Buscar

relatorio climatologia

Prévia do material em texto

Universidade Federal do Paraná 
 
 
 
VISITA A ESTAÇÃO METEOROLÓGICA DA SIMEPAR 
CAMPUS CENTRO POLITÉCNICO - UFPR 
 
 
 
 
Antonio Alcir da Silva Arruda 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado à disciplina de 
CLIMATOLOGIA básica, UFPR, 
ministrado pelo professor Wilson Flávio 
Feltrim Roseghini, como quesito básico 
à conclusão da disciplina. 
 
 
Curitiba 
Dezembro de 2015 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3 
2. OBJETIVO ........................................................................................................................... 4 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 5 
4. RESULTADOS .................................................................................................................... 6 
5. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 16 
6. REFERENCIAS BIBILIOGRÁFICAS ............................................................................. 18 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A preocupação do homem com a dinâmica do tempo e a sua 
previsibilidade atravessa séculos, praticamente se confunde com o próprio 
aparecimento da humanidade. Agricultores, pastores e navegantes 
acumularam certos conhecimentos práticos capazes de possibilitar 
prognósticos de relativa exatidão com referência à mudança de tempo. O livro 
de sinais escrito por Teofrasto, discípulo de Aristóteles, com o auxílio dos 
ensinamentos sobre o tempo herdados dos babilônios. Nesse livro, ele 
mencionava 08 maneiras diferentes para prever a chuva, 24 para tempo limpo, 
45 para ventos, 50 para tempestades e 07 que ajudaram a prever o tempo com 
um ano de antecedência, naturalmente essas maneiras de prever o tempo 
nada mais eram do que métodos para interpretar as mudanças climáticas 
através de sinais que a natureza oferece, como alguns exemplos vistos em 
sala de aula; 
- Quando um burro abana as orelhas é sinal de tempestade. 
- Depois de um nevoeiro há poucas possibilidades de chover 
- Neblina que baixa, sol que racha. 
- Ao amanhecer sol vermelho, prenúncio de chuva à tarde, se ao entardecer, 
bom tempo no dia seguinte. 
Desde o desenvolvimento da indústria, da navegação aérea e marítima e 
da grande agricultura, mecanizada e em forma de agronegócio, o fator tempo 
tornou-se mais significante economicamente no seu estudo foi estabelecido 
numa base organizada e científica. Em vez de termos descritivos começaram a 
ser usados termos padronizados, aplicados principalmente aos fatores que são 
medidos por instrumentos e especificados numericamente, como temperatura, 
pressão atmosférica, velocidade e direção dos ventos, umidade, a quantidade 
de precipitação pluviométrica entre outros parâmetros com relação ao tempo. 
Foi dado o nome de meteorologia ao ramo da ciência que se dedica ao estudo 
e previsibilidade do tempo 
 
 
2. OBJETIVO 
 . 
O objetivo da visita do grupo da disciplina de climatologia à estação 
meteorológica situada no campus do Centro politécnico da Universidade 
Federal do Paraná, visita essa realizada no dia 23 de outubro de 2015 
acompanhado pelo Professor Dr. Wilson Flávio Feltrim Roseghini, docente da 
disciplina foi verificar na prática através da aula de campo os conceitos teóricos 
aprendidos em sala de aula, objetivando mostrar ao aluno, a situação real de 
funcionamento, coordenação e coleta dos dados fornecidos pelos diversos 
instrumentos alocados na estação meteorológica, bem como a dinâmica ao 
vivo do profissional da área em seu trabalho diário com transmissão dos dados 
observados ao centro local de Porto Alegre, aumentando assim a experiência 
em climatologia do graduando, pois somente a prática de campo complementa 
de forma definitiva a fixação do conhecimento. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
No dia 23 de outubro às 08:00h o grupo se encontrou nas dependências do 
prédio novo das Ciências da Terra com o professor Flavio e a seguir foi o grupo 
distribuído em grupos menores com três pessoas. Cada grupo recebeu um 
termômetro infravermelho, para poder realizar a primeira prática do dia. Em 
seguida fomos encaminhados à estação meteorológica situada no campus do 
Centro Politécnico da UFPR próximo às Ciências Biológicas, onde recebemos 
a tarefa de efetuar medições com o termômetro infravermelho em diversos 
objetos e ambientes de livre arbítrio dos pequenos grupos distribuídos 
anteriormente. 
Gerado a seguinte tabela as 08:30h: 
alvo Temperatura C° 
solo - gramado 15 
estaca 15 
concreto 15,5 
Vidro externo 15 
Metal pintado de cinza 15 
pvc 15,5 
porta de madeira 14 
caixa pvc 13,5 
árvore tronco 14 
 
