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Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 1 1 - Conceitos relacionados Densidade, fluidos, empuxo. 2 - Objetivos Medir a densidade de sólidos e líquidos. 3 - Método utilizado Medição de densidade de sólidos e líquidos considerando suas massas e volumes, usando o princípio de Arquimedes, um densímetro e a balança de Jolly. 4 - Equipamentos 2 provetas graduadas de 100 ml e 500ml 3 béqueres de 250 ml, 1000 ml 1 conta gotas 1 balança 1 estojo de amostras p/ densidade 1 suporte universal em Y 1 haste metálica de 70 cm 1 haste metálica de 20 cm (com furo) 1 mola helicoidal 1 mufa 1 paquímetro 1 frasco com líquido de teste 2 barbantes de poliestireno 50 cm 1 termômetro digital 5 - Fundamentos Teóricos A posição de equilíbrio dos átomos é o que caracteriza um sólido, diferenciando-o de um líquido ou de um gás. Os átomos de um sólido não se encontram num estado estacionário, e sim vibrando com uma pequena amplitude em torno de uma posição de equilíbrio fixa. Nos líquidos e gases os átomos se movem entre si e suas posições não são fixas no tempo. Nos líquidos o movimento é de curtas distâncias enquanto que nos gases os átomos se movem por longas distâncias. Nos sólidos, a distribuição regular, periódica e fixa das posições dos átomos define sua estrutura morfológica. Existem três grandes classes de estruturas nos sólidos: a cristalina, amorfa e poli-cristalina. Nos cristais, as posições de equilíbrio dos átomos formam um padrão geométrico que se repete continuamente ao longo do sólido, sem que ocorram mudanças na composição, dimensão ou orientação do sólido. As posições de equilíbrio dos átomos num sólido amorfo não formam tal padrão repetitivo. Um sólido poli- cristalino é formado por um grande número de pequenos cristais, denominados cristalitos, com diferentes orientações do arranjo do cristalino em cada cristalito. (A) (B) Figura 1 – (A) Representação da disposição dos átomos em materiais sólidos, líquidos e gasosos. (B) Representação das classes de sólidos: cristalina, policristalina e amorfa. 5.1 - Densidade O conceito de densidade volumétrica de um corpo é usado para indicar o grau de compactação da matéria que o compõem, informando como sua massa se distribui no espaço, ou seja, que volume ela ocupa. Pode-se ainda caracterizar-se a densidade linear e a densidade superficial do corpo, medindo-se, respectivamente, como massa se distribuiu ao longo de uma dada direção ou de uma superfície do corpo. A densidade volumétrica µ (mais comumente chamada de massa específica ou densidade absoluta) de um corpo é definida pela relação entre sua massa m e o seu correspondente volume V: V m (1) A densidade absoluta µ de diversos materiais depende da temperatura do corpo, devido à variação do volume com a temperatura. Na Tabela 1 são Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 2 apresentados valores da densidade absoluta de diversos materiais. A densidade relativa de um corpo é definida como a razão entre sua densidade c e a densidade p de outro corpo ou material usado como padrão: p cD (2) O cálculo da densidade de sólidos com geometria regular é feito a partir da definição da relação (1), considerando a propagação de erros experimentais nas medidas do volume V e da massa m, ou seja: VVV e mmm Tabela 1 - Densidade absoluta de diversos materiais sólidos à 20 oC. Material Densidade [g/cm3] Madeira de pinho 0.3 Madeira de carvalho 0.6 a 0.9 Alumínio metálico 2.7 Ouro metálico 19.3 Ferro metálico 7.9 Prata metálica 17.9 Cobre metálico 8.9 Chumbo metálico 11.3 Mercúrio metálico 13.6 Platina metálica 21.4 Irídio metálico 22.6 Vidro 2.6 Osso 1.8 Concreto 2.4 Diamante 3.5 Gelo (0oC) 0.92 5.2 - Densímetro É um equipamento usado para