi concluído o curso > Conhecimentos Técnicos e Especialidades: < escreva aqui as tecnologias, técnicas ou áreas do conhecimento que você domina, e com as quais já trabalhou. > Experiência Profissional: < escreva aqui sobre as suas últimas experiências profissionais > Empresa: < nome da empresa > Cargo: < cargo ocupado > Período: < intervalo de tempo que você permaneceu na empresa > Línguas: < fale aqui sobre os idiomas que você tem domínio, não se esqueça de falar o seu nível para cada um dos idiomas. Ex.: básico, intermediário, fluente. > Outras Informações: < escreva aqui outras informações interessantes a seu respeito, tais como intercâmbios culturais que você possa ter feito. > 40 Iniciação à Metodologia Científica EXEMPLO 2: Seu Nome Completo OBJETIVO Trabalhar na área (pesquisar sobre a vaga, e indicar a área que a mesma se enquadra), com interesse especial em (pesquisar característica específica da vaga) visando desenvolver habilidades técnicas e pessoais. FORMAÇÃO Graduação/Técnico/Tecnólogo em X Nome da Faculdade (Sigla da Faculdade), Cidade, País. Previsão de graduação: Mês/Ano HABILIDADES Sistema Operacional: Windows, Linux. Softwares: Pacote Microsoft Office, CorelDRAW, Adobe Creative. Treinamentos: Gestão de Pessoas. Linguagens de Programação: PHP EXPERIÊNCIA Iniciação Científica mês Início / Ano I - ACADÊMICA Projeto: “Nome do Projeto” Orientador: Prof. Dr. Nome Do Professor Bolsista do (Órgão de Fomento) Monitor de Disciplina mês Início / Ano I - Nome do Instituto da Universidade (SIGLA), Sigla da Universidade. Descrever características da disciplina, sigla. Descrever demais habilidades desenvolvidas EXPERIÊNCIA [Período] - Empresa PROFISSIONAL Cargo: (Citar nome do cargo desempenhado) Principais atividades: (Citar principais atividades) INFORMAÇÕES [Período] - Empresa ADICIONAIS Cargo: (Citar cargo) IDIOMAS Inglês Compreende Razoavelmente, Fala Pouco, Escreve Pouco. Espanhol Compreende Bem, Fala Pouco, Escreve Bem. Português Compreende Bem, Fala Bem, Escreve Bem. PRODUÇÃO SANTOS FILHO, J. Gasification of Cake of Coconut Macaúba, of Firewood of Eucalyptus and Coal Plant Fruit for Dehydratation. In: International Conference on Renewable Energies and Power Quality, ICREPQ 10, 2010, Granada. EA4EPQ. Granada, 2010. v. 7. p. 105. EVENTOS Simpósio do Meio Ambiente: Produção Sustentável. 2014. Nacionalidade, estado civil, idade. Rua de Exemplo, 300. Bairro de Exemplo - 12345-78 Cidade – Sigla do Estado - País Celular: +55 (XX) 1234-5678 Residência: +55 (XX) 8765-4321 Email: nome@exemplo.com Skype: iddoskype 41 Iniciação à Metodologia Científica 8.5 Observações Importantes NA IDENTIFICAÇÃO: É opcional informar documento. Nossa sugestão é que apenas informe quando for pedido pela empresa. NO OBJETIVO: É interessante que apresente a área ou cargo que pretende atuar. Este campo sempre deve ser revisto antes de enviar o CV para uma vaga. Verifique se o que informa como objetivo é coerente com as responsabilidades das vagas para qual está se cadastrando. NA FORMAÇÃO ACADÊMICA: Coloque sempre por ordem cronológica, iniciando pela mais atual. EM IDIOMA: Podem ser acrescentadas as instituições e as certificações. 42 Iniciação à Metodologia Científica NO HISTÓRICO PROFISSIONAL: Sempre siga essa linha: nome da empresa, período, cargo e atividades. Fique atento para informar com o máximo de clareza quais eram as suas responsabilidades. De preferência separado por tópicos para ficar mais claro. Se o candidato estiver em início de carreira e não tiver experiência profissional, pode incluir aqui atividades como Monitoria, participação em Empresas Juniores, Trabalhos Temporários (mesmo sendo em outras áreas), etc. O que importa é descrever o que aprendeu com cada experiência e descrever na entrevista. EM OUTRAS ATIVIDADES: Neste item, você pode colocaratividades esportivas relacionadas a Campeonatos, pequenos cursos mas importantes para a sua formação, participação em eventos, atividades diversas como por exemplo “Olimpíadas de Matemática”. 