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Quem estampa a capa da NewsLab nesta edição é a 
multinacional Roche Diagnóstica. Solidez no diagnóstico 
é o título da matéria que conta um pouco sobre como os 
testes laboratoriais podem proporcionar qualidade de vida 
a milhares de pacientes. Para isso, todos os anos cerca 
de 20% do faturamento global do grupo é investido em 
inovação de solução de diagnóstico e terapias. 
 Outro assunto de interesse à categoria Biomedicina que 
trazemos neste número é a realização do XIII Congresso 
Brasileiro e I Congresso Internacional de Biomedicina, 
que este ano será realizado em São Paulo e deverá re-
unir 3.000 profissionais da área. O evento contará com a 
participação de palestrantes internacionais e acontecerá 
nas dependências da Faculdade Anhanguera-UNIBAN.
Entre as mais recentes Notícias do segmento laborato-
rial, destaque para o setor de materiais e equipamentos 
para medicina e diagnóstico, que cresceu mais de 15% 
no primeiro trimestre, gerando 1.037 mil novos postos 
de trabalho. Outra notícia não menos importante foi 
dada pelo coordenador da Política Nacional de Sangue 
e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme 
Genovêz, que garantiu que até o final de 2012 todas as 
bolsas de sangue do país serão analisadas pelo teste NAT 
para a detecção do vírus da hepatite C e HIV. 
Com o título “Beco sem Saída”, a nossa querida coluna 
Analogias em Medicina, escrita pelo patologista José de 
Souza Andrade Filho, fala sobre o mais famoso e laureado 
fundo de saco de interesse médico: o de Douglas, situado 
entre o útero e o reto 
Os artigos científicos deste número discutem temas como 
“O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas 
na Gestante Rh(D) Negativo” e a “A Importância da De-
tecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases 
pelo Teste de Hodge Modificado”, entre tantos outros.
Isso e muito mais Ciência da Saúde você só encontra 
aqui, na NewsLab.
Boa leitura!
ANO XIX - Nº 113
(AgOstO/setembrO 2012)
Redação e administRação:
av. Paulista, 2.073
ed. HoRsa i - Cj. 2315. 
CeP: 01311-940. são Paulo. sP.
Fone/Fax: (11) 3171-2190
CnPj.: 74.310.962/0001-83
insC. est.: 113.931.870.114
issn 0104-8384
Home Page: www.newslab.Com.bR
NewsLab
A revista do laboratório moderno 
Diretor Executivo: Sylvain Kernbaum - (11) 8357-9857 - (revista@newslab.com.br) • Editora: Andrea Manograsso (Mtb 18.120) - (11) 
8357-9850 - (redacao@newslab.com.br) • Gerente Comercial: Clarisse Kramer Homerich - (11) 8357-9849 - (publicidade@newslab.
com.br) • Secretaria Publicidade/Redação: Luiza Salomão - (11) 8357-9855 - (publicidade@newslab.com.br) • Departamento de 
Assinaturas: Daniela Faria - (11) 8357-9843 - (assinatura@newslab.com.br) • Correspondente Internacional: Brigitte Selbert - (11) 
8357-9859 - (revista@newslab.com.br)
Conselho Editorial:
Luiz Euribel Prestes Carneiro, farmacêutico-bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre 
e Doutor em Imunologia pela USP/SP • Prof. Dr. Carlos A. C. Sannazzaro - Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP 
• Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico • Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico e Presidente do Conselho Regional de 
Biomedicina em São Paulo – CRBM - 1ª Região • Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi - Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências 
Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP • Prof. Dr. José Carlos Barbério - Professor Titular da USP (aposentado) • Dr. Silvano Wendel - Banco 
de Sangue do Hospital Sírio-Libanês • Dr. Paulo C. Cardoso de Almeida - Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP • Dr. 
Jacques Elkis - Médico Patologista, Mestre em Análises Clínicas - USP • Dr. Zan Mustacchi - Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo 
- UNIP • Dr. José Pascoal Simonetti - Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ - RJ • Dr. 
Sérgio Cimerman - Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises 
Clínicas • Dra. Suely Aparecida Corrêa Antonialli - Farmacêutica-bioquímica-sanitarista. Mestre em Saúde Coletiva • Dra. Gilza Bastos dos 
Santos - Farmacêutica-bioquímica • Dra. Leda Bassit - Biomédica do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue
 
Colaboraram nesta edição:
José de Souza Andrade Filho, Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado de Borba, Luciano Figueiredo de Sou-
za, Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira, Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo, Rosilene Braga Carvalho, Tiago Bitten-
court de Oliveira, Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso, Humberto Façanha da Costa Filho, Jaqueline Otero Silva, Paulo da 
Silva, Ana Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros, Maria de Lourdes Pires Nascimento
Impressão: IBEP Gráfica
Editoração: Fmais | comunicação e design
A Revista NewsLab é uma publicação bi-
mestral da Editora Eskalab, com distribuição 
dirigida a laboratórios, hemocentros e univer-
sidades de todo o país. Os artigos assinados 
são de responsabilidade de seus autores e 
não representam a opinião da revista. Da 
mesma forma, os Informes Publicitários são 
de exclusiva responsabilidade das empresas 
que compram o espaço na revista. 
Editorial
Filiado à Anatec 
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Envie sua mensagem pelo e-mail: redacao@newslab.com.br. 