medir a densidade volumétrica de líquidos. Na sua forma básica, é constituído de um tubo de vidro longo fechado em ambas as extremidades, conforme o diagrama apresentado na Figura 2. Este tubo é mais largo em sua parte inferior e possui uma escala graduada na parte superior, mais estreita. O aparato deve flutuar livremente em um recipiente contendo o líquido do qual se deseja conhecer a densidade. A leitura é realizada no ponto em que escala graduada se alinha com a superfície do líquido. Na Tabela 2 são apresentados os valores da densidade absoluta de diversos líquidos. O densímetro exerce no fluído uma força igual ao seu peso, tendo como reação o empuxo exercido pelo fluído sobre o densímetro. O peso P do densímetro é escrito como: gmP (3) Sendo m a massa do densímetro e g a aceleração da gravidade local. O empuxo E é obtido da expressão: Vf fdE g (4) Sendo f a densidade do fluido dentro do recipiente e Vfd o volume do fluído deslocado pelo corpo de prova (no caso o densímetro). Figura 2 – Diagrama da utilização de um densímetro. Considerando que a força peso P age na vertical para baixo e o empuxo E sobre o corpo de prova age na vertical de baixo para cima, a resultante da soma vetorial destas duas forças é nula: 0RF P E 0 f fdm g g V Rearranjando a expressão anterior, a densidade absoluta do fluído é escrita como: Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 3 Vf fd m (5) Na construção de um densímetro, o valor de sua massa m é fixa e conhecida, mas o volume da parte do densímetro imersa no fluído, que é igual ao volume Vfd do líquido deslocado, depende da densidade do fluído µf. Este volume é medido na escala graduada do densímetro. Uma vez calibrado, o densímetro fornece então uma medida da densidade do fluído pela expressão (2), pois se conhece m e Vfd. Tabela 2: Densidades de substâncias líquidas. Material líquido Densidade [g/cm3] Temperatura [oC ] Mercúrio 13.596 0 Bromo 3.187 0 Clorofórmio 1.480 18 Glicerina 1.260 0 Leite de vaca 1.03 15 Água do mar 1.026 15 Água 1.0 0 Azeite de oliveira 0.918 15 Terebintina 0.873 16 Álcool etílico 0.791 0 Éter 0.736 0 5.3 - Princípio de Arquimedes Usando-se uma balança e do princípio físico de Arquimedes pode-se medir a densidade de um corpo sólido (corpo de prova), como descrito no diagrama da Figura 3. A massa m1 de um líquido (sem a massa do recipiente) é medida por meio de uma balança. O corpo de prova do qual se deseja medir a densidade, é imerso no líquido que, no equilíbrio, exerce sobre o líquido uma força igual ao empuxo exercido pelo líquido sobre o corpo, e por conseqüência exercerá esta força também na balança, além da força peso natural do líquido. Com isso, a massa aparente m2 do fluído medida pela balança, é maior que a massa real ml do fluído. Figura3 - Descrição do uso do princípio de Arquimedes para medir densidade. O peso aparente P’ medido pela balança, é a força resultante da soma vetorial da força peso P do líquido e do empuxo E exercido pelo líquido sobre o corpo de prova, EPP ´ sl Vggmgm 12 , sendo 1m a massa real do fluído e 2m a massa aparente do líquido após a imersão do corpo de prova, g a aceleração da gravidade, l a densidade do fluído, sV o volume do fluído deslocado pelo corpo de prova imerso, portanto igual ao volume do corpo sólido. Rearranjando a expressão anterior temos: l s mmV 12 A densidade absoluta do corpo de prova de massa m é escrita como: sV m s (6) Relacionando as duas equações anteriores, temos: l s m 12 m-m Assim, a razão entre a densidade relativa do corpo de prova (s) e do líquido (l) é escrita como: 12 mm m l s (7) Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 4 sendo µs a densidade do corpo de prova, µl a densidade do líquido, m a massa do corpo de prova, m1 a massa real do líquido e m2 a massa do líquido medida pela balança com o corpo de prova imerso no fluído, mas equilibrado externamente, ou seja, sua massa aparente. 