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Trombose Venosa Profunda: Causas e Sintomas

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TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
DEFINIÇÃO
Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença que se caracteriza pela formação aguda de trombos em veias profundas nos membros inferiores e/ou superiores
Maffei (2002)
A TVP resulta de um processo de hipercoagulação sistêmica, em associação com uma estase venosa local, decorrente quase sempre de redução da atividade física do paciente
 Albuquerque, Vidal (1996) 
LOCALIZAÇÃO DO TROMBO
 MsIs 
 TVP proximal: veias poplíteas, femoral ou ilíaca
 TVP distal: veias da perna
Observação: 
25% das TVP distais podem evoluir para uma TVP proximal
veia femoral ( secundária a uma estase venosa (durante a anestesia, na fase de indução e mesmo durante a cirurgia)
SISTEMA VENOSO PROFUNDO
� Baruzzi et al (1996) 
 MsSs
 oclusões de veias umeral, axilar, subclávia ou braquiocefálica 
FORMAÇÃO DO TROMBO
 endotélio normal ( superfície não trombogênica (não aderem plaquetas, nem ocorre ativação de proteínas coagulantes)
 formação do trombo ( tríade de Virchow
�
 Albuquerque; Vidal (1996)
FATORES DE RISCO
 IDADE : aumenta à medida que se avança na faixa etária 
 embolia pulmonar ( pacientes hospi- talizados ( 60 anos
 maior incidência da TVP e da EP a partir de 65-70 anos
 Britto; Merlo (2002)
HISTÓRIA ANTERIOR DE TVP:
 é o mais importante fator de risco de uma trombose
 o endotélio venoso lesado anteriormente cria condições para re-trombose 
NEOPLASIAS: 
 alterações hemostáticas induzidas pelo tumor ( hipercoagulabilidade + compressão do tumor sobre as estruturas venosas 
 drogas citotóxicas e o cateterismo venoso (quimioterapia) ( agentes trombogênicos 
Britto; Merlo (2002)
OBESIDADE: 
 a obesidade moderada representa fator de risco potencial de trombose venosa
 
Britto; Merlo (2002)
GRAVIDEZ E PUERPÉRIO: 
 diversas alterações hormonais elevam em cinco a seis vezes o risco trombótico
Britto; Merlo (2002)
INFARTO DO MIOCÁRDIO E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 20 a 40% ( 50% se associado com insuficiência cardíaca e favorecendo a incidência de EP em pacientes já predispostos pela redução de sua reserva cardiopulmonar 
Maffei, et al (2002) 
CIRURGIA E TRAUMA : a tríade de Virchow esta presente no ato cirúrgico 
 hipercoagulabilidade sangüínea
 estase venosa 
 redução da atividade fibrinolítica 
 lesão vascular
Britto; Merlo (2002)
IMOBILIDADE: 
 estagnação venosa
 o aumento da coagulabilidade do sangue 
 lesão das paredes dos vasos 
Delisa (2002) 
Observações: 
 a paralisia e o trauma dos membros inferiores ou pelve, podem somar-se no risco de desenvolvimento de TVP
 existe relação direta entre a freqüência de TVP e a extensão do repouso no leito
 pacientes com AVE ( TVP é 10 vezes mais comum nos membros envolvidos do que nos membros não-envolvidos
 pacientes com doenças encefálicas que não deambulam ( TVP é 5 vezes mais freqüente do que em pacientes que podem andar mais de 15 metros
 primeira semana de imobilização ( período mais comum para seu desenvolvimento
 a TVP pode ocorrer tardiamente durante a remobilização
 imobilidade ( perda de função da bomba muscular da panturrilha ( inatividade do mecanismo hemodinâmico
 Sem a mobilização precoce do paciente, nenhuma medicação profilática será de grande valia.
