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Quem estampa a capa da NewsLab nesta edição é a multinacional Roche Diagnóstica. Solidez no diagnóstico é o título da matéria que conta um pouco sobre como os testes laboratoriais podem proporcionar qualidade de vida a milhares de pacientes. Para isso, todos os anos cerca de 20% do faturamento global do grupo é investido em inovação de solução de diagnóstico e terapias. Outro assunto de interesse à categoria Biomedicina que trazemos neste número é a realização do XIII Congresso Brasileiro e I Congresso Internacional de Biomedicina, que este ano será realizado em São Paulo e deverá re- unir 3.000 profissionais da área. O evento contará com a participação de palestrantes internacionais e acontecerá nas dependências da Faculdade Anhanguera-UNIBAN. Entre as mais recentes Notícias do segmento laborato- rial, destaque para o setor de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico, que cresceu mais de 15% no primeiro trimestre, gerando 1.037 mil novos postos de trabalho. Outra notícia não menos importante foi dada pelo coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme Genovêz, que garantiu que até o final de 2012 todas as bolsas de sangue do país serão analisadas pelo teste NAT para a detecção do vírus da hepatite C e HIV. Com o título “Beco sem Saída”, a nossa querida coluna Analogias em Medicina, escrita pelo patologista José de Souza Andrade Filho, fala sobre o mais famoso e laureado fundo de saco de interesse médico: o de Douglas, situado entre o útero e o reto Os artigos científicos deste número discutem temas como “O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas na Gestante Rh(D) Negativo” e a “A Importância da De- tecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado”, entre tantos outros. Isso e muito mais Ciência da Saúde você só encontra aqui, na NewsLab. Boa leitura! ANO XIX - Nº 113 (AgOstO/setembrO 2012) Redação e administRação: av. Paulista, 2.073 ed. HoRsa i - Cj. 2315. CeP: 01311-940. são Paulo. sP. Fone/Fax: (11) 3171-2190 CnPj.: 74.310.962/0001-83 insC. est.: 113.931.870.114 issn 0104-8384 Home Page: www.newslab.Com.bR NewsLab A revista do laboratório moderno Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum - (11) 8357-9857 - (revista@newslab.com.br) • Editora: Andrea Manograsso (Mtb 18.120) - (11) 8357-9850 - (redacao@newslab.com.br) • Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich - (11) 8357-9849 - (publicidade@newslab. com.br) • Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão - (11) 8357-9855 - (publicidade@newslab.com.br) • Departamento de Assinaturas: Daniela Faria - (11) 8357-9843 - (assinatura@newslab.com.br) • Correspondente Internacional: Brigitte Selbert - (11) 8357-9859 - (revista@newslab.com.br) Conselho Editorial: Luiz Euribel Prestes Carneiro, farmacêutico-bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP • Prof. Dr. Carlos A. C. Sannazzaro - Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP • Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico • Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico e Presidente do Conselho Regional de Biomedicina em São Paulo – CRBM - 1ª Região • Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi - Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP • Prof. Dr. José Carlos Barbério - Professor Titular da USP (aposentado) • Dr. Silvano Wendel - Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês • Dr. Paulo C. Cardoso de Almeida - Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP • Dr. Jacques Elkis - Médico Patologista, Mestre em Análises Clínicas - USP • Dr. Zan Mustacchi - Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo - UNIP • Dr. José Pascoal Simonetti - Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ - RJ • Dr. Sérgio Cimerman - Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas • Dra. Suely Aparecida Corrêa Antonialli - Farmacêutica-bioquímica-sanitarista. Mestre em Saúde Coletiva • Dra. Gilza Bastos dos Santos - Farmacêutica-bioquímica • Dra. Leda Bassit - Biomédica do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue Colaboraram nesta edição: José de Souza Andrade Filho, Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado de Borba, Luciano Figueiredo de Sou- za, Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira, Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo, Rosilene Braga Carvalho, Tiago Bitten- court de Oliveira, Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso, Humberto Façanha da Costa Filho, Jaqueline Otero Silva, Paulo da Silva, Ana Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros, Maria de Lourdes Pires Nascimento Impressão: IBEP Gráfica Editoração: Fmais | comunicação e design A Revista NewsLab é uma publicação bi- mestral da Editora Eskalab, com distribuição dirigida a laboratórios, hemocentros e univer- sidades de todo o país. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista. Da mesma forma, os Informes Publicitários são de exclusiva responsabilidade das empresas que compram o espaço na revista. Editorial Filiado à Anatec @revista_newslab <<<<<<<<<<<<<<< A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos vários canais de comunicação para o nosso leitor.Escolha o que for melhor para você. Mande sua carta para nossa redação, no seguinte endereço: Av. Paulista, 2073. Edifício Horsa I. Conjunto 2.315 - Cep: 01311-300. São Paulo. SP Fones: (11) 3171-2190 / 3171-2191 / 3171-2192 Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br. Navegue também em nossa home page: www.newslab.com.br Siga-nos no twitter: @revista_newslab ÍNDICEÍNDICE Leia ainda na Roche News: Valor médico: Ações que informam, aproximam e oferecem aos especialistas o acesso às tecnologias diagnósticas A revista do laboratório modernowww.newslab.com.br Ano XVIII – Nº 113 – Ago/Set 2012ISSN 0104-8384 01_capa_newslab_mac_recover.indd 1 10/08/12 18:00 04 Editorial 06 Índice 10 Notícias 46 Nossa Capa – Roche Diagnóstica, Solidez no Diagnóstico 54 Informe de Mercado 108 Informe Publicitário 112 Eventos – Congresso de Biomedicina terá palestrantes internacionais 114 Analogias em Medicina – Beco sem saída, por José de Souza Andrade Filho 120 Uso da Análise Qualitativa do Antígeno Prostático Específico (PSA) como Ferramenta na Prática Forense – Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado de Borba, Luciano Figueiredo de Souza 128 O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas na Gestante Rh(D) Negativo: Tranquilidade ou Problema? – Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira 140 Prevalência de Micro-organismos em Infecções do Trato Urinário de Pacientes Atendidos no Laboratório Hospitalar de Patos de Minas, MG – Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo 156 Métodos Laboratoriais de Monitoramento Terapêutico no Diabetes Mellitus, uma Revisão – Rosilene Braga Carvalho, Tiago Bittencourt de Oliveira 168 A Importância da Detecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado – Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso 176 Gestão de Riscos Em Laboratórios Clínicos No Brasil – Humberto Façanha da Costa Filho 186 Investigação da Conjuntivite Bacteriana na Região de Ribeirão Preto, SP – Jaqueline Otero Silva, Paulo da Silva, Ana Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros 202 Infância e os Valores de Ferritina nas Trombopenias e Trombocitoses Através das Avaliaçõesdo Plaquetograma, Eritrograma e Reticulocitograma – Maria de Lourdes Pires Nascimento 222 Agenda 226 Biblioteca NewsLab 228 Endereços dos Anunciantes 232 Classificados NewsLab - edição 113 - 201210 Ampliar a capacidade de identificar doadores de me- dula óssea: essa será a busca nas novas instalações do Laboratório de Imunogenética, que o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) acaba de inaugurar no Hospital do Câncer II. A construção contou com investimentos do BNDES, por intermédio da parceria com a Fundação do Câncer, além de recursos da União. O valor total é de R$ 2.700 milhões. O serviço, que funcionou durante 30 anos no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a partir de agora, vai contar com uma infraestrutura modernizada, inclusive, com possibilidade de receber selo de acreditação. “O laboratório terá a distribuição da área física mais planejada, possibilitando a realização de exames que antes não tinham como ser feitos. Agora, não haverá mais a necessidade, por exemplo, de se enviar materiais para o exterior. Trata-se de mais um importante marco na busca por doadores compatíveis para os pacientes que aguardam por um transplante”, diz o diretor do Centro de Transplantes de Medula Óssea do INCA (CEMO), Luís Fernando Bouzas. O laboratório de Imunogenética do INCA é um dos pioneiros na área no Brasil. Graças a ele, os primeiros treinamentos para a implantação do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) foram feitos. O espaço é referência do Ministério da Saúde para os exames de histocompatibilidade (HLA). “É por meio desse exame, que os dados dos prová- veis doadores são cruzados com os de pacientes que precisam de transplante de medula óssea. Se o resultado for confirmatório e a doação desejada, novos exames serão feitos para que o procedimento seja concluído”, explica Bouzas. O médico ressalta ainda que as novas instalações atendem não só ao Brasil, mas também a países vi- zinhos, auxiliando no cruzamento das informações e, consequentemente, enriquecendo o material genético disponível no cadastro. O Laboratório de Imunogenética do INCA também