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Quem estampa a capa da NewsLab nesta edição é a 
multinacional Roche Diagnóstica. Solidez no diagnóstico 
é o título da matéria que conta um pouco sobre como os 
testes laboratoriais podem proporcionar qualidade de vida 
a milhares de pacientes. Para isso, todos os anos cerca 
de 20% do faturamento global do grupo é investido em 
inovação de solução de diagnóstico e terapias. 
 Outro assunto de interesse à categoria Biomedicina que 
trazemos neste número é a realização do XIII Congresso 
Brasileiro e I Congresso Internacional de Biomedicina, 
que este ano será realizado em São Paulo e deverá re-
unir 3.000 profissionais da área. O evento contará com a 
participação de palestrantes internacionais e acontecerá 
nas dependências da Faculdade Anhanguera-UNIBAN.
Entre as mais recentes Notícias do segmento laborato-
rial, destaque para o setor de materiais e equipamentos 
para medicina e diagnóstico, que cresceu mais de 15% 
no primeiro trimestre, gerando 1.037 mil novos postos 
de trabalho. Outra notícia não menos importante foi 
dada pelo coordenador da Política Nacional de Sangue 
e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme 
Genovêz, que garantiu que até o final de 2012 todas as 
bolsas de sangue do país serão analisadas pelo teste NAT 
para a detecção do vírus da hepatite C e HIV. 
Com o título “Beco sem Saída”, a nossa querida coluna 
Analogias em Medicina, escrita pelo patologista José de 
Souza Andrade Filho, fala sobre o mais famoso e laureado 
fundo de saco de interesse médico: o de Douglas, situado 
entre o útero e o reto 
Os artigos científicos deste número discutem temas como 
“O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas 
na Gestante Rh(D) Negativo” e a “A Importância da De-
tecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases 
pelo Teste de Hodge Modificado”, entre tantos outros.
Isso e muito mais Ciência da Saúde você só encontra 
aqui, na NewsLab.
Boa leitura!
ANO XIX - Nº 113
(AgOstO/setembrO 2012)
Redação e administRação:
av. Paulista, 2.073
ed. HoRsa i - Cj. 2315. 
CeP: 01311-940. são Paulo. sP.
Fone/Fax: (11) 3171-2190
CnPj.: 74.310.962/0001-83
insC. est.: 113.931.870.114
issn 0104-8384
Home Page: www.newslab.Com.bR
NewsLab
A revista do laboratório moderno 
Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum - (11) 8357-9857 - (revista@newslab.com.br) • Editora: Andrea Manograsso (Mtb 18.120) - (11) 
8357-9850 - (redacao@newslab.com.br) • Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich - (11) 8357-9849 - (publicidade@newslab.
com.br) • Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão - (11) 8357-9855 - (publicidade@newslab.com.br) • Departamento de 
Assinaturas: Daniela Faria - (11) 8357-9843 - (assinatura@newslab.com.br) • Correspondente Internacional: Brigitte Selbert - (11) 
8357-9859 - (revista@newslab.com.br)
Conselho Editorial:
Luiz Euribel Prestes Carneiro, farmacêutico-bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre 
e Doutor em Imunologia pela USP/SP • Prof. Dr. Carlos A. C. Sannazzaro - Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP 
• Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico • Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico e Presidente do Conselho Regional de 
Biomedicina em São Paulo – CRBM - 1ª Região • Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi - Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP • Prof. Dr. José Carlos Barbério - Professor Titular da USP (aposentado) • Dr. Silvano Wendel - Banco 
de Sangue do Hospital Sírio-Libanês • Dr. Paulo C. Cardoso de Almeida - Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP • Dr. 
Jacques Elkis - Médico Patologista, Mestre em Análises Clínicas - USP • Dr. Zan Mustacchi - Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo 
- UNIP • Dr. José Pascoal Simonetti - Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ - RJ • Dr. 
Sérgio Cimerman - Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises 
Clínicas • Dra. Suely Aparecida Corrêa Antonialli - Farmacêutica-bioquímica-sanitarista. Mestre em Saúde Coletiva • Dra. Gilza Bastos dos 
Santos - Farmacêutica-bioquímica • Dra. Leda Bassit - Biomédica do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue
 
Colaboraram nesta edição:
José de Souza Andrade Filho, Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado de Borba, Luciano Figueiredo de Sou-
za, Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira, Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo, Rosilene Braga Carvalho, Tiago Bitten-
court de Oliveira, Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso, Humberto Façanha da Costa Filho, Jaqueline Otero Silva, Paulo da 
Silva, Ana Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros, Maria de Lourdes Pires Nascimento
Impressão: IBEP Gráfica
Editoração: Fmais | comunicação e design
A Revista NewsLab é uma publicação bi-
mestral da Editora Eskalab, com distribuição 
dirigida a laboratórios, hemocentros e univer-
sidades de todo o país. Os artigos assinados 
são de responsabilidade de seus autores e 
não representam a opinião da revista. Da 
mesma forma, os Informes Publicitários são 
de exclusiva responsabilidade das empresas 
que compram o espaço na revista. 
Editorial
Filiado à Anatec 
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Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br. 
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ÍNDICEÍNDICE Leia ainda na Roche News:
Valor médico: Ações que 
informam, aproximam e oferecem 
aos especialistas o acesso às 
tecnologias diagnósticas
A revista do laboratório modernowww.newslab.com.br
Ano XVIII – Nº 113 – Ago/Set 2012ISSN 0104-8384
01_capa_newslab_mac_recover.indd 1 10/08/12 18:00
04 Editorial
06 Índice
10 Notícias
46 Nossa Capa – Roche Diagnóstica, Solidez no Diagnóstico
54 Informe de Mercado
108 Informe Publicitário
112 Eventos – Congresso de Biomedicina terá palestrantes internacionais
114 Analogias em Medicina – Beco sem saída, por José de Souza Andrade Filho
120 Uso da Análise Qualitativa do Antígeno Prostático Específico (PSA) como Ferramenta 
 na Prática Forense – Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado 
 de Borba, Luciano Figueiredo de Souza
128 O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas na Gestante Rh(D) 
 Negativo: Tranquilidade ou Problema? – Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira
140 Prevalência de Micro-organismos em Infecções do Trato Urinário de Pacientes Atendidos no Laboratório Hospitalar 
 de Patos de Minas, MG – Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo
156 Métodos Laboratoriais de Monitoramento Terapêutico no Diabetes Mellitus, uma Revisão – Rosilene Braga Carvalho, 
 Tiago Bittencourt de Oliveira
168 A Importância da Detecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado – 
 Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso
176 Gestão de Riscos Em Laboratórios Clínicos No Brasil – Humberto Façanha da Costa Filho
186 Investigação da Conjuntivite Bacteriana na Região de Ribeirão Preto, SP – Jaqueline Otero Silva, Paulo da Silva, Ana 
 Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros
202 Infância e os Valores de Ferritina nas Trombopenias e Trombocitoses Através das Avaliaçõesdo Plaquetograma, 
 Eritrograma e Reticulocitograma – Maria de Lourdes Pires Nascimento
222 Agenda
226 Biblioteca NewsLab
228 Endereços dos Anunciantes
232 Classificados 
NewsLab - edição 113 - 201210
 Ampliar a capacidade de identificar doadores de me-
dula óssea: essa será a busca nas novas instalações do 
Laboratório de Imunogenética, que o Instituto Nacional 
de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) acaba de 
inaugurar no Hospital do Câncer II. A construção contou 
com investimentos do BNDES, por intermédio da parceria 
com a Fundação do Câncer, além de recursos da União. 
O valor total é de R$ 2.700 milhões.
 O serviço, que funcionou durante 30 anos no Hospital 
dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a partir de 
agora, vai contar com uma infraestrutura modernizada, 
inclusive, com possibilidade de receber selo de acreditação.
“O laboratório terá a distribuição da área física mais 
planejada, possibilitando a realização de exames que 
antes não tinham como ser feitos. Agora, não haverá 
mais a necessidade, por exemplo, de se enviar materiais 
para o exterior. Trata-se de mais um importante marco 
na busca por doadores compatíveis para os pacientes que 
aguardam por um transplante”, diz o diretor do Centro 
de Transplantes de Medula Óssea do INCA (CEMO), Luís 
Fernando Bouzas.
O laboratório de Imunogenética do INCA é um dos 
pioneiros na área no Brasil. Graças a ele, os primeiros 
treinamentos para a implantação do Registro Nacional 
de Doadores de Medula Óssea (REDOME) foram feitos. 
O espaço é referência do Ministério da Saúde para os 
exames de histocompatibilidade (HLA).
“É por meio desse exame, que os dados dos prová-
veis doadores são cruzados com os de pacientes que 
precisam de transplante de medula óssea. Se o resultado 
for confirmatório e a doação desejada, novos exames 
serão feitos para que o procedimento seja concluído”, 
explica Bouzas.
O médico ressalta ainda que as novas instalações 
atendem não só ao Brasil, mas também a países vi-
zinhos, auxiliando no cruzamento das informações e, 
consequentemente, enriquecendo o material genético 
disponível no cadastro.
O Laboratório de Imunogenética do INCA também 
contará com a Plataforma QIAsymphony, para purifi-
cação de DNA Genômico. Ou seja: um aparelho com 
uma espécie de leitor de código de barras, capaz de 
identificar cada tubo de sangue a ser analisado. Ao final 
do processo de purificação, a máquina gera uma nova 
identificação, também por código de barras, para cada 
grupo de exames. 
“O aparelho permite que cada amostra seja rastrea-
da, desde a chegada ao laboratório até a liberação dos 
resultados”, diz a chefe da divisão de laboratórios do 
CEMO, Eliana Abdelhay.
Já o sequenciador de DNA, também adquirido para 
o novo espaço, vai proporcionar uma alta resolução 
das tipificações HLA, o que permite a inclusão de novos 
exames como o de tipificação confirmatória, fundamental 
para que os exames de compatibilidade sejam exatos e 
o transplante garantido.
Vários membros da equipe do laboratório passaram 
por treinamento, nos Estados Unidos para obter maior 
qualificação em um desafio constante e que exige ampla 
especialização na área. A meta é conseguir a acreditação 
internacional para o laboratório, possibilitando exames 
para outros países, como o próprio EUA, por exemplo.
INCA INAugurA lAborAtórIo de ImuNogeNétICA
Espaço permitirá maior agilidade na identificação de doadores de medula óssea no 
território nacional e em países vizinhos
NewsLab - edição 113 - 201212
Um projeto em prol da vida. Esse é o conceito do campus 
integrado do INCA, que será construído no terreno localizado 
atrás do edifício sede da Instituição, na Praça Cruz Vermelha, 
onde hoje se localizam as instalações do Instituto de Assis-
tência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). 
 “Não se trata de uma simples construção, estamos 
falando de um projeto que vai promover a integração entre 
assistência, ensino, pesquisa e administração com foco na 
atenção oncológica, estimulando o avanço do conhecimento e 
do desenvolvimento no tratamento do câncer”, diz o diretor-
-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.
Além de concentrar todos os endereços atuais da Institui-
ção em um só local, o campus integrado do INCA vai favorecer 
o fortalecimento da conexão entre tecnologia de ponta, pes-
quisa e ensino com foco na melhoria do atendimento. Serão 
116 mil metros quadrados de construção – três vezes a mais 
do que o prédio sede da Praça Cruz Vermelha – distribuídos 
em uma área de 148 mil metros quadrados de terreno, com 
recursos provenientes do Orçamento da União, estimados 
em R$ 469 milhões.
“O campus vai possibilitar a otimização de recursos 
materiais e humanos e facilitar o acesso ao tratamento dos 
pacientes, já que todas as etapas do atendimento – terapêu-
ticas, de acompanhamento e paliativas – serão realizadas em 
um só local”, avalia Santini.
Após a inauguração, os pacientes vão contar com 438 
leitos de internação, sendo que 90 de terapia intensiva e 
semi-intensiva, 118 consultórios de atendimento ambulatorial, 
além da área de pesquisa. Também vale ressaltar que as novas 
instalações da Instituição vão fortalecer o foco em prevenção e 
na redução da incidência do câncer. Para se ter uma ideia, só 
no ano passado, a produção do Instituto foi de 15.638 interna-
ções, 8.614 cirurgias, 37 mil procedimentos de quimioterapia e 
mais 179 mil de radioterapia. Após a inauguração do Campus 
Integrado, estima-se um aumento em, aproximadamente, 
32% das internações e 22% das consultas médicas.
Na área de pesquisa, atualmente, menos de 5% das 
pessoas tratadas no INCA participam de protocolos em pes-
quisas clínicas, a meta, com a construção, é incluir 30% dos 
doentes nesse trabalho. 
O câncer é um problema de saúde pública e, hoje, repre-
senta a segunda causa de mortes no país. Só até o fim do 
ano, de acordo com as estimativas do INCA, serão diagnos-
ticados mais de 520 mil casos novos de câncer e, só no Rio 
de Janeiro, quase 50 mil novos casos da doença.
Em 2011, o SUS gastou R$ 2,2 bilhões em procedimen-
tos hospitalares, tratamentos e cirurgias de câncer. Ou seja: 
esses gastos foram quadruplicados dos 12 últimos anos pra 
cá. Para ser ter uma ideia da evolução desses valores, em 
1999, eram pouco mais de R$470 milhões.
O concurso cultural internacional de imagens microscópicas 
tem como objetivo a divulgação de imagens das ciências da 
vida, dando acesso e despertando o interesse pela pesquisa. 
O concurso é aberto a qualquer pessoa do Brasil e do exterior 
com mais de 18 anos.
Cada participante poderá apresentar no máximo três imagens 
inéditas de sua autoria. As imagens devem ser fotomicrografias 
tiradas em qualquer tipo de microscópio. Qualquer tipo de amos-
tra é aceitável: microscopia de luz como campo claro, campo 
escuro, contraste de fase, contraste de interferência diferencial, 
fluorescência, multifotônica, contraste de modulação, deconvo-
lução, confocal e técnicas mistas.
As imagens deverão ter no máximo 300 KB, no formato JPG, 
e ser enviadas para o e-mail lifesciences@icb.usp.br, juntamente 
com a ficha de inscrição preenchida, título e dados descritivos da 
imagem e técnica (breve explicação sobre o conteúdo, técnica 
e equipamento utilizado para a obtenção da imagem). 
A avaliação das imagens será feita seguindo os critérios 
de originalidade, impacto visual, qualidade técnica e con-
teúdo informacional. A comissão julgadora, composta por 
cientistas e profissionais das artes plásticas, selecionará 
50 imagens.
Entre as 50 imagens, serão escolhidos os três primeiros 
lugares. O autor da imagem em primeiro lugar receberá como 
prêmio uma viagem para conhecer o Demo Center da Carl 
Zeiss, em Munique, Alemanha. O segundo lugar receberá 
um microscópio Zeiss, modelo Primo Star Binocular,equipa-
do para a técnica de campo claro (visualização de material 
corado). O terceiro colocado ganhará uma câmera da Sony 
com lentes Zeiss. 
Para saber mais: 
www3.icb.usp.br/corpoeditorial/index.php?option=com_
content&view=article&id=662
CoNCurso INterNACIoNAl de ImAgeNs mICrosCópICAs
O Instituto de Ciências Biomédicas da USP recebe inscrições para o 
Concurso de Imagens em Ciências da Vida
O Rio de Janeiro vai sediar o mais moderno Centro de Desenvolvimento 
Científico e de Inovação Tecnológica para o controle do câncer do país. As novas 
instalações reunirão os 18 endereços da instituição em um só lugar
ComeçA A CoNstrução do CAmpus INtegrAdo do INCA
NewsLab - edição 113 - 201214
Um balanço do primeiro trimestre 
deste ano, realizado pela WEB Setorial 
– consultoria econômica da Associação 
Brasileira dos Importadores de Equi-
pamentos, Produtos e Suprimentos 
Médico-Hospitalares (Abimed) e da 
Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL) – com base em 
dados do IBGE, mostrou que o setor 
de materiais e equipamentos para 
medicina e diagnóstico apresentou um 
crescimento na produção de 15,4% de 
janeiro a março, se comparado com o 
mesmo período de 2011. Já as ven-
das no ramo comercial e de serviços, 
inclusive medicamentos, cresceram 
10,8% em comparação a igual período 
de 2011. 
Com relação a empregos, de 
acordo com o Ministério do Trabalho 
(MTE) e o Caged, em março de 2012 
as atividades industriais e comerciais 
do setor de materiais e equipamentos 
para medicina e diagnóstico geraram 
1.037 mil novos postos de trabalho, 
4,8% a mais do que o verificado no 
mesmo mês de 2011.
Os serviços de complementação 
diagnóstica e terapêutica ofereceram 
7,6% mais vagas no trimestre em 
relação ao mesmo período do ano 
anterior e 9,4% a mais no acumulado 
de 12 meses.
Resultados do Comércio Exte-
rior - De janeiro a março de 2012 as 
importações de materiais e equipa-
mentos para medicina e diagnóstico 
totalizaram o valor de US$ 2.019 
milhões, com o incremento de 21% 
no valor importado comparado ao 
mesmo período de 2011. As exporta-
ções, por sua vez, acumularam o valor 
de US$ 364 milhões no período em 
questão, com o incremento de 23% 
em relação a igual período de 2011.
Ainda no primeiro trimestre de 
2012, o maior aumento de impor-
tações dentro do setor ocorreu com 
artigos e aparelhos de ortopedia e 
próteses: 33% frente a igual período 
de 2011, seguido por aparelhos de 
raio-X e radiação, com o incremento de 
23,6% em igual período. Em 12 meses 
destacam-se as importações de apare-
lhos de raio-X e radiação com o maior 
incremento (20%) nas importações 
entre as categorias do setor. 
Perspectivas do setor - De acordo 
com a presidente da Câmara Brasileira 
de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), 
Liliana Perez, “o franco crescimento 
do setor é resultado da aceleração do 
desenvolvimento tecnológico e imple-
mentação de novas técnicas e serviços 
capazes de processar testes diagnós-
ticos com maior precisão, eficiência e 
quantidade. Paralelamente, o nível de 
investimento necessário para a imple-
mentação de tais tecnologias aumentou 
e, atualmente, o Brasil possui caracterís-
ticas semelhantes às do mercado global. 
Por exemplo: o aumento da segurança 
e confiança pelos médicos nos testes 
diagnósticos promove aumento na de-
manda por mais exames.”
“Outro fator gerador de demanda 
por mais exames é o envelhecimento 
da população e aumento na expecta-
tiva de vida”, acrescenta a dirigente. 
“Por outro lado, o setor de materiais 
e equipamentos para medicina diag-
nóstica, por ter alto valor tecnológico, 
depende ainda muito das importações. 
Em contrapartida, as exportações 
estão aumentando, o que mostra a 
relevância cada vez maior do Brasil se 
comparado a outros países da América 
Latina”, finaliza Liliana Perez.
setor de mAterIAIs e equIpAmeNtos pArA medICINA e 
dIAgNóstICo CresCeu mAIs de 15% No prImeIro trImestre
O segmento, representado pela Abimed e CBDL, também 
gerou 1.037 mil novos postos de trabalho em março deste ano
Liliana Perez, presidente da Câmara 
Brasileira de Diagnóstico Laboratorial
O pioneirismo sempre marcou as ações do Instituto de 
Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Eins-
tein (HIAE) no Brasil, como o primeiro transplante usando 
células-tronco de cordão umbilical, o primeiro transplante 
com células-tronco de cordão umbilical para adulto (com dois 
cordões) e o transplante de medula feito após os 60 anos. 
Em 2012, ao comemorar 25 anos do primeiro transplante 
realizado pelo HIAE, o Instituto de Oncologia e Hematologia 
relembra não só essas questões, mas as ligadas à segurança 
do paciente e à inovação e organizou uma série de eventos 
científicos para discussão do que há de mais avançado em 
Hematologia. Entre outros eventos, o Workshop de Biologia 
Molecular, o Workshop de Doença Enxerto Contra Hospedeiro 
Crônica e o Curso de Revisão em Hematologia e Hemoterapia.
Durante o Curso de Revisão em Hematologia e Hemote-
rapia, os médicos Ricardo Pasquini (da Universidade Federal 
do Paraná) e Nelson Hamerschlak (do HIAE) apresentaram a 
história do Transplante de Medula Óssea no Brasil e no Einstein.
Um videohomenagem com depoimento de um paciente 
transplantado em 2008 foi a voz dos 747 pacientes atendidos 
desde 1987, no Hospital Albert Einstein. Todos os pacientes 
receberam, em casa, um presente especial, para comemorar.
Data é comemorada em evento com convidados internacionais e pacientes são homenageados
trANsplANte de medulA ósseA CompletA 25 ANos No HospItAl Albert eINsteIN
NewsLab - edição 113 - 201216
Com o uso de métodos novos e eficazes para entender 
as origens de distúrbios neurodegenerativos, tais como a 
doença de Alzheimer, pesquisadores da Clínica Mayo de 
Jacksonville, EUA, estão defendendo a tese de que essas 
doenças são causadas principalmente por genes que são 
ativos demais ou não suficientemente ativos, e não por 
mutações genéticas nocivas. 
Na edição online de 7 de junho do jornal PLoS Genetics, 
eles relatam que algumas centenas de genes, dentro de 
quase 800 amostras de cérebros de pacientes com a doença 
de Alzheimer ou outros distúrbios, passaram por alterações 
nos níveis de expressão de genes, que não resultaram de 
neurodegeneração. Muitas dessas variantes eram prova-
velmente a causa.
“Agora entendemos que a doença provavelmente se 
desenvolve a partir de variantes de genes que exercem 
efeitos modestos na expressão dos genes e que também 
são encontradas em pessoas saudáveis. Mas, algumas va-
riantes – elevando a expressão de alguns genes, reduzindo 
os níveis de outros – se combinam para produzir o tumulto 
perfeito que leva à disfunção”, diz a principal pesquisadora 
do estudo, a neurologista e neurocientista da Clínica Mayo 
Nilufer Ertekin-Taner. 
“Se pudermos identificar os genes ligados à doença, 
que são ativos demais ou inativos demais, poderemos ser 
capazes de desenvolver novos alvos de medicamentos e 
terapias”, ela diz. “Esse poderia ser o caso de doenças 
neurodegenerativas e também de doenças em geral”, ela 
afirma.
Ertekin-Taner diz que nenhum outro laboratório reali-
zou um estudo da expressão dos genes do cérebro em tal 
extensão como o conduzido pelos pesquisadores da Clínica 
Mayo de Jacksonville. 
“A novidade – e a utilidade – de nosso estudo é o gran-
de número de amostras do cérebro que examinamos e a 
forma com que as analisamos. Os resultados demonstram a 
contribuição significativa dos fatores genéticos que alteram 
a expressão dos genes do cérebro e aumentam os riscos 
de doença”, ela explica. 
Essa forma de análise de dados mede os níveis de ex-
pressão dos genes, ao quantificar a quantidade de ácido 
ribonucleico (ARN) produzido no tecido, e faz a varredura do 
genoma de pacientes, para identificar variantes genéticasque se associam a esses níveis.
Os pesquisadores da Mayo mediram o nível de 24.526 
transcritos (ARN mensageiro) de 18.401 genes, usando 
tecido de autópsia cerebelar de 197 pacientes de doença 
de Alzheimer e de 177 pacientes com outras formas de 
neurodegeneração. Os pesquisadores confirmaram então 
os resultados, examinando o córtex temporal de 202 pa-
cientes com doença de Alzheimer e de 197 pacientes com 
outras patologias. A diferença entre essas amostras é que, 
enquanto o córtex temporal é afetado pela doença de Al-
zheimer, o cerebelo é relativamente poupado. 
Dessas análises, os pesquisadores identificaram mais de 
2.000 marcadores de expressão alterada nos dois grupos 
de pacientes, que eram comuns entre o cerebelo e o córtex 
temporal. Alguns desses marcadores também influenciaram 
riscos de doenças humanas, sugerindo que contribuem para 
o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e outras 
doenças, independentemente de sua localização no cérebro. 
Eles identificaram “hits” (achados da pesquisa) originais 
de expressões para marcadores genéticos de riscos de 
doenças, que incluíram paralisia supranuclear progressiva, 
doença de Parkinson e doença de Paget, além de confirmar 
outras associações conhecidas para lúpus, colite ulcerativa 
e diabetes do tipo 1. 
“A expressão alterada dos genes do cérebro pode ser 
ligada a uma diversidade de doenças que afetam todo o 
corpo”, explica a neurologista da Mayo.
Eles compararam, então, seus dados de eGWAS (ex-
pression-based Genome Wide Association Study – estudo 
de associação genômica baseada em expressão) com seus 
GWAS na doença de Alzheimer, conduzidos pelo Consórcio 
de Genética da Doença de Alzheimer, que tem financiamento 
federal, para testar se alguns do genes de risco já identifi-
cados promovem a doença através de expressão alterada.
“Descobrimos que vários genes já ligados à doença de 
Alzheimer alteraram, de fato, a expressão genética, mas 
também descobrimos que muitas das variantes no que 
chamamos de zona cinza do GWAS – genes cuja contribui-
ção à doença de Alzheimer era incerta – também estavam 
influenciando os níveis de expressão no cérebro”, diz Nilufer 
Ertekin-Taner. “Isso nos oferece novos candidatos a genes 
de risco para explorar”, afirma.
“Esse é um método eficaz para o entendimento das 
doenças”, ela diz. “É possível encontrar novos genes que 
contribuem para o risco de doenças, bem como novas vias 
genéticas. E também pode nos ajudar a entender a função 
de uma grande quantidade de genes e outros reguladores 
moleculares no genoma que está implicado em doenças 
muito importantes”, afirma.
Essa forma de análise de dados mediu os níveis de expressão dos genes, 
ao quantificar a quantidade de ácido ribonucleico produzido no tecido
mApeAmeNto de geNes: mAyo ClINIC eNCoNtrA Novos fAtores 
de rIsCo pArA doeNçAs NeurodegeNerAtIvAs
NewsLab - edição 113 - 201220
Um laboratório israelense desenvolveu um novo 
teste para identificação precoce de câncer de 
pulmão. O método emparelha tecnologia de 
imagem com marcadores fluorescentes de 
DNA para ajudar os médicos a fazer o diag-
nóstico a tempo de tratar o tumor.
Trata-se de um teste não invasivo que 
em breve estará disponível no mercado, 
graças a um acordo entre o BioView, 
laboratório que desenvolveu o teste, 
com um dos principais laboratórios da 
Califórnia. 
O teste envolve a análise da expectoração 
(muco) de um paciente com o uso de um scanner mi-
croscópico digitalizado e um marcador fluorescente de DNA, 
chamado sondas Fish. Os marcadores foram licenciados da 
MD Anderson Cancer Center in Houston, no Texas.
“A expectativa média de vida de pacientes 
diagnosticados com câncer de pulmão é de 
apenas 18 meses, principalmente porque o 
diagnóstico é feito tardiamente”, 
diz Alan Schwebel, CEO da 
BioView. “A detecção precoce 
e o tratamento subsequente 
podem aumentar a expectati-
va de vida em cinco anos ou mais”, 
completa. “Hoje, fumantes e outros 
pacientes com risco de contrair câncer de 
pulmão geralmente fazem uma tomografia 
computadorizada para procurar nódulos malig-
nos, mas há alguns que são muito pequenos e difíceis de 
serem detectados”, diz Shwebel. 
Com o intuito de proporcionar aos colaboradores um espaço 
voltado ao aprimoramento profissional e pessoal, o Salomão-
Zoppi Diagnósticos cria o Centro de Treinamentos, próximo à 
Unidade Paraíso, em São Paulo. 
 Sob a responsabilidade do departamento de Gestão de 
Pessoas, o objetivo é a capacitação de 874 colaboradores a fim 
de aprimorar os serviços e a qualidade dos atendimentos dos 
clientes nas cinco unidades, Ibirapuera Divino Salvador, Moema 
Araguari, Morumbi Panamby, Portal do Morumbi e Paraíso.
 Dr. Claudio Cirino, diretor de atendimento da SZD, e 
Claudio Marote, Diretor de Planejamento e Gestão, são os 
responsáveis pela iniciativa. “Nossa expectativa é que o Centro 
de Treinamento promova o desenvolvimento técnico e emo-
cional dos colaboradores, a fim de contribuir com a evolução 
dos serviços e atuação da empresa”. 
Atualmente, não existe nenhum teste para 
o rastreio diagnóstico de Parkinson
Pesquisadores do Technion Israel Institute of Te-
chnology em Haifa identificaram um grupo de cinco 
genes no sangue que pode prever se um indivíduo 
irá desenvolver o mal de Parkinson. Atualmente, não 
existe um único tipo de exame de sangue capaz de 
diagnosticar precocemente essa grave enfermidade. 
“Encontrar sinais biológicos – ou biomarcadores 
– para o mal de Parkinson pode ajudar a diagnosticar 
a doença nos estágios iniciais, antes mesmo de os 
sintomas aparecerem, permitindo o monitoramento 
dos efeitos de tratamentos que protegem o cérebro”, 
diz a Dra. Silvia Mandel, chefe dos pesquisadores. “O 
objetivo inicial era determinar se entre os pacientes 
em estágio inicial da doença alguma assinatura 
biológica poderia ser encontrada para confirmar o 
diagnóstico”. 
A equipe usou amostras de sangue de 62 pacien-
tes com sintomas iniciais de Parkinson e um grupo 
com 64 pessoas saudáveis. Os dados genéticos de 
30 pacientes em estágios avançados foram usados 
para confirmar a previsão dos cinco genes com 
100% de precisão. 
O biomarcador irá ajudar a diagnosticar indivídu-
os na fase inicial da doença que sofrem transtornos 
como depressão, sono, hiposmia – capacidade re-
duzida para detectar odores – ou pessoas que têm 
riscos de ordem genética.
Novo teste fAz dIAgNóstICo preCoCe de CâNCer de pulmão
sAlomãozoppI dIAgNóstICos INAugurA 
CeNtro de treINAmeNto pArA AprImorAmeNto 
profIssIoNAl de suA equIpe
grupo de geNes pode prever 
mAl de pArkINsoN
NewsLab - edição 113 - 201222
O coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemo-
derivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme Genovêz, 
garantiu que até o final de 2012 todas as bolsas de sangue 
do país serão analisadas pelo teste NAT para a detecção do 
vírus da hepatite C e HIV. 
No encontro, realizado pela ABRALE – Associação Brasi-
leira de Linfoma e Leucemia – estavam presentes especia-
listas em transfusões de sangue, como Dr. Silvano Wendel 
presidente da Sociedade Internacional de Transfusão de 
Sangue (ISBT) e diretor médico do banco de sangue do 
Hospital Sírio Libanês e Dr. José Kutner, diretor do banco 
de sangue do Hospital Israelita Albert Einstein. 
No debate, aberto e transmitido ao vivo via web, foram 
abordados assuntos relacionados à segurança nas transfu-
sões de sangue e sobre a importância da aplicação do teste 
NAT (sigla em inglês para teste de ácido nucleico) para a 
detecção dos vírus da Aids e hepatite B e C e seus subtipos. 
Um estudo inédito com o cenário das transfusões de 
sangue no Brasil e a avaliação da segurança sem o teste 
NAT foi levado ao Congresso da Sociedade Internacional 
de Transfusão de Sangue, que ocorreu em julho deste ano, 
no México. 
Segundoa Organização Mundial de Saúde (OMS), anu-
almente as transfusões de sangue são responsáveis por 
cerca de 14 milhões dos infectados por hepatite B, por 4,7 
milhões de casos de hepatite C e 5% de novos casos de Aids 
(HIV), mostrando que o maior risco para as transfusões de 
sangue é para a hepatite B. 
Para combater este problema, o teste NAT tem como 
diferencial o fato de indicar a presença do vírus, desde o 
momento da contaminação, em um período menor que os 
demais testes sorológicos, atualmente utilizados no Brasil. 
Este período é conhecido como janela imunológica. 
Para se ter uma ideia, com o NAT é possível detectar o 
vírus do HIV em um período de sete dias (com os testes 
antigos, eram 20 dias para se ter o resultado), e as hepatites 
B e C, respectivamente em 31 e 23 dias (anteriormente, 
demoravam 56 e 82 dias). 
A Abbott foi mais uma vez escolhida como um dos 
“Melhores Empregadores da Indústria”, pela revista The 
Scientist. Este é o nono ano consecutivo que a Abbott 
entra para a lista, criada pela publicação, em 2003. Esta 
prestigiosa lista tem como base uma minuciosa pesquisa 
realizada entre cientistas de biociências e instituições de 
pesquisas de todo o mundo. A lista faz parte da edição 
de junho da revista e pode ser acessada também em sua 
versão online, www.the-scientist.com.
“A ciência é o coração do trabalho da Abbott para me-
lhorar a vida das pessoas. Nós nos esforçamos para criar 
um local de trabalho que valorize a invenção, a criatividade 
e a colaboração entre todas as nossas divisões dedicadas 
a diversas áreas de saúde”, disse o médico John Leonard, 
vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da 
Divisão Farmacêutica da Abbott. “Nós damos muito valor 
ao reconhecimento da revista The Scientist como um fato 
que irá nos ajudar a cultivar ainda mais uma comunidade 
cientifica e inovadora na Abbott”. 
Na Abbott, aos funcionários são dadas oportunidades para 
que sejam bem-sucedidos e cresçam em suas carreiras, por 
meio de grupos de treinamento e programas extensivos de 
desenvolvimento. Os cientistas da Abbott são reconhecidos 
internamente, por meio de várias iniciativas, como prêmios 
outorgados pela presidência, prêmios por invenção e patentes 
e recomendação para a prestigiosa Sociedade Volwiler Society, 
criada em 1985 para reconhecer os mais notáveis cientistas 
da companhia. Assim chamada em homenagem a Ernest H. 
Volwiler, um cientista de renome internacional e ex-presidente 
da Abbott, a sociedade incentiva o crescimento profissional e 
tem como meta reconhecer e divulgar as inovações científicas 
da companhia. A cada ano, a Sociedade Volwiler homenageia 
cientistas e equipes da Abbott com a premiação “Outstanding 
Research”, que distingue aqueles que realizaram contribuições 
importantes em seus campos de atuação. 
Além do reconhecimento da revista The Scientist, a Abbott 
foi escolhida, pela revista The Science com um dos “Principais 
Empregadores em Biofarmacologia”, pela oitava vez desde 
2002. A Abbott tem sido escolhida também como um dos 
Melhores Empregadores em mais de 25 países ao redor do 
mundo e também faz parte da lista das Melhores Empresas 
para Mães que Trabalham por 11 anos consecutivos, assim 
como uma das Melhores Companhias em Diversidade pela 
revisa Diversity Inc por nove anos consecutivos e pela revista 
Hispanic Business como uma das 60 Empresas de Elite em 
Diversidade, por cinco anos. Além disso, a revista Fortune 
inclui a Abbott como uma das “Empresas Mais Admiradas da 
América” todos os anos desde que a lista foi criada em 1983. 
Coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde garante que a 
medida será aplicada até novembro deste ano
teste NAt pArA A deteCção do vírus dA HepAtIte C e HIv será obrIgAtórIo No brAsIl
Este é o nono ano consecutivo que a Abbott entra para a lista da revista The Scientist
Abbott é reCoNHeCIdA, mAIs umA vez, Como um dos melHores 
empregAdores de CIeNtIstAs e pesquIsAdores 
NewsLab - edição 113 - 201224
A sífilis, doença infecciosa e sexualmente transmissível 
causada pela bactéria Treponema pallidum, uma espiro-
queta, mais conhecida como sífilis, pode estar de volta 
e em maior escala, entre a população de 50 a 59 anos. 
É o que revela um levantamento realizado pelo Delboni 
Medicina Diagnóstica que constatou um aumento de 30% 
na procura por exames para detecção da doença, entre 
adultos dessa faixa etária. A pesquisa foi realizada entre 
os anos de 2010 e 2011 e analisou pacientes do laboratório 
com idades entre 20 e 59 anos. 
 As conclusões revelaram que todos os grupos regis-
traram aumento na procura por exames que realizam a 
investigação sorológica e o diagnóstico da doença, mas o 
maior índice foi constatado na faixa acima dos 50 anos. 
De acordo com a Dra. Maria Lavínea Novis de Figueiredo 
Valente, infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, 
“alguns fatores que podem ter contribuído para esse 
aumento entre as pessoas com mais idade é a falta de 
proteção durante as relações sexuais e o aumento do 
número de divórcios, e consequentemente de parceiros, 
entre os casais dessa faixa etária”, afirma. Em contrapar-
tida, a preocupação pela prevenção tem sido observada 
em todos os grupos. 
Entre 2010 e 2011, foi constatado um aumento de 
15,1% na procura por exames para a detecção da sífilis, 
entre adultos de 20 a 29 anos. Já entre os de 30 a 39 anos, 
o aumento foi de 13,5% e de 40 a 49, 18,6%. A principal 
forma de transmissão da doença é o contato sexual. Em 
uma única relação sem preservativo, o risco de contágio 
é de 30% e a chance de contraí-la torna-se ainda maior 
se existirem feridas visíveis nos indivíduos. Outra forma 
de transmissão é da mãe para o feto durante a gravidez, 
a chamada sífilis congênita. No Brasil é obrigatória a re-
alização da sorologia para sífilis nos exames de pré-natal 
e no momento do parto. “Existem três fases da sífilis: 
a primária, a secundária e a terciária. O maior risco de 
transmissão está na primeira fase onde ocorre uma lesão 
inicial, o cancro duro, uma úlcera única e indolor, que de-
saparece duas a três semanas espontaneamente, dando 
a impressão de cura”, explica a Dra. Maria Lavinea. “Com 
isso, muitos pacientes não procuram atendimento médico e 
acabam evoluindo para a segunda fase da doença”, alerta. 
A múmia de uma criança o século 16 com os órgãos in-
ternos relativamente preservados, encontrada na Coreia, foi 
a base para a descoberta de um genótipo único da Hepatite 
B que é muito comum no sudeste asiático. A descoberta foi 
possível pela análise genética realizada por meio de uma 
biópsia do fígado da múmia. 
A descoberta foi conduzida por uma equipe de cientistas 
israelenses e coreanos e pode ajudar os estudos da evolução 
da Hepatite B, uma doença crônica e potencialmente fatal, 
possibilitando-se a compreensão sobre a propagação do 
vírus, possivelmente da África para a Ásia. 
A descoberta também poderá lançar mais luz sobre o 
percurso da Hepatite B no Extremo Oriente, da China e do 
Japão para a Coreia, bem como para outras regiões da Ásia 
e Austrália, onde a doença é uma das principais causas da 
cirrose hepática e do câncer no fígado. 
Os cientistas relataram a reconstrução do antigo código ge-
nético do vírus da hepatite B, sendo este o mais antigo genoma 
viral completo descrito na literatura científica até a data em que 
o trabalho foi publicado, na revista Hepatology (21 de maio).
A múmia foi encontrada em uma pequena propriedade 
em uma área que está em reconstrução. Ela passou por 
vários testes, incluindo laparoscopia, durante a qual a 
amostra de biópsia foi extraída.
Testes com carbono 14 das roupas da múmia sugerem 
que o menino viveu cerca de 500 anos atrás. As sequ-
ências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do 
fígado permitiram aos cientistas mapeartodo o genoma 
da hepatite B. Usando técnicas de genética molecular, os 
pesquisadores compararam as sequências antigas de DNA 
com genomas virais contemporâneos, revelando algumas 
diferenças. Acredita-se que as mudanças no código genético 
resultaram de mutações espontâneas e pressões ambien-
tais, possivelmente, durante o processo evolutivo do vírus. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais 
de 400 milhões de portadores do vírus em todo o mundo, 
principalmente na África, China e Coreia do Sul, onde até 
15% da população é portadora do vírus.
delboNI regIstrA AumeNto de 30% NA proCurA por exAmes 
pArA deteCção de sífIlIs eNtre Adultos de 50 A 59 ANos
Levantamento analisou pacientes do laboratório durante 2010 e 2011; todas as faixas 
etárias registraram crescimento na busca pelo diagnóstico precoce da doença 
 múmIA AjudA A estudAr evolução dA HepAtIte b
Sequências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do fígado 
permitiram aos cientistas mapear todo o genoma do vírus 
NewsLab - edição 113 - 201228
O Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor – Hospital 
do Coração, em São Paulo, em parceria com a MCMaster 
University, do Canadá, desenvolveu um estudo interna-
cional, em larga escala, capaz de apontar riscos cardíacos 
em pacientes após cirurgias não cardíacas. Os resultados 
foram publicados na Revista JAMA (Journal of the Ameri-
can Medical Association) – uma das revistas médicas mais 
importantes do mundo.
Com um simples exame de sangue é possível verificar 
o nível de troponina-T (TnT) do paciente, um biomarcador 
liberado pelo músculo cardíaco que aponta estresse sofrido 
pelo coração, que pode ocorrer após anestesias em cirurgias 
de grande porte. Este exame é realizado nas primeiras horas 
após o procedimento cirúrgico, quando os pacientes ainda 
estão nos primeiros dias de pós-operatório. 
Com os resultados mais precisos em relação aos méto-
dos até então utilizados, é possível identificar pacientes em 
risco de vida e dar início precoce aos tratamentos, reduzindo 
assim a mortalidade nas primeiras semanas após a cirurgia. 
Esta primeira análise do estudo Vision envolveu cerca 
de 15 mil pacientes acima de 45 anos, de 13 países como 
Brasil, Canadá, Colômbia, China, Índia, Malásia, Peru, Po-
lônia, África do Sul, EUA, Inglaterra e Espanha, e mais de 
dois mil pacientes divididos entre o Hospital do Coração, em 
São Paulo, e Hospital de Clínicas, de Porto Alegre. 
Esse estudo faz parte dos projetos de filantropia do HCor 
em parceria com o Ministério da Saúde a serviço do SUS 
(Programa PROADI – Hospitais de Excelência à serviço do 
SUS). O estudo Vision continua acompanhando pacientes 
e atualmente cerca de 30.000 já foram incluídos nestes 
países. Nos próximos meses, uma série de novos dados de 
alto impacto oriundos do estudo Vision deve ser publicada, 
tornando este o projeto o mais importante já realizado no 
mundo sobre cuidados pré e pós-operatórios.
Segundo o responsável pelo IEP HCor e coordenador do 
estudo Vision no país, Dr. Otávio Berwanger, cerca de 200 
milhões de pessoas no mundo fazem cirurgias não cardíacas, 
como procedimentos ortopédicos, retirada de tumores e até 
cirurgias plásticas. Deste total, mais de 1 milhão morrem 
em até 30 dias após os procedimentos. “Os dados destes 
estudos possuem importante impacto para a prática clínica, 
uma vez que a identificação precoce dos pacientes com maior 
risco poderá permitir a redução de mortalidade do infarto 
durante as cirurgias não cardíacas e isso beneficiará milhões 
de pacientes no mundo”, explica Dr. Berwanger.
As complicações cardíacas costumam acontecer desde 
as primeiras horas após o procedimento cirúrgico até 30 
dias depois – período considerado crítico. “Fazer cirurgia é 
como um teste de esforço, e esse esforço às vezes causa 
infarto não previsto, levando o paciente a óbito. Esses in-
fartos, que são graves, iriam passar desapercebidos se nós 
não empregássemos este exame que consegue detectar e 
alertar o médico que o paciente poderá ter complicações 
cardíacas severas a curto prazo”, esclarece Dr. Berwanger.
O exame troponina-T é o mais confiável e preciso para 
identificar os pacientes em risco cardíaco, em comparação 
aos demais critérios clínicos como idade e histórico de 
doenças crônicas e cardíacas, entre outros.
“Graças ao estudo Vision, 25% dos pacientes que eram 
considerados de baixo risco para complicações foram reclas-
sificados como alto risco. Esse estudo muda a forma como 
os médicos devem cuidar de seus pacientes logo após uma 
cirurgia não cardíaca, identificando rapidamente os cuidados 
adicionais e intensivos para a sobrevida. Com este estudo, 
esperamos beneficiar aproximadamente 200 milhões de 
pessoas no mundo com o apoio do Ministério da Saúde pela 
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos”, 
finaliza Dr. Berwanger.
Após amplo estudo mundial, HCor identifica biomarcador produzido pelo coração capaz 
de apontar com mais precisão o risco de complicações cardíacas 
Novo exAme de sANgue deteCtA preCoCemeNte pACIeNtes em rIsCo de vIdA 
Após CIrurgIAs de médIo e de grANde portes
Os ministérios da Saúde e da Educação 
e a Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (Capes), vin-
culada ao MEC, lançaram o portal “Saúde 
Baseada em Evidências”, que facilitará a 
cerca de 1,8 milhão de profissionais de 
saúde o acesso a conteúdos científicos. 
O Portal contribui para o aperfeiçoa-
mento do trabalho e também proporciona 
educação continuada aos profissionais da 
saúde, em especial aos que atuam no Sistema 
Único de Saúde (SUS), oferecendo o que há de 
melhor na produção científica mundial. 
Por meio da pesquisa a conteúdos cientifi-
camente relevantes, os profissionais poderão 
atuar integrando o conhecimento, à experiên-
cia clínica e de gestão. 
Para saber mais:
http://portalsaude.saude.gov.br
profIssIoNAIs de sAúde terão ACesso fACIlItAdo A perIódICos CIeNtífICos
Quase 2 milhões de profissionais terão acesso a conteúdos científicos
NewsLab - edição 113 - 201230
A Agilent anunciou a conclusão da compra da Dako, 
empresa dinamarquesa de diagnósticos de câncer, por 
U$$ 2,2 bilhões à vista (livre de dívidas). A Agilent espera 
que a aquisição fortaleça sua posição em biociências, com 
foco em desenvolvimento de produtos que contribuam 
para a luta contra o câncer. 
Bill Sullivan, presidente e CEO da Agilent, disse que 
“a aquisição da Dako, a maior na história da Agilent, 
é mais um passo na expansão de nossos negócios em 
biociências. A incorporação da Dako e de seu portfólio 
irá contribuir para o crescimento da Agilent em diversas 
áreas de diagnósticos, como também fortalecer nossas 
atuais linhas de produtos”. 
“Agilent e Dako dispõem de alguns dos melhores talen-
tos e tecnologias do mundo”, disse Lars Holmkvist, CEO da 
Dako. “Ao combinar recursos, acreditamos que as nossas 
duas empresas irão se beneficiar, assim como nossos con-
sumidores e funcionários. Eu tenho grande confiança em 
relação ao que seremos capazes de realizar juntos”. 
