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Delimitação e Caracterização de Bacias Hidrográficas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL 
DISCIPLINA DE HIDROLOGIA 
Prof. Dr. Klebber Formiga 
 
 
 
 
DELIMITAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE 
BACIAS HIDROGRÁFICAS NA REGIÃO DO 
MUNICÍPIO DE MOZARLÂNDIA-GO 
 
 
 
 
CAROLINA SILVA GURIAN BARROS 
JOÃO PAULO GOMES CAIXETA 
LUCAS OLIVEIRA DINOAH 
LUCAS ROCHA SANTOS SILVA 
MURILLO MARTINS HANNUM 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2016 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................2 
2 METODOLOGIA.......................................................................................................3 
2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E DE RELEVO............................................7 
2.1.1 Área da bacia........................................................................................................7 
2.1.2 Comprimento da bacia........................................................................................8 
2.1.3 Comprimento do rio principal............................................................................8 
2.1.4 Desnível do rio principal.....................................................................................8 
2.1.5 Declividade do rio principal................................................................................8 
2.1.6 Perfil longitudinal do rio principal.....................................................................9 
2.1.7 Perímetro..............................................................................................................9 
2.1.8 Índice de compacidade........................................................................................9 
2.1.9 Fator de forma ou índice de conformação.......................................................10 
2.1.10 Índice de alongamento.......................................................................................10 
2.1.11 Índice de circuncidade.......................................................................................10 
2.1.12 Excentricidade....................................................................................................11 
2.2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DRENAGEM.............................11 
2.2.1 Ordem dos trechos dos cursos d’água..............................................................11 
2.2.2 Razão média de bifurcação...............................................................................12 
2.2.3 Razão média de comprimento..........................................................................13 
2.2.4 Tempo de concentração.....................................................................................13 
3 RESULTADOS.........................................................................................................15 
4 CONCLUSÕES.........................................................................................................1 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 “Hidrologia é a ciência que trata da água na terra, sua ocorrência, circulação e 
distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e sua reação com o meio ambiente, 
incluindo sua relação com as formas vivas” (United State Federal Council Science and 
Technology). 
 Aplicada, essa ciência destina-se à resolução de problemas relacionados ao uso 
dos recursos hídricos pelo homem, como a exploração energética de um potencial 
hidrográfico, construção de sistemas de drenagens, utilização de cursos d’água como 
vias de transporte e de abastecimento etc., e ainda à preservação do meio ambiente. 
 Para que todos esses meios de aplicação funcionem, contudo, é necessário 
conhecer o sistema hidrológico a ser trabalhado. As bacias hidrográficas, assim, são 
sistemas abertos de grande importância, visto a relativa facilidade que se tem em avaliar 
os diferentes componentes do ciclo da água e balanço hídrico dentro da mesma. 
 Ainda, é válido dizer que as bacias são nada mais que áreas definidas de acordo 
com a topografia de uma região e drenadas por cursos d’água, nas quais toda 
precipitação captada é escoada para um único ponto de saída denominado exutório. 
Dentro dela, é possível existir sub-bacias, que por sua vez, pode-se dividir em outras 
microbacias e assim sucessivamente. 
 Portanto, conhecer as características de uma bacia hidrográfica – sejam elas 
geométricas, de relevo, sobre o sistema de drenagem, geológicas ou até do clima e 
vegetação da área – é fundamental para entender o seu comportamento hidrológico e 
sua influência sobre outros sistemas. 
 No presente trabalho, foram delimitadas três bacias, na região do município de 
Mozarlândia – Goiás, e analisadas de acordo com os dados levantados e comparados, 
definindo aspectos e tendências que qualificam as mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
2. METODOLOGIA 
 Para a execução deste trabalho, utilizou-se uma carta topográfica do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano de 1980, do município de 
Mozarlândia – GO (incluindo partes de alguns municípios vizinhos). Nesse mapa, três 
bacias hidrográficas foram delimitadas e seus respectivos principais cursos d’água 
foram determinados. As Figuras 1, 2 e 3, a seguir, representam essas bacias na carta 
topográfica. 
Figura 1 – Bacia 1 delimitada na região do município de Mozarlândia – GO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Bacia do Córrego Barreirinho (Bacia 2), delimitada na região do município 
de Mozarlândia – GO. 
 