contará com a Plataforma QIAsymphony, para purifi- cação de DNA Genômico. Ou seja: um aparelho com uma espécie de leitor de código de barras, capaz de identificar cada tubo de sangue a ser analisado. Ao final do processo de purificação, a máquina gera uma nova identificação, também por código de barras, para cada grupo de exames. “O aparelho permite que cada amostra seja rastrea- da, desde a chegada ao laboratório até a liberação dos resultados”, diz a chefe da divisão de laboratórios do CEMO, Eliana Abdelhay. Já o sequenciador de DNA, também adquirido para o novo espaço, vai proporcionar uma alta resolução das tipificações HLA, o que permite a inclusão de novos exames como o de tipificação confirmatória, fundamental para que os exames de compatibilidade sejam exatos e o transplante garantido. Vários membros da equipe do laboratório passaram por treinamento, nos Estados Unidos para obter maior qualificação em um desafio constante e que exige ampla especialização na área. A meta é conseguir a acreditação internacional para o laboratório, possibilitando exames para outros países, como o próprio EUA, por exemplo. INCA INAugurA lAborAtórIo de ImuNogeNétICA Espaço permitirá maior agilidade na identificação de doadores de medula óssea no território nacional e em países vizinhos NewsLab - edição 113 - 201212 Um projeto em prol da vida. Esse é o conceito do campus integrado do INCA, que será construído no terreno localizado atrás do edifício sede da Instituição, na Praça Cruz Vermelha, onde hoje se localizam as instalações do Instituto de Assis- tência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). “Não se trata de uma simples construção, estamos falando de um projeto que vai promover a integração entre assistência, ensino, pesquisa e administração com foco na atenção oncológica, estimulando o avanço do conhecimento e do desenvolvimento no tratamento do câncer”, diz o diretor- -geral do INCA, Luiz Antonio Santini. Além de concentrar todos os endereços atuais da Institui- ção em um só local, o campus integrado do INCA vai favorecer o fortalecimento da conexão entre tecnologia de ponta, pes- quisa e ensino com foco na melhoria do atendimento. Serão 116 mil metros quadrados de construção – três vezes a mais do que o prédio sede da Praça Cruz Vermelha – distribuídos em uma área de 148 mil metros quadrados de terreno, com recursos provenientes do Orçamento da União, estimados em R$ 469 milhões. “O campus vai possibilitar a otimização de recursos materiais e humanos e facilitar o acesso ao tratamento dos pacientes, já que todas as etapas do atendimento – terapêu- ticas, de acompanhamento e paliativas – serão realizadas em um só local”, avalia Santini. Após a inauguração, os pacientes vão contar com 438 leitos de internação, sendo que 90 de terapia intensiva e semi-intensiva, 118 consultórios de atendimento ambulatorial, além da área de pesquisa. Também vale ressaltar que as novas instalações da Instituição vão fortalecer o foco em prevenção e na redução da incidência do câncer. Para se ter uma ideia, só no ano passado, a produção do Instituto foi de 15.638 interna- ções, 8.614 cirurgias, 37 mil procedimentos de quimioterapia e mais 179 mil de radioterapia. Após a inauguração do Campus Integrado, estima-se um aumento em, aproximadamente, 32% das internações e 22% das consultas médicas. Na área de pesquisa, atualmente, menos de 5% das pessoas tratadas no INCA participam de protocolos em pes- quisas clínicas, a meta, com a construção, é incluir 30% dos doentes nesse trabalho. O câncer é um problema de saúde pública e, hoje, repre- senta a segunda causa de mortes no país. Só até o fim do ano, de acordo com as estimativas do INCA, serão diagnos- ticados mais de 520 mil casos novos de câncer e, só no Rio de Janeiro, quase 50 mil novos casos da doença. Em 2011, o SUS gastou R$ 2,2 bilhões em procedimen- tos hospitalares, tratamentos e cirurgias de câncer. Ou seja: esses gastos foram quadruplicados dos 12 últimos anos pra cá. Para ser ter uma ideia da evolução desses valores, em 1999, eram pouco mais de R$470 milhões. O concurso cultural internacional de imagens microscópicas tem como objetivo a divulgação de imagens das ciências da vida, dando acesso e despertando o interesse pela pesquisa. O concurso é aberto a qualquer pessoa do Brasil e do exterior com mais de 18 anos. Cada participante poderá apresentar no máximo três imagens inéditas de sua autoria. As imagens devem ser fotomicrografias tiradas em qualquer tipo de microscópio. Qualquer tipo de amos- tra é aceitável: microscopia de luz como campo claro, campo escuro, contraste de fase, contraste de interferência diferencial, fluorescência, multifotônica, contraste de modulação, deconvo- lução, confocal e técnicas mistas. As imagens deverão ter no máximo 300 KB, no formato JPG, e ser enviadas para o e-mail lifesciences@icb.usp.br, juntamente com a ficha de inscrição preenchida, título e dados descritivos da imagem e técnica (breve explicação sobre o conteúdo, técnica e equipamento utilizado para a obtenção da imagem). A avaliação das imagens será feita seguindo os critérios de originalidade, impacto visual, qualidade técnica e con- teúdo informacional. A comissão julgadora, composta por cientistas e profissionais das artes plásticas, selecionará 50 imagens. Entre as 50 imagens, serão escolhidos os três primeiros lugares. O autor da imagem em primeiro lugar receberá como prêmio uma viagem para conhecer o Demo Center da Carl Zeiss, em Munique, Alemanha. O segundo lugar receberá um microscópio Zeiss, modelo Primo Star Binocular,equipa- do para a técnica de campo claro (visualização de material corado). O terceiro colocado ganhará uma câmera da Sony com lentes Zeiss. Para saber mais: www3.icb.usp.br/corpoeditorial/index.php?option=com_ content&view=article&id=662 CoNCurso INterNACIoNAl de ImAgeNs mICrosCópICAs O Instituto de Ciências Biomédicas da USP recebe inscrições para o Concurso de Imagens em Ciências da Vida O Rio de Janeiro vai sediar o mais moderno Centro de Desenvolvimento Científico e de Inovação Tecnológica para o controle do câncer do país. As novas instalações reunirão os 18 endereços da instituição em um só lugar ComeçA A CoNstrução do CAmpus INtegrAdo do INCA NewsLab - edição 113 - 201214 Um balanço do primeiro trimestre deste ano, realizado pela WEB Setorial – consultoria econômica da Associação Brasileira dos Importadores de Equi- pamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) e da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) – com base em dados do IBGE, mostrou que o setor de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico apresentou um crescimento na produção de 15,4% de janeiro a março, se comparado com o mesmo período de 2011. Já as ven- das no ramo comercial e de serviços, inclusive medicamentos, cresceram 10,8% em comparação a igual período de 2011. Com relação a empregos, de acordo com o Ministério do Trabalho (MTE) e o Caged, em março de 2012 as atividades industriais e comerciais do setor de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico geraram 1.037 mil novos postos de trabalho, 4,8% a mais do que o verificado no mesmo mês de 2011. Os serviços de complementação diagnóstica e terapêutica ofereceram 7,6% mais vagas no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior e 9,4% a mais no acumulado de 12 meses. Resultados do Comércio Exte- rior - De janeiro a março de 2012 as importações de materiais e equipa- mentos para medicina e diagnóstico totalizaram o valor de US$ 2.019 milhões, com o incremento de 21% no valor importado comparado ao mesmo período de 2011. As exporta- ções, por sua vez, acumularam o valor de US$ 364 milhões no período em questão, com o incremento de 23% em relação a igual período de 2011. Ainda no primeiro trimestre de 2012, o maior aumento de impor- tações dentro do setor ocorreu com artigos e aparelhos de ortopedia e próteses: 33% frente a igual período de 2011, seguido por aparelhos de raio-X e radiação, com o incremento de 23,6% em igual período. Em 12 meses destacam-se as importações de apare- lhos de raio-X e radiação com o maior incremento (20%) nas importações entre as categorias do setor. Perspectivas do setor - De acordo com a presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Liliana Perez, “o franco crescimento do setor é resultado da aceleração do desenvolvimento tecnológico e imple- mentação de novas técnicas e serviços capazes de processar testes diagnós- ticos com maior precisão, eficiência e quantidade. Paralelamente, o nível de investimento necessário para a imple- mentação de tais tecnologias aumentou e, atualmente, o Brasil possui caracterís- ticas semelhantes às do mercado global. Por exemplo: o aumento da segurança e confiança pelos médicos nos testes diagnósticos promove aumento na de- manda por mais exames.” “Outro fator gerador de demanda por mais exames é o envelhecimento da população e aumento na expecta- tiva de vida”, acrescenta a dirigente. “Por outro lado, o setor de materiais e equipamentos para medicina diag- nóstica, por ter alto valor tecnológico, depende ainda muito das importações. Em contrapartida, as exportações estão aumentando, o que mostra a relevância cada vez maior do Brasil se comparado a outros países da América Latina”, finaliza Liliana Perez. setor de mAterIAIs e equIpAmeNtos pArA medICINA e dIAgNóstICo CresCeu mAIs de 15% No prImeIro trImestre O segmento, representado pela Abimed e CBDL, também gerou 1.037 mil novos postos de trabalho em março deste ano Liliana