Concomitante à aquisição, Agilent criou uma quarta 
divisão de negócios, o Grupo de Diagnósticos e Genoma. A 
nova organização é composta pela Dako, liderada por Lars 
Holmkvis, e a Divisão de Soluções Genômicas, liderada por 
Bob Schueren, vice-presidente e gerente geral do grupo de 
genoma da Agilent. O Grupo de Diagnósticos e Genoma irá 
se reportar diretamente a Bill Sullivan.
A Dako é uma das principais fornecedoras mundiais de 
sistemas para o diagnóstico de câncer, fornecendo anticor-
pos, reagentes, instrumentos científicos e software para 
laboratórios de patologia. 
AgIleNt CompletA AquIsIção dA dAko, empresA dINAmArquesA de dIAgNóstICos de CâNCer
Este é mais um passo na expansão dos negócios da empresa em biociências
INCA ApoNtA que 37% dos CAsos de CâNCer dopAís 
prevIstos pArA este ANo são relACIoNAdos Ao tAbAgIsmo
Levantamento mostra ainda que os homens brasileiros podem perder até dez 
anos de vida por conta de tumores malignos causados pelo uso do cigarro
tabaco-relacionados para esse ano.
“O país já alcançou muitos avanços 
na luta contra o tabagismo, mas o 
número de casos novos relacionados 
ao fumo é preocupante. É preciso re-
gulamentar definitivamente a lei dos 
ambientes 100% livres do tabaco e 
dar mais um grande passo em prol da 
saúde dos brasileiros”, diz o diretor-
-geral do INCA, Luiz Antonio Santini. 
Quando avaliados por região, os 
percentuais dos cânceres causados pelo 
tabaco, comparados com todos os casos 
novos para esse ano, ficam em 45%, 
nas mulheres e 34% nos homens do 
norte do país; 43% no sexo masculino e 
35% no feminino do sudeste; 40% nas 
mulheres e 35% nos homens do centro-
-oeste e, 35% do sexo masculino e 40% 
do feminino na região centro-oeste do 
país, conforme a tabela.
Outra conclusão alarmante do estu-
do do INCA é que se consideramos uma 
expectativa de vida até os 80 anos, os 
brasileiros podem perder até seis anos 
potenciais de vida e, as brasileiras, até 
cinco anos, devido a alguns tipos de 
câncer tabaco-relacionado. 
Apesar da queda significativa no 
número dos fumantes brasileiros, o 
percentual de mortalidade por cân-
cer tabaco-relacionado ainda é alto. 
O câncer de pulmão, por exemplo, 
é responsável por 37% das mortes 
por câncer na região sul, entre o 
sexo masculino. Nas outras regiões, 
também entre os homens, esse tipo 
de tumor é responsável por 30% da 
mortalidade por câncer. 
Entre as mulheres, na região sul, 
o tumor de pulmão é o que mata mais 
dentre todos os cânceres: 24%. O 
câncer de cólon e reto, que também 
sofre influência do tabagismo, repre-
senta 20% das mortes por câncer na 
região sudeste.
Sexo Norte Nordeste Centro -Oeste Sudeste Sul
Masculino 34% 33% 35% 38% 43%
Feminino 45% 38% 40% 33% 35%
Cânceres causados pelo tabaco comparados com todos os casos novos 2012 — Divisão de Informação INCA
O Dia Mundial Sem Tabaco de 
2012, no Brasil, foi marcado pelo 
tema “Fumar: faz mal pra você, faz 
mal pro planeta”. O mote foi adaptado 
da proposta da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) para a realidade do 
país enfocando os danos causados 
pela cadeia de produção do tabaco e 
os malefícios à saúde da população. 
O Instituto Nacional de Câncer José 
Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão 
veiculado ao Ministério da Saúde, em 
recorte especial das estimativas de 
câncer para 2012, aponta que 37% 
dos casos da doença podem estar 
relacionados ao tabagismo.
Apesar de ser a primeira vez que 
o país registra menos de 15% na pre-
valência de fumantes, de acordo com 
as informações do Vigitel (pesquisa 
telefônica do Ministério da Saúde), 
o INCA alerta para os percentuais 
estimados de casos novos de câncer 
NewsLab - edição 113 - 201232
Por meio de uma simples coleta de sangue de pacientes 
com câncer poder antever se determinado tipo de tratamento 
trará ou não a resposta mais eficaz para cada caso. Este é o 
objetivo de pesquisadores do Hospital A.C.Camargo responsá-
veis por estudo sobre o papel das células tumorais circulantes 
na evolução e estabelecimento do potencial de agressividade 
da doença. Liderado pelo patologista e diretor de Anatomia 
Patológica, Fernando Augusto Soares, o estudo reúne também 
o diretor de Oncologia Clínica, Marcello Fanelli e a pesquisadora 
Ludmilla T. Domingos Chinen. 
Inédita no Brasil, a análise dos níveis de células tumorais 
circulantes teve seus primeiros relatos feitos ao longo dos 
últimos anos por pesquisadores norte-americanos e europeus. 
O projeto brasileiro está sendo financiado pela FAPESP, que 
está investindo 700 mil reais até maio de 2014. 
A meta do A.C.Camargo é realizar ao longo dos próximos 
dois anos a contagem das CTCs de 230 pacientes a serem 
atendidos no Ambulatório de Oncologia Clínica, sendo 100 
com diagnóstico de câncer colorretal, 100 com câncer de 
pulmão e outros 30 com câncer de pâncreas. Acredita-se que 
a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. 
“Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é 
o prognóstico”, destaca Marcello Fanelli. 
Participarão pacientes a partir de 18 anos com doença 
localmente avançada ou doença metastática confirmada por 
análise patológica e/ou radiológica e também pacientes que 
iniciarão quimioterapia de primeira linha para doença metastá-
tica e com extensão da doença determinada por exame físico 
e por imagem. Não serão incluídos pacientes com histórico 
prévio de outro câncer nos últimos dois anos. 
Em caráter prospectivo, o estudo será realizado por meio 
de coleta de sangue de pacientes com tumores sólidos me-
tastáticos ou localmente avançados, tendo como controle ne-
gativo o sangue de indivíduos sadios e como controle positivo 
amostras de sangue com células tumorais de cólon mantidas 
em cultura. O sangue dos pacientes será coletado em três 
tempos, sendo o primeiro antes do início do tratamento sis-
têmico (quimioterapia, terapêutica hormonal, terapias-alvo, 
dentre outras), a segunda etapa três a quatro semanas após 
o início do tratamento e a terceira se repetindo a cada nove 
ou 12 semanas, dependendo do tratamento. 
Será utilizado pelos pesquisadores do A.C.Camargo o siste-
ma Ariol, que faz a separação celular por pérolas magnéticas e 
as identifica por meio de anticorpo anticitoqueratina, fazendo 
a seleção negativa com anti-CD45 (separação de leucócitos). 
Além disso, será usado o ISET (Isolation by Size of Epithelial 
Tumor Cells), um método direto de enriquecimento das células 
epiteliais por filtração. “A simplicidade proporcionada pelo ISET 
evita a perda de células raras em múltiplos passos de isola-
mento. Após isoladas, as CTCs podem ser caracterizadas, por 
exemplo, por imunocitoquímica, FISH ou análise molecular”, 
afirma Ludmilla Chinen. 
De acordo com os pesquisadores, o protocolo visa estabe-
lecer se a metodologia de contagem de CTCs poderá ajudar 
a nortear o tratamento de diferentes maneiras. “Queremos 
correlacionar os níveis de CTCs com exames de imagem e 
poder afirmar se com a informação gerada o clínico poderá 
melhor determinar se uma terapia específica está funcionando 
ou não”. Ainda segundo eles, existe a meta de levar à dimi-
nuição de exames de imagem, que são onerosos e cansativos 
e, para tanto, apenas fazer o acompanhamento dos pacientes 
pelos níveis de CTCs. Por fim, pela observação da expressão de 
marcadores/genes nas CTCs e sua correlação com a expressão 
nos tumores, os pesquisadores querem chegar à conclusão 
sobre qual é o tipo de terapia mais eficaz para cada paciente, 
levando a uma individualização inteligente do tratamento.
A Roche realizou por meio de WebMeeting uma palestra 
sobre medicina diagnóstica com o tema: “Aplicações de novos 
parâmetros hematológicos na prática clínica”, ministrada pela 
Dra. Helena Zerlotti Wolf Grotto, médica do Departamento de 
Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Uni-
camp. Na ocasião, participaram 190 médicos e foram mais 
de 759 acessos. Os temas abordados foram sobre situações 
clínicas, onde parâmetros adicionais ao hemograma padrão, 
como a porcentagem de hemácias hipocrômicas, o número de 
hemácias fragmentadas e o volume plaquetário médio, podem 
agregar valor ao diagnóstico e monitoramento de pacientes 
com doenças hematológicas. 
A divisão de medicina diagnóstica do Grupo tem como 
premissa buscar excelência em todas as ações que realiza, 
sejam com seus parceiros, clientes, pacientes e disponibilizar 
conteúdo educativo gratuito faz parte destas ações. O Roche 
Online é um site voltado à educação continuada de profis-
sionais de saúde e existe desde 2008, em que já recebeu 
40.463 acessos, sendo 61% por médicos. 
ARoche Diagnóstica traz soluções que acompanham as ne-
cessidades do mercado para otimizar o tempo dos profissionais 
de saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Em 2011, assumiu 
a liderança do mercado de hematologia no País, segundo dados 
apresentados no Relatório da Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL), ou seja, um terço de todos os clientes do 
Brasil está sendo atendido pela linha de hematologia do Grupo. 
A.C.CAmArgo CAçA CélulAs Após ColetA de sANgue 
pArA ANteCIpAr suCesso de terApIAs CoNtrA o CâNCer
Pesquisadores receberam financiamento da FAPESP para analisar 
os níveis de células tumorais circulantes no sangue 
roCHe ofereCe pAlestrAs de medICINA dIAgNóstICA pArA profIssIoNAIs dA sAúde
Líder do mercado diagnóstico de hematologia no Brasil, companhia 
oferece conteúdo via WebMeeting ao vivo
NewsLab - edição 113 - 201234
Com o tema “Impactos da incorporação de novas 
tecnologias para a evolução do diagnóstico”, os pales-
trantes Daniela Camarinha (sócia proprietária da You 
Care), Liliana Perez (presidente da CBDL – Câmara Bra-
sileira de Diagnóstico Laboratorial) e Dr. Stephen Stefani 
(presidente do capítulo Brasil da International Society 
of Pharmacoeconomics and Outcome Research - ISPOR) 
discutiram durante o 39° Congresso Brasileiro de Análises 
Clínicas, realizado no Rio de Janeiro de 01 a 04 de julho, os 
desafios da incorporação de novas tecnologias no Brasil. 
A mesa redonda contou com uma explanação geral so-
bre o cenário do Brasil, os aspectos fármaco-econômicos 
e a visão das operadoras de saúde nesse processo. O 
foco foi dado junto ao mercado privado da saúde, repre-
sentado hoje por aproximadamente 23% da população 
brasileira, porém concentrando mais de 50% do volume 
investido em saúde. 
O encontro teve como objetivo principal sensibilizar 
os principais players do mercado quanto a importância no 
processo de incorporação de novas tecnologias em saúde 
apontando a quantidade crescente de novas drogas e 
exames de diagnóstico in vitro que serão disponibilizados 
no Brasil em breve e os desafios a serem percorridos 
para que o público final tenha acesso e possa usufruir 
dos benefícios. 
Liliana Perez traçou um panorama geral das políticas 
públicas de saúde no Brasil e defendeu a adoção de uma 
medicina mais focada nas necessidades de cada paciente. 
“Se faz cada vez mais necessária a aplicação da medicina 
personalizada, isto é, buscar a solução correta para a pes-
soa certa”, afirmou Liliana. A presidente da CBDL reforçou 
o ganho do setor com a criação do QUALISS (Programa de 
Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços 
na Saúde Suplementar) que tornará transparente a qua-
lidade da rede prestadora e o importante papel da ANS 
(Agência Nacional da Saúde) e da CONITEC (Comissão 
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). 
Em contrapartida, o Dr. Stephen Stefani debateu sobre 
o potencial conflito de interesses entre as partes envolvi-
das neste processo, os estudos fármaco-econômicos e as 
barreiras de entrada de um novo tratamento. Segundo o 
médico, “é necessário que o Brasil siga exemplos de países 
como os EUA e Inglaterra e defina o critério de custo-
-efetividade a ser adotado no país, valor atribuído para 
buscar equidade de acesso a novas tecnologias, aliado ao 
desfecho clínico e impacto orçamentário propiciado pela 
droga ou teste laboratorial”. 
Daniela Camarinha finalizou a discussão enfatizando 
a criação de uma competição baseada no valor para o 
paciente, o envolvimento dos participantes do setor para 
a cocriação de valor conjunta e a mensuração e comuni-
cação de todas essas oportunidades e investimentos junto 
às fontes pagadoras. Em sua opinião, algumas estratégias 
são necessárias para otimizar os modelos de saúde, como 
a redução do custo da doença, a maior integração entre 
os laboratórios e o setor clínico, a busca por desempenhos 
na valorização dos clientes e uma gestão mais focada na 
inovação. “É preciso uma maior abertura para formar 
alianças estratégicas entre os prestadores e a indústria, 
além de uma gestão baseada em evidências”, concluiu.
Ao final das apresentações foi promovido um debate 
entre o público presente e os palestrantes. O evento 
contou com a presença de representantes da indústria 
de diagnósticos, de laboratórios clínicos e das sociedades 
médicas. Estiveram presentes o Dr. Irineu Grinberg (Presi-
dente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas) e o Dr. 
José Carlos Barbério (Membro da comissão do Sindhosp).
mesA-redoNdA ApoNtA os desAfIos pArA A INCorporAção 
de NovAs teCNologIAs NA áreA dA sAúde
O foco foi o mercado privado da saúde, que representa 23% da população brasileira, 
porém concentra mais de 50% do volume investido em saúde
Dr. Stephen Stefani, 
Liliana Perez e Daniela 
Camarinha
NewsLab - edição 113 - 201238
Durante o 46º Congresso Brasileiro de Patologia Clí-
nica/Medicina Laboratorial será lançada a “Diretriz para 
a Gestão e Garantia da Qualidade de Testes Laboratoriais 
Remotos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/
Medicina Laboratorial”. 
O trabalho é assinado por vários especialistas, que 
apresentam as aplicações de TLR nas diferentes áreas 
clínicas, suas vantagens e desvantagens e o contexto sob 
a ótica da RDC 302 e a Norma do Programa de Acreditação 
de Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML.
“A obra é resultado de extensa pesquisa bibliográfica 
realizada pelos autores e descreve o estado-da-arte em 
relação ao tema”, explica o diretor 
científico da SBPC/ML, Nairo Su-
mita, coautor e coordenador da 
publicação.
O lançamento acontece 
durante o 46º Congresso 
da SBPC/ML, em Salvador. 
O livro será distribuído 
gratuitamente e conta 
com o apoio de Roche e 
Radiometer.
A ABIIS, Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em 
Saúde é uma união de três entidades representativas do 
segmento de produtos e equipamentos médico-hospita-
lares e de diagnóstico in vitro: Associação Brasileira da 
Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos 
e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Asso-
ciação Brasileira de Importadores e Distribuidores de 
Implantes (Abraidi) e Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL). 
Juntas, as associações somam cerca de 400 empre-
sas atuantes na produção, importação, exportação e 
distribuição de produtos e equipamentos médicos para 
diagnóstico, prevenção e tratamento em saúde. Esses 
produtos, entre máquinas de raio-X, marca-passos, stents 
e kits e reagentes para diagnóstico, representam 7% do 
total de gastos com saúde no país. 
De acordo com o seu presidente, Carlos Eduardo 
Gouvêa, a ABIIS tem como objetivos a parceira com o 
Governo Federal e a colaboração com os novos proce-
dimentos adotados pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) para garantir o acesso da população 
a tecnologias médicas inovadoras. 
Gouvêa explica que esta aliança pretende expandir 
sugestões de políticas públicas, mobilizando também 
agentes da esfera privada para que o Brasil invista em 
pesquisa, desenvolvimento, produção local e comerciali-
zação de novas tecnologias que sejam estratégicas para 
o país, sem se descuidar do importante papel exercido 
pelos produtos importados de alta tecnologia - essenciais 
para o sistema. “A intenção da ABIIS é frisar a relevân-
cia de um setor tão importante para a saúde, mas ainda 
altamente desconhecido”, ressalta.
Mercado Brasileiro de Saúde - De acordo com estima-
tivas, o Brasil gasta anualmente mais de R$ 270 bilhões em 
saúde. Deste total, 45% são custeados pelo sistema público. 
As entidades e empresas congregadas pela ABIIS, juntas 
representam 0,6% do PIB brasileiro e possuem um fatura-
mento estimado em R$ 12,2 bilhões. Esse grupo fomenta, 
indiretamente, mais de 11 mil empresas, as quais, por sua 
vez, geram mais de 100 mil postos detrabalho com salários 
acima da média nacional. 
Suas exportações representam mais do que 25% de 
todo o setor médico nacional. E recolhem contribuições 
superiores a R$ 3 bilhões em impostos e atendem a 60% 
do mercado de produtos médicos no Brasil. 
As empresas associadas à nova entidade realizam in-
vestimentos acima da casa dos 10% de seus faturamentos 
em Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação Incremental e 
Educação Continuada. Outros 12% do faturamento são 
aplicados em políticas de pós-venda, como instalação, as-
sistência técnica, manutenção, capacitação e treinamento.
As importações, que somaram US$ 7,7 bilhões para o 
mercado de saúde em 2011, viabilizaram o fornecimento 
de produtos inovadores e mais competitivos ao mercado 
nacional. Grande parte deste volume são produtos sem 
escala para fabricação local ou com tecnologia ainda in-
disponível no país. Este cenário demonstra, portanto, que 
a viabilidade do sistema de saúde nacional e a ampliação 
do acesso à saúde dependem da complementaridade da 
produção local e da importação.
eNtIdAdes do setor sAúde CrIAm AlIANçA 
pArA INovAção e deseNvolvImeNto de teCNologIAs médICAs
As entidades e empresas congregadas pela ABIIS possuem 
um faturamento estimado em R$ 12,2 bilhões
sbpC/ml lANçA dIretrIz de tlr No 46º CoNgresso
NewsLab - edição 113 - 201240
O Ministério da Saúde (MS) vai 
investir R$ 15 milhões em terapia 
celular em 2012. A maior parte do 
recurso (R$ 8 milhões) será voltada 
para concluir a estruturação de oito 
Centros de Terapia Celular, que ficarão 
responsáveis pela produção nacional 
de pesquisas com células-tronco. 
Atualmente, grande parte dos insu-
mos utilizados nas pesquisas com 
células-tronco realizadas no Brasil são 
importados. Os outros R$ 7 milhões 
serão aplicados em editais de pesqui-
sa abertos ainda este ano. 
Os oito Centros de Tecnologia 
Celular estão localizados em sete mu-
nicípios do país: três na Universidade 
de São Paulo na capital paulista, um 
na USP de Ribeirão Preto, um na Uni-
versidade do Rio Grande do Sul, um 
na Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um 
no Instituto Nacional de Cardiologia do 
Rio de Janeiro e um no Hospital San 
Rafael, em Salvador, este em parceria 
com o Centro de Pesquisa Gonçalo 
Muniz (CPqGM/Fiocruz Bahia).
Com esta ação, o governo quer 
ampliar o uso da medicina regenera-
tiva na recuperação de pacientes do 
Sistema Único de Saúde (SUS), em 
tratamentos como regeneração do 
coração, movimento das articulações, 
tratamento da esclerose múltipla. 
“O know how de produção de suas 
próprias células-tronco, embrionárias 
e adultas, vai baratear as pesquisas 
na área e possibilitar a produção em 
escala para uso comercial”, explicou 
o secretário de Ciência, Tecnologia e 
Insumos Estratégicos do MS, Carlos 
Gadelha. “A intenção é tornar esses 
centros aptos a subsidiar hospitais 
públicos e privados na recuperação de 
órgãos de pacientes”, afirma. 
A terapia celular ainda não é re-
conhecida pelo Conselho Federal de 
Medicina e o uso em pacientes só é 
permitido no âmbito das pesquisas 
clínicas. A exceção é o uso das células-
-tronco derivadas da medula óssea 
humana, que já vêm sendo empre-
gadas com sucesso no tratamento de 
pacientes com hematológicas, como 
leucemias e anemias. 
Três – o de Curitiba, o de Salvador 
e o de Ribeirão Preto – dos centros já 
estão em atividade com recursos do 
Ministério da Saúde. Os outros cinco 
estão em fase de construção. O mais 
avançado é o da PUC Paraná, que 
tem pesquisas concluídas, já produz 
células-tronco adultas e aguarda 
autorização da Anvisa para ampliar 
a produção para escala comercial. Já 
deu suporte a cinco pesquisas clínicas 
envolvendo 80 pacientes cardíacos. 
Alguns dos pacientes voluntários nas 
pesquisas do centro da PUC Paraná 
tinham anginas intratáveis que lhes 
impossibilitavam de fazer qualquer 
esforço físico, mas, com o tratamento, 
tiveram seus corações recuperados 
e hoje têm vida normal, com prática 
constante de atividade física. O centro 
já começou a produzir célula-tronco 
para uso em cartilagem, os chama-
dos condrócitos, e aguarda liberação 
do Conselho Nacional de Ética em 
Pesquisa (Conep) para realizar pes-
quisas envolvendo a regeneração de 
articulações de joelho e do quadril. A 
USP de Ribeirão Preto está desenvol-
vendo pesquisas na área de diabetes. 
No Hospital San Rafael, em Salvador, 
os estudos são em traumatismo de 
medula óssea e fígado. 
Para saber mais:
www.fiocruz.br
A terapia celular ainda não é reconhe-
cida pelo Conselho Federal de Medicina 
e o uso em pacientes só é permitido no 
âmbito das pesquisas clínicas
PUC Paraná já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa 
para ampliar a produção para escala comercial
mINIstérIo dA sAúde vAI INvestIr r$ 15 mIlHões em oIto CeNtros de teCNologIA CelulAr 
O Fleury Medicina e Saúde conquistou a acreditação 
do American College of Radiology (ACR) em mais um 
serviço, a biópsia estereotáxica mamária da Unidade 
Paraíso, localizada na capital paulista. Esse procedi-
mento diagnóstico é empregado na investigação de 
câncer de mama, entre outras indicações. Em outubro 
de 2011, o Fleury recebeu a primeira acreditação dessa 
entidade, para o serviço de Mamografia da Unidade 
Itaim, também em São Paulo. “É uma acreditação 
importante, que só nos traz a certeza da excelência e 
da qualidade de nossos processos e produtos”, afirma 
a diretora executiva médica, Jeane Tsutsui. 
O ACR é um órgão americano que certifica a confor-
midade dos serviços com boas práticas em processos de 
exames de imagem. Desde 1987, a ACR acreditou mais 
de 20 mil instalações, incluindo mais de 10 mil práticas 
em 10 modalidades diferentes de imagem. 
A Área Técnica Central do Fleury Medicina e Saúde, 
localizada em São Paulo, também possui a acreditação do 
College of American Pathologists (CAP), outro importante 
selo internacional de conformidade com boas práticas 
de medicina diagnóstica.
fleury reCebe ACredItAção INterNACIoNAl pArA bIópsIA de mAmA
NewsLab - edição 113 - 201242
Ligado ao Instituto de Biociências 
(IB) da USP, o Centro de Estudos 
do Genoma Humano (CEGH) possui 
um dos maiores bancos de dados de 
doenças genéticas raras do Brasil – 
cerca de 80 mil pacientes já foram 
atendidos desde a fundação, em 
2000. Até o ano passado, no entanto, 
as informações estavam dispersas 
em formatos diferentes, o que difi-
cultava o acesso pelos pesquisadores 
e consumia tempo desnecessariamente.
Para resolver o problema, o centro firmou uma par-
ceria com o Grupo de Modelagem de Banco de Dados, 
Transações e Análise de Dados (DATA Group), do Insti-
tuto de Matemática e Estatística (IME) e do Centro de 
Bioinformática da USP. Juntos, desenvolveram ao longo 
de cinco anos um software que possibilitará armazenar 
os dados clínicos e informações genômicas e de testes 
moleculares realizados nos pacientes.
Assim, o CEGH terá nas mãos um dos maiores ban-
cos de dados de doenças genéticas raras da população 
brasileira, especificamente de doenças neuromusculares, 
malformações congênitas, de déficit cognitivo, surdez, 
obesidade de causa genética e doenças de comporta-
mento. Dentre estas últimas inclui-se o autismo, que ao 
contrário das demais, não é raro. 
Outra função importante será abarcar dados de 
células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras 
do Brasil, que já contém mais de 300 amostras.
Já em implementação, o programa facilitou o acom-
panhamento e a seleção de pacientes para as pesquisas 
sobre doenças genéticas. Agora os pesquisadores têm 
controle sobre o fluxo de exames clínicos e moleculares 
realizados pelo CEGH.
Pacientes - Ao reconhecer o caráter genético das 
doenças que possuem, os pacientes podem, em alguns 
casos, buscar tratamento oupensar na prevenção para 
os descendentes. 
O encaminhamento ao CEGH é normalmente feito 
pelos médicos. Após chegar ao centro, o paciente passa 
pela bateria de exames. 
Em grande número e repletos de detalhes, esses exa-
mes são feitos em etapas e em baterias de 10 a 30 de cada 
vez, para reduzir os custos. Incluem coletas de sangue do 
paciente e familiares para análise do DNA e elaboração do 
laudo. Pelo software, médicos e geneticistas ficam sabendo 
das informações cadastradas pelos técnicos responsáveis 
pelo exame e passam orientações para a realização. 
“Cada grupo dentro do cen-
tro tinha uma maneira diferente 
de controlar esse fluxo. Agora 
estamos tentando unificar os 
métodos”, explica Maria Rita 
Passos-Bueno, responsável pelo 
grupo de estudos de autismo e 
anormalidades craniofaciais no 
CEGH.
“Também podemos acessar os 
dados remotamente. Isso facilita, 
inclusive, para o intercâmbio de dados com outras ins-
tituições, inclusive fora do Brasil”, completa.
Além da vantagem financeira – o software é livre e 
gratuito –, desenvolvê-lo especialmente para o CEGH 
garante a cobertura de demandas específicas do grupo. 
Os pesquisadores do DATA Group precisaram desenvol-
ver soluções para controle do fluxo de exames e integrar 
dados de pacientes e familiares, de modo a facilitar o 
acesso pelos geneticistas. 
“A partir de agora, o sistema irá evoluir na parte 
analítica dos dados e na integração das informações 
existentes com as de células-tronco de pacientes com 
doenças genéticas raras”, diz João Eduardo Ferreira, 
professor do IME e coordenador do DATA Group.
De acordo com o CEGH, também é necessário ace-
lerar o acréscimo de dados pertencentes a pacientes 
antigos – a coleta de amostras é feita desde 1970, 
antes mesmo de o centro existir. “Uma pessoa que nos 
procura agora pode ter um parente que fez exame aqui 
muitos anos atrás. Esse é um dado importante para 
a terapia. Recuperar rapidamente as informações é 
essencial para deixar o processo mais dinâmico”, diz a 
professora Maria Rita.
Para o segundo semestre, o objetivo é aumentar o 
número de exames que podem ser acompanhados pelo 
novo programa.
Pesquisadores de ambos os grupos concordam que 
um dos maiores desafios foi superar as dificuldades de 
comunicação entre as áreas. Nem sempre a demanda de 
um lado pode ser atendida pelo outro. “Essa necessida-
de de cooperação, no entanto, é requisito fundamental 
para o sucesso das pesquisas na área de computação, 
medicina e biologia nos próximos anos”, aponta Ferreira.
Para saber mais:
http://genoma.ib.usp.br/
Ime e Ib uNem-se pArA CrIAr bANCo de dAdos dIgItAl de doeNçAs geNétICAs
NewsLab - edição 113 - 201246
Com pouco mais de 10 dias de vida, Samuel Borges, dois anos, foi diagnosticado com atresia pulmonar – cardiopatia congênita cianótica rara. 
Com apenas 17 dias ele saiu de Boa Vista (RR), em 
uma UTI aérea e viajou por quase 12 horas para 
passar por uma cirurgia de correção da obstrução 
da abertura entre a artéria pulmonar e o ventrículo 
direito, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia 
(IDPC), em São Paulo. Apesar do sucesso da cirurgia, 
a vida do pequeno paciente não seria mais a mesma. 
Desde então, ele precisa medir frequentemente a es-
pessura do seu sangue. 
Com o CoaguChek® da Roche – um sistema de 
monitorização da coagulação do sangue no qual em 
poucos minutos o paciente obtém o resultado do INR 
e com isso tem a certeza de que está tomando a dose 
correta do medicamento, diminuindo muito a ocorrên-
cia de complicações como eventos tromboembólicos e 
hemorragia –, o garoto é levado a São Paulo a cada 
três meses pela avó Fátima Chacon Borges, 60 anos.
O principal benefício que o aparelho oferece hoje 
a Samuel é a qualidade de vida e conforto, já que ao 
invés da punção venosa é possível realizar o teste 
com uma gota de sangue através de uma punção 
capilar, menos dolorida para o garoto. E é justamen-
te este o maior foco da Roche quando investe em 
pesquisa e desenvolvimento. Mais do que propiciar 
qualidade de vida a milhares de pacientes, quando 
viabiliza seus testes diagnósticos, a empresa visa, 
em algumas situações mais graves, salvar a vida de 
muitas pessoas. “A principal motivação da Roche 
Diagnóstica é o fato de acreditarmos que podemos 
ajudar a melhorar vidas. Queremos, no tempo mais 
curto possível, que o paciente tenha sua condição de 
saúde restabelecida”, afirma Lorice Scalise, diretora 
da Roche Professional Diagnostics (RPD). 
Se não tivesse adquirido o CoaguChek®, a enfermei-
ra Carolina V. Gianvecchio, 30 anos, que mora em São 
José dos Campos (SP), também teria que se deslocar 
até São Paulo, pelo menos uma vez por mês, para medir 
o nível de coagulação do seu sangue. Aos três anos, 
foi diagnosticada com uma estenose valvar aórtica. E 
por causa disso, passou por duas cirurgias. A última, 
em 2011, trocou uma válvula biológica do coração por 
uma metálica. A maneira encontrada para minimizar 
as idas e vindas à capital, foi a compra do CoaguChek. 
Ela conta que colhe o sangue e envia o resultado por 
e-mail para sua médica, que a auxilia na indicação 
da dosagem correta do medicamento anticoagulante.
Deste benefício usufrui a dona de casa Lucy A. 
Canzi, 65 anos. Desde o final do ano passado ela não 
precisa mais sair de casa para saber como está a 
coagulação do sangue. “Como paciente achei de uma 
tranquilidade imensa. Afinal, é sofrível na minha ida-
 Anualmente investimos cerca de 20% 
do nosso faturamento global em pesquisa 
e desenvolvimento em inovação de 
solução de diagnóstico e terapias , 
Pedro Gonçalves, 
presidente da Roche Diagnóstica.
Di
vu
lg
aç
ão
 R
oc
he
47NewsLab - edição 113 - 2012
Solidez no diagnóstico
Testes que proporcionam qualidade de vida a milhares de pacientes
Antes do uso 
do aparelho 
Coaguchek, o 
pequeno Samuel 
era segurado por 
cinco enfermeiras. 
Hoje, o exame é 
rápido e prático
Gu
to
 M
Ar
qu
eS
NewsLab - edição 113 - 201248
de ter a obrigação de ir de 15 em 15 dias ao 
laboratório. Amo este aparelho e indico para 
todo mundo”, afirma. 
Em todos os exemplos acima, o ganho dos 
pacientes é poder viver com maior qualidade 
de vida. Mas há, ainda, os casos de doenças 
mais graves como os cânceres de pele (me-
lanoma metastático), colorretal e de pulmão, 
nas quais os benefícios podem representar 
maior sobrevida do paciente.
 
Novos testes diagnósticos
Para identificar mutações genéticas, a Ro-
che possui hoje alguns inovadores exemplos 
de marcadores oncológicos como o BRAF, 
KRAS e EGFR, todos feitos na plataforma 
cobas® 4800. “Os resultados saem em apenas 
oito horas. E no câncer todo segundo é valido, 
às vezes é até pouco. Portanto, quanto mais 
rápido diagnosticar, mais o médico pode tomar 
uma decisão ágil sobre qual o tratamento ade-
quado”, explica Claudia Scordamaglia, gerente 
desses produtos na Roche. 
Mais recentemente, aconteceu o lança-
mento do teste para marcador tumoral HE4, 
de câncer ovariano, realizado na plataforma 
Elecsys. Apesar de pouco frequente, é um 
tumor ginecológico de difícil diagnóstico e 
cerca de 75% dos casos apresentam-se em 
estágio avançado, segundo dados do Insti-
tuto Nacional de Câncer (Inca). “A detecção 
precoce deste tipo de câncer é fundamental 
porque quando descoberto em fases I e II, a 
chance de cura pode chegar a 95%”, diz Wilson 
Tortorelli, gerente de produtos de bioquímica 
e de marcadores tumorais da Roche. 
Segundo ele, até então, a detecção era 
feita por meio da ultrassonografia transva-
ginal, mas além de ser mais caro, o exame 
aponta o tumor tardiamente. Depois surgiu o 
Ca125, mas ainda acontecem falsos-negativose falsos-positivos. “Por isso, recomendamos 
que o HE4 seja feito em conjunto com o Ca125 
e isso o torna mais específico que todos os 
outros existentes no mercado”. Esta é uma fer-
ramenta nova que a Roche está apresentando 
aos médicos e que vai auxiliá-los a oferecer 
mais precisamente o risco da estratificação do 
tumor e um diagnóstico precoce. 
Alto valor médico
Além de pensar no benefício dos pacientes, 
a Roche também tem como prioridade desen-
volver testes inovadores e de alto valor médi-
co. O que tem sido feito especialmente com 
os lançamentos de marcadores que trazem 
ao especialista respostas que eles ainda não 
conseguem com os já existentes. “Concentra-
mos cada vez mais esforços à exploração de 
conhecimento científico e progresso tecnoló-
gico para aumentar o valor médico dos testes 
que estamos oferecendo. Priorizamos as áreas 
com maiores necessidades médicas não aten-
didas e alocamos recursos substanciais para 
o desenvolvimento de novos testes”, explica 
Pedro Gonçalves.
Dentro deste contexto destacam-se tam-
bém os marcadores ósseos e os testes de 
pré-eclampsia. Hoje, a Roche possui um perfil 
bastante extenso de marcadores ósseos, os 
quais possuem parâmetros que auxiliam des-
de o diagnóstico da osteoporose e doenças 
ósseas como a vitamina D, PTH, osteocalci-
na, e até no monitoramento da terapia: com 
os testes CTX (Beta Crosslaps e P1NP). Com 
estes últimos, segundo Sandra Andreo, ge-
Até o 
momento, 
a Roche 
instalou 40 mil 
equipamentos 
de sorologia 
em todo 
o mundo. 
Realizando 
8 bilhões de 
testes por ano 
e liberando 
255 resultados 
por segundo
Thiago TeixeiRa
A dona de casa 
Lucy A. Canzi 
faz o exame 
sozinha e evita 
a ida frequente 
ao laboratório 
49NewsLab - edição 113 - 2012
uma maior sensibilidade todos os alvos exigidos 
pela Portaria N° 1353 do Ministério da Saúde: 
(HIV-1 Grupo M e O, HIV-2, HCV e HBV), há 
também o cobas® s201, aparelho totalmente 
automatizado que facilita a liberação das doa-
ções (108 amostras em cinco horas e cada 30 
minutos, mais 108 amostras).
Segundo Rafael Souza, gerente de produ-
to NAT da Roche, os pacientes são os mais 
beneficiados neste caso, pois há uma maior 
segurança do sangue que é liberado para a 
transfusão dentro de um tempo muito redu-
zido. “A experiência da Roche em mais de 270 
bancos de sangue do mundo, também pre-
sente há anos em diversos bancos de sangue 
privados e públicos do Brasil”, afirma Souza.
Canais de comunicação
Entendendo que estes novos testes de alto 
valor médico precisam atingir a comunidade 
médica, há cerca de dois anos a empresa 
encontrou uma nova maneira de apresentar 
estes testes aos próprios especialistas, afinal, 
muitos só chegavam ao conhecimento dos 
laboratórios. Hoje, isso ocorre por meio de 
visitações médicas, as quais têm o objetivo 
de desenvolver um trabalho consciente com a 
comunidade médica e os profissionais de saúde 
para a prescrição dos exames laboratoriais. “A 
visitação tem nos auxiliado na aproximação 
com a classe médica. E essa é uma forma de 
contribuir para a melhoria de qualidade de vida 
do paciente”, diz Márcia Viotti, gerente de Co-
municações de Marketing e Projetos Especiais 
da Roche. Até o momento foram mais de 10 
mil visitas para médicos das especialidades de 
cardiologia e ginecologia, com foco para testes 
de coagulação, marcadores cardíacos e HPV.
Além deste, outro canal tem ajudado a 
agregar valor médico: o web meeting Roche 
online, programa de educação continuada 
para médicos, profissionais de laboratório e 
de saúde. A tecnologia abrange aulas virtuais 
e palestras interativas sobre temas variados 
da medicina diagnóstica, especialmente nas 
áreas de ginecologia, endocrinologia, cardio-
logia e clínica geral. Em 2011, foram registra-
rente de produto de imunologia da Roche, o 
paciente pode saber se o seu tratamento para 
a osteoporose está funcionando, em apenas 
90 dias – hoje o paciente espera cerca de dois 
anos para confirmar o sucesso de sua terapia 
através da densitometria. 
Na pré-eclampsia, patologia silenciosa 
que mata três gestantes por dia no País, 
os marcadores SFLT e PLGF, realizados na 
plataforma Elecys, tornaram-se uma im-
portante ferramenta para o diagnóstico. 
Mais recentemente artigos mostraram o 
valor prognóstico destes testes no acom-
panhamento da gravidez de risco. “Em uma 
gravidez normal estes fatores angiogênicos 
e antiangiogênicos estão em concentrações 
equilibradas e na pré-eclampsia a razão en-
tre eles aumenta significativamente. Estes 
podem estar relacionados com a gravidade 
da pré-eclampsia”, explica Sandra. 
Com o intuito de diminuir a janela imunoló-
gica de doenças virais, a Roche também trouxe 
ao Brasil em 2002, o seu teste NAT de primeira 
geração. Agora em 2012, a empresa já está em 
registro na Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) do teste NAT de terceira geração, 
o qual realiza simultaneamente a triagem e 
determinação do patógeno contaminante do 
sangue. Além do cobas® TaqScreen MPX Test, 
o único teste NAT completo, que abrange com 
testes para marcadores 
oncológicos como o 
BrAF, KrAS e eGFr são 
feitos na plataforma 
cobas® 4800
aRquivo Roche
NewsLab - edição 113 - 201250
Plataforma cobas® 6000, na qual são 
feitos testes de imunologia e bioquímica: 
pré-eclampsia, vitamina D, He4 e Ca125
aR
qu
iv
o 
Ro
ch
e
dos mais de 10 mil acessos e nove aulas ministradas. 
Sendo mais de 61% da participação de profissionais 
médicos de várias especialidades médicas.
Gestão à distância
No Brasil alguns desses testes diagnósticos já 
são realizados à beira do leito do hospital. Com o 
surgimento das novas tecnologias e opções de conec-
tividade, a informação tem atravessado as barreiras 
físicas. Os Testes Laboratoriais Remotos (TLR) ou 
Point of Care (POCT) são conectados a um sistema 
de interface e gerenciamento (cobas® IT1000) que 
evita e melhora questões como transcrições de re-
sultados, uso indevido dos instrumentos ou consumo 
superestimado de reagentes ou tiras. “É um sistema 
que avalia o instrumento, registra o usuário que rea-
lizou o exame e verifica se este foi treinado. Confere 
o controle de qualidade e valida este resultado para 
o prontuário do paciente. Tudo em apenas alguns 
segundos”, explica Kellen Cavenaghi, especialista 
de Aplicação em Soluções de Informação da Roche. 
Segundo ela, essas instalações já foram realiza-
das no Hospital de Messejana, em Fortaleza (CE), no 
Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas 
(Unicamp) e no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo 
(SP), proporcionando a geração de relatórios esta-
tísticos, certificação de usuários e rastreabilidade. 
“Isso garante maior qualidade dos resultados, algo 
importante para as empresas obterem acreditações 
e normas regulatórias”, completa.
Por Tatiana Piva
Por dois anos consecutivos, a empresa esteve na lista do 
Índice Dow Jones de Sustentabilidade e foi considerada 
a empresa mais sustentável do mundo. Segundo Marcelo 
Dourado, gerente de qualidade assegurada, a Roche está 
envolvida com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e 
com o que acontece neste mercado. Inclusive participa 
como membro do GTT-REEE – Grupo de Trabalho Temático 
(Sub-Grupo Eletromédicos) do Comitê Orientador para 
a Implementação da Logística Reversa. Trata-se de um 
comitê formado por representantes do Governo (Ministé-
rios), Associações de Classes e Anvisa para estabelecer 
um Plano Federal para o descarte e tratamento correto 
destes produtos. “Além disso, temos uma preocupação de 
oferecer um destino correto para reagentes,produtos ven-
cidos, embalagens, e até resíduos gerados internamente 
na empresa”, conta ele. 
A Roche jamais teria atingido a liderança de mercado se 
todas essas estratégias e pilares não fossem baseados 
em uma política de sustentabilidade. Segundo dados da 
Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), a 
Roche liderou o mercado em 2011, vendendo cerca de 
281 milhões de testes, sendo quase 3 milhões deles de 
alto valor clínico (considerando os marcadores cardíacos, 
inflamatórios e ósseos). Segundo Lorice, essa liderança é 
fruto de “uma empresa que tem estratégias bem definidas 
e dois pilares que norteiam todo o trabalho: eficiência em 
testes e valor médico”. 
Liderança e sustentabiLidade
51NewsLab - edição 113 - 2012
NewsLab - edição 113 - 2012 54
A Greiner Bio-One traz para o 
mercado nacional, com exclusivi-
dade, o gerenciador TS-1500. Este 
novo equipamento contribui substan-
cialmente para a otimização do pro-
cesso laboratorial, proporcionando 
melhorias significativas como maior 
agilidade no processo de recepção e 
triagem das amostras, melhorando 
a sinergia entre as etapas do traba-
lho e reduzindo a zero as chances 
de erros durante esse processo. 
Consequentemente, a qualidade do 
atendimento ao cliente é elevada, 
aumentando a competitividade do negócio, além de propor-
cionar um crescimento de forma sustentada sem perda de 
qualidade no processo.
O principal objetivo do TS-1500 é gerenciar automatica-
mente a recepção e triagem das amostras, com a identificação, 
entrada no sistema informatizado do laboratório (LIS), sepa-
ração e triagem para os setores. O sistema tem capacidade 
de processar até 1.500 tubos/hora e basicamente consiste em 
uma caixa de entrada, até dez caixas de saída, uma caixa de 
erro opcional, correias para movimentação dos tubos, unidade 
de deslocamento do tubo, leitor de código de barras e tela 
sensível ao toque.
As principais vantagens atribuídas a esta novidade são 
segurança e conforto. A segurança é garantida através do 
conceito e design simples, permitindo a rápida separação, 
leitura contínua e triagem dos tubos. As caixas de destino 
possuem monitoramento de quantidade e dispositivo de con-
tagem de até 150 tubos, sendo que o processo de triagem in-
terrompe automaticamente quando uma das caixas é retirada, 
evitando perda de amostras dentro do sistema. As amostras 
são classificadas rapidamente e en-
caminhadas imediatamente para as 
caixas de destino.
O conforto pode ser notado através 
da classificação automática, controle 
contínuo e monitoramento da entra-
da de diferentes tipos de tubos de 
amostras. A operação é extremamente 
simples, com tela sensível ao toque, 
ergonomicamente projetada com in-
formações de fácil compreensão para 
o usuário e troca rápida das caixas 
carregadas por caixas vazias com a 
parada e início automático do sistema.
O sistema é muito simples de ser operado. Primeiramente, 
os tubos de amostra que são recebidos no laboratório podem 
ser inseridos diretamente na caixa de seleção. Basta pressionar 
o botão “iniciar” na tela para o início do processo de separação 
e triagem. O específico desenho da caixa de triagem, com 
uma única correia coletora, possibilita o processamento a 
partir dos primeiros tubos inseridos no sistema. O mecanismo 
de separação pega os tubos da caixa de seleção e transfere 
para a correia de transporte. As amostras deslizam sobre a 
correia de transporte e são identificadas e registradas via o 
código de barras dos tubos. Logo após o reconhecimento, os 
tubos de amostra são transportados para as caixas de destino, 
conforme programado nas regras de seleção. Estas caixas são 
facilmente retiradas e levadas para os analisadores. O processo 
de triagem é interrompido automaticamente quando as caixas 
forem retiradas e inicia automaticamente com a colocação de 
uma caixa vazia.
: (19) 3468-9626
: www.gbo.com
A Dengue, principalmente a hemorrágica, é um dos mais 
graves problemas de saúde pública das áreas tropicais e sub-
tropicais do mundo. O monitoramento das infecções pelo vírus 
da dengue é um componente importante na avaliação do risco 
para os seres humanos.
A maioria dos testes disponíveis no mercado detecta so-
mente a presença de anticorpos contra o vírus do dengue, mas 
já existem os dispositivos para identificação do antígeno e até 
mesmo os testes que combinam antígeno e anticorpos.
Dengue Duo Test Bioeasy tem registro no MS sob n° 
10374660111. É um ensaio imunocromatográfico rápido para 
a detecção simultânea do antígeno NS1 e dos anticorpos IgG 
e IgM da Dengue viral humana.
Melhor custo benefício:
● Detecta após o primeiro dia da infecção
● Detecção simultânea e diferencial do antígeno NS1 e dos 
anticorpos IgG e IgM da dengue viral humana
● Diferenciação entre dengue primária e secundária
● Armazenagem a temperatura ambiente
● Sangue total, soro ou plasma
● Kit acompanha pipetas
● Não necessita de instrumentação
● Interpretação visual através de linhas coloridas no dispo-
sitivo de teste
● Resultados em 20 minutos
● Reduz custos de retorno do paciente
Dengue Duo Test Bioeasy
: vendas@bioeasy.com.br
Greiner Bio-One apresenta o gerenciador TS-1500 para recepção e triagem de amostras
NewsLab - edição 113 - 2012 56
A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é uma das 
doenças sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o 
mundo. Grande parte das pessoas contaminadas não manifesta 
a doença. 