Figura 3 – Bacia do Córrego Pouso Alto (Bacia 3), delimitada na região do município 
de Mozarlândia – GO. 
 
Em seguida, foram determinadas as características físicas e de relevo (tópicos 
2.1.1 a 2.1.12, a seguir) e as características do sistema de drenagem (tópicos 2.2.1 a 
2.2.4) para cada uma das três bacias. 
Também foi um dos objetivos desse trabalho, comparar os resultados calculados 
para área, comprimento e declividade das bacias através dos dados retirados da carta 
topográfica, com os resultados encontrados através da utilização do programa Google 
Earth. A seguir, estão representadas as bacias traçadas com a utilização programa. 
Figura 4 – Região de Mozarlândia, com bacias delimitadas pelo programa Google Earth. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Bacia 1 delimitada pelo programa Google Earth na região do município de 
Mozarlândia – GO. 
 
Figura 6 – Bacia do Córrego Barreirinho, delimitada pelo programa Google Earth na 
região do município de Mozarlândia – GO. 
 
Figura 7 – Bacia do Córrego Pouso Alto, delimitada pelo programa Google Earth na 
região do município de Mozarlândia – GO. 
 
2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E DE RELEVO 
 As seguintes características físicas foram calculadas para cada uma das bacias 
acima citadas: 
2.1.1 Área da bacia (A) 
 É a área em projeção horizontal inclusa entre seus divisores topográficos e o 
elemento básico para o cálculo das outras características físicas. É determinada por 
planimetria em cartas topográficas, onde os divisores da área são pontos de máxima 
altimetria na região, e é usualmente expressa em km2 ou ha. 
 Para a delimitação das bacias propostas foi utilizada o método de carta 
topográfica e a representação digital da bacia no programa Google Earth. No primeiro 
método, o contorno da bacia foi projetado em papel milimetrado, através do qual foi 
possível contabilizar a área desejada. No segundo, uma vez desenhada a bacia, o próprio 
programa informa a área da região delimitada. 
2.1.2 Comprimento da bacia (L) 
 Mede-se o comprimento da bacia quando se segue o curso
d’água mais longo 
desde a desembocadura até a cabeceira mais distante na bacia, em linha reta, por meio 
de uma régua, na representação da mesma, por exemplo. É normalmente expresso em 
km. O comprimento da bacia é importante para estimar o tempo que a água leva para 
percorrer a bacia. 
2.1.3 Comprimento do rio principal (LRP) 
 Corresponde ao comprimento do rio mais extenso da bacia, expresso em km. É 
determinado através de um curvímetro, da nascente até a foz, após sua identificação 
visual em uma carta topográfica. Assim como o comprimento da bacia, essa 
característica é importante para determinar o tempo de concentração da mesma. 
2.1.4 Desnível do rio principal (∆h) 
 O desnível do rio principal nada mais é diferença de altura entre a nascente e 
exutório desse curso d’água, expresso em m ou km. Para determinar essa diferença, 
estimou-se a altimetria dos dois pontos necessário observando as curvas de nível 
traçadas na carta topográfica utilizada. 
2.1.5 Declividade do rio principal (S) 
 É a relação entre a diferença de suas cotas e sua extensão horizontal, expressa 
em m/km ou m/m. 
� = ∆ℎ�(ℎ��	
���
�) 
 Uma vez conhecida a declividade dos cursos d’água de uma bacia, é possível 
caracterizar a velocidade de escoamento e o tempo de concentração da mesma e saber se 
possui maior ou menor tendências de cheias, por exemplo. 
 Existem diferentes meios para se calcular a declividade média de um rio, 
dentre os quais calculou-se: 
a) Declividade baseados nos extremos (S) 
 Nesse método, a diferença altimétrica e distância horizontal entre os pontos 
foram consideradas em sua totalidade. 
b) Declividade 15-85 (S15-85) 
 Obtida descartando-se 15% dos trechos inicial e final do rio, visto que grande 
parte dos cursos d’água tem alta declividade próxima da nascente e torna-se 
praticamente plano próximo de sua foz. 
 
c) Declividade 5-95 (S5-95) 
 Tal como a declividade 15-85, porém descartando-se apenas 5% dos trechos 
inicial e final. 
 