Perez, presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial O pioneirismo sempre marcou as ações do Instituto de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Eins- tein (HIAE) no Brasil, como o primeiro transplante usando células-tronco de cordão umbilical, o primeiro transplante com células-tronco de cordão umbilical para adulto (com dois cordões) e o transplante de medula feito após os 60 anos. Em 2012, ao comemorar 25 anos do primeiro transplante realizado pelo HIAE, o Instituto de Oncologia e Hematologia relembra não só essas questões, mas as ligadas à segurança do paciente e à inovação e organizou uma série de eventos científicos para discussão do que há de mais avançado em Hematologia. Entre outros eventos, o Workshop de Biologia Molecular, o Workshop de Doença Enxerto Contra Hospedeiro Crônica e o Curso de Revisão em Hematologia e Hemoterapia. Durante o Curso de Revisão em Hematologia e Hemote- rapia, os médicos Ricardo Pasquini (da Universidade Federal do Paraná) e Nelson Hamerschlak (do HIAE) apresentaram a história do Transplante de Medula Óssea no Brasil e no Einstein. Um videohomenagem com depoimento de um paciente transplantado em 2008 foi a voz dos 747 pacientes atendidos desde 1987, no Hospital Albert Einstein. Todos os pacientes receberam, em casa, um presente especial, para comemorar. Data é comemorada em evento com convidados internacionais e pacientes são homenageados trANsplANte de medulA ósseA CompletA 25 ANos No HospItAl Albert eINsteIN NewsLab - edição 113 - 201216 Com o uso de métodos novos e eficazes para entender as origens de distúrbios neurodegenerativos, tais como a doença de Alzheimer, pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, EUA, estão defendendo a tese de que essas doenças são causadas principalmente por genes que são ativos demais ou não suficientemente ativos, e não por mutações genéticas nocivas. Na edição online de 7 de junho do jornal PLoS Genetics, eles relatam que algumas centenas de genes, dentro de quase 800 amostras de cérebros de pacientes com a doença de Alzheimer ou outros distúrbios, passaram por alterações nos níveis de expressão de genes, que não resultaram de neurodegeneração. Muitas dessas variantes eram prova- velmente a causa. “Agora entendemos que a doença provavelmente se desenvolve a partir de variantes de genes que exercem efeitos modestos na expressão dos genes e que também são encontradas em pessoas saudáveis. Mas, algumas va- riantes – elevando a expressão de alguns genes, reduzindo os níveis de outros – se combinam para produzir o tumulto perfeito que leva à disfunção”, diz a principal pesquisadora do estudo, a neurologista e neurocientista da Clínica Mayo Nilufer Ertekin-Taner. “Se pudermos identificar os genes ligados à doença, que são ativos demais ou inativos demais, poderemos ser capazes de desenvolver novos alvos de medicamentos e terapias”, ela diz. “Esse poderia ser o caso de doenças neurodegenerativas e também de doenças em geral”, ela afirma. Ertekin-Taner diz que nenhum outro laboratório reali- zou um estudo da expressão dos genes do cérebro em tal extensão como o conduzido pelos pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville. “A novidade – e a utilidade – de nosso estudo é o gran- de número de amostras do cérebro que examinamos e a forma com que as analisamos. Os resultados demonstram a contribuição significativa dos fatores genéticos que alteram a expressão dos genes do cérebro e aumentam os riscos de doença”, ela explica. Essa forma de análise de dados mede os níveis de ex- pressão dos genes, ao quantificar a quantidade de ácido ribonucleico (ARN) produzido no tecido, e faz a varredura do genoma de pacientes, para identificar variantes genéticasque se associam a esses níveis. Os pesquisadores da Mayo mediram o nível de 24.526 transcritos (ARN mensageiro) de 18.401 genes, usando tecido de autópsia cerebelar de 197 pacientes de doença de Alzheimer e de 177 pacientes com outras formas de neurodegeneração. Os pesquisadores confirmaram então os resultados, examinando o córtex temporal de 202 pa- cientes com doença de Alzheimer e de 197 pacientes com outras patologias. A diferença entre essas amostras é que, enquanto o córtex temporal é afetado pela doença de Al- zheimer, o cerebelo é relativamente poupado. Dessas análises, os pesquisadores identificaram mais de 2.000 marcadores de expressão alterada nos dois grupos de pacientes, que eram comuns entre o cerebelo e o córtex temporal. Alguns desses marcadores também influenciaram riscos de doenças humanas, sugerindo que contribuem para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e outras doenças, independentemente de sua localização no cérebro. Eles identificaram “hits” (achados da pesquisa) originais de expressões para marcadores genéticos de riscos de doenças, que incluíram paralisia supranuclear progressiva, doença de Parkinson e doença de Paget, além de confirmar outras associações conhecidas para lúpus, colite ulcerativa e diabetes do tipo 1. “A expressão alterada dos genes do cérebro pode ser ligada a uma diversidade de doenças que afetam todo o corpo”, explica a neurologista da Mayo. Eles compararam, então, seus dados de eGWAS (ex- pression-based Genome Wide Association Study – estudo de associação genômica baseada em expressão) com seus GWAS na doença de Alzheimer, conduzidos pelo Consórcio de Genética da Doença de Alzheimer, que tem financiamento federal, para testar se alguns do genes de risco já identifi- cados promovem a doença através de expressão alterada. “Descobrimos que vários genes já ligados à doença de Alzheimer alteraram, de fato, a expressão genética, mas também descobrimos que muitas das variantes no que chamamos de zona cinza do GWAS – genes cuja contribui- ção à doença de Alzheimer era incerta – também estavam influenciando os níveis de expressão no cérebro”, diz Nilufer Ertekin-Taner. “Isso nos oferece novos candidatos a genes de risco para explorar”, afirma. “Esse é um método eficaz para o entendimento das doenças”, ela diz. “É possível encontrar novos genes que contribuem para o risco de doenças, bem como novas vias genéticas. E também pode nos ajudar a entender a função de uma grande quantidade de genes e outros reguladores moleculares no genoma que está implicado em doenças muito importantes”, afirma. Essa forma de análise de dados mediu os níveis de expressão dos genes, ao quantificar a quantidade de ácido ribonucleico produzido no tecido mApeAmeNto de geNes: mAyo ClINIC eNCoNtrA Novos fAtores de rIsCo pArA doeNçAs NeurodegeNerAtIvAs NewsLab - edição 113 - 201220 Um laboratório israelense desenvolveu um novo teste para identificação precoce de câncer de pulmão. O método emparelha tecnologia de imagem com marcadores fluorescentes de DNA para ajudar os médicos a fazer o diag- nóstico a tempo de tratar o tumor. Trata-se de um teste não invasivo que em breve estará disponível no mercado, graças a um acordo entre o BioView, laboratório que desenvolveu o teste, com um dos principais laboratórios da Califórnia. O teste envolve a análise da expectoração (muco) de um paciente com o uso de um scanner mi- croscópico digitalizado e um marcador fluorescente de DNA, chamado sondas Fish. Os marcadores foram licenciados da MD Anderson Cancer Center in Houston, no Texas. “A expectativa média de vida de pacientes diagnosticados com câncer de pulmão é de apenas 18 meses, principalmente porque o diagnóstico é feito tardiamente”, diz Alan Schwebel, CEO da BioView. “A detecção precoce e o tratamento subsequente podem aumentar a expectati- va de vida em cinco anos ou mais”, completa. “Hoje, fumantes e outros pacientes com risco de contrair câncer de pulmão geralmente fazem uma tomografia computadorizada para procurar nódulos malig- nos, mas há alguns que são muito pequenos e difíceis de serem detectados”, diz Shwebel. Com o intuito de proporcionar aos colaboradores um espaço voltado ao aprimoramento profissional e pessoal, o Salomão- Zoppi Diagnósticos cria o Centro de Treinamentos, próximo à Unidade Paraíso, em São Paulo. Sob a responsabilidade do departamento de Gestão de Pessoas, o objetivo é a capacitação de 874 colaboradores a fim de aprimorar os serviços e a qualidade dos atendimentos dos clientes nas cinco unidades, Ibirapuera Divino Salvador, Moema Araguari, Morumbi Panamby, Portal do Morumbi e Paraíso. Dr. Claudio Cirino, diretor de atendimento da SZD, e Claudio Marote, Diretor de Planejamento e Gestão, são os responsáveis pela iniciativa. “Nossa expectativa é que o Centro de Treinamento promova o desenvolvimento técnico e emo- cional dos colaboradores, a fim de contribuir com a evolução dos serviços e atuação da empresa”. Atualmente, não existe nenhum teste para o rastreio diagnóstico de Parkinson Pesquisadores do Technion Israel Institute of Te- chnology em Haifa identificaram um grupo de cinco genes no sangue que pode prever se um indivíduo irá desenvolver o mal de Parkinson. Atualmente, não existe um único tipo de exame de sangue capaz de diagnosticar precocemente essa grave enfermidade. “Encontrar sinais biológicos – ou biomarcadores – para o mal de Parkinson pode ajudar a diagnosticar a doença nos estágios iniciais, antes mesmo de os sintomas aparecerem, permitindo o monitoramento dos efeitos de tratamentos que protegem o cérebro”, diz a Dra. Silvia Mandel, chefe dos pesquisadores. “O objetivo inicial era determinar se entre os pacientes em estágio inicial da doença alguma assinatura biológica poderia ser encontrada para confirmar o diagnóstico”. A equipe usou