Buscar

aula 6 a 10 contab

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estamos acompanhando os lançamentos feitos na forma de diário, de razonete e agora vamos conferir e confirmar os lançamentos utilizando o balancete de verificação, já que a contabilidade é um trabalho contínuo.
O balancete de verificação nada mais é do que um relatório utilizado antes da elaboração das demonstrações contábeis e que, confrontando os saldos, verifica se o método das partidas dobradas foi seguido. 
É, portanto, uma ferramenta importante que possibilita que seja feito um subtotal das rotinas contábeis, permitindo que a pessoa responsável pela elaboração das demonstrações contábeis possa descobrir determinados erros e inconsistências antes da elaboração final dessas demonstrações.
Você  lembra o que é razanote?
O razonete ― uma versão simplificada do livro razão ― é também conhecido como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura.
Isso permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis.
O razonete da conta Bancos apresenta o lado do débito (em que serão lançadas as entradas, conforme já vimos em resumo anterior) e o lado do crédito (em que serão lançadas as saídas).
	
	BANCOS	
DEBITOS	CRÉDITOS
Este raciocínio foi utilizado para uma conta de ativo (bancos). Mas como ficaria para uma conta de passivo? 
Vamos utilizar a conta Fornecedores, para demonstrar o raciocínio:
FORNECEDORES
DEBITOS	CREDITOS
	
Notou que os elementos são os mesmos (débito e crédito)? Entretanto, para as contas do passivo, as entradas serão representadas pelos créditos e as saídas pelos débitos, reparou?
Clique aqui para observar uma série de lançamentos e como eles são demonstrados de forma cumulativa nos razonetes.
Observe os lançamentos e como eles são demonstrados de forma cumulativa nos
razonetes:
1. Integralização (subscrição) de capital social, em dinheiro, no valor de
R$10.000,00;
2. Compra de móveis e utensílios no valor de R$2.000,00 à vista;
3. Compra de mercadorias, a prazo, no valor de R$10.000,00;
4. Abertura de conta corrente, no valor de R$500,00;
5. Compra de mercadoria, à vista, no valor de R$2.000,00.
É preciso agora que você note alguns detalhes: Foram colocados números ao lado das operações, reparou? Isso serve para identificar à qual operação o lançamento se refere. Assim, os valores que contém o número 1 ao lado são relativos à operação número 1. 
 Note que na operação número 1 foi feito um crédito no Capital Social. Isso representa o aumento desta conta, uma vez que ela é uma conta de Patrimônio Líquido. Já a contrapartida deste valor está no caixa, pois o valor foi subscrito em dinheiro. Deverá ser feito, então, um débito no caixa, o que indica aumento de valor nessa conta ― que era zero e foi para R$10.000,00. 
 A operação 2 foi a compra de Móveis e utensílios à vista, o que causou um débito, ou seja, uma entrada na primeira conta e um crédito na conta caixa ― o que representa a saída de valor. 
 Na operação 3, por sua vez, houve a compra de mercadoria, o que gerou um débito na conta Mercadoria, ou seja, uma entrada em uma conta de Ativo. Sua contrapartida foi um crédito na conta fornecedores ― o que, em termos contábeis, significa aumento desta conta. 
 A operação 4 foi a constituição de uma conta corrente para a empresa, o que gerou um débito na conta banco e um crédito na conta caixa, pois foi dali que o dinheiro saiu para entrar no banco. 
 Por fim, na operação 5 foi efetuada uma compra de mercadorias à vista. Isso gerou um débito na compra de mercadorias, o que indica um aumento desta conta e um crédito no caixa, caracterizando a saída de numerário.
Para iniciarmos o próximo tópico, relativo ao Balancete, é preciso apurar o saldo dos razonetes anteriormente apresentados.
Isso acontece quando é traçada uma linha e o saldo da conta é apresentado de acordo com a natureza da conta. 
Vamos usar o exemplo da conta caixa que analisamos no PDF da página anterior.
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para a conta Mercadorias. Veja:
Mas afinal para que serve o Balancete?
Você se lembra que, de acordo com o método das partidas dobradas, todo valor lançado a débito possui um crédito correspondente? 
Como o próprio nome diz, ele serve para verificar se os saldos dos créditos são iguais ao saldo dos débitos.
Além disso, o balancete de verificação tem outras finalidades, como:
Apresentar possíveis erros que acabem por distorcer a contabilidade, como o erro na natureza das contas.
Se, por um acaso, a conta bancos apresentar saldo credor diferentemente da sua natureza que é devedora, o balancete de verificação apresentará este erro e será possível corrigi-lo antes de se efetuar o balanço patrimonial.
Mostrar as variações em cada elemento patrimonial, ou seja, se a conta aumentou ou diminui naquele determinado período.
O balancete de verificação poderá servir de base para a apuração do resultado e para a elaboração das mais diversas demonstrações contábeis.
Como foi dito anteriormente, comprovar definitivamente o seguimento do princípio das partidas dobradas, em que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.
Apresentar os saldos de todas as contas, uma vez que em suas colunas é possível ver o saldo inicial e as movimentações de cada conta apresentada nos razonetes.
Mesmo com tantas finalidades, o balancete não pode detectar alguns erros, como as contas com a natureza trocada, que acontece quando você esquece e lança a conta caixa com natureza credora. 
Isso só será apresentado como uma inversão de valores, mas você precisa ficar extremamente atento e sempre lembrar-se da natureza das contas.
Você também deve ficar extremamente ligado na hora de debitar e creditar corretamente as contas, pois o balancete não previne erros de inversão de lançamentos nas contas.   
Porém, existem algumas formas de se evitar esse tipo de erro. Clique aqui para saber mais.
Boletim de caixa para confirmação do saldo do caixa. Apresentaremos um caso, onde será possível conferir o boletim de caixa com o balancete, em que os saldos deverão bater. O boletim de caixa é um controle, feito diariamente na conta caixa e apresenta o seguinte formato:
No caso dos bancos, é possível conferir o saldo da conta apresentado no balancete com o valor apresentado nos extratos bancários das contas da empresa. 
A conta estoque poderá sofrer contagem física dos elementos apresentados, o que poderá ser confrontado com a conta no balancete.
Tipos de Balancete
Existem três tipos de Balancete, mas, antes de conhecê-los, é preciso ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como:
1. A identificação da entidade em questão;
2. A data de elaboração;
3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas;
5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos.
