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DO CONCURSO DE PESSOAS. PENAL II

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Concurso de pessoas 
Parte I 
 
 
DO CONCURSO DE PESSOAS 
1. Notas introdutórias 
 
Este tema esta previsto no Art.29 do CP, que tem a natureza jurídica de norma penal 
de extensão ou ligação. 
Art. 29 norma penal de extensão 
2. Conceito 
Trata-se da cooperação de mais de uma pessoa para a pratica do crime. 
3. Concurso de pessoas e crimes momosubjetivo 
Os crimes monos, também conhecido como de concurso eventual, são aqueles em que 
sua configuração exigir a participação de somente uma pessoa. Nesses a punição do 
terceiro só terá espaço diante dos requisitos. 
Nos crimes pluri ou de concurso necessário sempre haverá a punição do terceiro ou de 
todos, pois a participação de mais de uma pessoa é necessária à configuração do 
crime. 
4. Requisitos para a configuração 
A- Pluralidade de Pessoas 
B- Relevância Causal da Ação 
C- Liame Subjetivo/Vinculo Subjetivo 
D- Unidade do Crime 
 
Pluralidade de pessoas – É necessária a participação de mais de um sujeito, do 
contrario não haverá concurso de pessoas. 
Relevância Causal da ação – Neste é necessária a contribuição seja importante para o 
desfecho da ação criminosa, sobre pena de configurar a participação inócua. 
Liame Subjetivo- trata-se da contribuição voluntaria e consciente para a pratica do 
delito. 
OBS: Não é necessário prévio ajuste, o planejamento anterior, para configurar o 
vinculo subjetivo, mas sua existência comprova o liame subjetivo. 
Unidade do Crime – de acordo com este o crime será o mesmo para todos os 
participantes, visto que o código adotou como regra: TEORIA MONISTA OU UNITARIA. 
OBS: O fato de o crime ser o mesmo não significa identidade de pena, a pena é 
distinta. 
5. Autor -diferente- partícipe 
Autor é a figura principal do concurso de pessoas e partícipe é acessório, desta forma 
é possível a existência de autores sem partícipe, mas jamais o inverso. 
Autor aquele que pratica o verbo, núcleo do tipo penal. A ação ou omissão constante 
na lei penal. 
Também será autor, aquele que tem o domínio funcional do fato, este pode ser 
qualificado como intelectual ou mandante. 
 
CONCURSO DE AGENTES 
Mais de um sujeito tentando praticar o crime 
1. Espécies de autoria 
A) Autoria medita ou incerta 
OBS: Autoria mediata NÃO é concurso de pessoas 
-A autoria mediata também chamada de autoria indireta, é aquela hipótese em que o 
individuo pratica a ação e execução do crime, servindo-se de uma interposta pessoa 
como instrumento de pratica criminosa. Nesses casos não teremos concurso de 
pessoas, pois não existe liame subjetivo. 
OBS: é possível autoria mediata nos crimes próprios? 
1- Des de que o homem de trás primeiro reúna as características exigidas no 
crime próprio. 
OBS: é possível autoria medita nos crimes de mão própria? 
2- É incompatível um instituto da autoria mediata com os crimes de mão 
própria, posto que esses exijam a pratica do crime pessoalmente, sem 
possibilidade de delegação. 
 
B) Autoria colateral 
Trata-se da pratica de condutas paralelas, seu liame subjetivo convergindo para o 
mesmo crime, nesses casos quando a pericia consegue diferenciar o causador do 
resultado, cada um dos indivíduos terá uma responsabilidade distinta por crime 
tentado ou consumado. 
C) Autoria Incerta 
Neste caso quando a pericia não consegue afirma que produziu resultado da ação 
teremos a autoria colateral e a responsabilização por crime tentado. 
5. Coautoria 
Conceito – trata-se da reunião de mais de um autor no polo ativo da ação delituosa, 
que pode ser categorizada em coautor de execução, intelectual e funcional. 
5.Partícipe 
Conceito – Figura acessória na cena criminosa em função do autor, contribuindo de 
alguma forma para o delito, por meio de auxilio material ou moral. 
Teoria da acessoriedade limitada 
 Típico e Antijurídico 
 Segundo a teoria a punição do partícipe só acontecerá, quando o autor venha a 
praticar um fato, típico e antijurídico, porque a doutrina chama de teoria da 
acessoriedade limitada. 
 
D) Espécies de Partícipe 
Participação moral 
 Induzimento 
 Instigação 
Conceito – trata-se da contribuição por meio de conselhos e orientações. 
1. Aquela orientação que faz brotar no seio do autor a vontade de praticar 
(induzimento). 
 
2. Aquela que trata-se de orientação que reforça uma ideia existente (instigação). 
 
 
Participação Material 
É aquela em que o agente auxilia o autor por meio de uma conduta material, tais como 
empresta uma arma, faca, etc. 
 
 
6. Responsabilidade no concurso de pessoas 
 
Participação impunível – prevista no Art. 31º do Código Penal, é aquela em que o autor 
da conduta principal não inicia se quer os atos de execução, ou seja, a tentativa. 
OSB: como a participação moral impede a desistência voluntaria? 
 É incompatível a desistência voluntaria e a instigação 
 
6. Cooperação dolosamente distinta 
 
Também chamada de desvio subjetivo de conduta, ocorre quando a conduta 
inicialmente acertada é diferente da conduta executada, nesses casos os indivíduos 
responderão até o limite acertado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE II 
Teoria da Pena 
 
 
Teoria da Pena 
1. Conceito 
Sanção penal = Pena / Medida de segurança 
2. Teorias 
 
Teorias -> Absoluta 
 -> Relativa – Geral - > Prevenção Sociedade 
 Especial -> No momento que comete o Delito 
 
3. Sistema Prisionais 
 
 Pensilvânico = Primeiro Sistema de como punir 
 Auburniano 
 Progressivo = inglês e irlandês 
 