amostras de sangue de 62 pacien- tes com sintomas iniciais de Parkinson e um grupo com 64 pessoas saudáveis. Os dados genéticos de 30 pacientes em estágios avançados foram usados para confirmar a previsão dos cinco genes com 100% de precisão. O biomarcador irá ajudar a diagnosticar indivídu- os na fase inicial da doença que sofrem transtornos como depressão, sono, hiposmia – capacidade re- duzida para detectar odores – ou pessoas que têm riscos de ordem genética. Novo teste fAz dIAgNóstICo preCoCe de CâNCer de pulmão sAlomãozoppI dIAgNóstICos INAugurA CeNtro de treINAmeNto pArA AprImorAmeNto profIssIoNAl de suA equIpe grupo de geNes pode prever mAl de pArkINsoN NewsLab - edição 113 - 201222 O coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemo- derivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme Genovêz, garantiu que até o final de 2012 todas as bolsas de sangue do país serão analisadas pelo teste NAT para a detecção do vírus da hepatite C e HIV. No encontro, realizado pela ABRALE – Associação Brasi- leira de Linfoma e Leucemia – estavam presentes especia- listas em transfusões de sangue, como Dr. Silvano Wendel presidente da Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT) e diretor médico do banco de sangue do Hospital Sírio Libanês e Dr. José Kutner, diretor do banco de sangue do Hospital Israelita Albert Einstein. No debate, aberto e transmitido ao vivo via web, foram abordados assuntos relacionados à segurança nas transfu- sões de sangue e sobre a importância da aplicação do teste NAT (sigla em inglês para teste de ácido nucleico) para a detecção dos vírus da Aids e hepatite B e C e seus subtipos. Um estudo inédito com o cenário das transfusões de sangue no Brasil e a avaliação da segurança sem o teste NAT foi levado ao Congresso da Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue, que ocorreu em julho deste ano, no México. Segundoa Organização Mundial de Saúde (OMS), anu- almente as transfusões de sangue são responsáveis por cerca de 14 milhões dos infectados por hepatite B, por 4,7 milhões de casos de hepatite C e 5% de novos casos de Aids (HIV), mostrando que o maior risco para as transfusões de sangue é para a hepatite B. Para combater este problema, o teste NAT tem como diferencial o fato de indicar a presença do vírus, desde o momento da contaminação, em um período menor que os demais testes sorológicos, atualmente utilizados no Brasil. Este período é conhecido como janela imunológica. Para se ter uma ideia, com o NAT é possível detectar o vírus do HIV em um período de sete dias (com os testes antigos, eram 20 dias para se ter o resultado), e as hepatites B e C, respectivamente em 31 e 23 dias (anteriormente, demoravam 56 e 82 dias). A Abbott foi mais uma vez escolhida como um dos “Melhores Empregadores da Indústria”, pela revista The Scientist. Este é o nono ano consecutivo que a Abbott entra para a lista, criada pela publicação, em 2003. Esta prestigiosa lista tem como base uma minuciosa pesquisa realizada entre cientistas de biociências e instituições de pesquisas de todo o mundo. A lista faz parte da edição de junho da revista e pode ser acessada também em sua versão online, www.the-scientist.com. “A ciência é o coração do trabalho da Abbott para me- lhorar a vida das pessoas. Nós nos esforçamos para criar um local de trabalho que valorize a invenção, a criatividade e a colaboração entre todas as nossas divisões dedicadas a diversas áreas de saúde”, disse o médico John Leonard, vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da Divisão Farmacêutica da Abbott. “Nós damos muito valor ao reconhecimento da revista The Scientist como um fato que irá nos ajudar a cultivar ainda mais uma comunidade cientifica e inovadora na Abbott”. Na Abbott, aos funcionários são dadas oportunidades para que sejam bem-sucedidos e cresçam em suas carreiras, por meio de grupos de treinamento e programas extensivos de desenvolvimento. Os cientistas da Abbott são reconhecidos internamente, por meio de várias iniciativas, como prêmios outorgados pela presidência, prêmios por invenção e patentes e recomendação para a prestigiosa Sociedade Volwiler Society, criada em 1985 para reconhecer os mais notáveis cientistas da companhia. Assim chamada em homenagem a Ernest H. Volwiler, um cientista de renome internacional e ex-presidente da Abbott, a sociedade incentiva o crescimento profissional e tem como meta reconhecer e divulgar as inovações científicas da companhia. A cada ano, a Sociedade Volwiler homenageia cientistas e equipes da Abbott com a premiação “Outstanding Research”, que distingue aqueles que realizaram contribuições importantes em seus campos de atuação. Além do reconhecimento da revista The Scientist, a Abbott foi escolhida, pela revista The Science com um dos “Principais Empregadores em Biofarmacologia”, pela oitava vez desde 2002. A Abbott tem sido escolhida também como um dos Melhores Empregadores em mais de 25 países ao redor do mundo e também faz parte da lista das Melhores Empresas para Mães que Trabalham por 11 anos consecutivos, assim como uma das Melhores Companhias em Diversidade pela revisa Diversity Inc por nove anos consecutivos e pela revista Hispanic Business como uma das 60 Empresas de Elite em Diversidade, por cinco anos. Além disso, a revista Fortune inclui a Abbott como uma das “Empresas Mais Admiradas da América” todos os anos desde que a lista foi criada em 1983. Coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde garante que a medida será aplicada até novembro deste ano teste NAt pArA A deteCção do vírus dA HepAtIte C e HIv será obrIgAtórIo No brAsIl Este é o nono ano consecutivo que a Abbott entra para a lista da revista The Scientist Abbott é reCoNHeCIdA, mAIs umA vez, Como um dos melHores empregAdores de CIeNtIstAs e pesquIsAdores NewsLab - edição 113 - 201224 A sífilis, doença infecciosa e sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, uma espiro- queta, mais conhecida como sífilis, pode estar de volta e em maior escala, entre a população de 50 a 59 anos. É o que revela um levantamento realizado pelo Delboni Medicina Diagnóstica que constatou um aumento de 30% na procura por exames para detecção da doença, entre adultos dessa faixa etária. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2010 e 2011 e analisou pacientes do laboratório com idades entre 20 e 59 anos. As conclusões revelaram que todos os grupos regis- traram aumento na procura por exames que realizam a investigação sorológica e o diagnóstico da doença, mas o maior índice foi constatado na faixa acima dos 50 anos. De acordo com a Dra. Maria Lavínea Novis de Figueiredo Valente, infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, “alguns fatores que podem ter contribuído para esse aumento entre as pessoas com mais idade é a falta de proteção durante as relações sexuais e o aumento do número de divórcios, e consequentemente de parceiros, entre os casais dessa faixa etária”, afirma. Em contrapar- tida, a preocupação pela prevenção tem sido observada em todos os grupos. Entre 2010 e 2011, foi constatado um aumento de 15,1% na procura por exames para a detecção da sífilis, entre adultos de 20 a 29 anos. Já entre os de 30 a 39 anos, o aumento foi de 13,5% e de 40 a 49, 18,6%. A principal forma de transmissão da doença é o contato sexual. Em uma única relação sem preservativo, o risco de contágio é de 30% e a chance de contraí-la torna-se ainda maior se existirem feridas visíveis nos indivíduos. Outra forma de transmissão é da mãe para o feto durante a gravidez, a chamada sífilis congênita. No Brasil é obrigatória a re- alização da sorologia para sífilis nos exames de pré-natal e no momento do parto. “Existem três fases da sífilis: a primária, a secundária e a terciária. O maior risco de transmissão está na primeira fase onde ocorre uma lesão inicial, o cancro duro, uma úlcera única e indolor, que de- saparece duas a três semanas espontaneamente, dando a impressão de cura”, explica a Dra. Maria Lavinea. “Com isso, muitos pacientes não procuram atendimento médico e acabam evoluindo para a segunda fase da doença”, alerta. A múmia de uma criança o século 16 com os órgãos in- ternos relativamente preservados, encontrada na Coreia, foi a base para a descoberta de um genótipo único da Hepatite B que é muito comum no sudeste asiático. A descoberta foi possível pela análise genética realizada por meio de uma biópsia do fígado da múmia. A descoberta foi conduzida por uma equipe de cientistas israelenses e coreanos e pode ajudar os estudos da evolução da Hepatite B, uma doença crônica e potencialmente fatal, possibilitando-se a compreensão sobre a propagação do vírus, possivelmente da África para a Ásia. A descoberta também poderá lançar mais luz sobre o percurso da Hepatite B no Extremo Oriente, da China e do Japão para a Coreia, bem como para outras regiões da Ásia e Austrália, onde a doença é uma das principais causas da cirrose hepática e do câncer no fígado. Os cientistas relataram a reconstrução do antigo código ge- nético do vírus da hepatite B, sendo este o mais antigo genoma viral completo descrito na literatura científica até a data em que o trabalho foi publicado, na revista Hepatology (21 de maio). A múmia foi encontrada em uma pequena propriedade em uma área que está em reconstrução. Ela passou por vários testes, incluindo laparoscopia, durante a qual a amostra de biópsia foi extraída. Testes com carbono 14 das roupas da múmia sugerem que o menino viveu cerca de 500 anos atrás. As sequ- ências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do fígado permitiram aos cientistas mapeartodo o genoma da hepatite B. Usando técnicas de genética molecular, os pesquisadores compararam as sequências antigas de DNA com genomas virais contemporâneos, revelando algumas diferenças. Acredita-se que as mudanças no código genético resultaram de mutações espontâneas e pressões ambien- tais, possivelmente, durante o processo evolutivo do vírus. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais de 400 milhões de portadores do vírus em todo o mundo, principalmente na África, China e Coreia do Sul, onde até 15% da população é portadora do vírus. delboNI regIstrA AumeNto de 30% NA proCurA por exAmes pArA deteCção de sífIlIs eNtre Adultos de 50 A 59 ANos Levantamento analisou pacientes do laboratório durante 2010 e 2011; todas as faixas etárias registraram crescimento na busca pelo diagnóstico precoce da doença múmIA AjudA A estudAr evolução dA HepAtIte b Sequências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do fígado permitiram aos cientistas mapear todo o genoma do vírus NewsLab - edição 113 - 201228 O Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, em parceria com a MCMaster University, do Canadá, desenvolveu um estudo interna- cional, em larga escala, capaz de apontar riscos cardíacos em pacientes após cirurgias não cardíacas. Os resultados foram publicados na Revista JAMA (Journal of the Ameri- can Medical Association) – uma das revistas médicas mais importantes do mundo. Com um simples exame de sangue é possível verificar o nível de troponina-T (TnT) do paciente, um biomarcador liberado pelo músculo cardíaco que aponta estresse sofrido pelo coração, que pode ocorrer após anestesias em cirurgias de grande porte. Este exame é realizado nas primeiras horas após o procedimento cirúrgico, quando os pacientes ainda estão nos primeiros dias de pós-operatório. Com os resultados mais precisos em relação aos méto- dos até então utilizados, é possível identificar pacientes em risco de vida e dar início precoce aos tratamentos, reduzindo assim a mortalidade nas primeiras semanas após a cirurgia. Esta primeira análise do estudo Vision envolveu cerca de 15 mil pacientes acima de 45 anos, de 13 países como Brasil, Canadá, Colômbia, China, Índia, Malásia, Peru, Po- lônia, África do Sul, EUA, Inglaterra e Espanha, e mais de dois mil pacientes divididos entre o Hospital do Coração, em São Paulo, e Hospital de Clínicas, de Porto Alegre. Esse estudo faz parte dos projetos de filantropia do HCor em parceria com o Ministério da Saúde a serviço do SUS (Programa PROADI – Hospitais de Excelência à serviço do SUS). O estudo Vision continua acompanhando pacientes e atualmente cerca de 30.000 já foram incluídos nestes países. Nos próximos meses, uma série de novos dados de alto impacto oriundos do estudo Vision deve ser publicada, tornando este o projeto o mais importante já realizado no mundo sobre cuidados pré e pós-operatórios. Segundo o responsável pelo IEP HCor e coordenador do estudo Vision no país, Dr. Otávio Berwanger, cerca de 200 milhões de pessoas no mundo fazem cirurgias não cardíacas, como procedimentos ortopédicos, retirada de tumores e até cirurgias plásticas. Deste total, mais de 1 milhão morrem em até 30 dias após os procedimentos. “Os dados destes estudos possuem importante impacto para a prática clínica, uma vez que a identificação precoce dos pacientes com maior risco poderá permitir a redução de mortalidade do infarto durante as cirurgias não cardíacas e isso beneficiará milhões de pacientes no mundo”, explica Dr. Berwanger. As complicações cardíacas costumam acontecer desde as primeiras horas após o procedimento cirúrgico até 30 dias depois – período considerado crítico. “Fazer cirurgia é como um teste de esforço, e esse esforço às vezes causa infarto não previsto, levando o paciente a óbito. Esses in- fartos, que são graves, iriam passar desapercebidos se nós não empregássemos este exame que consegue detectar e alertar o médico que o paciente poderá ter complicações cardíacas severas a curto prazo”, esclarece Dr. Berwanger. O exame troponina-T é o mais confiável e preciso para identificar os pacientes em risco cardíaco, em comparação aos demais critérios clínicos como idade e histórico de doenças crônicas e cardíacas, entre outros. “Graças ao estudo Vision, 25% dos pacientes que eram considerados de baixo risco para complicações foram reclas- sificados como alto risco. Esse estudo muda a forma como os médicos devem cuidar de seus pacientes logo após uma cirurgia não cardíaca, identificando rapidamente os cuidados adicionais e intensivos para a sobrevida. Com este estudo, esperamos beneficiar aproximadamente 200 milhões de pessoas no mundo com o apoio do Ministério da Saúde pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos”, finaliza Dr. Berwanger. Após amplo estudo mundial, HCor identifica biomarcador produzido pelo coração capaz de apontar com mais precisão o risco de complicações cardíacas Novo exAme de sANgue deteCtA preCoCemeNte pACIeNtes em rIsCo de vIdA Após CIrurgIAs de médIo e de grANde portes Os ministérios da Saúde e da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vin- culada ao MEC, lançaram o portal “Saúde Baseada em Evidências”, que facilitará a cerca de 1,8 milhão de profissionais de saúde o acesso a conteúdos científicos. O Portal contribui para o aperfeiçoa- mento do trabalho e também proporciona educação continuada aos profissionais da saúde, em especial aos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo o que há de melhor na produção científica mundial. Por meio da pesquisa a conteúdos cientifi- camente relevantes, os profissionais poderão atuar integrando o conhecimento, à experiên- cia clínica e de gestão. Para saber mais: http://portalsaude.saude.gov.br profIssIoNAIs de sAúde terão ACesso fACIlItAdo A perIódICos CIeNtífICos Quase 2 milhões de profissionais terão acesso a conteúdos científicos NewsLab - edição 113 - 201230 A Agilent anunciou a conclusão da compra da Dako, empresa dinamarquesa de diagnósticos de câncer, por U$$ 2,2 bilhões à vista (livre de dívidas). A Agilent espera que a aquisição fortaleça sua posição em biociências, com foco em desenvolvimento de produtos que contribuam para a luta contra o câncer. Bill Sullivan, presidente e CEO da Agilent, disse que “a aquisição da Dako, a maior na história da Agilent, é mais um passo na expansão de nossos negócios em biociências. A incorporação da Dako e de seu portfólio irá contribuir para o crescimento da Agilent em diversas áreas de diagnósticos, como também fortalecer nossas atuais linhas de produtos”. “Agilent e Dako dispõem de alguns dos melhores talen- tos e tecnologias do mundo”, disse Lars Holmkvist, CEO da Dako. “Ao combinar recursos, acreditamos que as nossas duas empresas irão se beneficiar, assim como nossos con- sumidores e funcionários. Eu tenho grande confiança em relação ao que seremos capazes de realizar juntos”. Concomitante à aquisição, Agilent criou uma quarta divisão de negócios, o Grupo de Diagnósticos e Genoma. A nova organização é composta pela Dako, liderada por Lars Holmkvis, e a Divisão de Soluções Genômicas, liderada por Bob Schueren, vice-presidente e gerente geral do grupo de genoma da Agilent. O Grupo de Diagnósticos e Genoma irá se reportar diretamente a Bill Sullivan. A Dako é uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas para o diagnóstico de câncer, fornecendo anticor- pos, reagentes, instrumentos científicos e software para laboratórios de patologia. AgIleNt CompletA AquIsIção dA dAko, empresA dINAmArquesA de dIAgNóstICos de CâNCer Este é mais um passo na expansão dos negócios da empresa em biociências INCA ApoNtA que 37% dos CAsos de CâNCer dopAís prevIstos pArA este ANo são relACIoNAdos Ao tAbAgIsmo Levantamento mostra ainda que os homens brasileiros podem perder até dez anos de vida por conta de tumores malignos causados pelo uso do cigarro tabaco-relacionados para esse ano. “O país já alcançou muitos avanços na luta contra o tabagismo, mas o número de casos novos relacionados ao fumo é preocupante. É preciso re- gulamentar definitivamente a lei dos ambientes 100% livres do tabaco e dar mais um grande passo em prol da saúde dos brasileiros”, diz o diretor- -geral do INCA, Luiz Antonio Santini. Quando avaliados por região, os percentuais dos cânceres causados pelo tabaco, comparados com todos os casos novos para esse ano, ficam em 45%, nas mulheres e 34% nos homens do norte do país; 43% no sexo masculino e 35% no feminino do sudeste; 40% nas mulheres e 35% nos homens do centro- -oeste e, 35% do sexo masculino e 40% do feminino na região centro-oeste do país, conforme a tabela. Outra conclusão alarmante do estu- do do INCA é que se consideramos uma expectativa de vida até os 80 anos, os brasileiros podem perder até seis anos potenciais de vida e, as brasileiras, até cinco anos, devido a alguns tipos de câncer tabaco-relacionado. Apesar da queda significativa no número dos fumantes brasileiros, o percentual de mortalidade por cân- cer tabaco-relacionado ainda é alto. O câncer de pulmão, por exemplo, é responsável por 37% das mortes por câncer na região sul, entre o sexo masculino. Nas outras regiões, também entre os homens, esse tipo de tumor é responsável por 30% da mortalidade por câncer. Entre as mulheres, na região sul, o tumor de pulmão é o que mata mais dentre todos os cânceres: 24%. O câncer de cólon e reto, que também sofre influência do tabagismo, repre- senta 20% das mortes por câncer na região sudeste. Sexo Norte Nordeste Centro -Oeste Sudeste Sul Masculino 34% 33% 35% 38% 43% Feminino 45% 38% 40% 33% 35% Cânceres causados pelo tabaco comparados com todos os casos novos 2012 — Divisão de Informação INCA O Dia Mundial Sem Tabaco de 2012, no Brasil, foi marcado pelo tema “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta”. O mote foi adaptado da proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realidade do país enfocando os danos causados pela cadeia de produção do tabaco e os malefícios à saúde da população. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão veiculado ao Ministério da Saúde, em recorte especial das estimativas de câncer para 2012, aponta que 37% dos casos da doença podem estar relacionados ao tabagismo. Apesar de ser a primeira vez que o país registra menos de 15% na pre- valência de fumantes, de acordo com as informações do Vigitel (pesquisa telefônica do Ministério da Saúde), o INCA alerta para os percentuais estimados de casos novos de câncer NewsLab - edição 113 - 201232 Por meio de uma simples coleta de sangue de pacientes com câncer poder antever se determinado tipo de tratamento trará ou não a resposta mais eficaz para cada caso. Este é o objetivo de pesquisadores do Hospital A.C.Camargo responsá- veis por estudo sobre o papel das células tumorais circulantes na evolução e estabelecimento do potencial de agressividade da doença. Liderado pelo patologista e diretor de Anatomia Patológica, Fernando Augusto Soares, o estudo reúne também o diretor de Oncologia Clínica, Marcello Fanelli e a pesquisadora Ludmilla T. Domingos Chinen. Inédita no Brasil, a análise dos níveis de células tumorais circulantes teve seus primeiros relatos feitos ao longo dos últimos anos por pesquisadores norte-americanos e europeus. O projeto brasileiro está sendo financiado pela FAPESP, que está investindo 700 mil reais até maio de 2014. A meta do A.C.Camargo é realizar ao longo dos próximos dois anos a contagem das CTCs de 230 pacientes a serem atendidos no Ambulatório de Oncologia Clínica, sendo 100 com diagnóstico de câncer colorretal, 100 com câncer de pulmão e outros 30 com câncer de pâncreas. Acredita-se que a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. “Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é o prognóstico”, destaca Marcello Fanelli. Participarão pacientes a partir de 18 anos com doença localmente avançada ou doença metastática confirmada por análise patológica e/ou radiológica e também pacientes que iniciarão quimioterapia de primeira linha para doença metastá- tica e com extensão da doença determinada por exame físico e por imagem. Não serão incluídos pacientes com histórico prévio de outro câncer nos últimos dois anos. Em caráter prospectivo, o estudo será realizado por meio de coleta de sangue de pacientes com tumores sólidos me- tastáticos ou localmente avançados, tendo como controle ne- gativo o sangue de indivíduos sadios e como controle positivo amostras de sangue com células tumorais de cólon mantidas em cultura. O sangue dos pacientes será coletado em três tempos, sendo o primeiro antes do início do tratamento sis- têmico (quimioterapia, terapêutica hormonal, terapias-alvo, dentre outras), a segunda etapa três a quatro semanas após o início do tratamento e a terceira se repetindo a cada nove ou 12 semanas, dependendo do tratamento. Será utilizado pelos pesquisadores do A.C.Camargo o siste- ma Ariol, que faz a separação celular por pérolas magnéticas e as identifica por meio de anticorpo anticitoqueratina, fazendo a seleção negativa com anti-CD45 (separação de leucócitos). Além disso, será usado o ISET (Isolation by Size of Epithelial Tumor Cells), um método direto de enriquecimento das células epiteliais por filtração. “A simplicidade proporcionada pelo ISET evita a perda de células raras em múltiplos passos de isola- mento. Após isoladas, as CTCs podem ser caracterizadas, por exemplo, por imunocitoquímica, FISH ou análise molecular”, afirma Ludmilla Chinen. De acordo com os pesquisadores, o protocolo visa estabe- lecer se a metodologia de contagem de CTCs poderá ajudar a nortear o tratamento de diferentes maneiras. “Queremos correlacionar os níveis de CTCs com exames de imagem e poder afirmar se com a informação gerada o clínico poderá melhor determinar se uma terapia específica está funcionando ou não”. Ainda segundo eles, existe a meta de levar à dimi- nuição de exames de imagem, que são onerosos e cansativos e, para tanto, apenas fazer o acompanhamento dos pacientes pelos níveis de CTCs. Por fim, pela observação da expressão de marcadores/genes nas CTCs e sua correlação com a expressão nos tumores, os pesquisadores querem chegar à conclusão sobre qual é o tipo de terapia mais eficaz para cada paciente, levando a uma individualização inteligente do tratamento. A Roche realizou por meio de WebMeeting uma palestra sobre medicina diagnóstica com o tema: “Aplicações de novos parâmetros hematológicos na prática clínica”, ministrada pela Dra. Helena Zerlotti Wolf Grotto, médica do Departamento de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Uni- camp. Na ocasião, participaram 190 médicos e foram mais de 759 acessos. Os temas abordados foram sobre situações clínicas, onde parâmetros adicionais ao hemograma padrão, como a porcentagem de hemácias hipocrômicas, o número de hemácias fragmentadas e o volume plaquetário médio, podem agregar valor ao diagnóstico e monitoramento de pacientes com doenças hematológicas. A divisão de medicina diagnóstica do Grupo tem como premissa buscar excelência em todas as ações que realiza, sejam com seus parceiros, clientes, pacientes e disponibilizar conteúdo educativo gratuito faz parte destas ações. O Roche Online é um site voltado à educação continuada de profis- sionais de saúde e existe desde 2008, em que já recebeu 40.463 acessos, sendo 61% por médicos. ARoche Diagnóstica traz soluções que acompanham as ne- cessidades do mercado para otimizar o tempo dos profissionais de saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Em 2011, assumiu a liderança do mercado de hematologia no País, segundo dados apresentados no Relatório da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), ou seja, um terço de todos os clientes do Brasil está sendo atendido pela linha de hematologia do Grupo. A.C.CAmArgo CAçA CélulAs Após ColetA de sANgue pArA ANteCIpAr suCesso de terApIAs CoNtrA o CâNCer Pesquisadores receberam financiamento da FAPESP para analisar os níveis de células tumorais circulantes no sangue roCHe ofereCe pAlestrAs de medICINA dIAgNóstICA pArA profIssIoNAIs dA sAúde Líder do mercado diagnóstico de hematologia no Brasil, companhia oferece conteúdo via WebMeeting ao vivo NewsLab - edição 113 - 201234 Com o tema “Impactos da incorporação de novas tecnologias para a evolução do diagnóstico”, os pales- trantes Daniela Camarinha (sócia proprietária da You Care), Liliana Perez (presidente da CBDL – Câmara Bra- sileira de Diagnóstico Laboratorial) e Dr. Stephen Stefani (presidente do capítulo Brasil da International Society of Pharmacoeconomics and Outcome Research - ISPOR) discutiram durante o 39° Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, realizado no Rio de Janeiro de 01 a 04 de julho, os desafios da incorporação de novas tecnologias no Brasil. A mesa redonda contou com uma explanação geral so- bre o cenário do Brasil, os aspectos fármaco-econômicos e a visão das operadoras de saúde nesse processo. O foco foi dado junto ao mercado privado da saúde, repre- sentado hoje por aproximadamente 23% da população brasileira, porém concentrando mais de 50% do volume investido em saúde. O encontro teve como objetivo principal sensibilizar os principais players do mercado quanto a importância no processo de incorporação de novas tecnologias em saúde apontando a quantidade crescente de novas drogas e exames de diagnóstico in vitro que serão disponibilizados no Brasil em breve e os desafios a serem percorridos para que o público final tenha acesso e possa usufruir dos benefícios. Liliana Perez traçou um panorama geral das políticas públicas de saúde no Brasil e defendeu a adoção de uma medicina mais focada nas necessidades de cada paciente. “Se faz cada vez mais necessária a aplicação da medicina personalizada, isto é, buscar a solução correta para a pes- soa certa”, afirmou Liliana. A presidente da CBDL reforçou o ganho do setor com a criação do QUALISS (Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar) que tornará transparente a qua- lidade da rede prestadora e o importante papel da ANS (Agência Nacional da Saúde) e da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Em contrapartida, o Dr. Stephen Stefani debateu sobre o potencial conflito de interesses entre as partes envolvi- das neste processo, os estudos fármaco-econômicos e as barreiras de entrada de um novo tratamento. Segundo o médico, “é necessário que o Brasil siga exemplos de países como os EUA e Inglaterra e defina o critério de custo- -efetividade a ser adotado no país, valor atribuído para buscar equidade de acesso a novas tecnologias, aliado ao desfecho clínico e impacto orçamentário propiciado pela droga ou teste laboratorial”. Daniela Camarinha finalizou a discussão enfatizando a criação de uma competição baseada no valor para o paciente, o envolvimento dos participantes do setor para a cocriação de valor conjunta e a mensuração e comuni- cação de todas essas oportunidades e investimentos junto às fontes pagadoras. Em sua opinião, algumas estratégias são necessárias para