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ÍNDICEÍNDICE Leia ainda na Roche News:
Valor médico: Ações que 
informam, aproximam e oferecem 
aos especialistas o acesso às 
tecnologias diagnósticas
A revista do laboratório modernowww.newslab.com.br
Ano XVIII – Nº 113 – Ago/Set 2012ISSN 0104-8384
01_capa_newslab_mac_recover.indd 1 10/08/12 18:00
04 Editorial
06 Índice
10 Notícias
46 Nossa Capa – Roche Diagnóstica, Solidez no Diagnóstico
54 Informe de Mercado
108 Informe Publicitário
112 Eventos – Congresso de Biomedicina terá palestrantes internacionais
114 Analogias em Medicina – Beco sem saída, por José de Souza Andrade Filho
120 Uso da Análise Qualitativa do Antígeno Prostático Específico (PSA) como Ferramenta 
 na Prática Forense – Ian Marques Cândido, Fernanda do Carmo Rodrigues Alves, Keiti Machado 
 de Borba, Luciano Figueiredo de Souza
128 O Coombs Indireto sem o Uso de Hemácias Fenotipadas na Gestante Rh(D) 
 Negativo: Tranquilidade ou Problema? – Seme Youssef Reda, Daniely de Oliveira
140 Prevalência de Micro-organismos em Infecções do Trato Urinário de Pacientes Atendidos no Laboratório Hospitalar 
 de Patos de Minas, MG – Irani Damas Campos Duarte, Bethânia Cristhine de Araújo
156 Métodos Laboratoriais de Monitoramento Terapêutico no Diabetes Mellitus, uma Revisão – Rosilene Braga Carvalho, 
 Tiago Bittencourt de Oliveira
168 A Importância da Detecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado – 
 Monalize Vieira de Oliveira, Alessandra Marques Cardoso
176 Gestão de Riscos Em Laboratórios Clínicos No Brasil – Humberto Façanha da Costa Filho
186 Investigação da Conjuntivite Bacteriana na Região de Ribeirão Preto, SP – Jaqueline Otero Silva, Paulo da Silva, Ana 
 Maria Machado Carneiro, Maria Claudia Carloni, Marta Inês Cazentini Medeiros
202 Infância e os Valores de Ferritina nas Trombopenias e Trombocitoses Através das Avaliaçõesdo Plaquetograma, 
 Eritrograma e Reticulocitograma – Maria de Lourdes Pires Nascimento
222 Agenda
226 Biblioteca NewsLab
228 Endereços dos Anunciantes
232 Classificados 
NewsLab - edição 113 - 201210
 Ampliar a capacidade de identificar doadores de me-
dula óssea: essa será a busca nas novas instalações do 
Laboratório de Imunogenética, que o Instituto Nacional 
de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) acaba de 
inaugurar no Hospital do Câncer II. A construção contou 
com investimentos do BNDES, por intermédio da parceria 
com a Fundação do Câncer, além de recursos da União. 
O valor total é de R$ 2.700 milhões.
 O serviço, que funcionou durante 30 anos no Hospital 
dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a partir de 
agora, vai contar com uma infraestrutura modernizada, 
inclusive, com possibilidade de receber selo de acreditação.
“O laboratório terá a distribuição da área física mais 
planejada, possibilitando a realização de exames que 
antes não tinham como ser feitos. Agora, não haverá 
mais a necessidade, por exemplo, de se enviar materiais 
para o exterior. Trata-se de mais um importante marco 
na busca por doadores compatíveis para os pacientes que 
aguardam por um transplante”, diz o diretor do Centro 
de Transplantes de Medula Óssea do INCA (CEMO), Luís 
Fernando Bouzas.
O laboratório de Imunogenética do INCA é um dos 
pioneiros na área no Brasil. Graças a ele, os primeiros 
treinamentos para a implantação do Registro Nacional 
de Doadores de Medula Óssea (REDOME) foram feitos. 
O espaço é referência do Ministério da Saúde para os 
exames de histocompatibilidade (HLA).
“É por meio desse exame, que os dados dos prová-
veis doadores são cruzados com os de pacientes que 
precisam de transplante de medula óssea. Se o resultado 
for confirmatório e a doação desejada, novos exames 
serão feitos para que o procedimento seja concluído”, 
explica Bouzas.
O médico ressalta ainda que as novas instalações 
atendem não só ao Brasil, mas também a países vi-
zinhos, auxiliando no cruzamento das informações e, 
consequentemente, enriquecendo o material genético 
disponível no cadastro.
O Laboratório de Imunogenética do INCA também 
contará com a Plataforma QIAsymphony, para purifi-
cação de DNA Genômico. Ou seja: um aparelho com 
uma espécie de leitor de código de barras, capaz de 
identificar cada tubo de sangue a ser analisado. Ao final 
do processo de purificação, a máquina gera uma nova 
identificação, também por código de barras, para cada 
grupo de exames. 
“O aparelho permite que cada amostra seja rastrea-
da, desde a chegada ao laboratório até a liberação dos 
resultados”, diz a chefe da divisão de laboratórios do 
CEMO, Eliana Abdelhay.
Já o sequenciador de DNA, também adquirido para 
o novo espaço, vai proporcionar uma alta resolução 
das tipificações HLA, o que permite a inclusão de novos 
exames como o de tipificação confirmatória, fundamental 
para que os exames de compatibilidade sejam exatos e 
o transplante garantido.
Vários membros da equipe do laboratório passaram 
por treinamento, nos Estados Unidos para obter maior 
qualificação em um desafio constante e que exige ampla 
especialização na área. A meta é conseguir a acreditação 
internacional para o laboratório, possibilitando exames 
para outros países, como o próprio EUA, por exemplo.
INCA INAugurA lAborAtórIo de ImuNogeNétICA
Espaço permitirá maior agilidade na identificação de doadores de medula óssea no 
território nacional e em países vizinhos
NewsLab - edição 113 - 201212
Um projeto em prol da vida. Esse é o conceito do campus 
integrado do INCA, que será construído no terreno localizado 
atrás do edifício sede da Instituição, na Praça Cruz Vermelha, 
onde hoje se localizam as instalações do Instituto de Assis-
tência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). 
 “Não se trata de uma simples construção, estamos 
falando de um projeto que vai promover a integração entre 
assistência, ensino, pesquisa e administração com foco na 
atenção oncológica, estimulando o avanço do conhecimento e 
do desenvolvimento no tratamento do câncer”, diz o diretor-
-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.
Além de concentrar todos os endereços atuais da Institui-
ção em um só local, o campus integrado do INCA vai favorecer 
o fortalecimento da conexão entre tecnologia de ponta, pes-
quisa e ensino com foco na melhoria do atendimento. Serão 
116 mil metros quadrados de construção – três vezes a mais 
do que o prédio sede da Praça Cruz Vermelha – distribuídos 
em uma área de 148 mil metros quadrados de terreno, com 
recursos provenientes do Orçamento da União, estimados 
em R$ 469 milhões.
“O campus vai possibilitar a otimização de recursos 
materiais e humanos e facilitar o acesso ao tratamento dos 
pacientes, já que todas as etapas do atendimento – terapêu-
ticas, de acompanhamento e paliativas – serão realizadas em 
um só local”, avalia Santini.