Sistema Penal Brasileiro 
 
Finalidade da Pena 
 Retributiva (juiz aplica) 
 Preventiva (legislação) 
 Ressocializadora (execução penal) 
 
Art. 59 Teoria Mista 
 
Espécies da Pena 
Art 32, CP – Art 5º, XLVI Constituição Federal 
Penas Proibitivas 
Art 5º, XLVII 
Regimes 
 Fechado 
 Semi-aberto 
 Aberto 
 
 
 
 
PARTE III 
Privativa de 
liberdade 
Da Pena Privativa de liberdade 
 
1. Notas Introdutórias 
Pena Privativa de Direito – PPL 
Restritiva de Direito – PRD 
Pena de multa – PM 
ART. 32 Código Penal 
2. Das penas privativas de liberdade de prisão 
Conceito 
As penas privativa de liberdade é uma espécie do gênero pena, ao lado da restritiva de 
direito é da pena de multa. 
Para o ante projeto do código penal, haverá uma mudança na sua nomenclatura e a 
extinção de suas espécies: 
Reclusão e Detenção 
3. Espécies da pena privativa de liberdade 
Reclusão – maior rigor, crime de maior gravidade. 
É a modalidade de pena privativa de liberdade de maior rigor carcerário endereçados 
aos crimes de maior gravidade, fechado, semiaberto e aberto. 
 Detenção – Esta modalidade de pena privativa de liberdade endereçado aos crimes de 
menos gravidade e seu cumprimento se dará no regime inicial aberto ou semiaberto. 
OBS: Detenção e regime fechado é possível? 
Salvo necessidade, segundo a parte do Art. 33 caput, Código Penal, é possível o 
cumprimento e o seu inicio no regime fechado na hipótese de regressão de regime 
(transferência a regime de mais rigoroso). 
OBS: sabemos que o direito penal figura como “ultima Ratio” , visto que a solução de 
um problema de priorizar uma intervenção não violenta, por meios dos outro ramos 
do direito e no ultimo caso lançaremos no direito penal. 
“Direito Penal é a ponta do Arce Berg”. Mesmos quando utilizado a pena de prisão 
será o ultimo recurso. 
 
4. Dos Regimes penais 
Estado de cumprimento de pena em que se coloca o individuo pra cumprir a sanção 
penal restritiva. Do Regime Fechado 
 
A) Local – Penitenciaria de segurança máxima ou media 
 
B) Regras – Proibição de saída do estabelecimento penal, salvo mediante 
escolta, trabalho externo, salvo em obras ou serviços públicos mediante 
escolta, trabalho em comum durante o dia e recolhimento em cela 
individual durante a noite. (Art. 33 s 1º e 34). 
 
4. Do Regime Semi-aberto 
 
A) Local – Colônia agrícola ou industrial 
B) Regras – Não imposição noturno, possibilidade de trabalhar ou estudar, fora da 
unidade penal sem vigilância direta, possibilidade de visita fechada. 
 
OBS: monitoramento eletrônico durante 7 dias, 5 vezes ao ano. 
 
5. Do Regime Aberto 
 
A) Local – Casa de albergado e egresso 
 
OBS: falta casa de albergado e egresso, o que fazer? 
 Na falta da casa, terá que cumprir prisão domiciliar. 
 
B) Regras 
 A principal do regime aberto diz respeito a ausência de obstáculo para fuga, 
visto que: 
 O individuo somente será obrigado a pernoita na unidade penal, devendo 
trabalhar ou estudar durante o dia. 
 
6. Prisão Domiciliar 
 
 Conceito 
- a prisão domiciliar é uma espécie do gênero aberto e tem natureza 
excepcional que se justifica em razão pessoa do condenado. 
 
 Hipóteses legais 
 O condenado maior de 70 anos, esta hipótese busca beneficiar aquele 
individuo carecedor do maior cuidado em função da idade. 
 
 Doença grave 
 
 Condenado com filho menor ou deficiente físico ou mental 
 
 Condenado gestante 
 
7. Do regime especial para mulheres 
 
 Cumprimento o principio constitucional da individualização das penas a LEP e 
Código Penal, determinam a existência de uma arquitetura condizente com o 
período gestacional e de acolhimento dos filhos em berçários e local adequado 
para amamentamento conforme o art. 5º da XLVIII Const. Federal e art. 82 Lep. 
 
8. Da fixação de regime (inicial) 
 
A) Como fixar - A fixação é provisória , porque pode mudar ao decorrer da 
pena. 
 
03 fatores 
 
 Natureza da pena 
Reclusão = fechado/semiaberto/aberto 
Detenção = semiaberto/aberto 
Quantidade da Pena Art. 33 caput 
0 (Zero) a 4 (quatro) = aberto 
Mais de 4 (quatro) a 8 (oito) = semiaberto 
Mais de 8 (oito) = fechado 
OBS: segundo a doutrina a pena de detenção, jamais poderá iniciar no regime 
fechado, qualquer que seja a quantidade de pena. 
Reincidência 
 A reincidência possibilita a fixação de um regime mais rigoroso, do que o 
cabível a pena aplicada. 
 
9. Da mudança de regime prisional 
 
 Da progressão 
 Da regressão 
 
Sistema progressivo 
Progressão 
Prisão-Fechado-semiaberto-aberto-Liberdade 
Regressão 
 O Brasil adotou o sistema progressivo de cumprimento de pena, possibilitando 
a modificação de regime inicial, para ampliar a liberdade (progressão) ou pena 
limita-la (regressão). 
 
 Progressão - A transferência do condenado para um regime mais brando, 
quando presentes os requisitos legais. 
 
 Conceito - Fechado – semiaberto- aberto 
 
OBS: é possível progressão “per saltum”? Ver Sumula 491 STJ 
 
 Para a corrente majoritária não é possível progressão Per Saltum, 
especialmente pela sumula 491. 
 De outro lado a corrente minoritária admite ser possível especialmente 
diante da possibilidade de obtenção do livramento condicional. 
 
