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RESISTENÇIA A CAPIM AMARGOSO

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DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
Acadêmicas: Renata Sartor de Souza 
 Viviane de Souza Mendes
MONITORAMENTO DE INFESTAÇÕES DE POPULAÇÕES DE CAPIM-AMARGOSO (Digitaria insularis)
SUSPEITAS DE RESISTÊNCIA AO GLIFOSATO
XXVII Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas - Ribeirão Preto – SP
Autores: NICOLAI, M.; MELO, M. S. C.; LÓPEZ-OVEJERO, R. F. ; CHRISTOFFOLETI, P. J.
INTRODUÇÃO
Herbicidas como medida de controle;
Uso indiscriminado seleção de plantas daninhas resistentes;
Intensa utilização de glifosato nas áreas agrícolas + adaptabilidade ecológica da espécie capim-amargoso + práticas conservacionistas de
 manejo de solo = aumento da pressão de seleção aparecimento 
 de biótipos resistentes dessas espécies.
Atualmente, a aplicação de herbicidas tornou-se a medida de controle de plantas daninhas adotada com maior freqüência, pela sua eficácia, conveniência e viabilidade de custos.
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OBJETIVO
Objetivo deste trabalho foi avaliar cientificamente as infestações da planta daninha capim-amargoso (Digitaria insularis) quanto a susceptibilidade ao herbicida glifosato por meio da metodologia de curvas de dose-resposta.
MATERIAL E MÉTODOS
Experimento foi desenvolvido em casa de vegetação do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, durante maio de 2008 a janeiro de 2009;
As populações são provenientes de diferentes cidades, sendo elas:
 1-Torre da CPFL, em Iracemápolis, SP; 
 2- Soqueira de soja, em Itapeva, SP; 
 3- Fazenda Cambuhy, em Matão, SP;
 4- Soqueira de soja, em Jaú, SP;
 5- Fazenda Cambuhy (pomar velho), em Matão, SP;
 6- Fazenda Cambuhy (pomar novo), em Matão, SP; 
 7- ESALQ, em Piracicaba, SP.
ESALQ/USP, em Piracicaba – SP
diferentes cidades do Estado de São Paulo
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Aplicação dos tratamentos herbicidas foi realizada quando as plantas apresentavam 3-4 perfilhos e 20 cm de altura, com pulverizador costal, no dia 19 de janeiro de 2009;
Para cada população, os tratamentos herbicidas foram sete doses de glifosato, em gramas de equivalente ácido por hectare: 0, 540, 1080, 1620, 2160, 4320 e 5760;
Delineamento experimental: blocos ao acaso, com quatro repetições e sete tratamentos, somando assim 28 parcelas; 
Unidade experimental: vaso com capacidade de 5,0 L preenchido com substrato comercial.
Semeadura das sementes coletadas a campo foi realizada, desbaste para 8 plantas por vaso.
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Após a aplicação dos tratamentos a avaliação percentual de controle
 foi realizada aos 7, 14, 21 e 28 dias, onde:
 0% - ausência total de sintomas e;
 100% morte da planta e a coleta das plantas para pesagem da massa
 seca. 
Os dados obtidos foram inicialmente submetidos à aplicação do teste F sobre a análise de variância;
Os dados do experimento com tratamentos alternativos foram comparados por meio da aplicação do teste de Tukey, com 5% de significância. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dados obtidos após a aplicação das doses de glifosato sobre as sete populações de capim-amargoso coletadas em diferentes localidades.
Figura 1. Curvas de dose resposta para os biotipos de capim-amargoso (D. insularis) - população 1 (Torre
da CPFL, Iracemápolis, SP) e população 2 (Soqueira de soja, Itapeva, SP).
em diferentes localidades do Estado de São Paulo.
Doses oscilam entre 540 e 1440 gramas de equivalente ácido de glifosato por hectare
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Figura 2. Curvas de dose resposta para os biotipos de capim-amargoso (D. insularis) - população 3 (Fazenda Cambuhy , Matão, SP) e população 4 (Soqueira de soja, Jaú, SP).
Pop 3=Doses de 4320 á 5760 g
Pop 1= 540 – 1440 g
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Figura 3. Curvas de dose resposta para os biotipos de capim-amargoso (D. insularis) - população 5
(Fazenda Cambuhy (Pomar velho)), Matão, SP) e população 6 (Fazenda Cambuhy (Pomar novo)).
Figura 4. Curva de dose resposta para os biotipos de capim-amargoso (D. insularis) - população 7 (ESALQ/USP, Piracicaba, SP) e caracterizado como população suscetível.
Oriunda de áreas sem utilização de glifosato e foi utilizada o comparação.
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As populações 1, 2, 4, 6 são controladas pelas doses normalmente recomendadas para capim-amargoso, que oscilam entre 540 e 1440 g.e.a.ha-¹;
Nas populações 3 e 5 observa-se um comportamento distinto, sendo controladas apenas por doses entre 4320 e 5760 g.e.a.ha-¹;
A população 7, foi considerada como a população suscetível padrão, já que é oriunda de áreas sem utilização do glifosato, e foi utilizada para comparação com as diferentes populações (tabela 1).
g.e.a.ha-¹= gramas de equivalente ácido de glifosato por hectare.
Pop 3 e 5 = Essa observação já é um indicativo da presença de biótipos resistentes do capim-amargoso ao herbicida glifosato na região de Matão já que a doses recomendadas não controlam estes biótipos.
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Resistência confirmada quando: fator R/S >1,0, porém valores de R/S <2,0 representam variabilidade natural de suscetibilidade da população e não caracteriza resistência. 
populações 3 e 5, respectivamente foram significativamente maiores que 2 em todas as porcentagens de controle. Resistentes.
O fator de resistência (F = R/S) expressa o número de vezes em que a dose necessária para controlar 50% da população resistente é superior à dose que controla 50% da população suscetível 
1.2.4.6 suscetível 
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Sendo assim, esses fatores de resistência, associados a falta de controle na dose recomendada de bula pode-se concluir que foram encontrados biótipos resistentes da planta daninha capim-amargoso ao glifosato em populações oriundas da região de Matão, Estado de São Paulo (pop 3 e 5). 
As demais localidades avaliadas não apresentaram populações de capim-amargoso (Digitaria insularis) resistentes ao herbicida glifosato.
CONCLUSÃO
Obrigada pela atenção! 
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