Após a inauguração, os pacientes vão contar com 438 
leitos de internação, sendo que 90 de terapia intensiva e 
semi-intensiva, 118 consultórios de atendimento ambulatorial, 
além da área de pesquisa. Também vale ressaltar que as novas 
instalações da Instituição vão fortalecer o foco em prevenção e 
na redução da incidência do câncer. Para se ter uma ideia, só 
no ano passado, a produção do Instituto foi de 15.638 interna-
ções, 8.614 cirurgias, 37 mil procedimentos de quimioterapia e 
mais 179 mil de radioterapia. Após a inauguração do Campus 
Integrado, estima-se um aumento em, aproximadamente, 
32% das internações e 22% das consultas médicas.
Na área de pesquisa, atualmente, menos de 5% das 
pessoas tratadas no INCA participam de protocolos em pes-
quisas clínicas, a meta, com a construção, é incluir 30% dos 
doentes nesse trabalho. 
O câncer é um problema de saúde pública e, hoje, repre-
senta a segunda causa de mortes no país. Só até o fim do 
ano, de acordo com as estimativas do INCA, serão diagnos-
ticados mais de 520 mil casos novos de câncer e, só no Rio 
de Janeiro, quase 50 mil novos casos da doença.
Em 2011, o SUS gastou R$ 2,2 bilhões em procedimen-
tos hospitalares, tratamentos e cirurgias de câncer. Ou seja: 
esses gastos foram quadruplicados dos 12 últimos anos pra 
cá. Para ser ter uma ideia da evolução desses valores, em 
1999, eram pouco mais de R$470 milhões.
O concurso cultural internacional de imagens microscópicas 
tem como objetivo a divulgação de imagens das ciências da 
vida, dando acesso e despertando o interesse pela pesquisa. 
O concurso é aberto a qualquer pessoa do Brasil e do exterior 
com mais de 18 anos.
Cada participante poderá apresentar no máximo três imagens 
inéditas de sua autoria. As imagens devem ser fotomicrografias 
tiradas em qualquer tipo de microscópio. Qualquer tipo de amos-
tra é aceitável: microscopia de luz como campo claro, campo 
escuro, contraste de fase, contraste de interferência diferencial, 
fluorescência, multifotônica, contraste de modulação, deconvo-
lução, confocal e técnicas mistas.
As imagens deverão ter no máximo 300 KB, no formato JPG, 
e ser enviadas para o e-mail lifesciences@icb.usp.br, juntamente 
com a ficha de inscrição preenchida, título e dados descritivos da 
imagem e técnica (breve explicação sobre o conteúdo, técnica 
e equipamento utilizado para a obtenção da imagem). 
A avaliação das imagens será feita seguindo os critérios 
de originalidade, impacto visual, qualidade técnica e con-
teúdo informacional. A comissão julgadora, composta por 
cientistas e profissionais das artes plásticas, selecionará 
50 imagens.
Entre as 50 imagens, serão escolhidos os três primeiros 
lugares. O autor da imagem em primeiro lugar receberá como 
prêmio uma viagem para conhecer o Demo Center da Carl 
Zeiss, em Munique, Alemanha. O segundo lugar receberá 
um microscópio Zeiss, modelo Primo Star Binocular,equipa-
do para a técnica de campo claro (visualização de material 
corado). O terceiro colocado ganhará uma câmera da Sony 
com lentes Zeiss. 
Para saber mais: 
www3.icb.usp.br/corpoeditorial/index.php?option=com_
content&view=article&id=662
CoNCurso INterNACIoNAl de ImAgeNs mICrosCópICAs
O Instituto de Ciências Biomédicas da USP recebe inscrições para o 
Concurso de Imagens em Ciências da Vida
O Rio de Janeiro vai sediar o mais moderno Centro de Desenvolvimento 
Científico e de Inovação Tecnológica para o controle do câncer do país. As novas 
instalações reunirão os 18 endereços da instituição em um só lugar
ComeçA A CoNstrução do CAmpus INtegrAdo do INCA
NewsLab - edição 113 - 201214
Um balanço do primeiro trimestre 
deste ano, realizado pela WEB Setorial 
– consultoria econômica da Associação 
Brasileira dos Importadores de Equi-
pamentos, Produtos e Suprimentos 
Médico-Hospitalares (Abimed) e da 
Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL) – com base em 
dados do IBGE, mostrou que o setor 
de materiais e equipamentos para 
medicina e diagnóstico apresentou um 
crescimento na produção de 15,4% de 
janeiro a março, se comparado com o 
mesmo período de 2011. Já as ven-
das no ramo comercial e de serviços, 
inclusive medicamentos, cresceram 
10,8% em comparação a igual período 
de 2011. 
Com relação a empregos, de 
acordo com o Ministério do Trabalho 
(MTE) e o Caged, em março de 2012 
as atividades industriais e comerciais 
do setor de materiais e equipamentos 
para medicina e diagnóstico geraram 
1.037 mil novos postos de trabalho, 
4,8% a mais do que o verificado no 
mesmo mês de 2011.
Os serviços de complementação 
diagnóstica e terapêutica ofereceram 
7,6% mais vagas no trimestre em 
relação ao mesmo período do ano 
anterior e 9,4% a mais no acumulado 
de 12 meses.
Resultados do Comércio Exte-
rior - De janeiro a março de 2012 as 
importações de materiais e equipa-
mentos para medicina e diagnóstico 
totalizaram o valor de US$ 2.019 
milhões, com o incremento de 21% 
no valor importado comparado ao 
mesmo período de 2011. As exporta-
ções, por sua vez, acumularam o valor 
de US$ 364 milhões no período em 
questão, com o incremento de 23% 
em relação a igual período de 2011.
Ainda no primeiro trimestre de 
2012, o maior aumento de impor-
tações dentro do setor ocorreu com 
artigos e aparelhos de ortopedia e 
próteses: 33% frente a igual período 
de 2011, seguido por aparelhos de 
raio-X e radiação, com o incremento de 
23,6% em igual período. Em 12 meses 
destacam-se as importações de apare-
lhos de raio-X e radiação com o maior 
incremento (20%) nas importações 
entre as categorias do setor. 