5.4 - Balança de Jolly A balança de Jolly usada para medir a densidade de corpos sólidos, utiliza o equilíbrio entre a força restauradora em uma mola e o empuxo sobre um corpo de prova imerso em um fluído. Consideremos um corpo de prova preso a uma mola helicoidal e um recipiente com um líquido, de acordo com o diagrama da Figura 4. Figura 4 - Descrição do uso da balança de Jolly. O comprimento inicial da mola suspensa é l0. Com o corpo de prova no ar preso à mola, a força gravitacional atua sobre o corpo de prova, distendendo a mola de um comprimento l1. Se o corpo de prova preso à mola, é agora imerso em um líquido, sobre ele atuará também a força devido ao empuxo do líquido, dirigida para cima, fazendo que o comprimento da mola diminua para l2 (ou seja, l2< l1). A força resultante sobre o corpo de prova imerso no líquido é a soma vetorial da sua força gravitacional (peso) e do empuxo exercido pelo líquido sobre ele. Sendo l a densidade do fluído, g a aceleração da gravidade, V o volume do líquido deslocado pelo corpo de prova e considerando que a força peso P age sobre a mola de cima para baixo e o empuxo E age de baixo para cima, o peso aparente P´ é escrito como: EPP ´ sl Vggmgm ´ Sendo m a massa real e ´m a massa aparente do corpo de prova, g a aceleração da gravidade, l a densidade do fluído, sV o volume do líquido deslocado pelo corpo de prova imerso. Rearranjando a expressão anterior temos: l s mmV ´ Relacionando esta equação com a equação da densidade absoluta do sólido s (corpo de prova), dada por (6), temos: ´s m m m A densidade relativa do corpo de prova e do líquido é escrita então como: ´ s m m m (8) Aplicando a lei de Hooke (F = - k.x) considerando que no ar a massa real do corpo é m e no líquido a massa aparente é m’. De acordo com o diagrama da Figura 4, temos: ).( 01 llkmg e ).(´ 02 llkgm Dividindo a expressão do peso real pela expressão para o peso aparente, temos: 02 01 ´ ll ll m m Esta relação fornece um resultado intuitivamente óbvio, de que as deformações da mola são proporcionais às massas m e m’. Aplicando este resultado na expressão (8), se obtém uma expressão para a densidade relativa entre a densidade do líquido e do sólido (corpo de prova): Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 5 1 0 1 2 s l l l l (9) 5.5 - Líquidos não miscíveis A densidade relativa entre dois líquidos não miscíveis pode ser obtida com um tubo em forma de U, através das relações de equilíbrio da pressão hidrostática, de acordo com o diagrama apresentado na Figura 5. Figura 5 – Diagrama da utilização de um tubo em forma de U para medir a densidade relativa de dois líquidos não miscíveis. Os níveis x e y indicam o nível de cada líquido, em relação a um nível de referência escolhido de forma conveniente. Considerando que a pressão hidrostática dos dois líquidos age se contrapondo, resultando em um equilíbrio. O equilíbrio de forças é escrito como: yx PP0 yyxx hghg 0 Sendo xP a pressão da coluna de altura xh do líquido x com densidade x , e yP a pressão da coluna de altura yh do líquido y de densidade y . Rearranjando a expressão anterior temos a densidade relativa entre os dois líquidos, em função da altura relativa das colunas, escrita como: x y y x h h (10) 5.6 - Líquidos miscíveis A densidade relativa entre dois líquidos miscíveis pode ser obtida utilizando um tubo em forma de U invertido, com derivação central, conforme diagrama mostrado na Figura 6. Isto pode ser obtido através das relações de equilíbrio entre a pressão hidrostática dos líquidos no tubo. Os níveis x e y indicam o nível das colunas a partir do nível do