A infecção HPV é o principal fator para o desenvolvimento 
do câncer cervical. A infecção pelos tipos de HPV de alto risco 
(oncogênicos), contudo, é necessária, mas não o suficiente para 
o desenvolvimento do câncer cervical. A infecção persistente pelo 
HPV oncogênico é fator de risco importante na progressão para a 
neoplasia intraepitelial cervical e para o câncer cervical invasivo.
Além dos tipos oncogênicos, os HPV de baixo risco também 
apresentam relevância, pois, na última década, verificou-se um 
aumento da incidência de verrugas anogenitais/condilomas acu-
minados na população, principalmente em idades mais jovens 
e durante os primeiros anos de vida sexual, com substancial 
morbidade e alto custo de tratamento.
Outro fator importante na infecção pelo HPV é a detecção de 
coinfecções, pois 20-30% das mulheres infectadas apresentam 
mais de um tipo de HPV. A coinfecção com múltiplos tipos de HPV 
e a infecção sequencial com novos tipos é bastante comum e o 
risco de adquirir um novo tipo de HPV parece ser independente 
da infecção prévia por outros tipos.
Diante deste cenário, em parceria com a empresa espanhola 
Genomica, a bioMérieux, pioneira no diagnóstico de doenças 
emergentes, trouxe para o Brasil a nova tecnologia molecular 
baseada em Microarray: CLART® (Clinical Array Technology) para 
a detecção simultânea de vírus. Em destaque, o teste CLART® 
HPV, capaz de detectar e diferenciar nas amostras clínicas mais 
comuns, a presença dos 35 tipos de HPV de alto risco: 16, 18, 
26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 66, 68,70, 73, 
e 85 e de baixo risco: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 62, 71, 
72, 81, 82, 83, 84 e 89.
Por ser o painel mais completo do mercado, com alta sensi-
bilidade e especificidade, o CLART® HPV melhora o desempenho 
na detecção e diferenciação dos tipos de HPV e de coinfecções.
O teste do CLART® HPV vem completar a oferta para HPV 
e auxiliar o diagnóstico em conjunto com o teste de expres-
são oncogênica NucliSENS EasyQ HPV E6/E7, que permite o 
acompanhamento das infecções que podem progredir para o 
câncer cervical. 
Para saber mais sobre o CLART® HPV e os outros produtos 
da bioMérieux, entre em contato com o seu representante local.
: 0800 0 26 48 48 
: brasil.contato@biomerieux.com
: www.biomerieux.com.br
A Roche Diagnóstica apresentou um novo 
equipamento durante o 39ºCongresso Brasileiro 
de Análises Clínicas (CBAC), que aconteceu em 
julho, no Rio de Janeiro. O pré-analítico cobas® 
p 312 é um sistema multifuncional e compacto, 
controlado por computador que desempenha 
as funções de destampamento, classificação e 
armazenamento de tubos para área de soro, he-
matologia, coagulação e urinálise, em um único 
equipamento de apenas 1m² de espaço ocupado.
A Roche Diagnóstica tem um amplo portfólio 
de equipamentos para análises clínicas e labo-
ratoriais e destaca-se pela posição de liderança 
que ocupa no mercado de diagnóstico in vitro no 
Brasil, com 20% de market share, segundo o rela-
tório da CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, 
referente a 2011. A empresa oferece soluções para a medicina 
diagnóstica para laboratórios de pequeno, médio e grande porte. 
O sistema de análise de amostras cobas® p 312 otimiza 
o fluxo de trabalho dos profissionais, podendo processar até 
450 tubos de amostra por hora. Além disso, contribui para a 
melhoria dos custos e qualidade do laboratório, permitindo que 
consigam atingir objetivos individuais, de forma personalizada 
e segura, além de permitir resultados mais rá-
pidos ao paciente.
Durante o Congresso, a Roche Diagnóstica 
apresentou em seu estande seus principais 
equipamentos desenvolvidos para os labora-
tórios clínicos de pequeno e médio porte e as 
explicações do funcionamento de cada máquina. 
A Roche realizou conferência magna sobre as 
novidades no controle laboratorial dos anticoa-
gulantes orais e sobre como aperfeiçoar o fluxo 
de pacientes no hospital, com o uso do Point of 
Care, ministrada por renomados médicos, como 
Dr. Artur Bernardo, diretor clínico da Gais Clinic, 
da Suíça, Dra. Joyce Maria Bizzacchi, da Unicamp 
e Dra. Idelzuita Leandro Liporace, do Instituto 
Dante Pazzanese de Cardiologia. 
Além disso, a empresa levou ao evento especialistas de 
diversas áreas de saúde para conduzirem quatro workshops 
com os temas: “Controle da Glicemia Intra Hospitalar e a Ade-
são às Novas Tecnologias”, “Elecsys CMV e Toxo IgG Avidity 
assay”, “Hba1c”, e a palestra de lançamento do cobas p 312: 
“Automação pré-analítica ao alcance de pequenos e médios 
laboratórios”. 
Novo teste molecular detecta e diferencia 
35 tipos do papilomavírus humano de alto e baixo riscos
Roche aposta em novo equipamento voltado para laboratórios de pequeno e médio portes
NewsLab - edição 113 - 2012 58
A Servfarma Distribuidora iniciou suas operações em Cam-
pinas, SP, no ano de 2009, no segmento de distribuição de 
medicamentos especiais, atendendo todo território nacional. 
A empresa tem sólidas parcerias com a indústria farmacêutica 
e vem expandindo sua linha de produtos devido à procura por 
parte de vários laboratórios renomados.
No final de 2011 foi feita uma negociação com o Grupo Werfen 
Medical e a Servfarma iniciou uma operação na área diagnóstica 
através de um contrato de distribuição exclusiva firmado com o 
Grupo, para atender todo o estado de São Paulo.
Além da qualidade inquestionável dos produtos e equipa-
mentos, a seriedade da Werfen Medical e as perspectivas de 
negócios na região de atendimento foram decisivas para que a 
Servfarma aceitasse esse desafio. A empresa está fazendo um 
grande investimento importando somente equipamentos novos, 
todos em linha de fabricação, e em profissionais especializados, 
a fim de proporcionar um atendimento de qualidade aos clientes.
As linhas principais da Werfen representadas pela Servfarma são: 
● Equipamentos e reagentes da marca IL – Instrumentation 
Laboratory de gasometria e hemostasia, para pequenas, médias 
e grandes rotinas.
● Reagentes de autoimunidade da marca Inova
● Sorologia e imunologia da marca Biokit
● Biologia molecular da marca CEPHEID
Apesar dos poucos meses de início desta parceria, a Servfar-
ma já conquistou vários clientes de referência em todo o Estado 
e está trabalhando fortemente na divulgação das linhas em toda 
a sua área de atuação. 
 A empresa está focada não somente em conquistar novos 
clientes, mas em garantir um pós-venda eficaz em relação à 
rapidez na entrega dos produtos, assessoria científica e assis-
tência técnica especializadas. A operação logística está sendo 
feita somente com transportadoras qualificadas, garantindo as 
condições de armazenamento e controle de temperatura preco-
nizada pelos fabricantes.
: (19) 3273-7199
: (19) 3272-0899
: silvia@servfarmadistribuidora.com.br
: comercial@servfarmadistribuidora.com.br 
A BioSystems S.A., 
empresa europeia com-
prometida com a saúde 
das pessoas, oferece um 
portfólio amplo e abran-
gente de produtos de 
diagnóstico clínico por 
meio de sua rede exclu-
siva de distribuidores em 
todo o mundo e especifi-
camente no Brasil.
Desde a sua fundação, pesquisa, desenvolve, fabrica e co-
mercializa os seus próprios sistemas analíticos obtendo elevados 
padrões de qualidade. Tem se mantido fiel durante mais de três 
décadas a este ideal de promover o desenvolvimento dos seus 
produtos para a distribuição em todo o mundo.
Entre a sua ampla carteira de produtos, enfatiza a linha 
de reagentes dedicados aos seus próprios analisadores A15 e 
A25. Através desta integração, oferece um sistema completo 
como solução, incorporando também o serviço de apoio ofe-
recido pelos seus distribuidores altamente qualificados por 
meio de sua vasta experiência e da sua relação de fidelidade 
duradora no tempo.
Os kits de reagentes dedicados a A15 e A25 vêm especial-
mente apresentados em garrafas exclusivas, desenhadas para 
serem instaladas diretamente nos instrumentos proporcionan-
do uma grande comodidade no manuseio e segurança para 
os usuários, ajudando 
a melhorar a eficiência 
operacional e ao fluxo de 
trabalho nos laboratórios 
clínicos. Estes kits são 
apresentados no volume 
e composição adequados 
para aperfeiçoar a sua 
utilização em laboratório 
de acordo com o tipo de 
uso dos analisadores.
A flexibilidade nos processos de produção permite à Bio-
systems oferecer a sua vasta gama de reagentes em diferentes 
formas para melhor atender as necessidades dos usuários. Os 
reagentes são líquidos, estáveis e prontos para o seu uso. Jun-
tamente com o seu próprio material de controle e calibradores 
traçáveis para os mais altos padrões internacionais (WHO/IFCC, 
NIST, CDC, IRMM, etc.), que podem oferecer a melhor solução 
para os laboratórios.
A linha de reagentes dedicada à A15 e A25 têm sido extensi-
vamente avaliada em diferentes condições de carga de trabalho 
e validada de acordo com a Diretiva Europeia de IVD CE para 
obter o maior rendimento sobre os seus próprios analisadores. 
Biosystems atingiu um excelente nível de adaptação entre os 
reagentes e analisadores.
: www.biosystems.es
Nova parceria Servfarma Distribuidora-Werfen Medical no estado de São paulo
Linha de reagentes dedicada aos analisadores A15 e A25
NewsLab - edição 113 - 2012 62
A Roche está lançando no Brasil a linha LightMix® de kits 
de PCR em tempo real da Tib MolBiol* para a determinação de 
importantes alvos biológicos. Patologias associadas a micro-
-organismos ou ligadas a alterações genéticas, contam agora 
com protocolos validados para a linha LightCycler de equipa-
mentos de PCR em tempo real da Roche.
Ensaios contemplando enfermidades como hipertensão, 
doenças hematológicas, cardíacas, metabólicas e oncológicas, 
infecções por vírus e bactérias, kits para detecção de contami-
nantes da água e alimentos, farmacogenômica, entre outros, 
estão agora disponíveis.
A Roche, com grande tradição no mercado de ensaios base-
ados em reação em cadeia da polimerase ou PCR, disponibiliza 
solução completa para todo o fluxo de trabalho, da extração 
da amostra à análise.
A purificação de ácidos nucleicos pode ser manual, com kits 
como o High Pure PCR Template PreparationKit ou automati-
zada, através da linha Magna Pure, com equipamentos para o 
processamento de 8, 32 ou 96 amostras. 
Se for necessária a obtenção do cDNA (cópia do RNA, seja 
mensageiro ou viral), a linha Transcriptor Reverse Transcripta-
se oferece excelentes resultados, com transcriptase capaz de 
transcrever até 14 kb, graças à sua excelente estabilidade e 
proficiência em temperaturas de até 65°C. 
A linha LightCycler de equipamentos de PCR em tempo real 
também está ganhando um novo membro, o LightCycler 96. 
Equipamento versátil e compacto para placas de 96 poços ou 
tiras de oito tubos, realiza quantificação absoluta e relativa, 
expressão gênica, genotipagem end-point e HRM.
Possui computador integrado com tela do tipo touch screen e 
dispensa o uso de referência passiva graças ao seu sistema ótico 
especialmente projetado. Permite a realização de ensaios multiplex 
graças aos quatro canais de excitação e quatro filtros de emissão.
*Produtos destinados à pesquisa em ciências da vida, não indicados 
para diagnóstico in vitro.
: brasil.ras@roche.com
Roche traz ao Brasil a linha Tib MolBiol com testes exclusivos 
para o laboratório de biologia molecular
LightCycler 96, novo membro da linhaLightCycler 480 e LightMix® kits
As enzimas pancreáticas consistem, principalmente, em 
amilase para a digestão do amido, lipase para a digestão dos 
lipídios e tripsina para a digestão das proteínas. A lipase é uma 
enzima digestiva secretada pelo pâncreas para o duodeno, 
sendo necessária para a absorção e digestão de nutrientes. 
Tem o papel fisiológico de hidrolisar as longas cadeias de tri-
glicerídeos formando os ácidos graxos. A maior parte da lipase 
encontrada no soro é produzida pelo pâncreas, mas parte dela 
é também secretada pela língua e pelas mucosas gástricas, 
pulmonar e intestinal.
A determinação da lipase no soro é utilizada exclusiva-
mente para investigar distúrbios pancreáticos, tais como 
pancreatite aguda, pancreatite crônica e obstrução do duto 
pancreático. O aumento de lipase sérica é um sintoma de 
pancreatite, uma doença caracterizada, em parte, pelo ex-
cesso de produção de lipase e amilase. Após um ataque de 
pancreatite aguda, a atividade da lipase no soro aumenta 
dentro de 4 a 8 horas, alcançando o máximo por volta de 
24 horas, diminuindo em oito a 14 dias. As elevações da 
lipase geralmente correspondem às da amilase, mas os au-
mentos na sua atividade podem ocorrer mais precocemente 
ou persistir por mais tempo que os aumentos da atividade 
da amilase. O nível de lipase sérica é considerado mais 
específico do que o nível de amilase para a lesão pancreá-
tica. Há relatos de índices normais de amilase em até 20% 
de pacientes com pancreatite aguda, enquanto que os de 
lipase estão elevados. 
Outra condição de elevação de lipase não relacionada 
com distúrbio pancreático é a insuficiência renal. Cerca de 
80% dos pacientes com insuficiência renal apresentam ele-
vação da lipase de duas a três vezes o limite superior da sua 
faixa de referência. Outras condições que podem produzir 
elevação dos níveis séricos de lipase são: infarto intestinal, 
obstrução do intestino delgado e colangite aguda. Na maioria 
dos pacientes com estas condições, as elevações da lipase 
são menos de três vezes o limite superior. Outras condições 
associadas incluem caxumba, obstrução biliar extra-hepática, 
colecistite aguda, úlcera péptica e carcinoma pancreático.
Recentemente, a BioTécnica lançou no mercado um kit 
destinado a dosagem de lipase no soro e plasma. 
Referências 
1. Richard Ravel. Laboratório Clínico. Aplicações Clínicas dos dados 
laboratoriais. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
2. Carl A. Burtis; Edward R. Ashwood. Tietz Fundamentos de Química 
Clínica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1998
: (35) 3214-4646
: sac@biotecnicaltda.com.br
: www.biotecnica.ind.br
Lipase, agora dosada em soro e plasma pelo kit da BioTécnica
NewsLab - edição 113 - 2012 64
A imunofenotipagem por citometria 
de fluxo é uma tecnologia robusta e 
altamente empregada na enumeração e 
caracterização celular, incluindo subpopu-
lações normais e neoplásicas. Uma grande 
diversidade de amostras como sangue 
total, medula óssea, tecidos frescos, 
entre outras são utilizadas em testes por 
citometria de fluxo. Estas amostras são 
coletadas, transportadas, preparadas, 
analizadas e interpretadas, resultando em informações diag-
nósticas e prognósticas críticas para decisões terapêuticas. Para 
obtenção de resultados precisos e reprodutíveis, é essencial que 
os procedimentos sejam otimizados e padronizados e estejam 
sujeitos a rígidos controles de qualidade.
Programas de acreditação nacionais e internacionais, como 
o UK NEQAS (UK National External Quality Assessment Scheme) 
e CAP (College of American Pathologists), abrangem os pro-
cessos pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos, monitorando 
e certificando sua qualidade e permitindo a identificação de 
diversas fontes de inconsistências intra e interlaboratoriais. 
Estes programas contribuem continuamente para uma maior 
padronização e otimização através da submissão dos laborató-
rios acreditados a testes de proficiência nos diferentes ensaios 
monitorados.
Os citômetros de fluxo BD FACSCanto II e BD FACSCalibur, 
registrados junto à ANVISA para fins diagnósticos, contam 
com reagentes específicos (7-color setup beads e BD Calibrite, 
respectivamente) para realização de calibrações diárias e mo-
nitoramento de desempenho dos equipamentos. Nesta etapa 
são realizados testes que rastreiam a sensibilidade, linearidade 
e eficiência dos citômetros de fluxo, contando com softwares 
dedicados a análise, registro e armazenamento dos relatórios 
de controles de qualidade, permitindo, assim, rastreabilidade 
de todos os parâmetros analisados. Além 
disso, o processo de calibração gera tam-
bém configurações pré-otimizadas para 
ensaios com células humanas, minimi-
zando a necessidade de ajustes realizados 
pelo operador, identificada como uma das 
principais fontes de erro analítico nos 
ensaios citométricos.
O preparo das amostras representa 
também etapa fundamental do processo 
analítico, tendo sua criticidade ainda mais pronunciada em 
testes nos quais são realizadas contagens absolutas das células 
analisadas. A BD Biosciences é a fornecedora dos tubos BD Tru-
COUNT™, metodologia padrão-ouro para quantificação absoluta 
de células por citometria de fluxo. Para o monitoramento da 
ocorrência de erros sistemáticos relacionados ao preparo das 
amostras nestes testes, pode ser utilizado o BD TruCOUNT™ 
controls, com concentrações baixas, médias e altas de “beads” 
a serem contabilizadas pelo equipamento. O BD TruCOUNT 
controls é útil tanto para o controle de amostras preparadas 
manualmente, como para aquelas que utilizam preparadores 
semi-automatizados, como o Lyse Wash Assistant (LWA) e o 
BD FACS Sample Prep Assistant III (SPA III).
Consciente da necessidade de contribuir para os rígidos 
níveis de controle aos quais submetem-se os laboratórios clí-
nicos e comprometida com a qualidade dos ensaios realizados 
com seus produtos, a BD Biosciences, principal fornecedora de 
reagentes e equipamentos na área, apresenta soluções com-
pletas para o monitoramento das diversas etapas dos ensaios 
de citometria de fluxo abrangendo os pontos primordiais do 
processo analítico, desde a calibração dos equipamentos até o 
preparo das amostras utilizadas.
: www.bd.com
Amostras de fluido oral podem ser testadas para identificar o uso recente de várias drogas de abuso. Através da técnica 
de imunoensaio cromatográfico, a Biosys oferece o equipamento Cozart DDS e seus cassetes com diferentes perfis de drogas 
detectadas.
O fabricante possui mais de 17 anos de experiência no fornecimento de testes de triagem para detecção de drogas de abuso.Cassete Drogas Pesquisadas
Painel DDS801
Cinco Drogas Maconha, opiáceos, cocaína, anfetamina e metanfetamina
Painel DDS805 
Duas Drogas Maconha e extasy
Painel DDS806 
Seis Drogas Maconha, opiáceos, cocaína, anfetamina, metanfetamina e benzodiazepínicos
Características Benefícios
Fácil e simples de usar Portátil: após carregado funciona sem fio
Coleta de amostras em menos de um minuto Técnica estável e robusta
Impressora térmica para registro da análise Análise rápida: 5 minutos
O Controle de Qualidade na Citometria de Fluxo
Detector de drogas de abuso em saliva
: (21) 3907-2534
: (21) 3907-2509
: sac@biosys.com.br
: www.biosys.com.br
NewsLab - edição 113 - 2012 66
A Sebia, empresa francesa líder mundial em eletroforese, 
está presente em mais de 80 países e, no Brasil, é representada 
por sua subsidiária, Sebia Brasil, onde tem a cada dia assumido 
um papel de maior destaque na divulgação do conhecimento 
científico, como arma para combater as mais diversas doenças. 
Em uma de suas mais recentes iniciativas, no dia 26 de junho, 
a Sebia Brasil, em parceria com a empresa Alere – com quem 
tem realizado trabalhos de grande importância – patrocinou um 
workshop direcionado aos médicos de diversas especialidades 
com o tema “A Importância Clínica da Eletroforese e Imunofixa-
ção na detecção e monitoramento do Mieloma Múltiplo”. 
Com a participação central como palestrante, a Dra. Vânia 
Hungria, Profª. Adjunta da Disciplina de Hematologia e Onco-
logia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São 
Paulo, confessou estar realizando um grande sonho por partici-
par de um workshop onde o assunto principal era a necessidade 
de que médicos de todo o Brasil e do mundo estejam alertas 
para o fato de que a eletroforese de proteínas é atualmente 
o único teste capaz de monitorar e detectar precocemente o 
mieloma múltiplo, doença que se destaca como um dos mais 
recorrentes tipos de cânceres a acometer as células sanguíneas 
da população em geral. 
O objetivo deste evento foi mostrar aos médicos a neces-
sidade de que todas as pessoas façam o teste de eletroforese 
de proteínas, como exame de rotina, já a partir dos 40 anos 
de idade, a exemplo do que acontece atualmente em diversos 
países da Europa. Ou seja, a eletroforese de proteínas deve 
passar a ser adotado como exame de rotina no maior número 
possível de localidades, pois é comprovadamente a forma mais 
efetiva de evitar o agravamento desse tipo de câncer.
O mieloma múltiplo vem atingindo cada dia mais pessoas, 
principalmente jovens, e é de extrema importância que seja 
detectado o mais rapidamente possível, de preferência logo 
no início do surgimento, o que melhora o prognóstico e pode 
aumentar largamente a sobrevida dos pacientes, uma vez que 
o mieloma ainda não apresenta uma cura definitiva.
Segundo Edson Ferraz, gerente de produto da Sebia, even-
tos como este serão realizados em todas as regiões do Brasil 
com o objetivo de que o cenário do mieloma múltiplo, doença 
que atualmente é subdiagnosticada, mude radicalmente, pois 
em muitos casos, a descoberta tardia desse tipo de câncer 
inviabiliza tratamentos mais promissores. 
Ao lado de seu papel comercial, a Sebia está atenta também 
às questões científicas e sociais, e essa postura é o grande 
segredo de uma trajetória de sucesso em todo o mundo.
: (11) 3849-0148
Segundo dados da Associação 
Brasileira de Alergia e Imunopatologia 
(ASBAI), 30% dos brasileiros adquirem 
algum tipo de doença respiratória no 
inverno. A pneumonia é a doença que 
mais preocupa e pode ser adquirida 
por bactéria, vírus ou fungo. 
De acordo com a Organização Mun-
dial de Saúde (OMS), a pneumonia é a 
principal causa de morte em crianças 
no mundo inteiro. A cada ano morrem cerca de 1,6 milhões de 
crianças - 18% são vitimas menores de cinco anos.
Nas fases avançadas das doenças respiratórias, os métodos 
sorológicos são os mais indicados para auxiliar no diagnóstico 
dessas patologias. 
A Medivax oferece um portfólio capaz de auxiliar na identi-
ficação de vírus e bactérias por diferentes metodologias: 
Pneumobact IgG e Pneumobact IgM: kit multiteste para 
detecção simultânea de bactérias 
causadoras de pneumonia, usando 
apenas uma única lâmina. Metodologia 
de Imunofluorescência.
• Pneumoslide IgG e Pneumoslide 
IgM: kit multiteste para detecção si-
multânea dos vírus e bactérias mais 
frequentemente associadas às infec-
ções respiratórias humanas usando 
apenas uma única lâmina. Metodolo-
gias de imunofluorescência e Elisa.
• Painel de Vírus Respiratórios: o kit realiza triagem e iden-
tificação dos vírus: adenovírus, influenza A & B, parainfluenza 
1, 2 e 3 e vírus sincicial respiratório.
• Flu A/B, RSV e Legionella: kits para detecção por teste 
rápido com resultado em 15 minutos.
 
: (21) 2622-4646 / : medivax@medivax.com.br
Sebia debate a eletroforese na detecção e monitoramento do mieloma
Participação da Dra. Vânia Hungria durante o workshop sobre eletroforese da Sebia
Medivax oferece diagnóstico completo para doenças respiratórias
NewsLab - edição 113 - 2012 70
Em 1987 os microcomputadores eram novidade. A oferta de 
softwares para o setor limitava-se a dois ou três fornecedores, 
voltados para os laboratórios maiores. Foi nesse cenário que 
Pedro Silvano Gunther, então funcionário da Banestado Informá-
tica S/A, desenvolveu um aplicativo para uso de sua irmã e seu 
cunhado, proprietários de um laboratório em Santa Catarina. 
O fato de ter sido desenvolvido com técnicas de Organização e 
Métodos conferiu ao programa diferenciais de simplicidade de 
uso e eficiência nos resultados, atraindo a atenção de outros 
laboratórios, o que levou à criação da Hotsoft.
Passados 25 anos, a empresa comemora muitas vitórias. Foi 
a primeira a conquistar a certificação ISO 9001. Foi a primeira 
a lançar uma versão para a plataforma Windows. Foi a primeira 
a comercializar o produto e os serviços no sistema pay-per-
-use. O maior prêmio, contudo, é a conquista da confiança de 
500 laboratórios, grande parte deles clientes há dez, 15 e até 
20 anos. Euclides Gomes Junior, Diretor Técnico da empresa, 
ressalta: “Somos gratos à confiança que os clientes depositam 
em nossos produtos e serviços e entendemos que ela é resultado 
do investimento contínuo que fazemos em inovação e suporte, 
o que nos motiva a seguir com essa política”.
Uma das ações de comemoração programadas para este 
ano aconteceu no 39o Congresso Nacional da Sociedade Brasi-
leira de Análises Clínicas, realizado no início de julho no Rio de 
Janeiro. Expositora tradicional nos eventos da SBAC, a Hotsoft 
distribuiu brindes especiais para clientes e amigos. 
A participação em congressos nacionais e regionais é uma 
prática antiga da empresa. Carlos Tochio Mori Jr., Diretor de 
Negócios, explica: “Nossos laboratórios estão espalhados por 
todo o Brasil e, na maior parte das vezes, todo o processo, desde 
a comercialização até a prestação do suporte, passando pela 
instalação e treinamento, é feito remotamente. A tecnologia que 
desenvolvemos para permitir esse trabalho on-line atende os 
objetivos tanto de economia para o cliente como celeridade no 
atendimento. Mas o contato pessoal propiciado pelos congressos 
nos permite reafirmar pessoalmente o compromisso que temos 
com o sucesso do cliente”.
: (44) 3302-4455
: negocios@labplus.com.br
: www.hotsoft.com.br
hotsoft comemora 25 anos com clientes e amigos no CBAC
Euclides, Tochio, Marcos, Vanderson e Silmara integraram a equipe 
da Hotsoft no 39º CBAC
A concentração de linfócitos T helper 
(CD4) no sangue é comumente referida 
como contagem absoluta de linfócitos 
T-CD4+ e medida em células/µL. 
Em indivíduos infectados pelo HIV, a 
contagem absoluta de linfócitos T-CD4+ se 
mostra como um marcador de escolha para 
avaliaçãoda integridade do Sistema Imu-
nológico. Profissionais da saúde procuram 
monitorar a contagem absoluta de linfócitos 
T-CD4+ em pacientes positivos para HIV, a fim de acompanhar o 
progresso da doença e mensurar quando a terapia antirretroviral 
(TARV) deve ser iniciada. Uma mudança na contagem absoluta 
de CD4 nos pacientes em uso de TARV é o mais importante 
marcador da resposta aos medicamentos e da efetividade do 
tratamento. 
Segundo o Manual de Recomendações para Terapia An-
tirretroviral em Adultos Infectados pelo HIV do Ministério da 
Saúde, a abordagem laboratorial no início do acompanhamento 
clínico de pacientes assintomáticos precede e auxilia a avalia-
ção do benefício de iniciar a TARV, permitindo complementar a 
avaliação da condição geral da saúde, bem como pesquisar a 
presença de comorbidades. A contagem de linfócitos T-CD4+ 
estabelece o risco de progressão para 
AIDS e morte; portanto, é o indicador 
laboratorial mais importante em pacientes 
assintomáticos, para definir o momento de 
iniciar o tratamento. 
A Alere traz para o Brasil o Alere CD4 
Analyser - Pima, um revolucionário equi-
pamento Point of Care para quantificação 
de CD4 em apenas 20 minutos. Este 
citômetro requer um pequeno volume de 
amostra (aproximadamente 25µL) para executar a contagem de 
linfócitos T-CD4+ por imunofluorescência, medido diretamente 
em sangue total, obtido por punção capilar, ou sangue total com 
EDTA, obtido por punção venosa. 
Por se tratar de um equipamento portátil e robusto, com 
bateria interna inclusa, o teste pode ser executado tanto no 
laboratório como no local de atendimento do paciente, permi-
tindo ao profissional da saúde oferecer um cuidado diferenciado 
ao portador de HIV, sem perda de estabilidade da amostra.
 
: (11) 2131-5100 
: contato.br@alere.com 
: www.alerebrasil.com.br
Sistema Point of Care para quantificação de CD4
NewsLab - edição 113 - 2012 72
O Diabetes Mellitus (hiperglicemia) 
é uma síndrome metabólica de origem 
múltipla, decorrente da inativação total 
ou parcial da insulina, hormônio produ-
zido pelo pâncreas e responsável pelo 
metabolismo da glicose, dentre outras 
substâncias.
Os tipos de Diabetes são classifica-
dos de acordo com as causas:
Diabetes Mellitus tipo I: Ocasionado pela destruição da 
célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença 
autoimune, levando à deficiência absoluta de insulina.
Diabetes Mellitus tipo II: Provocado predominantemente 
por um estado de resistência à ação da insulina associado a 
uma relativa deficiência de sua secreção.
Diabetes Gestacional: Circunstância na qual a doença é 
diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento 
prévio da glicose.
Outras formas de Diabetes Mellitus: Quadro associado 
a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de 
medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
Comuns a todos estes tipos, a deficiência no metabolismo 
provoca o aumento da concentração de glicose no sangue.
Além do exame rotineiro de glicose, determinações como 
HbA1c (hemoglobina glicosilada) e frutosamina são importantes 
para detecção, monitoramento e controle da Diabetes.
A HbA1c é formada pela reação não enzimática da glicose 
com hemoglobina nativa. Este processo ocorre continuamente 
durante a vida das células vermelhas (média de vida 100 – 
120 dias). A razão da glicosilação é diretamente proporcional 
à concentração da glicose no sangue. 
O nível de HbA1c no sangue representa à média do nível 
de glicose de seis a oito semanas precedentes. Portanto, ela é 
conveniente para monitoramento da concentração do nível de 
glicose no sangue em um grande período em indivíduos com 
Diabetes Mellitus. 
Estudos clínicos mostram que baixos níveis de HbA1c podem 
ajudar na prevenção ou retardar o índice 
de complicações de diabetes tardio.
Frutosamina é o nome genérico 
dado a todas as proteínas glicosiladas, 
das quais a maior parcela é a albumina 
glicosilada, que se constitui na maior 
massa proteica plasmática depois da 
hemoglobina.
O nível sérico de frutosamina representa o valor médio da 
glicose sanguínea em um prazo de duas a três semanas, inferior 
ao da glicohemoglobina e idêntico ao das proteínas glicadas.
A determinação da frutosamina é adequada para a monito-
ração do metabolismo de glicose em pacientes com diabetes, 
especialmente Diabetes Mellitus tipo II e também adequada 
para a monitoração da eficácia de drogas. 
A frutosamina está elevada em todos os casos de diabetes 
sob controle metabólico inadequado, sendo concomitante à 
hiperglicemia e tem sido observado que os valores retornam 
aos níveis de referência 20 dias após a estabilização da glicemia 
em níveis adequados.
A diminuição da frutosamina é observada em pacientes 
com perdas elevadas de albumina ou em doenças que aumen-
tam o catabolismo proteico. Devido à importância diagnóstica, 
a Bioclin apresenta em sua linha kits de HbA1c e frutosamina.
HbA1c Frutosamina
Amostra: sangue total Amostra: Soro
Metodologia: imunoturbidimetria 
de partículas marcadas Metodologia: colorimétrica
Sensibilidade: 1% Sensibilidade: 10 mmol/L
Linearidade: até 15% Linearidade: 1000 mmol/L
Kit para automação Reagentes prontos para uso
Kit para automação
: (31) 3439-5454
: www.bioclin.com.br
 A crescente preocupação com a qua-
lidade de produtos e serviços prestados 
tem impulsionado enormemente a prática 
de análises para o controle da qualidade 
que assegurem confiabilidade ao produto 
comercializado. 
Análises de qualidade precisas depen-
dem da exatidão no emprego de técnicas, 
tanto quanto da qualidade do material utilizado. 
A utilização de material não próprio ou de baixa qualidade 
pode interferir no teste, gerando resultados não confiáveis, perda 
de amostras e gasto de tempo para realização de novos testes.
A linha de produtos da Labplas contempla sacos de coleta 
de amostras diferenciadas como sacos para coleta de água, de 
amostras de superfícies, de amostras fotossensíveis e outras, 
com a garantia de esterilidade e anula-
ção de outros interferentes e resistência 
para transporte e acondicionamento das 
amostras.
Análises microbiológicas em amostras 
sólidas exigem trituração e, semissólidas, 
exigem homogeneização do conteúdo, a fim 
de garantir que a porção analisada corres-
ponda proporcionalmente à porção total do conteúdo coletado. 
 Tais preparos são otimizados pelo emprego do homo-
geneizador tipo “Stomacher”, da marca Stomax, que, garantem 
eficácia ao processo, por meio de mecanismos de velocidade, 
ajuste de pás e número de batimento ajustáveis. 
: contato@stomax.com.br
hbA1c e Frutosamina: Importantes dosagens para monitoração do Diabetes Mellitus
Sacos de coleta de amostras Stomacher da Labplas
NewsLab - edição 113 - 2012 76
No processo laboratorial, a fase pós-analítica é de fundamen-
tal importância no contexto da assistência à saúde. É respon-
sável por cerca de 70% dos erros e é a etapa na qual ocorre o 
principal relacionamento com um dos clientes dos laboratórios 
clínicos: o médico solicitante.
Diversas atividades são desenvolvidas nesta fase, como a 
assessoria médica na correlação clínico-laboratorial, auxílio ao 
clínico na definição diagnóstica e a definição e notificação de 
valores críticos.
A assessoria médica pode, também, auxiliar na elaboração 
de Manuais de Exames, o que contribui para um melhor uso dos 
recursos laboratoriais, para a transferência de conhecimento 
à comunidade médica e divulgação de novos procedimentos.
Segundo levantamentos do Conselho Federal de Medicina, 
atualmente, existem no Brasil 1.148 médicos especializados 
em medicina laboratorial para as 16.657 unidades laboratoriais, 
ou seja, 0,07 especialistas por laboratório para atuarem em 
A USA Diag-
nóstica tem uma 
linha completa de 
kitscom a meto-
dologia quimiolu-
ninescência (CLIA) 
e é a única em-
presa no mercado 
nacional com a ex-
clusividade da marca Monobind.
A quimioluminescência é uma me-
todologia de alta sensibilidade e especi-
ficidade. Ideal para rotinas de pequeno 
e médio portes, pois permite testes 
manuais, de curto tempo de incubação. 
A l é m d o s 
kits, a USA Diag-
nóstica possui 
um equipamen-
to espec í f i co 
para CLIA, com 
a marca Mono-
bind, que além 
da exce lente 
qualidade, possui baixo custo.
Para maior confiabilidade nos re-
sultados, a USA Diagnóstica oferece o 
Multi-Ligand, um soro controle especí-
fico para as metodologias de quimiolu-
minescência e Elisa. 
Assessoria médica de referência do laboratório: uma opção acessível
 
produto Quantidades
Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3
Assessoria médica 20 contatos mensais 50 contatos mensais Contatos mensais ilimitados
Informativos técnicos 3 textos anuais 3 textos anuais 3 textos anuais
Instrução de exames - 1 revisão anual 1 revisão anual
Aulas e palestras - - 2 aulas anuais
todos os setores, como bioquímica, imunologia, microbiologia, 
biologia molecular, entre outros.
A Dhomo Assessoria Diagnóstica de Referência tem o objetivo 
de atuar como a assessoria médica atendendo seus colaboradores 
técnicos e clientes médicos. Para isso, disponibiliza uma equipe 
multidisciplinar que supre todas as atividades inerentes à medicina 
diagnóstica laboratorial. Desta forma, a empresa pode contar com 
especialistas e de forma acessível, segundo suas necessidades, 
por módulos de contratação, como demonstrado no Quadro.
Os benefícios da assessoria médica refletem-se na satisfa-
ção dos colaboradores das áreas técnicas, pelo respaldo para 
liberação de resultados; do cliente médico, pela disponibilidade 
do laboratório na discussão de resultados de todos os tipos de 
exames e do paciente, que recebe seus resultados mais escla-
recedores, podendo abreviar seu tempo de diagnóstico.
: (11) 3528-7406 / : contato@dhomo.com.br / : www.dhomo.com.br
USA Diagnóstica: quimioluminescência para todos
Anti-TPO T3 Total PSA Total FSH CKMB
Anti-TG T4 Livre TSH LH Troponina I
TG T4 Total CEA PRL Ferritina 
T3 Livre PSA Livre AFP HCG IgE Total
: (31) 3226-3330 / : usadiag@usadiagnostica.com.br / : www.usadiagnostica.com.br
Testes rápidos podem ser quan-
tificados no aparelho Easy Reader®. 
Easy Reader é uma leitora para a 
determinação quantitativa imunocro-
matográfica dos seguintes testes rápi-
dos: HCG, D-Dímero, PSA, Troponina, 
CK-MB massa, Mioglobina, Ferritina, 
Prolactina, TSH, CEA, AFP.
Easy Reader é compacto e leve. 
Possui impressora embutida, display, 
miniteclado e interface bidirecional.
: argoslab@argoslab.com.br
Testes rápidos 
quantitativos Argoslab
NewsLab - edição 113 - 2012 78
Após vivenciar muitas dificuldades por não contar com um 
sistema que contribua para o controle de seus processos e 
forneça informações para uma gestão competitiva, a diretoria 
do laboratório enfim decide: “Vamos trocar de LIS (Laboratory 
Information System)”. A tomada de decisão de forma segura é 
o primeiro e importante passo para que essa empresa tenha um 
caminho bem-sucedido até a alteração de sistema. Após essa 
etapa, porém, há inúmeras outras que devem ser planejadas e 
executadas – de ações para o envolvimento de pessoas até pro-
cedimentos de armazenamento de dados –, sempre em parceria 
com a empresa fornecedora da nova aplicação.
O analista de Suporte e Implantação Alexandre Calegari, da 
Shift, que desenvolve software para laboratórios clínicos, destaca 
que a busca por uma solução deve ser criteriosa, envolvendo 
desde o levantamento detalhado das necessidades do laboratório 
até a análise minuciosa das propostas apresentadas pelos forne-
cedores. “O mais importante é que o cliente tenha a consciência 
de que essa é sua oportunidade de, com paciência, solucionar os 
problemas que vinha enfrentando”, diz. “Ficar preso ao passado, 
sofrendo com a sensação de que todo o investimento financeiro 
e em tempo foi perdido, não ajuda a resolver a questão”.
Definido o fornecedor, chega a fase de planejamento da 
troca de sistema, o qual se dá por meio do 
gerenciamento de diversos itens, tais como: 
integração, qualidade, custos, tempo, recur-
sos humanos, aquisições, riscos e escopo. 
Um dos itens de maior importância, se-
gundo Calegari, é o envolvimento das pesso-
as, já que a falta de informação e motivação 
entre os colaboradores do laboratório pode 
gerar resistência na fase de execução, o que 
pode colaborar para um distanciamento entre 
o que foi projetado e o resultado. Outro pro-
cedimento que merece especial atenção é o 
armazenamento de informações. “Isso deve ser planejado sem 
se esquecer da disponibilidade dos dados aos usuários, já que 
eles precisarão ter acesso à aplicação antiga e ao novo LIS ao 
mesmo tempo”, afirma. “Além disso, deve-se considerar o que 
diz o Código de Defesa do Consumidor quanto à rastreabilidade 
dos dados”.
A importância desse tema motivou a Sociedade Brasileira de 
Patologia Clínica – Medicina Laboratorial a escolhê-lo como um 
dos assuntos a serem debatidos durante seu 46º Congresso, 
que ocorre de 4 a 7 de setembro em Salvador (BA). Buscando 
munir a comunidade laboratorial de conhecimentos atualizados 
sobre tecnologia da informação, a SBPC/ML convidou empresas 
da área para participar do Comitê de Tecnologia da Informação. 
No Congresso, as empresas integrantes do Comitê realizam 
apresentações sobre assuntos diversos; a Shift, neste ano, será 
responsável por abordar os procedimentos para troca de LIS. A 
palestra, ministrada pelo analista Alexandre Calegari, acontece 
no dia 5, às 10h30. A partir do dia 4 de setembro, o conteúdo 
estará disponível para download em www.sbpc.org.br/timl
: www.shift.com.br / : www.twitter.com/shift20anos
A mais moderna tecnologia de purificação de água 
utiliza o processo de separação, onde a solvente água 
é separada de um soluto de baixa massa molecular 
através uma membrana semipermeável, ou seja; 
permeável ao solvente e impermeável ao soluto.
Isso ocorre quando se aplica uma grande pres-
são sobre este meio aquoso, o que contraria o fluxo 
natural da osmose. Por esta razão esse processo 
é denominado osmose inversa ou reversa como é 
mais conhecido. A pureza elétrica da água produzida 
pelo sistema de osmose reversa depende dos elementos que 
constituem o sistema de purificação, assim sendo com este 
sistema obteremos água química e microbiologicamente pura.
• Totalmente automatizado
• Qualidade da água de saída: Tipo I (NCCLS) 
• Capacidade: 30 litros/hora 
• Sistema de pré-filtragem 
• Osmose reversa incluída 
• Duas Colunas de deionização (polimento) 
• Reservatório interno de 10 litros (mínimo) 
• Medição de resistividade/condutividade on line 
• Sistema de filtração bacteriológica e lâmpada 
ultravioleta
• Dupla saída com fluxo pressurizado 
• Garantia total de dois anos (exceto para elementos 
consumíveis)
• O sistema completo é composto por pré-filtro de 
sedimentos com porosidade de 5 micras, filtro de 
carvão em bloco, duas membranas de osmose rever-
sa, duas colunas de polimento, sensor automático de nível, 
bombas de pressurização, válvula solenoide, reservatório de 
10L, filtro antibactéria, porosidade de 0,1 micra, lâmpada 
germicida UV, filtro de ar com porosidade de 0,22 micra e 
medidor de condutividade on line
• Dimensões em “cm” (A x L x P): 104 x 55 x 44
• Peso líquido: 64 kg
: (11) 4055-9900 / :vendas@quimis.com.br / :www.quimis.com.br
Ultrapurificador de água para laboratórios Quimis
Troca de LIS exige planejamento quanto à ativação 
do novo sistema e ao armazenamento de dados
NewsLab - edição 113 - 2012 80
A internet oferece ótimas condições de obtenção de in-
formações commuita facilidade. A equipe do QualiChart, o 
mais usado programa brasileiro para o CIQ, tem oferecido 
pela internet os materiais científicos e práticos que vão faci-
litar ainda mais as ações dos profissionais de laboratório que 
desejam implementar a qualidade. Estão disponíveis no site 
do QualiChart os materiais em formato pdf para serem bai-
xados gratuitamente e utilizados por todos nos laboratórios e 
faculdades. Os assuntos são tratados de forma compreensível 
mesmo para os iniciantes, num formato leve e ilustrado e de 
aplicação imediata. 
As publicações trouxeram um grande diferencial para o 
programa QualiChart, que assim ajuda a preencher uma lacu-
na no contexto da informação especializada para a qualidade 
laboratorial. São materiais em formato de eBook, exercícios de 
interpretação, workshops gravados, com áudio, vídeo e slides 
e outros de compartilhamento de dúvidas dos usuários, com as 
respostas do consultor.
Alguns dos títulos já publicados: 
● Regras múltiplas: Visão geral das Regras de Westgard, do 
Controle da Qualidade
Guia para aprender as regras múltiplas e saber como aplicá-las.
● Três aplicações para o gerenciamento da qualidade analítica
Enfoques para utilização dos dados dos materiais e as maneiras 
de interpretá-los.
● Seis razões para cuidar do Controle Interno da Qualidade
Por que e para que cuidar da qualidade.
● Sete atitudes para lidar com não conformidades
Aprenda como incorporar bons hábitos no enfrentamento das 
situações de erros no Controle Interno da Qualidade. 
 Os gestores dos laboratórios estão usando esses materiais 
para capacitar o seu pessoal, sem custos. A aceitação e a procura 
dão uma medida da importância deles para tornar familiares os 
conceitos, uniformizando a linguagem e tornando o controle da 
qualidade um hábito. Muitos gestores têm montado pastas em 
seu laboratório, para que a informação fique disponível para 
consulta imediata e contribua para encaminhamento de soluções 
de perda da estabilidade e de queda do desempenho analítico.
O QualiChart se posiciona de modo diferenciado, com exten-
sões que o tornam mais que um completo sistema de cálculos e 
de verificação do Controle Interno: é também uma plataforma 
de apoio ao usuário e seus colaboradores no laboratório.
Basta acessar o site www.qualichart.com.br e fazer o down-
load dos diferentes materiais disponíveis.
: (31) 3273-7478
: contato@qualichart.com.br 
: www.qualichart.com.br
Os analisadores Mythic 18 e Mythic 22 são compactos, le-
ves, de baixo consumo de reagentes, requerem baixo volume 
de amostra, poucas manutenções, além do sistema de fácil 
operação com monitor touch screen e software em português.
Mythic 22 AL
● 22 parâmetros com carregamento e homogeneização auto-
máticos
● Realiza 45 amostras/hora
● Volume de amostra de 18,2 µL 
Com materiais de apoio, o controle interno da qualidade torna-se mais fácil
Linha de hematologia prodimol
Mythic 22
● 22 parâmetros com três histogra-
mas e um scartegrama
● Realiza 45 amostras/hora
● Volume de amostra de 15,7 µL
● Capacidade de armazenamento 
interno de até 1.500 resultados
● Metodologia: impedância, fotome-
tria e tecnologia ótica
Mythic 18
● 18 parâmetros com três histogramas
● Realiza 60 amostras/hora
● Volume de amostra de 9,8 µL
● Capacidade de armazenamento interno de até 1.000 re-
sultados
● Metodologia: impedância e fotometria
: (31) 2122-2955 / : (31) 2122-2944 
: www.prodimol.com.br | alere.com
NewsLab - edição 113 - 2012 84
A Afip Medicina Diag-
nóstica disponibiliza para 
clientes em todo o país 
o serviço de Apoio em 
Medicina Molecular. A ins-
tituição, que tem mais de 
30 anos de experiência, 
conta com a certificação de 
Acreditado Pleno da ONA.