Perspectivas do setor - De acordo 
com a presidente da Câmara Brasileira 
de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), 
Liliana Perez, “o franco crescimento 
do setor é resultado da aceleração do 
desenvolvimento tecnológico e imple-
mentação de novas técnicas e serviços 
capazes de processar testes diagnós-
ticos com maior precisão, eficiência e 
quantidade. Paralelamente, o nível de 
investimento necessário para a imple-
mentação de tais tecnologias aumentou 
e, atualmente, o Brasil possui caracterís-
ticas semelhantes às do mercado global. 
Por exemplo: o aumento da segurança 
e confiança pelos médicos nos testes 
diagnósticos promove aumento na de-
manda por mais exames.”
“Outro fator gerador de demanda 
por mais exames é o envelhecimento 
da população e aumento na expecta-
tiva de vida”, acrescenta a dirigente. 
“Por outro lado, o setor de materiais 
e equipamentos para medicina diag-
nóstica, por ter alto valor tecnológico, 
depende ainda muito das importações. 
Em contrapartida, as exportações 
estão aumentando, o que mostra a 
relevância cada vez maior do Brasil se 
comparado a outros países da América 
Latina”, finaliza Liliana Perez.
setor de mAterIAIs e equIpAmeNtos pArA medICINA e 
dIAgNóstICo CresCeu mAIs de 15% No prImeIro trImestre
O segmento, representado pela Abimed e CBDL, também 
gerou 1.037 mil novos postos de trabalho em março deste ano
Liliana Perez, presidente da Câmara 
Brasileira de Diagnóstico Laboratorial
O pioneirismo sempre marcou as ações do Instituto de 
Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Eins-
tein (HIAE) no Brasil, como o primeiro transplante usando 
células-tronco de cordão umbilical, o primeiro transplante 
com células-tronco de cordão umbilical para adulto (com dois 
cordões) e o transplante de medula feito após os 60 anos. 
Em 2012, ao comemorar 25 anos do primeiro transplante 
realizado pelo HIAE, o Instituto de Oncologia e Hematologia 
relembra não só essas questões, mas as ligadas à segurança 
do paciente e à inovação e organizou uma série de eventos 
científicos para discussão do que há de mais avançado em 
Hematologia. Entre outros eventos, o Workshop de Biologia 
Molecular, o Workshop de Doença Enxerto Contra Hospedeiro 
Crônica e o Curso de Revisão em Hematologia e Hemoterapia.
Durante o Curso de Revisão em Hematologia e Hemote-
rapia, os médicos Ricardo Pasquini (da Universidade Federal 
do Paraná) e Nelson Hamerschlak (do HIAE) apresentaram a 
história do Transplante de Medula Óssea no Brasil e no Einstein.
Um videohomenagem com depoimento de um paciente 
transplantado em 2008 foi a voz dos 747 pacientes atendidos 
desde 1987, no Hospital Albert Einstein. Todos os pacientes 
receberam, em casa, um presente especial, para comemorar.
Data é comemorada em evento com convidados internacionais e pacientes são homenageados
trANsplANte de medulA ósseA CompletA 25 ANos No HospItAl Albert eINsteIN
NewsLab - edição 113 - 201216
Com o uso de métodos novos e eficazes para entender 
as origens de distúrbios neurodegenerativos, tais como a 
doença de Alzheimer, pesquisadores da Clínica Mayo de 
Jacksonville, EUA, estão defendendo a tese de que essas 
doenças são causadas principalmente por genes que são 
ativos demais ou não suficientemente ativos, e não por 
mutações genéticas nocivas. 
Na edição online de 7 de junho do jornal PLoS Genetics, 
eles relatam que algumas centenas de genes, dentro de 
quase 800 amostras de cérebros de pacientes com a doença 
de Alzheimer ou outros distúrbios, passaram por alterações 
nos níveis de expressão de genes, que não resultaram de 
neurodegeneração. Muitas dessas variantes eram prova-
velmente a causa.
“Agora entendemos que a doença provavelmente se 
desenvolve a partir de variantes de genes que exercem 
efeitos modestos na expressão dos genes e que também 
são encontradas em pessoas saudáveis. Mas, algumas va-
riantes – elevando a expressão de alguns genes, reduzindo 
os níveis de outros – se combinam para produzir o tumulto 
perfeito que leva à disfunção”, diz a principal pesquisadora 
do estudo, a neurologista e neurocientista da Clínica Mayo 
Nilufer Ertekin-Taner. 
“Se pudermos identificar os genes ligados à doença, 
que são ativos demais ou inativos demais, poderemos ser 
capazes de desenvolver novos alvos de medicamentos e 
terapias”, ela diz. “Esse poderia ser o caso de doenças 
neurodegenerativas e também de doenças em geral”, ela 
afirma.
Ertekin-Taner diz que nenhum outro laboratório reali-
zou um estudo da expressão dos genes do cérebro em tal 
extensão como o conduzido pelos pesquisadores da Clínica 
Mayo de Jacksonville. 
“A novidade – e a utilidade – de nosso estudo é o gran-
de número de amostras do cérebro que examinamos e a 
forma com que as analisamos. Os resultados demonstram a 
contribuição significativa dos fatores genéticos que alteram 
a expressão dos genes do cérebro e aumentam os riscos 
de doença”, ela explica. 
Essa forma de análise de dados mede os níveis de ex-
pressão dos genes, ao quantificar a quantidade de ácido 
ribonucleico (ARN) produzido no tecido, e faz a varredura do 
genoma de pacientes, para identificar variantes genéticasque se associam a esses níveis.
Os pesquisadores da Mayo mediram o nível de 24.526 
transcritos (ARN mensageiro) de 18.401 genes, usando 
tecido de autópsia cerebelar de 197 pacientes de doença 
de Alzheimer e de 177 pacientes com outras formas de 
neurodegeneração. Os pesquisadores confirmaram então 
os resultados, examinando o córtex temporal de 202 pa-
cientes com doença de Alzheimer e de 197 pacientes com 
outras patologias. A diferença entre essas amostras é que, 
enquanto o córtex temporal é afetado pela doença de Al-
zheimer, o cerebelo é relativamente poupado. 
Dessas análises, os pesquisadores identificaram mais de 
2.000 marcadores de expressão alterada nos dois grupos 
de pacientes, que eram comuns entre o cerebelo e o córtex 
temporal. Alguns desses marcadores também influenciaram 
riscos de doenças humanas, sugerindo que contribuem para 
o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e outras 
doenças, independentemente de sua localização no cérebro. 