Requisitos 
 
 Objetiva – Cumprimento de parte da pena para chegar a progressão 
 Subjetiva – Bom comportamento carcerário (mérito). 
 
De acordo com o crime 
 
 Crime comum (requisitos) – para o crime comum a LEP prever o requisito da 
pena mais o bom comportamento, pois era proibida a progressão para crime 
hediondo. Após 2006 o STF no julgamento do habes Corpos nº 82959/06, 
julgamento do HC. 
 Declarou inconstitucionalidade a analogia vedação prevista na Lei 8072/90, 
abona parte de crime hediondo, permitindo a progressão com 1/6 da pena. 
 
 Neste contexto em 2007 surgiu a Lei 11464/2007, trazendo como requisitos: 
 
Crime Hediondo 
 
 2/5 primário ou 3/5 reincidente + bom comportamento 
 
OBS: progressão e exame criminológico (sumula 471 STJ) 
Sumula vinculante nº 26, STF. 
 
 Exame criminológico – Para o STF na Sumula vinculante de nº 26 e possível a 
exigência de exame como mais de um requisito para progressão por crime 
hediondo. 
 
10. Regressão de regime 
 
 Conceito – transferência para um regime mais rigoroso como medida de defesa 
social. 
 A redação do art. 118 da Lep é possível a regressão para qualquer dos regimes, 
permitindo a regressão “per saltum”. 
 
 Hipóteses legais 
 
 De acordo art. 118 caberá a regresso de regime nas hipótese da LEP. 
 
LEP - Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984 
Institui a Lei de Execução Penal. 
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para 
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o 
regime (artigo 111). 
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os 
fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. 
 
 
 
 
11. Detração penal 
 
 De acordo com este instituto que visa evitar o “bis in idem” o tempo de prisão 
provisória será abatido da condenação definitiva. 
 
12. Remição 
 
Do trabalho do preso 
 Jornada = mínimo de 6 horas e máximo de 8. 
 ¾ do salario mínimo (não recepcionado pela CF/88) 
 Descanso domingo e feriado 
 Não possui C.L.T 
 
Segundo a LEP o condenado trabalhador é portador dos seguintes deveres e direito: 
 
 Garantido os benefícios da previdência social 
 Remição de pena 
 Abatimento ou desconto da pena pelo estudo ou trabalho 
 
Remição e a Lei 12.433/2011 (sumula 341 STJ) 
 
Antes da Lei 12.433 Após a Lei 12.433 
Só era possível a remição pelo trabalho 
na proporção 3 dias para 1 dias de pena 
Remição pelo trabalho 3 dias para 1 dia 
O estudo era causa de remição pela 
jurisprudência (sumula 341 stj) 
18 horas de estudo = 1 dia de pena 
Remição pelo estudo formal e 
profissionalizante. 
Proporção 12 = 1 dia 
Estudo formal Estudo EAD ou Presencial 
Perda de todos os dias remidos em caso 
de falta grave. 
Trabalhar e estudar ao mesmo tempo 
 Remição 
 A conclusão do ensino fundamental, 
médio e superior, permitindo o acumula. 
 Cominação 1/3 
 Limitação de perda dos dias remidos em 
ate 1/3 
 
OBS: A lei 12.433/11, cancela a sumula vinculante de nº 9 STF, pois o limite a perda 
dos dias remidos em ate 1/3, podendo retroagir, pois trata-se de “novatio leis in 
mellius”. 
13. Regime disciplinar diferenciado – RDD 
 
 Foi instituído pela lei 10.792/03, com o objetivo de aumentar o rigor carcerário 
para os indivíduos que praticam fato definido como crime doloso ou falta 
grave, subversivo da ordem ou disciplina interna, além disso caberá na hipótese 
de alto risco para ordem e segurança da unidade penal e a sociedade. 
 Haverá de funda-se suspeita diante da organização criminosa 
 Sua características consiste na duração de 360 dias, recolhimento de cela 
individual e 2 horas de banho de sol, limitada visita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE IV 
Restritivade Direito 
 
Pena Restritiva de Direito 
1. Notas introdutórias 
 
 Em razão da declarada falência da pena de prisão o legislador de 84 modificou 
o código penal para inserir uma resposta punitiva, que restringissem direitos, 
especialmente para evitar a contaminação do condenado com ambiente 
delituoso do cárcere. 
 
2. Caráter substitutivo 
 
 Em razão da pena de prisão figurar como regra, no preceito de um tipo penal 
de crime, as penas restritivas possuem natureza autônoma e substitutiva. 
OBS: Pena Restritiva na LEI 11.343/2006 
A modificação do art. 28 da lei de drogas, transformam a pena restritiva em 
originaria para o usuário de drogas, vale dizer: o legislador preveniu já no preceito 
secundário uma pena alternativa de não prisão. Ocorreu a chamada despenalização 
ou descárcerização. 
2. Requisitos para substituição 
 Todos no Art. 44 do Código Penal 
 Penas categorias – Objetivo – Subjetivo 
 E não serão cumulativos! 
OBS: Lei Maria da Penha 11.340/2006 e pena alternativa Art. 17 
 Pelo art 17 é expressamente vedado a aplicação de pena restritiva de caráter 
essencialmente pecuniário ou cesta básica. Desta forma segundo uma 
interpretação não ampliativa podemos concluir as demais espécies ou não 
proibi. 
OBS: Pena alternativa na lei de drogas 11.343/2006 art. 44 
 Em razão do art. 44 da lei supramencionada, proibi a convenção da pena de 
prisão em alternativa. STF – O Supremo entende ser inconstitucional quando 
do julgamento do Habes Corpus de nº 97256/RS, relata o ministro Ayregg 
Britto. 
 