Como havia ausência de sol e era de manhã, não foi possível verificar 
variações de temperatura em materiais pintados de cores diferentes. 
Em seguida entramos no pátio cercado da estação meteorológica onde o 
Professor Flávio passou a dissertar sobre a utilidade de cada estrutura 
existente na estação e finalmente visitamos a sala de controle da estação, 
onde com o ótimo atendimento da profissional de meteorologia Sra. Marlene 
fomos situados de como funciona o controle, coleta e distribuição dos dados da 
estação convencional e da estação automática. 
4. RESULTADOS 
A seguir será apresentado nesse trabalho os vários instrumentos e apetrechos 
que fazem parte do mundo meteorológico. 
Abrigo meteorológico 
Tem por finalidade manter os instrumentos secos, livres da 
precipitação e insolação. Descrição – caixa de teto duplo, 
parede de venezianas com porta também de venezianas 
que deve estar na direção sul. Deve ser de madeira e 
pintado de branco. 
O abrigo encontra-se a uma altura 
padrão, de 1,5 metros e é 
construído por ripas de madeira 
branca, que permitem uma 
ventilação natural e ao mesmo tempo permitem criar 
condições de sombra aos equipamentos instalados em 
terreno plano coberto de grama rasteira e nivelados 
sobre um cavalete ou pilar de alvenaria. Alguns 
instrumentos são contidos no seu interior, como os termômetros convencionais, 
os termômetros de máxima e mínima, o aparelho registrador (termo higrógrafo), 
o evaporímetro e o psicrômetro que serão descritos detalhadamente a seguir: 
 
Termômetro de máxima e mínima 
do dia a sombra 
O termômetro de máxima é 
responsável por registrar à maior 
temperatura diária, que ocorre 
normalmente próximo às 15h, 
através do registro em seu tubo de 
mercúrio. É colocado normalmente na parte superior do suporte termométrico, 
em posição quase horizontal. O termômetro de mínima difere basicamente do 
termômetro de máxima através de seu elemento sensível registrador, que ao 
invés de mercúrio, utiliza o álcool, que arrasta um índice imerso, responsável 
por registrar a menor temperatura diária. Normalmente ocorre a partir das 
04:00 indo até 06:00.: mede a temperatura máxima do dia à sombra. 
 
Termo higrógrafo: registrar continuamente a 
temperatura do ar e umidade relativa do ar à sombra. 
Descrição – faixas de temperatura = -15 a +/- 40ºC, com 
resolução de 0,5ºC. 
Umidade relativa do ar: 0 – 100% com resolução de 3%, 
entre 20 e 80% nos extremos. 
Instalação – Abrigo meteorológico 
Manejo – calibração dos sensores, sendo cabelo 
humano para a umidade relativa e a temperatura do ar é medida por sistema bi 
metálica. 
 