Tendo como base a 
pesquisa científica, o setor de Medicina Molecular conta com 
investimentos contínuos em novas tecnologias e com equipes 
experientes, supervisionadas por especialistas com doutorado, 
nas áreas de Biologia Molecular, Citogenética e Genética Mole-
cular, disponibilizando um menu com mais de 1.000 exames.
A área de Biologia Molecular conta com extração automati-
zada de DNA e RNA, que, ao utilizar tubo primário, minimiza o 
risco de troca e contaminações pela manipulação de amostras. 
A área de Citogenética atua na realização do exame de cari-
ótipo, técnica que permite a análise de síndromes genéticas, de 
anomalias congênitas e malformação fetal e a investigação de 
infertilidade e abortamento de repetição, entre outros. O labora-
tório utiliza os mais avançados sistemas de captura de imagem e 
todos os exames são 
analisados por dois 
especialistas. 
A Genética Mole-
cular oferece ferra-
mentas para o diag-
nóstico de diversas 
enfermidades e o 
acompanhamento 
terapêutico em onco-
-hematologia e oncologia molecular. Os laudos são elaborados 
com informações detalhadas e interpretações práticas dos 
resultados, de acordo com literatura internacional.
A expertise científica, a qualificação dos profissionais e 
o investimento em tecnologia são diferenciais do serviço de 
Apoio em Medicina Molecular, que oferece ainda uma central 
de atendimento exclusiva. 
Confiança, inovação e agilidade são alguns dos valores à 
disposição dos clientes da AFIP Medicina Diagnóstica.
: (11) 5908-7105 
: contato@apoioafip.com.br
: www.apoioafip.com.br
Os ensaios com alérgenos mole-
culares da Siemens Healthcare Diag-
nostics foram os primeiros no mundo 
a obter a aprovação do FDA (Food and 
Drug Administration, órgão que regula 
a comercialização de drogas e comidas 
nos EUA, bem como equipamentos 
médicos e materiais para diagnóstico) 
e agora estão disponíveis no Brasil na 
plataforma Immulite 2000. Estes no-
vos testes permitem a identificação de reações cruzadas, que 
são aquelas que ocorrem quando os alérgenos que existem 
em diferentes fontes são similares, já que utilizam uma única 
molécula específica do alérgeno para quantificar os níveis de 
IgE. Permitindo assim que o médico saiba qual a exata fonte 
de alergia e obtenha um diagnóstico mais preciso.
Outra novidade da Siemens são os testes para dosagem 
de IgG e IgG4 específica. Os ensaios IgG e IgG4 permitem a 
dosagem dos anticorpos IgG e IgG4 específicos de alérgenos, 
respectivamente, em soro e plasma humano. A quantificação in 
vitro dos anticorpos IgG e de sua subclasse, IgG4, auxiliam na 
investigação de doenças alérgicas. Os anticorpos IgG também 
conferem proteção contra as reações de 
hipersensibilidade. Já a dosagem sérica 
de IgG4 é frequentemente utilizada 
para correlacionar o nível de resposta 
do paciente e a exposição ao alérgeno. 
Pacientes que realizam imunoterapia, ge-
ralmente, apresentam níveis aumentados 
de anticorpos IgG e IgG4 específicos.
A Siemens também acrescenta ao 
menu do Immulite 2000 um novo teste 
de detecção: doenças autoimunes. O ensaio anti-CCP (cyclic 
citrullinated peptide) destina-se à determinação semiquanti-
tativa da classe de autoanticorpos IgG específicos do peptídeo 
citrulinado cítrico (CCP) no soro ou plasma humano para auxiliar 
no diagnóstico da Artrite Reumatóide (AR).
Lançamentos que mais uma vez evidenciam a visão inova-
dora e o compromisso da Siemens Healthcare Diagnostics em 
trazer soluções que atendam às necessidades de seus clientes e 
pacientes com padrões de excelência em qualidade e segurança. 
Call Center: 0800 7734977
: www.siemens.com.br
Siemens adiciona novos ensaios de alergia 
e doenças autoimunes à plataforma Immulite 2000
Afip Medicina Diagnóstica lança Apoio em Medicina Molecular
NewsLab - edição 113 - 2012 86
Metotrexato ou MTX é um antimetabólito usado no tra-
tamento do câncer e doenças autoimunes que age inibindo 
o metabolismo do ácido fólico, através da inibição da enzima 
diidrofolato redutase.
A leucovorinaé um fármaco adjuvante no tratamento de 
neoplasias que é convertido em outros derivados reduzidos de 
ácido fólico (p.e. tetraidrofolato) e, portanto, possui atividade 
vitamínica equivalente à do ácido fólico. Contudo, dado que 
não requer a ação da diidrofolato redutase para a sua conver-
são, a sua função como vitamina não é afetada pela inibição 
desta enzima por drogas como o metotrexato. A utilização de 
leucovorina de “apoio” permite a administração relativamente 
segura de doses muito elevadas de metotrexato para obter 
uma atividade antineoplásica máxima. Como o grau de citoto-
xicidade do metotrexato está relacionado com a concentração 
do fármaco e com a duração da exposição, as doses de apoio 
de leucovorina devem ser suficientemente altas e durar o 
tempo suficiente para evitar a toxicidade do metotrexato. A 
monitorização das concentrações de metotrexato e a sua taxa 
de declínio no soro durante o tratamento terapêutico com do-
ses elevadas é essencial para a concepção de doses de apoio 
adequadas de leucovorina.
A Siemens Healthcare Diagnostics, cumprindo seu compro-
misso de continuamente oferecer a mais completa solução em 
diagnóstico, oferece com exclusividade o ensaio de dosagem 
de Metotrexato, que é uma técnica de imunoensaio enzimático 
homogêneo, utilizada para a análise de compostos específicos 
em líquidos biológicos. O ensaio baseia-se na competição para 
os locais de ligação dos anticorpos entre o fármaco presente na 
amostra e o fármaco marcado com a enzima glicose-6-fosfato 
desidrogenase (G6PDH). A atividade enzimática diminui após a 
ligação com o anticorpo, sendo a concentração de fármaco na 
amostra medida em termos de atividade enzimática. A enzima 
ativa converte o dinucleotídeo nicotinamida-adenina (NAD) 
oxidado em NADH, resultando numa alteração na absorbân-
cia, que é medida espectrofotometricamente. A G6PDH sérica 
endógena não interfere no resultado, pois a coenzima funciona 
apenas com a enzima bacteriana (Leuconostoc mesenteroides) 
utilizada no ensaio.
Com o mais completo e abrangente menu de Drogas 
Imunossupressoras (ISD) do mercado, a Siemens Healthcare 
Diagnostics oferece os ensaios: Tacrolimus, Ciclosporina, Ci-
closporina de largo espectro, Sirolimus, Ácido Micofenólico além 
do Metotrexato para uso nos aparelhos da linha Dimension®.
Call Center: 0800 7734977
: www.siemens.com.br
hemoglobina glicada Argoslab
Sistemas Siemens Dimension®: solução 
completa em ensaios de drogas imunossupressoras (ISDs)
A Quotient Diagnostics desenvol-
veu analisadores verdadeiramente 
revolucionários para a dosagem de 
HBA1c: simples, rápidos e confiáveis. 
Eles representam um novo padrão 
de teste de Hb A1c, combinando 
química avançada, design inovador 
de produtos e estado da arte de 
instrumentação ótica e eletrônica.
O teste é muito simples de rea-
lizar e requer mínima interação hu-
mana, além de ser automaticamente 
calibrado para garantir a máxima 
precisão e exatidão nas reações.
Quo-Test e Quo-Lab utilizam o método de separação 
por afinidade, com o exclusivo e patenteado sistema fluo-
rescence quenching, obtendo os resultados em 3 minutos, 
com apenas uma gota de sangue.
Quo-Test e Quo-Lab medem a 
mudança na fluorescência de um 
reagente patenteado quando rea-
ge com a hemoglobina glicada na 
amostra de sangue de um paciente. 
Uma segunda medição fotométrica 
é então utilizada para normalizar a 
concentração de hemoglobina e do 
volume da amostra. Esta tecnologia 
confere inúmeras vantagens de de-
sempenho operacional inigualáveis. 
Quo-Test Point of Care e Quo-
-Lab são certificados pelo NGSP (National Glycohemoglobin 
Standardization Program).
: argoslab@argoslab.com.br
NewsLab - edição 113 - 2012 90
Com a característica 
de quem é pioneiro no 
mercado de diagnóstico 
do Brasil, sempre promo-
vendo a qualidade como 
característica básica de 
sua existência, o Grupo 
Interteck Katal se pre-
ocupa com o constante 
desenvolvimento do seu 
portfólio nas diversas li-
nhas de atuação, procurando ser um dos melhores fornecedores 
de produtos diagnósticos do país.
Dentro dessa filosofia, está expandindo sua linha de Bioquí-
mica Clínica através da integração de novos produtos, tais como 
a lipase e a proteína URI+.
A lipase pancreática (LPS) é uma enzima secretada pelo 
pâncreas para o duodeno com a função de hidrolisar os triglicé-
rides sem seus constituintes, os ácidos graxos. Sua excreção é 
feita por filtração através dos glomérulos renais. Sua avaliação 
é essencial no diagnóstico das patologias pancreáticas. Na pan-
creatite aguda, os níveis de lipase normalmente acompanham 
os da amilase. Os níveis de lipase geralmente aumentam um 
pouco mais tarde do que os da amilase, começando dentro de 
3 a 6 horas, atingindo seu pico em 24-48 horas e, na maioria 
dos casos, retornam à faixa normal em 7 a 10 dias.
Os valores de lipase na pancreatite podem alcançar de 
5-10 vezes o limite superior de referência. Seu aumento não 
necessariamente se correlaciona com a gravidade da doença. 
Em outras doenças seus níveis são inferiores a três vezes os 
valores de referência. Como a excreção da lipase é feita através 
dos rins, na insuficiência renal, de uma maneira geral, seus 
níveis são elevados. Outras patologias que elevam os níveis 
de lipase: infarto intestinal, colangite aguda, obstrução do 
intestino delgado, pancreatite crônica recidivante, ecolecistite 
aguda, enzima secretada pelo pâncreas para o duodeno para 
hidrólise do triglicérides e seus constituintes. A lipase aparece 
na corrente sanguínea após uma lesão das células acinares 
pancreáticas e a determinação da lipase sérica é considerada 
por muitos como um 
teste muito sensível e 
específico da pancrea-
tite aguda. 
Proteína URI+: em 
condições normais, o 
glomérulo impede a 
passagem das molécu-
las de proteína para a 
urina. Entretanto, uma 
pequena quantidade é 
eliminada, podendo chegar a 140mg/24 horas ou 15 mg/dL. 
A determinação de proteínas na urina é um indicador para a 
avaliação de enfermidades renais. A proteinúria pode ser clas-
sificada em funcional e orgânica. Entre as funcionais, inclui-se 
a produzida por esforço físico exagerado e frio excessivo. Na 
gravidez pode haver proteinúria, sendo em pequena quantidade, 
ocasional ou intermitente. 
A proteinúria orgânica é subdividida em pré-renal: estados 
febris, insuficiência cardíaca, mixedema, mieloma múltiplo; 
renal: glomérulo nefrite, nefrite lúpica, síndrome nefrótica, 
toxemia gravídica, nefropatias tóxicas; pós-renal: cistite, pros-
tite, uretrite, infecção da pelve, e dos ureteres. Os valores da 
proteína no líquor variam ligeiramente com a idade sendo mais 
elevados nos primeiros seis meses, reduzindo-se a níveis abaixo 
do normal no adulto jovem e chegando a valores de 15 a 45 
mg/dL após os 10 anos. Após os 45 anos ocorre uma elevação 
progressiva com a idade. Concentrações elevadas da proteína 
do líquor ocorrem nas seguintes situações: punção lombar 
traumática por contaminação com sangue periférico, aumento 
da permeabilidade da barreira hemoencefálica, obstrução da 
circulação, síntese aumentada das proteínas dentro do sistema 
nervoso central e em condições degenerativas como Síndrome 
de Parkison e Esclerose Lateral Amniotrófica.
: (11) 3429-2555
: interteck@interteck.com.br
: www.interteck.com.br
Durante o 46º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/
Medicina Laboratorial, em Salvador, o DB destaca o diagnóstico 
precoce da Doença de Alzheimer, já que é o primeiro labora-
tório de apoio do país a oferecer o teste capaz de diagnosticar 
e diferenciar precocemente a Doença de Alzheimer através da 
mensuração de biomarcadores associados. 
O diagnóstico diferencial da Doença de Alzheimer em relação 
às outras formas de demência é de suma importância na clínica 
médica, bem como a identificaçãodos fatores de risco na fase 
pré-clínica, ainda antes dos primeiros sintomas serem notados. 
A mensuração precoce dos biomarcadores envolvidos neste 
processo tem papel fundamental para o diagnóstico e prognóstico 
da Doença de Alzheimer. O teste quantifica três biomarcadores: 
A 1-42 (beta amiloide), tau (total), e P-tau181P (tau fosforilada) 
em amostras de líquor.
 
: (41) 3299-3400
: db@dbdiagnosticos.com.br
: www.diagnosticosdobrasil.com.br
Diagnósticos do Brasil apresenta oficialmente 
novo teste laboratorial no Congresso da SBpC/ML 
Grupo Interteck Katal: sempre em sintonia com o mercado diagnóstico
Kit Proteína URI+Kit Lipase
NewsLab - edição 113 - 2012 92
A centrifugação é um procedimento comum e eficiente em 
diversas técnicas laboratoriais e cada vez mais se faz necessária 
a utilização de materiais de consumo de qualidade para este 
tipo de procedimento. 
É de extrema importância trabalhar com produtos que não 
tragam “dor de cabeça”, ainda mais quando temos sob nossa 
responsabilidade amostras biológicas, nas quais se houver 
quaisquer deslizes na técnica desempenhada, sua repetição 
se tornará inevitável e ainda será necessária a convocação do 
paciente para uma nova coleta, obtendo como consequência 
a perda de tempo e dinheiro para o laboratório além da insa-
tisfação do cliente. 
Pensando na garantia, qualidade e segurança dos exames, 
a EasyPath desenvolveu e agora disponibiliza os tubos de cen-
trifugação com fundo cônico ou autossustentável desenhados 
e confeccionados de modo a atender às mais variadas técnicas, 
possuindo as seguintes características: 
● Confeccionados em polipropileno de alta transparência e 
resistência
● Esterilizados por radiação gama, evitando possíveis conta-
minações proporcionadas por outros tipos de esterilizações
● Graduação de fácil visualização e com exatidão dos volumes 
apresentados
● Paredes uniformes apresentando resistência nas centrifuga-
ções, suportando até 10.000 RPM
● Tampa e corpo com sistema de rosca preciso, dispensa o uso 
de o-ring´s e evita o vazamento de líquidos
● Autoclavável a 121°C por até 30 minutos
● Suporta baixas temperaturas
● Volumes de 15ml (fundo cônico) e 50ml (fundo cônico e 
autossustentável)
Uma amostra dos tubos de centrifugação EasyPath pode 
ser solicitada.
: (11) 5034-2227 
: www.erviegas.com.br
Pelo quinto mês consecutivo a J. Moraes vem crescendo 
em relação ao ano anterior. Somente em junho o incremento 
foi de 32% no faturamento, quando comparado com o mesmo 
período de 2011. 
Mas esse não é o único motivo de comemoração para a 
empresa. O plano de automação dos processos iniciado em 
março também começa a dar frutos, participando diretamente 
desse crescimento contínuo.
“A automação dos processos vem acontecendo de forma 
paulatina e personalizada para atender às necessidades de 
cada cliente”, afirma Carlos Olla, fundador da VisionNet Brasil, 
empresa contratada pela J. Moraes para implantar o novo sis-
tema. Segundo ele, toda a cadeia tem se beneficiado, desde o 
recebimento das informações no cliente, passando pela análise 
e processamento dos dados até retornar ao cliente nos formatos 
específicos, promovendo assim o reaproveitamento das infor-
mações e a continuidade do fluxo de trabalho, sem qualquer 
outra adequação intermediária.
João Gomes de Moraes, diretor-presidente da J. Moraes, 
está muito satisfeito com os resultados, que se refletem no 
ganho de tempo e na qualidade da informação. “A automação, 
que segue nossos princípios de qualidade total, agiliza toda a 
operação interna, minimizando erros e maximizando resultados, 
não apenas para a J. Moraes, mas para todos os nossos clientes 
e parceiros. Trata-se de uma solução sistêmica e que capacita 
a empresa na gestão, mensuração e adequação constante de 
nossas atividades integradas”, completa.
Os processos de importação e desembaraço aduaneiro já 
se encontram na fase de homologação. A meta da empresa é 
ter o sistema totalmente homologado até o final deste ano.
: (11) 2461-9290
: www.jmoraes.com.br
Segurança nas centrifugações: tubo cônico para centrifugação Easypath
J. Moraes: tecnologia e crescimento andando juntos
NewsLab - edição 113 - 2012 96
No dia 14 de junho o mundo todo comemora o Dia Mundial do Doador 
de Sangue. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 
2004, como forma de agradecer aos doadores que são parte fundamental na 
vida das pessoas dependentes de transfusão sanguínea. Para celebrar este 
dia, a Fundação Pró-Sangue organizou um evento chamado “Doe Sangue e 
Passe a Bola para um Amigo”. A ideia da ação, que conta com a colabora-
ção da Sysmex, é mostrar a importância da doação de cada pessoa para a 
manutenção dos estoques dos bancos de sangue. Neste ano muitas pessoas 
passaram pelo posto de coleta no Hospital das Clínicas de São Paulo e doaram 
sangue como forma de apoio a campanha.
A Fundação Pró-Sangue é uma entidade sem fins lucrativos, ligada a 
Agência Estadual de Saúde e a Escola de Medicina da Universidade de São 
Paulo (USP). Essa fundação é o maior banco de sangue da América Latina 
e é responsável por suprir sangue para mais de 130 hospitais na cidade de 
São Paulo. Em 1998, obteve da Instituição Britânica de Normas e Padrões 
as certificações ISO 9001:2000, se tornando o primeiro banco de sangue 
público no Brasil a implementar um controle de qualidade nos seus produtos 
e serviços. A partir de então, a Fundação Pró-Sangue tem repetidamente 
renovado suas certificações e melhorado seus processos.
O analisador hematológico XS-1000i da Sysmex, reconhecido pela sua 
grande linearidade, está integrado à rotina da Fundação Pró-Sangue. Ele tem 
provado ser uma ferramenta útil para controlar a qualidade das plaquetas 
nos bancos de sangue.
Doe Sangue - Doar sangue é um processo rápido, simples e seguro. 
Mas para aqueles que necessitam dessa ação solidária, esse gesto vai além 
– significa VIDA.
: www.sysmex.com.br
A Waters acaba de lançar o Sistema Acquity 
UPC2™ UltraPerformance Convergence Chromatogra-
phy™, uma nova categoria na ciência da separação, 
que combina o potencial da cromatografia de fluido 
supercrítico (SFC) com a tecnologia de UPLC® e a 
expertise na manipulação de fluidos, temperatura e 
pressão que somente a Waters possui. 
O UPC2 já pode ser acoplado com as soluções em 
espectrometria de massas da Waters, anteriormente 
considerado incompatível com a cromatografia de fase 
normal ou até mesmo com os sistemas de SFC dis-
poníveis, devido a limitações de interface e software. 
O dióxido de carbono (CO2) é o principal com-
ponente da fase móvel deste sistema, oferecendo 
uma série de vantagens às fases móveis líquidas ou gasosas 
encontradas nos sistemas de LC e GC. O uso de CO2 ou a 
combinação deste com cosolventes cria uma fase móvel 
de baixa viscosidade, o que permite atingir altas taxas de 
difusão e transferência de massa quando com-
parados aos solventes líquidos utilizados em 
HPLC e separações a baixa temperatura, quando 
comparados à GC. Esses fatores, aliados com a 
tecnologia de partículas sub-2mm e a facilidade 
de modificações na fase móvel, na pressão e 
temperatura do sistema, possibilitam um ajuste 
fino de parâmetros que trazem ganhos de reso-
lução e seletividade, pelo controle dos tempos 
de retenção. Isso permite a separação de uma 
variedade de compostos, que antes era muito 
complexa para as tradicionais técnicas de LC e 
GC, ampliando as fronteiras da ciência.
O sistema é totalmente compatível com as so-
luções em informática da empresa, em particular, os softwares 
Empower™ e MassLynx™ e também com toda a linha de colunas.
: www.waters.com
A lanceta retrátil descartável estéril da 
Cral é utilizada para a coleta de amostras de 
sangue capilar, a partir da ponta do dedo, 
calcanhar ou lóbulo da orelha pararealizar 
testes em laboratório clínico, unidades de 
saúde ou a domicílio no caso de autotestes, 
(por exemplo: glicemia).
Especificações e características técnicas:
A lanceta é formada por uma cânula 
de aço com a ponta afiada, envolta por um 
dispositivo de segurança de plástico que, ao 
ser pressionado, libera automaticamente a 
lanceta evitando o contato direto do paciente 
com o produto.
/: (11) 3454-7000 / 2712-7000 
: vendas@cralplast.com.br
: www.cralplast.com.br
Lançamento Cral: lanceta retrátil 
descartável estéril
Sysmex apoia Fundação pró-Sangue no 
Dia Mundial do Doador de Sangue no Brasil
Waters apresenta o sistema Acquity UpC2 premiado na pITTCON 2012
NewsLab - edição 113 - 2012 98
O leitor Aklides® oferece triagem totalmente automa-
tizada de negativos ou positivos de FAN em 15 segundos. 
Possibilita ainda a identificação e interpretação dos pa-
drões através de imagens armazenadas automaticamente no 
computador, sem o uso de microscópio de IFA, permitindo o 
arquivamento digital dos resultados em um banco de dados 
que pode ser enviado via e-mail em formatos PDF e CSV. 
É interfaceável.
: argoslab@argoslab.com.br
O tubo a vácuo para VHS 8x120mm tem as seguintes 
características: 
● Tubo a vácuo em vidro com tampa de goma na cor preta
● Sistema VHS operacional fechado e seguro
● Compatível com o Método de Westergreen
● Resultado em 30 minutos
● Contém citrato de sódio 3,8%, aspiração 1,6ml
● Baixo custo por teste
● Anticoagulante próprio para a realização do VHS (veloci-
dade de hemossedimentação)
O tubo é utilizado para coleta de sangue destinado aos 
testes de velocidade de hemossedimentação (VHS) em la-
boratório clínico. A velocidade de hemossedimentação é um 
marcador de resposta inflamatória.
/: (11) 3454-7000 / 2712-7000 
: vendas@cralplast.com.br
: www.cralplast.com.br
Com o objetivo de proporcionar maiores resultados aos seus 
clientes nos projetos de consultoria em processos, a Formato 
Clínico estruturou parceria com a empresa Ótima Estratégia e 
Gestão, consultoria especializada na ferramenta Lean. 
Baseada no Sistema Toyota de Produção, o Lean possui como 
principal objetivo a eliminação de desperdícios e o gerenciamento 
do valor na ótica do cliente e na melhoria contínua. Segundo 
Luís Oliveira, sócio da Ótima, “Habitualmente, em qualquer setor 
identificamos que mais de 50% do tempo para execução de um 
serviço ou fabricação de um produto é consumido por atividades 
consideradas como desperdícios puros, que só agregam custo e 
reduzem a rentabilidade das empresas. No setor de saúde não 
é diferente e temos grandes oportunidades de melhoria e de 
otimização em todos os seus processos”. 
A parceria entre as empresas terá como foco a realização 
de treinamentos com base na ferramenta Lean e a realização 
de projetos Kaizen. “Nossos treinamentos possuem o objetivo 
de disseminação da cultura Lean nas empresas, transformando 
todas as pessoas em agentes de melhoria, crescimento e susten-
tabilidade”, comenta Carmen Paz Oplustil, diretora da Formato 
Clínico. Os projetos Kaizen são realizados em uma semana, 
iniciando com treinamento e finalizando com avaliação dos re-
sultados obtidos com as mudanças. Claudia Meira, responsável 
pela Unidade de Negócio Consultoria de Processos e Qualidade 
da Formato Clínico, complementa: “Os resultados ocorrem em 
diversas frentes, como otimização de espaço, melhora da pro-
dutividade, maior velocidade e redução de prazos de exames e, 
principalmente, melhoria na qualidade técnica e do trabalho”. 
“Definimos o Lean como metodologia por apresentar re-
sultados significativos e imediatos. E para que isso ocorra da 
melhor forma possível, estruturamos esta parceria com a Ótima 
que possui ampla experiência na metodologia” finaliza Carmen. 
Desta forma, a Formato Clínico espera seguir contribuindo para 
o crescimento do setor. 
: (11) 3528-7405 
: formatoclinico@formatoclinico.com.br 
: www.formatoclinico.com.br
Formato Clínico estrutura Joint Venture para oferecer a 
metodologia Lean como ferramenta para aumento de produtividade 
Aklides®: único leitor automático de 
FAN hEp-2 aprovado na Anvisa
Tubo para coleta de sangue a vácuo 
para VhS: mais um lançamento da Cral
NewsLab - edição 113 - 2012 100
Por mais um ano a Sysmex América Latina e Caribe foi 
patrocinadora máster do Congresso Brasileiro de Análises 
Clínicas (CBAC), realizado este ano no Centro de Conven-
ções SulAmérica, na cidade do Rio de Janeiro. Como já é de 
tradição, a Sysmex se preocupou em compartilhar os conhe-
cimentos e as novas tecnologias do mercado de diagnóstico 
in vitro através de palestras ministradas no seu estande. A 
grade de palestras foi extensa, contando com oito diferentes 
palestrantes se dividindo nos três dias de congresso. Segundo 
a Dra. Sílvia Martinho, consultora científica da Sysmex e uma 
das palestrantes, “a maior alegria é ter a certeza de que os 
assuntos das palestras ministradas são de interesse geral, 
dada a presença maciça das pessoas. Além disso, receber um 
feedback positivo da utilização no dia-a-dia desses conteúdos 
é muito gratificante profissionalmente”. 
Como patrocinador Master, a tradicional palestra magna, 
que aconteceu no segundo dia do evento, foi de respon-
sabilidade da Sysmex. Para tal, a empresa contou com a 
presença ilustre de um profissional renomado da área, o Dr. 
Dimário Castro, especialista em Patologia Clínica, Mestre em 
Ciências Morfológicas da UFRJ e Gerente Técnico Hospitalar 
do Laboratório Richet. Nessa oportunidade ele ministrou a 
palestra intitulada “A evolução da automação em hemato-
logia. Uma história de sucesso!”, que teve a presença de 
mais de 500 congressistas. 
A Sysmex mostrou no seu estande o equipamento CellaVi-
sion DM96, sistema digital automatizado para morfologia ce-
lular. O equipamento foi projetado para ajudar os laboratórios 
na localização avançada, pré-classificação e/ou caracterização, 
visualização, armazenagem e transmissão de imagens de 
células sanguíneas. É um sistema altamente sofisticado de 
classificação celular, que reduz a subjetividade e aumenta a 
precisão do diagnóstico. “Mais uma vez tivemos a oportunidade 
de mostrar ao público a tecnologia de ponta do CellaVision, 
bem como promover a atualização científica dos profissionais 
da área”, afirma Fernando Gatz, Gerente de Marketing da 
Sysmex América Latina e Caribe. Além desse aparelho, outros 
três também foram exibidos no estande, o KX-21N e o XS-
-1000i, dedicados a laboratórios de rotina de processamento 
pequena e média, respectivamente, e o XT-4000i, destinado 
a laboratórios com uma rotina de processamentos maior.
Em parceria com a Roche Diagnóstica, a Sysmex patro-
cinou o evento social do congresso chamado de “Terça-feira 
Cultural”, que este ano foi realizado no foyer do pavilhão de 
exposições. A estrela da noite foi a banda Groove Samba, que 
é composta por DJ e ritmistas que mesclam ritmos e efeitos 
criando uma nova roupagem para segmentos musicais já 
consagrados. Focando no samba, importante item cultural 
do Rio de Janeiro, a banda animou por mais de uma hora os 
congressistas que lá estiveram.
: www.sysmex.com.br
A Abbott realiza entre os dias 18 e 20 de setembro, 
na Cidade do Panamá, a 5ª edição do evento “Turning 
Science into Caring”, Simpósio de Laboratórios Clínicos da 
América Latina. 
O grande objetivo do evento é promover o intercâmbio 
científico e a educação continuada através de temas relevan-
tes como: O Futuro da Qualidade Laboratorial nos Cuidados 
à Saúde, Fronteiras no Diagnóstico de Doenças Infecciosas 
no Laboratório e Tendências da Medicina Laboratorial. 
Este ano, a Abbott do Brasil espera repetir o sucesso 
dos anos anteriores e contará com mais de 60 convidados, 
entre participantes e palestrantes. 
: brazil_add_marketing@abbott.comV Simpósio de Laboratórios Clínicos da América Latina
Sysmex participa como patrocinador Máster do 39º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas
Analisador hematológico com contagem diferencial de 6-partes
Dr. Dimário Castro durante palestra Magna ministrada para cerca de 500 pessoas
NewsLab - edição 113 - 2012 102
Você certamente já utilizou uma garrafinha de água com 
“bico” e verificou que essa invenção é bem prática, pois evita 
vazamentos e, no momento necessário, libera o líquido para 
matar a sua sede.
 Pois então: agora os corantes microbiológicos Newprov são 
envasados em frascos PET com bico dosador, igual ao das gar-
rafinhas de água e isotônicos. Isto facilita o manuseio, pois não 
é mais necessário transferir o corante para frascos conta-gotas, 
evitando o depósito de precipitados no fundo e ter que lavar 
exaustivamente os frascos. O bico dosador permite regular a 
vazão do líquido, facilitando o processo de coloração, mas prin-
cipalmente o de descoloração, que deve ser feito com cuidado 
para não descorar demais o esfregaço.
Os corantes que serão apresentados nos novos frascos de 
500ml são os seguintes:
● Para a coloração de Gram: cristal violeta, violeta de genciana, 
lugol fraco, descorante, fucsina fenicada
● Para a coloração de Ziehl-Neelsen: fucsina fenicada, azul de 
metileno concentrado e descorante
● Para a coloração de Ziehl-Gabbet (hanseníase): fucsina e 
azul de Gabbet
● Para a coloração de Laybourn (difteria): solução de Laybourn 
e lugol forte 
● Outras finalidades: azul de metileno de Loeffler, azul de 
algodão
A microscopia direta de amostras clínicas continua sendo um 
dos métodos mais rápidos de detecção de micro-organismos, 
especialmente no diagnóstico de infecções graves como me-
ningite, infecções genitais, tuberculose, hanseníase, tétano, 
gangrena, etc. É especialmente útil também na avaliação da 
qualidade de amostras respiratórias e de feridas, na detecção 
rápida de bacteriúria, e muitos outros usos. 
A identificação presuntiva de micro-organismos desen-
volvidos em placas de cultivo é baseada principalmente 
na microscopia das colônias, por exemplo. Sendo assim, 
é uma das técnicas mais empregadas nos laboratórios de 
microbiologia clínica, a despeito dos avanços tecnológicos 
disponíveis nessa área.
: 0800 6001302
: www.newprov.com.br
Corantes microbiológicos Newprov: nova apresentação
No 46º Congresso Brasileiro de Pa-
tologia Clínica, de 04 a 07 de setembro, 
em Salvador (BA) a Werfen Medical 
lançou oficialmente o sistema Bio-Flash, 
um analisador quimioluminescente 
totalmente automatizado e de acesso 
aleatório para a realização de análises 
autoimunes. 
Este revolucionário sistema leva a 
automação completa para o setor de 
análises especializadas que até a data, 
requerem processos manuais que consu-
miam muito tempo e capacidades técnicas 
muito avançadas. A tecnologia quimiolu-
minescente permite uma série maior de 
sensibilidade, quando comparada com os 
ensaios de Elisa. 
O novo sistema Bio-Flash prevê uma 
oportunidade significativa de crescimento 
no diagnóstico de autoimunidade. Com-
binado com os reagentes Quanta Flash, 
a Inova (marca que pertence ao grupo 
Werfen) oferece uma solução completa e 
automatizada como nenhuma outra para 
tratar as doenças graves de autoimunidade, 
como vasculitis, doença celíaca e a síndro-
me antifosfolipídica. 
O lançamento deste produto exempli-
fica o êxito dos esforços e da colaboração 
entre as equipes de Pesquisa e Desenvolvi-
mento de empresas da Werfen Group, mais 
especificamente das marcas Inova e Biokit, 
que aperfeiçoam a experiência vivenciada 
no mercado com a inovação científica. 
Com mais testes na estrada, este novo 
sistema está à disposição para garantir 
uma sólida presença nos laboratórios de 
autoimunidade de todo o mundo, inclusive 
no mercado brasileiro.
: (11) 4154-3337
: vendas@werfengroup.com
: www.werfengroup.com
Werfen Medical apresenta o revolucionário sistema Bio-Flash
A G-Biosciences é uma 
empresa norte-americana 
especializada em produtos 
para análise de proteínas. Em 
constante desenvolvimento, 
a Biosystems vem atender 
às demandas do mercado, 
incluindo esta nova marca em 
sua linha de comercialização. 
São produtos de alta tec-
nologia para preparo de pro-
teínas para eletroforese em 
géis de poliacrilamida (PAGE 
1D, 2D e IEF), reagente para 
quantificação de proteínas, co-
quetéis inibidores de proteases 
e fosfatases, marcadores de 
peso molecular de proteínas, 
além de excelentes produtos 
para Western Blotting (corante 
reversível para membranas, 
acelerador, reagente para re-
aproveitamento de membrana 
“stripping e reprobing”).
: 0800 703 1012
: comercial@biosystems.com.br
: www.biosystems.com.br
G-Biosciences: 
Reagentes para 
proteômica
NewsLab - edição 113 - 2012108
Máquina para triagem automática de tubos de 
amostra HCTS 2000 MK2 da alemã m-u-t AG 
não causa interferências no processo analítico
Informe PublIcItárIo
Entrada do Hospital Universitário de Hamburg-Eppendorf (UKE) 
em Hamburgo, Alemanha (fonte: Wikipedia)
Abalos mecânicos são fatores de interferência bastante conhecidos no transporte de tubos de amostra no diagnóstico laboratorial. O efeito 
nocivo de maior frequência é o de hemólise, ou seja, a 
violação da integridade corpuscular dos eritrócitos. 
Em um estudo publicado em 20101, o Hospital Uni-
versitário de Hamburg-Eppendorf (UKE) na Alemanha, 
investigou os mecanismos de aceleração de seu sistema 
de transporte pneumático. Para tal, o sistema foi ajustado 
tecnicamente para evitar que houvesse uma alteração dos 
resultados da análise clínica através de efeitos nocivos 
ocorrentes durante o transporte dos tubos de amostra. 
Em todo o processo de separação de tubos de amos-
tra utilizando a máquina HCTS 2000 MK2 fabricada pela 
multinacional alemã m-u-t AG, não é utilizado nenhum 
tipo de velocidade de transporte elevado, nem menos de 
força de aceleração correspondentes às de um sistema 
de transporte pneumático. A partir da experiência com 
centenas de máquinas HCTS instaladas em laboratórios 
por todo o mundo, não se tem conhecimento algum so-
bre qualquer tipo de alteração nos resultados da análise 
clínica em função da utilização das mesmas. Entretanto, 
esta informação por si só, não deve ser entendida com 
uma espécie de “carta branca” para o uso irrestrito de 
uma máquina para triagem automática de amostras. 
Com base nas informações científicas mencionadas, 
a m-u-t AG solicitou que o Hospital Universitário de 
Hamburg-Eppendorf realizasse um novo estudo para 
investigar se eventualmente exisitiriam efeitos nocivos 
provenientes da utilização de seu sorter MK2 sobre os 
resultados do processo analítico. 
Para tanto, foram coletadas amostras de sangue de 
diversos voluntários e, a partir destas, foram determina-
dos certos parâmetros como desidrogenase láctica (LDH), 
aspartato transaminase (AST) e potássio (K), os quais 
costumam apontar uma hemólise imediata.
O conteúdo dos tubos de amostra foi analisado logo 
após a primeira triagem realizada pela máquina, mas tam-
bém após o processo ter sido repetido cinco e dez vezes. 
A análise revelou os seguintes resultados2:
 Não foram constatados quaisquer tipos de alterações 
relevantes em todo o processo, independentemente do 
número de ciclos de separação realizados consecutiva-
mente. Somente quanto ao parâmetro LDH pôde ser iden-
tificada uma mínima alteração a partir do momento que 
o procedimento veio a ser repetido mais de cinco vezes.
 Do ponto de vista clínico, estas mínimas alterações são 
completamente irrelevantes (cit.) ..in respect to the cli-
nical relevance rather negligible., porém, podem de fato 
ser identificadas no contextoestatístico científico geral, 
o que demonstra a concreticidade de todo o processo 
análitico e dos resultados a serem obtidos.
Em conclusão, pode-se constatar que – sobretudo 
tratando-se de práticas laboratoriais normais padroniza-
das que não requerem separações múltiplas – a máquina 
MK2 não exerce qualquer tipo de tensão mecânica sobre 
os tubos de amostra nela processadas, o que poderia 
tanto distorcer o resultado de uma análise clínica como 
até mesmo comprometer todo o procedimento. 
1 - Apresentação em poster do Instituto de Química Clínica / Laboratórios centrais do Hospital Universitário Hamburg-Eppendorf, Alemanha: 
Accelerations in pneumatic tube systems used for transportation of blood specimens can cause speed dependent preanalytical influences“; Streichert, Otto et al.
2 - O estudo completo foi publicado em um documento de apresentação no IFCC 2011 em Berlim, Alemanha.
NewsLab - edição 113 - 2012112
Congresso Brasileiro de Biomedicina
Já com 3.000 pré-inscritos, evento promete ser um divisor de águas para a categoria
Entre os dias 14 e 18 de novembro, São Paulo será a sede do XIII Congresso Brasileiro e I Con-gresso Internacional de Biomedicina. O evento, 
promovido pela Associação Brasileira de Biomedicina, 
com apoio do CRBM1 e CFBM, acontecerá nas depen-
dências da Faculdade Anhanguera-UNIBAN (Unidade 
Maria Cândida), em São Paulo.
De acordo com o Dr. Silvio José 
Cecchi, presidente da ABBM e do 
Congresso, as novidades desta nova 
edição ficam por conta da partici-
pação de palestrantes nacionais e 
estrangeiros, renomados nas suas 
respectivas áreas, com ênfase para 
Acupuntura e Estética. E para os colegas que não puderem 
estar presentes em São Paulo, serão feitas transmissões 
das Palestras Magnas por streaming e ao vivo. “Para 
facilitar, todos poderão se inscrever através do site e 
com preços especiais. Também no site está disponível 
o temário, cuja qualidade irá com certeza surpreender”, 
explicou Dr. Silvio José Cecchi.
Entre alguns dos temas internacionais, destaque para 
Identificação e sensibilidade de leveduras e aspergilose 
no laboratório clínico; Os biofótons e a comunicação ce-
lular; Diagnóstico e monitorização da infecção pelo HIV 
em laboratório; Vírus respiratório (influenza); Noções de 
cosmetologia chinesa; Fisiologia energética da obesidade 
segundo a MTC; Os padrões energéticos do Parkinson, 
Esclerose Múltipla, Alzheimer e tratamentos através da 
Acupuntura; Diagnósticos energéticos e como tratar a 
depressão, segundo a MTC.
Dr. José Eduardo Cavalcanti Teixeira, 
Diretor Técnico-Científico do Congres-
so, explicou que a principal vertente do 
temário continua a ser a área diagnós-
tica laboratorial, entretanto nesta 13ª 
edição as 35 habilitações profissionais 
do biomédico foram agraciadas com 
temas de elevada relevância científica, 
buscando cada vez mais um status de profissional atua-
lizado às exigências de mercado.
Dr. Cecchi acredita que haverá em torno de 5.000 con-
gressistas, já que 3.000 pré-inscritos já confirmaram sua 
participação. “A infraestrutura está garantida e o temário 
contempla esse número de participantes. Com relação 
aos expositores, a expectativa também é boa devido 
ao interesse que estão demonstrando as empresas que 
atuam na área biomédica”, complementou. 
Quando foi realizado o último Congresso, em Recife no 
ano de 2010, ainda foi mantida uma tradição de edição 
brasileira, mas a partir deste próximo evento, foi tomada 
a iniciativa de apresentar uma versão internacional. “A 
participação de estrangeiros acontecerá de modo mais 
significativo por meio de palestrantes, pois até o momento 
não temos o fechamento do período de inscrições”, ex-
plicou Dr. José Eduardo.
A ABBM e o biomédico
A Associação Brasileira de Biomedicina sofreu uma 
recente reformulação, começando pelo próprio Con-
gresso Brasileiro, que agora é de sua responsabilidade. 
“Nessa nova diretoria, a Biomedicina está bem repre-
sentada em todas as regiões do Brasil, com profissionais 
das várias áreas de atuação do biomédico. As Análises 
Clínicas continuam sendo a maior força, com o mais 
expressivo número de associados, mas a Acupuntura e a 
Estética vêm crescendo bastante. A nossa meta é atingir 
o mesmo número de filiados nos Conselhos Regionais. 
Nesse sentido, lançaremos uma revista eletrônica que 
irá democratizar a informação para os nossos colegas”, 
enfatizou Dr. Silvio José Cecchi.
Atualmente existem 35 habilitações da profissão e 
esta ampla gama caracteriza o diferencial da categoria 
Biomédica. Cada vez mais, o biomédico vai se adequan-
do à evolução científica e colaborando para a saúde 
do País. “Não posso negar que a nossa mais recente 
habilitação, a Biomedicina Estética, está causando uma 
grande agitação no setor, principalmente pela atuação 
de profissionais biomédicos supercompetentes. A Acu-
puntura, apesar de não recente, vem crescendo muito 
nos últimos anos, graças ao trabalho dos biomédicos 
que atuam na área. Com a participação de colegas em 
novas áreas, teremos novidades, em breve”, acrescen-
tou o presidente da entidade.
XIII Congresso Brasileiro de Biomedicina 2012
I Congresso Internacional
Data: 14 a 18 de novembro de 2012 
Local: Uniban (Unidade Maria Cândida). 
Informações: www.abbm.org.br
NewsLab - edição 113 - 2012116
José de Souza Andrade Filho - Patologista, membro da Academia 
Mineira de Medicina e professor de anatomia patológica 
da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
dor dizer “bola gordurosa de Bichat” do que “corpus 
adiposum buccae”? Felizmente, o fundo-de-saco de 
Douglas (James) mantém seu nome consagrado, 
especialmente entre os tocoginecologistas. 
Contudo, respeitamos a terminologia 
anatômica no sentido de se evitar os 
epônimos. Em Congresso de Anatomia 
em São Paulo (1997) reafirmou-se a necessi-
dade de se abandonar o que for epônimo, em 
proveito de uma terminologia científica. 
Para fechar esse pequeno artigo, reproduzimos texto 
descoberto em pesquisa sobre o assunto em epígrafe. No 
dicionário de terminologia médica do português Dr. Plácido 
Barbosa, “cul-de-sac” (fr.) indica o fundo de um tubo glandular 
ou da cavidade de um órgão, análogo a um saco, ou seja 
fechado em uma extremidade. No Brasil dizemos fundo de 
saco. Porém, os médicos portugueses empregam a expressão 
mais elegante betesga (sic), que nos dá exatamente o sentido 
originário de cul-de-sac, isto é, o de beco sem saída. É o 
que se lê na edição de 1917 do dicionário do Dr. Barbosa, 
Livraria Francisco Alves, Rio de Janeiro. Assim sendo, fica 
a opção democrática à disposição dos médicos brasileiros, 
que podem referir-se àquela escavação como Betesga de 
Douglas. Longe de nós qualquer ofensa, pois descendemos, 
com muita honra, de genuínos trisavós lusitanos. 
Texto baseado, em parte, em Carvalho, LG. História da 
Anatomia Humana. Coopmed, Belo Horizonte, MG, 2000 
e em Pena GP, Andrade-Filho, JS. Analogies in medicine: 
valuable for learning, reasoning, remembering and naming. 
Adv in Health Sci Educ Theory Pract. 2010 Oct; 15(4):609-
19. Epub 2008 Jun 5. 
Especial
ESPECIALESPECIAL
Especial
Especial EspecialESPECIAL
ESPECIAL
ESPECIALEspecial
BECO SEM SAÍDA
O mais famoso e laureado fundo de saco de in-
teresse médico é o de Douglas, situado entre 
o útero e o reto (escavação retouterina). 
Trata-se de reentrância ou saco formado 
por uma dobra do peritônio que se 
prolonga para baixo entre o reto e o 
útero. Esse Douglas parece não ter paren-
tesco com o Sr. Kirk Douglas, pai e, conse-
quentemente, nem com o filho Michael, brilhantes 
atores de cinema em Hollywood. O único ponto em 
comum em seus currículos deve ser a exploração da 
anatomia, embora em ângulos diferentes. Se a história 
registra algum parentesco entre os Douglas, conclui-se que 
os atores-descendentesmudaram a “técnica de dissecação”, 
especialmente em certos filmes que, por pudicícia de alto 
grau adquirida em colégio de padres verbitas em Juiz de 
Fora (MG), deixamos de mencionar. 
O do fundo de saco foi James Douglas, anatomista escocês 
que exercia a profissão em Londres e que viveu de 1675 a 
1742. Além de praticar a medicina, foi também professor 
de anatomia e descreveu outras estruturas anatômicas ab-
dominais. Muito tempo depois da sua morte, outros médicos 
tiveram a atenção voltada para uma queixa de dor forte e 
exclamada pela mulher, denominada grito de Douglas, quan-
do submetidas à palpação do fundo de saco, sobretudo em 
casos de gravidez extrauterina. A dor é mais intensa quando 
há acúmulo de sangue na região, especialmente em pacientes 
com gravidez tubária rota.