reservatório exposto à pressão atmosférica. Reduzindo a pressão na derivação central, as colunas atingirão uma altura proporcional às densidades dos líquidos. Figura 6 - Diagrama da utilização de um tubo em forma de U para medir a densidade relativa de dois líquidos miscíveis. Considerando que a pressão hidrostática dos dois líquidos age se contrapondo, resultando em um equilíbrio, o equilíbrio de forças é escrito como: atmyyxx PhgPhgP 00 Sendo xP a pressão da coluna de altura xh do líquido x com densidade x , e yP a pressão da coluna de altura yh do líquido y de densidade y . Rearranjando a expressão anterior a densidade relativa entre os dois líquidos em função da altura relativa das colunas escrita como: x y y x h h (11) 5.7 - Mohr-Westphal A balança de Mohr-Westphal consiste de uma balança de travessão com braços desiguais, sendo o braço maior subdividido em dez partes iguais numeradas de 1 a 10 a partir do fulcro. O diagrama do equipamento é apresentado na Figura 7. Na décima ranhura está suspenso por um fio (E) um flutuador de vidro (T), com lastro, destinado à imersão nos líquidos. No outro braço há um contrapeso (P), que equilibra o peso do flutuador. Os diversos cavaleiros P são colocados, de forma conveniente, nas ranhuras sobre o Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 6 travessão no momento das medidas. A calibração da balança é feita ajustando o parafuso P para equilibrar a balança, com o flutuador imerso em um fluído de referência. A relação entre os pesos dos cavaleiros é tal que P´´ é 10 vezes menor do que P´, P´´´ é 10 vezesmenor do que P´´ e P´´´´ é 10 vezes menor do que P´´´. Figura 7 - Balança de Mohr-Westphal. Após a calibração, mergulha-se o flutuador no líquido cuja densidade se deseja medir. Em seguida, com cavaleiro P´, equilibra-se a balança, colocando-o na ranhura mais afastada que não permita o afundamento do flutuador; depois faz-se o mesmo com o cavaleiro P´´, e assim por diante, com todos os cavaleiros, até restabelecer o equilíbrio da balança. Se um cavaleiro deve ocupar o mesmo lugar que o outro, pendura-se um no outro. A densidade dos líquidos é obtida escrevendo os números lidos, à direita uns dos outros, na ordem dos cavaleiros empregados. Sejam os números de ranhuras n´, n´´, n´´´, etc. associados aos cavaleiros P´, P´´, P´´´, etc. Assim, utilizando o teorema dos momentos, fazendo o peso de P´ valer p, podemos escrever: ... 100 ´´´ 10 ´´´10 pnpnpnP Dividindo-se, por (10.p) ambos os lados temos: ... 1000 ´´´ 100 ´´ 10 ´ nnn p P A densidade do líquido é dada, pela relação do equilíbrio entre o peso e o empuxo, ou seja: ... 1000 ´´´ 100 ´´ 10 ´ nnn p PD água líquido (12) Se o líquido em estudo for mais denso do que o líquido de referência, é necessário colocar um ou mais cavaleiros P´ sobre a ranhura 10; se for menos denso então o primeiro peso P´ ficará numa ranhura menor do que 10. 6 - Montagem e procedimento experimental Somente alguns dos métodos de medidas de densidade mostrados neste roteiro, serão utilizados nas práticas que se seguem. Lembre-se de usar o número correto de algarismos significativos em todos os registros. O líquido de referência para medir a densidade dos sólidos é a água. E o líquido de teste estará no béquer de 600 ml e deverá ser devolvido nele após sua utilização em cada prática. Lembre-se de lavar e enxugar, o recipiente e o corpo de teste onde for colocado o líquido de teste para não influenciar futuras medidas. Prática 1 - Método Direto para sólido com geometria regular 1. Identificar os componentes a serem utilizados; 2. Medir as dimensões de um corpo de teste, identificando suas faces; 3. Medir o valor da massa do objeto; 4. Organizar as medidas em uma tabela (Tabela I), anotando o valor da massa e seu