 Psicrômetro: aparelho constituído de dois termômetros. 
Um fluxo de ar pode ser forçado a passar nos bulbos dostermômetros – ventilação forçada. Um termômetro fornece 
a temperatura do ar (t). O segundo é coberto com uma 
gaze ou cadarço de algodão que é umedecido com água 
destilada. O ar passa e retira a umidade. 
Instalação dentro do abrigo meteorológico em suporte 
próprio. 
Utilização – Depressão psicrométrica = diferença entre (t1 – 
t2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evaporímetro de Piche: 
O evaporímetro de Piche normalmente é instalado 
pendurado ao teto no interior do abrigo meteorológico. 
Nesta condição, a evaporação que ocorre na sua 
superfície é consequência do déficit de saturação do ar e, 
em menor escala, da velocidade do vento 
(PAPAIOANNOU et al.,1996). Por suas características de 
armazenamento e coleta de dados, este equipamento se 
adequa para medir a evaporação em ambientes fechados, 
urbanos, sendo largamente aplicado em estudos de 
conforto térmico. 
Descrição: tubo cilíndrico em vidro de 35 cm de 
comprimento e 1,5cm de diâmetro externo. Graduado em 
30cm3 com divisões a cada 0,1cm3. Apresenta uma extremidade fechada 
denominada olhal que tem por finalidade pendurar o instrumento. A outra 
extremidade, a inferior é aberta e dispõe de uma presilha para fechá-la por 
meio de um disco circular de papel absorvente com espessura de 30 mm e 
0,5mm de diâmetro, fixado por capilaridade e mantido pela presilha. 
Instalação – no abrigo meteorológico. Os dados coletados, ou seja, a 
evaporação medida não leva em consideração os valores de radiação solar. A 
evaporação é sensível à velocidade do vento e mantém relação inversa com a 
umidade relativa do ar e não apresenta nenhuma relação com a 
evapotranspiração. 
 
Cata-vento com anemômetro - Mede a direção e a velocidade do vento. A 
direção é dada por uma haste horizontal orientada por um par de aletas em 
relação a quatro hastes fixas que indicam os pontos cardeais. As aletas 
também mantém a placa de medição da velocidade do vento sempre 
perpendicular à direção do vento. A velocidade é obtida a partir da flexão de 
uma placa retangular móvel em relação à vertical, sob a ação do vento. A 
deflexão é medida sobre uma escala de sete pinos colocados sobre um arco de 
metal. A conversão para velocidade do vento é feita pela tabela abaixo: (Física 
UFPR) 
 
A direção do vento do dia 23/10/2015 na 
estação meteorológica da SIMEPAR estava 
nordeste, direção apontada pelo cata-vento da 
estação automática que está sendo usada 
atualmente, pois o cata-vento da estação 
convencional está em desuso e emperrado devido à 
oxidação marcando outra direção qualquer do 
vento. Na imagem, o cata-vento da estação 
automática aponta o Nordeste, sendo que nesse 
momento do dia, a velocidade do vento era muito 
pequena beirando a calmaria. 
Descrição – metálico o qual tem em uma 
extremidade terminal em forma de cone que indica o sentido de onde vem o 
vento e na outra extremidade duas aletas separadas por um ângulo de 22o. O 
conjunto é móvel juntamente com um ponteiro que indica sobre uma parte fixa 
a direção do vento. Na parte fixa estão os pontos cardeais e os números 
representativos da direção do vento. 
Instalação – canto sul a 8 – 10m. 
Tipos de cata-vento : 
1 – Biruta = dá o sentido, a direção do vento e ainda uma ideia de velocidade. 
2 – Cata-vento tipo Wild = superfície metálica que sempre está perpendicular à 
direção do vento. A velocidade é dada pela deflexão da superfície. 
 
Anemômetro - Sensor de Velocidade e Direção do Vento: É um instrumento 
que determina a direção e a velocidade horizontal do vento. Os sensores de 
vento deverão ser instalados em área livre acima do nível do terreno ao seu 
redor, com distância horizontal 10 vezes superior à altura do obstáculo. Em 
condições alguns casos a distância horizontal pode ser reduzida para três 
vezes sua altura, sendo que valores inferiores a estes inviabilizam por completo 
a representação do fenômeno. Suas unidades de medida são: 
Velocidade do vento: m/s Km/h; Direção do vento: ° (Graus); 
Altura de medição recomendadas e suas respectivas normas: 3,0 m ±0,1 m 
2,0 m ± 0,1 m e 10,0 m ±0,5 m como opcional 10,0 m 
 
Termo higrômetro - O Termo higrômetro é um instrumento que permite obter 
diretamente a Temperatura e a Umidade Relativa do ar, através de dois 
sensores conjugados. O conjunto sensor é protegido por um abrigo 
meteorológico que pode ser de plástico ou alumínio na cor branca. Esse abrigo 
evita a exposição direta dos elementos sensores aos raios solares e à chuva, 
além de garantir a livre circulação do ar permitindo um equilíbrio com a 
atmosfera a sua volta. Esse conjunto sensor deve ser instalado no lado oposto 
do sensor de radiação. Suas unidades de medida são: Temperatura: ºC 
(Celsius); Umidade Relativa: % (Porcentagem); 
 