43 Iniciação à Metodologia Científica 9. RELATÓRIO Um relatório é um conjunto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou qualquer outro evento que esteja finalizado ou em andamento. Quando se trata de um trabalho acadêmico, pode ser elaborado com uma referência a pesquisa original, ou apresentar um estudo bibliográfico. Visa comumente apresentar o andamento de trabalhos junto a órgãos financiadores e fiscalizadores, pode ser etapa de estágio ou pesquisa. Nesse caso, é submetido às comissões e conselhos dos órgãos competentes, ou do evento, que decidem sobre o mérito. Na maioria das vezes utiliza-se formatação padronizada, contudo, caso o relatório seja interno à instituição ou mesmo ao grupo de trabalho, ele pode ser menos rigoroso. 9.1 Composição de um relatório Visando melhor organização, o relatório deve ser dividido em diferentes partes. Inicialmente é importante saber qual o tipo de redação a ser adotado: Descrição detalhada ou opinião e posicionamento; Texto individual ou coletivo; Exposição diante de um assunto (dissertação). A partir daí, ver prá quem está sendo destinado. Pode ser um diretor ou gerente de empresa, uma banca de avaliadores em defesa de estágio, um professor quando efetuada uma visita técnica. De acordo com o destinatário, você vai precisar adotar um estilo adequado: protocolar, formal, sintético ou analítico. É fundamental definir exatamente o que se deseja relatar. Quais os principais pontos a serem evidenciados, os comentários significativos e os aspectos que podem auxiliar o leitor a entender melhor. Para estruturar melhor o que deverá ser escrito no relatório, com relação a uma determinada atividade executada, deve-se responder as seguintes questões: quem o fez, o que foi feito, por que fez, como fez, quando fez e onde fez. A mensagem a ser redigida deve conter início, meio e fim. 44 Iniciação à Metodologia Científica O início tem de ser bem criativo e claro, objetivando prender a atenção do leitor nas primeiras linhas para que ele tenha motivação para continuar a leitura. O meio tem de ser o mais persuasivo possível para convencer o leitor a respeito do ponto de vista que está sendo desenvolvido. O relator deve reunir fatos, estatísticas, tabelas, gráficos e depoimentos para dar consistência ao relatório. O fim, assim como o começo, deve ser bem elaborado. Normalmente é o último parágrafo que deve conter um resumo do que foi escrito, utilizando palavras expressivas que possa representar e esclarecer bem a comunicação que deve ser passada. O número de páginas vai depender da quantidade de informações importantes que necessitam ser abordadas e da profundidade que se deseja tratar o assunto. Entretanto deve ser composto por: Capa, Folha de rosto, Sumário, Introdução, Objetivos, Metodologia, Resultados e discussões, Conclusões e Referência bibliográfica. Um relatório não é rígido nem inalterável, no entanto, em linhas gerais, ele deverá obedecer a determinadas normas orientadoras que o façam compreensível e se apresente como um retrato tão fiel quanto possível da atividade realizada. 9.2 O que se deve evitar Devem-se evitar erros gramaticais e ter muita atenção na ordem das palavras para não mudar o sentido do que se quer dizer. Preferir a ordem direta e clara (sujeito, predicado e complementos) para não confundir os leitores. Evitar ambiguidade, que provoca uma falta de clareza ou duplicidade de sentido, como: Rosa disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Rosa ou da amiga?); O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? O pai ou filho?). Evitar cacofonia que ocorre quando uma junção de duas ou mais palavras na frase provoca um som desagradável ou uma palavra inconveniente. Por exemplo: Uma mão lava outra (mamão); Vi ela na terceira esquina (viela); Dei um beijo na boca dela (cadela). 45 Iniciação à Metodologia Científica Evitar o termo TIPO ASSIM que “quem se vicia não pode passar sem ele”. Porém pode ser eliminado das frases sem fazer falta, pois é uma expressão utilizada quando se tenta conseguir tempo para raciocinar, montar um pensamento ou mesmo concluir o pensamento, para depois falar. Esse termo também é utilizado quando não se tem o domínio do assunto em questão. Um relatório não deve ter caráter pessoal ou artístico. Algumas pessoas que necessitam entregar relatórios continuamente, em seu trabalho, acabam realizando esta grande gafe de dar a sua opinião. Não se deve expressar a opinião pessoal em um relatório. Ele não é um parecer, ele não é uma nota de sugestões. O mais importante é transmitir o fato que interessa, de forma cartesiana e coerente, sem gírias e sem linguagem complicada. É necessário fazer-se entender. Se for atingido esse objetivo, o relatório certamente terá êxito. 