2.1.6 Perfil longitudinal do rio principal 
 Esse perfil trata-se de uma representação gráfica dos desníveis existentes entre 
pontos do canal principal da bacia, ao longo do seu comprimento horizontal. Para 
construí-lo, deve-se marcar a altura (eixo Y) e a posição horizontal (eixo X) de dois 
pontos consecutivos determinados e ligá-los com uma reta. 
 Para as bacias delimitadas, adotou-se uma distância horizontal, entre os pontos 
comparados, de 3km, 2km e 2,5km, para as Bacias 1, 2 e 3, respectivamente, para a 
construção do perfil longitudinal. 
 
2.1.7 Perímetro (P) 
 O perímetro de uma bacia é o comprimento do contorno da mesma, expresso 
em km. É importante para determinarmos índices posteriormente citados que 
determinam tendências de cheias, por exemplo. 
 Para calculá-lo, utilizou-se o método de carta topográfica (a medição foi 
realizada assim como a do comprimento do rio principal) e a representação digital da 
bacia no programa Google Earth (assim como na área de drenagem). 
2.1.8 Índice de compacidade (Kc) 
 É a relação entre o perímetro da bacia (P) e o perímetro de um círculo de 
mesma área que a bacia, determinado de acordo com a fórmula a seguir: 
�� = 0,28 �√� 
 Quanto menor o Kc (mais próximo de 1), mais circular é a bacia, menor o 
tempo de concentração e maior a tendência de haver picos de enchente. 
2.1.9 Fator de forma ou índice de conformação (I) 
 É resultado da relação entre a área da bacia (A) e de um quadrado de lado igual 
ao comprimento axial (L) da bacia, expressando a capacidade da bacia em gerar 
enchentes. 
� = ��² 
 Quanto mais próximo de 1, maior a propensão a enchentes, pois a bacia fica 
cada vez mais próxima de um quadrado. Ou seja, uma bacia com valores altos de I, tem 
cheias mais rápidas; enquanto uma com baixos valores desse índice, terá cheias mais 
lentas. 
2.1.10 Índice de alongamento (KL) 
 Trata-se da razão entre os lados (Le o lado maior; le o lado menor) de um 
retângulo equivalente à bacia. Um retângulo equivalente é aquele que possui mesmo 
perímetro e mesma área da bacia, onde: 
�� = �4 + ��
�
16 − �#
$,%
 
�� = �4 − [�
�
16 − �]$,% 
Assim, esse índice pode ser determinado pela seguinte fórmula: 
�( = ���� 
 O índice de alongamento e a tendência às cheias são dados inversamente 
proporcionais. 
 
 
 
2.1.11 Índice de circuncidade (Re) 
 É a relação entre o diâmetro da bacia se ela fosse um círculo (DCIRC) e o seu 
comprimento (L). 
)* = +,-.,� 
E ainda: 
+,-., = /4�0 
 Valores maiores implicam em maior tendência a cheias. 
2.1.12 Excentricidade (τ) 
 Esse coeficiente relaciona o exutório da bacia e o seu centro de massa e é 
determinado pela seguinte fórmula: 
1 = 2�² − 3²3 
 Onde l é a distância entre os dois pontos relacionados e W é a largura do centro 
de massa perpendicular a l. 
 Quanto menor o valor da excentricidade da bacia, maior a possibilidade de 
enchente na mesma. 
2.2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DRENAGEM 
 “O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio 
principal e seus tributários; o estudo das ramificações e do 
desenvolvimento do sistema é importante, pois ele indica a maior ou 
menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. O 
padrão de drenagem de uma bacia depende da estrutura geológica do 
local, tipo de solo, topografia e clima. Esse padrão também influencia 
no comportamento hidrológico da bacia.” (CARVALHO; SILVA, 
2006). 
 