SINTOMAS 
 DOR
 espontânea : panturrilha, fossa poplítea ou membro todo
 permanente ou intermitente ao esforço com a marcha, tosse ou ficar em pé
 Sinal de Homans ( dor provocada pela dorsiflexão ativa ou passiva
EDEMA
 tenso (quase nunca depressível)
 pele pálida, lisa e brilhante
 “empastamento” ou engurgitamento da musculatura (Sinal de Bandeira)
( temperatura da pele na região afetada
 cianose
 dilatação venosa superficial
Maffei, Rollo et al (2002)
DIAGNÓSTICO CLINICO
 flebografia 
 cintilografia
 Ultra-sonografia
 Tomografia / Ressonância
 mapeamento duplex ( padrão ouro: não invasivo, porém alto custo
 Modelos de predição clínica
Wells et al (1997)
Franco et al (2006) ( Protocolo preconizado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular 
Modelo de Predição Clínica - Wells et al (1997)
	Características clínicas
	Escore
	 câncer em atividade
 paresia, paralisia ou imobilização com gesso dos MsIs
 imobilização (> 3 dias) ou cirurgia maior (até 4 semanas)
 ( da sensibilidade ao longo das veias do sistema venoso profundo
 edema em todo o membro
 edema da panturrilha (> 3cm) em relação a perna normal
 edema depressível (cacifo) maior na perna afetada (unilateral)
 veias colaterais superficiais
 diagnóstico diferencial mais provável (celulite, tromboflebite superficial, alterações osteoarticulares, câimbras, rupturas muscular ou tendínea, alterações linfáticas, cisto de Baker)
	1
1
1
1
1
1
1
1
-2
CLASSIFICAÇÃO
 baixa probabilidade de TVP = menor ou igual a 0 pontos
 moderada probabilidade de TVP = 1 ou 2 pontos
 alta probabilidade de TVP = 3 ou mais pontos
Protocolo de profilaxia de TVP- Franco et al (2006)
Nome: 
Nº. prontuário: 
Idade: Sexo: Diagnóstico:
Data internação: dias internado:
Dados de admissão: 
Eletivo: ( ) sim ( ) não
Emergência: Tipo de cirurgia planejada:
Fatores de risco: 
Idade: ( ) 41-60 anos (1p) ( ) 61-70 anos (2p) ( ) > 71 anos ( 3p) 
Cirurgia:
( ) tempo cirúrgico > 2 hs.(1p) 
( ) trauma (1p)
( ) cir. pélvica ou prótese de quadril (1p) 
( ) trauma grave – TRM e PTM (2p)
( ) previsão de cirurgia de grande porte (1p)
( ) grande queimados ( 2p)
( ) laparoscopia com pneumoperitonio e trendelenburg reverso > 1 hora (1p)
( ) infusão EV cristalóide ( > 72 horas) (1p)
Historia :
( ) TVP/TEP + 2 anos (2p) 
( ) Obesidade> 20% peso ideal (1p)
( ) varizes de membros inferiores (1p) 
( ) previsão de imobilização > 72 hs (1p)
( ) edema de MI, ulcera de estase ( 2p) 
( ) Repouso > 72 hs (1p)
Clinica:
( ) IAM (1p) 
( ) Hist, de frat. De pelve ou ossos longos (1p)
( ) ICC (2p) 
( ) Estado de hipercoagulabilidade (1p)
( ) Sepse severa (1p) 
( ) Transfusão sangüínea (1p)
( ) DPOC grave (1p) 
( ) Trombofilias (1p)
( ) AVC (1p) 
( ) Imobilização (2p)
( ) Doença inflamatória óssea (1p) 
( ) Neoplasias (2p)
Ginecologia e Obstetricia:
( ) Gravidez ou pós parto < 1 mês (1p)
( ) TP hormonal (1p) 
 ( nome: dose: tempo:
Total de pontos: _____
Indices a considerar:
0-1 pontos ( risco baixo; 
2-4 pontos ( risco moderado; 
acima de 5 pontos ( risco severo.
Extraído de FRANCO R.M., et al Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino 2006).
TRATAMENTO
 repouso ( evitar deslocamento do trombo
 elevação do membro ( Trendelemburg com uma inclinação de aproximadamente 30 graus 
 filtro de veia cava
anticoagulantes 
 anticoagulação sistêmica ( heparina (EV) por um período de 7 a 10 dias e/ou anticoagulante oral
 intervalo de tempo suficiente para que os trombos recentes fiquem aderidos na parede da veia e diminuindo assim o risco de embolia pulmonar 
PROFILAXIA
 empregar medidas que melhoram o retorno venoso como deambulação precoce, exercícios ativose passivos
 uso de meias elásticas de alta compressão (30- 40 mmHg)
 compressão pneumática intermitente
 anticoagulação ( subcutânea: baixas doses (5000 a 10000 UI a cada 8 horas) e a heparina de baixo peso molecular 
RECENTEMENTE ...