Actinógrafo: determina a quantidade de energia 
que atinge a superfície na terra (cal cm2 dia-1). É 
denominada de radiação solar global. 
Descrição: o elemento sensível à radiação é 
protegido por uma cúpula de vidro que aciona um 
sistema de alavancas que registra a energia sobre 
um papel colocado sobre um tambor acionado por 
meio de relojoaria. A radiação é recebida por três 
placas bi metálica uma enegrecida e duas brancas, 
que através de suas dilatações geram energia. 
Utilização - uma caloria = energia necessária para elevar 1 grau centígrado a 
temperatura de um grama de água em qualquer instante do dia. A troca de fase 
de um grama de água a 20ºC, requer 585 Kcal, conhecida como calor latente 
de evaporação. 
Esfera de Campbel Stockes ou 
Heliógrafo 
Mede a quantidade de horas de 
sol que tem por dia, funciona como 
uma lupa e direciona os raios solares 
queimando uma fita de papel em seu 
interior, fita graduada trocada 
diariamente. O sol da manhã começa a 
queimar a fita pela extremidade voltada 
a ele e conforme o sol se desloca 
durante o dia a fita vai queimando até a 
extremidade oposta se a radiação for durante todo o dia, como diz Flávio, não é 
queimada pela intensidade, mas pela 
duração da radiação; no entanto e possível 
saber a intensidade pela quantidade da 
força com que a radiação que queimou o 
papel. No dia estava sendo usada a fita de 
equinócio para primavera e outono, é a 
mais comprida, mas também existe a fita de verão e a fita de inverno que 
possuem tamanhos diferenciados e alocação dentro do instrumento também 
diferente, pois a inclinação do sol durante as estações são diferentes, Ao final 
do dia o meteorologista recolhe a fita, anota a data no espaço reservado na 
própria fita e acondiciona em lugar apropriado para 
futuras consultas. 
Tanques de evaporação – classe A 
– Na estação meteorológica da SIMEPAR os tanques 
de evaporação encontram-se de cabeça para baixo 
porque também estão em desuso, pois existem 
equipamentos mais modernos e eletrônicos para 
medir evaporação. Servem para determinar a capacidade evaporante da 
atmosfera a fim de medir a evaporação de uma superfície livre de água. 
Descrição – diâmetro de 1,219m por 25,4cm de altura – chapa galvanizada 
número 22. Em casos especiais deve-se colocar tela de arame hexagonal para 
evitar entrada de galhos, folhas e pássaros. Nesse caso deve-se fazer a 
correção da leitura. Outro tanque deve estar junto a fim de servir de depósito 
de água. 
No tanque principal deve-se ter um termômetro de máxima e mínima 
flutuando sobre a água do mesmo. Torna-se necessário um anemômetro para 
medir a velocidade do vento que passa por sobre o tanque. 
- Manejo e operação – enche-se o tanque até cinco cm da borda superior . O 
nível de medida permitida é 7,5cm a partir da borda superior, ou seja, a cada 
25mm de evaporação deve-se recolocar água no mesmo. O micrômetro tem 
precisão de 0,01 a 0,02mm. Horário da leitura – 9 horas. 
- Nota de campo: “Se chover 5mm de água neste m2, apontado pelo 
pluviômetro torna-se necessário repor 5mm no tanque de reposição” Pode 
chover até transbordar? Resposta “sim pode, você vai saber quanto choveu 
através dos pluviômetros neste caso esta tendo reposição e não retirada de 
água” 
Na velocidade da evaporação influem: 
- temperatura 
- umidade do ar 
- velocidade do vento 
Fatores que influem na rapidez: 
- temperatura elevada 
- ar muito seco 
- vento forte 
Fatores que retardam a evaporação: 
- o frio 
- a umidade do ambiente 
- a pressão atmosférica 
- presença de salinidade na água 
Nesta imagem que identifica o tanque em funcionamento verificamos alguns 
detalhes: 
Conforme http://meteoro.cefet-
rj.br/almir/observacional/ citas 
algumas especificações de como 
deve ser o tanque classe A e quais 
acessórios fazem parte de sua 
estrutura para medição da 
evaporação. 
 