 
2.2.1 Ordem dos trechos dos cursos d’água 
 Classificar uma bacia conforme a ordem dos seus cursos d’água representa 
determinar o grau de ramificação ou bifurcação do rio principal. Os cursos d´água 
maiores possuem seus afluentes que por sua vez possuem outros até que chegue aos 
minúsculos cursos d´água da extremidade. Geralmente, quanto maior o número de 
bifurcações maior serão os cursos d´água; dessa forma, pode-se classificar os cursos 
d´água de acordo com o número de bifurcações. 
Essa classificação pode ser baseada em diferentes métodos, dentre os quais se 
utilizou neste trabalho, o de Strhaler e o de Gravelius (Hack). De acordo com Strhaler, 
os cursos primários são aqueles de ordem 1 e a união de 2 cursos de mesma ordem dá 
origem a um curso de ordem imediatamente superior (se os 2 cursos não possuírem a 
mesma ordem, prevalecerá a maior ordem na união dos mesmos). Já para Gravelius 
(Hack), o rio principal possui ordem 1, enquanto seus afluentes possuem ordem 2 e 
assim sucessivamente. A Figura 8 esquematiza essas classificações. 
 
Figura 8 – Esquema de classificações das ordens dos cursos d’água por Strahler e por 
Gravelius (Hack). 
 
 
 
 
2.2.2 Razão Média de Bifurcação (Rb) 
 É definida como a relação entre o número de canais de uma dada ordem (n) e o 
número de canais de ordem imediatamente superior (n+1). E assim uma dada bacia de 
ordem n, (n-1) valores de Rb podem ser determinados. O valor médio dos Rb individuais 
da bacia representa a razão de bifurcação média para a bacia. Para cada razão 
individual, é válida a fórmula: 
)4 = 5º75º789 
 Quanto maior Rb média, maior o grau de ramificação da rede de drenagem de 
uma bacia e maior a tendência para o pico de cheia. 
 Dados os métodos de classificação de ordem das bacias delimitadas no 
trabalho, foi possível determinar os valores desse índice apenas baseando nas 
classificações de Strahler. 
2.2.3 Razão Média de Comprimento (RL) 
 Essa relação corresponde à razão entre a média dos comprimentos dos canais 
de determinada ordem (n) e pela média dos comprimentos dos canais de ordem 
imediatamente inferior (n-1). 
 Um número elevado desse índice significa que o comprimento médio dos rios 
de dada ordem é bem superior
ao dado da ordem inferior. Isso significa ainda que os 
canais normalmente apresentam grande extensão e são em pequeno número. 
 Dados os métodos de classificação de ordem das bacias delimitadas no 
trabalho, também foi possível determinar os valores desse índice apenas baseando nas 
classificações de Strahler. Assim, mediu os comprimentos de cada curso d’água, tal 
como se mede o comprimento do rio principal, e calcularam-se as razões RL. 
2.2.4 Tempo de Concentração (Tc) 
 Pode ser definido como sendo o tempo, a partir do início da precipitação, 
necessário para que toda a bacia contribua com a vazão na seção de controle. Ou seja, é 
o tempo necessário para que a água precipitada no ponto mais distante da bacia escoe 
até o exutório ou local de controle/medição. Esse dado relaciona-se com a declividade e 
comprimento dos rios da bacia. 
 Já considerando uma análise das características das bacias, o tempo de 
concentração de cada uma foi calculado de acordo com as seguintes equações 
compatíveis com os tamanhos das mesmas, encontradas no Manual de Hidrologia 
Básica para Estruturas de Drenagem, do Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes (DNIT): 
a) Fórmula de KIRPICH - Modificada: 
:� = 1,42( �;∆<)$,;=% 
b) Fórmula de PASINI: 
:� = 0,107 √��?√� 
 
c) Fórmula de VENTURA: 
:� = 0,127/�� 
d) Fórmula de GIANDOTTI: 
:� = 4√� + 1,5�0,8√∆< 
Sendo, para todos os casos anteriores: 
Tc= tempo de concentração, em h; 
L= comprimento do curso d’água, em km; 
∆H= desnível máximo, em m; 
A= área da bacia, em km²; 
S= declividade, em m/m. 
e) Fórmula de JOHN COLLINS: 
:� = 44 �+,-., /�²�
B
 