 
 
 
Art. 44, I, Código Penal 
 Condenação por crime doloso superior a 4 anos. 
OBS: Segundo o Art. 11 do Código Penal desprezaremos as frações de dia, 
hora e minutos, para aplicação da pena de prisão. 
 
 É indispensável na conduta a inexistência de violência ou grave ameaça a 
pessoas nos crimes dolosos. 
 Nos crimes culposos qualquer que seja pena. 
 
Art 44, II Código penal 
Crime nº 1 Crime nº 2 Desfecho 
Doloso Doloso Não 
Culposo Doloso Sim 
Doloso Culposo Sim 
Culposo Culposo Sim 
 
 Reincidente em crime doloso não pode, os demais serão aceitos. 
 
OBS: Doloso + Pretra doloso? 
 Não Pode! No crime Petra doloso e o individuo reincidente não será possível 
a substituição por pena alternativa. 
Art. 44, III, do Código Penal 
 Ordem subjetiva, condições pessoais. 
 Este requisito é o único de ordem subjetiva, pois o juiz analisará as condições 
pessoais do condenado para a substituição o que a doutrina chama de principio 
da suficiência. 
 
3. Duração das penas restritivas 
 
 Como regra a pena restritiva terá a mesma duração da pena de prisão 
substituta, conforme disponha o art. 55 do código penal a exceção da pena de 
serviços de comunidade. 
 
 
 
 
 
 
4. Estudo das espécies de penas restritivas 
 
 Prestação Pecuniária 
 
 Trata-se de modalidade consistente a imposição de uma soma em dinheiro de 1 
à 360 salario mínimos, em favor da vitima ou da entidade publica ou privada 
com destinação social. 
 Eventual montante recebido na esfera civil será compensado quando a vitima 
for a mesma. 
 Com o falecimento do Réu permitirá a cobrança contra os seus sucessores até o 
limite da sua herança. 
 
Prestação de outra natureza 
 Esta espécie em contra previsão do art. 65, s 2º, consiste na oferta e aceitação 
de uma prestação de cunho pecuniário e diferente no dinheiro. 
 Ex. oferta de mão de obra, pagamento em cestas básicas. 
 
Perda de bens e valores 
 Nesta modalidade prevista no art 45, s 3°, pode ser conceituada como sendo a 
perda de uma do patrimônio licito do condenado em favor do fundo 
penitenciário nacional – FPN 
 
OSB: na lei de drogas esse valor será destinado ao FUNADI – Fundo nacional 
ante drogas. 
 
Prestação de serviços a comunidade ou entidade publica 
 Previsto no art. 46 do Código penal e diz respeito a atribuição de tarefas 
gratuitas ao condenado, que serão cumprida em entidades assistências ou afins 
bem como em programa comunitários ou estatais. 
 A proporção será de 1(um) dia de pena para 1 (uma) Hora de serviços prestado. 
OBS: Duração de prestação de serviços art. 46, s 4º - É possível a execução de 
prestação de serviços à comunidade no prazo inferir a pena de prisão substituída dês 
de que não fique abaixo da metade conforme cita o art. 
 
 
Interdição temporária de direito 
 É uma pena restritiva por excelência que limita no tempo alguns direitos e 
privilégios utilizados de forma deturpada para a pratica do crime, conforme as 
hipóteses do art. 47. 
 
Limitação de fim de semana 
 Em contra previsão de art. 48 do código penal que consiste no dever de 
participar de palestras e atividades educacionais por 5 (cinco) horas, nas duas 
de sab e dom na casa de albergado e egresso, o que a doutrina chama de prisão 
descontinua. 
 
5. Descumprimento da pena restritiva 
 
 Diante do descumprimento injustificado da pena restritiva de direitos ocorrerá 
sua conversão em prisão, no prazo restante dês de que superior a 30 dias, 
conforme o art. 44, s 4º do código penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE V 
Pena de Multa 
 
Da pena de multa 
 
1. Notas introdutórias 
 
 Trata-se de uma espécie do gênero pena e da pena restritiva de direito sendo 
caracterizada com uma modalidade de sanção pecuniária imposta pelo estado 
em razão da pratica do crime e terá como destinatário o Fundo penitenciário 
Nacional. 
 
Prestação pecuniária Pena de multa 
Espécie de pena restritiva Espécie do gênero pena 
Vai para vitima ou entidade Vai para o FPN 
 De 01 a 360 salários mínimos De 10 a 360 dias multas 
 
2. Pena de Multa 
3. Sistema dias Multas 
 
 A pena de Multa era imposta seguindo o padrão monetário da época, o que 
acarretava na corrosão do seu valor em razão da mudança de padrão 
monetário e a inflação, como a reforma do código penal passou a adotar o 
sistema de dias multa, cujo o procedimento para a sua fixação encontra-se 
previsto no Art. 49 do código penal. 
 
Como aplicar a pena de multa 
 Quantidade de dias multas 
 O valor de cada dia multa 
 
A fixação da quantidade ela tem como limites de 10 a 360 dias multa. 
 
OBS: Na lei de drogas 11343/06 o limite é de 500 a 1500 dias multa. 
Parâmetro – sistema trifásico de Nelson Hungria (analisa-se o crime). 
Limites – 1/30 – 5 vezes o valor do salario mínimo, vigente no dia que praticou o 
crime. 
OBS: Valor pode ate 3 vezes se as condições assim permitir. 
Pagamento: Avaliam-se as condições econômicas do condenado. 
 
4. Pagamento da pena de multa 
 
 Pagamento de pena de multa ocorrerá em ate 10 dias após o transito e julgado, 
dês de que não prive o condenado a uma vida digna. 
 