 
Consiste em um tanque circular de aço galvanizado sem tampa. Para 
complementar o aparelho, existe um conjunto de acessórios, como um 
termômetro de máxima e mínima, sistema de medição de água evaporada, 
anemômetro e cronógrafo. Fica no ajardinado da estação. Internamente o 
tanque tem duas linhas de referências pintadas, as profundidades de cinco e 
7,5 centímetros da borda do tanque. 
Acessórios: Acompanham o tanque, diversos acessórios cuja finalidade é 
completar a medida da evaporação. 
 Poço tranquilizador 
O poço tranquilizador é de formato cilíndrico, acoplado sobre um tripé e 
assenta no tanque “A” por meio de três parafusos destinados a nivelá-lo. É 
furado na base para que exista comunicação com a água do tanque; evita as 
oscilações da água, retardando o fluxo da água que entra e sai do poço. 
 Micrômetro de Gancho: 
O micrômetro de gancho consiste em parafuso terminado por um gancho. Esse 
parafuso desloca-se verticalmente dentro de uma luva que possui três braços 
divergentes os quais servem para apoio do micrômetro sobre a borda do poço 
tranquilizador. Na parte superior da luva, acha-se uma escala em forma de 
disco graduado que, ao ser girado o parafuso mede seus deslocamentos, 
funcionado como vernier, que indica os décimos e centésimos de milímetros. 
No próprio parafuso está gravada a escala dos números inteiros que indicarão 
o total de água evaporada em milímetros. 
 
 Termômetros Extremos: 
O termômetro usado para medir as temperaturas máximas e mínimas que 
ocorrem na água do tanque é semelhante ao usado para medir a temperatura 
no abrigo meteorológico. É montado de tal modo que flutua na água do tanque, 
possuindo, ao mesmo tempo proteção contra radiação solar direta. 
 Anemômetro Totalizador: 
É idêntico ao de contato, o movimento das conchas é transmitido a um 
mostrador, que registra o valor acumulado das distâncias percorridas pelo 
vento em quilômetros por hora ou em nós. Alguns modelos são, ao mesmo 
tempo, totalizador e de contato. 
 
 
 
Pluviógrafo - possui o mecanismo de pena dentro do 
funil a agua da precipitação escoa por um tubo e se 
deposita em uma “tigelinha”. Conforme o peso da agua 
na tigelinha o índice vai subindo e movimentando a 
pena que registra em um mecanismo de relógio 
equipado com papel de onde seria gerado o gráfico do 
volume de precipitação. 
Se o reservatório encher o equipamento escoa essa 
água e recomeça o ciclo. Nosso modelo na estação 
está sem esse mecanismo, por isso mesmo está 
desativado pois existem equipamentos com registro 
automático supervisionado pela sala de controle. E é 
exatamente esse mecanismo que diferencia o 
pluviômetro do pluviografo. Conforme explicação do site 
http://www.agsolve.com.br/dicas-e-solucoes/como-
funciona-o-pluviometro 
 “O pluviômetro totalizador é um instrumento 
meteorológico utilizado para recolher e medir a 
quantidade de líquidos ou sólidos como chuva ou 
granizo (e também neve para os países onde ocorre). 
Como o equipamento mensura a quantidade de chuva que precipita, é 
elementar para estudos meteorológicos e hidrológicos em conjunto com o 
sensor de temperatura. O pluviômetro é conceituado por ser um coletor da 
água de precipitação, com área de coleta conhecida. Enquanto que, o 
pluviógrafo é o instrumento com as mesmas características, mas com 
capacidade de registrar o tempo. Assim qualquer pluviômetro conectado a um 
registrador que indique data e hora é um pluviógrafo ou pluviômetro 
automático. “convencionalmente o pluviômetro automático tem o princípio de 
funcionamento composto por um sensor de precipitação tipo báscula, que se 
move e aciona um componente magnético que gera pulsos transmitidos ao 
registrador Ag Logger ou Rainlogger ®. O índice pluviométrico em milímetros 
indica o volume em litros de água que caíram em um metro quadrado de área, 
assim uma chuva de 20 mm corresponderá à precipitação de 20 litros de água 
por metro quadrado, logicamente sempre na horizontal. Em equipamentos 
automáticos, um software de coleta e tratamento de dados é utilizado para 
relatórios temporais e análises das características da chuva 
Barômetro - Sensor de Pressão Atmosférica - 
Denomina-se pressão atmosférica ao peso exercido por 
uma coluna de ar, com secção reta de área unitária, que 
se encontra acima do observador, em um dado instante e 
local. Fisicamente, representa o peso que a atmosfera 
exerce por unidade de área. Pode ser instalado em 
qualquer orientação, vertical ou horizontal. Normalmente 
instala-se no interior da caixa selada da Estação 
Meteorológica, mas possuindo comunicação externa, onde é realizada a leitura 
da pressão atmosférica. Sua unidade de medida é: mb (Milibar) ou hPa (Hecto 
Pascal). 
 