otimizar os modelos de saúde, como a redução do custo da doença, a maior integração entre os laboratórios e o setor clínico, a busca por desempenhos na valorização dos clientes e uma gestão mais focada na inovação. “É preciso uma maior abertura para formar alianças estratégicas entre os prestadores e a indústria, além de uma gestão baseada em evidências”, concluiu. Ao final das apresentações foi promovido um debate entre o público presente e os palestrantes. O evento contou com a presença de representantes da indústria de diagnósticos, de laboratórios clínicos e das sociedades médicas. Estiveram presentes o Dr. Irineu Grinberg (Presi- dente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas) e o Dr. José Carlos Barbério (Membro da comissão do Sindhosp). mesA-redoNdA ApoNtA os desAfIos pArA A INCorporAção de NovAs teCNologIAs NA áreA dA sAúde O foco foi o mercado privado da saúde, que representa 23% da população brasileira, porém concentra mais de 50% do volume investido em saúde Dr. Stephen Stefani, Liliana Perez e Daniela Camarinha NewsLab - edição 113 - 201238 Durante o 46º Congresso Brasileiro de Patologia Clí- nica/Medicina Laboratorial será lançada a “Diretriz para a Gestão e Garantia da Qualidade de Testes Laboratoriais Remotos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial”. O trabalho é assinado por vários especialistas, que apresentam as aplicações de TLR nas diferentes áreas clínicas, suas vantagens e desvantagens e o contexto sob a ótica da RDC 302 e a Norma do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML. “A obra é resultado de extensa pesquisa bibliográfica realizada pelos autores e descreve o estado-da-arte em relação ao tema”, explica o diretor científico da SBPC/ML, Nairo Su- mita, coautor e coordenador da publicação. O lançamento acontece durante o 46º Congresso da SBPC/ML, em Salvador. O livro será distribuído gratuitamente e conta com o apoio de Roche e Radiometer. A ABIIS, Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde é uma união de três entidades representativas do segmento de produtos e equipamentos médico-hospita- lares e de diagnóstico in vitro: Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Asso- ciação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi) e Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL). Juntas, as associações somam cerca de 400 empre- sas atuantes na produção, importação, exportação e distribuição de produtos e equipamentos médicos para diagnóstico, prevenção e tratamento em saúde. Esses produtos, entre máquinas de raio-X, marca-passos, stents e kits e reagentes para diagnóstico, representam 7% do total de gastos com saúde no país. De acordo com o seu presidente, Carlos Eduardo Gouvêa, a ABIIS tem como objetivos a parceira com o Governo Federal e a colaboração com os novos proce- dimentos adotados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir o acesso da população a tecnologias médicas inovadoras. Gouvêa explica que esta aliança pretende expandir sugestões de políticas públicas, mobilizando também agentes da esfera privada para que o Brasil invista em pesquisa, desenvolvimento, produção local e comerciali- zação de novas tecnologias que sejam estratégicas para o país, sem se descuidar do importante papel exercido pelos produtos importados de alta tecnologia - essenciais para o sistema. “A intenção da ABIIS é frisar a relevân- cia de um setor tão importante para a saúde, mas ainda altamente desconhecido”, ressalta. Mercado Brasileiro de Saúde - De acordo com estima- tivas, o Brasil gasta anualmente mais de R$ 270 bilhões em saúde. Deste total, 45% são custeados pelo sistema público. As entidades e empresas congregadas pela ABIIS, juntas representam 0,6% do PIB brasileiro e possuem um fatura- mento estimado em R$ 12,2 bilhões. Esse grupo fomenta, indiretamente, mais de 11 mil empresas, as quais, por sua vez, geram mais de 100 mil postos detrabalho com salários acima da média nacional. Suas exportações representam mais do que 25% de todo o setor médico nacional. E recolhem contribuições superiores a R$ 3 bilhões em impostos e atendem a 60% do mercado de produtos médicos no Brasil. As empresas associadas à nova entidade realizam in- vestimentos acima da casa dos 10% de seus faturamentos em Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação Incremental e Educação Continuada. Outros 12% do faturamento são aplicados em políticas de pós-venda, como instalação, as- sistência técnica, manutenção, capacitação e treinamento. As importações, que somaram US$ 7,7 bilhões para o mercado de saúde em 2011, viabilizaram o fornecimento de produtos inovadores e mais competitivos ao mercado nacional. Grande parte deste volume são produtos sem escala para fabricação local ou com tecnologia ainda in- disponível no país. Este cenário demonstra, portanto, que a viabilidade do sistema de saúde nacional e a ampliação do acesso à saúde dependem da complementaridade da produção local e da importação. eNtIdAdes do setor sAúde CrIAm AlIANçA pArA INovAção e deseNvolvImeNto de teCNologIAs médICAs As entidades e empresas congregadas pela ABIIS possuem um faturamento estimado em R$ 12,2 bilhões sbpC/ml lANçA dIretrIz de tlr No 46º CoNgresso NewsLab - edição 113 - 201240 O Ministério da Saúde (MS) vai investir R$ 15 milhões em terapia celular em 2012. A maior parte do recurso (R$ 8 milhões) será voltada para concluir a estruturação de oito Centros de Terapia Celular, que ficarão responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células-tronco. Atualmente, grande parte dos insu- mos utilizados nas pesquisas com células-tronco realizadas no Brasil são importados. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de pesqui- sa abertos ainda este ano. Os oito Centros de Tecnologia Celular estão localizados em sete mu- nicípios do país: três na Universidade de São Paulo na capital paulista, um na USP de Ribeirão Preto, um na Uni- versidade do Rio Grande do Sul, um na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um no Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro e um no Hospital San Rafael, em Salvador, este em parceria com o Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz (CPqGM/Fiocruz Bahia). Com esta ação, o governo quer ampliar o uso da medicina regenera- tiva na recuperação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações, tratamento da esclerose múltipla. “O know how de produção de suas próprias células-tronco, embrionárias e adultas, vai baratear as pesquisas na área e possibilitar a produção em escala para uso comercial”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS, Carlos Gadelha. “A intenção é tornar esses centros aptos a subsidiar hospitais públicos e privados na recuperação de órgãos de pacientes”, afirma. A terapia celular ainda não é re- conhecida pelo Conselho Federal de Medicina e o uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas. A exceção é o uso das células- -tronco derivadas da medula óssea humana, que já vêm sendo empre- gadas com sucesso no tratamento de pacientes com hematológicas, como leucemias e anemias. Três – o de Curitiba, o de Salvador e o de Ribeirão Preto – dos centros já estão em atividade com recursos do Ministério da Saúde. Os outros cinco estão em fase de construção. O mais avançado é o da PUC Paraná, que tem pesquisas concluídas, já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa para ampliar a produção para escala comercial. Já deu suporte a cinco pesquisas clínicas envolvendo 80 pacientes cardíacos. Alguns dos pacientes voluntários nas pesquisas do centro da PUC Paraná tinham anginas intratáveis que lhes impossibilitavam de fazer qualquer esforço físico, mas, com o tratamento, tiveram seus corações recuperados e hoje têm vida normal, com prática constante de atividade física. O centro já começou a produzir célula-tronco para uso em cartilagem, os chama- dos condrócitos, e aguarda liberação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para realizar pes- quisas envolvendo a regeneração de articulações de joelho e do quadril. A USP de Ribeirão Preto está desenvol- vendo pesquisas na área de diabetes. No Hospital San Rafael, em Salvador, os estudos são em traumatismo de medula óssea e fígado. Para saber mais: www.fiocruz.br A terapia celular ainda não é reconhe- cida pelo Conselho Federal de Medicina e o uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas PUC Paraná já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa para ampliar a produção para escala comercial mINIstérIo dA sAúde vAI INvestIr r$ 15 mIlHões em oIto CeNtros de teCNologIA CelulAr O Fleury Medicina e Saúde conquistou a acreditação do American College of Radiology (ACR) em mais um serviço, a biópsia estereotáxica mamária da Unidade Paraíso, localizada na capital paulista. Esse procedi- mento diagnóstico é empregado na investigação de câncer de mama, entre outras indicações. Em outubro de 2011, o Fleury recebeu a primeira acreditação dessa entidade, para o serviço de Mamografia da Unidade Itaim, também em São Paulo. “É uma acreditação importante, que só nos traz a certeza da excelência e da qualidade de nossos processos e produtos”, afirma a diretora executiva médica, Jeane Tsutsui. O ACR é um órgão americano que certifica a confor- midade dos serviços com boas práticas em processos de exames de imagem. Desde 1987, a ACR acreditou mais de 20 mil instalações, incluindo mais de 10 mil práticas em 10 modalidades diferentes de imagem. A Área Técnica Central do Fleury Medicina e Saúde, localizada em São