5. Não pagamento da multa 
Antes e depois de 1996 
Antes Depois 
Prisão Convenção em divida ativa 
 Lei de Execução fiscal 6830/80 – 
Cobrança 
 
6. Juiz Competente para execução da pena de multa 
 A) 
 A corrente majoritária entende que o juiz competente é o da vara da fazenda 
publica. 
 Propor ação procurador da fazenda 
 Lei de Execução Fiscal 
 
B) 
 
 A corrente minoritária entende que o juiz competente é o da vara de execução 
penal. 
 Lei de execução fiscal 
 Ministério Publico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
 
 
Individualização 
da Pena 
Parte I 
Da individualizaçãoda Pena 
I – Considerações introdutórias 
-> Em decorrência do principio constitucional previsto no Art 5º, XLVI, CF 88, deve 
existir uma verdadeira compatibilização entre a pena aplicada e a pessoa do 
condenado, como diz o supremo, “um verdadeiro programa individualizado ou um 
caminhar no rumo da personalização da resposta estatal”. O qual é dividido em três 
momentos. 
 Ind. legislativa – Dirigida ao legislador; 
 Ind. Judicial – Dirigida ao Juiz; 
 Ind. Executória – Dirigida ao Cumprimento. 
 
 Legislativa – É aquela dirigida ao legislador, no momento de elaboração do tipo 
penal (do crime), devendo observar o principio da proporcionalidade entre a 
pena e conduta proibida. 
 Judicial: É aquela dirigida ao juiz no momento em que aplica a pena no caso 
concreto. 
 Executória – É aquela e, que o estado executará a pena imposta ao condenado 
observando os direitos e deveres da execução penal. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) 
suspensão ou interdição de direitos; 
 XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de 
trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; 
II – individualização Judicial  Juiz 
1- Circunstancias Judiciais 
 
 Dado fático que não tem importância para construção do crime. 
 Elementar – Dado Fático 
 Circunstancia – Observar os dados fáticos 
 
 
 
A) Conceito 
 
 Trata-se de determinado dado fático, dispensável a caracterização do crime, 
porém atenta à função de agregar mais ou menos pena. As circunstancias 
judiciais são pressupostos necessários para a aplicação da pena cuja analise de 
mais ou menos reprovação caberá ao juiz. 
 
B) Hipóteses / Culpabilidade 
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos 
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, 
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Critérios especiais da pena de multa 
 
1- Culpabilidade 
 Trata-se do grau de censura do comportamento do agente que poderá ser 
aferido, através do dolo. 
 
2- Antecedentes 
 De acordo com o principio constitucional a presunção de inocência as ações 
penais em curso e os inquéritos policiais em andamento não são inidôneos para 
configurara mal antecedentes, especialmente o que consta na sumula 444 STJ. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=S%C3%BAmula+444+do+STJ 
 
3- Conduta Social 
 Esta circunstância busca analisar o comportamento do agente no meio social, 
na família, empresa, igreja, em fim no local onde mora para saber se o 
condenado tem os beneméritos, ou seja, atos dignos. 
 
4- Personalidade do agente 
 Trata-se de uma circunstancia que busca analisar a síntese das qualidades 
morais e sociais do individuo, ou seja, sua menor ou maior sensibilidade éticos-
sociais. OSB: O projeto de reforma do Código Penal acaba com a analise da 
personalidade do agente, especialmente em razão de ressuscita o ---- direito 
penal do autor do fato. 
 
5- Motivo do Crime 
 Trata-se de analisar a fonte propulsora de vontade criminosa, determinante 
para a pratica do crime. 
 
 
 
6- Circunstancias do crime 
 São aqueles que defluem do cenário do crime, relacionados aos meios 
utilizados, lugar, tempo e forma de execução de crime. 
 
7- Consequências do crime Art. 129 código penal 
 Trata-se de analisar a maior ou menor danosidade da conduta criminosa, que 
não se confunde com a consequência natural do crime. 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
8- Comportamento da vitima 
 Sabemos que em direito penal a culpa da vitima não exclui a responsabilidade 
do autor, somente contribuindo no seio do agente o impulso delituoso na 
dosimetria da pena, o comportamento da vitima com o circunstancia judicial 
busca analisar se seus atos anteriores fizeram brotar no seio do agente o 
impulso delituoso. 
 
II – Circunstancias Legais 
 Diz respeito aos dados fáticos em que o legislador concluiu pela reprovação da 
conduta (ele chamou de agravantes ou da menor dês valor da ação e ele 
chamou de atenuantes) 
 
Circunstancias legais AGRAVANTES 
 
A) Conceito 
 Demostrar a necessidade de majoração da pena em razão do grau de 
reprovação. 
 
B) Hipóteses 
 As agravantes estão todas previstas nos artigos 61 e 62 do código penal e não 
cogita aumentar a pena fora desta hipóteses legais. A principal circunstancia e 
a reincidência . 
 
Circunstâncias agravantes 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o 
crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) por motivo fútil ou torpe; 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou 
impossível a defesa do ofendido; 
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia 
resultar perigo comum; 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 
11.340, de 2006) 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada pela Lei nº 
10.741, de 2003) 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça 
particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
Agravantes no caso de concurso de pessoas 
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude 
de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
IV - executa o crime, ou nele participa,mediante paga ou promessa de recompensa.(Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984 
 Reincidência 
Conceito: trata-se da principal circunstancia agravante e diz respeito a pratica de um 
novo crime, após o transito e julgado de um crime anterior seja ele no brasil ou no 
estrangeiro. 
OBS: O tempo do crime é o tempo da ação 
A partir do transito e julgado será reincidência. 
Prazo – 05 anos 
 Decadência de validade da reincidência é de 5 (cinco) anos, contados do 
cumprimento integral da pena ou de sua extinção englobando neste período o 
período de prova do livramento condicional. 
CIRCUNSTANCIA LEGAIS ATENUANTES 
 
A) Conceito 
 Trata-se de dados fáticos de menor reprovação que autorizem a diminuição da 
pena nas hipóteses previstas nos artigos 65 e 66 do código penal. 
 