Onde: 
Tc= tempo de concentração, em min; 
L= comprimento do curso d’água, em km; 
A= área da bacia, em km²; 
S= declividade, em %, restrita aos limites de 1% a 3,5%; 
DCIRC= diâmetro de um círculo de área equivalente ao da bacia, em km. 
 Calculados os tempos de concentração por meio de cada um desses métodos, o 
tempo de concentração adotado para cada uma das 3 bacias delimitadas foi a média 
entre os cinco valores obtidos. 
3. RESULTADOS 
 Os valores encontrados para as características físicas e de relevo das bacias 
analisadas, estão expressos na Tabela 1. 
Tabela 1 – Características físicas e de relevo das bacias com relação aos dados da carta 
topográfica. 
Característica Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 
Área da bacia (km²) 78,20 29,50 41,50 
Comprimento da bacia (km) 15,00 7,40 11,00 
Comprimento do rio principal (km) 14,10 6,70 10,00 
Comprimento do rio principal sinuoso (km) 18,90 7,40 12,90 
Desnível do rio principal (m) 38,00 49,00 100,00 
Declividade baseada nos extremos (m/m) 0,002695 0,006622 0,009091 
Declividade 15-85 (m/m) 0,003445 0,005330 0,021290 
Declividade 5-95 (m/m) 0,000158 0,004809 0,016670 
Perímetro da bacia (km) 39,40 22,00 30,00 
Índice de compacidade 1,25 1,13 1,30 
Fator de forma 0,35 0,54 0,34 
Índice de alongamento 2,57 1,37 3,10 
Índice de circuncidade 0,67 0,83 0,66 
Excentricidade 0,569 - 0,304 
 
(Fonte: Dados obtidos segundo os procedimentos expressos na Metodologia). 
 Além disso, as Figuras 9, 10 e 11, a seguir, representam os perfis longitudinais 
dos rios principais das bacias 1, 2 e 3, respectivamente. 
 
 
 
Figura 9 – Perfil longitudinal do rio principal da Bacia 1. 
 
Figura 10 – Perfil Longitudinal do rio principal da Bacia 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Perfil Longitudinal do rio principal da Bacia 3. 
 
 Já a Tabela 2, a seguir, expõe algumas das características da bacia baseadas nos 
dados fornecidos pelo programa Google Earth. 
Tabela 2 – Características físicas e de relevo das bacias com relação aos dados do 
Google Earth. 
Característica Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 
Área da bacia (km²) 77,90 30,77 41,16 
Comprimento da bacia (km) 15,03 7,39 11,30 
Comprimento do rio principal (km) 14,85 6,75 8,50 
Comprimento do rio principal sinuoso (km) 19,12 7,71 10,38 
Desnível do rio principal (m) 46,00 55,00 89,00 
Declividade baseada nos extremos (m/m) 0,003098 0,008148 0,010471 
Perímetro da bacia (km) 42,40 22,53 38,30 
 
(Fonte: Dados obtidos no Google Earth). 
 As ordens dos cursos d’água, de acordo com Strhaler e Gravelius (Hack), estão 
também representadas a seguir, nas Figuras 12 a 17. 
 
 
 
 
Figura 12 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 1, segundo Strahler. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 1, segundo Gravelius. 
 
 
Figura 14 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 2, segundo Strahler. 
 
Figura 15 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 2, segundo Gravelius. 
 
Figura 16 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 3, segundo Strahler.
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Classificação das ordens dos canais da Bacia 3, segundo Gravelius. 
 