Há outros fundos de saco em nosso corpo, como o conjuntival, 
entre a pálpebra e a conjuntiva ocular, outro da dura-máter e 
também o fundo-de-saco de Gruber no espaço supra-esternal, 
ao lado da extremidade medial da clavícula. Mas, quase 
ninguém ouviu falar no de Gruber, de modo que o popular 
é mesmo o de Douglas. A Anatomia atual tem condenado 
e abolido os epônimos. Onde estão o aqueduto de Sylvius, 
o triângulo de Scarpa, as colunas de Morgagni, a pirâmide 
de Lallouette? No mesmo lugar, diria um anatomista com um 
misto de conhecimento e ironia. Não parece mais encanta-
NewsLab - edição 113 - 2012120
Uso da análise qualitativa do antígeno prostático 
específico (PSA) como ferramenta na prática forense
O número de exames forenses relacionados a vítimas de casos 
de estupro está aumentando constantemente. A identificação do 
sêmen é de extrema importância na investigação destes casos e 
outros crimes sexuais. O procedimento mais comum, utilizado para 
identificação de sêmen, é a detecção citológica do espermatozoi-
de. O Antígeno Prostático Específico (PSA) é uma glicoproteína 
produzida pelo tecido da próstata e secretada no plasma seminal. 
O PSA é utilizado como um biomarcador de câncer e como mar-
cador forense na detecção da presença de fluido seminal. Neste 
estudo foram avaliadas 263 amostras de swabs e outras peças 
através de testes de PSA em membranas imunocromatográficas. 
Os resultados indicam que este método pode ser utilizado para 
identificar a presença de sêmen em amostras forenses e apresenta 
nível de concordância maior que 85% com a pesquisa citológica 
de espermatozoide.
Palavras-chave: PSA, forense, crime sexual
Using the qualitative analysis of prostate specific 
antigen (PSA) as a tool in forensic practice
The number of forensic examinations concerning rape victims 
is constantly increasing. The identification of semen is of extreme 
importance in the investigation of this cases and other sexual cri-
mes. The most commonly used procedure for semen identification 
is the cytological detection of spermatozoa. The Prostate specific 
antigen (PSA) is a glycoprotein produced by the prostatic gland 
and secreted into seminal plasma. The PSA is used as a cancer 
biomarker and as a forensic marker in the detection of presence 
of seminal fluid. In this study was evaluated two hundred and sixty 
three samples of swabs e other pieces by immunochromatographic 
PSA membrane tests. The results indicate that this method can 
be used to identify the presence of semen in forensic samples 
and show agreement level most of 85% with cytological sperm 
research.
Keywords: PSA, forensic, sexual assault
Resumo Summary
 Ian Marques Cândido1, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves2, Keiti Machado de Borba2, Luciano Figueiredo de Souza3
1 - Farmacêutico, mestrando em Genética Humana, perito criminal da Polícia Científica de Goiás
2 - Biomédicas, auxiliares de laboratório da Polícia Científica de Goiás
3 - Químico, mestre em Química, perito criminal da Polícia Científica de Goiás
 Laboratório de Biologia e DNA Forense do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues, 
Secretaria de Segurança Pública e Justiça do Estado de Goiás
Artigo
Uso da Análise Qualitativa do Antígeno Prostático Específico 
(PSA) como Ferramenta na Prática Forense
IntroduçãoIntrodução
A violência sexual é uma questão histórica e cultural que afeta crianças, adoles-
centes e adultos, independentemen-
te de cor, religião, etnia, nacionalida-
de, opção sexual ou condição social 
(1). Atinge, principalmente, mulhe-
res jovens em idade reprodutiva que 
ao pedirem ajuda, seja no âmbito da 
justiça ou da saúde, muitas vezes 
estão sujeitas ao preconceito, jul-
gamento e intolerância, fatores que 
dificultam o conhecimento acerca da 
prevalência deste tipo de violência 
na população. Estima-se que menos 
de 20% destes crimes chegam ao 
conhecimento das autoridades (2). 
No Brasil, não há dados precisos a 
respeito da incidência de crimes sexu-
ais. Dados epidemiológicos estimam 
que os registros das delegacias cor-
respondam, em média, de 10 a 20% 
dos casos que realmente acontecem 
na população (3). 
Os recentes avanços do conhe-
121NewsLab - edição 113 - 2012
Materiais e Métodos
Wang et al. (1982), Graves et al. 
(1990), Sensabaugh & Blake (1990) 
e Johnson & Kotowski (1993) sugeri-
ram que o PSA era bioquimicamente 
idêntico à p30. O PSA (ou p30) faz 
parte da família das calicreínas, 
proteases do soro com diversas 
funções fisiológicas. A denominação 
PSA refletia a ideia inicial de que a 
expressão da proteína era restrita à 
próstata, mas sua presença no líqui-
do seminal em altas concentrações, 
quando comparada ao soro humano, 
o caracterizou como um importante 
marcador na prática forense, permi-
tindo a identificação e caracterização 
do fluído seminal em evidências 
criminais deixadas por indivíduos 
vasectomizados, azoospérmicos ou 
oligospérmicos, casos onde pode 
não ser possível detectar a presença 
de espermatozoides por avaliação 
microscópica (9, 17). 
A presença do PSA não está restri-
ta apenas ao epitélio prostático. Es-
tudos recentes relataram a presença 
do PSA em fluídos extraprostáticos, 
como no soro de mulheres e crianças, 
urina de mulheres, líquido amniótico, 
leite materno, saliva e líquido ence-
faloraquidiano (18). Porém, segundo 
Sawaya e Rolim (2004), os níveis de 
PSA existentes em fluidos extrapros-
táticos não interferem no valor da 
pesquisa de PSA na investigação do 
líquido seminal em perícias criminais, 
permitindo seu uso como marca-
dor na determinação dos vestígios 
de esperma coletados das vítimas, 
preservativos e a partir de manchas 
obtidas em peças de vestuário. 
A semenogelina é uma proteína 
produzida pela vesícula seminal e é 
um substrato para o PSA. Recente-
mente, esta proteína tem sido descrita 
como uma alternativa para marcador 
forense da presença de esperma por 
diversos autores (20, 21).
O objetivo do presente estudo foi 
avaliar a correlação entre os casos 
concordantes e discordantes da aná-
lise laboratorial de PSA e pesquisa 
de espermatozoides em vítimas de 
violência sexual, no período de ja-
neiro de 2006 a julho de 2007, no 
Laboratório de Biologia, do Instituto 
de Criminalística Leonardo Rodrigues 
(ICLR) da Secretaria de Segurança 
Pública do Estado de Goiás, visando 
verificar a utilidade da técnica de 
pesquisa de PSA como marcador da 
presença de sêmen.
Materiais e Métodos 
Foram selecionados, aleatoriamen-
te, para realização deste estudo, 263 
casos de perícias encaminhadas para 
realização de Pesquisa de Espermato-
zoides, as quais foram encaminhadas 
ao Laboratório de Biologia do ICLR 
no período de janeiro de 2006 a julho 
de 2007. Paralelamente, estas amos-
tras foram submetidas à Pesquisa de 
PSA, a fim de se compararo nível de 
concordância entre as duas técnicas. 
Amostras de vestuário e de ou-
tros objetos contendo secreções 
biológicas (preservativos, compressa 
de gaze, fralda, absorvente íntimo, 
lençol e toalha) foram denominadas 
como peças. As amostras biológicas 
impregnadas em swabs eram de se-
creção vaginal, vulvar, anal, perianal 
e oral. Do total de 263 perícias exa-
minadas, 209 eram de swabs e 54 de 
peças. As peças e os swabs contendo 
secreção biológica foram processados 
e analisados segundo os protocolos 
experimentais acreditados pelo pró-
prio laboratório.
A avaliação citológica da pesqui-
sa de espermatozoide foi realizada 
a partir de esfregaços em lâminas 
e posteriormente corados utilizando 
cimento na área de imunologia e 
biologia molecular têm proporcionado 
uma nova visão e compreensão das 
doenças e permitido o desenvolvi-
mento de novas metodologias no 
campo diagnóstico. Técnicas labo-
ratoriais, com um alto fundamento 
teórico e aplicado, têm permitido uma 
interpretação mais adequada dos 
diagnósticos e auxiliado na elucidação 
de diversas doenças (4). 
Na prática forense, a fosfatase 
ácida prostática (FAP) foi bastante 
utilizada na investigação e caracte-
rização do líquido seminal. Porém, 
foi considerado um marcador de 
sensibilidade e especificidade li-
mitado, entrando em desuso após 
a descoberta do PSA (do inglês: 
Prostate-Specific Antigen) (5, 6). 
O antígeno prostático específico 
(PSA) descoberto por Hara et al. 
(1971) foi denominado inicialmente 
como uma gamasemiproteína. O PSA 
é uma glicoproteína de cadeia simples, 
peso molecular entre 33- 34 kDa e 
expresso em altos níveis no epitélio 
prostático humano (8). 
Sensabaugh (1978) caracterizou 
uma proteína do plasma seminal, 
denominada p30 (peso molecular: 
30 kDa) e esta apresentava imu-
norreatividade com o antissoro 
preparado contra uma proteína E1, 
sugerindo alguns determinantes 
imunológicos em comum. A con-
centração do PSA no esperma varia 
de 0,2 até 5,5 x 106 ng/mL e é um 
milhão de vezes maior que no soro 
de homens normais (10). Os níveis 
de PSA aumentam no soro de indiví-
duos com patologia prostática e têm 
sido utilizados na detecção precoce 
de progressão ou recorrência de 
neoplasia da próstata e também 
no acompanhamento de pacientes 
após terapia sistêmica, cirúrgica ou 
radioterápica (11, 12).
NewsLab - edição 113 - 2012122
Resultados e Discussão
depende de diversos fatores como 
presença de estruturas obscurecedo-
ras (fungos e sobreposição de células 
escamosas), qualidade dos equipa-
mentos e corantes e da quantidade de 
espermatozoides na amostra. Teixeira 
et al. (1998) relatam o desconhe-
cimento no Brasil da coloração de 
Christmas Tree e a vantagem desta 
metodologia pelo fácil reconhecimen-
to dos espermatozoides o que poderia 
diminuir os casos falsos-negativos.
Resultados falsos-negativos na 
pesquisa de PSA por imunocroma-
tografia podem ocorrer devido ao 
excesso de PSA, causando o efeito 
hook, no qual o PSA livre em excesso 
chegará à zona de reação antes do 
conjugado, não desenvolvendo, assim, 
cor na região teste (10). 
Análises forenses têm uma carac-
terística peculiar quanto à conserva-
ção das amostras, pois estão sujeitas 
à degradação por ação ambiental, 
metodologia de coloração diferencial 
rápida. A análise das lâminas foi feita 
por microscopia ótica.
Para a determinação da presença 
de PSA nas amostras periciadas, foi 
utilizado teste imunocromatográfi-
co, que detecta qualitativamente a 
presença de PSA em soro humano e 
em fluídos corporais em quantidades 
superiores a 4 ng/mL.
Para extração da amostra na re-
alização do ensaio foi utilizado cerca 
de 1 mL de água destilada tanto para 
swabs quanto para peças, sendo o 
extrato obtido aplicado (150 µL) na 
placa de PSA juntamente com um 
ensaio controle (branco) utilizando 
somente água destilada. 
Os resultados obtidos foram arma-
zenados em planilhas da ferramenta 
Excel (2003) para o tratamento dos 
dados e confecção dos gráficos (figu-
ras expositivas).
Resultados e Discussão
Observa-se na Figura 1 uma signi-
ficativa predominância de resultados 
concordantes, 88% (184/209) entre 
a pesquisa de PSA e espermatozoides 
em amostras biológicas obtidas a par-
tir de swabs. Nas secreções obtidas a 
partir de peças, a concordância entre 
as técnicas foi de 85,2% (46/59), 
conforme apresentado na Figura 2. 
Como os índices de concordância 
nas amostras obtidas de swabs e 
peças foram semelhantes, percebe-se 
que o suporte onde se encontrava o 
material biológico não influenciou o 
resultado das análises. 
Dos 263 casos de perícia exami-
nados, 20 casos foram discordantes, 
com resultado de pesquisa de PSA 
positiva e pesquisa de espermatozoi-
de negativa (Figuras 1 e 2). A sen-
sibilidade da técnica de microscopia 
74,6
13,4
6,7 5,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
PSA(-)/SPTZ(-) PSA(+)/SPTZ(+) PSA(+)/SPTZ(-) PSA(-)/SPTZ(+)
Figura 1. Avaliação dos resultados concordantes e discordantes, correlacionando pesquisa 
de PSA e análise citológica da presença de espermatozoide (SPTZ) em swabs
46,3
38,9
11,1
3,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
PSA(-)/SPTZ(-) PSA(+)/SPTZ(+) PSA(+)/SPTZ(-) PSA(-)/SPTZ(+)
Correlação entre as técnicas em amostras obtidas de suabes
Correlação entre as técnicas em amostras obtidas de peças
Pe
rc
en
tu
al
 (%
)
Pe
rc
en
tu
al
 (%
)
Figura 2. Avaliação dos resultados concordantes e discordantes, correlacionando pesquisa 
de PSA e análise citológica da presença de espermatozoide (SPTZ) em peças
NewsLab - edição 113 - 2012124
Conclusãoenzimática, física e/ou microbiana. 
Como a molécula do PSA é uma 
glicoproteína, também pode sofrer 
degradação, resultando em casos 
falsos-negativos, principalmente 
em peças com manchas antigas de 
esperma e em swabs com secreção 
coletada de vítimas que têm um 
prolongado tempo entre o intercurso 
e a procura pelo serviço do Instituto 
Médico Legal (IML). 
Johnson & Kotowski (1993) per-
ceberam resultados falsos-negativos 
para pesquisa de PSA em amos-
tras contaminadas com detergente. 
Espera-se que este tipo de resultado 
aconteça com certa frequência, já 
que a primeira reação normalmente 
observada nas vítimas de violência 
sexual é fazer higiene íntima. 
A quantidade de água destilada 
adicionada à amostra no momento 
da extração das secreções, de peças 
ou de swabs, pode diluir a quantida-
de de PSA a níveis não detectáveis, 
dependendo da técnica. A imunocro-
matografia como teste qualitativo 
de PSA tem a sensibilidade de 4 ng/
mL. Testes imunoenzimáticos, como 
Elisa, foram sugeridos por diversos 
autores na prática forense, por 
possuírem uma sensibilidade maior 
em relação à imunocromatografia 
(15, 16, 23, 24). Contudo, novas 
publicações colocam a pesquisa 
imunucromatográfica como a técnica 
de escolha para triagem da presença 
de esperma, por ser rápida, ter boa 
sensibilidade e excelente relação 
custo-benefício (20, 21). 
Recentemente, Romero-Montoya 
et al. (2011) relataram que os testes 
rápidos para pesquisa de sêmen, como 
o PSA, tem uma boa concordância com 
o resultado de DNA utilizando marca-
dores STR (Short Tandem Repeats) do 
cromossomo Y. Por conseguinte, resul-
tados positivos para PSA implicam em 
grande chance de se conseguir perfil 
genético da amostra, corroborando 
assim a relevância do PSA como teste 
presuntivo da presença de esperma.
ConclusãoDiante dos dados obtidos no pre-
sente estudo, conclui-se que a análise 
qualitativa do PSA é uma importante 
ferramenta de auxílio-diagnóstico 
na prática forense, corroborando o 
resultado final do laudo laboratorial 
da investigação e caracterização do 
líquido seminal em diversas fontes 
biológicas. Os exames laboratoriais 
sofrem influência principalmente das 
condições das amostras. 
Dessa forma, mesmo com o reco-
nhecido valor científico do PSA como 
marcador da presença de líquido se-
minal, os resultados não devem ser 
analisados isoladamente. Portanto, 
a avaliação microscópica adicionada 
à análise qualitativa do PSA, são fer-
ramentas potenciais na elucidação de 
casos de violência sexual.
Correspondências para:
Ian Marques Cândido
imarquescandido@gmail.com
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NewsLab - edição 113 - 2012128
O coombs indireto sem o uso de hemácias fenoti-
padas na gestante Rh(D) negativo: tranquilidade ou 
problema?
Nesse trabalho foram pesquisadas 61 mulheres Rh(D) nega-
tivo, com positividade para anticorpos irregulares, onde todos 
foram identificados. Com isso foi elaborada uma analogia sobre 
a limitação do teste de Coombs indireto sem o uso de hemácias 
fenotipadas, bem como a utilização de imunoglobulina anti-Rh(D) 
em mulheres Rh(D) negativo, com resultado de Coombs indireto 
negativo, novamente utilizando-se hemácias não fenotipadas. Os 
resultados demonstraram que 13 mulheres apresentaram anticorpos 
irregulares contra outros sistemas fenotípicos diferentes do Rh(D) 
e que o teste de Coombs indireto, como comumente é realizado 
pelos laboratórios de apoio, teria alta probabilidade de dar re-
sultado falso-negativo, nesse caso. Nessas mesmas condições, a 
imunização com imunoglobulina anti-Rh(D) daria a falsa sensação 
de segurança, uma vez que anticorpos irregulares contra outros 
sistemas fenotípicos não seriam detectados pelo teste de Coombs 
indireto, mas estariam presentes por todo o curso da gestação.
Palavras-chave: Coombs indireto, aloimunização, fenótipo 
Rh(D), fenotipagem 
The Indirect Coombs without the use of phenotyped 
red cells in Pregnant Rh (D) Negative: Tranquility or 
Problem?
In this study they were searched 61 women Rh(D) negative 
with irregular antibodies positive, which were all identified. 
This way it was made an analogy about the limitation of indi-
rectCoombs test without the use of erythrocytes phenotyped 
as well as the use of IgG anti-D solution (anti-RhD) antibodies 
in women Rh(D) negative, with the result of indirect Coombs 
negative, again using the erythrocytes no phenotyped. The 
results showed that thirteen women had irregular antibodies 
against other phenotypic systems other than Rh(D) and the 
indirect Coombs test, as is commonly done by the laboratories 
of support they would give a high probability of false-negative 
result in this case. Under these same conditions, immuniza-
tion with immunoglobulin anti-D would give a false sense of 
security, since irregular antibodies against other phenotypic 
systems would not be detected by the indirect Coombs test 
but would be present throughout the pregnancy.
Keywords: Indirect Coombs, alloimmunization, pheno-
type Rh(D), phenotyping
Resumo Summary
Seme Youssef Reda1, Daniely de Oliveira2
1 - Farmacêutico Bioquímico, Especialista em Microbiologia e Imunologia, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, 
Doutor em Processos Biotecnológicos e Chefe Técnico do Hemocentro Regional de Guarapuava/PR
2 - Aluna do Curso de Enfermagem, Faculdade Guairacá
Hemocentro Regional de Guarapuava/PR
Artigo
O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas na 
Gestante Rh(D) Negativo: Tranquilidade ou Problema?
IntroduçãoIntrodução
Dentre os meios diagnósticos para a pesquisa de anticorpos irregulares, tem-se o teste de 
Coombs, amplamente difundido para a 
evidenciação de anticorpos irregulares 
antieritrocitários nas mais diversas 
investigações patológicas (16, 19). 
Mas em termos de saúde pública, o 
cuidado no diagnóstico de aloimu-
nização materna Rh(D) negativo, 
contra antígenos eritrocitários Rh(D), 
por meio do teste de Coombs indireto 
tem uma atenção especial por parte 
dos profissionais de saúde, uma vez 
que o teste de Coombs é amplamente 
difundido dentre os pedidos de exa-
mes no pré-natal sendo uma prática 
consagrada (2, 9). 
A aloimunização da mulher, pre-
viamente ao período gestacional 
ou durante o período gestacional, 
denota um estado de permanente 
atenção para o especialista ou clínico 
na conduta dessa paciente, por isso 
o teste de Coombs indireto é muito 
solicitado como um dos exames de 
pré-natal (6). 
Sabe-se que a aloimunização 
surge da formação de anticorpos 
irregulares, quando o indivíduo é 
exposto a antígenos não próprios, 
NewsLab - edição 113 - 2012130
Casuística e Métodoscomo na transfusão de sangue não 
isogrupo ou com discrepância Rh(D) 
(4). Em se tratando de mulher Rh(D) 
negativo, ela pode apresentar em 
sua circulação anticorpos irregulares 
previamente ao início da gestação, 
devido a uma exposição anterior a 
antígenos eritrocitários não próprios, 
resultado do contato com hemácias 
fenotipicamente diferentes (1). 
Comumente, quando a mulher 
Rh(D) negativo primigesta entra em 
contato com pequenas quantidades 
de hemácias fetais Rh(D) positivo, 
ela pode ser sensibilizada, o que 
em si traz repercussões importan-
tes perinatais da segunda gestação 
em diante, principalmente (7). 
Contudo, é certo que uma parcela 
de anticorpos irregulares que uma 
mulher Rh(D) negativo primigesta 
ou multigesta pode apresentar, 
pode não ser especificamente anti- 
Rh(D). Nesse caso, outro antígeno 
eritrocitário, que não pertence ao 
fenótipo Rh(D) pode estimular a 
produção de anticorpos irregulares, 
com imunogenicidade significativa 
(1,7). Desse modo é de se imaginar 
que o teste de Coombs indireto, 
como é realizado comumente nos 
laboratórios, tem alta chance de dar 
resultado falso-negativo, isto é, em 
todos os casos em que não se utilize 
hemácias reagentes fenotipadas na 
realização do teste.
Esse trabalho teve como objeti-
vo testar um número de mulheres 
Rh(D) negativo, para anticorpos 
irregulares (AI) em tubo, com dois 
jogos de hemácias reagentes feno-
tipadas, bem como identificar os 
anticorpos irregulares encontrados e 
elaborar uma analogia sobre a limi-
tação do teste de Coombs indireto, 
em comparação com os resultados 
encontrados, bem como a utilização 
de imunoglobulina anti-Rh(D).
Casuística e Métodos
Amostras
 As amostras foram coletadas 
pelas técnicas convencionais de 
punção venosa nas agências trans-
fusionais pertencentes à hemorede 
do Hemocentro Regional de Gua-
rapuava, em tubos contendo EDTA 
3%, obtendo-se, após procedimento 
padronizado de centrifugação, o 
plasma sobrenadante, destinado 
para a realização da tipagem sanguí-
nea reversa, pesquisa de anticorpos 
irregulares (PAI) e identificação dos 
anticorpos irregulares detectados 
e o concentrado de hemácias sedi-
mentado, utilizado para a classifica-
ção sanguínea ABO direta.
Tipagem sanguínea ABO direta e 
pesquisa de fator Rh(D)
 A determinação dos fenótipos ABO 
foi realizada através da pesquisa dos 
antígenos do sistema ABO pelo méto-
do de hemaglutinação direta em tubo, 
utilizando-se anticorpos monoclonais 
anti-A, anti-B e anti-AB. Foram prepa-
radas suspensões de hemácias a 5% 
em salina fisiológica e testadas com 
os respectivos antissoros. 
A pesquisa de fator Rh(D) se deu 
pela adição de soro anti-Rh(D) mo-
noclonal, onde o resultado negativo 
se deu pela não formação de hema-
glutinação e o resultado positivo pela 
formação de hemaglutinação. Nas 
pacientes, cujo Rh(D) foi negativo, 
para se excluir a possibilidade de se 
tratar de Rh(D) parcial ou fraco, o 
tubo-teste Rh foi colocado em banho-
-maria por 30 minutos, lavado quatro 
vezes com salina 0,9% e adicionado 
soro de Coombs monoclonal, após a 
última lavagem. A não formação de 
hemaglutinação confirmou não se tra-
tar de Rh(D) parcial ou fraco, portanto 
Rh(D) negativo propriamente.
Tipagem sanguínea reversa 
ABO, para a confirmação da 
tipagem direta
 A tipagem reversa foi efetuada nos 
plasmas das pacientes, para confirma-
ção da tipagem direta, utilizando-se 
suspensões a 3% de eritrócitos per-
tencentes respectivamente, a grupos 
sanguíneos A1 e B (REVERCEL-Frese-
niusR) com posterior centrifugação e 
leitura pela observação da presença 
ou não de hemaglutinação no tubo.
Pesquisa de Anticorpos 
Irregulares (PAI)
 A PAI foi realizada por meio da re-
ação com dois jogos de hemácias rea-
gentes tipo O, com fenótipos conheci-
dos (Triacell I+Triacell II) e plasma das 
pacientes em tubo de hemólise, com 
duas fases de reação: em temperatu-
ra ambiente, para a evidenciação de 
hemaglutinação por anticorpos frios, 
reagindo à temperatura ambiente, e 
em incubação a 37ºC, por 15 minutos, 
para a evidenciação de hemaglutina-
ção por anticorpos quentes. 
Antes da incubação, foram acres-
centadas aos tubos duas gotas de po-
lietilenoglicol (Bio Peg) para aumentar 
a constante dielétrica do meio, dimi-
nuir o potencial Zeta dos eritrócitos 
e, assim, otimizar a reação hemácia-
-anticorpo. Após a fase de incubação, 
as hemácias foram lavadas quatro 
vezes em salina e acrescidas de duas 
gotas de soro de Coombs monoclonal, 
após a última lavagem. 
A evidenciação de reação positiva 
apresentou diferentes intensidades, 
de acordo com escala de aglutinação 
padronizada, variando de 1+ a 4+. Na 
evidenciação de reação negativa, não 
houve formação de hemaglutinação 
após homogeneização. 
A confirmação dos resultados po-
sitivos foi realizada pela metodologia 
de hemaglutinação em coluna-gel-
NewsLab - edição 113 - 2012132
Resultados
Por conseguinte, foram escolhidas 
somente as pacientes Rh(D) negativo 
(grupo de estudo alvo) na investiga-
ção dos anticorposirregulares com 
hemácias reagentes fenotipadas, 
para comparação entre a metodologia 
utilizada nesse trabalho e o teste de 
Coombs indireto comumente realizado 
com hemácias tipo “O” Rh(D) positivo, 
não fenotipadas, para a identificação 
de anticorpos irregulares (3). Assim, 
foram investigadas 61 mulheres Rh(D) 
negativo sendo que 29 pertenceram 
ao grupo sanguíneo O, 25 ao grupo A, 
quatro ao grupo B e três ao grupo AB. 
Nessa pesquisa foram selecionadas 
somente as pacientes Rh(D) negativo, 
não gestantes, que tiveram a pesquisa 
de anticorpos irregulares (PAI) posi-
tiva, isto é, apresentaram hemaglu-
tinação positiva em tubo. Portanto, 
no grupo de estudo alvo 61 pacientes 
apresentaram PAI positivo. Na sequ-
ência, todos os anticorpos irregulares 
que deram PAI positivo foram iden-
tificados conforme o protocolo de 
identificação em painel de hemácias 
(Diamed) (Tabela 1 e Tabela 2).
Identificação dos anticorpos 
irregulares (IAI)
Os resultados mostrados na Ta-
bela 1 revelaram a identificação de 
somente um anticorpo irregular por 
paciente. Assim, do total de 61 pa-
cientes pesquisadas, Rh(D) negativo, 
com PAI positivo foram identificados 
anticorpos irregulares anti-D, especi-
ficamente, em 33 pacientes. Ainda, 
dentro do fenótipo do sistema Rh, 
identificaram-se em quatro pacientes 
anticorpos anti-C e em outras quatro 
pacientes anticorpos anti-E. 
Seguindo a ordem de imunoge-
nicidade, tem-se a identificação em 
quatro pacientes de anticorpos irregu-
lares pertencentes ao sistema Kell. Do 
sistema Lews, apenas uma paciente 
apresentou um anticorpo irregular e 
do sistema Ii resultou na identificação 
-teste, empregando-se hemácias 
fenotipadas (DiaMed AG, Cressier sur 
Morat, Switzerland), com incubação 
à 37ºC por 30 minutos, centrifuga-
ção a 1.000 rpm por 10 minutos em 
centrígufa 24S (Diamed), leitura e 
interpretação frente ao antigrama, 
pela combinação de resultados.
Identificação dos Anticorpos 
Irregulares (IAI)
A IAI foi realizada pela utilização 
de painel de 11 hemácias papainizadas 
e fenotipadas, próprias para a identi-
ficação de anticorpos irregulares (ID-
-Diapanel-Diamed). Posteriormente, 
os resultados foram comparados com 
o padrão fenotípico constante do an-
tigrama que acompanha os eritrócitos 
reagentes, para que se encontre uma 
combinação de resultados que deter-
mine a possível especificidade do(s) 
anticorpo(s).
Resultados 
Tipo Sanguíneo e Rh das 
pacientes testadas
Foram colhidas amostras de 203 
mulheres, randomicamente, que 
fizeram parte do grupo de estudo ge-
ral, em que o protocolo de estudo se 
fundamentou nas seguintes análises: 
1) tipagem direta ABO
2) tipagem reversa ABO
3) pesquisa de anticorpos 
irregulares (PAI) 
4) identificação de anticorpos 
irregulares (IAI)
Somente as pacientes cujas ti-
pagens direta e reversa resultaram 
confirmadamente em Rh(D) negativo 
fizeram parte do grupo de estudo 
alvo. Assim, 142 pacientes que apre-
sentaram Rh(D) positivo, 69,95% do 
grupo de estudo geral foram excluídas 
da pesquisa.
Tabela 1. Resultado da identificação de anticorpo irregular único por paciente
Anticorpo Irregular Identificado Único Pacientes
anti-D 33
anti-C 4
anti-E 4
anti-Kell (K) 4
anti-Lea 1
anti-i 3
anti-I 1
Tabela 2. Resultado da identificação de múltiplos anticorpos irregulares por paciente
Múltiplos Anticorpos Irregulares Identificados Pacientes
anti-D+anti-C 3
anti-D+anti-c 1
anti-D+anti-E 2
anti-D+anti-Dia 1
anti-D+anti-Jka 1
anti-D+anti-C+anti-Dia 1
anti-D+anti-C+anti-E+anti-Cw+anti-Kpa 1
anti-Fya+anti-E 1
133NewsLab - edição 113 - 2012
Discussão
em quatro pacientes: três com anti-i e 
uma com anti-I. O anticorpo irregular 
do sistema Ii está ligado à formação 
de autoanticorpo em anemias he-
molíticas. Portanto, seu significado 
é clínico-específico e se enquadra no 
perfil dos anticorpos frios, de menor 
importância clínica.
A Tabela 2 mostra a identificação 
de dupla população de anticorpos 
irregulares por paciente. Assim, três 
pacientes apresentaram anticorpos 
anti-D+anti-C e uma paciente anti-
-D+anti-c; uma paciente apresentou 
anticorpos anti-D+anti-Dia; em duas 
pacientes foram identificados anti-
corpos anti-D+anti-E, bem como em 
uma paciente apresentou anticorpos 
anti-D+anti-Jka e outra paciente 
identificou-se anticorpos irregulares 
anti-Fya+anti-E. Por fim, também 
foram identificados múltiplos anti-
corpos irregulares por paciente, sen-
do identificado em uma anticorpos 
anti-D+anti-C+anti-Dia e em outra os 
anticopos anti-D+anti-C+anti-E+anti-
-Cw+anti-Kpa.
Discussão
Em geral, nos laboratórios, o teste 
de Coombs indireto é realizado para 
pesquisa de anticorpos irregulares 
anti-Rh(D), especificamente, que 
estão livres no plasma das pacientes 
a serem testadas. Tais anticorpos são 
detectados após adsorção in vitro, 
utilizando-se hemácias do grupo O, 
Rh(D) positivo, não fenotipadas, em 
contato com o plasma ou soro da 
paciente, adicionando-se o soro de 
Coombs em seguida (imunoglobulina 
anti-Rh(D) humana), em lâmina ou 
tubo (3, 5, 11, 18). 
O teste de Coombs, do modo 
como é realizado comumente pelos 
laboratórios, é um método barato e 
consagrado, mas que pode falhar em 
alguns casos, dando um resultado 
falso-negativo (15). 
A falha pode estar na ausência 
dos antígenos que precisam estar 
presentes na membrana das hemá-
cias tipo O, mas que são adquiridas 
aleatoriamente pelos laboratórios em 
geral, dentre um pool de clientes tipo 
O Rh(D) positivo, do próprio labo-
ratório. O conhecimento do fenótipo 
das hemácias tipo O é necessário à 
detecção dos anticorpos irregulares 
específicos, na reação antígeno-
-anticorpo, isto é, fenótipo-anticorpo 
irregular específico. 
Num estudo feito por Furlan e 
Merisio (2011) (12) no Hemonúcleo 
de Francisco Beltrão foram pesqui-
sados 172 pacientes, com 59,8% de 
mulheres, onde dentre o público-alvo 
NewsLab - edição 113 - 2012134
pesquisado foi notado que os seguin-
tes fenótipos imunogênicos faltavam 
nas membranas das hemácias dos 
pacientes: C = 35%, c = 16%, E = 
72%, e = 05%, K = 97%, k = 01%, 
Kpa = 94%, Kpb = 01%, Jka =19%, Jkb 
= 30%, Lea = 87%, Leb = 33%, Fya = 
28%, Fyb = 17% e 41% dos pacientes 
pesquisados eram do tipo O. Portanto, 
fica evidenciado que utilizar hemácias 
reagentes fenotipadas, com conheci-
mento de fenótipos específicos para a 
reação com o anticorpo irregular que 
se quer pesquisar é sine qua non para 
uma análise eficaz.
Na análise dos anticorpos irre-
gulares identificados, foi possível 
observar que muitos anticorpos 
identificados têm afinidade contra 
sistemas fenotípicos com alta imu-
nogenicidade, como os sistemas 
Rh(D,Cc,Ee), Kell, Diego, Duffy e 
Kidd respectivamente em ordem de 
maior imunogenicidade (4, 10). 
Os anticorpos formados contra o 
sistema Lews também foram relacio-
nados, embora se saiba que a maioria 
dos anticorpos formados contra esse 
sistema são da classe IgM e que cli-
nicamente têm menor importância. 
Porém, são capazes de fixar com-
plemento com facilidade e demanda 
atenção na sua interpretação, quando 
encontrado (13).
Ao se analisar os dados mostrados 
na Tabela 1 e Tabela 2, observa-se que 
muitos anticorpos irregulares identi-
ficados no plasma das mulheres do 
grupo de estudo alvo não pertencem 
ao sistema Rh(D). Logicamente é de 
se imaginar que o resultado do teste 
de Coombs indireto, utilizando-se 
hemácias não fenotipadas, para 13 
pacientes da Tabela 1, com anti-C, 
anti-E, anti-Ke anti-Lea, teriam alta 
probabilidade de dar resultado nega-
tivo, isto é, falso-negativo. E para 11 
pacientes mostradas na Tabela 2, alta 
chance de não serem evidenciados os 
anticorpos irregulares pertencentes 
aos outros sistemas, diferentes do 
Rh(D). 
Outra implicação importante está 
na imunogenicidade dos outros fenóti-
pos, além do Rh(D) e que podem pas-
sar despercebidos em mulheres Rh(D) 
negativo e Rh(D) positivo. Nesse caso, 
antígenos como o Rh(Cc,Ee) que tam-
bém têm a capacidade de sensibilizar 
qualquer gestante, a sensibilização 
independe do fator Rh(D). Logo, a 
sensibilização materna poderá ocorrer 
de modo indiferente, tanto em gestan-
te Rh(D) positiva, quanto em gestante 
Rh(D) negativa e para o recém-nato, 
as repercussões perinatais podem ter 
consequências hematológicas impor-
tantes, no caso de mães sensibilizadas 
com anticorpos irregulares anti-Rh(C), 
anti-Rh(c), anti-Rh(E) ou anti-Rh(e), 
por exemplo (14). 
Com base nesses fatos, abre-se 
uma questão importante, que é a 
necessidade de se testar mulheres, 
tanto Rh(D) negativo, quanto Rh(D) 
positivo, indiferentemente, no pe-
ríodo pré-natal, para PAI, visto que 
anticorpos imunogênicos contra outros 
fenótipos, além do Rh(D) podem estar 
presentes no seu plasma (17). Contu-
do, para isso é necessário a utilização 
de técnicas comuns aos bancos de 
sangue e hemocentros, para todos os 
laboratórios de modo geral, isto é, a 
utilização de dois grupos de hemácias 
do grupo O fenotipadas, com a identi-
ficação de anticorpos irregulares, em 
seguida, caso a PAI seja positiva. Isso 
seria mais adequado para a seguran-
ça da paciente, do feto e traria mais 
subsídios aos profissionais de saúde 
na sua conduta terapêutica. 
Uma nova questão com relação 
à sensibilização de mulheres Rh(D) 
negativo, por anticorpos irregula-
res contra fenótipos além do Rh(D) 
está na imunização preventiva dessa 
gestante. Uma paciente Rh(D) nega-
tivo, com teste de Coombs indireto 
negativo (no uso de hemácias não 
fenotipadas), o que se observaria seria 
somente o resultado negativo do teste 
de Coombs indireto, o qual detecta a 
presença ou não de anticorpos irre-
gulares anti-Rh(D), exclusivamente. 
Mas adotando como exemplo os 
resultados da Tabela 1, em que 13 
mulheres apresentaram anticorpos 
irregulares contra fenótipos diferentes 
do sistema Rh(D), haveria alta chance 
de se observar teste Coombs indireto 
negativo. Mas em sua circulação esta-
riam presentes anticorpos irregulares 
com alta imunogenicidade, contra 
outros fenótipos. Nesse caso, extrapo-
lando os resultados encontrados para 
uma paciente em pré-natal, nas mes-
mas condições, essa seria imunizada 
preventivamente com imunoglobulina 
humana anti-Rh(D) (Matergan®), por 
ser um procedimento padrão (1, 8), 
porém, qualquer dos anticorpos irre-
gulares anti-C, anti-E, anti-K e anti-Lea 
(Tabela 1) estaria livre para acometer 
o feto a qualquer tempo, caso esse 
apresentasse nas suas hemácias os 
fenótipos correspondentes a tais anti-
corpos. Assim, no caso pressuposto, tal 
condição passaria despercebida, sem a 
atenção que uma gestação assim me-
receria. Mais que isso, haveria a falsa 
sensação de segurança na conduta 
clínica em tal situação.
Por fim, em vista dos dados rela-
tados nesse trabalho, torna-se impor-
tante que os laboratórios de apoio que 
realizam o teste de Coombs indireto 
no pré-natal e para outras investiga-
ções façam uso das técnicas utilizadas 
pelos bancos de sangue e hemocen-
tros, isto é, utilizem dois grupos de 
hemácias tipo O fenotipadas, bem 
como façam a identificação dos anti-
corpos irregulares quando necessário. 
NewsLab - edição 113 - 2012136
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Também os clínicos, especialistas 
e profissionais de saúde poderiam 
exigir dos laboratórios a mudança no 
procedimento técnico, quando veri-
ficado o contrário. Isso traria maior 
segurança na conduta clínica de to-
das as pacientes com necessidade de 
avaliação laboratorial para anticorpos 
irregulares. De outro lado, devido ao 
avanço no conhecimento dos fenótipos 
eritrocitários, isso está gradativa-
mente induzindo a uma mudança de 
conduta na investigação de anticorpos 
irregulares no pré-natal, no sentido 
de se avaliar não somente a mulher 
Rh(D) negativo, mas também aquela 
que é Rh(D) positivo, pois muitos an-
ticorpos irregulares podem ser produ-
zidos contra fenótipos imunogênicos 
diferentes do Rh(D). 
Por último, a imunização de mu-
lheres Rh(D) negativo, com Coombs 
indireto negativo, utilizando-sehemá-
cias não fenotipadas pode incorrer em 
falsa sensação de segurança, tanto 
para a paciente, quanto para os profis-
sionais de saúde, uma vez que outros 
anticorpos irregulares contra outros 
sistemas, quando presentes podem 
ter potência imunogênica suficiente 
para por em risco o concepto.
Correspondências para: 
Seme Youssef Reda
syreda@yahoo.com.br
NewsLab - edição 113 - 2012140
Prevalência de micro-organismos em infecções do 
trato urinário de pacientes atendidos no laboratório 
hospitalar de Patos de Minas, MG
A infecção no trato urinário (ITU) é umas das mais frequentes 
infecções bacterianas do ser humano. As ITUs podem comprometer 
somente o trato urinário baixo, o que especifica o diagnóstico de 
cistite, que pode ser sintomática ou não; ou afetar simultaneamente 
o trato urinário superior e o inferior, neste caso, utiliza-se a termino-
logia infecção urinária alta, também denominada pielonefrite. Diante 
da importância das infecções urinárias, o objetivo deste estudo foi 
verificar a prevalência dos micro-organismos responsáveis pelas 
infecções do trato urinário de pacientes atendidos no Laboratório 
do Hospital São Lucas, através de resultados de exames arquivados, 
identificando a existência de relação entre a ITU com o sexo e a idade 
dos pacientes. Foram estudadas 507 amostras de urinas de pacientes 
de ambos os sexos, com idades entre zero e 95 anos, atendidos no 
laboratório no período de dezembro de 2009 a julho de 2010. Os 
micro-organismos encontrados foram: Escherichia coli, Staphylococ-
cus epidermidis, Staphylococcus saprophyticus, Enterobacter spp, 
Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus spp, Pseudomonas spp, 
Citrobcter spp, Streptocoocus spp, Acinetobacer spp, klebsiella spp, 
sendo a E. coli a mais prevalente. As ITUs foram mais comuns em 
mulheres, porém sem significância estatística, e na faixa etária de 21 
a 40 anos. Através dos dados obtidos por este trabalho é possível 
concluir que a ITU é uma infecção relativamente simples, frequente, 
que acomete homens e mulheres, mas se não for diagnosticada, 
pode trazer sérias complicações futuras aos pacientes.
Palavras-chave: Prevalência, ITU’s, Escherichia coli 
Prevalence of micro-organisms in urinary tract 
infections in patients assisted in a hospital laboratory 
in Patos de Minas, MG
Urinary tract infection (UTI) is one of the most frequent 
bacterial infections of humans. The UTIs can affect only the 
lower urinary tract, which specifies the diagnosis of cystitis, 
which may be symptomatic or not, or affect both the upper and 
lower urinary tract in this case we use the terminology high 
urinary infection, also known as pyelonephritis. Given urinary 
infections importance, the aim of this study was to assess the 
prevalence of the microorganisms responsible for urinary tract 
infections in patients treated at St. Luke’s Hospital Laboratory 
through archived test results, identifying the existence of a 
relationship between the ITU sex and age of the patients. 
We studied 507 urine samples from patients of both sexes, 
aged between zero and 95 years, assisted in the laboratory 
from December 2009 to July 2010. The microorganisms were 
Escherichia coli, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus 
saprophyticus, Enterobacter spp, Proteus mirabilis, Proteus 
vulgaris, Proteus spp, Pseudomonas spp; Citrobcter spp; 
Streptocoocus spp; Acinetobacer spp, Klebsiella spp, being 
the E. coli the most prevalent. The UTIs were more common in 
women, but without statistical significance, and aged 21 to 40 
years. Using data generated by this study can conclude that 
UTI is an infection relatively simple, frequent, which affects 
men and women, but if not diagnosed, can have serious future 
complications for patients.
Keyworks: Prevalence, UTI , Escherichia coli
Resumo Summary
Irani Damas Campos Duarte1, Bethânia Cristhine de Araújo2
1 - Graduanda em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
2 - Orientadora do trabalho, docente do UNIPAM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Graduação em 
Ciências Biológicas, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Centro Universitário de Patos de Minas, 
sob orientação da professora Ms. Bethânia Cristhine de Araújo
Artigo
Prevalência de Micro-Organismos em Infecções do 
Trato Urinário de Pacientes Atendidos no Laboratório 
Hospitalar de Patos de Minas, MG
141NewsLab - edição 113 - 2012
IntroduçãoIntrodução
O sistema urinário é normal-mente estéril, mas quando este é invadido por micro-
-organismos, principalmente bacté-
rias, provenientes do intestino e/ou 
da vagina, em mulheres, surgem as 
infecções urinárias (27).
A ITU é uma das infecções mais co-
muns da clínica médica, sendo carac-
terizada como a invasão microbiana 
de qualquer órgão do trato urinário, 
seja a bexiga, uretra ou rins e tendo a 
prevalência variável de acordo com o 
sexo e a idade do paciente (25). 
O agente etiológico mais comu-
mente isolado das infecções do trato 
urinário (ITUs) é a bactéria Esche-
richia coli, que é responsável por 
aproximadamente 40% dos casos. 
O restante destas infecções é cau-
sado por outros membros da família 
Enterobacteriaceae, como Klebsiella, 
Enterobacter, Serratia e por bactérias 
não fermentadoras, como Pseudomo-
nas aeruginosa, os quais representam 
os micro-organismos mais frequente-
mente encontrados (5). Além destes, 
a bactéria gram-positiva Staphylo-
coccus saprophyticus tem sido apon-
tada como causa frequente de ITU 
não complicada (11).
As ITUs podem comprometer o 
trato urinário baixo, o que especifica 
o diagnóstico de cistite, que pode ser 
sintomática ou não; ou afetar simulta-
neamente o trato urinário superior e o 
inferior, neste caso, utiliza-se a termi-
nologia infecção urinária alta, também 
denominada pielonefrite (14).
Em neonatos e lactentes, essas in-
fecções são mais comuns em meninos 
e estão relacionadas à maior incidên-
cia de más formações congênitas, es-
pecialmente localizadas na válvula da 
uretra posterior. Depois desse período, 
durante a infância, principalmente na 
fase escolar, as meninas são acome-
tidas por ITUs na proporção de 10 a 
20 vezes mais que os meninos (12). 
Em adultos, as ITUs acometem ho-
mens e mulheres em qualquer idade, 
sendo que os mais comprometidos 
são homens com obstrução prostática, 
idosos de ambos os sexos e mulheres 
sexualmente ativas, em gestação ou 
na menopausa (6).
As mulheres apresentam riscos de 
infecção no trato urinário durante toda 
vida. É clássico o aforismo que diz “a 
mulher apresentará um episódio de 
infecção do trato urinário pelo menos 
uma vez na vida”. Isso devido à dis-
posição anatômica de sua estrutura 
perineal, pondo em linha a uretra 
(curta), a vagina e o ânus, segmentos 
funcionais distintos (4).
A ITU pode ou não apresentar 
sintomas, mesmo assim, a ITU assin-
tomática tem presença de números 
altos de bactérias na urina, superiores 
a 100.000 colônias (bacteriúria), ainda 
que acompanhada da falta dos sinto-
mas mais comuns dessa infecção. A 
ITU do tipo sintomática se manifesta 
quando o indivíduo apresenta os sin-
tomas que podem caracterizar esse 
tipo de infecção, tais como: dor ou 
ardor ao urinar (disúria), necessida-
de frequente de urinar (polaciúria), 
urgência em urinar, sangue na urina 
(hematúria), febre, dor lombar, náu-
seas e vômitos (20).