Eles identificaram “hits” (achados da pesquisa) originais 
de expressões para marcadores genéticos de riscos de 
doenças, que incluíram paralisia supranuclear progressiva, 
doença de Parkinson e doença de Paget, além de confirmar 
outras associações conhecidas para lúpus, colite ulcerativa 
e diabetes do tipo 1. 
“A expressão alterada dos genes do cérebro pode ser 
ligada a uma diversidade de doenças que afetam todo o 
corpo”, explica a neurologista da Mayo.
Eles compararam, então, seus dados de eGWAS (ex-
pression-based Genome Wide Association Study – estudo 
de associação genômica baseada em expressão) com seus 
GWAS na doença de Alzheimer, conduzidos pelo Consórcio 
de Genética da Doença de Alzheimer, que tem financiamento 
federal, para testar se alguns do genes de risco já identifi-
cados promovem a doença através de expressão alterada.
“Descobrimos que vários genes já ligados à doença de 
Alzheimer alteraram, de fato, a expressão genética, mas 
também descobrimos que muitas das variantes no que 
chamamos de zona cinza do GWAS – genes cuja contribui-
ção à doença de Alzheimer era incerta – também estavam 
influenciando os níveis de expressão no cérebro”, diz Nilufer 
Ertekin-Taner. “Isso nos oferece novos candidatos a genes 
de risco para explorar”, afirma.
“Esse é um método eficaz para o entendimento das 
doenças”, ela diz. “É possível encontrar novos genes que 
contribuem para o risco de doenças, bem como novas vias 
genéticas. E também pode nos ajudar a entender a função 
de uma grande quantidade de genes e outros reguladores 
moleculares no genoma que está implicado em doenças 
muito importantes”, afirma.
Essa forma de análise de dados mediu os níveis de expressão dos genes, 
ao quantificar a quantidade de ácido ribonucleico produzido no tecido
mApeAmeNto de geNes: mAyo ClINIC eNCoNtrA Novos fAtores 
de rIsCo pArA doeNçAs NeurodegeNerAtIvAs
NewsLab - edição 113 - 201220
Um laboratório israelense desenvolveu um novo 
teste para identificação precoce de câncer de 
pulmão. O método emparelha tecnologia de 
imagem com marcadores fluorescentes de 
DNA para ajudar os médicos a fazer o diag-
nóstico a tempo de tratar o tumor.
Trata-se de um teste não invasivo que 
em breve estará disponível no mercado, 
graças a um acordo entre o BioView, 
laboratório que desenvolveu o teste, 
com um dos principais laboratórios da 
Califórnia. 
O teste envolve a análise da expectoração 
(muco) de um paciente com o uso de um scanner mi-
croscópico digitalizado e um marcador fluorescente de DNA, 
chamado sondas Fish. Os marcadores foram licenciados da 
MD Anderson Cancer Center in Houston, no Texas.
“A expectativa média de vida de pacientes 
diagnosticados com câncer de pulmão é de 
apenas 18 meses, principalmente porque o 
diagnóstico é feito tardiamente”, 
diz Alan Schwebel, CEO da 
BioView. “A detecção precoce 
e o tratamento subsequente 
podem aumentar a expectati-
va de vida em cinco anos ou mais”, 
completa. “Hoje, fumantes e outros 
pacientes com risco de contrair câncer de 
pulmão geralmente fazem uma tomografia 
computadorizada para procurar nódulos malig-
nos, mas há alguns que são muito pequenos e difíceis de 
serem detectados”, diz Shwebel. 
Com o intuito de proporcionar aos colaboradores um espaço 
voltado ao aprimoramento profissional e pessoal, o Salomão-
Zoppi Diagnósticos cria o Centro de Treinamentos, próximo à 
Unidade Paraíso, em São Paulo. 
 Sob a responsabilidade do departamento de Gestão de 
Pessoas, o objetivo é a capacitação de 874 colaboradores a fim 
de aprimorar os serviços e a qualidade dos atendimentos dos 
clientes nas cinco unidades, Ibirapuera Divino Salvador, Moema 
Araguari, Morumbi Panamby, Portal do Morumbi e Paraíso.
 Dr. Claudio Cirino, diretor de atendimento da SZD, e 
Claudio Marote, Diretor de Planejamento e Gestão, são os 
responsáveis pela iniciativa. “Nossa expectativa é que o Centro 
de Treinamento promova o desenvolvimento técnico e emo-
cional dos colaboradores, a fim de contribuir com a evolução 
dos serviços e atuação da empresa”. 
Atualmente, não existe nenhum teste para 
o rastreio diagnóstico de Parkinson
Pesquisadores do Technion Israel Institute of Te-
chnology em Haifa identificaram um grupo de cinco 
genes no sangue que pode prever se um indivíduo 
irá desenvolver o mal de Parkinson. Atualmente, não 
existe um único tipo de exame de sangue capaz de 
diagnosticar precocemente essa grave enfermidade. 
“Encontrar sinais biológicos – ou biomarcadores 
– para o mal de Parkinson pode ajudar a diagnosticar 
a doença nos estágios iniciais, antes mesmo de os 
sintomas aparecerem, permitindo o monitoramento 
dos efeitos de tratamentos que protegem o cérebro”, 
diz a Dra. Silvia Mandel, chefe dos pesquisadores. “O 
objetivo inicial era determinar se entre os pacientes 
em estágio inicial da doença alguma assinatura 
biológica poderia ser encontrada para confirmar o 
diagnóstico”. 
A equipe usou amostras de sangue de 62 pacien-
tes com sintomas iniciais de Parkinson e um grupo 
com 64 pessoas saudáveis. Os dados genéticos de 
30 pacientes em estágios avançados foram usados 
para confirmar a previsão dos cinco genes com 
100% de precisão. 
O biomarcador irá ajudar a diagnosticar indivídu-
os na fase inicial da doença que sofrem transtornos 
como depressão, sono, hiposmia – capacidade re-
duzida para detectar odores – ou pessoas que têm 
riscos de ordem genética.
Novo teste fAz dIAgNóstICo preCoCe de CâNCer de pulmão
sAlomãozoppI dIAgNóstICos INAugurA 
CeNtro de treINAmeNto pArA AprImorAmeNto 
profIssIoNAl de suA equIpe
grupo de geNes pode prever 
mAl de pArkINsoN
NewsLab - edição 113 - 201222
O coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemo-
derivados do Ministério da Saúde, Dr. Guilherme Genovêz, 
garantiu que até o final de 2012 todas as bolsas de sangue 
do país serão analisadas pelo teste NAT para a detecção do 
vírus da hepatite C e HIV. 