B) Hipóteses 
 
 
1-nominadas – Art. 65 
 São aquelas descrita explicativamente no art. 65, como especial destaque para 
menor idade (condenado maior de 21 anos). 
 Crime abaixo de 18 anos, ato infracional. 
 Para fins de aplicação da pena a maior idade é 21 anos. 
 
 
 
2-inominadas- Art. 66 
 É possível pela redação do art. 66 do código penal o juiz possa reduzir a pena 
de uma circunstancia não prevista em Lei, dês que relevante anteriormente ao 
crime ou após dele. Ex. coculpabilidade e da contaminação com vírus HIV. 
Circunstâncias atenuantes 
Art. 65 
São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da 
sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar lhe 
as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade 
superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. 
Art. 66 
A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, 
embora não prevista expressamente em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 CAUSAS DE AUMENTO OU MAJORANTES 
 As causas de aumento são aqueles dados fatores, ou condições dispersos pelo 
código penal, que demonstram o maior grau de reprovação, caracterizado pela 
determinação de majoração da pena (aumento da pena) acompanho de um 
índice. Ex. ½ a Lei diz 
 
 CAUSAS DE DIMINUIÇÃO OU MINORANTES 
 As causas de diminuição também estão espalhadas pelo código penal e podem 
ser identificadas pela determinação de aumento da pena acompanhado de um 
índice por fato de diminuição. Ex. Art 14, II e 155 s 2º 
 
OBS: Qualificadora Ex. Art. 155 e 121 
 
 Quando fala o índice é majorante é representado por sinais de ½ 
 Quando diz o máximo e o mínimo qualificadora – Distinta do tipo simples. 
 
 OBS: A Qualificadora é uma hipótese legal que o legislador dentro do mesmo 
tipo penal, indica hipóteses de maior reprovação e estipula pena mínima e 
máxima distinta do tipo simples. 
 
 Esta não se confunde com os majorantes em razão destes somente indicarem 
um índice especifico de aumento de pena. 
Agravante, Majorante e qualificadora, é permitido? PODE SIM! 
 
III – Como Aplicar a Pena 
1- Sistema trifásico de Nelson Hungria – Art. 68 Código Penal 
 O código penal no Art. 68 adota o sistema trifásico de Nelson Hungria, 
determinando a realização de três fases distintas e interligadas. 
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida 
serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de 
diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte 
especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, 
todavia, a causa que mais aumente ou diminua. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
FASES 
A) Pena Base 
 Ponto de partida: Ex. Pena art. 121 – Definição em Mínima e Máxima 
 Parâmetro: circunstancia judiciais do art. 59 – 
Fixação da pena 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do 
agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da 
vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do 
crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se 
cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
B) Pena Provisória 
 
 Ponto de partida: Pena Base da fase anterior 
 Parâmetro: agravantes e/ou atenuantes 
 
OBS: 1 Pena a quem do Mínimo 
 A doutrina discute a possibilidade da pena provisória ser fixada abaixo do 
mínimo legal tendo o STJ (doutrina Majoritária), declarado a impossibilidade 
na sumula 232 de outro lado a doutrina minoritária entende ser possível em 
razão da expressa determinação do ART 65 do código penal. 
OBS: 2 Art. 67 – Concurso entre agravantes e atenuantes 
 O art 67 define a hipótese de conflito entre agravantes e atenuantes devendo 
o juiz pender pela circunstancia preponderante que para o STF é a menor 
idade. 
 
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado 
pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos 
determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
C) Pena definitiva 
 
 Ponto de partida: Pena Provisória 
 Parâmetro: majorantes e/ou minorantes 
 
 Na ultima fase da dosimetria da pena é possível extrapolar os limites legais em 
razão do índice legal, próprio das majorantes e minorantes estabelecidos na lei 
= ½ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da suspensão 
condicional da 
Pena 
Parte II 
Suspensão condicional da pena 
 
I – Conceito e denominação 
 
 Previsto no art. 77 do código penal 
 Execução é suspensa para que o indivíduo cumpra alguns requisitos 
por determinado período. 
 
 SURSIS- Suspensão condicional da pena para que o individuo 
cumpra determinado requisitos previsto na própria sentença 
condenatória. Trata-se de um instituto despenalizado, previsto no 
art. 77 e seguintes, que possibilita a suspensão da execução da pena 
de prisão por determinado período (de prova) para que o individuo 
cumpra determinadas condições. 
 
 
 É Conhecido doutrinariamente como SURIS (expressão francesa que 
quer dizer “suspensão da execução da pena”). 
II – Requisitos Legais 
 A aplicação do SURSIS exige a reunião de quatro requisitosprevistos 
no art. 77 do Código Penal, requisitos cumulativos. 
 
A) Pena Fixada em igual = ou – Menor que 2 anos 
 Diz respeito a um requisito de natureza objetiva ligado a Pena de 
Prisão fixada na sentença. 
 
B) Não Reincidente em crime doloso 
 
CRIME 1 CRIME 2 RESULTADO 
Doloso Doloso Não 
Culposo Doloso Sim 
Culposo Culposo Sim 
Doloso Culposo sim 
 
 
C) Circunstâncias Judiciais Favoráveis - Art. 59 
 Trata-se de requisitos de natureza subjetiva, ligados à personalidade, conduta 
social, culpabilidade, motivo e circunstancia do crime. 
 