Paulo, também possui a acreditação do College of American Pathologists (CAP), outro importante selo internacional de conformidade com boas práticas de medicina diagnóstica. fleury reCebe ACredItAção INterNACIoNAl pArA bIópsIA de mAmA NewsLab - edição 113 - 201242 Ligado ao Instituto de Biociências (IB) da USP, o Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) possui um dos maiores bancos de dados de doenças genéticas raras do Brasil – cerca de 80 mil pacientes já foram atendidos desde a fundação, em 2000. Até o ano passado, no entanto, as informações estavam dispersas em formatos diferentes, o que difi- cultava o acesso pelos pesquisadores e consumia tempo desnecessariamente. Para resolver o problema, o centro firmou uma par- ceria com o Grupo de Modelagem de Banco de Dados, Transações e Análise de Dados (DATA Group), do Insti- tuto de Matemática e Estatística (IME) e do Centro de Bioinformática da USP. Juntos, desenvolveram ao longo de cinco anos um software que possibilitará armazenar os dados clínicos e informações genômicas e de testes moleculares realizados nos pacientes. Assim, o CEGH terá nas mãos um dos maiores ban- cos de dados de doenças genéticas raras da população brasileira, especificamente de doenças neuromusculares, malformações congênitas, de déficit cognitivo, surdez, obesidade de causa genética e doenças de comporta- mento. Dentre estas últimas inclui-se o autismo, que ao contrário das demais, não é raro. Outra função importante será abarcar dados de células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras do Brasil, que já contém mais de 300 amostras. Já em implementação, o programa facilitou o acom- panhamento e a seleção de pacientes para as pesquisas sobre doenças genéticas. Agora os pesquisadores têm controle sobre o fluxo de exames clínicos e moleculares realizados pelo CEGH. Pacientes - Ao reconhecer o caráter genético das doenças que possuem, os pacientes podem, em alguns casos, buscar tratamento oupensar na prevenção para os descendentes. O encaminhamento ao CEGH é normalmente feito pelos médicos. Após chegar ao centro, o paciente passa pela bateria de exames. Em grande número e repletos de detalhes, esses exa- mes são feitos em etapas e em baterias de 10 a 30 de cada vez, para reduzir os custos. Incluem coletas de sangue do paciente e familiares para análise do DNA e elaboração do laudo. Pelo software, médicos e geneticistas ficam sabendo das informações cadastradas pelos técnicos responsáveis pelo exame e passam orientações para a realização. “Cada grupo dentro do cen- tro tinha uma maneira diferente de controlar esse fluxo. Agora estamos tentando unificar os métodos”, explica Maria Rita Passos-Bueno, responsável pelo grupo de estudos de autismo e anormalidades craniofaciais no CEGH. “Também podemos acessar os dados remotamente. Isso facilita, inclusive, para o intercâmbio de dados com outras ins- tituições, inclusive fora do Brasil”, completa. Além da vantagem financeira – o software é livre e gratuito –, desenvolvê-lo especialmente para o CEGH garante a cobertura de demandas específicas do grupo. Os pesquisadores do DATA Group precisaram desenvol- ver soluções para controle do fluxo de exames e integrar dados de pacientes e familiares, de modo a facilitar o acesso pelos geneticistas. “A partir de agora, o sistema irá evoluir na parte analítica dos dados e na integração das informações existentes com as de células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras”, diz João Eduardo Ferreira, professor do IME e coordenador do DATA Group. De acordo com o CEGH, também é necessário ace- lerar o acréscimo de dados pertencentes a pacientes antigos – a coleta de amostras é feita desde 1970, antes mesmo de o centro existir. “Uma pessoa que nos procura agora pode ter um parente que fez exame aqui muitos anos atrás. Esse é um dado importante para a terapia. Recuperar rapidamente as informações é essencial para deixar o processo mais dinâmico”, diz a professora Maria Rita. Para o segundo semestre, o objetivo é aumentar o número de exames que podem ser acompanhados pelo novo programa. Pesquisadores de ambos os grupos concordam que um dos maiores desafios foi superar as dificuldades de comunicação entre as áreas. Nem sempre a demanda de um lado pode ser atendida pelo outro. “Essa necessida- de de cooperação, no entanto, é requisito fundamental para o sucesso das pesquisas na área de computação, medicina e biologia nos próximos anos”, aponta Ferreira. Para saber mais: http://genoma.ib.usp.br/ Ime e Ib uNem-se pArA CrIAr bANCo de dAdos dIgItAl de doeNçAs geNétICAs NewsLab - edição 113 - 201246 Com pouco mais de 10 dias de vida, Samuel Borges, dois anos, foi diagnosticado com atresia pulmonar – cardiopatia congênita cianótica rara. Com apenas 17 dias ele saiu de Boa Vista (RR), em uma UTI aérea e viajou por quase 12 horas para passar por uma cirurgia de correção da obstrução da abertura entre a artéria pulmonar e o ventrículo direito, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), em São Paulo. Apesar do sucesso da cirurgia, a vida do pequeno paciente não seria mais a mesma. Desde então, ele precisa medir frequentemente a es- pessura do seu sangue. Com o CoaguChek® da Roche – um sistema de monitorização da coagulação do sangue no qual em poucos minutos o paciente obtém o resultado do INR e com isso tem a certeza de que está tomando a dose correta do medicamento, diminuindo muito a ocorrên- cia de complicações como eventos tromboembólicos e hemorragia –, o garoto é levado a São Paulo a cada três meses pela avó Fátima Chacon Borges, 60 anos. O principal benefício que o aparelho oferece hoje a Samuel é a qualidade de vida e conforto, já que ao invés da punção venosa é possível realizar o teste com uma gota de sangue através de uma punção capilar, menos dolorida para o garoto. E é justamen- te este o maior foco da Roche quando investe em pesquisa e desenvolvimento. Mais do que propiciar qualidade de vida a milhares de pacientes, quando viabiliza seus testes diagnósticos, a empresa visa, em algumas situações mais graves, salvar a vida de muitas pessoas. “A principal motivação da Roche Diagnóstica é o fato de acreditarmos que podemos ajudar a melhorar vidas. Queremos, no tempo mais curto possível, que o paciente tenha sua condição de saúde restabelecida”, afirma Lorice Scalise, diretora da Roche Professional Diagnostics (RPD). Se não tivesse adquirido o CoaguChek®, a enfermei- ra Carolina V. Gianvecchio, 30 anos, que mora em São José dos Campos (SP), também teria que se deslocar até São Paulo, pelo menos uma vez por mês, para medir o nível de coagulação do seu sangue. Aos três anos, foi diagnosticada com uma estenose valvar aórtica. E por causa disso, passou por duas cirurgias. A última, em 2011, trocou uma válvula biológica do coração por uma metálica. A maneira encontrada para minimizar as idas e vindas à capital, foi a compra do CoaguChek. Ela conta que colhe o sangue e envia o resultado por e-mail para sua médica, que a auxilia na indicação da dosagem correta do medicamento anticoagulante. Deste benefício usufrui a dona de casa Lucy A. Canzi, 65 anos. Desde o final do ano passado ela não precisa mais sair de casa para saber como está a coagulação do sangue. “Como paciente achei de uma tranquilidade imensa. Afinal, é sofrível na minha ida- Anualmente investimos cerca de 20% do nosso faturamento global em pesquisa e desenvolvimento em inovação de solução de diagnóstico e terapias , Pedro Gonçalves, presidente da Roche Diagnóstica. Di vu lg aç ão R oc he 47NewsLab - edição 113 - 2012 Solidez no diagnóstico Testes que proporcionam qualidade de vida a milhares de pacientes Antes do uso do aparelho Coaguchek, o pequeno Samuel era segurado por cinco enfermeiras. Hoje, o exame é rápido e prático Gu to M Ar qu eS NewsLab - edição 113 - 201248 de ter a obrigação de ir de 15 em 15 dias ao laboratório. Amo este aparelho e indico para todo mundo”, afirma. Em todos os exemplos acima, o ganho dos pacientes é poder viver com maior qualidade de vida. Mas há, ainda, os casos de doenças mais graves como os cânceres de pele (me- lanoma metastático), colorretal e de pulmão, nas quais os benefícios podem representar maior sobrevida do paciente. Novos testes diagnósticos Para identificar mutações genéticas, a Ro- che possui hoje alguns inovadores exemplos de marcadores oncológicos como o BRAF, KRAS e EGFR, todos feitos na plataforma cobas® 4800. “Os resultados saem em apenas oito horas. E no câncer todo segundo é valido, às vezes é até pouco. Portanto, quanto mais rápido diagnosticar, mais o médico pode tomar uma decisão ágil sobre qual o tratamento ade- quado”, explica Claudia Scordamaglia, gerente desses produtos na Roche. Mais recentemente, aconteceu o lança- mento do teste para marcador tumoral HE4, de câncer ovariano, realizado na plataforma Elecsys. Apesar de pouco frequente, é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico e cerca de 75% dos casos apresentam-se em estágio avançado, segundo dados do Insti- tuto Nacional de Câncer (Inca). “A detecção precoce deste tipo de câncer é fundamental porque quando descoberto em fases I e II, a chance de cura pode chegar a 95%”, diz Wilson Tortorelli, gerente de produtos de bioquímica e de marcadores tumorais da Roche. Segundo ele, até então, a detecção era feita por meio da ultrassonografia transva- ginal, mas além de ser mais caro, o exame aponta o tumor tardiamente. Depois surgiu o Ca125, mas ainda acontecem falsos-negativos
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