9.3 Características do relatório São textos administrativos ou científicos que discorrem sobre eventos relativos a negócios, organização empresarial, experiência ou pesquisa de caráter científico. Existem três tipos de relatório: Crítico, descreve e opina sobre a maneira como uma atividade foi desenvolvida. Síntese, texto menos elaborado, referente a relatórios anteriores. Formação, texto pormenorizado, apresentando atividades do curso e/ou estágio. Um relatório bem elaborado facilita a vida dos seus leitores. Ele deve conter: 1) Identificação - Nome do aluno; identificação da turma e da instituição; data. 2) Introdução - Pode indicar a finalidade do trabalho; deve conter um resumo teórico do assunto sobre o qual se realizou a experiência. 3) Materiais e Métodos – Indicar os tipos de materiais (ferramentas, equipamentos, instrumentos, matéria prima) e métodos utilizados (químico, físico e biológico). 4) Procedimentos - Citar a descrição exata de como foi feita a experiência, numa sequência correta; as dificuldades encontradas; pode ser incluído um esquema de montagem com a respectiva legenda. 5) Registro de observações - Indicar o registro de todas as leituras e observações efetuadas, podendo ser apresentadas sob a forma de tabelas. 6) Equações (se existirem) – Citar as equações na forma de simbologia. 7) Cálculos - Devem ser apresentados todos os cálculos efetuados. 46 Iniciação à Metodologia Científica 8) Conclusões – Análise de resultados obtidos, comparação com os esperados (base nos conhecimentos teóricos da introdução) e, citação das conclusões. 9) Bibliografia - Lista das publicações utilizadas, indicando os seguintes elementos: identificação do autor (primeiro o sobrenome, em maiúsculas, e depois nome); título da obra, editora; local de edição; ano de edição. 9.4 Relatório de Estágio É um documento personalizado que relata uma experiência na empresa. Ele é considerado pelos avaliadores como uma etapa decisiva de sua formação. O relatório de Estágio deverá salientar processos, conhecimentos e domínios, tudo aquilo que foi aprendido no decorrer do estágio. É importante manter um “Diário de Estágio” durante o mesmo, para registrar todas as notas referentes às atividades realizadas na empresa durante este período. Isso facilita a redação do relatório com informações precisas e permite que se ganhe tempo passando as informações do diário para o relatório.EXEMPLO DE RELATÓRIO DE ESTÁGIO 1) Introdução: Contexto do estágio. 2) Sumário: É a Vitrine do relatório. Reflete o conteúdo e permite julgar o trabalho. Ele enumera as partes, seções e parágrafos para obter melhor legibilidade. 3) Descrição da empresa: Setor de atividade, tipo de serviços propostos, relação com a concorrência, organização interna, etc. Por exemplo, se foi feito um estágio no serviço de Alimentos da empresa. Deverá ser detalhada toda a parte referente à organização interna. 4) Descrição das atividades: Tarefas realizadas, ferramentas disponível, o que o estagiário trouxe de produtivo para a empresa, quais os conhecimentos assimilados pelo mesmo. 5) Conclusão: Situar este trabalho no quadro de formação geral do aluno. Fazer a síntese das novas competências adquiridas. É importante falar dos benefícios que trás este estágio na formação do aluno. 6) Elementos facultativos: Os anexos (gráficos, quadros que estão sendo citados no relatório), glossário (termos técnicos utilizados, às vezes situado no início do relatório de acordo com as exigências da instituição ou centro de formação) e bibliografia (livros, artigos mencionados no relatório). 