Barógrafo - é o instrumento que mede a pressão 
atmosférica e a registra continuamente, podendo ser 
utilizado em estações meteorológicas automatizadas. A 
medida pode se dar em milímetros de mercúrio (mm Hg) 
ou em milibares (mb). 
5. DISCUSSÃO 
 
Coleta e distribuição de observações 
Para começar, o observador que prevê o tempo precisa conhecer o 
estado existente do tempo numa vasta área em volta dele. O tamanho da área 
depende da duração do período para o qual estabelece a previsão. Para 
satisfazer essa necessidade, as observações são feitas em intervalos 
regulares, numa rede de estações abrangendo toda a área, sendo preciso 
providenciar a rápida comunicação dessas observações ao centro onde as 
previsões são realizadas. As estações observam coletam e comunicam aos 
centros locais de coleta em determinadas horas do dia, esse centro está em 
Porto Alegre que vá transmitir seus relatórios aos centros de coleta de 
informações no Brasil, no caso a cidade de Brasília que por sua vez na 
interligação internacional transmite os dados coletados em todas as regiões 
brasileiras para Washington, centro internacional de coleta de dados que 
processará e devolverá as previsões de tempo para cada origem coletada. 
Na visita ao centro de controle da estação SIMEPAR, tivemos o 
privilégio de acompanhar o telefonema feito pela agente Marlene, 
meteorologista, ao centro de coleta de dados em Porto Alegre. Para as 
mensagens não se tornarem demasiadamente longa, foi padronizado 
internacionalmente um código numérico arranjado em grupos. Um exemplo 
seria assim: 
01437 82612 26235 10714... 
Onde no primeiro grupo está a identificação da estação transmissora das 
informações. Os significados dos outros grupos obedecem a uma ordenação 
pré-estabelecida e com o código do evento também padronizado. Por exemplo, 
osúltimos dois algarismos do segundo grupo se refere à velocidade do vento, 
12 nós e os dois últimos números do quarto grupo indicaria a temperatura em 
graus Celsius 14ºC. 
Esta visita à estação meteorológica da SIMEPAR foi de fundamental 
importância para conhecermos um pouco do ramo da ciência chamada 
meteorologia, que faz a previsão das mudanças de tempo diariamente, e para 
percebermos o quão é difícil a previsibilidade exata do tempo, pois os fatores 
dinâmicos envolvidos são enormes, mas com a tecnologia desenvolvida nos 
vários instrumentos vistos nesse trabalho, com a compreensão da dinâmica da 
atmosfera do planeta; com o advento dos satélites e computadores poderosos 
processando todas as coletas do globo, cada dia, a meteorologia se aproxima 
da perfeição na tão sonhada previsibilidade do tempo perseguida desde os 
antigos povos em suas necessidades de saber se amanhã irá chover ou fizer 
sol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS 
 
 http://meteoro.cefet-rj.br/almir/observacional/ 
 
 http://www.agsolve.com.br/dicas-e-solucoes/como-funciona-o-
pluviometro 
 
 http://www.ufjf.br/labcaa/equipamentos/ 
 
 Notas de aula do professor Wilson Flavio Feltrim Roseghini 
 
 
 Notas de aula de campo na visita a estação meteorológica 
 
 http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/ 
 
 Previsão do Tempo e Clima A.G.Forsdyke 1975, edições 
melhoramentos, Editora da Universidade de São Paulo.

Continue navegando