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Conceito de empresário

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O EMPRESÁRIO
Hannah Bethlen Franco
Conceitua O ART. 966, Código Civil, verbs:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.
O primeiro elemento, que trada da profissionalidade, engloba os seguintes componentes: habitualidade (exercício contínuo da atividade); pessoalidade e o monopólio de informações (o empresário tem o domínio de informações de todas as etapas do processo de produção).
É uma atividade econômica porque persegue a produção de lucros e organizada porque articula fatores de produção (capital, matéria prima, mão de obra e tecnologia) para este fim. Assim, o empresário é aquele que exercita atividade empresarial nos moldes acima expostos.
Para se caracterizar alguém como empresário, não é mandatário o registro, mas a aplicação do regime empresarial. Quem não reúne todos os elementos da empresalidade não está apto a ser regido pelo regime empresarial e, sim, pelo regime civil.
A doutrina brasileira comporta três espécies de empresário – sujeito de direitos e obrigações: o empresário individual, a empresa de responsabilidade limitada e a sociedade empresarial.
O empresário individual é a pessoa natural que explora atividade empresarial de forma individuada, assim responde com seus próprios bens pelas obrigações que assumir. Assim sendo, o empresário individual é uma mera ficção jurídica que habilita a pessoa natural a praticar atos de comércio (dando algumas vantagens fiscais). Por ser uma categoria de maior risco, vem se tornando obsoleta, sendo substituída paulatinamente pelo tipo empresarial a seguir.
O empresário individual de responsabilidade limitada (EIRELI), veio para limitar a responsabilidade do empresário individual, ou seja, o risco deve recair sobre a atividade empresarial em si, e não sobre o patrimônio da pessoa natural que a exerce. Trata-se de uma sociedade unipessoal – uma pessoa unipessoal dotada de personalidade jurídica e apta a ecercer atividade econômica. A EIRELI será constituída por única pessoa detentora da totalidade do capital integralizado, não prejudicando, entretanto, a participação de sócio/administradores, regidos pelas regras das sociedades limitadas. Esse tipo de pessoa jurídica é instituída através de ato constitutivo devidamente registrado perante a junta comercial.
O último tipo empresarial é a Sociedade Empresarial, pessoa jurídica instituída por meio de contrato de sociedade. Ela pode ser integrada por dois tipos de sócios: os sócios propriamente ditos e os acionistas; ou seja, os seus integrantes podem exercer uma papel funcional junto à sociedade ou meramente de investimento (atração e aplicação de capital). Esse tipo de sociedade é dita empresarial quando exerce atividade própria de empresário; e simples quando exercem atividade distinta.
Há de se fazer a ressalva de que o microempreendedor individual e a empresa de pequeno porte, apesar da nomenclatura, não são tipos empresariais, mas meros regimes fiscais que buscam facilitar e formalizar empreendedores autônomos. 
Para o desenvolvimento da capacidade empresarial, é necessário que o indivíduo, para além da capacidade técnica, reúna os elementos da completa capacidade civil. Assim, para o exercício da capacidade empresarial deve-se: ser maior de 18 anos (maioridade civil) ou emancipado e não impedido legalmente (se relativamente incapaz). Quanto a proibição do exercício do direito de empresa estão arrolados: o falido não recuperado, o condenado por crime falimentar, o funcionário público, o devedor no INSS, o magistrado, o membro do Ministério Público e o militar na ativa.

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