47 Iniciação à Metodologia Científica 10. ROTEIRO DE UM PROJETO DE PESQUISA A atividade de pesquisa é um empreendimento difícil, ela exige método, rigor, objetivos bem delimitados, muita imaginação e, até mesmo, um pouco de sorte. É um trabalho minucioso, que exige um planejamento prévio adequado, antes de ser executado. A este planejamento prévio dar-se o nome de Projeto de Pesquisa. Nele se precisa definir o que vai ser pesquisado, que questões responder, qual a sua finalidade, qual metodologia será utilizada. Sem este planejamento, o pesquisador ficará cheio de inseguranças e não fará um projeto coerente e bem elaborado. SUMÁRIO 1. TEMA 2. PROBLEMA 3. JUSTIFICATIVA 4. OBJETIVOS 4.1 Geral: 4.2 Específicos: 5. HIPÓTESE 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7. METODOLOGIA 8. CRONOGRAMA 9. REFERÊNCIAS 10. ANEXOS E APÊNDICES TEMA O tema deve ser apresentado dando uma visão geral da pesquisa e esclarecendo a articulação com a proposta acadêmica do curso. O PROBLEMA Como se apresenta o contexto em que o problema se manifesta? Qual o problema? Depois de contextualizado, o problema deve ser expresso em forma de pergunta. 48 Iniciação à Metodologia Científica JUSTIFICATIVA Motivação para a abordagem do tema, relevância do trabalho, contribuições futuras e a viabilidade da realização da pesquisa. Do ponto de vista científico, como justificar a importância desta pesquisa? Do ponto de vista social, qual a importância desta pesquisa? Do ponto de vista pessoal e profissional, qual a razão para se tratar desse tema? OBJETIVOS Geral: O que se pretende alcançar com esta pesquisa? Formular o objetivo geral com uma visão ampla do problema em questão. Específicos: Quais os passos que possibilitarão alcançar o objetivo geral? Formular os objetivos específicos a partir desses passos. HIPÓTESES (se houver) Resposta preliminar (suposta) ao problema a ser investigado. É uma proposição que pode ser colocada à prova para determinar a sua validade. Pode ser aceita ou rejeitada depois de investigada, por isso, devem ser expressas a partir de variáveis passíveis de testes empíricos. Geralmente construídas a partir de relações de causalidade. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quais os conceitos que servirão de base para discutir e compreender o problema? Quais os teóricos que tratam desses conceitos? Qual a visão e contribuição científica de cada teórico nos conceitos citados? METODOLOGIA Qual a abordagem e os recursos de análise devem ser utilizados? Justificar. (Qualitativa, quantitativa, qualitativa e quantitativa?). 49 Iniciação à Metodologia Científica Qual o tipo de pesquisa vai ser utilizado? Justificar. (Exploratória, Descritiva, Explicativa, Bibliográfica, Documental, Experimental, Estudo de caso, Levantamento, História de vida, Expost-facto, Ação, Etnográfica) Onde será realizada a pesquisa? Justificar. (Cidade, escola, empresa, zona rural, etc.). Quem e quantos serão os sujeitos pesquisados? Justificar. (Alunos, professores, funcionários, técnicos, trabalhadores, clientes, etc.). Quais serão as estratégias ou técnicas de pesquisa a serem utilizadas? Justificar. (Observação, entrevistas, conversas informais, participação em reuniões, técnicas estatísticas, etc.). Quais serão os instrumentos de coleta de dados utilizados na pesquisa? Justificar. (Formulário, questionário, análise de documentos, filmagem, fotografias, gravação de entrevistas, etc.). CRONOGRAMA É a descrição das fases da pesquisa, deverá ser distribuído num calendário com datas determinadas pela coordenação e/ou pelo orientador do projeto tendo como referência o cronograma estabelecido pela coordenação. Deve ser flexível e passivo de ajustes. Exemplo: 50 Iniciação à Metodologia Científica REFERÊNCIAS Quais as fontes lidas, consultadas e citadas no projeto de pesquisa? (Livros, revistas, jornais, monografias, dissertações e teses, documentos oficiais, publicações de entidades coletivas e órgãos públicos, internet, apostilas, e outros). ANEXOS E APÊNDICES Há documentos que podem facilitar a compreensão dos propósitos da pesquisa? (Anexar documentos complementares tais como mapas, fotos, plantas, formulários, questionários, roteiro de entrevistas, e outros).
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