O diagnóstico preciso e precoce da 
infecção urinária objetiva controlar um 
foco infeccioso significativo, impedindo 
a ocorrência de bacteremia secundária, 
e evitar sequelas renais. O diagnóstico 
definitivo de ITU depende, portanto, de 
examesde urina, dentre os quais se 
destaca a urocultura, exame laborato-
rial de grande importância clínica (15). 
A urina para urocultura deve ser 
obtida a partir do jato médio e co-
lhida através de técnicas assépticas, 
não em vigência de antibioticotera-
pia. A presença dos sinais e sintomas 
de ITU obriga o médico a solicitar a 
urocultura com antibiograma, onde 
há a identificação da bactéria e a 
escolha do melhor antibiótico para o 
tratamento (11).
Considerando o exposto, o pre-
sente trabalho foi realizado com o 
objetivo de determinar a prevalência 
dos micro-organismos responsáveis 
pelas infecções do trato urinário de 
pacientes atendidos em um labora-
tório localizado na cidade de Patos 
de Minas, MG, através da análise de 
resultados de exames arquivados. 
Além disso, buscou-se também ve-
rificar a existência de relação entre 
a prevalência de ITU com o sexo e a 
idade dos pacientes. 
Este estudo é importante, pois, 
através dele, avaliou-se a prevalência 
de ITU, um tipo de infecção extrema-
mente comum, bem como a identifi-
cação dos principais micro-organismos 
associados ao seu desenvolvimento, 
reforçando a necessidade da reali-
zação de exames laboratoriais para 
confirmação do diagnóstico e deter-
minação do tratamento correto. 
Referencial Teórico
Sistema Urinário
O sistema urinário apresenta-se 
entre os sistemas de maior importân-
cia no organismo, uma vez que, atra-
vés dele, é assegurada a manutenção 
da homeostase geral com processos 
de regulação de concentrações e vo-
lumes, e eliminação de desperdícios 
metabólicos (8). 
Vários sistemas no corpo humano 
contribuem para eliminação de resídu-
os. No sistema respiratório os pulmões 
excretam principalmente dióxido de 
carbono e água. A pele, através das 
glândulas sudoríparas, excreta água, 
NewsLab - edição 113 - 2012142
A uretra masculina conduz urina 
durante a micção e líquido seminal 
durante a ejaculação e tem formato da 
letra S por causa da forma do pênis. A 
uretra feminina esvazia a urina através 
do óstio externo da uretra no vestíbulo 
da vagina entre o clitóris e óstio va-
ginal, com a função de transportar a 
urina para o exterior (17). 
O bom funcionamento do sistema 
urinário é crucial para a manutenção 
dos processos de excreção e da ho-
meostase do corpo humano. Quando 
o sistema urinário não executa com 
precisão a sua função, ele pode estar 
acometido por algum tipo de infecção, 
doença ou lesão (20).
Infecções do Trato Urinário (ITUs)
Considera-se infecção urinária a 
presença de micro-organismos, bacté-
rias ou fungos no sistema urinário. O 
processo infeccioso pode afetar o rim, 
a pelve renal, os ureteres, a bexiga 
e a uretra, bem como as estruturas 
adjacentes, incluindo próstata e epi-
dídimo, existindo possibilidades de 
agravamento na dependência do es-
tado geral do paciente e da sua idade, 
merecendo, assim, grande atenção 
em pesquisas e estudos nas ciências 
médicas (25).
Do ponto de vista clínico, a infecção 
do trato urinário pode ser dividida em 
dois grupos: ITU inferior, onde a pre-
sença de bactérias se limita a bexiga 
(cistite) e ITU do trato superior (pie-
lonefrite), que se define como aquela 
que afeta a pelve e o parênquima 
renal (9). 
Quanto aos fatores predisponen-
tes, as ITUs são classificadas em 
duas categorias: complicadas e não 
complicadas (27). A ITU é classificada 
como não complicada quando ocorre 
em pacientes com estrutura e função 
do trato urinário normais e é adquirida 
fora de ambiente hospitalar. As con-
dições que se associam à ITU compli-
cada incluem as de causa obstrutiva, 
anátomo funcionais, metabólicas, uso 
de cateter de demora ou qualquer 
tipo de instrumentação e derivações 
ileais (23).
O trato urinário é normalmente 
estéril e mantém sua esterilidade 
contra a invasão bacteriana por meio 
de uma variedade de defesas. A mais 
proeminente destas defesas é o seu 
completo esvaziamento sem obstacu-
lização. O livre fluxo da urina dentro 
do rim, o transporte pelo ureter abaixo 
e o completo esvaziamento da bexiga 
são essenciais (22).
Em algumas situações, entretanto, 
pode ocorrer o aparecimento de micro-
-organismos e, consequentemente, de 
infecções. Os fatores predisponentes 
incluem: obstrução urinária, refluxo 
vesicoureteral, prostatismo, anoma-
lias congênitas, diabetes mellitus, 
imunossupressão, gravidez e atividade 
sexual nas mulheres (26).
A ITU não é uma doença sexual-
mente transmissível e não se pode 
contrair a infecção de alguém. Entre-
tanto, durante o sexo a uretra da mu-
lher encurta e abre mecanicamente, 
quando bactérias da flora intestinal 
podem passar para esta região. A 
infecção urinária, portanto, acontece 
quando há uma falha na bexiga que 
não consegue se proteger das bacté-
rias do próprio organismo (29).
O surgimento de queixas urinárias, 
tais como disúria, polaciúria, urgência 
miccional, incontinência urinária de 
início recente, dor ou desconforto na 
região hipogástrica ou lombar sem 
trauma prévio constituem o conjunto 
de sintomas para suspeita de infecção 
urinária (16).
Existem situações em que os pa-
cientes podem apresentar sintomas 
semelhantes aos da ITU, como: dor, ar-
dência, urgência para urinar e aumento 
dióxido de carbono e pequenas quan-
tidades de sais e ureia. O sistema di-
gestório elimina alimentos sólidos não 
digeridos e/ou não absorvidos, além 
de excretar dióxido de carbono, água 
e sais pelo trato gastrointestinal. Não 
menos importante, o sistema urinário 
excreta água, impurezas nitrogenadas 
do catabolismo das proteínas, toxinas 
bacterianas, compostos resultantes do 
metabolismo de medicamentos e hi-
drogênio, graças à ação dos rins (28). 
O sistema urinário consiste em 
dois rins, dois ureteres, uma bexiga 
urinária e uma uretra. Os rins realizam 
o trabalho principal do sistema uriná-
rio com as outras partes do sistema 
atuando, principalmente, como vias de 
passagem e áreas de armazenamento. 
Com a filtração do sangue e a forma-
ção da urina, os rins contribuem para 
a homeostasia dos líquidos do corpo 
de várias maneiras (20).
Os ureteres são dois tubos mus-
culares provenientes dos rins que 
transportam a urina recém-formada 
até a bexiga urinária. O transporte 
urinário nesses ductos ocorre, prima-
riamente, por contrações peristálticas 
das paredes musculares dos ureteres, 
mas a pressão hidrostática e a força da 
gravidade também contribuem para 
esse transporte (28).
A bexiga urinária é um órgão 
muscular oco, elástico, situado na 
cavidade pélvica, posterior à sínfise 
púbica. É composta de duas partes: 
fundo ou corpo, que armazena a urina, 
colo (uretra posterior) que tem forma 
de funil e une-se à uretra. A uretra 
é um tubo pequeno que vai do óstio 
interno da uretra situado no assoalho 
da bexiga urinária até o exterior do 
corpo. Nas mulheres é o final do trato 
urinário e o ponto de saída da urina 
e, nos homens, a urina flui da uretra 
posterior até a anterior, que se esten-
de pelo pênis (28). 
NewsLab - edição 113 - 2012144
da frequência, porém não constam 
bactérias na urina, esses casos podem 
ser confundidos com infecção urinária 
e são chamados de síndrome uretral 
aguda que pode ter outras causas não 
infecciosas, mas de origem inflama-
tória, química, tóxica, hormonal ou 
associada à irradiação (7).
Segundo Pedroso e Oliveira (19), 
nos homens sexualmente ativos, a 
uretrite é a infecção urinária mais 
comum e pode se complicar com pros-
tatite e epididimite.A infecção urinária 
no homem não é habitual, tornando-
-se mais frequente com idade superior 
a 60 anos em função do aumento da 
glândula prostática. Mas pacientes 
homens com HIV, em qualquer idade, 
apresentam maior incidência dessa 
infecção (14). 
No homem, cerca de dois terços 
proximais da uretra são estéreis; seu 
comprimento mais longo, mais as 
propriedades antibacterianas das se-
creções prostáticas, constituem uma 
excelente defesa contra casuais intru-
sões bacterianas. Por estas razões, os 
homens não sofrem de ITU sem haver 
causas predisponentes (22). 
Em mulheres, durante a vida 
adulta, há manutenção da incidência 
de ITU em picos maiores devido à ati-
vidade sexual, gestação, menopausa, 
comprimento da uretra e a localização 
próxima da abertura anal com o vestí-
bulo vaginal. Estima-se que 20 a 30% 
das mulheres tenham ITU pelo menos 
uma vez ao longo de suas vidas e que, 
aproximadamente, 5% destas irão 
desenvolver bacteremia. Ainda cabe 
relatar que a pielonefrite é a principal 
causa de choque séptico em mulheres 
jovens sem comorbidade (13).
Relações sexuais e o uso do dia-
fragma, associado à geleia e esper-
micida como métodos contraceptivos, 
também têm sido considerados fatores 
predisponentes à ITU. A presença do 
diafragma pode levar a uma discreta 
obstrução uretral que não se associa 
à maior risco de infecção. No entanto, 
quando da associação com a geleia es-
permicida, ocorrem alterações do pH e 
da flora vaginal (perda dos lactobacilos 
que mantêm a acidez do pH vaginal) 
que podem favorecer a ascendência de 
micro-organismos ao trato urinário. O 
uso de preservativos só propicia ITU 
quando contêm espermicidas (20).
Diagnóstico das 
infecções urinárias
O diagnóstico precoce da infecção 
urinária é fundamental, uma vez que 
pode controlar um foco infeccioso sig-
nificativo, impedindo a ocorrência de 
bacteremia secundária e, consequen-
temente, evitando o aparecimento de 
sequelas renais (15).
De acordo com Sato et al. (25), o 
diagnóstico de uma infecção do trato 
urinário é sempre feito com bases 
clínicas e laboratoriais. As técnicas la-
boratoriais mais empregadas incluem 
a análise qualitativa e a cultura da 
urina (urocultura), sendo esse último 
o método considerado padrão-ouro 
para o diagnóstico de ITU. 
A urinálise (exame de urina tipo I) 
de rotina envolve a avaliação macros-
cópica da amostra (exame físico), a 
análise química obtida através de fita 
reagente e o exame microscópico. 
Este último permite verificar a pre-
sença de hematúria, piúria, cilindrúria, 
bacteriúria e cristalúria no sedimento 
urinário centrifugado e tem grande 
importância, pois auxilia o clínico na 
conduta a ser adotada (2).
No exame de urina I os dados mais 
úteis são piúria, a presença de nitrito e 
os testes para estearase leucocitária. 
Fitas urinárias para testes rápidos 
como Urofast, Multistix e URS-10 são 
utilizadas. As fitas são mais eficazes 
para afastar infecção urinária, pois 
dificilmente a cultura será positiva se 
o exame pela fita (incluindo estearase 
e nitrito) for normal (19).
Há ainda os exames para diag-
nóstico diferencial entre ITUs “baixa” 
e “alta”, dentre os quais se destaca 
a imunofluorescência do sedimento 
urinário ou Antibody-Coated Bacteria 
(ACB). A base conceitual deste teste 
é de que a bactéria ao invadir o tecido 
leva à produção local de anticorpos 
que reagem com os antígenos de su-
perfície da própria bactéria. É bastante 
específico, mas não muito sensível. 
Falsos-positivos são encontrados em 
prostatite, cistite hemorrágica, infec-
ções muito recentes e, especialmente, 
em crianças (11). 
O diagnóstico definitivo é firmado 
através do crescimento de micro-
-organismos na urocultura. A bac-
teriúria significativa, habitualmente, 
caracteriza-se por crescimento bac-
teriano maior que 100.000 colônias/
mL, porém valores mais baixos são 
aceitos em algumas situações como: 
em mulheres sintomáticas, quando o 
número de unidades formadoras de 
colônias são maiores que 100/mL de 
coliformes e, em homens sintomáti-
cos, quando há crescimento em urina 
colhida através de punção suprapúbica 
maior que 1.000 colônias/mL (3). 
Nenhum outro elemento da urináli-
se ou combinação de elementos é tão 
sensível ou específica quanto a uro-
cultura quantitativa, por isso esta re-
presenta o melhor tipo de exame para 
o diagnóstico dessa infecção, uma 
vez que permite além do isolamento 
e identificação do micro-organismo 
infectante, a determinação da sua 
sensibilidade aos agentes antimicro-
bianos (12).
As ITUs devem ser tratadas pre-
cocemente e com toda atenção. O 
tratamento deve ser específico para 
cada tipo de micro-organismo infec-
145NewsLab - edição 113 - 2012
Metodologia
Resultados e Discussão
tante através da realização do anti-
biograma visando, assim, uma correta 
terapêutica antimicrobiana. Medidas 
gerais como boa hidratação e esva-
ziamento adequado da bexiga podem 
ser orientados e analgésicos podem 
ser utilizados para o alívio da dor e dos 
sintomas irritativos. No tratamento 
da pielonefrite, devem-se levar em 
consideração medidas de suporte a 
depender do grau de acometimento 
sistêmico da paciente (8).
Etiologia das Infecções urinárias
Segundo Ronald (1), os agentes 
etiológicos de ITUs são, geralmente, 
provenientes da microbiota intestinal. 
Em infecções comunitárias, a Esche-
richia coli é o agente mais frequente, 
seguido por Staphylococcus sapro-
phyticus, Klebsiella spp., Enterobacter 
spp. e Proteus spp. De acordo com 
Vieira Neto (30), a etiologia tem sido 
analisada e estabelecida de forma 
razoavelmente consistente. A grande 
maioria das ITUs é causada por en-
terobactérias, mas também podem 
ser provocadas por outros micro-
-organismos.
Deve-se dar preferência a medi-
camentos que atuem diretamente no 
agente da infecção urinária, interferin-
do o mínimo possível em outros locais 
do organismo e, portanto, preservan-
do a flora intestinal e as defesas do 
paciente. Além disso, o uso indiscrimi-
nado de antibióticos de amplo espec-
tro também pode selecionar bactérias 
mais virulentas, aumentando o risco 
de dano renal (10). 
O impacto das bactérias re-
sistentes é mundial e representa 
ameaça para a humanidade. É um 
grave problema de saúde pública 
de grande amplitude médico-social, 
cujas consequências, para muitos 
estudiosos já estão em nosso coti-
diano e, se não forem freadas, no 
futuro serão ainda mais devastado-
ras para humanidade (23). 
Metodologia
Foram usados para amostragem do 
presente trabalho, através de pesquisa 
documental, resultados de exames de 
urocultura de 507 pacientes do La-
boratório (HSL), localizado na cidade 
de Patos de Minas, dos meses de de-
zembro de 2009 a julho de 2010. Tais 
resultados representam pacientes do 
sexo feminino e masculino, com idade 
entre zero a 91 anos. Este estudo foi 
realizado após o consentimento da 
direção técnica do Laboratório São 
Lucas e da aprovação do Comitê de 
Ética do UNIPAM Protocolo n° 124/10.
No Laboratório do HSL, as amos-
tras de urina foram coletadas em fras-
co estéril fornecido pelo laboratório, 
sendo reservada para isso a primeira 
urina do dia ou com intervalo de 4 
horas após a última micção (tempo 
médio para formação de todos cons-
tituintes da urina) com higiene íntima, 
com jato médio, pois componentes 
como secreções e células epiteliais 
podem interferir na análise. Outras 
amostras foram analisadas com jato 
qualquer (obtidas decriança com saco 
coletor estéril). Todo material biológi-
co foi analisado como potencialmente 
infectante e considerado de risco, 
biológico, sendo este manipulado 
com cuidado obedecendo às normas 
de biossegurança já seguidas pelo 
laboratório.
Para realização da urocultura as 
amostras foram centrifugadas e pos-
teriormente submetidas a exame de 
sedimento urinário onde foi feita a 
contagem de leucócitos e ou/ bacté-
rias que auxiliam no diagnóstico de 
ITU. As amostras de urina não centri-
fugadas foram estriadas em placa de 
Petri com auxílio de uma alça calibrada 
de 0,001mL, nos meios: ágar Eosina 
Azul de Metileno (EMB), (meio seleti-
vo) recomendado para o isolamento e 
diferenciação de enterobactérias Gram 
negativas de espécies clínicas e não 
clínicas, e ágar Mueller Hinton (ágar 
sangue) meio de base com 5% de san-
gue humano (O negativo) recomenda-
do para o isolamento de Staphylococ-
cus e Streptococcus. Estas amostras 
foram incubadas a 37°C por 18-24 
horas, sendo consideradas positivas 
aquelas que obtiveram crescimento 
superior a 80.000 colônias. Caso 
houvesse crescimento de mais de um 
agente, cada amostra era analisada 
individualmente (agente responsável 
pela infecção ou contaminação). Para 
os casos de contaminação foram soli-
citadas novas amostras de urina e na 
infecção os agentes foram isolados de 
acordo com a norma da microbiologia 
do laboratório. 
Para identificação de Enterobacte-
reaece Gram negativas e cocos Gram 
positivos foram realizadas provas 
bioquímicas tradicionais, tais como: 
coagulase, catalase, Rugai (BGN) e 
resistência com disco de sensibilidade 
(Novobiocina Manitol). 
Resultados e Discussão
Os resultados foram obtidos atra-
vés da análise de 507 uroculturas rea-
lizadas no laboratório do Hospital São 
Lucas localizado na cidade de Patos de 
Minas, no período de oito meses. Ao 
total, foram analisados 425 (83,8%) 
exames de pacientes do sexo feminino 
e 82 (16%) do sexo masculino. 
A Tabela 1 mostra a frequência de 
ocorrência de todos os micro-orga-
nismos identificados nas uroculturas 
analisadas. Como pode ser observado, 
em uroculturas com mais de 100.000 
NewsLab - edição 113 - 2012146
colônias foram isolados os seguintes 
agentes etiológicos: Escherichia coli, 
Staphylococcus epidermidis, Sta-
phylococcus saprophyticus, Entero-
bacter ssp, Proteus spp, Pseudomonas 
spp, Citrobcter spp, Streptocoocus 
spp, Acinetobacerspp e Klebsiella spp. 
E. coli foi o micro-organismo mais pre-
valente (44,26%), seguido pelo Sta-
phylococcus epidermidis (20,22%). 
Pesquisa realizada por Blatt e 
Miranda (5), no Laboratório Escola 
de Análises Clínicas da Universidade 
do Vale do Itajaí (Univali), com 924 
amostras de urina de pacientes inter-
nados no Hospital e Maternidade Ma-
rieta Konder Bornhausen, encontrou 
resultados similares. Nessa pesquisa 
os autores verificaram que a E. coli é 
a principal causa de ITU, seguida pela 
Klebsiella spp. 
Outro estudo, realizado por Arru-
da (3), em um Hospital pediátrico de 
Uberaba, com 957 amostras de urinas 
provenientes de resultados de exa-
mes realizados no Laboratório Jorge 
Furtado, também identificou a E. coli 
como o uropatógeno mais frequente 
nas ITUs. Esse patógeno mostrou 
prevalência de 60% nos resultados da 
pesquisa mencionada.
Resultado similar também foi 
encontrado por Braoios et al. (6), na 
cidade de Presidente Prudente, SP. 
Ao analisarem 12.869 uroculturas de 
pacientes atendidos no Laboratório de 
Microbiologia Clínica da Faculdade de 
Farmácia da Unoeste, E. coli foi iden-
tificada como o uropatógeno mais fre-
quente, com prevalência de 65,97%.
A ocorrência de E. coli em ITUs é 
bem relatada na literatura. Segundo 
Queiroz e Felício (21), este micro-
-organismo é um bastonete Gram 
negativo, pertencente ao grupo dos 
coliformes termotolerantes, que tem 
como habitat natural o trato intestinal 
dos seres humanos, o que pode expli-
car a maior facilidade em contaminar 
e ocasionar infecções urinárias. Além 
da Escherichia coli, o Staphylococcus 
sp. e Proteus sp apresentaram elevada 
ocorrência nas amostras analisadas 
pelo trabalho realizado em Presidente 
Olegário, MG, já mencionado.
Nesta pesquisa, com relação às 
507 amostras de urina coletadas, 
36,10% foram positivas e 63,90% fo-
ram negativas, como mostra a Figura 
1. A Escherichia coli e outras entero-
bactérias, o Staphylococcus epidermi-
dis e o Staphylococcus saprophyticus 
são os agentes infectantes mais co-
muns do trato urinário nestas análises, 
ainda que outros micro-organismos, 
menos frequentes, também causem 
infecção urinária, como mostrado 
anteriormente.
Corroborando com nossos resulta-
dos, no trabalho realizado por Queiroz 
e Felício (21), das 200 uroculturas 
analisadas, a maioria, 164 (82%) 
também apresentou negatividade e 
apenas 18% foram positivas.
Esses resultados foram superiores 
aos identificados por Muller, Santos e 
Corrêa (18), através da análise de 328 
culturas de urina, de pacientes am-
bulatoriais, atendidos no Laboratório 
de Análises Clínicas da Universidade 
Paranaense (UNIPAR) em Umuarama, 
PR. Do total de prontuários analisados, 
os autores identificaram que 15,85% 
(52) foram positivos para as infecções 
do trato urinário.
Resultados obtidos por Almeida, 
Simões e Raddi (1), em uma pesquisa 
realizada em um Hospital Universitário 
brasileiro também mostraram uma 
prevalência inferior. Durante o período 
do estudo, os pesquisadores analisa-
ram 271 amostras de urina coletadas 
de pacientes internados no hospital, 
sendo que 18,8% apresentaram cres-
cimento de colônias com contagens 
significativas.
Tabela 1. Frequência das bactérias nas infecções do trato urinário de pacientes atendidos no Laboratório do Hospital São Lucas 
Micro-organismos Frequência (%)
Escherichia coli 44,26%
Staphylococcus epidermidis 20,22%
Staphylococcus saprophyticus 9,84%
Enterobacter ssp. 13,11 %
Proteus ssp. 7,12%
Pseudomonas ssp. 1,64%
Citrobcter ssp. 0,55%
Streptocoocus ssp. 0,55%
Acinetobacer ssp. 1,64%
Klebsiella ssp. 1,10%
NewsLab - edição 113 - 2012148
Como pode ser observada na Figu-
ra 2, a ocorrência de ITU foi maior na 
faixa etária de 41 a 60 anos: 34,90% 
(64 amostras). As demais faixas etá-
rias apareceram com os seguintes 
percentuais: de 0 a 20 anos 20,80%, 
de 21 a 40 anos 30,60% e, com mais 
de 60 anos, 13,70%.
Em estudo realizado por Silva et 
al. (26), com o objetivo de avaliar a 
frequência de infecções do trato uri-
nário de origem bacteriana, através da 
análise de 534 uroculturas, os autores 
identificaram maior prevalência na 
faixa etária de 31 a 40 anos, corres-
pondendo a 24% dos pacientes com 
ITU. Na pesquisa realizada por Braoios 
et al. (6), também foram encontrados 
resultados diferentes com relação à 
idade, onde a maioria dos pacientes 
com ITU tinha entre 20 e 49 anos 
(52,95%).
Nas avaliações deste trabalho 
observou-se um predomínio das 
infecções urinárias em mulheres 
(Figura 3), porém, de acordo com 
o teste qui-quadrado ( =0,05) essa 
distribuição não foi significativa 
(x2=0,88). A figura mostra que, 
apesar de ter sido encontrado maior 
número de resultados positivos no 
sexo feminino, o número de exames 
realizados entre mulheres também foi 
bem maior. Apesar do presente es-
tudo não ter encontrado relação sig-
nificativa entre ITU e o sexo, muitos 
estudos confirmam que a prevalência 
é maior no sexo feminino, conforme 
demonstra Queiroz e Felício (21), queencontraram prevalência de 92% de 
uroculturas positivas em pacientes do 
sexo feminino.
De acordo com Heilberg e Shor 
(11), a maior ocorrência de infecções 
do trato urinário em mulheres pode 
ser explicada pela anatomia do apa-
relho genital feminino, que apresenta 
uretra mais curta e, ainda, maior 
proximidade ao ânus, o que aumenta 
a probabilidade de contaminações 
microbianas.
Das 12.869 uroculturas avaliadas 
por Braoios et al. (6) de pacientes de 
ambos os sexos e com idade variando 
de 0 a 84 anos de idade, em Presiden-
te Prudente, foi verificado que a maio-
ria dos resultados positivos também 
pertencia ao sexo feminino (69,01%).
Figura 1. Porcentagem de uroculturas positivas e negativas de pacientes atendidos no 
Laboratório do Hospital São Lucas
Figura 2. Prevalência de micro-organismos em infecções do trato urinário de pacientes 
atendidos no Laboratório do Hospital São Lucas, segundo a faixa etária
Figura 3. Frequência de micro-organismos em infecções do trato urinário de pacientes 
atendidos no Laboratório do Hospital São Lucas, segundo quantidade de uroculturas positivas 
e negativas
300
250
200
150
100
50
0
26
56
157
268
36,10%
63,90%
13,70%
20,80%
30,60%
34,90%
Positivas
Negativas
MulheresHomens
Positivas
Negativas
0 - 20 anos
21 - 40 anos
41 - 60 anos
mais de 60 anos
NewsLab - edição 113 - 2012150
Conclusão
Referências BibliográficasReferências Bibliográficas
Conclusão
Dentre as amostras analisadas 
no laboratório do HSL foi possí-
vel observar que a Escherichia 
coli e Staphylococcus epidermidis 
foram, respectivamente, os mais 
frequentes causadores de infecções 
urinárias. Apesar de não ter sido 
encontrada significância estatística, 
a prevalência de infecção no trato 
urinário foi maior em mulheres. 
Isso nos mostra a importância de 
se fazer consultas periódicas com 
exames preventivos, para evitar 
complicações graves futuras no 
trato urinário. 
Correspondências para:
Irani Damas Campos Duarte
iranidamas@hotmail.com
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19. Pedroso ERP, Oliveira RGO. Black Book: Clínica Médica. Belo Horizonte: Blackbook, 2007. 
151NewsLab - edição 113 - 2012
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20. Pinto EAS, Soares MA. Incidência de infecções do trato urinário (ITU) em alunos da Fundação Comunitária de Ensino Superior de 
Itabira- FUNCESi, Itabira/MG. 2007. 25P. Monografia (Conclusão de Curso de Graduação), Fundação Comunitária de Ensino Superior 
de Itabira, Itabira, 2007. 
21. Queiroz CA, Felício VT. Infeções Urinárias de Origem Bacteriana em Pacientes Atendidos em Laboratórios de Análises Clínicas de 
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22. Riff LJM. Avaliação e tratamento da infecção urinária. In: Clínicas Médicas da América do Norte. Rio de Janeiro, Interamericana, 1978.
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24. Santos NQ. A resistência bacteriana no contexto da infecção Hospitalar. 2004. v. 13. Universidade Federal de Santa Catarina. Flori-
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25. Sato AF, Svidzinski AE,Consolaro MEL, Boer CG. Nitrito urinário e infecções urinárias. Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, 2005, 
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revista_enfermagem /artigo056. pdf>. Acesso em: 24 abr. 2010. 
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pdf/27_01_09_Globo_Online.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2010. 
30. Neto OMV. Infecção do trato urinário. In: Simpósio Urgências e Emergências infecciosas, 36, 2003, Ribeirão Preto. Medicina: USP/ SP, 
2003. p. 365-369.
NewsLab - edição 113 - 2012156
Métodos laboratoriais de monitoramento terapêutico 
no diabetes mellitus – uma revisão
O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, 
decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina 
de exercer adequadamente seus efeitos. O objetivo do presente 
estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os marcadores 
de acompanhamento terapêutico no diabetes mellitus. A revisão foi 
realizada nas bases de dados de artigos científicos, retirados das 
fontes de pesquisa Sciencedirect, Scielo, nas línguas: portuguesa, 
inglesa e espanhola no período de 1989 a 2009. Os termos usa-
dos foram: hemoglobina glicada, frutosamina e microalbuminúria. 
O resultado dos exames de acompanhamento terapêutico pode 
mostrar o perfil dos pacientes diabéticos, uma vez que investigam 
os principais fatores de risco relacionando o valor glicêmico de 
dias anteriores e analisando até mesmo a função renal. 
Palavras-chave: Diabetes mellitus, hemoglobina glicada, 
frutosamina e microalbuminúria
Laboratory monitoring therapeutic in diabetes 
mellitus – a review
Diabetes Mellitus is a syndrome of multiple etiologies, 
resulting from lack of insulin and/or the inability of insulin to 
function appropriately. The aim of this study was to review 
literature on markers of therapeutic treatment in diabetes 
mellitus. The review was conducted in the databases of scien-
tific papers, drawn from research sources ScienceDirect and 
Scielo, in languages: Portuguese, English and Spanish from 
1989 to 2009. The terms used were: glycated hemoglobin, 
fructosamine and microalbuminuria. The results from follow-
-up treatment can show the profile of diabetic patients, since 
investigating the main risk factors relating the glycaemic value 
of previous days even analyzing renal function.
Keywords: Diabetes mellitus, glycated hemoglobin, fructo-
samine and microalbuminuria
Resumo Summary
Rosilene Braga Carvalho1, Tiago Bittencourt de Oliveira2
1 – Graduanda do Curso de especialização em Ciências Farmacêuticas – Diagnóstico Laboratorial
2 – Professor Mestre da Disciplina de Diagnóstico Laboratorial de Doenças Metabólicas do Curso de Farmácia, 
da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
Artigo
Métodos Laboratoriais de Monitoramento Terapêutico no 
Diabetes Mellitus – uma Revisão
IntroduçãoIntrodução
O diabetes mellitus é uma sín-drome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insuli-
na e/ou da incapacidade da insulina de 
exercer adequadamente seus efeitos. 
Caracteriza-se por hiperglicemia crôni-
ca com distúrbios do metabolismo dos 
carboidratos, lipídios e proteínas (1).
É a mais importante patologia que 
envolve o pâncreas endócrino, sendo 
uma das maiores causas de morbida-
de e mortalidade na população, onde 
a hereditariedade e a obesidade são 
fatores que devem ser considerados 
para o aparecimento da doença. É 
uma situação clínica frequente que 
acomete 7,6% da população adulta 
entre 30 e 69 anos e 0,3% das ges-
tantes (2-5).
Essa doença pode ser classificada 
em vários tipos: tipo l, associada à 
destruição da célula beta, geralmente 
ocasionando deficiência absoluta de 
insulina, de natureza autoimune ou 
idiopática, tipo 2, que varia de uma 
predominância de resistência insulínica 
com relativa deficiência de insulina, a 
um defeito predominantemente secre-
tório, com ou sem resistência insulínica, 
diabetes gestacional, cuja intolerância a 
glicose é reconhecida durante a gravi-
dez e outros tipos específicos (2).
As consequências do DM a longo 
prazo acontecem devido a alterações 
micro e macrovasculares que levam à 
disfunção, dano ou falência de vários 
órgãos. As complicações crônicas 
compreendem a nefropatia, com 
possível evolução para insuficiência 
renal, a retinopatia, com possibilida-
de de cegueira, e a neuropatia, com 
risco de úlceras nos pés, amputações, 
artropatia de Charcot e manifestações 
de disfunção autonômica, incluindo 
disfunção sexual. 
Pessoas com diabetes apresentam 
elevado risco de doença vascular ateros-
clerótica, como as doenças coronarianas, 
arterial periférica e vascular cerebral. As 
doenças cardiovasculares representam 
a principal causa de morte (52%) em 
pacientes diabéticos do tipo 2 (6, 7).
157NewsLab - edição 113 - 2012
A estratégia de prevenção das 
complicações crônicas do diabetes 
baseia-se no controle da hiperglice-
mia para tratamento precoce de suas 
complicações. É consenso a necessi-
dade da manutenção de um controle 
glicêmico satisfatório em todos os 
pacientes, isto é, um grau de controle 
que previna a sintomatologia aguda e 
crônica atribuída à hiperglicemia e à 
hipoglicemia. Para isso, um monitora-
mento mais detalhado dos pacientes 
se faz necessário através de métodos 
laboratoriais como hemoglobina glica-
da, microalbuminúria e frutosamina. 
Sendo assim, o objetivo do artigo é 
realizar uma revisão bibliográfica dos 
principais métodos de acompanha-
mento e monitoramento do diabetes 
mellitus (8).
Hemoglobina Glicada
A dosagem da glicose no sangue 
não constitui parâmetro eficiente para 
avaliação do controle da glicemia 
durante um intervalo de tempo pro-
longado. Nesse sentido, a dosagem 
da hemoglobina glicada (HbA1c) tem 
papel fundamental na monitorização 
do controle glicêmico em pacientes 
diabéticos, pois fornece informações 
acerca do índice retrospectivo da gli-
cose plasmática, em 90 dias. A grande 
vantagem da HbA1c está no fato de 
não sofrer grandes flutuações, como 
na dosagem da glicose plasmática, 
bem como estar diretamente rela-
cionada ao risco de complicações em 
pacientes com diabetes mellitus tipos 
1 e 2 (1, 9-13). 
O termo hemoglobina glicada defi-
ne um grupo de substâncias formadas 
a partir da reação entre a hemoglobina 
A (HbA) e um açúcar. O componente 
mais importante deste conjunto é a 
fração A1C, na qual há um resíduo de 
glicose ligado ao grupo amino terminal 
(resíduo de valina) de uma ou de am-
bas as cadeias beta da HbA. A ligação 
entre a HbA e a glicose é o produto de 
uma reação não-enzimática definida 
como glicação. A primeira fase da re-
ação entre a glicose e a hemoglobina 
é reversível e origina um composto 
intermediário denominado pré-A1C 
ou base de Schiff. 
A segunda fase é irreversível e 
resulta em um composto estável 
denominado A1C. A membrana da 
hemácia é altamente permeável à 
molécula de glicose, fazendo com 
que a hemoglobina presente no seu 
interior fique exposta praticamente à 
mesma concentração da glicose plas-
mática. A glicação ocorrerá em maior 
ou menor grau, conforme o nível 
de glicemia. A hemoglobina glicada 
permanece dentro das hemácias e a 
sua concentração, num determinado 
momento, dependerá, basicamente, 
da taxa glicêmica média e da meia-
-vida das hemácias (14-18). 
A associação entre a hemoglobina 
glicada(A1C) e o diabetes mellitus 
(DM) já é conhecida desde a década 
de 1960. No entanto, a real utilidade 
deste parâmetro laboratorial passou 
a ser reconhecida após a publicação 
de dois importantes estudos: Diabe-
tes Control and Complications Trial 
(DCCT), de 1993, e United Kingdom 
Prospective Diabetes Study (UKPDS), 
de 1998 (19-21). 
Em 1996 foi criado o National 
Glycohemoglobin Standardization Pro-
gram (NGSP), patrocinado, em parte, 
pela American Diabetes Association 
(ADA) com a finalidade de comparar e 
certificar os diversos métodos utiliza-
dos para dosagem da A1C. O método, 
uma vez certificado pelo NGSP, apre-
senta desempenho análogo e resulta-
do semelhante aos do método aplicado 
no estudo do DCCT. Nessa condição, 
o resultado pode ser comparado ao 
valor considerado adequado para o 
controle do diabetes, estabelecido 
por estes estudos, que é de até 7% 
ou, mais recentemente, de até 6,5%, 
conforme a Sociedade Brasileira de 
Diabetes (SBD), tanto no adulto como 
no adulto jovem. Anualmente, os 
conjuntos diagnósticos devem passar 
pelo processo de certificação (20-24).
Os valores adequados de A1C para 
crianças e adolescentes diabéticos 
ainda não estão perfeitamente estabe-
lecidos, no entanto, é inegável a neces-
sidade de se estabelecerem níveis de 
referência e padrões de bom controle 
para essas faixas etárias. A estratégia 
a ser adotada para controle adequado 
nos níveis de glicose deve garantir 
crescimento e desenvolvimento ade-
quados; baixo risco de hipoglicemia, 
principalmente em crianças com menos 
de oito anos de idade, quando o de-
senvolvimento neurológico ainda não 
está completo; e minimizar o risco de 
desenvolvimento precoce das compli-
cações crônicas. Em crianças, na fase 
pré-puberal, o nível aceitável de A1C 
é de até 8%, e na fase puberal, infe-
rior a 8,5%. A meta para A1C inferior 
a 7% deverá ser adotada a partir da 
fase final da puberdade. A frequência 
de realização das dosagens de A1C na 
infância e na adolescência depende 
das disponibilidades locais e do nível 
de controle alcançado, podendo variar 
de duas a quatro vezes ao ano (25).
Nos idosos, o nível de A1C de 
até 8% é considerado apropriado, 
uma vez que a tentativa de controle 
mais rígido da glicemia nesta faixa 
etária pode induzir a efeitos colate-
rais indesejados, como hipoglicemia 
severa (25).
Na gravidez, a dosagem de A1C 
não está indicada para monitoração. 
Nessa situação, é muito mais eficiente 
um controle rigoroso dos níveis das 
glicemias de jejum e de duas horas 
após as refeições. O acompanhamento 
pré-natal da paciente com DM é fun-
damental para minimizar os riscos de 
complicações, principalmente o aborto 
espontâneo (25).
Em um indivíduo não diabético, 
cerca de 4% a 6% do total de HbA1c 
NewsLab - edição 113 - 2012158
um possível substituto do teste de 
glicemia de jejum e do teste oral de 
tolerância à glicose (TOTG). Entre-
tanto, estudos têm demonstrado que 
a limitação dessa proposta não está 
relacionada ao fato de que valores 
altos de A1C indiquem a presença de 
diabetes, mas sim ao fato de que um 
resultado “normal” não exclui a doen-
ça. Em outras palavras, a utilização da 
A1C no rastreio ou no diagnóstico do 
diabetes seria uma opção diagnóstica 
com especificidade, porém, reduzida 
sensibilidade (29, 30). 
Em função dessa restrição, aven-
tou-se a possibilidade da utilização do 
teste de A1C como complemento da 
glicemia de jejum, seja para o diag-
nóstico do diabetes ou para o rastreio 
dos pacientes que, efetivamente, 
necessitariam do TOTG para confirma-
ção do diagnóstico. Se utilizado desta 
maneira, a especificidade de um valor 
aumentado de A1C estaria sendo apli-
cada a uma população já com alto risco 
de apresentar intolerância à glicose 
em função de uma glicemia de jejum 
limítrofe da anormalidade (29, 30).
Ozmen e cols. (31) avaliaram 565 
pacientes DM2 e verificaram alta cor-
relação entre média glicêmica e A1c 
nos pacientes, tanto em jejum e pós-
-prandial. Detectaram sensibilidade de 
84,5% e especificidade de 80,4% para 
média glicêmica de 175 mg/dL, como 
parâmetro de bom controle metabólico 
(A1c < 7%) (28,31).
De acordo com o grupo de Rohl-
fing (32), a avaliação dos pacientes 
do DCCT (n = 1.439), submetidos à 
glicemia capilar sete vezes ao dia com 
a medida de A1c, a correlação entre 
glicemia média e A1c foi mais evidente 
no período pós-prandial e no noturno 
versus diurno/jejum. A medida da 
A1c foi realizada por HPLC, e uma 
estimativa de variação de 11% da 
glicemia capilar em relação à glicemia 
plasmática. Concluíram haver alta cor-
relação entre média glicêmica e A1c 
em pacientes com DM1, com elevação 
de 35,6 mg/dL para cada 1% na A1c. 
A variação intraindividual foi menor 
nos pacientes quando avaliados pela 
A1c (9,7%) versus média glicêmica 
(29,8%) (32).
Frutosamina
A frutosamina é o nome genérico 
para as cetoaminas. O nome se refere 
à estrutura do produto do rearranjo 
da cetoamina formado pela interação 
da glicose com o grupo amino nos 
resíduos de lisina da albumina. 
Como a hemoglobina glicada, a fru-
tosamina reflete o controle glicêmico 
de um a duas semanas anteriores, já 
que a taxa de renovação das proteínas 
séricas é mais rápida que os eritrócitos, 
ou seja, a meia-vida da albumina cir-
culante é de 14 a 20 dias. Entretanto, 
deve-se ressaltar que os níveis ideais 
de frutosamina ainda não foram de-
finitivamente estabelecidos e que os 
resultados desse teste podem ser in-
fluenciados pela presença de proteinú-
ria maciça, doença intestinal perdedora 
de proteínas ou pelo tratamento com 
diálise peritoneal (16, 33, 34).
Em pacientes com diabetes mellitus 
pode haver a necessidade da realização 
de ensaios mais sensíveis às alterações 
a curto prazo nas concentrações mé-
dias de glicose sanguínea do que os en-
saios de determinação da hemoglobina 
glicada, sendo os valores de referência 
de 205 a 285 micromol/L (1, 33).
A medida da frutosamina não é 
equivalente à da hemoglobina glica-
da e o papel da frutosamina como 
fator preditivo para complicações do 
diabetes ainda não foi determinado. 
Este método pode ser usado como 
alternativa para avaliar o controle 
glicêmico dos portadores de hemoglo-
binopatias, nos quais a determinação 
da hemoglobina glicada é prejudicada 
e em diabetes mellitus gestacional. 
A utilidade clínica do teste de 
frutosamina não está bem estabele-
apresenta-se glicada, enquanto que 
no diabético com descontrole acen-
tuado esta porcentagem pode atingir 
níveis duas a três vezes acima do 
normal. Segundo o documento de 
posicionamento oficial, os testes de 
A1C necessitam ser realizados pelo 
menos duas vezes ao ano por todos os 
portadores de diabetes. Quando eles 
não conseguem atingir um controle 
adequado, a recomendação é realizar 
a dosagem da A1C a cada três meses. 
A dosagem de A1C está indicada tan-
to para os diabéticos do tipo 1 como 
para os do tipo 2, para controle dos 
níveis de HbA1c, pois quando estiver 
acima de 7% estão associados a um 
risco progressivamente maior de com-
plicações crônicas, sendo indicada a 
revisão do esquema terapêutico em 
vigor (4, 15, 16, 25, 26).
As metodologias atualmente dispo-
níveis para a dosagem da A1C apre-
sentam elevados níveis de exatidão e 
reprodutibilidade. No entanto, fatores 
interferentes podem resultar em valo-
res não compatíveis com o real estado 
de controle ou descontrole do diabetes. 
Podemos citar como exemplo a limita-
ção da dosagem da A1C nos pacientes 
portadores de hemoglobinas variantes 
(hemoglobinas C, S, E, D etc.), seja na 
forma heterozigótica ou homozigótica. 
Na homozigótica não é possível 
avaliar a A1C em razão da ausência 
da hemoglobina A. Na forma hetero-
zigótica, alguns métodos baseados na 
cromatografia por troca iônica podem 
identificara presença de alguns tipos de 
hemoglobina variante, permitindo uma 
análise mais criteriosa do resultado. É 
importante que o laboratório, ao sele-
cionar o método de ensaio, considere 
o risco potencial das interferências e a 
prevalência das moléstias no grupo po-
pulacional avaliado (15, 18, 23, 27, 28).
Recentemente, tem-se cogitado 
em utilizar a hemoglobina glicada 
como teste de rastreio ou mesmo 
de diagnóstico para o diabetes como 
NewsLab - edição 113 - 2012160
Considerações Finais
cida, sendo esse recurso geralmente 
recomendado em situações nas quais 
o teste de A1C apresente algum pro-
blema. Além disso, não há estudos 
demonstrando a utilidade do teste 
como marcador do desenvolvimento 
de complicações relacionadas ao dia-
betes (16, 35).
Microalbuminúria
A nefropatia diabética é uma 
complicação importante do diabetes, 
pois acomete cerca de 30 a 40% dos 
pacientes, está associada a um au-
mento da mortalidade e evolui inexo-
ravelmente para a perda progressiva 
de função renal, necessitando o uso 
de medidas de reposição da função 
renal, e está sendo um motivo de 
alerta para a Organização Mundial de 
Saúde (36, 37).
Diversos fatores de risco têm sido 
descritos para a nefropatia diabética, 
entre eles, o grau de hiperglicemia, a 
duração do diabetes, a presença de 
hipertensão arterial, o fumo e fatores 
genéticos. Marcadores de nefropatia 
diabética estão sendo enfaticamente 
procurados e a presença de micro-
albuminúria, isto é, um aumento da 
excreção urinária de albumina acima 
de 20 μg/min e menor do que 200 μg/
min, é um dos fatores predisponentes 
mais estudados. Além disto, é tam-
bém um fator de risco para a doença 
cardiovascular, a principal causa de 
morte em pacientes com diabetes do 
tipo 2 (36, 38-40).
O estudo HOPE demonstrou que 
a presença de microalbuminúria 
estava associada ao aumento do 
risco relativo de desfechos primários 
(infarto do miocárdio, AVC ou morte 
cardiovascular). O risco de um even-
to cardiovascular adverso aumentou 
progressivamente com o aumento dos 
níveis de microalbuminúria (41).
Numa análise posterior do estudo 
LIFE, com hipertensos com evidência 
eletrocardiográfica de hipertrofia do 
ventrículo esquerdo, foi observado 
que, para cada aumento de 10 vezes 
na relação albumina/creatinina, o risco 
de infarto ou AVC aumentou em 57% 
e o risco de morte cardiovascular em 
98% para pacientes não diabéticos. Os 
respectivos aumentos nos diabéticos 
foram de 39% e 47% (42).
Em indivíduos idosos, a combina-
ção de microalbuminúria e hiperinsu-
linemia, um reflexo da resistência à 
insulina, está associada com aumento 
no risco de eventos e mortalidade 
coronariana (43). 
A Organização Mundial da Saúde 
considera a presença de microalbu-
minúria como um dos componentes 
necessários para definir a presença de 
Síndrome Metabólica. Especula-se que 
a resistência insulínica determine dis-
função endotelial e, por conseguinte, 
cause um aumento da permeabilidade 
da membrana glomerular. De fato, 
níveis séricos de endotelina-1, um 
marcador da função endotelial, está 
mais elevado em pacientes com dia-
betes do tipo 2 e dislipidêmicos do que 
em pacientes apenas dislipidêmicos 
ou indivíduos normais. Os principais 
determinantes da elevação da en-
dotelina são os níveis mais elevados 
de excreção urinária de albumina e o 
índice HOMA de resistência insulínica 
(44, 45).