D) Impossibilidade de Pena Alternativa 
 
 Segundo o art. 77, III, código penal-Somente caberá o SURSIS diante da 
impossibilidade de aplicação da pena restritiva de direitos, a exemplos dos 
crimes praticados com maior violência ou grave ameaça a pessoa. 
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, 
por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, 
quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido 
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for 
culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como 
os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 
9.714, de 1998) 
§ 1
o
 (VETADO) (Incluído e vetado pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 2
o
 Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma 
pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por 
uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 
1998) 
§ 3
o
 Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de 
condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado 
em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 4
o
 A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o 
descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar 
será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias 
de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
§ 5
o
 Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução 
penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a 
pena substitutiva anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 
 
III – Período de prova e condições – Caput art. 77 
 Conforme a redação do caput do art. 77 a pena de prisão aplicada, será 
suspensa via de regra, pelo prazo de 2 a 4 anos para que o individuo cumpra 
algumas condições: 
1º Cumprimento de pena alternativa de prestação de serviços a comunidade ou 
limitações de fim de semana; 
2º Não poderá ausenta-se da comarca sem autorização judicial; 
3º Só poderá mudar de residência com autorização judicial; 
4º Comparecimento mensal para certificar suas atividades. 
IV – Espécies de SURSIS 
A) Simples ou comum 
 Período de Prova + Condições 
 2 a 4 anos – 1 ano Pena Alternativa 
B) Especial – Art. 78, § 2º 
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das 
condições estabelecidas pelo juiz. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do 
art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo 
anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 
1º.4.1996) 
a) proibição de freqüentar determinados lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas 
atividades. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Esta livre e no primeiro ano cumprimento de pena alternativa 
Requisitos: 
 Pena ate 2 anos 
 Todas as circunstancias do art. 59 favoráveis 
 Réu reparado o dano praticado 
 Dispensa do Réu pena alternativa no primeiro ano 
 
C) Etário (aumenta o requisito) – Art. 77, § 2º 
 Pena até 4 anos 
 Mais de 70 anos 
 Período de prova de 4 a 6 anos 
 
D) Humanitário ou por razões de saúde – Art. 77, § 2º 
 Condições de saúde do condenado 
 Pena até 4 anos 
 Período de prova de 4 a 6 anos 
OBS: Foram aumentada 2 anos em período 
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, 
por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2
o
 A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por 
quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde 
justifiquem a suspensão. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
V- Causas de revogação 
 O período de prova até 4 anos, para ter o SURSIS revogado. 
 O código penal previu duas hipóteses de revogação do SURSIS (a obrigatória do 
art. 81 caput e a facultativa do § 1º 81) nestes casos o individuo devera cumpri 
a pena suspensa sem afetar o período de suspensão da pena. 
OBS: Detração da pena em SURSIS 
 Somente caberá a detração no SURSIS diante de sua revogação 
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição 
imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena 
privativa de liberdade ou restritiva de direitos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
VI- Extinção do SURSIS – Art. 82 
 Se o condenado cumpriu todas as condições do SURSIS, dar-se-á sua 
revogação em razão do que consta no art. 82. 
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a 
pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Do Livramento 
Condicional 
Parte III 
Livramento Condicional 
I – Considerações introdutórias 
 O livramento condicional em contra previsão ao Art. 83 e seguintes, pode ser 
conceituado como sendo uma modificação na execução da pena imposta, como 
etapa anterior a liberdade plena. 
 De outra forma quer dizer, diz respeito a um instituto que permite cumpri o 
restante da pena em liberdade, porem sujeita a condições . 
 
II - Requisitos Legais 
A) Pena Aplicada igual (-) ou maior (+) 2 anos 
 
B) Cumprimento de parcela da pena 
1/3 DA PENA PRIMÁRIO 
1/2 DA PENA REINCIDENTE 
2/3 DA PENA C. HEDIONDO. 
 
II – Penal 
 Antecedentes 
Revogação de direito 
 Reincidente 
 
II – Extrapenal 
 Diz respeito a toda consequência produzida pela condenação que afeta a vida 
civil, administrativa e outras distintas da penal e a doutrina dividiu em 
genéricos e específicos. 
 
A) Genérico (é automático) 
 Perda dos instrumentos e produtos do crime 
 Dever de indenizar 
 
 O Código Penal no art. 91 descreveu dois efeitos da condenação, cuja eficácia 
independe de expressa previsão na sentença, são eles: O dever de indenizar o 
dano causado pelo crime e a perda dos instrumentos e produtos do crime 
(ressalvando o direito de terceiro de boa fé). 
 
Art. 91 - São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou 
detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a 
prática do fato criminoso. 
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime 
quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior. (Incluído pela Lei nº 
12.694, de 2012) 
§ 2º Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão 
abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de 
perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) 
B) Específicos – Art. 92 
 Necessita de expressa previsão na sentença, sobre pena de não produzir 
efeitos. 
Perda do cargo 
 O art. 92 no seu inciso I traz como efeito especifico do cargo, função publica ou 
mandato eletivo, dês de que: a pena igual ou menos de 1 ano os crimes 
praticados contra administração publica. Exemplos: peculato, prevaricação 
corrupção e qualquer que seja o crime dês de que a pena seja superior a 4 
anos. 
Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes 
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; (Incluído pela 
Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais 
casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à 
pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime 
doloso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Incapacidade para Exercício do Pátrio Poder 
 Nos crimes dolosos sujeitos a reclusão praticada contra os filhos, tutelado ou 
curatelado, o individuo perderá o poder familiar. 
 
Inabilitação para dirigir veículos 
 Ocorre na hipótese em que o individuo utiliza o veiculo com fins criminosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reabilitação 
Parte IV 
Reabilitação 
 
I – Considerações Introdutórias 
 Trata-se de instituto fundado em razões de humanidade que garante o direito 
dês da condenação e suspende alguns dês do efeitos da condenação, conforme 
previsão do art. 93 e seguintes. 
 
II – Requisitos – Art. 94 
 São com especial destaque para o descanso do prazo de 2 anos apors o 
cumprimento da pena. 
 