 MÉTODO / AMOSTRA :
 298 pacientes (prontuários) ( divididos em 2 grupos : clínicos e cirúrgicos
 classificação segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia Cirurgia Vascular (SBACV)
 RESULTADOS :
 204 pacientes ( clínica médica
 28,9 % : baixo risco
 60,3 % : médio risco
 10,8 % : alto risco
 94 pacientes ( clínica cirúrgica
 43,6 % : baixo risco
 52,1 % : médio risco
 4,3 % : alto risco
 204 pacientes ( clínica médica
 23% profilaxia adequada
 94 pacientes ( clínica cirúrgica
 2,1 % profilaxia adequada
Jornal Vascular Brasileiro, 2007
 Estudo em 2007 
 Hospital Santa Clara – ISCMPA
 set e out / 2007
 82 prontuários
 ( 14,64% : risco baixo 
 ( 48,78 %: risco médio
 ( 36,58% : alto risco 
 82 prontuários
 14 pacientes( restritos ao leito
 68 pacientes ( sem restrição
 
Conclusão
os pacientes com imobilidade, restritos ao leito, internados no Hospital Santa Clara não foram os que apresentaram maior risco em desenvolver TVP
o fator determinante para o risco alto de desenvolvimento de TVP foi caracterizado pela idade avançada associada ou não a restrição ao leito
Independente da classificação de risco, a utilização dos cuidados gerais de profilaxia de TVP – mobilização ativa e passiva no leito, deambulação precoce, alta hospitalar precoce, enfaixamento ou meias de compressão graduada, compressão pneumática intermitente e profilaxia medicamentosa, é indicação ampla e até obrigatória em qualquer paciente internado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE H. P.C., VIDAL P. C.,Trombose venosa profunda: revisão de conceitos atuais. Rev. Bras. Ortop, v.31, n. 10, p.851-6, 1996.
BARUZZI et al. Trombose Venosa Profunda, Profilaxia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v. 67, n.3,1996.	
BRITO, C. j. , DUQUE, A . MERLO, I . et al. Cirurgia Vascular , Rio de janeiro, Revinter,2002, v.2.
BUSSMANN, J. B.; STAM, H. J. Tecniches for measurement and asseaament of mobility in rehabilitation: a theorical approach. Clin Rehabil. v. 12, p. 455-64, 1998.
CASSONE, A., VIEGAS, A. C., SQUIZZATTO G. T. et al. Trombose Venosa Profunda em artroplastia total de quadril. Rev. Bras. Ortop, v. 37, n.5, p. 153 -161, 2002. 
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COSTA J. A., FRANCO R. M., SIMEZO V., BORTOLETI R. R., et al., Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino. J Vasc Bras. v.5,n.1, p.131-8,2006.
DELISA J. Á.,GANS B. M., et al. Tratado de medicina de reabilitação: Princípios e pratica. 3 .ed., São Paulo, Manole, 2002.v.2
FRANCO R.M., SIMEZO V., COSTA J. A., et al. Profilaxia para tromboembolismo venoso em um hospital de ensino. J. Vasc Bras. v. 5, n. 2,p. 131-8, 2006.
GARCIA A. C. F., SOUZA B. V., VOLPATO D. E., DEBONI L. M. et al. Realidade do uso da profilaxia para Trombose venosa profunda: da teoria à prática. J Vasc Bras. v.4, n.1, p. 35-41,2005.
LINARES, M. A.,RODRIGUES, T.E., HIRATO, K.K., et al. Prevalência de neoplasias em 415 pacientes com trombose venosa profunda avaliados em hospital escola. J. Vasc. Bras. v. 3,n.4, p.347-9,2004. 
MAFFEI F. H. A., LASTÓDIA S., ROLLO H. Á., et all. Doenças Vasculares Periféricas. 3.ed., Rio de Janeiro; Medsi, 2002.
OLIVEIRA L. P., SÁ V. W. B,. Risco de Trombose venosa profunda em pacientes traumato-ortopedicos hospitalizados. Fisioterapia Brasil v.7, n.1, p.18-21,2006.
PICCINATO C. E., CHERRI J., MORIYA T. Trombose venosa profunda. Medicina Ribeirão Preto, v.28, n.4, p.732-5,1995.
PITTA, G.B.B.; LEITE, T.L. et al. Avaliação da utilização de profilaxia da TVP em um hospital escola. J.Vasc.Bras. v.6,n.4, dec.2007.
alteração
na
composição
do sangue
deterioração
 da parede
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 do fluxo
 sangüíneo 
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