A prevalência da microalbuminúria 
em pacientes com DM1 descrita na 
maioria dos trabalhos realizados na 
Europa e nos Estados Unidos situa-se 
na faixa de 5 a 22%, sendo referida 
como muito baixa na fase pré-puberal 
(46-49).
O rastreamento para microalbumi-
núria, segundo as recomendações da 
American Diabetes Association e da 
Sociedade Brasileira de Diabetes, deve 
ser feito anualmente em pacientes 
diabéticos do tipo 1 a partir do quinto 
ano do diagnóstico e, em pacientes 
com diabetes do tipo 2, a partir do 
diagnóstico (50).
Em pacientes com DM2, a prevalên-
cia de microalbuminúria varia de 13% a 
26% em populações europeias, seme-
lhante à proporção de 24% em indiví-
duos brasileiros. A presença de microal-
buminúria prediz o desenvolvimento de 
proteinúria franca em cerca de 50% dos 
pacientes com DM2. Caramori e cols. 
recentemente questionaram o valor da 
microalbuminúria como preditivo isola-
do de nefropatia diabética, sugerindo a 
busca de marcadores complementares. 
No entanto, a microalbuminúria ainda 
parece ser o melhor marcador para 
nefropatia, além de ser também um 
marcador de risco independente para 
cardiopatia isquêmica e para o aumento 
da mortalidade (51-54).
Considerações Finais 
Os métodos analisados são real-
mente necessários para monitorar o 
paciente diabético e até mesmo para 
diagnosticar uma possível doença, 
pois mostram valores necessários para 
o acompanhamento e rastreamento do 
paciente, através da análise de fatores 
indispensáveis.
A hemoglobina glicada consegue 
avaliar como o paciente está, mostran-
do a análise retrospectiva da glicemia, 
a frutosamina mostra de forma mais 
sensível os valores glicêmicos de uma a 
duas semana anteriores e a microalbu-
minúria permite avaliar a função renal 
através da excreção de albumina na 
urina para evitar futuras lesões renais.
Sendo assim, podemos verificar 
que os métodos de monitoramento 
do diabetes mellitus são importan-
tes na clínica médica para manter a 
qualidade de vida dos pacientes com 
um controle glicêmico normal e um 
tratamento adequado.
Correspondências para: 
Tiago Bittencourt de Oliveira
tiagob@urisan.tche.br
NewsLab - edição 113 - 2012162
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NewsLab - edição 113 - 2012168
A importância da detecção de enterobactérias 
produtoras de carbapenemases pelo Teste de Hodge 
Modificado
A resistência aos antimicrobianos tem se tornado um pro-
blema mundial. Os carbapenens constituem terapia de escolha 
para tratamento de infecções causadas por bactérias multi-droga-
-resistentes (MDR), porém já são vários os mecanismos utilizados 
pelas bactérias para driblar a ação da droga, como a produção 
de enzimas carbapenemases. Essas enzimas podem ser detectadas 
através do Teste de Hodge Modificado. A importância clínica da 
detecção de bactérias produtoras de carbapenemases é devida à 
sua contribuição para o controle de infecção hospitalar, diminuindo 
a disseminação de micro-organismos MDR através de medidas de 
isolamento e fornecendo resultados que auxiliam na seleção do anti-
microbiano mais adequado, prolongando a sobrevida do paciente. 
Palavras-chave: Enterobactérias, antimicrobianos, carba-
penens, carbapenemases
The importance of detection of Enterobacteria-
ceae producing carbapenemases by the Modified 
Hodge test
Antimicrobial resistance has become a worldwide pro-
blem. The carbapenems are preferred therapy for treatment 
of infections caused by bacteria multi-drug resistant, but 
already there are mechanisms used by bacteria to evade 
drug action, as the production of enzymes carbapenemases. 
These enzymes can be detected by the Modified Hodge test. 
The clinical importance of detecting bacteria producing 
carbapenemases is because the contribution to hospital 
infection control, reducing the spread of multidrug-resistant 
microorganisms through isolation and providing results 
that help in choosing the most appropriate antimicrobial, 
prolonging patient survival.
Keywords: Enterobacteria, antimicrobialses, carbapenens, 
carbapenemases 
Resumo Summary
Monalize Vieira de Oliveira1, Alessandra Marques Cardoso2
1 - Biomédica, Pós-graduanda em Microbiologia Clínica e Laboratorial pela PUC Goiás
2 - Orientadora, Doutora e Mestre em Medicina Tropical – Microbiologia (UFG), Professora do Departamento 
de Biomedicina da PUC Goiás, Biomédica da Secretaria Estadual de Saúde (GO)
Artigo
A Importância da Detecção de Enterobactérias Produtoras de 
Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado
IntroduçãoIntrodução
As bactérias têm desenvolvido mecanismos de resistên-cia cada vez mais eficazes 
contra os agentes antimicrobianos. 
A resistência aos carbapenens tem 
se tornado um problema mundial e 
um dos mecanismos responsáveis é 
a produção de enzimas denominadas 
carbapenemases (4).
Os carbapenens constituem tera-
pia antimicrobiana de escolha para 
tratamento de infecções hospitalares 
graves causadas por bactérias Gram-
-negativas (enterobactérias) multirre-
sistentes, devido ao amplo espectro de 
ação bactericida e à sua estabilidade 
frente à maioria das betalactamases, 
inclusive as de espectro ampliado - 
ESBL (2), além de apresentarem boa 
ação contra bactérias Gram-positivas, 
exceto Enterococcus spp. e Staphylo-
coccus spp. meticilina resistente (5). 
Porém, já existem mecanismos bacte-
rianos de resistência aos carbapenens, 
como a diminuição da permeabilidade 
da membrana externa por perda ou 
alterações na estrutura de porinas, 
atividade de bombas de efluxo que 
promovem a diminuição da concen-
tração do antimicrobiano no interior 
da bactéria e por ação de betalacta-
mases, como as carbapenemases (4).
A Klebsiella pneumoniae car-
bapenemase (KPC) é uma enzima 
betalactamase produzida por entero-
bactérias que confere resistência aos 
carbapenens (ertapenem, imipenem 
e meropenem), bem como a outros 
beta-lactâmicos, como penicilinas, 
cefalosporinas e monobactâmicos 
(1). Esta enzima está classificada 
fenotipicamente no Grupo 2 de BUSH 
e, no Grupo A, pela classificação 
169NewsLab - edição 113 - 2012
molecular de Ambler (10). Bactérias 
produtoras de enzimas KPC contêm o 
gene bla kpc que codifica a produção 
de carbapenemases e é uma enzima 
plasmídio-mediada, inicialmente 
descrita em Klebsiella pneumoniae 
(7). Além de K. pneumoniae ou-
tras espécies podem produzir KPC, 
como Klebsiella oxytoca, Citrobacter 
freundii, Enterobacter spp., Escheri-
chia coli, Salmonella, Serratia spp. e 
Pseudomonas aeruginosa (1).
A enzima KPC já foi documentada 
em diferentes bactérias por meio de 
estudos moleculares e diferenciada 
em KPC-1 a 4 (14). A enzima KPC-1 
foi inicialmente descrita a partir de 
uma cepa de K. pneumoniae isolada 
na Carolina do Norte, Estados Unidos. 
A KPC-2 foi encontrada em isolados de 
K. pneumoniae, Salmonella enterica, 
Klebsiella oxytoca e em Enterobac-
ter spp. Logo depois, a KPC-3 foi 
encontrada em K. pneumoniae e En-
terobacter cloacae isolados em Nova 
York, Estados Unidos. Recentemente 
cepas de KPCs foram encontradas na 
França, América do Sul e Israel e a 
KPC-2 foi identificada pela primeira 
vez em Pseudomonas aeruginosa, ou 
seja, em isolados não pertencentes à 
família Enterobacteriaceae. 
A KPC-2 surgiu na China, sendo a 
K. pneumoniae produtora de KPC-2 
isolada na cidade de Hangzhou. Qua-
se ao mesmo tempo, identificou-se 
KPC-2 em Serratia marcescens em 
três isolados da mesma cidade (13). 
Para KPC-4, não foram encontrados 
micro-organismos relacionados (14). 
Alguns pacientes são mais sus-
cetíveis a infecções por bactérias 
produtoras de KPC, como exemplo 
aqueles transplantados, neutropêni-
cos, em ventilação mecânica e com 
internação prolongada em Unidades 
de Terapia Intensiva, que apresen-
tam maior risco de infecção ou colo-
nização por bactérias MDR. Quando 
há a detecção dessas cepas faz-se 
necessário a adoção de algumas me-
didas, como por exemplo, comunicar 
ao grupo de controle de infecção 
hospitalar e isolar o paciente, pois a 
disseminação hospitalar das cepas 
produtoras de KPC representa uma 
situação preocupante, principalmen-
te por estar associada a infecções 
com alta mortalidade (7).
As opções para o tratamento de 
infecções causadas por bactérias 
capazes de hidrolisar carbapenens 
e beta-lactâmicos são limitadas. As 
polimixinas e a tigeciclina represen-
tam opções de tratamento por apre-
sentarem atividade in vitro frente às 
bactérias Gram-negativas produtoras 
de carbapenemases (6). Porém, o 
tratamento com polimixinas pode não 
representar boa opção terapêutica, 
uma vez que algumas bactérias são 
intrinsecamente resistentes a este an-
timicrobiano, como Serratia marces-
cens e outras enterobactérias, além 
de sua elevada nefrotoxicidade (3, 6).
Teste de Hodge Modificado para 
detecção de Carbapenemases
As metodologias utilizadas para 
rastreamento de KPC são diversifica-
das: focalização isoelétrica, disco-di-
fusão, E-test e Teste de Hodge Modifi-
cado (1, 14). Pode-se ainda pesquisar 
o gene bla KPC por reação em cadeia 
da polimerase (PCR) ou ribotipagem. 
Os sistemas de automação utilizados 
para teste de suscetibilidade podem 
não identificar comprecisão os isola-
dos KPC positivos (14).
Devido à crescente disseminação 
de enterobactérias produtoras de 
carbapenemases, no ano de 2009, 
o Clinical and Laboratory Standards 
Institute (CLSI) passou a recomendar 
o uso do Teste de Hodge Modifica-
do - MHT (12), um teste fenotípico 
descrito por Anderson (1). O MHT 
detecta a produção de enzimas car-
bapenemases em isolados da família 
Enterobacteriaceae (9).
A realização do MHT é indicado 
em isolados de enterobactérias re-
sistentes às cefalosporinas de amplo 
espectro (terceira e quarta geração) 
e que apresentem Concentração Ini-
bitória Mínima (CIM) ≥ 2 µg/mL para 
imipenem ou meropenem, de acordo 
com Rossi et al. (9).
O MHT é um teste de fácil execu-
ção e tem demonstrado sensibilidade 
e especificidade superior a 90% na 
detecção da produção de KPC em 
Enterobacteriaceae (7). Entretanto, a 
interpretação deste teste pode ser di-
ficultada por não individualizar a enzi-
ma em questão, indicando somente a 
existência de uma carbapenemase, ou 
seja, revela a presença de mecanismo 
associado à inativação de carbapenens 
(12). Outras carbapenemases, como 
metalo-beta-lactamases e PME-1 em 
Serratia marcescens, também podem 
produzir MHT positivos, mas são en-
contrados em baixa frequência (8). O 
MHT é um teste fenotípico, que deve 
ser confirmado por um teste molecular 
realizando o PCR para bla kpc (9). 
O MHT deverá ser realizado da 
seguinte forma: preparar uma sus-
pensão 0,5 de McFarland de Esche-
richia coli ATCC 25922 em salina e 
diluir de 1:10. Inocular uma placa 
de ágar Mueller Hinton como para o 
procedimento de rotina do antibio-
grama. Deixar a placa secar em torno 
de 10 minutos. Colocar o disco de 
ertapenem e/ou meropenem. Fazer 
uma suspensão, com três a quatro 
colônias da cepa em estudo e inocular 
em linha reta da borda do disco para 
a periferia da placa. 
De forma similar, proceder com 
os controles negativos e positivos 
em posições diferentes. Incubar 
NewsLab - edição 113 - 2012170
Discussão
Figura 1. Teste de Hodge Modificado
(1) K. pneumoniae ATCC BAA 1705, resultado positivo
(2) K. pneumoniae ATCC BAA 1706, resultado negativo
(3) isolado clínico, resultado positivo
Fonte: CDC, 2009
interpretação no CLSI pode-se optar 
pela interpretação do FDA (9).
Discussão
A importância da detecção de 
enterobactérias produtoras de car-
bapenemases está relacionada ao 
controle das infecções causadas 
por bactérias MDR, para diminuir a 
disseminação através de medidas de 
controle de isolamento. A dissemina-
ção em ambiente hospitalar das ce-
pas produtoras de carbapenemases 
representa uma situação preocupan-
te, pois está relacionada à elevada 
morbidade e mortalidade (9).
É necessário conhecer o perfil 
de resistência aos antimicrobianos 
mediante o uso de técnicas simples, 
como disco-difusão, que é aplicável 
em qualquer Laboratório de Micro-
biologia Clínica. Com o estudo atra-
vés de testes fenotípicos é possível 
estabelecer o perfil epidemiológico 
das bactérias presentes no ambiente 
hospitalar, fornecendo à equipe mé-
dica resultados que possam auxiliar 
na escolha do antimicrobiano mais 
adequado, prolongando a sobrevida 
do paciente (12).
A presença das enzimas carba-
penemases denota um panorama 
crítico tanto no tocante à antibioti-
coterapia, uma vez que as opções 
terapêuticas tornam-se limitadas, 
quanto pelo potencial de dissemi-
nação de cepas MDR no ambiente 
hospitalar (12).
Desde 2009, quando o CLSI 
recomendou o uso do MHT, o teste 
fenotípico passou a ser utilizado para 
auxiliar na detecção de carbapene-
mases e tem sido considerada uma 
excelente metodologia para pesquisa 
de enzimas KPC (12). É um teste de 
fácil execução, além de apresentar 
sensibilidade e especificidade supe-
rior a 90% na detecção de enzimas 
carbapenemases (7).
Além da realização do MHT pelo 
Laboratório de Microbiologia Clínica, 
recomenda-se a confirmação dos 
mecanismos de resistência em cepas 
de enterobactérias resistentes às 
cefalosporinas de amplo espectro 
(terceira e quarta geração) e que 
apresentem CIM ≥ 2 µg/mL para imi-
penem ou meropenem, realizando 
PCR para o gene blaKPC, que é con-
siderado o método padrão-ouro (9). 
Com essas informações, elevam-
-se as chances de sucesso no trata-
mento dos pacientes, diminuindo as 
recidivas devido à seleção inadequada 
dos agentes antimicrobianos, além 
dos custos relacionados à internação 
do paciente e contribuem para evitar 
a disseminação de microrganismos 
MDR no ambiente hospitalar. 
Correspondências para:
Monalize Vieira de Oliveira
monalizevieira@hotmail.com
por 16 a 20 horas à temperatura 
de 35 ± 2ºC em ar ambiente. Após 
a incubação examinar a placa na 
intersecção da faixa do inóculo e 
da zona de inibição do carbapenen. 
Distorções na zona de inibição com 
favorecimento do crescimento da 
E. coli demonstrando uma invasão 
para dentro do halo de inibição será 
considerado como resultado positivo 
para carbapenemases e quando não 
houver distorção, o resultado será 
considerado negativo (9). (Figura 1).
Na ocorrência de um MHT po-
sitivo, o qual revela a presença de 
uma carbapenemase, o CLSI reco-
menda a liberação dos resultados 
da Concentração Inibitória Míni-
ma do carbapenem avaliado, mas 
sem uma interpretação categórica, 
acrescentando-se um comentário ao 
laudo (Teste de Hodge Modificado 
positivo) para informar à equipe 
médica e ao grupo de controle de 
infecção hospitalar. 
Deve-se incluir no laudo os re-
sultados de outros antimicrobianos 
como a polimixina e tigeciclina, 
lembrando que para drogas sem 
NewsLab - edição 113 - 2012172
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NewsLab - edição 113 - 2012176
Gestão de riscos em laboratórios clínicos no Brasil
O objetivo do estudo é classificar laboratórios do País se-
gundo uma escala de risco de insolvência e identificar causas 
comuns que permitam propor ações resolutivas. É composto por 
31 eventos distribuídos por laboratórios do Brasil, na proporção: 
região sul com 60,87% e regiões sudeste, nordeste e centro-oeste 
com 13,04% cada uma. Resultados: pelo critério da margem de 
segurança percentual 22,58% dos laboratórios encontra-se em 
alto risco de insolvência; 16,13% em risco moderado; 32,26% 
em risco baixo e 29,03% em risco muito baixo. Pelo critério da 
margem líquida de lucro (regime de caixa) em relação à produção 
32,26% dos laboratórios encontra-se em alto risco de insolvência; 
16,13% em risco moderado; 22,58% em risco baixo e 29,03% em 
risco muito baixo. Pelo critério do número de dias para atingir o 
ponto de equilíbrio 16,13% dos laboratórios encontra-se em risco 
muito alto de insolvência; 12,90% em risco alto; 51,61% em risco 
moderado e 19,35% em risco baixo. As principais causas dos 
riscos são: baixo valor dos exames, alto valor de financiamento 
para capital de giro, custos elevados com serviços de terceiros, 
reagentes, pessoal e aluguéis. 
Palavras-chave: Laboratório, gestão de riscos, insolvência, 
causas
Administration of risks in clinical laboratories in 
Brazil
The objective of the study is to classify laboratories of the Coun-
try according to a scale of insolvency risk and to identify common 
causes that allow to propose resolvent actions. It is composed by 
31 events distributed by laboratories of Brazil, in the following 
proportion: South area with 60,87% and southeast, northeast and 
center-west areas with 13,04% each one. Results: for the criterion 
of percentile safety’s margin 22,58% of the laboratories are in 
high insolvency risk; 16,13% in moderate risk; 32,26% in low risk 
and 29,03% in very low risk. For the criterion of the liquid margin 
of profit (cash system) in relation to the production 32,26% of the 
laboratories is in high insolvency risk; 16,13% in moderate risk; 
22,58% in low risk and 29,03% in very low risk. For the criterion 
of the number of days to reach the point of balance 16,13% of the 
laboratories are in very high risk of insolvency; 12,90% in high 
risk; 51,61% in moderate risk and 19,35% in low risk. The main 
causes of the risks were: Low value of the exams, high financing 
value for working capital, high costs with services of third, rea-
gents, personal and rents. 
Keywords: Laboratory, administration of risks, insolvency, 
causes
Resumo Summary
Humberto Façanha da Costa Filho
MSc em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Engenheiro 
Eletricista pela Universidade Federal de Santa Maria e Engenheiro de 
Segurança do Trabalho pela Universidade de Passo Fundo
Artigo
Gestão de Riscos em Laboratórios Clínicos no Brasil
IntroduçãoIntrodução
A gestão do risco começa com sua identificação e avaliação (1). Os laboratórios são do 
ponto de vista de seus proprietários, 
em essência, uma alternativa de 
investimento de risco (2), portanto, 
avaliar o maior risco que é o da in-
solvência constitui, no mínimo, uma 
atitude preventiva fundamental para 
não só preservar o valor investido, 
como para buscar o devido retorno 
esperado (6). 
A avaliação do risco de insolvên-
cia e a classificação dos laboratórios 
em escalas de níveis de risco visam 
auxiliar os gestores das organizações 
a tomarem decisões com maior nível 
de informações qualificadas, apri-
morando as vantagens estratégicas 
(1). A identificação das causas raízes 
que podem levar à insolvência deve 
proporcionar aos executivos os funda-
mentos para estabelecer um plano de 
ações visando o controle do risco (7). 
Mas só um plano não resolve, é 
necessário implantar e monitorar os 
resultados, corrigindo eventuais des-
vios. O objetivo final está acima da 
luta pela sobrevivência da empresa, 
a meta é torná-la mais competitiva, 
assegurando lucratividade para os 
177NewsLab - edição 113 - 2012
Material e Métodos
acionistas. Risco, por definição, é a 
possibilidade de perda decorrente de 
um determinado evento. Represen-
ta o grau de incerteza em relação 
à possibilidade do evento, o que, 
em caso afirmativo, redundará em 
prejuízos (2). 
A perda para os laboratórios 
significa prejuízo, lucro menor ou 
redução de ativos. As variáveis pro-
dução/vendas, receitas e custos são 
determinantes para estabelecer o 
risco de insolvência (5). Neste es-
tudo, que envolveu laboratórios de 
diversas regiões do País durante um 
período de cinco anos e três meses, 
foi utilizada uma ferramenta basi-
lar para viabilizar a pesquisa. Esta 
ferramenta executa o cálculo dos 
custos (4) e analisa a rentabilidade 
dos laboratórios clínicos, detalhando 
a rentabilidade individual de parâ-
metros/exames, clientes/convênios, 
equipamentos e setores/áreas dos 
laboratórios. Ainda, testa em tempo 
real tabelas de preços de exames e 
compara de forma dinâmica tabelas 
de preços entre clientes. Finalmen-
te, calcula o desempenho geral da 
organização através de dezenas de 
indicadores, determina o ponto de 
equilíbrio e fornece subsídios para o 
planejamento orçamentário e análise 
de negócios (3). 
Isto permite a padronização da 
coleta de dados, tornando os re-
sultados comparáveis entre si. As 
variáveis produção/vendas, receitas, 
custos e margem operacional são 
informações chaves em simulações 
utilizadas para examinar os efeitos 
de riscos contínuos (1) e foram em-
pregadas no presente estudo através 
dos conceitos contidos nos indicado-
res de desempenho que constituem 
o critério para avaliar o risco de 
insolvência. Estes indicadores são a 
margem de segurança percentual, 
a margem líquida de lucro (regime 
de caixa) em relação à produção e o 
número de dias para atingir o ponto 
de equilíbrio financeiro (8). 
Os cálculos destes indicadores 
levam em conta as seguintes variá-
veis: número de exames realizados, 
valor/preço dos exames, produção, 
receitas à vista e faturada, custos 
fixos e variáveis, inadimplência e re-
ceita recebida (3). Portanto, o critério 
estabelecido para avaliar o risco de 
insolvência através deste conjunto 
de indicadores tem a capacidade de 
atingir diversas dimensões do negó-
cio dos laboratórios clínicos,quais 
sejam: volume do mercado (número 
de exames), qualidade do mercado 
(valor/preço dos exames), eficiência 
do parque produtivo (custo unitário 
variável dos exames), controle dos 
custos fixos (produtividade dos cus-
tos fixos) e relação receita produzida 
x receita recebida (inadimplência, 
glosas, eficiência do faturamento e 
prazo médio) (9). 
Concluindo, a efetiva gestão do 
risco diz mais respeito às escolhas 
estratégicas do que às escolhas na 
esfera financeira e vê o risco não só 
como um perigo, mas também como 
uma oportunidade (1). Esta é a essên-
cia do propósito deste estudo. 
Material e Métodos 
As atividades de pesquisa foram 
desenvolvidas em laboratórios de 
análises clínicas, totalizando 31 
eventos. Estes laboratórios estão 
localizados e distribuídos no País 
da seguinte forma: região sul com 
60,87% e nas regiões sudeste, nor-
deste e centro-oeste 13,04% em 
cada uma. O período de abrangência 
do estudo variou de janeiro de 2006 
a março de 2011. Em cada laborató-
rio foi utilizada uma ferramenta que 
permite a padronização da coleta de 
dados e a comparação dos resultados 
das variáveis (indicadores de desem-
penho) integrantes do estudo. 
As variáveis selecionadas para 
avaliar o risco de insolvência foram 
a margem de segurança percentual, 
a margem líquida de lucro (regime 
de caixa) em relação à produção e o 
número de dias para atingir o ponto 
de equilíbrio. 
As escalas para mensuração dos 
níveis do risco de insolvência que 
permitem a classificação dos labo-
ratórios são estruturadas com base 
na realidade objetiva do universo 
pesquisado. Foi feita uma atribuição 
subjetiva dos graus de risco buscando 
a adequada representação da reali-
dade dos laboratórios (2), conforme 
descrito a seguir.
 Margem de segurança percentual: 
Risco alto: valores menores que 10%
Risco moderado: valores iguais ou 
maiores que 10% e menores que 20%
Risco baixo: valores iguais ou maiores 
que 20% e menores que 30%
Risco muito baixo: valores iguais ou 
maiores que 30%
 Margem líquida de lucro (regime 
de caixa) em relação à produção: 
Risco alto: valores menores que 5%
Risco moderado: valores iguais ou 
maiores que 5% e menores que 10%
Risco baixo: valores iguais ou maiores 
que 10% e menores que 15%
Risco muito baixo: valores iguais ou 
maiores que 15%.
 Número de dias para atingir o 
ponto de equilíbrio: 
Risco muito alto: valores iguais ou 
maiores que 30
Risco alto: valores menores que 30 e 
iguais ou maiores que 25
Risco moderado: valores menores que 
25 e iguais ou maiores que 20
Risco baixo: valores menores que 20
NewsLab - edição 113 - 2012178
Resultados
Discussão
 
Figura 1. Distribuição percentual dos 
laboratórios na escala de risco. 
Critério: Margem de segurança.
Baixo
32,26 %
Moderado
16,13 %
Muito baixo
29,03 %
Alto
22,58 %
Figura 2. Distribuição percentual dos 
laboratórios na escala de risco. 
Critério: Margem de lucro
Muito baixo
29,03 %
Alto
32,26 %
Moderado
16,13 %
Baixo
22,58 %
Figura 3. Distribuição percentual dos 
laboratórios na escala de risco. Critério: 
Número de dias do mês para atingir o ponto 
de equilíbrio
Alto
12,9 %
Muito alto
16,13 %
Baixo
19,35 %
Moderado
51,61 %
20%
18%
16%
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
Ca
pa
cid
ad
e o
cio
sa
Val
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do 
exa
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Fin
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est
ime
nto
s
Ina
dim
plê
nci
a
Co
mu
nic
açõ
es
Discussão 
Dentre os inúmeros riscos pre-
sentes em um empreendimento, o 
risco da insolvência, sem dúvida, é 
o mais importante. Os indicadores 
de vendas, que no caso dos serviços 
que são consumidos na medida em 
que são produzidos, representam a 
produção dos laboratórios, receitas 
e custos são determinantes para a 
gestão do risco (1, 2). 
Estes indicadores, dentre outros, 
são levados em consideração nos 
critérios adotados neste estudo e 
mostram que somente seis variáveis 
são responsáveis por 80,95% dos 
resultados. Isto é corroborado pelo 
Princípio de Pareto onde fica evidente 
que 20% das causas são responsáveis 
por 80% dos resultados. 
A pesquisa mostrou que o valor dos 
exames, o volume dos financiamentos 
para capital de giro e os custos dos 
serviços de terceiros, reagentes, mão 
de obra e aluguéis são vitais para o 
processo de sobrevivência dos labora-
tórios. É válido ressaltar que serviços 
de terceiros aqui considerados são os 
enquadrados como custo fixo, por-
tanto, os serviços dos laboratórios de 
apoio, que são custos variáveis, não 
pertencem a este grupo. Não ficou 
evidente neste estudo se o impacto 
dos financiamentos para capital de 
giro é devido somente ao volume ou 
também aos custos destes. 
Resultados 
As Figuras 1, 2 e 3 mostram, res-
pectivamente, o risco de insolvência 
segundo os critérios da margem de 
segurança percentual, margem líquida 
de lucro (regime de caixa) em relação 
à produção e do número de dias para 
atingir o ponto de equilíbrio. 
A Figura 4 apresenta as causas 
mais frequentes que concorrem 
para o risco de insolvência. Estas 
causas são as comuns ao grupo de 
laboratórios que foi classificado com 
os níveis de risco alto e muito alto 
nos três critérios simultaneamente. 
Este grupo representa 22,58% dos 
laboratórios pesquisados. Figura 4. Causas mais frequentes para o alto risco de insolvência
NewsLab - edição 113 - 2012180
Conclusões
Ainda, o mais importante, não 
foram identificadas as causas da 
necessidade destes financiamentos. 
De que eles são consequência? Baixo 
preço dos exames? Alto custo de pro-
dução? Inadimplência? Descontrole 
dos custos fixos? Ou simplesmente 
de retiradas sistemáticas dos sócios, 
acima da capacidade de geração de 
caixa dos laboratórios? Esta questão 
é importante, pois a sua solução 
provavelmente irá mudar a priori-
zação das causas ou o próprio risco 
da insolvência. 
 
Conclusões 
Os resultados mostram que um 
laboratório em cada grupo de cinco 
apresenta risco de insolvência clas-
sificado como muito alto ou alto, si-
multaneamente nos três critérios de 
avaliação do risco. As principais va-
riáveis comuns a estes laboratórios, 
que causam a maior repercussão no 
resultado operacional, são apenas 
seis: valor dos exames, o volume 
dos financiamentos para capital de 
giro e os custos dos serviços de 
terceiros, reagentes, mão de obra 
e aluguéis. 
O item reagentes é decorrente de 
um contexto maior que, em última 
análise, representa a eficiência do 
parque produtivo. Outro resultado 
notável é que praticamente um 
laboratório em cada grupo de três, 
ou seja, 29,03% atingem o ponto 
de equilíbrio somente a partir do 
dia 25 de cada mês. Isto significa 
que aproximadamente um terço dos 
laboratórios produz lucros para os 
acionistas tão somente seis dias por 
mês. Cada organização apresenta 
uma realidade, não obstante as cau-
sas dos problemas serem comuns. 
As maneiras de solucionar, por 
exemplo, os elevados custos com 
serviços de terceiros e mão de obra, 
serão certamente diferentes para 
cada uma. É fundamental, uma vez 
identificado e mensurado o risco, que 
se proponham ações no planejamento 
estratégico da empresa, mas sobre-
tudo, que estas ações sejam efeti-
vamente implantadas e controlada a 
eficiência individual. Este certamente 
é um caminho seguro para a compe-
titividade empresarial.
 
Correspondências para:
Humberto Façanha da Costa Filho
hfcfunidos@yahoo.com.br1. Damodaran A. Gestão estratégica do risco: uma referência para a tomada de riscos empresariais. 1. Ed. Brasileira. Porto Alegre, Editora 
Bookman, 2009, 384 p.
2. Santos PSM. Gestão de riscos empresariais. 1. Ed. São Paulo, Novo Século Editora, 2002, 109 p.
3. Costa Filho HF, Costa RMP. Cálculo dos custos e análise da rentabilidade em laboratórios clínicos – Modelo Custo Certo. 2. Ed. São 
Paulo, Editora Eskalab Ltda., 2008, 144p.
4. Santos JJ. Fundamentos de Custos para Formação do Preço e do Lucro. 5. Ed.,rev.,ampl. E modificada. São Paulo, Editora Atlas, 2005, 185p.
5. Bruni AL, Famá R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12 C e Excel. 3. Ed. São Paulo, Editora 
Atlas, 2004, 551p.
6. Pimentel A. Curso de empreendedorismo. 1. Ed. São Paulo, Editora Digerati Books, 2008, 128p.
7. Oliveira ET. Planejamento financeiro para pequenas empresas. 1. Ed. Porto Alegre, Sebrae/FAURGS, 1997, 36p.
8. Rosa NB. Ponto de Equilíbrio: Análise Gráfica para Planejamento e Monitoramento de Pequenos Negócios. 1. Ed. Porto Alegre, Sebrae/
RS, 2002, 66p.
9. Schmidt P, Santos JL, Martins MA. Avaliação de empresas: foco na análise de desempenho para o usuário interno: teoria e prática. 1. 
Ed. São Paulo, Editora Atlas, 2006, 169p.
Referências BibliográficasReferências Bibliográficas
NewsLab - edição 113 - 2012186
Investigação da conjuntivite bacteriana no Instituto 
Adolfo Lutz, Ribeirão Preto, SP
Conjuntivite bacteriana geralmente é doença benigna e autoli-
mitante, porém, alguns casos progridem, causando complicações, 
as quais podem ser prevenidas com o monitoramento dos agentes 
bacterianos circulantes. Um exemplo é a Febre Purpúrica Brasileira 
(FPB), causada pelo Haemophilus influenzae biotipo aegyptius. 
O estudo avaliou, retrospectivamente, os isolados, seu perfil 
de sensibilidade e possível circulação do H. influenzae biotipo 
aegyptius, na região de Ribeirão Preto no período de 1997 a 
2010. Foram investigados no Instituto Adolfo Lutz 247 casos de 
conjuntivite bacteriana, sendo os isolados fenotipicamente identi-
ficados e submetidos aos testes de sensibilidade pelo método de 
disco difusão. Entre 161 culturas positivas foram identificados 62 
Haemophilus spp., 33 Streptococcus pneumoniae, 26 Staphylococ-
cus sp plasma-coagulase negativa, 16 Staphylococcus aureus, 1 
Neisseria gonohrroeae e 17 outros agentes bacterianos. A maioria 
de H. influenzae pertencia aos biotipos II e III, sendo quatro bioti-
pos II capsulados (Hib). Nenhum isolado foi identificado como H. 
influenzae biogrupo aegyptius. Os antimicrobianos mais efetivos 
foram vancomicina, rifampicina, ofloxacina, levofloxacina, linezo-
lida, ceftriaxona e clindamicina, para as quais todos os isolados 
bacterianos foram sensíveis. Embora não tenha sido isolado H. 
influenzae biotipo aegyptius, justifica-se a contínua vigilância dos 
casos de surtos como medida profilática, prevenindo a dissemina-
ção dos casos e monitorando a FPB.
Palavras-chaves: Conjuntivite, febre purpúrica brasileira, 
antimicrobianos
Investigation of bacterial conjunctivitis at Instituto 
Adolfo Lutz, Ribeirão Preto, SP
Bacterial conjunctivitis is usually self-limiting and benign 
disease, although some cases progress, causing complica-
tions, which can be prevented with monitoring bacterial 
agents circulating. One example is the Brazilian purpuric 
fever (BPF), caused by Haemophilus influenzae biotype 
aegyptius. The study assessed retrospectively the isolates, 
their susceptibility profile and possible involvement of H. 
influenzae biotype aegyptius, in Ribeirão Preto. During 
the period 1997 to 2010 were investigated at the Institute 
Adolfo Lutz 247 cases of bacterial conjunctivitis. Isolates 
were, phenotypically, identified and tested for susceptibility 
by disc diffusion method. Among 161 positive cultures were 
identified 62 Haemophilus spp., 33 Streptococcus pneumo-
niae, 26 Staphylococcus spp. plasma-coagulase negative, 
16 Staphylococcus aureus, 1 Neisseria gonohrroeae and 
17 other bacterial agents. Most H. influenzae belonged to 
biotypes II and III, and four biotypes II capsulated (Hib). No 
isolate was identified as H. influenzae biogroup aegyptius. 
The most effective drugs were vancomycin, rifampin, oflo-
xacin, levofloxacin, linezolid, clindamycin and ceftriaxone, 
for which all bacterial isolates were susceptible. Although 
not isolated H. influenzae biotype aegyptius, justifies the 
continuous surveillance of outbreaks as a prophylactic mea-
sure, preventing the spread of cases and monitoring the FPB.
Keywords: Conjunctivitis, brazilian purpuric fever, 
antimicrobials
Resumo Summary
Jaqueline Otero Silva1, Paulo da Silva1, Ana Maria Machado Carneiro1, 
Maria Claudia Carloni2, Marta Inês Cazentini Medeiros1
1 - Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Ribeirão Preto
2 - Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de São José do Rio Preto
Artigo
Investigação da Conjuntivite Bacteriana 
na Região de Ribeirão Preto, SP
IntroduçãoIntrodução
C onjuntivite é um termo geral que se refere a diversos gru-pos de doenças ou desordens 
que afetam primeiramente a conjunti-
va, podendo ser de origem infecciosa 
ou não. Quando de origem infecciosa 
é causa comum de atendimento de 
urgência, por ser extremamente conta-
giosa, de rápida disseminação, levando 
normalmente o paciente a afastar-se 
de suas atividades diárias. Os agentes 
etiológicos envolvidos nos casos de 
conjuntivite de origem infecciosa, ge-
ralmente, são vírus e bactérias (1-3). 
A conjuntivite bacteriana pode ser 
classificada nas formas hiperaguda, 
aguda e crônica. A forma hiperaguda 
é caracterizada por começo abrupto, 
com secreção purulenta amarela es-
verdeada, profusa e espessa, às vezes 
com a formação de membrana infla-
matória, como, por exemplo, quando 
NewsLab - edição 113 - 2012188
Objetivos
Métodos
causada por Neisseria gonohrroeae. A 
forma aguda é de distribuição mundial 
e representa a vasta maioria dos ca-
sos. Em geral, apresenta duração de 
no mínimo quatro semanas e é mais 
comumente causada por Staphylococ-
cus aureus, Streptococcus pneumo-
niae e Haemophilus spp. A frequência 
e o agente etiológico variam conforme 
o clima, a condição social e higiênica 
da população. Na forma crônica os sin-
tomas ultrapassam quatro semanas, 
podendo ocorrer recidivas. Normal-
mente é causada por bactérias Gram-
-positivas e Gram-negativas, sendo os 
agentes mais comuns Staphylococcus 
aureus e Staphylococcus spp (4-8).
Existem controvérsias quanto ao 
tratamento da conjuntivite bacteriana 
com antibióticos, por tratar-se de uma 
doença normalmente benigna (3), 
com prognóstico altamente favorável 
devido à cura espontânea em 60% 
dos casos (7, 8) além de serem raras 
as complicações mais severas da do-
ença (1, 9). No entanto, a literatura 
ressalta vantagens no tratamento, 
como diminuição do risco de trans-
missão da infecção, redução no curso 
da doença e retorno do paciente às 
atividades diárias após um a dois dias 
de tratamento. Por outro lado, existe 
o aspecto socioeconômico referente 
ao custo da consulta e medicamento, 
além da possibilidade de alteração da 
microbiota normal e disseminação da 
resistência microbiana (7). 
Em geral, a conjuntivite bacteriana 
é autolimitante, porém, alguns casos 
progridem e podem causar sérias 
complicações. Isso ocorre, por exem-
plo, com a Febre Purpúrica Brasileira 
(FPB), doença fulminante precedida 
por conjuntivite purulenta, causada 
pelo Haemophilus influenzae biogrupo 
aegyptius. Essa doença foi descrita 
pela primeira vez em 1984, em crian-
ças de três meses a oito anos, as quais 
apresentaram um quadro inicial agudo 
de febre alta associada a vômitose dores abdominais. No período de 
12 a 48 horas após o início da febre, 
desenvolveram púrpura seguida de 
colapso vascular e necrose de tecidos 
periféricos. 
Um achado frequente na maioria 
dos casos fatais foi a conjuntivite 
purulenta, três a 15 dias antes dos 
sintomas descritos (10). As principais 
características do agente etiológico 
são a reatividade positiva ao antissoro 
policlonal anti-Haemophilus aegyptius 
(anti-Hae), presença de um plasmídio 
de 24 MDa, com padrão eletroforético 
específico produzido pelo tratamento 
com a endonuclease de restrição Accl, 
denominado 3031 e ribotipos obtidos 
pela digestão com a endonuclease 
de restrição EcoRI, denominados 3 
ou 4 e posteriormente modificados 
para 3A, 2B, 4A e 4B. Os isolados que 
apresentam tais características são 
denominados como cepas invasivas de 
Haemophilus aegyptius (11). 
A princípio foi sugerido que, nos 
casos de conjuntivite bacteriana, a 
cultura só deveria ser considerada 
para recém-nascidos, pacientes imu-
nocomprometidos e casos severos, re-
sistentes ao tratamento (12). Porém, 
não se deve menosprezar a importân-
cia da avaliação microbiológica dos 
casos, principalmente de surtos, pelo 
fato da conjuntivite ser uma doença 
altamente contagiosa. 
O monitoramento dos agentes 
bacterianos circulantes permite a 
prevenção de futuras complicações 
incluindo FPB. É preciso acompanhar 
os casos de conjuntivite e os surtos 
devem ser notificados, assim como 
qualquer suspeita de FPB. Sempre que 
for observado um aumento no número 
de casos de conjuntivite, deve ser ini-
ciada a coleta de secreção conjuntival 
dos pacientes acometidos, para diag-
nóstico laboratorial dos agentes etio-
lógicos (13). Além disso, através do 
isolamento dos agentes bacterianos, 
é possível conhecer o perfil de sen-
sibilidade aos antimicrobianos (14). 
Objetivos
Avaliar retrospectivamente os 
resultados laboratoriais de conjun-
tivite bacteriana, determinando os 
agentes etiológicos mais comumente 
isolados, seus perfis de sensibilidade 
aos antimicrobianos e a ocorrência da 
circulação do H. influenzae biogrupo 
aegyptius, na região de Ribeirão Preto. 
Métodos
Amostras clínicas
No período de 1997 a 2010 foram 
encaminhados para o Instituto Adolfo 
Lutz de Ribeirão Preto 247 casos sus-
peitos de conjuntivites bacterianas, 
sendo 214 amostras de secreção de 
conjuntiva e 33 cepas, para identifica-
ção do agente etiológico, isoladas em 
outros laboratórios. Do total investiga-
do, 60,73% dos casos foram coletados 
de surtos de conjuntivite purulenta, 
ocorridos na cidade de Ribeirão Preto 
e região.
Isolamento e identificação dos 
agentes etiológicos 
As amostras foram coletadas do 
saco conjuntival e imediatamente 
inoculadas no meio de Ágar chocolate 
em base de Ágar brain heart infusion 
suplementado com 10% de sangue 
desfibrinado de carneiro (15). As 
culturas foram incubadas a 35 - 37°C 
por 24 - 48 horas em ambiente de CO2 
(5 - 10%) e umidade. A identificação 
fenotípica dos agentes etiológicos 
suspeitos foi baseada na observação 
NewsLab - edição 113 - 2012190
Resultados
Tabela 1. Infecções mistas em seis casos suspeitos de conjuntivite
Número de casos Agentes etiológicos
2 Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae
1 Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus
1 Haemophilus influenzae e Acinetobacter spp.
1 Haemophilus influenzae e Streptoccus spp. alpha-hemolytic
1 Haemophilus influenzae e Gram-positive Bacilli 
(NOR), linezolida (LIZ), aztreonan 
(ATM), imipenem (IPM), ticarcilina 
(TIM), ceftriaxona (CRO), cefepime 
(CPM) e meropenem (MER). As cepas 
padrões Escherichia coli ATCC 25922, 
Enterococcus fecalis ATCC 29212 e 
Staphylococcus aureus ATCC 25923 
foram utilizadas como controle de 
qualidade do método (22-24).
Para investigação de isolados de 
H. influenzae e N. gonohrroeae pro-
dutores da enzima beta-lactamase 
realizou-se a técnica de Nitrocefina 
em disco. 
A avaliação da sensibilidade dos 
isolados de S. pneumoniae à penicilina 
foi realizada pelo método da difusão 
em disco de oxacilina (1µg), sendo 
considerado sensível à penicilina um 
halo de inibição > 20 mm. As cepas 
com halo < 19 mm foram submetidas 
à concentração inibitória mínima (CIM) 
pelo método de E-test. 
Resultados
Do total de 247 casos, incluindo 
amostras de surtos e casos esporádi-
cos, 42,11% (n = 104) pertenceram a 
pacientes do sexo masculino, 47,77% 
(n = 118) ao feminino e 10,12% (n = 
25) sem informação quanto ao sexo. 
A idade dos pacientes variou de sete 
dias a 86 anos, sendo a idade preva-
lente entre um a nove anos. 
Entre 65,18% (n = 161) das cultu-
ras positivas, destacam-se os seguin-
tes agentes bacterianos: 38,51% (n = 
62) Haemophilus spp., 20,5% (n = 33) 
Streptococcus pneumoniae, 16,15% 
(n = 26) Staphylococcus sp plasma-
-coagulase negativa, 9,94% (n=16) 
Staphylococcus aureus, 0,62% (n=1) 
Neisseria gonohrroeae e 10,56% (n 
= 17) outros agentes bacterianos, 
incluindo 3,73% (n=6) de infecções 
mistas (Figura 1 e Tabela 1). 
microscópica das bactérias, subme-
tidas à coloração de Gram e testes 
bioquímicos descritos nos Manuais 
de Sistemática e Microbiologia Clínica 
(16-20).
Isolamento de espécies do gênero 
Haemophilus 
Colônias isoladas com caracterís-
ticas semelhantes às apresentadas 
por Haemophilus spp foram seme-
adas em ágar chocolate inclinado. 
As culturas foram examinadas ao 
microscópico, a partir de esfrega-
ços corados pelo método de Gram 
e aquelas formadas por bacilos 
sugestivos de hemófilos foram sub-
metidas à prova de satelitismo, para 
confirmação. As culturas satelitismo 
positivas foram fenotipicamente 
identificadas segundo o método 
proposto por Killian e Biberstein 
(21). Todos os isolados identificados 
como Haemophilus influenzae foram 
enviados ao Laboratório Central do 
Instituto Adolfo Lutz para estudos 
complementares e investigação de 
Haemophilus influenzae biogrupo 
aegyptius.