Agora conheça os tipos de Balancete:
Balancete de duas coluna:
Conhecido também como balancete sintético, esse é o tipo mais comum de balancete, pois é aquele de duas colunas, em que você trabalhará somente com o saldo das contas.
Observe um modelo de balancete de duas colunas:
Balancete de quatro colunas
Já o balancete de quatro colunas ― conhecido também como analítico, pois permite a análise dos valores envolvidos ― apresenta a movimentação em cada conta, como pode ser visualizado abaixo:
Balancete de seis colunas
Também temos o modelo mais utilizado, que é o balancete de seis colunas, ou balancete complexo. Nele é possível ver o saldo do período anterior, o movimento atual e o saldo no final.
Dica:
Observe sempre se o valor lançado na conta de saldo anterior é igual ao movimento e o valor do saldo final.
Quanto aos tipos de Balancete, é correto afirmar que:
A elaboração do balancete requer alguns passos seguidos para que não ocorram erros. Veja quais são eles:
 
1. Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro diário;
2. Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes;
3. Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a somados valores a débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta;
4. Posteriormente o balancete, de preferência o de seis colunas, que é o mais completo e permite a conferência de todos os valores, deverá ser elaborado;
5. Todas as contas utilizadas no razonetes deverão ser registradas no balancete;
6. Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras nas duas primeiras colunas do balancete;
7. Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de elaboração dos demonstrativos;
8. Por fim, deverão ser transferidos para a coluna Saldo Final os valores devedores e credores de cada conta. Estes valores serão obtidos nos razonetes confrontando-se o saldo inicial mais as entradas, menos as saída;
9. Deverá ser feita uma verificação final de todos os totais das colunas: checar se Saldo Inicial, Movimento e Saldo Final estão batendo, ou seja, se débito e crédito têm o mesmo valor em cada uma destas colunas;
10. Além disso, já na finalização da elaboração do balancete, deverão ser conferidas as naturezas das contas, isto é, se todas as contas foram contabilizadas corretamente e não estão com a natureza trocada, o que fará com que existam problemas na hora de finalizar as demonstrações contábeis.
Balancete de verificação
Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado:
• O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data;
• O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade;
• Os elementos mínimos que devem constar do balancete; 
• O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC;
• O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
Exemplo prático da sequência que leva à elaboração do balancete Saldos iniciais da Cia Exemplo Ltda.: Capital Social – R$10.000,00 Caixa – R$2.000,00 Mercadorias – R$4.000,00 Veículo – R$4.000,00 Durante o mês de abril de 2012, ocorreram os seguintes fatos: 
1. No dia 04 de Abril, abertura de conta corrente no valor de R$500,00; 
2. Compra, no dia 10 de Abril, de mercadoria a prazo no valor de R$2.000,00. A mercadoria foi comprada da Cia Ltda., conforme nota 001; 
3. No dia 12 de Abril, pagamento de fornecedores no valor de R$500,00, valor referente à Cia Ltda., conforme nota 001; 
4. Compra, no dia 28 de Abril, de móveis e utensílios a prazo no valor de R$3.000,00. A compra foi efetuada na Cia Brasil Ltda., conforme nota o13. 
Para fins didáticos, utilizaremos os lançamentos de forma simplificada no diário: 
1. Débito – Conta Corrente – R$500,00 Crédito – Caixa – R$500,00 
2. Débito – Mercadoria – R$2.000,00 Crédito – Fornecedor – R$2.000,00 
3. Débito – Fornecedores – R$500,00 Crédito – Caixa – R$500,00 
4. Débito – Móveis e utensílios – R$3.000,00 Crédito – Contas apagar – R$3.000,00
Agora, faremos o balancete de verificação:
Nesta aula, você:
Compreendeu a integração que existe entre o razonete e o balancete;
Avaliou o balancete de verificação;
Compreendeu que o balancete de verificação pode ser utilizado para evitar erros antes da elaboração das demonstrações contábeis.
Anteriormente foi abordado o conceito de contas patrimoniais, que são aquelas que compõem o balanço das entidades: bens, direitos e obrigações. Agora veremos os dois últimos grupos de contas e que servem para que seja apurado o resultado das entidades: as contas de despesas e receitas. 
Essas contas são extremamente importantes para que as entidades possam verificar se estão tendo lucro ou prejuízo, e, assim, possam maximizar seus ganhos ou tentar reverter suas perdas. 
Vamos entender, nesta aula, o que são essas contas, qual a sua natureza, como são contabilizadas, como funcionam e qual o seu impacto no resultado das entidades.
Receitas e Despesas
Como você acha que a empresa sabe se está tendo lucro ou prejuízo? 
 Como ela sabe se a atividade dela está sendo rentável?
Bem, esse processo começa pela apuração do resultado, mas para você chegar nele, inicialmente, precisa estudar os conceitos de receita e despesa.
Vamos lá?
Lucro ou prejuízo?
Imagine uma empresa. A cada exercício social, a instituição deve apurar o resultado do seu exercício, como mostra o quadro abaixo:
Receita
Já vimos na aula 3 que as receitas de uma entidade podem ser caracterizadas mais comumente por ingressos de elementos para a estrutura do Ativo das empresas, seja por dinheiro ou direitos a receber no curto ou no longo prazo. 
Estes ingressos estão ligados à prestação de serviços, venda de mercadorias ou de produtos fabricados. Lembrando que as receitas têm natureza credora.  
Veja como fica a contabilização de dois tipos de receitas diferentes:
De maneira adicional, as empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio.  
Lembre-se que a receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto as duas situações explicadas anteriormente.  
Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro.   
Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais.  
Observe abaixo as operações que contabilizam a receita de uma empresa com descontos obtidos e responda:
Não importando qual seja a sua origem, uma receita sempre terá poder ou influência de aumentar o patrimônio da empresa, pois este é caracterizado por ganhos, sejam eles diretos ou indiretos, durante as atividades operacionais.
Como já estudamos, as receitas podem ser definidas como entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber.  
Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. 
 
Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhos esporádicos. 
Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento:
Caracteristicas de Receitas:
Pode-se afirmar que as três principais características das receitas são:
• Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa; 
• O mercado é que dá a palavra final de seu valor;
• Está relacionada à produção de bens e serviços.
Reconhecimento da Receita:
Um dos princípios inerentes ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido.  
Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas.
Dessa forma, a receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa.
Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores. Veja: 
• Seu valor pode ser medido com segurança;
• Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa;
• Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável.
Além disso, devem ser observados também os seguintes aspectos com relação a mercadorias e serviços:
• Os riscos relevantes e também os benefícios devem ser transferidos a quem os comprou;
• Não existe mais controle por parte do vendedor sobre as mercadorias ou serviços.
Quando é impossível medir o valor dos Ativos recebidos em troca da prestação de serviço ou venda de mercadoria.  
Pode ser que existam muitas despesas ainda não estimadas.
Ganhos x Receitas
 Os ganhos são diferenciadosdas receitas, pois são itens não recorrentes. 
Eles possuem o mesmo efeito no patrimônio líquido, mas podem ou não surgir da atividade normal da empresa. 
Inclui-se nesta categoria os que surgem de vendas e baixos de Ativos não circulantes (imobilizados, por exemplo).
Despesas
As despesas são o sacríficio dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas. 
Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos, a redução de Ativos ou ainda uma criação de Passivos, ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.
Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. 
Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
• A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador.
Você tem muitas despesas?
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas.
Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. 
Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas.
Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas.
É o caso, por exemplo:
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa;
• a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas;
• o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
• as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção.
Todas estas despesas ajudam a empresa a funcionar de maneira harmoniosa, concorda? Fazendo com que as receitas sejam geradas com maior frequência e efetividade. 
Note ainda, que a despesa sempre será devedora.
E o tempo? Como é considerado nesta conta?
O resultado econômico nada mais é do que a comparação do total de receitas com o total de despesas, sendo considerado um mesmo intervalo de tempo para as duas.
Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como: 
• Vendas;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Impostos e taxas;
• Pesquisa e desenvolvimento. 
Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos. 
Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo: 
• Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação.
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas.  
As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As perdas
A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. 
Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. 
 
Veja as características básicas da perda:
• Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios; 
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
As perdas
Observe também que o reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas.
Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação. 
As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos.
Você sabe o que é depreciação?
A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). 
Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza.
A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. 
O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem.
Regimes contábeis: de caixa e de competência
O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existem diversas normatizações acerca dos regimes de escrituração.
A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°,  estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. 
Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
Não esqueça!
 As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado.
Principais regimes utilizados na contabilidade. Regime de Competência Tal como estabelece o Princípio da Competência, o Regime de Competência relaciona receitas e despesas, considerando apenas os fatos geradores. Isso quer dizer que o instrumento de análise para o regime de competência é o fato gerador das operações. Para exemplificar, vamos considerar a seguinte hipótese: Uma empresa realizou uma venda de parte de sua produção de determinado período. Devemos considerar apenas as despesas ligadas aos esforços voltados para a realização da venda. Portanto, se uma empresa vender apenas metade dos produtos fabricados, as despesas a serem reconhecidas como custos serão apenas a parcela efetivamente vendida. Então, se a empresa em questão tivesse gasto R$500,00 na fabricação da totalidade de seus produtos, teria R$250,00. Já no lado das receitas, devem ser consideradas as receitas efetivamente concretizadas. O quer dizer que mesmo que as receitas não tenham sido recebidas ou, adicionalmente, as despesas não tenham ainda sido pagas, o que define sua contabilização é unicamente o fato gerador. Isso significa que todas as obrigações tributárias, para ilustrar, advindas de operações de compra e venda não necessitam, fundamentalmente, do pagamento das compras ou do recebimento das vendas, respectivamente.
Na empresa que usamos como exemplo, no momento do encerramento do resultado do exercício serão considerados os valores de R$250,00 para os custos de fabricação, mesmo que estejam relacionados a compras realizadas a prazo e os valores relacionados à venda total, quer ela tenha sido feita a vista ou a prazo.
A legislação societária obriga as empresas que possuem o objetivo de lucro a utilizarem o regime de competência para a escrituração contábil, permitindo somente àquelas que não possuem o objetivo principal de lucro a possibilidade de registro da escrituração contábil por meio do regime de caixa, mais simplificado. 
Outro exemplo que ilustra o regime de competência é o consumo de energia elétrica, telefone, água, aluguel, salários entre outros. Pense no salário que deverá ser pago no mês de Abril de determinado ano. Esse salário refere-se ao mês de março, ou seja, sua competência é março e deverá ser reconhecida como tal. Desta forma, temos o que chamamos de provisão, que é o reconhecimento da despesa no mês que ocorreu contra a devida conta de passivo. Assim, a provisão do salário do mês de março que será pago em abril será contabilizada da seguinte forma:
Regime de Caixa
Como vimos, o regime de caixa é apenas permitido pela legislação societária para a escrituração de Organizações não governamentais - ONGs, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, condomínios, igrejas, profissionais liberais etc. Enfim,para as sociedades que não possuem o interesse principal do lucro. 
A mecânica de registro é diferente da utilizada no regime de competência.
No regime de caixa, as contas de receitas e despesas são registradas de acordo com o ingresso ou a saída de recursos financeiros das entidades, respectivamente. 
São apenas considerados como receitas os recursos que ingressam nas entidades, não sendo utilizados os fatos geradores. 
Para o caso de uma venda realizada totalmente a prazo, não há valor a ser registrado como receita, pois não houve a entrada de recursos na estrutura empresarial. 
A mesma coisa pode ser dita sobre as despesas relacionadas a compras de matérias-primas ou qualquer outro insumo que tenha sido realizada a prazo. 
Se não ocorrer a saída de recursos da empresa por meio de pagamento, não é considerada despesa para efeito de regime de caixa.
Agora que você já sabe o que é depreciação, responda a questão:
Tomando como exemplo a contabilização da depreciação de um veículo comprado por R$50.000,00, com vida útil de 5 anos, o que gera uma depreciação de 20% ao ano, responda:
Nesta aula, você:
Identificou os conceitos relativos à despesa;
Interpretou como receita e despesa afetam o resultado;
Ilustrou como as contas de resultado impactam na empresa;
Registrou o que é depreciação e como ela se insere no conceito de despesa.
Você já compreende a diferença das contas patrimoniais e de resultado e sabe que estas contas deverão ser confrontadas para se apurar o lucro ou prejuízo. Então, podemos estudar os procedimentos necessários para que finalmente seja apurado o resultado. 
Nesta aula, você vai aprender a fazer o encerramento do resultado, ou seja, como encerrar as contas de despesa e receita e, desta forma, apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo — o que quer dizer que suas atividades estão sendo lucrativas ou não. 
