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GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS EM SAÚDE A palestrante, Luisa Regina Pessoa da fundação LSNP/FIOCRUZ do estado do Rio de Janeiro, iniciou apresentando o curso e como será conduzido ao longo do dia, pedindo para que cada participante se apresentasse e falasse qual sua expectativa. Ao introduzir o curso falou sobre dados estatísticos sobre o SUS, e como é a demanda de pessoas no atendimento a saúde com enfoque na atenção básica e redistribuição ao longo de cada especialização medica e como é custeada as despesas com essas especializações. Falou sobre Serviço de Apoio ao Diagnostico e Terapia (SADT) na iniciativa privada e o princípios dos SUS que devem ser atendidos, tais como: integralidade, universalidade, assistência a saúde, e os recursos empregados nos leitos de UTI nos países envelhecidos e qual o papel do gestor nesse cenário. E sobre a procura e escassez do profissional técnico na manutenção dos equipamentos médicos. E apresentou o relatório do TCU feito em 116 hospitais do país e constatou lotação em 64% dos hospitais e prontos-socorros, e a não utilização de recursos repassados aos gestores e os processos que são abertos por conta do desvio de verba pública. A palestrante, Camilla Franco da fundação LSNP/FIOCRUZ do estado do Rio de Janeiro, dividiu os congressistas em 4 grupos e pediu para cada um relatar quais são os principais problemas encontrados na gestão de cada município adjacente, e com o material de apoio direcionou-os acerca do assunto a ser discutido, sendo que em cada grupo ficou um palestrante estimulado a exposição de suas vivencias. Ao termino da roda de discussão a palestrante, Camilla Franco, pediu para que cada grupo elegesse uma pessoa para expor o que foi discutido. Após a discussão, cada grupo escolheu um representante para expor os problemas identificados. O primeiro a relatar foi o Senhor Antonio Carlos, Prefeitura de Vitória, em sua fala foram apontados: a falta da construção de carreiras no SUS; baixa autonomia dos gestores ou gerentes na solução dos problemas. Já Senhora Adriane Antoniolli,Diretora de administração do município de Ribas do Rio Pardo – Minas Gerais citou: o absenteísmo dos usuários na atenção especializada (60%), falta de engenharia clínica, aspectos regionais que não contemplam as singularidades dos territórios. Em seguida A Senhora Lucilene Constancio, Secretária de Saúde do município de Itabira - Minas Gerais abordou a dificuldade de provisão e fixação do profissional médico. Concluindo, a Senhora Linara Domingos, Gestora da Secretária Municipal de Pimenta – Minas Gerais comentou sobre: a baixa qualificação da gestão; número pequeno de profissionais na gestão; processo licitatório dificultoso; a pessoa que planeja é desqualificada; baixa qualificação dos profissionais da atenção básica; dificuldade de vincular os profissionais da atenção básica; dificuldade da ESF em realizar todos os serviços esperados para atenção básica; composição da equipe mínima da ESF; execução de obras, fazer o projeto (RH), licitar, execução e monitoramento e prestação de contas; dificuldade em acompanhar a contratualização dos serviços complementares (consórcio, prestador de serviço); judicialização da saúde; governança do FMS (quem ordena; quem executa e quem planeja). A palestrante, Luisa Regina Pessoa da fundação LSNP/FIOCRUZ do estado do Rio de Janeiro, continuou a discutir sobre: a Carteiras de Projetos estratégicos, dando enfoque aos princípios dos SUS. Em seu discurso lançou a seguinte questão: “Por que precisamos planejar?”, afirmou que a prioridade e o foco é o planejamento. Debatendo também sobre a complexidade da saúde e como é preciso planejar para pode executar. E que precisa priorizar-lo para ter êxito no seu planejamento, e o planejamento entra para aperfeiçoar o tempo. Lançou outras questões para serem debatidas: “Por que necessitamos de um método Planejamento?” e “Quando precisamos Planejar?”. A palestrante Luisa disse: “Planejar e a principal arma no sucesso do gestor” e que deve ser realizada em equipe multidisciplinar por conta da sua complexidade. Em seguida apresentou os 11 passos que constituem o método proposto pela oficina para um planejamento estratégico: 1 - Quem é o ator que planeja ?; 2 - qual é a missão da organização do ator que planeja?; 3 - Qual o problema será objeto de intervenção?; 4 - Como descrever o problema?; 5 - Como explicar o problema?; 6 - Como selecionar os nós críticos?; 7 - Como propor as intervenções?; 8 - Como identificar os recursos críticos?; 9 - Como viabilizar os recursos críticos?; 10 - Como construir a proposta de gerenciamento de intervenção?; 11 - Como gerir a implantação do projeto? Relatou um fato, cujo uma mulher de 34 anos morreu de câncer de mama, realçando que o exame para o câncer de mama é indicado para mulheres acima de 40 anos, frisando o déficit na atenção primaria e a falta de preparo dos profissionais da saúde, para orientar-la e perguntá-la, se já havia alguma história pregressa na família. O exame do câncer de mama diagnostica precocemente, evitando assim que mais mulheres morram por falta de orientação especializada. É papel fundamental dos gestores nesse cenário, para mudar essa realidade, com investimento maciço na atenção primaria de saúde. Em seguida procurou-se identificar os problemas que as regiões vêm sofrendo através do diagnóstico da situação problema. O primeiro passo tem como objetivos a caracterização por tipo de problema, a saber: problemas ligados ao meio ambiente (falta de saneamento básico); problemas de organização do sistema de saúde local; problemas de gestão de serviços (equipamentos parados). É preciso descrever ou dimensionar o tamanho do problema, só assim será possível passar a real situação que se encontra a sua região. A identificação das causas de um problema fundamental para se enfrentar o problema, estas devem ser atacadas. Cada intervenção é formada por um conjunto de ações que devem ser desenvolvidas durante implantação do projeto. Essas intervenções englobam vários recursos como: econômicos; organizacionais, cognitivos e de poder (recursos políticos). Produtos e resultados expressam a situação futura que se deseja alcançar com a intervenção, e necessitam ser qualificados em metas que devem ser monitoradas e avaliadas. Assim deve-se construir a viabilidade para os projetos de intervenções: identificando os atores que controlam os recursos críticos, analisando a motivação de cada ator e desenhando as estratégias de viabilidade. O próximo passo é crucial, gerenciamento da intervenção que consiste no monitoramento e avaliação das atividades proposta, para ter êxito em um projeto de intervenção, sendo também dependente de como é executado o projeto. Encerrando o primeiro dia de curso, Moacyr Torres Júnior, da fundação LSNP/FIOCRUZ do estado do Rio de Janeiro, falou sobre planejamento e gestão publica em saúde. Juntamente com Camilla distribuiu um formulário para os congressistas relatarem e exporem sua opinião acerca do curso que foi ministrado com três perguntas chaves: “Que bom?”, “Que pena?” e “Que tal?”.
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