No encontro, realizado pela ABRALE – Associação Brasi-
leira de Linfoma e Leucemia – estavam presentes especia-
listas em transfusões de sangue, como Dr. Silvano Wendel 
presidente da Sociedade Internacional de Transfusão de 
Sangue (ISBT) e diretor médico do banco de sangue do 
Hospital Sírio Libanês e Dr. José Kutner, diretor do banco 
de sangue do Hospital Israelita Albert Einstein. 
No debate, aberto e transmitido ao vivo via web, foram 
abordados assuntos relacionados à segurança nas transfu-
sões de sangue e sobre a importância da aplicação do teste 
NAT (sigla em inglês para teste de ácido nucleico) para a 
detecção dos vírus da Aids e hepatite B e C e seus subtipos. 
Um estudo inédito com o cenário das transfusões de 
sangue no Brasil e a avaliação da segurança sem o teste 
NAT foi levado ao Congresso da Sociedade Internacional 
de Transfusão de Sangue, que ocorreu em julho deste ano, 
no México. 
Segundoa Organização Mundial de Saúde (OMS), anu-
almente as transfusões de sangue são responsáveis por 
cerca de 14 milhões dos infectados por hepatite B, por 4,7 
milhões de casos de hepatite C e 5% de novos casos de Aids 
(HIV), mostrando que o maior risco para as transfusões de 
sangue é para a hepatite B. 
Para combater este problema, o teste NAT tem como 
diferencial o fato de indicar a presença do vírus, desde o 
momento da contaminação, em um período menor que os 
demais testes sorológicos, atualmente utilizados no Brasil. 
Este período é conhecido como janela imunológica. 
Para se ter uma ideia, com o NAT é possível detectar o 
vírus do HIV em um período de sete dias (com os testes 
antigos, eram 20 dias para se ter o resultado), e as hepatites 
B e C, respectivamente em 31 e 23 dias (anteriormente, 
demoravam 56 e 82 dias). 
A Abbott foi mais uma vez escolhida como um dos 
“Melhores Empregadores da Indústria”, pela revista The 
Scientist. Este é o nono ano consecutivo que a Abbott 
entra para a lista, criada pela publicação, em 2003. Esta 
prestigiosa lista tem como base uma minuciosa pesquisa 
realizada entre cientistas de biociências e instituições de 
pesquisas de todo o mundo. A lista faz parte da edição 
de junho da revista e pode ser acessada também em sua 
versão online, www.the-scientist.com.
“A ciência é o coração do trabalho da Abbott para me-
lhorar a vida das pessoas. Nós nos esforçamos para criar 
um local de trabalho que valorize a invenção, a criatividade 
e a colaboração entre todas as nossas divisões dedicadas 
a diversas áreas de saúde”, disse o médico John Leonard, 
vice-presidente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da 
Divisão Farmacêutica da Abbott. “Nós damos muito valor 
ao reconhecimento da revista The Scientist como um fato 
que irá nos ajudar a cultivar ainda mais uma comunidade 
cientifica e inovadora na Abbott”. 
Na Abbott, aos funcionários são dadas oportunidades para 
que sejam bem-sucedidos e cresçam em suas carreiras, por 
meio de grupos de treinamento e programas extensivos de 
desenvolvimento. Os cientistas da Abbott são reconhecidos 
internamente, por meio de várias iniciativas, como prêmios 
outorgados pela presidência, prêmios por invenção e patentes 
e recomendação para a prestigiosa Sociedade Volwiler Society, 
criada em 1985 para reconhecer os mais notáveis cientistas 
da companhia. Assim chamada em homenagem a Ernest H. 
Volwiler, um cientista de renome internacional e ex-presidente 
da Abbott, a sociedade incentiva o crescimento profissional e 
tem como meta reconhecer e divulgar as inovações científicas 
da companhia. A cada ano, a Sociedade Volwiler homenageia 
cientistas e equipes da Abbott com a premiação “Outstanding 
Research”, que distingue aqueles que realizaram contribuições 
importantes em seus campos de atuação. 
Além do reconhecimento da revista The Scientist, a Abbott 
foi escolhida, pela revista The Science com um dos “Principais 
Empregadores em Biofarmacologia”, pela oitava vez desde 
2002. A Abbott tem sido escolhida também como um dos 
Melhores Empregadores em mais de 25 países ao redor do 
mundo e também faz parte da lista das Melhores Empresas 
para Mães que Trabalham por 11 anos consecutivos, assim 
como uma das Melhores Companhias em Diversidade pela 
revisa Diversity Inc por nove anos consecutivos e pela revista 
Hispanic Business como uma das 60 Empresas de Elite em 
Diversidade, por cinco anos. Além disso, a revista Fortune 
inclui a Abbott como uma das “Empresas Mais Admiradas da 
América” todos os anos desde que a lista foi criada em 1983. 
Coordenador da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde garante que a 
medida será aplicada até novembro deste ano
teste NAt pArA A deteCção do vírus dA HepAtIte C e HIv será obrIgAtórIo No brAsIl
Este é o nono ano consecutivo que a Abbott entra para a lista da revista The Scientist
Abbott é reCoNHeCIdA, mAIs umA vez, Como um dos melHores 
empregAdores de CIeNtIstAs e pesquIsAdores 
NewsLab - edição 113 - 201224
A sífilis, doença infecciosa e sexualmente transmissível 
causada pela bactéria Treponema pallidum, uma espiro-
queta, mais conhecida como sífilis, pode estar de volta 
e em maior escala, entre a população de 50 a 59 anos. 
É o que revela um levantamento realizado pelo Delboni 
Medicina Diagnóstica que constatou um aumento de 30% 
na procura por exames para detecção da doença, entre 
adultos dessa faixa etária. A pesquisa foi realizada entre 
os anos de 2010 e 2011 e analisou pacientes do laboratório 
com idades entre 20 e 59 anos. 
 As conclusões revelaram que todos os grupos regis-
traram aumento na procura por exames que realizam a 
investigação sorológica e o diagnóstico da doença, mas o 
maior índice foi constatado na faixa acima dos 50 anos. 