Além disso, analisaremos a importância de uma sequência que é bastante lógica, necessária e simples para que possamos ter a Demonstração do Resultado do Exercício.
Encerramento do resultado do exercício
Você já viu o que são contas de resultado, mas será que você sabe qual é o mecanismo de encerramento destas contas e como acontece a transferência do resultado (lucro ou prejuízo) para o balanço patrimonial?
Não é na Demonstração do Balanço Patrimonial como você pode ter pensado. Então, onde é?
É a Demonstração do Resultado do Exercício que congrega e apresenta os saldos das contas de resultado. Mas como isso é possível?
Na verdade, é preciso que, em primeiro lugar, haja muita organização, depois é necessário uma série de procedimentos, que veremos a seguir, para que se chegue à apuração do resultado do exercício.
Para exemplificar, apresentaremos a apuração dos resultados de duas formas:
• a primeira de uma prestadora de serviços, que é um processo bem mais simplificado; e 
• a segunda de uma indústria, que é um processo mais complexo.
Vamos lá!
Prestadora de Serviço
A apuração de resultado consiste em um processo relativamente simples em que são confrontadas as despesas e as receitas e depois disso é obtido o lucro ou prejuízo do exercício. 
Entretanto, é necessário seguir um roteiro para que o encerramento do resultado seja feito de forma correta. 
Suponha, então, que a sua empresa prestadora de serviços tem a seguinte situação:
Prestadora de Serviço
Após identificada a situação, qual seria o próximo passo?
É elaborar o balancete de verificação, para analisar e conferir se todos os saldos estão corretos. 
 Neste caso, utilizaremos o balancete de duas colunas para facilitar o raciocínio. Veja:
O outro passo é transferir os saldos das contas de resultado para uma conta chamada de Apuração do Resultado do Exercício (ARE). 
No caso da prestadora de serviço que estamos analisando existem somente duas contas de resultado e estas contas deverão ser transferidas à ARE.
 Para que seja feito o encerramento do resultado, o saldo das contas (neste caso as despesas) deverá ser zerado.
Isso quer dizer que o saldo das contas de despesa deverá ser transferido para a conta de Apuração do Resultado do Exercício (ARE)?
Exatamente! Os valores são zerados nas contas de despesa, ou seja, são creditados e são debitados na conta ARE. 
Mas de que forma?
Veja nos passos abaixo:
Primeiro Passo
 Os lançamentos ficariam no Diário da seguinte forma:
Resultado do exercício
a Impostos
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
Segundo Passo
Resultado do exercício
a Despesa com aluguel
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 1.000
Já nos razonetes o lançamento ficaria da seguinte forma:
É importante notar que o valor de impostos, que estava a débito na conta, foi zerado a crédito e transferido para a conta ARE como débito, ou seja, as contas mantêm a sua natureza. 
O mesmo ocorreu com a conta de Despesa com aluguel que era devedora. Esta foi zerada com um crédito e transferida para a conta ARE a débito, mantendo a sua natureza devedora.
Terceiro Passo
Agora no terceiro passo é preciso também transferir o saldo da conta de receitas para a ARE.
Isso será demonstrado a seguir, na forma de diário:
Receita de exercícios
a Resultado do exercício
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ........ 5.000
E na forma de razonetes:
Note que a conta da ARE que já possuía os dois lançamentos do encerramento das despesas recebeu agora um crédito referente à receita. 
 No caso da conta de receitas, esta foi debitada (encerramento) e manteve a sua natureza na ARE, que é credora.
Quarto Passo
Na quarta etapa deverá ser apurado no razonete o saldo da conta da apuração do resultado do exercício. 
 Este procedimento será feito após a transferência de todos os saldos de despesas e receitas e irá apresentar o lucro ou prejuízo do exercício.
Verifique que o saldo da conta em questão é credor, o que quer dizer que a empresa teve lucro. Pois, como é possível notar, a empresa teve mais receitas do que despesas. 
 Caso ocorresse a situação em que as despesas fossem maiores do que as receitas, a ARE teria saldo devedor e a empresa teria prejuízo.
Quinto Passo
o quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial. 
Se houvesse prejuízo, deveria ser utilizada a conta Prejuízo.
Osni Moura Ribeiro (2010) ressalta que na vida real o resultado do exercício, quando for apresentado na forma de lucro, tem várias destinações: 
 • Uma parte vai para o governo, como imposto de renda e contribuição social;
• Outra vai para aqueles agentes que tenham direito à participação na empresa, como empregados e administradores;
• Outra parte vai para a constituição de reservas;
• Outra poderá ser destinada ao aumento de capital;
• Também poderá haver destinação aos acionistas na forma de dividendos; 
• Além disso, no caso de prejuízos acumulados, os lucros poderão ser utilizados na compensação desses valores.
O raciocínio para o zeramento da ARE é o mesmo das outras contas. 
Neste caso, o ARE tem saldo devedor, certo? 
Assim, para zerar seu saldo, faremos um crédito e debitaremos a conta de Reservas (pois houve lucro).
Receita de exercícios
a Reservas
Transferência da conta ARE para Reservas (destinação dos lucros) ................ 2.000
Sexto Passo
No quinto passo, deverá ser transferido o saldo da conta ARE para, neste caso, a conta Reservas, que figura no Balanço Patrimonial.
Indústria
Agora vamos analisar a apuração de resultado de uma indústria, ou seja, uma empresa que possui estoque de mercadorias, tendo, por isso, maior complexidade de lançamentos.
Para iniciarmos os trabalhos precisamos dos razonetes, certo? 
Aí vão eles:
E como ficariam esses lançamentos no diário?
Ficariam da seguinte forma:
Note que, neste exemplo, surge a figura do Custo da Mercadoria Vendida (CMV), que nada mais é do que um tipo de dedução do lucro, pois, para termos receita(que também foi criada) com a venda de mercadoria, temos que gastar, e esse gasto é o custo.
O saldo das contas de despesa deverá ser transferido para a conta de Apuração do Resultado do Exercício (ARE).
Os valores são zerados nas contas de despesa, ou seja, são creditados e são debitados na conta ARE.