erro*, o valor de cada dimensão e seu erro; * (o erro é dado pela metade do menor valor medido pela escala do instrumento usado). Prática 2 - Método Indireto em sólido com geometria irregular 1. Identificar os componentes a serem utilizados; 2. Preencha a proveta de 100 ml com o líquido de referência, até a escala de 70 ml; Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 7 3. Medir a temperatura do líquido de referência dentro da proveta; 4. Medir o valor da massa do corpo de teste; 5. Com um fio suspendendo o sólido, prenda-o à haste com furo do suporte universal; 6. Mergulhar o corpo de teste totalmente dentro da proveta preenchida com o fluído; 7. Medir o valor do volume do fluído com o sólido dentro da proveta; 8. Registrar o valor da temperatura do fluído e seu erro, do volume do líquido dentro da proveta e seu erro (sem o sólido) e seu erro, o valor da massa do corpo de teste e seu erro e o valor do volume do líquido com o sólido dentro da proveta e seu erro. Prática 3 - Método de Arquimedes. 1. Identificar os componentes a serem utilizados; 2. Medir o valor da massa do corpo de teste (um sólido irregular); 3. Medir a massa de um béquer de 250 ml vazio; 4. Preencher o béquer até a escala de 250 ml com líquido de referência; 5. Medir a temperatura do líquido dentro do béquer; 6. Medir a massa do béquer preenchido com fluido; 7. Com um fio prender o sólido ao suporte universal, enrolando o fio na haste com furo até deixá-lo suspenso sobre o béquer que está à balança; 8. Desenrolar o fio até mergulhar totalmente o corpo de teste dentro do béquer com água (sem tocar no fundo), medindo a massa do béquer com água e com o corpo de prova imerso; 9. Registrar o valor da temperatura da água e seu erro, a massa do corpo de teste e seu erro, o valor da massa do béquer e seu erro, o valor da massa béquer com o líquido de referência contida em seu interior e seu erro, o valor da massa do líquido de referência com o sólido imerso contidos no béquer e seu erro; 10. Repetir os procedimentos de 1 até 9 desta prática, utilizando o mesmo corpo de teste para medir a densidade de um líquido de teste com densidade desconhecida; 11. Registrar o valor da massa do sólido de referência e seu erro, o valor da massa do béquer e seu erro, o valor da massa béquer com o líquido de teste contido em seu interior e seu erro, o valor da massa do líquido de teste com o sólido de referência imerso contidos no béquer e seu erro. Prática 4 - Densímetro 1. Identificar os componentes a serem utilizados; 2. Preencher a proveta de 500 ml com água até a escala de 500 ml; 3. Medir o valor da temperatura do líquido; 4. Testar os densímetros, mergulhando dentro da proveta até achar o mais adequado ao líquido; 5. Medir a densidade do líquido usando a escala do densímetro; 6. Registrar o valor da temperatura e da densidade e seu erro. 7. Repetir os procedimentos anteriores com outro líquido diferente; Prática 5 - Método de Jolly 1. Identificar os componentes a serem utilizados; 2. Medir o comprimento inicial da mola helicoidal; 3. Com um fio prender o sólido de teste (cubo metálico), a uma mola helicoidal, com uma distância entre sólido e mola de 10 cm 4. Medir o comprimento da mola com o sólido suspenso; 5. Encher a proveta de 500 ml até a escala máxima e medir a temperatura da água; 6. Mergulhar o sólido totalmente dentro da proveta de 500 ml com o líquido de referência, medindo o comprimento da mola helicoidal; 7. Registrar a temperatura do líquido, o comprimento inicial da mola e seu erro, o comprimento da mola com o sólido de teste suspenso no ar e seu erro, o comprimento da mola com o sólido imerso na água e seu erro; 8. Repetir os procedimentos de 1 até 4, o utilizando o corpo de referência com a densidade conhecida