De acordo com a Dra. Maria Lavínea Novis de Figueiredo 
Valente, infectologista do Delboni Medicina Diagnóstica, 
“alguns fatores que podem ter contribuído para esse 
aumento entre as pessoas com mais idade é a falta de 
proteção durante as relações sexuais e o aumento do 
número de divórcios, e consequentemente de parceiros, 
entre os casais dessa faixa etária”, afirma. Em contrapar-
tida, a preocupação pela prevenção tem sido observada 
em todos os grupos. 
Entre 2010 e 2011, foi constatado um aumento de 
15,1% na procura por exames para a detecção da sífilis, 
entre adultos de 20 a 29 anos. Já entre os de 30 a 39 anos, 
o aumento foi de 13,5% e de 40 a 49, 18,6%. A principal 
forma de transmissão da doença é o contato sexual. Em 
uma única relação sem preservativo, o risco de contágio 
é de 30% e a chance de contraí-la torna-se ainda maior 
se existirem feridas visíveis nos indivíduos. Outra forma 
de transmissão é da mãe para o feto durante a gravidez, 
a chamada sífilis congênita. No Brasil é obrigatória a re-
alização da sorologia para sífilis nos exames de pré-natal 
e no momento do parto. “Existem três fases da sífilis: 
a primária, a secundária e a terciária. O maior risco de 
transmissão está na primeira fase onde ocorre uma lesão 
inicial, o cancro duro, uma úlcera única e indolor, que de-
saparece duas a três semanas espontaneamente, dando 
a impressão de cura”, explica a Dra. Maria Lavinea. “Com 
isso, muitos pacientes não procuram atendimento médico e 
acabam evoluindo para a segunda fase da doença”, alerta. 
A múmia de uma criança o século 16 com os órgãos in-
ternos relativamente preservados, encontrada na Coreia, foi 
a base para a descoberta de um genótipo único da Hepatite 
B que é muito comum no sudeste asiático. A descoberta foi 
possível pela análise genética realizada por meio de uma 
biópsia do fígado da múmia. 
A descoberta foi conduzida por uma equipe de cientistas 
israelenses e coreanos e pode ajudar os estudos da evolução 
da Hepatite B, uma doença crônica e potencialmente fatal, 
possibilitando-se a compreensão sobre a propagação do 
vírus, possivelmente da África para a Ásia. 
A descoberta também poderá lançar mais luz sobre o 
percurso da Hepatite B no Extremo Oriente, da China e do 
Japão para a Coreia, bem como para outras regiões da Ásia 
e Austrália, onde a doença é uma das principais causas da 
cirrose hepática e do câncer no fígado. 
Os cientistas relataram a reconstrução do antigo código ge-
nético do vírus da hepatite B, sendo este o mais antigo genoma 
viral completo descrito na literatura científica até a data em que 
o trabalho foi publicado, na revista Hepatology (21 de maio).
A múmia foi encontrada em uma pequena propriedade 
em uma área que está em reconstrução. Ela passou por 
vários testes, incluindo laparoscopia, durante a qual a 
amostra de biópsia foi extraída.
Testes com carbono 14 das roupas da múmia sugerem 
que o menino viveu cerca de 500 anos atrás. As sequ-
ências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do 
fígado permitiram aos cientistas mapeartodo o genoma 
da hepatite B. Usando técnicas de genética molecular, os 
pesquisadores compararam as sequências antigas de DNA 
com genomas virais contemporâneos, revelando algumas 
diferenças. Acredita-se que as mudanças no código genético 
resultaram de mutações espontâneas e pressões ambien-
tais, possivelmente, durante o processo evolutivo do vírus. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais 
de 400 milhões de portadores do vírus em todo o mundo, 
principalmente na África, China e Coreia do Sul, onde até 
15% da população é portadora do vírus.
delboNI regIstrA AumeNto de 30% NA proCurA por exAmes 
pArA deteCção de sífIlIs eNtre Adultos de 50 A 59 ANos
Levantamento analisou pacientes do laboratório durante 2010 e 2011; todas as faixas 
etárias registraram crescimento na busca pelo diagnóstico precoce da doença 
 múmIA AjudA A estudAr evolução dA HepAtIte b
Sequências de DNA virais recuperadas a partir da biópsia do fígado 
permitiram aos cientistas mapear todo o genoma do vírus 
NewsLab - edição 113 - 201228
O Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor – Hospital 
do Coração, em São Paulo, em parceria com a MCMaster 
University, do Canadá, desenvolveu um estudo interna-
cional, em larga escala, capaz de apontar riscos cardíacos 
em pacientes após cirurgias não cardíacas. Os resultados 
foram publicados na Revista JAMA (Journal of the Ameri-
can Medical Association) – uma das revistas médicas mais 
importantes do mundo.
Com um simples exame de sangue é possível verificar 
o nível de troponina-T (TnT) do paciente, um biomarcador 
liberado pelo músculo cardíaco que aponta estresse sofrido 
pelo coração, que pode ocorrer após anestesias em cirurgias 
de grande porte. Este exame é realizado nas primeiras horas 
após o procedimento cirúrgico, quando os pacientes ainda 
estão nos primeiros dias de pós-operatório. 
Com os resultados mais precisos em relação aos méto-
dos até então utilizados, é possível identificar pacientes em 
risco de vida e dar início precoce aos tratamentos, reduzindo 
assim a mortalidade nas primeiras semanas após a cirurgia. 
Esta primeira análise do estudo Vision envolveu cerca 
de 15 mil pacientes acima de 45 anos, de 13 países como 
Brasil, Canadá, Colômbia, China, Índia, Malásia, Peru, Po-
lônia, África do Sul, EUA, Inglaterra e Espanha, e mais de 
dois mil pacientes divididos entre o Hospital do Coração, em 
São Paulo, e Hospital de Clínicas, de Porto Alegre. 
Esse estudo faz parte dos projetos de filantropia do HCor 
em parceria com o Ministério da Saúde a serviço do SUS 
(Programa PROADI – Hospitais de Excelência à serviço do 
SUS). O estudo Vision continua acompanhando pacientes 
e atualmente cerca de 30.000 já foram incluídos nestes 
países. Nos próximos meses, uma série de novos dados de 
alto impacto oriundos do estudo Vision deve ser publicada, 
tornando este o projeto o mais importante já realizado no 
mundo sobre cuidados pré e pós-operatórios.