No diário, os lançamentos ficariam da seguinte forma:
1.Resultado do exercício
a Impostos
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 1.000
(2) Resultado do exercício
a Despesa com aluguel
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 1.000
(3) Resultado do exercício
a CMV
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
Agora é preciso também transferir o saldo da conta de receitas para a ARE, o que será demonstrado a seguir, na forma de diário:
(4) Receita de exercícios
a Resultado do exercício
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 5.000
E na forma de razonete:
(5) Apuração do Resultado do Exercício
a Reservas
Transferência da conta para reservas ..................................................... 1.000
(6) Para finalizar, deverá ser elaborado o balanço patrimonial:
Desta forma, foi realizada a operação de apuração de resultados (de maneira simplificada) em uma empresa que possui estoque e por isso tem maior complexidade de lançamentos.
Está na hora de praticar!
Você foi designado para apurar se houve lucro ou prejuízo em uma empresa e deverá apresentar o resultado a seus superiores de uma forma bastante simples. 
Para concluir essa tarefa, você deve verificar as contas aqui listadas — entre elas estão as contas patrimoniais e as de resultado. 
 No primeiro momento, você deve separar as contas de resultado das contas patrimoniais, depois comparar as despesas com as receitas e ver se houve lucro (excesso de receitas) ou prejuízo (excesso de despesas). 
Vamos lá.
A Empresa Bagunçadinha apresentou as seguintes contas de forma desordenada e lhe requisitou que as reapresentasse como Demonstração do Resultado do Exercício da forma correta.
E agora? Como a DRE deve ser apresentada? 
Analise os dados e selecione o quadro que corresponde à opção correta.
Nesta aula, você:
Compreendeu o encerramento do resultado;
Verificou as etapas e as contas que devem ser afetadas para o encerramento do resultado;
Identificou que os conceitos iniciais relativos à Demonstração do Resultado do Exercício.
Já vimos como funciona o encerramento do exercício, agora é necessário aprender como as contas estão dispostas nesta nova demonstração, que se chama Demonstração do Resultado do Exercício.
Vamos analisar também a integração dessa demonstração com o Balanço Patrimonial, já que ela apresenta as chamadas contas de Resultado que não são dispostas no Balanço.
Você sabe o que é DRE?
A DRE ― Demonstração do Resultado do Exercício ― é uma demonstração extremamente importante para a Contabilidade e para a tomada de decisão, pois apresenta o fluxo de informações econômicas das entidades, comprovando como ela obteve seu resultado.
Isso quer dizer que a DRE mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em um determinado período, permitindo que saibamos se ela está ganhando ou perdendo com suas atividades.
Saiba mais:
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
 I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
 II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
 VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; 
 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
A DRE pode causar alteração no patrimônio líquido?
Sim. Basicamente a DRE apresenta as alterações que o Patrimônio Líquido sofre pelas receitas e pelas despesas, já que, como sabemos, as receitas aumentam o valor do patrimônio e as despesas o diminuem. 
Entretanto, o fluxo dessas contas não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado.
Quando devemos fazer uma DRE?
Apesar de ser elaborada anualmente para fins de divulgação, a DRE normalmente é elaborada mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
E o que deve constar nela?
De acordo com a legislação, em síntese, as empresas deverão discriminar na DRE:
• A receita bruta com vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos (PIS, COFINS, ICMS, IPI); 
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
 • Outras despesas que não sejam consideradas como operacionais (doações concedidas, deduzidas das receitas não consideradas operacionais ou lucro na venda de imobilizado);
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
DRE e seus subgrupos 
A seguir veja a estrutura básica da DRE com os principais subgrupos demonstrados:
MODELO DA DRE
Receita Operacional Bruta (Vendas e Serviços)
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custos das Vendas
(=) Resultado Operacional Bruto
Despesas Financeiras
(-) Despesas Administrativas
(-/+) Outras despesas/receitas
 Outras Despesas
 Outras Receitas
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional 
(=) Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro 
(=) Lucro Líquido Antes das Participações
(-) Participações de Administradores, Empregados, Debêntures e Partes Beneficiárias
(=) Resultado Líquido do Exercício
O princípio da competência
Como vimos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado de receitas e despesas, evidenciando o resultado econômico da empresa, em um período, normalmente, de 12 meses. 
 Essa demonstração tem como base o princípio da competência e está delineada conforme outros dois princípios:
Principio da Realização da Receita:
As receitas devem ser reconhecidas no exercício em que são realizadas, ou seja, deverão ser registradas, independentemente do recebimento, de acordo com o seu fato gerador.
Principio do confronto das despesas com as receitas
Partindo do Princípio da Realização da Receita, este princípio trata sobre o confronto destas com as despesas.
Isso deverá acontecer no período em que as despesas ocorrerem, independentemente de seu pagamento, em virtude do raciocínio de que toda a receita deverá ter uma receita ou custo em contrapartida.  
E quanto à Apuração?
A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo.
No caso de resultado positivo e havendo distribuição de lucros, este valorvai aparecer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. 
A DRE ao lado é considerada uma DRE completa. Ela é exigida por lei e possui todos os grupos de forma detalhada e destaque para os impostos. 
Entretanto, para pequenos comércios e empresas de pequeno porte poderá ser usada uma DRE simplificada.
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita operacional Bruta
(-) Deduções
(=) Receita operacional líquida
(-) Custos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro Operacional
(-) IRPJ/CSLL
(=) Lucro Líquido
Como chegamos ao valor de cada grupo da DRE?
A Receita Bruta, como sabemos, é o total que uma determinada entidade vende em um período. 
Nesse valor estão os impostos sobre vendas, as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos (cancelamentos) que ocorrem no período. 
Veja abaixo os impostos sobre vendas mais comuns:
E as devoluções e abatimentos?
Não podemos esquecer de que também devem ser reconhecidas as possíveis devoluções ― vendas canceladas por algum motivo (qualidade, preço, avarias) —, que podem ser parciais ou totais.
Além das devoluções, devem ser considerados os abatimentos, que são descontos já dados na nota fiscal.
A Hora do Lucro Bruto
Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a diferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Nesta etapa de apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os gastos como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado. 
O que sobrar servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro líquido).
Você sabe qual é a diferença entre custo e despesa?
Então arraste as peças para os seus respectivos conceitos:
Agora você deve estar se questionando:
Como despesas podem estar relacionadas à obtenção de Receita e não estarem associadas à produção?
Que despesas são essas?  Por que elas existem?  Como funcionam?
As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, administração da empresa e financiamento das operações. 