 Com base nas classificações de ordem das figuras acima, os valores 
encontrados para a Razão Média de Bifurcação e Razão Média de Comprimento são 
mostrados na Tabela 4, enquanto os números de cursos d’água de determinada ordem e 
as somas dos seus comprimentos estão na Tabela 3. 
Tabela 3 – Números de canais de ordem “n” nas bacias e suas respectivas somas de 
comprimentos. 
 Índice Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 
Nº de cursos de ordem 1 10 12 4 
Nº de cursos de ordem 2 5 9 3 
Nº de cursos de ordem 3 4 1 - 
ƩL de cursos de ordem 1 21,2 12,7 10,1 
ƩL de cursos de ordem 2 6,2 9,0 9,6 
ƩL de cursos de ordem 3 12,4 2,1 - 
 
(Fonte: Dados obtidos segundo os procedimentos expressos na Metodologia). 
Tabela 4 – Valores das razões médias de bifurcação (Rb) e de comprimento (RL). 
 Índice Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 
Rb 1-2 2,00 1,33 1,33 
Rb 2-3 1,25 9,00 - 
Rb Média 1,63 5,16 1,33 
RL 2-1 0,29 0,71 0,95 
RL 3-2 2,00 0,23 - 
RL Média 1,15 0,47 0,95 
(Fonte: Dados obtidos segundo os procedimentos expressos na Metodologia). 
 Os valores encontrados para os tempos de concentração, através das cinco 
fórmulas descritas no Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem, do 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), são expressos na 
Tabela 5. 
Tabela 5 – Valores dos Tempos de Concentração (Tc), em horas. 
Fórmula Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 
 Kirpich-modificada 9,69 3,06 4,84 
Pasini 23,48 7,92 9,11 
Ventura 21,63 8,48 8,58 
Giandotti 11,74 5,53 5,98 
John Collins 25,94 9,36 14,79 
MÉDIA 18,17 6,53 9,41 
Desvio padrão da média 7,73 2,93 3,20 
 
(Fonte: Dados obtidos segundo os procedimentos expressos na Metodologia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CONCLUSÕES 
 Com os resultados obtidos foi possível realizar a análise de alguns parâmetros. O 
primeiro seria a indicação da bacia com maior tendência de cheia, sabe-se que quando 
mais próxima de um circulo for a forma da bacia maior vai ser a tendência de ocorrer 
enchentes. Com isso, quanto menor for o índice de compacidade e quanto maiores 
forem o fator de forma e índice de circuncidade maior será a chance de ocorrer 
enchentes. Portanto, a bacia 2 é a que apresenta maior tendência a cheias e a bacia 3 a 
que apresenta a menor probabilidade. 
 O segundo parâmetro a ser analisado é a ordem dos rios, segundo Strahler a bacia 1 e 2 
possuem a maior ordem que é 3, agora pelo método de Gravelius o a bacia de maior 
ordem será a 2 que é da quarta ordem. Analisando a bifurcação do rio, a bacia que 
apresenta a maior quantidade de ramos é a 2, esse fato aumenta a área de irrigação e 
facilita o processo de enchentes. 
 A terceira análise é feita para o tempo de concentração, que depende muito de 
declividade do rio e também do seu comprimento, quanto maior for a declividade
e 
menor o comprimento da bacia menor será o tempo de concentração. Com isso, ao 
analisar os tempos de concentração verificou-se que a bacia que apresenta o maior valor 
é a 1 por apresentar menor declividade e maior comprimento, já a bacia 3 é a que 
apresenta menor tempo de concentração por apresentar fatores opostos ao da bacia 1. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES 
(DNIT). Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem. Rio de 
Janeiro, 2005. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-
manuais/manuais/documentos/715_manual_de_hidrologia_basica.pdf>. Acesso em: set. 
2016. 
 
CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Bacia Hidrográfica. Rio de Janeiro, 2006. 
Disponível em: 
<http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap3-
BH.pdf>. Acesso em: set. 2016. 
 
HIPOLITO, J.R.; VAZ, A.C. Hidrologia e Recursos Hídricos. 2ª edição. Lisboa – 
Portugal. IST Press. 
 
LIMA, W. P. Manejo de Bacias Hidrográficas. São Paulo, 2009. Disponível em: 
<http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula%201/Caracteristicas%
20fisicas%20da%20bacia_foto%20Piracicamirim.pdf>. Acesso em: set. 2016. 
 
RONDOV, A. J. V. Estudo da fisiografia das bacias hidrográficas urbanas no 
Município de Maringá, Estado do Paraná. Maringá, 2013. Disponível em: 
<http://pt.slideshare.net/ADELCIORONDOV/bacia-hidrografica>. Acesso em: set. 
2016.

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