Reabilitação 
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao 
condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no 
art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de 
qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o 
do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento 
público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o 
fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da 
dívida. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o 
pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o 
reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de 
multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medica de 
Segurança 
Parte V 
Da medida de segurança 
I – Considerações Introdutórias 
FATO TÍPICO ILÍCITO CULPABILIDADE 
Conduta Quando não for legitima 
defesa 
Imputabilidade (doente 
mental) 
Nexo de culpabilidade Estado de necessidade Potencial consciência da 
ilicitude 
Resultado Exercício regular de 
direito 
Exigibilidade de conduta 
diversa 
Tipicidade Estrito cumprimento de 
dever 
------------------------------- 
1º + 2º + 3° = Crime (pena) 
1º + 2º - 3º =Inimputável (medida) 
 Sabendo que o crime é formado pela reunião do fato típico e culpável, o que da 
ensejo a aplicação de uma pena, com o objetivo de castigar e prevenir. De 
outro lado quando a doença mental vem a privar o individuo de entender o 
caráter criminoso da conduta, estaremos diante do inimputável cujo a 
consequência penal destinada será a medida de segurança. 
 II- conceito de medida de segurança 
 trata-se de providencia preventiva e curativa destinada ao inimputável em 
razão de doença mental. 
 III- conceito de medida de segurança 
A) Pratica de fato punível (típico + ilícito =punível) 
 Exige a reunião de um fato típico + ilícito, igual a punível. 
 A medida de segurança exige a reunião de três pressupostos, quais sejam: 
1º Pratica de Fato punível – Somente será possível a aplicação da medida de 
segurança diante de uma conduta típica, antijurídica ou ilícita. 
2º Periculosidade – Diz respeito a maior ou menor possibilidade da doença 
mental levar o individuo a praticar um delito, vale dizerem juízo de 
possibilidade da doença mental, levar a pratica de um ilícito. 
3º Sentença Aplicando medida – Em razão do individuo não praticar crime 
contra ele será decretada uma sentença absolutória impropria. 
 
IV – Prazo de Duração – Art. 97 
 Segundo o art. 97 s 1º, a medida de segurança será aplicada por prazo 
indeterminado ate que se certifique mediante pericia medica a cessação de 
periculosidade. 
OBS: Não obstante o código penal que o prazo de duração é indeterminado o STF - 
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC nº 85.219, digito 4, ministro Marco 
Aurélio Melo , limitou o prazo de duração em 30 anos em analogia a duração máxima 
da pena de prisão. 
V – Espécie de medida de Segurança Art. 96 
A) Internação em HCT (Nível de Reclusão) 
 O Art. 96 do código penal, divide a medida de segurança de acordo com a 
natureza da pena de prisão imposta. Será cabível a internação em hospital de 
custodia para os crimes punidos com reclusão e não obstante a referida 
modalidade ser chamada de medida de segurança detentiva. 
B) Tratamento Ambulatorial (Nível de Detenção) 
 Trata-se de modalidade mais branda destinadas aos crimes punidos com 
detenção. 
 
VI – Aplicação ao fronteiriço 
 Segundo o Art. 26 s 1º do código penal, teremos o individuo inimputável (é 
aquele que a doença mental privou do completo entendimento contra fato e o 
semi-inimputável em fronteiriço como sendo aquele que a doença mental 
privou passialmente). 
 Para o fronteiriço o Art. 98 possibilita a aplicação de pena ou medida de 
segurança. 
OBS: Em Razão da teoria adotada pelo código penal chamada de sistema vicariante 
ou unitário não é possível a aplicação de pena e medida de segurança, deixando para 
tras o antigo sistema do dublo binário. 
VI – Desinternacão condicional 
 O código Penal previu uma modalidade de liberdade condicional, na medida de 
segurança, vinculada a demonstração de potencial de periculosidade, 1 (um) 
ano após a extinção de medida de segurança. 
 
PENA MEDIDA DE SEGURANÇA 
Aplica com base na 
culpabilidade 
Periculosidade 
Imputável Inimputável ou Fronteiriço 
Prazo Determinado Indeterminado *STF – 30 
anos 
Carácter de castigo e 
prevenção 
Curativo e prevenção 
Espécie reclusão e 
detenção 
Internação HCT – Hospital 
de Custodia e Tratamento 
em Ambulatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação Penal 
Parte VI 
Da Ação Penal 
I – Considerações Introdutórias 
 A pratica de um crime faz nascer para o Estado o poder de punir, que será 
colocado em pratica através de processo (como instrumento ético, politico, 
para aplicação da pena a quem cometer um crime), desta forma o poder 
judiciário será chamado a dizer o direito, diante de uma ação penal, que pode 
ser conceituada como: 
II - Conceito 
 Trata-se de direito subjetivo, a tutela jurisdicional (necessidade de resposta do 
Estado) em razão da pratica de um crime com a possível aplicação de pena. 
III – Espécies de Ação 
 Segundo o art. 100, a ação penal se divide de acordo com a natureza dos 
interesses envolvidos no processo, podendo ser a publica (quando o 
interesse publico é predominante) ou de iniciativa privada (quando o 
interesse particular é predominante). 
1º Ação Penal Publica 
 Trata-se de modalidade regra no grupo da ação penal, que tem como titular o 
próprio Estado através do MP-Ministério Público, cuja obrigação de iniciar o 
processo por meio de uma denuncia demostrada o maior interesse publico em 
jogo. 
A) Incondicionada 
 Diz respeito à modalidade de ação penal, regra do grupo da ação penal, regra 
do grupo da ação penal pública e para sua apresentação não é necessário o 
preenchimento de qualquer requisito ou condições. 
B) Condicionada 
 Diz respeito à modalidade excepcional que exige a autorização da justiça e no 
prazo de 6 meses, para que o MP- Ministério Público inicie a ação penal sobre 
pena de decadência. 
2º Ação penal de iniciativa Privada 
 Trata-se de modalidade excepcionada prevista para os crimes em que o 
interesse particular é maior que o público, por isso é outorgada à vitima a 
analise quanto a conveniência e oportunidade, de processar, o acusado no 
prazo de 6 meses, por meio da queixa crime. 
Alex Souza dos Santos 
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/5081701898543678

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