Portanto, envolve tudo que é utilizado para a manutenção da atividade da empresa, mas não tem relação direta com a produção. 
Veja como elas estão divididas:
A venda abrange despesas diversas, como:
 • Salário da área de vendas;
• Comissões sobre vendas; 
• Publicidade e propaganda;
• Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas);
• Marketing;
• Fretes e carretos;
• Materiais de embalagens, entre outros.
As despesas administrativas são aquelas geralmente gastas no escritório, utilizadas para a manutenção do negócio:
• As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na área administrativa;
• Aluguéis;
• Materiais de escritório; 
• Seguro;
• Depreciação;
• Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos.
As despesas financeiras estão diretamente relacionadas aos:
• Juros pagos ou incorridos; 
• Comissões bancárias;
• Descontos, entre outros. 
O importante é notar que nesta categoria as receitas devem ser compensadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nesta categoria deverá ser o valor líquido do confronto dos dois grupos.
Se por um acaso o valor de Receitas Financeiras for maior do que a Despesa Financeira, o valor será deduzido de outras Despesas Operacionais.
Lucro Operacional
Na próxima etapa deverá ser apurado o Lucro Operacional, ou seja, a diferença entre o Lucro Bruto e as Atividades Operacionais da Empresa.
Você conhece as formas de tributação nas empresas?
No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas, de acordo com vários critérios previstos em lei.
Agora vamos ver quais são os tipos mais comuns de lucro e sua relação com a tributação. 
Lucro Real
No Lucro Real, o cálculo do imposto será feito mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o valor do lucro real (ajustado) calculado em 31 de Dezembro. Adicionalmente, a parcela que exceder ao valor de R$240.000,00 estará sujeita à incidência adicional de uma alíquota de Imposto de Renda de 10%.
SAIBA MAIS
É importante destacar que a base de tributação do Lucro Real não é apenas o Lucro Apurado pela contabilidade e sim o Lucro Ajustado.
Este, segundo disposições em lei, possui algumas particularidades com relação a adições e exclusões, ou seja, considera ou exclui alguns valores de sua base de cálculo.
Lucro Presumido
Calcula o valor do imposto de acordo com percentuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade.
Simples Nacional
Especial para microempresas e empresas de pequeno porte.
E agora como apurar o Lucro Líquido?
Primeiramente, você deve saber que o Lucro Líquido é o que se tem à disposição dos sócios ou acionistas. 
Veja o esquema:
Neste ponto, as doações e contribuições são aquelas destinadas ao quadro de funcionários, bem como para previdência ou cooperativa dos funcionários.
Já as participações são aquelas destinadas aos  debenturistas, empregados e administradores e partes beneficiárias.
As participações dos debenturistas são representadas por títulos de crédito que são emitidos por Sociedades Anônimas. Elas funcionam como garantias pelo Ativo da empresa e asseguram o resgate preferencial sobre os demais títulos da empresa.
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)
Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela.
Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela.
Com o advento da Lei nº 11.638/07  não pode mais permanecer, nos balanços, saldo na conta de Lucros Acumulados. 
Por isso, todo resultado (Lucro do Exercício) deverá ser destinado na forma de reservas, podendo haver saldo somente na forma de Prejuízo Acumulado.
Pode-se dizer, assim, que a DLPA é um instrumento de ligação entre a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial.
MODELO DA DLPA
Saldo em 31-12-X0 (ou Saldo Inicial em 1Q-1-X1) 
Ajustes de exercícios anteriores                  - - - - 
Reversões de Reservas                  - - - -
Lucro Líquido do Exercício em (19X1)                 - - - - 
Saldo Disponível
Proposta da Administração para destinação do Lucro
Reserva Legal               (- - - -)
Reserva Estatutária                                  (- - - -)
Reserva para Contingência                                  (- - - -) 
Reserva Orçamentária (para expansão)               (- - - -) 
Reserva de Lucros a Realizar               (- - - -) 
Dividendos                        (- - - -)
Saldo em 31-12-X1
Conforme o artigo 186, § 2º, da Lei nº 6.404/76, a companhia poderá, à sua opção, substituir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados pela demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL).
Hora de praticar
Você foi designado para uma missão importante:
Fazer o encerramento do exercício e, após isso, a Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Cia Ltda. 
Para que você possa realizar seu trabalho, foi fornecido o Balancete de Verificação com as contas Patrimoniais e de Resultado da empresa. 
Então, você deverá separar os dois grupos de conta, fazer o encerramento do resultado e aí apresentar a DRE.
Preparado? Então, é só seguir...
Circuito de 3...
Agora vamos fazer uma atividade em três etapas, para explorar todo o seu conhecimento sobre esse assunto.
Você poderá navegar entre as etapas sem perder as informações já preenchidas. 
Está preparado?
Vamos lá!
Primeira Etapa
Com o balancete de verificação a seguir, classifique as contas, na coluna “Classificação de Contas”, em resultado ou patrimonial.
Depois, na coluna “Natureza da Conta”, classifique-as em devedora ou credora.
Segunda Etapa
Em posse dos razonetes das contas de resultado abaixo faça a transferência das despesas e das receitas.
Além disso, no ARE, você deve fazer a apuração do Lucro ouPrejuízo do Exercício.
Qual foi o desempenho no circuito de três?
Se você acha que não se saiu bem, pode tentar mais uma vez.
Caso tenha conseguido resolver toda a atividade: parabéns!  Você concluiu a etapa da Demonstração dos Resultados do Exercício com sucesso.
Nesta aula, você:
Compreendeu como as despesas, custos e receitas são apresentados na Demonstração do Resultado do Exercício;
Visualizou a estrutura da DRE;
Entendeu as etapas da elaboração da DRE.
O Balanço Patrimonial é uma das últimas etapas do processo que começa com os Lançamentos Contábeis, passa pelos Razonetes e pelo Balancete de Verificação, e termina na Demonstração do Resultado do Exercício e no Balanço Patrimonial. 
Como verificaremos nesta aula, esta demonstração é obrigatória e extremamente importante, pois demonstra o fluxo financeiro na empresa.
É no Balanço Patrimonial que é possível verificar os bens, direitos e obrigações, bem como o fluxo financeiro que ocorre nas entidades. 
Além disso, é uma demonstração extremamente importante para vários tipos de análises que fornecem aos interessados — como acionistas, sócios e proprietários — informações para a tomada de decisão.