Testes de sensibilidade dos isola-
dos bacterianos 
O método de disco difusão foi 
realizado como recomendado pelo 
“Clinical and Labora tory Standard 
Institute/National Committee and 
Clinical Laboratory Standards Gui-
delines” sendo testados os seguintes 
agentes antimicrobianos: cloran-
fenicol (CO), gentamicina (GN), 
tetraciclina (TT), sulfametoxazol-
-trimetoprim (SMT), amoxicilina-
-ácido clavulânico (AMC), ofloxacina 
(OFX), rifampicina (RF), ampicilina 
(AP), azitromicina (AZ), claritomici-
na (CLA), ciprofloxacina (CIP), eri-
tromicina (ERI), vancomicina (VC), 
levofloxacina (LVX), norfloxacina 
Figura 1. Porcentagem dos agentes bacterianos isolados nas 247 culturas positivas
191NewsLab - edição 113 - 2012
Tabela 2. Isolados de Haemophilus spp., identificados fenotipicamente
Total Isolados identificados
1 Haemophilus haemolyticus
2 Haemophilus influenzae biotipo I
21 Haemophilus influenzae biotipo II
4 Haemophilus influenzae biotipo II sorotipo b
20 Haemophilus influenzae biotipo III
1 Haemophilus influenzae biotipo IV
1 Haemophilus influenzae biotipo V
1 Haemophilus parainfluenzae biotipo VI
1 Haemophilus segnis
9 Haemophilus spp.
Tabela 3. Porcentagem de H. influenzae, S. pneumoniae, Staphylococcus sp coagulase-negativa e S. aureus isolados de conjuntivite 
bacteriana, de acordo com o perfil de suscetibilidade
H. influenzae S. pneumoniae Staphylococcus sp coag. negativa S. aureus
S I R S I R S I R S I R
AMP 70.27 2.7 27.03 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
OXA nt nt nt nt nt nt 100 0 0 100 0 0
AMC 75 0 25 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
AZI100 0 0 92.31 0 7.69 62.5 0 37.5 60 0 40
ATM 80.55 0 19.44 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
CLA 100 0 0 92.31 0 7.69 57.14 0 42.86 66.67 33.33 0
CLI nt nt nt 100 0 0 nt nt nt nt nt nt
ERI nt nt nt 91.67 0 8.33 62.5 0 37.5 60 20 20
CO 97.22 2.78 0 92.86 0 7.14 85.71 0 14.29 100 0 0
VC nt nt nt 100 0 0 100 0 0 100 0 0
IPM 90 0 10 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
RIF 97.3 2.7 0 100 0 0 87.5 12.5 0 100 0 0
GEN nt nt nt nt nt nt 75 0 25 100 0 0
SMT 37.84 0 62.16 69.23 0 30.77 66.67 0 33.33 100 0 0
TET 83.33 11.11 5.55 81.82 9.09 9.09 50 0 50 50 0 50
TIC 86.96 0 13,04 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
LIZ nt nt nt 100 0 0 nt nt nt nt nt nt
LVX 97.06 0 2.94 100 0 0 100 0 0 100 0 0
CIP 100 0 0 nt nt nt 87.5 12.5 0 nt nt nt
OFX nt nt nt 100 0 0 nt nt nt nt nt nt
NOR nt nt nt nt nt nt 75 25 0 100 0 0
CRO 91.43 0 8.57 100 0 0 nt nt nt nt nt nt
CPM 92.31 0 7.69 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
MER 87.5 0 12.5 nt nt nt nt nt nt nt nt nt
PEN nt nt nt 92.31 3.85 3.85 25 0 75 0 0 100
S = suscetível; I = intermediário; R = resistente; nt = não-testado; AMP = ampicilina; OXA = oxacilina; AMC = amoxicilina + ácido clavulânico; AZI = azitromicina; ATM = aztreonan; 
CLA = claritromicina; CLI = clindamicina; ERI = eritromicina; CO = cloranfenicol; VC = vancomicina; IPM = imipenem; RIF = rifampicina; GEN = gentamicina; SMT = sulfametoxazol-
trimetoprim; TET = tetraciclina; TIC = ticarcilina; LIZ = linezolida; LVX = levofloxacina; CIP = ciprofloxacina; OFX = ofloxacina; NOR = norfloxacina; CRO = ceftriaxona; COM = 
cefepime; MER = meropenem e penicilina. 
Verificou-se que em 13 anos o maior número de casos 
ocorreu no período de 1997-2000 (64,37%), havendo um 
decréscimo de 35,63% nos anos seguintes (Figura 2). 
A Tabela 2 mostra que a grande maioria dos isolados 
de Haemophilus influenzae pertencia aos biotipos II e 
III e que quatro isolados do biotipo II possuíam cápsula 
do sorotipo b. Nenhum isolado foi identificado como H. 
influenzae biogrupo aegyptius. 
Figura 2. Distribuição anual dos casos encaminhados para o 
IAL-Ribeirão Preto
NewsLab - edição 113 - 2012192
Discussão
Conclusão
Na Tabela 3 estão descritos os 
resultados dos testes de sensibilidade 
aos antimicrobianos dos diferentes 
agentes bacterianos isolados. 
Entre os isolados de Haemophilus 
spp., 26,31% foram produtores da 
enzima beta-lactamase. Dos Strepto-
coccus pneumoniae, 3,85% apresen-
taram resistência à penicilina.
O único isolado de Neisseria 
gonohrroeae apresentou sensibili-
dade a ceftriaxona, ciprofloxacina e 
ofloxacina, com sensibilidade inter-
mediária à penicilina e resistência à 
tetraciclina. Esta cepa não produziu 
beta-lactamase.
Discussão
O conhecimento dos agentes 
bacterianos comumente associados 
a quadros de conjuntivite é relevante 
uma vez que pode auxiliar no trata-
mento, o qual é normalmente reali-
zado de forma empírica. Os isolados 
bacterianos mais encontrados neste 
estudo foram semelhantes aos rela-
tados por Patel e cols (1), que encon-
traram H. influenzae e S. pneumoniae 
como as bactérias mais isoladas em 
casos de conjuntivite bacteriana. Ou-
tros estudos sobre conjuntivite bacte-
riana aguda demonstraram frequência 
maior para os agentes Staphylococcus 
epidermidis, H. influenzae e S. pneu-
moniae em casos ocorridos em Israel 
(6) e Londres (7), corroborando com 
os dados deste estudo. 
Mannis e Plotnik (5) afirmam que 
S. aureus é a bactéria mais isolada 
em conjuntivite bacteriana no mundo 
todo, concordando com publicações 
de Miami (25) e Nova Iork (26). Neste 
estudo, porém, este agente etiológico 
aparece em quarto lugar entre os mais 
frequentes. 
Streptococcus pneumoniae têm 
sido isolado com frequência em casos 
de conjuntivite no Brasil (14, 27) e em 
outros países parece estar envolvido 
com grandes surtos de conjuntivite 
bacteriana (28, 29). 
De acordo com Kilian (30), a 
maioria das cepas de H. influenzae 
que causam conjuntivites e infec-
ções do trato respiratório, geral-
mente, pertence aos biotipos II e 
III. Neste estudo, os isolados de H. 
influenzae encapsulados pertence-
ram ao biotipo II.
Apesar do estudo não ter revelado 
a presença de isolados de H. influen-
zae biogrupo aegyptius, ressalta-se 
a importância da investigação desse 
agente nos casos de conjuntivite 
bacteriana. A observação da exis-
tência de associação entre FPB e 
conjuntivite purulenta influenciou 
ativamente a prática da vigilân-
cia epidemiológica das mesmas. 
Sabe-se que, quando diagnosticada 
precocemente, a FPB tende a uma 
evolução benigna e as manifestações 
hemorrágicas que ocorrem na fase 
final podem ser evitadas.
O diagnóstico presuntivo da FBP é 
realizado através de soroaglutinação 
em lâminas. De acordo com Brandi-
leone e cols (31), a sensibilidade e 
especificidade desta técnica atingem 
até 97,7%, possibilitando assim a 
implantação de medidas que ampliem 
a eficiência na prevenção e vigilância 
epidemiológica da doença. 
 Com relação ao tratamento da 
conjuntiva bacteriana, Orden-Martinez 
e cols (32) enfatizam o resultado efeti-
vo com colírio de cloranfenicol, apesar 
da desvantagem da necessidade das 
diversas doses diárias. Neste estudo 
observamos que 100% de S. aureus, 
97% de H. influenzae, 92% de S. 
pneumoniae e 86% de Staphylococcus 
spp. plasma-coagulase negativa foram 
sensíveis a esse agente antimicro-
biano. Buznach e cols (6) relataram 
taxas de sensibilidade ao cloranfenicol 
de 96% para H. influenzae e 97% 
S. pneumoniae, muito semelhantes 
àquelas encontradas neste estudo, as 
quais foram, respectivamente, 97% 
e 92%.
Quanto aos antibióticos de largo 
espectro, ciprofloxacina, norfloxacina 
e tobramicina têm sido os mais utiliza-
dos. Goldstein e cols (33) mostraram 
aumento progressivo da resistência 
do S. aureus às fluoroquinolonas, com 
5% em 1993 e 35% em 1997. Nossos 
isolados de S. aureus apresentaram 
100% de sensibilidade a esta classe 
de antibióticos. O`Brien e Hahn (12) 
sugerem que as fluoroquinolonas não 
devem ser utilizadas rotineiramente 
no tratamento de conjuntivites, de-
vendo ser reservadas para casos mais 
severos da doença.
A produção da enzima beta-lacta-
mase confere à bactéria resistência 
aos antibióticos beta-lactâmicos. Blo-
ck e cols (28) relataram a ocorrência 
de 69% de H. influenzae produtores 
dessa enzima, contrastando com o 
resultado deste estudo (26,31%); 
enquanto, Buznach e cols (6) encon-
traram 29% destes isolados. 
Este estudo mostrou que 7,7% dos 
isolados de S. pneumoniae foram não 
sensíveis à penicilina, contrastando 
com os resultados de Block e cols 
(28), os quais determinaram para esse 
agente etiológico a taxa de 32% de re-
sistência. O estudo de Buznach e cols 
(6) mostra, ainda, taxa muito maior de 
resistência, atingindo 60% de todos os 
isolados de S. pneumoniae. 
Conclusão
Este estudo mostrou que os agen-
tes bacterianos mais isolados e, 
possivelmente, envolvidos em casos 
NewsLab - edição 113 - 2012194
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Press; 1991. 
de conjuntivite bacteriana na região 
de Ribeirão Preto foram Haemophilus 
influenzae não tipável, seguido por 
Streptococcus pneumoniae, Sta-
phylococcus spp coagulase negativa 
e Staphylococcus aureus. 
Os antimicrobianos mais efeti-
vos foram vancomicina, rifampicina, 
ofloxacina, levofloxacina, linezolida, 
ceftriaxona e clindamicina, para as 
quais todos os isolados bacterianos 
foram sensíveis.
Sendo a conjuntivite bacteriana 
uma doença altamente contagiosa, 
justifica-se a contínua vigilância dos 
casos de surtos como medida profilá-
tica, que previne a disseminação dos 
casos e monitora a Febre Purpúrica 
Brasileira. 
Correspondências para:
Jaqueline Otero Silva
jaquelineos@ig.com.br / 
jqsilva@ial.sp.gov.br
NewsLab - edição 113 - 2012196
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NewsLab - edição 113 - 2012202
Infância e os valores de ferritina nas trombopenias 
e trombocitoses através das avaliações do plaqueto-
grama, eritrograma e reticulocitograma
Em 347 crianças de 1 a 10 anos, com valores de ferritina 
abaixo de 59.6 ng/ml, levantamos os valores médios e confron-
tamos os resultados dos exames do plaquetograma, eritrograma 
e reticulocitograma entre três grupos separados pelos valores 
das plaquetas (PLT/mm3): grupo Normal (PLT/mm3 = 150.000 a 
450.000), Grupo Trombopenia (PLT/mm3 até 149.000) e Grupo 
Trombocitose (PLT/mm3 a partir de 451.000). Os grupos Trombo-
penia e Trombocitose apresentaram diferenças (significantes) nos 
exames do plaquetograma. Em relação ao grupo Normal, estas 
foram as principais diferenças: a) o grupo Trombocitose apresentou 
microcitose e hipocromia eritrocitárias; b) os grupos Trombopenia e 
Trombocitose apresentaram várias diferenças no reticulocitograma. 
Questiona-se que as deficiências de ferro em estágios iniciais podem 
estar comprometendo inicialmente as plaquetas, com trombopenias, 
vindo a seguir as trombocitoses reativas. 
Palavras-chave: Ferritina, trombopenia,trombocitose, 
eritrograma, reticulocitograma
Ferritin values in thrombocytopenias and throm-
bocytosis through plateletgram, erithrogram and 
reticulocytogram screens in childhood
Three hundred forty-seven children aged 12 months old up 
to 10 years old presented ferritin values below 59.6 ng/ml, 
their ferritin means values screened and compared with their 
plateletgram, erythrogram and reticulocytogram among three 
groups separated by platelet count (PLT/mm3): Normal group 
(PLT/mm3 = 150.000 up to 450.000), thrombocytopenia group 
(PLT/mm3 up to 149.000) and thrombocytosis group (PLT/
mm3 from 451.000). Thrombocytopenia and thrombocytosis 
groups presented significant differences: a) thrombocytosis 
group presented erythrocyte microcytosis and hypochromia; 
b) thrombocytopenia and thrombocytosis group presented 
several differences in the reticulocytogram. It is argued if 
iron deficiency in early stage may initially be responsible for 
compromising the platelets with thrombocytopenia followed 
by a reactive thrombocytosis.
Keywords: Ferritin, thrombocytopenia, thrombocytosis, 
erythrogram, reticulocytogram
Resumo Summary
Maria de Lourdes Pires Nascimento
Médica, Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Artigo
Infância e os Valores de Ferritina nas Trombopenias e 
Trombocitoses Através das Avaliações do Plaquetograma, 
Eritrograma e Reticulocitograma
IntroduçãoIntrodução
Trombocitopenias, trombocitoses 
e plaquetograma
As avaliações das plaquetas pas-
saram a ser observadas com mais 
frequência depois da existência dos 
equipamentos hematológicos auto-
matizados, que através do plaqueto-
grama liberam a contagem das pla-
quetas (PLT/mm3) e de novos índices 
plaquetários, tais como:
a) volume plaquetário médio 
(VPMuu3), que é a avaliação dos “ta-
manhos” das plaquetas, ou seja, um 
exame semelhante ao valor médio dos 
volumes eritrocitários (VCMuu3)
b) plaquetócrito (PTC %), que é 
a relação de percentagem da massa 
plaquetária com o plasma, é uma 
avaliação semelhante ao hematócrito 
(HCT%) que é feito para as hemácias
c) índice de variação do tamanho 
das plaquetas (PDW), informa sobre a 
diversidade dos volumes plaquetários, 
sendo semelhante ao índice de varia-
ção dos volumes das hemácias (RDW).
Depois da existência destes exames 
passamos a observar que não são tão 
raras algumas alterações plaquetárias, 
tais como: trombopenias, trombocito-
ses, microplaquetas e macroplaquetas.
NewsLab - edição 113 - 2012204
A diminuição do número das pla-
quetas – trombopenias, plaquetope-
nia ou trombocitopenias – pode ter 
diversas causas: imunológicas (por 
aumento da destruição plaquetária), 
presença de próteses (vasculares 
e cardíacas), aplasia medular (di-
minuição da produção), quimiote-
rapia, esplenomegalias (aumento 
da sequestração plaquetária pelo 
baço), alcoolismo, ação de fármacos 
(diuréticos, estrogênios, mielosu-
pressores, antibióticos, sedativos, 
anticonvulsivantes, etc.), doenças 
hepáticas, deficiências graves de 
ferro, de ácido fólico e ou de vitamina 
B12, etc. (9, 75). 
Os aumentos do número de pla-
quetas – as trombocitoses – podem 
ser primários e secundários ou reati-
vos, sendo estes os mais frequentes.
As trombocitoses primárias re-
sultam de alterações da própria 
medula, não sendo comuns em 
pediatria e sendo encontradas nas 
síndromes mieloproliferativas e ou-
tras condições neoplásicas hemato-
lógicas (40, 76).
As trombocitoses secundárias ou 
reativas surgem após uma variedade 
de situações, tais como: a prática 
de exercícios físicos, na presença de 
infecções crônicas (tuberculose, pneu-
monias), cirurgias, enfermidades do 
tecido conjuntivo, esplenectomias, nas 
anemias hemolíticas e nas anemias 
por deficiência de ferro (27, 40, 54, 
56, 58, 74, 76).
Em relação aos limites supe-
riores para os valores normais da 
contagem de plaquetas (PLT/mm3), 
não existe um consenso entre os 
diversos autores, pois as referências 
científicas para os valores máximos 
de normalidade variam de 400.000/
mm3 a 800.000/mm3 (2, 18, 27). 
Estes resultados diferenciados geram 
questionamentos, principalmente 
em relação à real identificação e 
importância clínica quando se trata 
de identificar as trombocitoses que 
são reativas e leves.
Ferritina, eritrograma e reticulo-
citograma
 As deficiências de ferro são con-
dições clínicas frequentes em crian-
ças de comunidades mais pobres. A 
Organização Mundial de Saúde refere 
que entre 4 a 5 milhões de pessoas 
no mundo apresentam algum grau de 
deficiência de ferro e que cerca de 2 
bilhões devem ter anemia (78, 79). 
Deficiência de ferro significa in-
suficiente fornecimento de ferro para 
as células do organismo, quando as 
reservas de ferro estão diminuídas 
ou esgotadas. Anemia ferropriva é 
a manifestação tardia, isto é, um 
estágio mais avançado da deficiência 
de ferro. Através dos resultados de 
eritrogramas por automação, se pode 
ter evidências da deficiência de ferro 
sem anemia através de resultados di-
minuídos para VCM uu3 e HCM yy (47).
A dosagem de ferritina significa 
avaliação da reserva de ferro facilmen-
te mobilizável pelo organismo e esta 
quantidade circulante tem relação com 
o teor de ferro de reserva nos tecidos. 
Geralmente se considera valor dimi-
nuído de ferritina quando está abaixo 
de 11 ng/ml. 
Nascimento et al (43) através do 
confronto entre os exames do eri-
trograma e as dosagens de ferritina, 
cujo objetivo foi detectar alterações 
precoces nas deficiências de ferro, 
evidenciaram que: a) casos com 
ferritina abaixo de 59.6 ng/ml já 
apresentavam valores do RDW mais 
elevados; b) a diminuição dos valores 
do Volume Globular Médio (VGM uu3) 
e o aumento do número de hemácias 
que são característicos da anemia 
ferropriva declarada, somente sur-
giram quando os valores da ferritina 
estavam abaixo de 19.6 ng/ml. Isto 
pode estar significando que valores de 
ferritina entre 19.6 ng/ml e 59.6 ng/
ml devem ser considerados duvidosos, 
sendo provável que sejam compatíveis 
com a presença da deficiência de ferro 
quando ainda não existe a anemia 
ferropriva declarada.
A contagem e o tipo de reticuló-
cito no sangue periférico são uma 
informação indireta sobre o tipo de 
atividade eritropoiética da medula. A 
presença de reticulocitopenia significa 
diminuição da atividade eritropoiética 
e as reticulocitoses são comuns nos 
aumentos da atividade medular eritro-
poiética. Após a existência da avalia-
ção dos reticulócitos por automação, 
surgiu o reticulocitograma que além 
da contagem dos reticulócitos também 
libera outras informações, tais como:
 Contagem Corrigida dos Reticuló-
citos (CRC %): deve ser utilizada nas 
condições com suspeita ou presença 
de anemias.
 Volume Reticulocitário Médio 
(VRM uu3): avaliação dos volumes 
reticulocitários, é semelhante ao VCM 
uu3 das hemácias e ao VPM uu3 das 
plaquetas. 
 Classificação dos reticulócitos em 
três tipos, na dependência do seu grau 
de maturidade: RETL, RETM e RETH. 
Os reticulócitos mais maturos são 
aqueles que têm menor quantidade 
de granulações (os RETL %) que em 
condições normais são os reticulócitos 
que a medula libera em maior quan-
tidade para o sangue circulante. Os 
RETM % são imaturos e têm maior 
quantidade de granulações que os 
RETL %. Os reticulócitos mais imatu-
ros com maior quantidade de granu-
lações são os RETH %, em condições 
normais estão em menor quantidade 
ou ausentes no sangue periférico. Em 
algumas situações – por exemplo nas 
NewsLab - edição 113 - 2012206
8.0 uu3a 9.6 uu3 (42). É através des-
te exame que podemos identificar as 
microplaquetas e as macroplaquetas. 
Nas deficiências qualitativas das pla-
quetas o volume está acentuadamente 
variado, isto significa alterações nos 
valores do PDW (7, 70).
Os valores maiores para o VPM 
têm sido referidos em diversas situ-
ações, entre as quais temos: hiperti-
reoidismo, doença mieloproliferativa, 
púrpura trombocitopênica idiopática, 
pós-esplenectomia, diabetes mellitus, 
doenças vasculares etc. (10, 23, 25, 
61, 62, 73). As plaquetas com volu-
mes maiores são metabolicamente 
mais reativas, assimilam e liberam 
mais serotonina, podem estar as-
sociadas a desordens na função de 
agregação plaquetária, tendo uma 
participação maior nas complicações 
vasculares (3, 61, 64, 66, 67).
Os volumes plaquetários menores 
estão referidos nas ferropenias que 
também apresentam trombocitoses 
reativas (17, 26, 28, 35, 39, 59).
Podemos deduzir que nas deficiên-
cias de ferro as plaquetas e hemácias 
apresentam fatos em comum que são:
 A diminuição dos seus volumes 
celulares – microplaquetas e hemácias 
microcíticas.
 Alterações nos valores em relação 
à variação de seus volumes – PDW e 
RDW.
 Maior número de células na circu-
lação sanguínea quando os seus volu-
mes estão microcíticos – trombocitose 
e discreta ou acentuada eritrocitose.
Sendo os reticulócitos a etapa que 
antecede a transformação em hemá-
cia, evidenciamos que as anemias 
microcíticas (48) podem ser diferen-
ciadas através dos resultados dos 
exames do reticulocitograma, quando 
se associa os valores da contagem 
corrigida de reticulócitos (CRC %) com 
os valores dos volumes reticulocitários 
médios (VRM uu3). Então é provável 
que nas trombopenias e trombocito-
ses também possam estar existindo 
algumas alterações nos resultados dos 
reticulocitogramas.
Para as hemácias, os valores 
de ferritina abaixo de 59.6 ng/dl já 
apresentam algumas alterações no 
eritrograma (43).
Então é possível que níveis de 
ferritina abaixo de 59.6 ng/dl tam-
bém possam estar comprometen-
do as plaquetas, considerando-se 
que alguns fatores foram e ou são 
comuns para as hemácias e as pla-
quetas (4, 29, 31, 32). Entre eles 
citamos: a) durante o período fetal 
o fígado foi o órgão produtor dos 
hormônios que estimulavam os seus 
crescimentos, a trombopoietina para 
as plaquetas e a eritropoietina para 
as hemácias, somente após o nasci-
mento é que a eritropoietina passa 
a ser fabricada nos rins; b) a estru-
tura bioquímica da trombopoietina 
é semelhante à da eritropoietina; 
c) as hemácias e plaquetas sur-
gem da mesma célula precursora, 
a CFU-GEMM; d) as hemácias e as 
plaquetas são células que depois 
de adultas não possuem núcleo; e) 
diversos trabalhos vêm sugerindo 
que deve existir uma “influência” da 
eritropoietina sobre as plaquetas. 
São importantes estudos sobre 
as relações das ferropenias com as 
plaquetas, hemácias e reticulócitos, 
principalmente na infância porque é 
nesta faixa etária que existe maior 
frequência de casos não somente para 
as anemias ferroprivas assim como 
para as trombocitoses reativas, e para 
os casos com menores valores no 
VPM uu3 (2, 18, 27, 46, 56). Existe a 
necessidade de se ter mais evidências 
sobre as relações plaquetárias com as 
ferropenias, pois ainda não estão bem 
esclarecidas (13).
deficiências de nutrientes – a medula 
pode liberar maior percentagem de 
reticulócitos imaturos (RETM e RETH) 
 MFI % é o valor médio da per-
centagem das granulações dos reti-
culócitos imaturos (RETM + RETH), 
geralmente nas condições em que 
existem maiores percentagens de re-
ticulócitos imaturos também existem 
maiores valores para o MFI %. 
A análise do conjunto dos exames 
reticulocitários nos informa se já exis-
te ou não um comprometimento da 
produção medular eritrocitária (45).
Relação das deficiências de ferro 
com: trombopenias, trombocitoses
Plaquetogramas, eritrogramas e 
reticulocitogramas
As trombopenias ou trombocite-
mias têm sido associadas a condições 
relacionadas às deficiências de ferro, 
tais como: a) trombocitemias nas 
crianças em resposta à suplementação 
do ferro ou sendo uma complicação 
da reposição do ferro; b) a hipoplasia 
dos megacariócitos que gera severas 
trombocitemias em mulheres adultas 
com intensa anemia secundária às 
menorragias (9, 11, 53, 63). 
A associação das trombocitoses 
com as deficiências de ferro já é co-
nhecida há mais de 100 anos (55). 
Para Çaliskan et al (11), neste tipo 
de trombocitose existe diminuição das 
funções plaquetárias que são compen-
sadas através do aumento do número 
das plaquetas.
O volume plaquetário médio (VPM 
uu3) é considerado uma variável 
biológica que determina a função e 
atividade das plaquetas (5, 6, 51, 60, 
73), logo o tamanho da plaqueta é 
um marcador da função plaquetária. 
Os valores considerados normais para 
os volumes plaquetários são VPM de 
207NewsLab - edição 113 - 2012
Metodologia
Objetivos
Resultados
Objetivos
Em crianças (1 a 10 anos de ida-
de) com valores de ferritina abaixo 
de 59.6 ng/ml, levantar os valores 
médios e confrontar os resultados 
dos exames do plaquetograma, eri-
trograma e reticulocitograma entre 
três grupos de crianças:
1 – Com valores normais para 
contagem de plaquetas
2 – Com valores diminuídos para 
a contagem de plaquetas ou as trom-
bocitopenias
3 – Com valores aumentados para 
a contagem de plaquetas ou as trom-
bocitoses
Metodologia
Foram selecionados do Arquivo 
de Dados da Fundação para Assis-
tência as Anemias e Parasitoses 347 
crianças (1 a 10 anos de idade) que 
apresentaram dosagem de ferritina 
ng/ml com valores abaixo de 59.6 
ng/ml (43), obtendo-se os seguintes 
dados: sexo, idade, resultados labo-
ratoriais do plaquetograma, eritro-
grama e reticulocitograma. Dentro 
desta amostra somente 202 casos 
tiveram resultados para os exames 
do reticulocitograma.
Todos os casos tiveram coletas 
sanguíneas sem anticoagulante (ob-
tenção de soro para a dosagem de 
ferritina) e com anticoagulante EDTA, 
para o eritrograma, plaquetograma 
e reticulocitograma, sendo estes 
exames executados no máximo até 
2 horas após a coleta. 
As dosagens de ferritinas foram 
feitas por método de quimiolumines-
cência em equipamento Acess Immu-
noassay System (Imunosystems).
Os eritrogramas, plaquetogramas 
e reticulocitogramas foram executados 
em contador hematológico Pentra 120 
Retic Horiba/ABX. 
A partir dos resultados da conta-
gem de plaquetas (PLT/mm3), os casos 
foram separados em três grupos:
- Normal, com valores de PLT de 
150.000/mm3 a 450.000/mm3, porque 
estes foram os valores encontrados 
nas referências consultadas (12, 19, 
21, 38, 50, 52).
- Trombopenia, valores de PLT até 
149.000/mm3.
- Trombocitose, valores de PLT a 
partir de 451.000/mm3.
No plaquetograma tivemos os 
seguintes exames: contagem de pla-
quetas (PLT/mm3), volume plaquetário 
médio (VPM uu3), plaquetócrito (PTC 
%) e índice de variação do tamanho 
das plaquetas (PDW).
No eritrograma estes foram os 
exames: contagem de hemácias 
(HEM/mm3), hematócrito (HCT %), 
dosagem de hemoglobina (HB g/
dl), hemoglobina corpuscular média 
(HCM yy), concentração de hemoglo-
bina corpuscular média (CHCM %) e 
índice de variação do tamanho das 
hemácias (RDW).
No reticulocitograma tivemos estes 
exames: contagem corrigida de reticu-
lócitos (CRC %), volume reticulocitário 
médio (VRM uu3), reticulócitos de altamaturidade (RETL %), reticulócitos de 
média imaturidade (RETM %), reticu-
lócitos com alta imaturidade (RETH 
%), frequência das granulações dos 
reticulócitos imaturos (MFI %).
Em todos os grupos foram levan-
tados os valores médios dos exames 
do plaquetograma, eritrograma e 
reticulocitograma e com estes re-
sultados foram feitas interpretações 
comparando-se os diversos grupos 
e obedecendo-se esta sequência: 
Normal X Trombopenia, Normal 
X Trombocitose e Trombopenia X 
Trombocitose.
As análises estatísticas foram 
feitas em Programa Epi-Info, e na 
dependência do tipo de variável foram 
usados um destes testes: Mantel-
-Haenszel, Kruskal-Wallis H e ou 
Bartelett’s test. Para todos os testes, o 
nível de significância foi p<0.05, com 
as seguintes siglas: S = significante 
e NS = não significante.
Tabela 1. Grupos da amostra analisada: frequência de casos 
Grupos Frequência de casos 
f % 
Normal 301 86.8 
Trombopenia 13 3.7 
Trombocitose 33 9.5 
Total 347 100.0
Resultados
NewsLab - edição 113 - 2012208
Tabela 2. Grupos Normal, Trombopenia e Trombocitose: frequência de casos para sexo e valores médios (D.P.) para idade
Normal Trombopenia Trombocitose Total
Sexo f % f % f % f %
Masculino 141 46,8 8 61,5 16 48,5 185 7,6
Feminino 160 53,2 5 38,5 17 51,5 182 52,4
Total 301 100 13 100 33 100 347 100
Idade (N = 301)5.2 (± 2.6)
(N = 13)
3.8 (± 1.5)
(N = 33)
4.0 (± 2.4)
Significâncias (p<0.05) - Sexo: Mantel-Haenszel, Idade: Kruskal-Wallis H e ou Bartlett’s test*
Normal X Trombopenia Normal X Trombocitose Trombopenia X Trombocitose
Sexo NS (p=0.29) NS (p=0.85) NS (p=0.42)
Idade S* (p=0.02) S (p=0.00) NS (p=0.75)
Tabela 3. Grupos Normal, Trombopenia e Trombocitose: valores médios (D. D.) dos exames do plaquetograma e da ferritina
Exames do Plaquetograma Normal (N = 301) 
Trombopenia
(N = 13)
Trombocitose
(N = 33)
PLT/mm3 308.754 (± 68.218) 117.154 (± 19.798) 533.485 (± 87.992)
VPM uu3 8.3 (± 0.8) 9.2 (± 1.1) 7.9 (± 0.7)
PCT% 0.256 (± 0.053) 0.105 (± 0.025) 0.428 (± 0.078)
PDW 14.8 (± 2.4) 20.7 (± 3.7) 13.7 (± 2.2)
Ferritina ng/ml 29.4 (± 12.9) 22.1 (± 9.1) 25.7 (± 14.6)
Significâncias (p<0.05): Kruskal-Wallis H 
Normal X Trombopenia Normal X Trombocitose Trombopenia X Trombocitose
PLT S (p=0.00) S (p=0.00) S (p=0.00)
VPM S (p=0.00) S (p=0.00) S (p=0.00)
PCT S (p=0.00) S (p=0.00) S (p=0.00)
PDW S (p=0.00) S (p=0.01) S (p=0.00)
Ferritina NS (p=0.16) NS (p=0.29) NS (p=0.60)
Tabela 4. Grupos Normal, Trombopenia e Trombocitose: exames do eritrograma. Valores médios (D. P.) 
Exames do eritrograma Normal(N = 301)
Trombopenia
(N = 13)
Trombocitose
(N = 33)
HEM/mm3 4.565.000 (± 456.000) 4.280.000 (± 622.000) 4.604.000 (± 562.000)
VCM uu3 80.3 (± 5.9) 81.5 (± 5.8) 76.5 (± 9.2)
HCT % 36.5 (± 3.1) 34.7 (± 3.9) 34.9 (± 4.1)
HB g/dl 12.2 (± 1.1) 11.7 (± 1.5) 11.6 (± 1.5)
HCM yy 26.9 (± 2.2) 27.5 (± 1.7) 25.5 (± 3.7)
CHCM % 33.5 (± 0.8) 33.7 (± 1.1) 33.3 (± 1.7)
RDW 14.9 (± 2.0) 14.1 (± 1.6) 15.1 (± 2.3)
Significâncias (p<0.05): Kruskal-Wallis H e ou Bartlett’s test*
Normal X Trombopenia Normal X Trombocitose Trombopenia X Trombocitose
HEM NS (p=0.11) NS (p=0.95) NS (p=0.23)
VCM NS (p=0.62) S (p=0.03) NS (p=0.11)
HCT NS (p=0.08) S (p=0.00) NS (p=0.85)
HB NS (p=0.23) S (p=0.01) NS (p=0.59)
HCM NS (p=0.38) S (p=0.05) S* (p=0.00)
CHCM NS (p=0.16) S* (p=0.00) NS (p=0.16) 
RDW NS (p=0.12) NS (p=0.57) NS (p=0.12)
NewsLab - edição 113 - 2012210
Discussão
Tabela 5. Grupos Normal, Trombopenia e Trombocitose: exames do reticulocitograma. Valores Médios (D. P.)
Exames do Reticulocitograma Normal(N = 167)
Trombopenia
(N = 10)
Trombocitose
(N = 25)
CRC % 0.9 (± 0.3) 1.2 (± 0.6) 1.1 (± 0.7)
VRM uu3 96.6 (± 9.4) 102.3 (± 7.8) 93.3 (± 14.0) 
RETL % 92.0 (± 4.9) 88.1 (± 5.0) 86.7 (± 10.0)
RETM % 6.8 (± 3.7) 9.7 (± 3.6) 10.4 (± 7.3)
RETH % 1.0 (± 0.9) 2.2 (± 1.9) 1.7 (± 1.5)
MFI % 11.2 (± 3.1) 13.8 (± 3.7) 14.5 (± 6.2)
Significâncias (p<0.05): Kruskal-Wallis H e ou Bartlett’s test*
Normal X Trombopenia Normal X Trombocitose Trombopenia X Trombocitose
CRC S* (p=0.01) S* (p=0.00) NS (p=0.23)
VRM NS (p=0.10) S* (p=0.00) NS (p=0.08)
RETL S (p=0.02) S (p=0.01) NS (p=0.86) 
RETM S (p=0.03) S (p=0.03) NS (p=0.85)
RETH S* (p=0.00) S* (p=0.00) NS (p=0.71)
MFI S (p=0.03) S (p=0.02) NS (p=0.86)
Discussão
Características da amostra anali-
sada (Tabelas 1 e 2)
Tabela 1. No total das 347 crianças 
com valores de ferritina no máximo até 
59.6 ng/ml tivemos maioria dos casos 
(86,8%) em que a contagem de pla-
quetas (PLT/mm3) apresentou valores 
normais (de 150.000/mm3 a 450.000/
mm3). Para a trombopenia, ou seja, 
com valores de Plt/mm3 diminuídos 
(máximo até 149.000/mm3) tivemos 
3,7% dos casos. Para valores de PLT/
mm3 aumentados (a partir de 451.000/
mm3), que caracteriza as trombocito-
ses, tivemos 9,5% dos casos.
Tabela 2. Em relação à idade os 
grupos trombopenia = 3.8 anos (± 
1.5) e trombocitose = 4.0 anos (± 2.4), 
apresentaram menores valores médios 
(significantes) em relação ao grupo 
Normal = 5.2 anos (± 2.6). Sabe-se 
que para os resultados com alterações 
nos exames do eritrograma nas ferro-
penias, são as crianças com menores 
idades aquelas mais vulneráveis a estas 
deficiências (30, 77). Não encontramos 
referências em relação à frequência de 
trombopenias nem de trombocitoses 
nas menores idades da infância quando 
em presença de ferropenias. 
Entre os três grupos não existiram 
diferenças de frequências significantes 
para os sexos.
Valores da ferritina: exames do 
plaquetograma, eritrograma e re-
ticulocitograma (Tabelas 3, 4 e 5)
A) Ferritina
Tabela 3. Para a ferritina, os três 
grupos apresentaram valores médios 
semelhantes (não significantes): 
ferritina ng/ml: Normal = 29.4 (± 
12.9), Trombopenia = 22.1 (± 9.1) e 
Trombocitose = 25.7 (± 14.6).
Geralmente a presença de trom-
bocitopenias e trombocitoses nas fer-
ropenias estão referidas nas crianças, 
talvez porque nestas é que também 
são frequentes as deficiências e ane-
mias ferroprivas (9, 13, 14, 57).
A trombopoietina estimula o cres-
cimento e a diferenciação dos mega-
cariócitos gerando as plaquetas. A 
eritropoietina estimula os eritroblastos 
para a formação das hemácias. A 
trombopoietina tem uma estrutura 
química que é semelhante a da eritro-
poietina. Alguns investigadores (4, 26, 
29, 31) especularam que níveis ele-
vados de eritropoietina em pacientes 
com deficiência de ferro, pode mode-
radamente aumentar a produção das 
plaquetas através da reação cruzada 
para o receptor da trombopoietina que 
existe nos megacariocitos. Entretan-
to o uso de estimulação através da 
eritropoietina humana recombinante 
e da trombopoietina indicaram que a 
reação cruzada não aconteceu.
B) Grupo Normal X Grupo Trom-
bopenia
Plaquetograma, Tabela 3. Em 
relação ao grupo Normal, o grupo 
Trombopenia apresentou o que é refe-
rido em literatura para esta condição:
a) menor número de plaquetas 
(PLT/mm3) e, consequentemente, me-
nor valor para o plaquetócrito – PCT %
b) maior valor para o volume 
plaquetário (VPM uu3) sem que este 
valor seja considerado o de macropla-
quetas, porque o VPM não apresentou 
valor médio a partir de 9.7uu3
211NewsLab - edição 113 - 2012
c) as plaquetas apresentaram 
maior valor para as variações dos seus 
volumes plaquetários – PDW
PLT/mm3: Normal = 308.754 (± 
66.218) e Trombopenia = 117.154(± 
19.798)
PCT %: Normal = 0.256 (± 0.053) 
e Trombopenia = 0.105 (± 0.025)VPM uu3: Normal = 8.3 (± 0.8) e 
Trombopenia = 9.2 (± 1.1)
PDW: Normal = 14.8 (± 2.4) e 
Trombopenia = 20.7 (± 3.7)
A trombocitopenia do grupo Trom-
bopenia é considerada de grau leve 
(16) porque seus limites estão entre 
100.000 a 149.000/mm3. Geralmente 
neste nível de valores não existem 
sintomas e quando presente a ma-
nifestação clássica é o sangramento. 
Estes tipos de trombopenias podem 
estar associados a plaquetas com 
maiores valores para o VPM uu3, por-
que existe uma relação inversa entre 
a contagem de plaquetas e o valor do 
volume plaquetário (20, 22, 49).
Sobre os volumes maiores das 
plaquetas sabe-se que elas são mais 
jovens, metabolicamente mais rea-
tivas, apresentam maior número de 
grânulos, maior atividade enzimática 
para o lactato desidrogenase (LDH), 
maior assimilação e liberação da se-
rotonina, podendo estar associada às 
desordens na função de agregação 
plaquetária, elas têm maior partici-
pação nas complicações vasculares. 
Quando estão na circulação sanguí-
nea, elas contêm maior número de 
granulações (RNA residual) e por isto 
são identificadas através das novas 
metodologias dos contadores hema-
tológicos (3, 37, 66, 67). 
Eritrograma, Tabela 4. O grupo 
Trombopenia apresentou todos os 
exames com valores médios seme-
lhantes (não significantes) aos do 
grupo Normal. Significando que a 
qualidade das hemácias que estão 
na circulação sanguínea destes dois 
grupos tem quantidades e qualidades 
semelhantes, fatos que se pode com-
provar através das avaliações que são 
correlatas às que foram feitas para as 
plaquetas (HEM, HCT, VCM e RDW), e 
pelo HCMyy que é um exame específi-
co para a quantidade de hemoglobina 
no interior das hemácias:
HEM/mm3: Normal = 4.565.000 (± 
456.000) e Trombopenia = 4.280.000 
(± 622.000)
HCT%: Normal = 36.5 (± 3.1) e 
Trombopenia = 34.7 (± 3.9)
VCMuu3: Normal = 80.3 (± 5.9) e 
Trombopenia = 81.5 (± 5.8)
RDW: Normal = 14.9 (± 2.0) e 
Trombopenia = 14.1 (± 1.6) 
HCMyy: Normal = 26.9 (± 2.2) e 
Trombopenia = 27.5 (± 1.7)
Reticulocitograma, Tabela 5. A 
qualidade dos reticulócitos circulantes 
do grupo Trombopenia é diferente do 
grupo Normal porque com exceção dos 
volumes reticulocitários – VRM uu3: 
Normal = 96.6 (± 9.4) e Trombopenia 
= 102.4 (± 7.6) – todos os outros re-
sultados apresentaram valores médios 
diferentes (significantes):
CRC %: Normal = 0.9 (± 0.3) e 
Trombopenia = 1.2 (± 0.6)
RETL %: Normal = 92.0 (+ 4.9) e 
Trombopenia = 88.1 (± 5.0)
RETM %: Normal = 6.8 (+ 3.7) e 
Trombopenia = 9.7 (± 3.6)
RETH %: Normal = 1.0 (+ 0.9) e 
Trombopenia = 2.2 (± 1.9)
MFI %: Normal = 11.2 (+ 3.1) e 
Trombopenia = 13.8 (± 3.7)
Com estes resultados podemos 
sugerir que no grupo Trombopenia:
a) já existe maior liberação medu-
lar da quantidade de reticulócitos (que 
são hemácias jovens) apesar de não 
estar dentro dos valores considerados 
de reticulocitose, que é a partir de 
2,31% (1, 65);
b) também podemos observar 
que a qualidade dos reticulócitos 
é diferente porque os reticulócitos 
mais maturos, os RETL %, estão em 
menores percentagens enquanto que 
existem maiores percentagens para os 
reticulócitos imaturos – RETM e RETH.
c) em consequência do item b) é que 
temos um maior valor para MFI, que 
significa maior percentagem de gra-
nulações nos reticulócitos circulantes, 
isto é, a medula está liberando para a 
circulação sanguínea reticulócitos que 
ainda deveriam estar no interior da me-
dula terminando o seu amadurecimento 
(liberando as granulações).
C) Grupo Normal X Grupo Trom-
bocitose
Plaquetograma, Tabela 3. Em 
relação ao grupo Normal, o grupo 
Trombocitose apresentou todos os 
exames com valores médios (com 
diferenças significantes), sendo que:
a) a contagem de plaquetas e o 
plaquetócrito tiveram valores mais 
elevados, característicos de trombo-
citoses:
PLT/mm3: Normal = 308.754 (± 
66.218) e Trombocitose = 533.485(± 
87.992)
PCT %: Normal = 0.256 (± 0.053) 
e Trombocitose = 0.428 (± 0.078)
b) o volume plaquetário médio e 
a variação dos volumes plaquetários 
apresentaram valores menores: 
VPM uu3: Normal = 8.3 (± 0.8) e 
Trombocitose = 7.9 (± 0.7)
PDW: Normal = 14.8 (± 2.4) e 
Trombocitose = 13.7 (± 2.2)
Os valores de PLT/mm3 do grupo 
Trombocitose são característicos das 
trombocitoses secundárias que apre-
sentam valores de PLT/mm3 inferiores 
a 1.000.000/mm3, sendo em geral 
em torno de 499.000/mm3 (14, 59). 
Elas são transitórias e desaparecem 
quando é tratada a doença de base 
(54, 56, 58, 74). Associação de maior 
NewsLab - edição 113 - 2012212
número de plaquetas com volumes 
plaquetários menores na deficiência 
de ferro já é um fato referido por ou-
tros autores (17, 26, 28, 35, 39, 59). 
Van der Lelie et al (72) referem que 
nas trombocitoses reativas o VPM uu3 
e o PDW têm valores menores do que 
nos indivíduos normais. Os nossos 
resultados confirmam estes fatos. 
A trombocitose não é uma presen-
ça rara, muitas vezes é um achado ca-
sual nas consultas da pediatria. É clas-
sificada (16) em: Leve (PLT/mm3 de 
500.000 a 700.000), Moderada (PLT/
mm3 de 700.000 a 900.000), Grave 
(PLT/mm3 de 900.000 a 1.000.000) 
e Extrema (PLT/mm3 > 1.000.000). 
As trombocitoses Leves e Moderadas 
geralmente são secundárias, sendo 
causas principais as deficiências de 
ferro e as infecções.
Na trombocitose reativa a enfermi-
dade subjacente estimula a síntese de 
grandes quantidades de trombopoieti-
na e de interleucina 6 (que é produzida 
por monócitos, macrófagos, linfócitos e 
fibroblastos), um importante mediador 
da fase aguda de processos inflama-
tórios e neoplásicos, que juntamente 
com outras interleucinas medeiam a 
síntese da trombopoietina (14, 19, 33).
Eritrograma, Tabela 4. O gru-
po Trombocitose, com exceção da 
contagem de hemácias – HEM /mm3: 
Normal = 4.565.000 (± 456.000) 
e Trombocitose = 4.604.000 (± 
562.000) – apresentou os outros 
exames com valores médios menores 
(significantes) do que o grupo Normal.
HCT%: Normal = 36.5 (± 3.1) e 
Trombocitose = 34.9 (± 4.1)
HB g/dl: Normal = 12.2 (± 1.1) e 
Trombocitose = 11.6 (± 1.5)
VCMuu3: Normal = 80.3 (± 5.9) e 
Trombocitose = 76.5 (± 9.2)
HCMyy: Normal = 26.9 (± 2.2) e 
Trombocitose = 25.5 (± 3.7)
No grupo Trombocitose mere-
cem destaque os valores do VCM e 
do HCM, porque: o valor médio do 
VCM já é característico de hemácias 
microcíticas e o valor médio do HCM 
identifica a hipocromia. Então, através 
da associação destes dois exames 
eritrocitários já podemos identificar 
no grupo Trombocitose a presença da 
microcitose com hipocromia.
O RDW é um índice que completa 
a informação do VCM e da HCM, seu 
resultado tem que estar associado a 
estes dois exames, porque o RDW 
é um indicador mais sensível que o 
MCV na identificação das anemias 
microcíticas hipocrômicas, devendo 
ser usado para o diagnóstico precoce 
(44) – RDW: Normal = 14.9 (± 2.0) 
e Trombocitose = 15.1 (± 2.3). Nes-
te caso, como o valor do RDW não 
evidenciou valor muito intenso para 
maiores amplitudes de variações dos 
volumes eritrocitários (que começam 
a partir de um resultado com valor de 
14.5), isto significa que as hemácias 
do grupo Trombocitose não têm mui-
tas variações porque a grande maioria 
destas hemácias já são microcíticas e 
hipocrômicas.
Reticulocitograma, Tabela 5. A 
qualidade dos reticulócitos circulan-
tes do grupo Trombocitose apresenta 
todos os exames reticulocitários com 
valores diferentes (significantes) em 
relação ao grupo Normal,

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