para medir a densidade do líquido de teste com densidade desconhecida; 9. Registrar o comprimento inicial da mola e seu erro, o comprimento da mola com o sólido de referência suspenso no ar e seu erro, o comprimento da mola com o sólido de referência imerso no líquido de teste e seu erro. Toginho Filho, D. O., Zapparoli, F. V. D., Pantoja, J. C. S., Alves, M. J., Catálogo de Experimentos do Laboratório Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina, Abril de 2012. FLU 2 - Medições da densidade de sólidos e líquidos 8 7 - Análise Considerar as relações de recorrência para a propagação de erro em todos os cálculos, e os valores apresentados na Tabela 1, para maior precisão da densidade da água em relação a sua temperatura durante os procedimentos. (Dica usar o valor de densidade mais próximo da temperatura medida) 1. Utilizar as medidas da Prática 1 para calcular o volume do sólido de geometria regular e seu erro; 2. Calcular a densidade µs do objeto de geometria regular e seu erro; 3. Utilizar as medidas da Prática 2 para calcular valor da densidade µs do sólido de geometria irregular e seu erro; 4. Utilizar as medidas da Prática 3 para calcular valor da densidade µs do sólido de geometria irregular e seu erro,considerando a relação (7) descrita no método de Arquimedes; 5. Utilizar as medidas da Prática 3 e o valor calculado no item anterior de µs para calcular de valor da densidade µl do líquido de teste e seu erro, considerando a relação (7) descrita no método de Arquimedes; 6. Utilizar as medidas da Prática 4 para calcular valor das densidades µl do líquido de teste e seu erro; 7. Utilizar as medidas da Prática 5 para calcular valor da densidade µs do sólido de geometria irregular e seu erro, considerando a relação (9) descrita no método de Jolly; 8. Utilizar as medidas da Prática 5 e o valor calculado no item anterior de µs para calcular valor da densidade µl do líquido de teste e seu erro, considerando a relação (9) descrita no método de Jolly; 9. Fazer uma tabela organizando os valores de densidades medidos para os sólidos de teste e para os líquidos de teste, com os diferentes métodos; 10. Comparar o valor da densidade do sólido irregular de teste obtido pelos métodos das práticas 2 e 3; 11. Comparar os valores da densidade do líquido de teste da tabela do item anterior obtido com os métodos de acordo com as práticas de 3 a 5; 12. Identifique a nomenclatura do material de teste (sólidos e líquidos) através dos os valores de densidade obtidos da tabela do item 9 desta análise, de acordo com valores aproximados de densidade de materiais da literatura (dica: assim como na tabela 1, pode-se pesquisar na internet ou livros valores tabelados); 13. De acordo com os valores da literatura qual é o método de maior precisão? Por quê? 14. Qual é o método mais prático para medir a densidade de um sólido? Por quê? 15. Qual é o método mais prático para medir a densidade de um líquido? Por quê? Referências Bibliográficas 2. João Baptista Domiciano, Klemensas Rimgaudas Juraltis, “Introdução à Física Experimental”, Departamento de Física, Universidade Estadual de Londrina, 2003. 3. Halliday, D E Resnick, R., “Fundamentos de Física 2”, 4ªed.vol.2, LTC, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1991. 4. Sears, F. W. E Zemansky, M. W., “Física”, 2ªed., vol.1, Ed. Universidade de Brasília, Rio de Janeiro, 1973. 5. Nussenzveig, H. M., “Física Básica”, 2ª ed., vol. 2, Ed. Edgard Blücher Ltda. – 1990. Anexo Tabela 2: Variação da densidade com a temperatura Temperatura (°C) Densidade água (kg/m³) -10 -- -5 -- 0 999,8395 4 999,9720 5 -- 10 999,7026 15 999,1026 20 998,2071 25 997,0479 30 995,6502 40 992,2 60 983,2 80 971,8 100 958,4
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