Você lembra o que é Balanço Patrimonial?
É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data. Representando, portanto, uma posição estática, sintética e ordenada da mesma.
Conforme vimos na aula 3, o Balanço apresenta a seguinte estrutura:
No Ativo Circulante, os valores  são rapidamente conversíveis em moeda ou já são moeda efetivamente.
No Ativo Não Circulante estão os valores que ainda possuem prazo de resgate maior, como as aplicações financeiras com prazo superior a 360 dias ou o imobilizado da empresa.
No Passivo Circulante estão as dívidas que deverão ser pagas em até 360 dias.
No Passivo Não Circulante ficam as dívidas com prazo superior a 360 dias.
Já o Patrimônio Líquido é o grupo que apresenta os valores não exigíveis e que pertencem aos sócios.
SAIBA MAIS
Vamos relembrar o que o Balanço apresenta?
Os Ativos (bens e direitos), que são considerados como aplicações dos recursos;
 • Os Passivos (exigibilidades e obrigações); e 
 • O Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total do Ativo e do Passivo.
Note que o Balanço apresenta a situação patrimonial da empresa de forma equilibrada, apresentando bens, direitos e obrigações em um único relatório.
Agora vamos analisar um resumo ordenado dos principais grupos e contas do Balanço Patrimonial:
Ativo
Característica, sentido e definição
Cada um dos elementos que integram o Ativo tem a característica de oferecer um benefício econômico futuro ou provável e que são obtidos ou controlados por uma determinada entidade, em consequência de transações que ocorreram no passado, certo?
Outro sentido possível para o Ativo, é que seus valores são controlados por uma determinada entidade, e podem, de alguma forma, gerar fluxos de caixa, ou seja, gerar dinheiro para a empresa.
Além disso, podemos defini-lo como a potencialidade de serviços em sua essência, que irão gerar, de forma direta ou indireta, imediatamente ou no futuro, fluxos de caixa.
Para que determinado bem seja considerado um Ativo é preciso considerar as seguintes características simultâneas:
• Bens ou direitos;
• Propriedade (há exceções, que podem ser ilustradas pela figura do leasing financeiro);
• Mensurável em dinheiro;
• Benefícios presentes ou futuros.
Conceitos do Ativo que devem ser destacados: 
 Incorpora um benefício futuro provável, isoladamente ou em combinação com outros Ativos (a conta de estoques é um exemplo, pois, combinada com outras contas do Ativo, gera benefícios futuros para a empresa ― como vendas a prazo, recebimentos, entre outros); 
 Uma dada entidade pode conseguir o benefício e controlar o acesso de outras entidades a esse benefício; 
 Já ter ocorrido a transação ou evento, originando o direito da entidade ao benefício, ou seu controle; 
 Consideração quanto a sua controlabilidade, ou seja, tem que ser controlável pela entidade. Neste ponto entra um conceito interessante relativo ao leasing, que incorpora à empresa benefícios, riscos e controle, mesmo não sendo de sua propriedade, que deverão ser contabilizados como Ativo. Desta forma, o “leasing” financeiro (arrendamento mercantil), que era tratado, até 2007, como aluguel, passa a ser contabilizado como Ativo para fins contábeis. Porém, para fins fiscais continua sendo aluguel; 
 Precisa relacionar algum direito a benefícios futuros. Por exemplo, a proteção à cobertura do sinistro, como direito em contraprestação ao prêmio de seguro pago pela empresa;
 O direito precisa ser exclusivo da entidade. Já que o direito de transportar a mercadoria da entidade por uma via expressa, embora benéfico, não é Ativo, pois é geral. Não sendo exclusivo da entidade.
Tipos de Ativos
Pode-se afirmar que o ativo possui quatro grupos principais:
Como vimos na aula 2, podem ser consideráveis tangíveis os Ativos que de certa forma podem ser tocados, medidos, ou mensurados de alguma forma. 
Ativos Tangiveis:
 Pode-se afirmar que estes integram o patrimônio físico das entidades, e podem ser exemplificados por máquinas, instalações, terrenos, entre outros.
Neste grupo surgirá a seguinte estrutura:
Veículos
(-) Depreciação acumulada de veículos
 Máquinas e equipamentos
(-) Depreciação acumulada de máquinas e equipamentos
 Esses valores são retificadores das contas do Permanente, ou seja, corrigem o valor dos itens deste grupo, e isto é utilizado para evidenciar a perda do valor econômico destes bens.
Ativos Intangiveis:
Vimos também na aula 2 que os ativos intangíveis (que deverão possuir as mesmas características de reconhecimento dos tangíveis) são aqueles oriundos da aquisição de direitos ou serviços. 
Entram neste contexto os direitos autorais, marcas e patentes, fundo de comércio, licenças, locações, entre outros que possibilitem benefícios futuros, mas que não possuam as mesmas características corpóreas dos tangíveis.
Ativos Monetarios:
São aqueles que podem ser expressos ou transformados em moeda, e cujos valores nominais são definidos pelo título ou documento que o suporta.
Nesta categoria também podem ser reconhecidos os valores como as disponibilidades em forma de caixa, bancos, títulos a receber, depósitos entre outros que possuam estas características.
 
Neste grupo será apresentada, em algumas empresas, a seguinte estrutura:
Clientes
(-) Provisão Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa
SAIBA MAIS
Anteriormente, no caso do desconto de duplicatas, estas eram registradas como redutoras das contas Clientes ou Duplicatas a Receber, sendo que tanto as despesas bancárias e os juros a transcorrer eram considerados como despesas antecipadas, agora de acordo com as mudanças evidenciadas de acordo com o CPC 38 as Duplicatas Descontadas deverão ser registradas como Conta de Passivo, sendo os encargos registrados como redução do Passivo correspondente (IUDÍCIBUS et al, 2010).
Ativos Não Monetários
Os Ativos Não Monetários são representados basicamente por bens e direitos de existência física. 
 Este conceito aplica-se aos bens imobilizados e suas depreciações, bem como investimentos, estoques, adiantamentos a fornecedores, funcionários e estoques.
Nas empresas industriais, por exemplo, o estoque é dividido em etapas, de acordo com o processo produtivo:
• Estoque de produtos em processo — são os itens necessários à fabricação de um determinado produto final, que se encontram nas diversas fases da produção;
• Estoque de matéria-prima ― composto pelo estoque das principais matérias que irão compor o produto;
• Estoque de produtos acabados — é aquele estoque composto por produtos que já tiveram o seu processo finalizado. São materiais que estão em depósito e que estão prontos para expedição ou entrega.
O Passivo deverá incorporar os seguintes conceitos: 
 A obrigação deve existir no primeiro momento,apesar de estar ligada a uma transação ou evento do passado. O passivo representa, em sua maioria de contas, o reflexo de transações passadas. É dessa forma porque contas como fornecedores, impostos, salários, contas diversas a pagar, entre outras, representam transações ocorridas anteriormente. 
 As provisões e deveres devem ser incluídos, baseados em necessidades de realização de pagamentos futuros. Seguindo o Princípio da Competência e a Convenção do Conservadorismo, as provisões deverão ser feitas de acordo com o fato gerador, e, desde que minimamente estimáveis, deverão ser incorporadas ao passivo, refletindo, assim, a verdadeira situação de endividamento da entidade. 
 Não é necessário que o valor seja conhecido com exatidão para que seja feita a provisão, o que configura a Exigibilidade Contingente. São exemplos desses Passivos as ações judiciais, devido à Convenção do Conservadorismo, que escolhe maior avaliação para o Passivo. Ou seja, verificando a possibilidade da ação judicial efetivamente ocorrer, esta já deve ser registrada, independente de um valor preciso ou, ainda, data estipulada para pagamento. 
 Deve haver um valor de vencimento determinável e a expectativa de que seja exigido pagamento. Este tópico está relacionado à maioria dos passivos, porém as ações judiciais perdem esta característica. 
 O beneficiário da dívida deverá ser reconhecido até o momento do pagamento, podendo ser um elemento específico ou um grupo. Reconhecimento do Passivo Com relação ao Passivo, devem ser observadas as seguintes características relativas ao seu reconhecimento: 
 É preciso observar que a obrigação surge quando se obtém o direito de utilização de bens ou serviços, ocorrendo o reconhecimento, da contrapartida, seja ela Ativo ou Despesa; 
 É mensurável, ou seja, é possível avaliar monetariamente tal elemento por uma quantia definida ou estimada; 
 É relevante, ou seja, de acordo com o princípio da Oportunidade ou Convenção da Materialidade, a obrigação precisa apresentar valor relevante para que seja registrada; 
 É precisa. Porém, o momento em que a transação ocorre nem sempre é claro. Uma despesa deve ser reconhecida quando os bens ou serviços são consumidos ou utilizados no processo de geração de receita. Se a obrigação de pagamento por esses bens e serviços ainda não tiver sido reconhecida, isso deverá ocorrer após o momento em que as despesas são reconhecidas. Em muitos casos, porém, os bens e serviços são recebidos antes de serem utilizados. Nesse caso, tanto o Ativo, quanto o Passivo devem ser contabilizados a menos, evidentemente, que o pagamento seja feito imediatamente.
Você sabia que existem vários tipos de Passivo?
O passivo apresenta as obrigações em ordem decrescente de liquidez. Veja:
Passivos Monetários
São obrigações em termos nominais, ou seja, envolvem o pagamento de quantias pré-determinadas.
Passivos Não Monetários
São configurados como obrigações de fornecimento de bens e serviços que possuem uma determinada quantidade e qualidade. 
Como exemplos temos os adiantamentos de clientes, que foram valores recebidos anteriormente e que deverão ser honrados pela empresa na forma de entrega de bem ou serviço.
Passivos Onerosos
São aqueles que custam à empresa mensalmente juros e encargos. 
Como, por exemplo, financiamentos e empréstimos.
Passivos Não Onerosos
São aqueles sobre os quais a empresa não paga encargos, pois decorrem da atividade normal dela.
Exemplos: duplicatas a pagar, fornecedores, empréstimos, entre outros que não possuem juros em sua composição.
Passivos Exigíveis Fixos
Não variam com o volume de Renda da empresa. 
Os exemplos mais comuns são as contas de salários dos funcionários, que recebem valores fixos todos os meses. 
Os Passivos Exigíveis também podem ser:
Passivos Variáveis
Guardam certa relação com o volume de vendas.
São exemplos os impostos que aumentam ou diminuem conforme a quantidade vendida.
Vamos revisar?
Lembrando do que foi estudado, coloque no espaço abaixo a ideia principal do significado de Patrimônio Líquido:
De forma simples, Patrimônio Líquido pode ser definido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo. 
Porém, o detalhamento deste grupo pode ser aprofundado, pois contém, entre outros recursos conferidos pelos acionistas, reservas que representam distribuição de lucros, ajustes de capital, entre outros.
Também fazem parte do Patrimônio Líquido:
• Valores pagos por acionistas; 
• Doações para investimentos recebidas de terceiros; 
• Valores integralizados pelos sócios;
• Capital integralizado pelos sócios;
• Reservas de lucros;
• Reservas especiais de capital;
•  (-) Prejuízos Acumulados;
•  (-) Ações em tesouraria.
Para que serve uma reserva?
Sua criação pode ser exigida por disposição estatutária ou legal e serve para proteger a entidade e seus credores dos efeitos de possíveis perdas. 
 Muitas vezes, a existência e o valor dessas reservas são considerados relevantes para a tomada de decisões. 
As reservas estão distribuídas da seguinte forma:
a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado;
b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007); 
f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01/01/2008, por força da Lei 11.638/2007);
g) Até 31/12/2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01/01/2008, a respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Reservas de Lucros.
Você tem mais uma tarefa muito importante! 
Agora você precisa apresentar o Balanço Patrimonial da Cia. Bagunçada Ltda., que começamos a organizar na aula passada, lembra?
 Esta empresa apresenta as contas, relacionadas a seguir. Porém, há um probleminha: ela não classifica os saldos em devedores ou credores. 
Portanto, você deverá identificar a natureza das contas, organizar o Balanço Patrimonial de acordo com a estrutura delineada em lei e informar quais são os valores reais dessas contas.
LEMBRE-SE
•Na primeira etapa, marque a natureza da conta;
•Na segunda, classifique como Credor ou Devedor;
•Na terceira, informe os valores reais dessas contas.
Nesta aula, você:
Compreendeu como é elaborado o Balanço Patrimonial;
Entendeu os grupos do Balanço Patrimonial;
Visualizou as principais contas do Balanço Patrimonial.

Continue navegando