Segundo o responsável pelo IEP HCor e coordenador do 
estudo Vision no país, Dr. Otávio Berwanger, cerca de 200 
milhões de pessoas no mundo fazem cirurgias não cardíacas, 
como procedimentos ortopédicos, retirada de tumores e até 
cirurgias plásticas. Deste total, mais de 1 milhão morrem 
em até 30 dias após os procedimentos. “Os dados destes 
estudos possuem importante impacto para a prática clínica, 
uma vez que a identificação precoce dos pacientes com maior 
risco poderá permitir a redução de mortalidade do infarto 
durante as cirurgias não cardíacas e isso beneficiará milhões 
de pacientes no mundo”, explica Dr. Berwanger.
As complicações cardíacas costumam acontecer desde 
as primeiras horas após o procedimento cirúrgico até 30 
dias depois – período considerado crítico. “Fazer cirurgia é 
como um teste de esforço, e esse esforço às vezes causa 
infarto não previsto, levando o paciente a óbito. Esses in-
fartos, que são graves, iriam passar desapercebidos se nós 
não empregássemos este exame que consegue detectar e 
alertar o médico que o paciente poderá ter complicações 
cardíacas severas a curto prazo”, esclarece Dr. Berwanger.
O exame troponina-T é o mais confiável e preciso para 
identificar os pacientes em risco cardíaco, em comparação 
aos demais critérios clínicos como idade e histórico de 
doenças crônicas e cardíacas, entre outros.
“Graças ao estudo Vision, 25% dos pacientes que eram 
considerados de baixo risco para complicações foram reclas-
sificados como alto risco. Esse estudo muda a forma como 
os médicos devem cuidar de seus pacientes logo após uma 
cirurgia não cardíaca, identificando rapidamente os cuidados 
adicionais e intensivos para a sobrevida. Com este estudo, 
esperamos beneficiar aproximadamente 200 milhões de 
pessoas no mundo com o apoio do Ministério da Saúde pela 
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos”, 
finaliza Dr. Berwanger.
Após amplo estudo mundial, HCor identifica biomarcador produzido pelo coração capaz 
de apontar com mais precisão o risco de complicações cardíacas 
Novo exAme de sANgue deteCtA preCoCemeNte pACIeNtes em rIsCo de vIdA 
Após CIrurgIAs de médIo e de grANde portes
Os ministérios da Saúde e da Educação 
e a Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Nível Superior (Capes), vin-
culada ao MEC, lançaram o portal “Saúde 
Baseada em Evidências”, que facilitará a 
cerca de 1,8 milhão de profissionais de 
saúde o acesso a conteúdos científicos. 
O Portal contribui para o aperfeiçoa-
mento do trabalho e também proporciona 
educação continuada aos profissionais da 
saúde, em especial aos que atuam no Sistema 
Único de Saúde (SUS), oferecendo o que há de 
melhor na produção científica mundial. 
Por meio da pesquisa a conteúdos cientifi-
camente relevantes, os profissionais poderão 
atuar integrando o conhecimento, à experiên-
cia clínica e de gestão. 
Para saber mais:
http://portalsaude.saude.gov.br
profIssIoNAIs de sAúde terão ACesso fACIlItAdo A perIódICos CIeNtífICos
Quase 2 milhões de profissionais terão acesso a conteúdos científicos
NewsLab - edição 113 - 201230
A Agilent anunciou a conclusão da compra da Dako, 
empresa dinamarquesa de diagnósticos de câncer, por 
U$$ 2,2 bilhões à vista (livre de dívidas). A Agilent espera 
que a aquisição fortaleça sua posição em biociências, com 
foco em desenvolvimento de produtos que contribuam 
para a luta contra o câncer. 
Bill Sullivan, presidente e CEO da Agilent, disse que 
“a aquisição da Dako, a maior na história da Agilent, 
é mais um passo na expansão de nossos negócios em 
biociências. A incorporação da Dako e de seu portfólio 
irá contribuir para o crescimento da Agilent em diversas 
áreas de diagnósticos, como também fortalecer nossas 
atuais linhas de produtos”. 
“Agilent e Dako dispõem de alguns dos melhores talen-
tos e tecnologias do mundo”, disse Lars Holmkvist, CEO da 
Dako. “Ao combinar recursos, acreditamos que as nossas 
duas empresas irão se beneficiar, assim como nossos con-
sumidores e funcionários. Eu tenho grande confiança em 
relação ao que seremos capazes de realizar juntos”. 
Concomitante à aquisição, Agilent criou uma quarta 
divisão de negócios, o Grupo de Diagnósticos e Genoma. A 
nova organização é composta pela Dako, liderada por Lars 
Holmkvis, e a Divisão de Soluções Genômicas, liderada por 
Bob Schueren, vice-presidente e gerente geral do grupo de 
genoma da Agilent. O Grupo de Diagnósticos e Genoma irá 
se reportar diretamente a Bill Sullivan.
A Dako é uma das principais fornecedoras mundiais de 
sistemas para o diagnóstico de câncer, fornecendo anticor-
pos, reagentes, instrumentos científicos e software para 
laboratórios de patologia. 
AgIleNt CompletA AquIsIção dA dAko, empresA dINAmArquesA de dIAgNóstICos de CâNCer
Este é mais um passo na expansão dos negócios da empresa em biociências
INCA ApoNtA que 37% dos CAsos de CâNCer dopAís 
prevIstos pArA este ANo são relACIoNAdos Ao tAbAgIsmo
Levantamento mostra ainda que os homens brasileiros podem perder até dez 
anos de vida por conta de tumores malignos causados pelo uso do cigarro
tabaco-relacionados para esse ano.
“O país já alcançou muitos avanços 
na luta contra o tabagismo, mas o 
número de casos novos relacionados 
ao fumo é preocupante. É preciso re-
gulamentar definitivamente a lei dos 
ambientes 100% livres do tabaco e 
dar mais um grande passo em prol da 
saúde dos brasileiros”, diz o diretor-
-geral do INCA, Luiz Antonio Santini. 
Quando avaliados por região, os 
percentuais dos cânceres causados pelo 
tabaco, comparados com todos os casos 
novos para esse ano, ficam em 45%, 
nas mulheres e 34% nos homens do 
norte do país; 43% no sexo masculino e 
35% no feminino do sudeste; 40% nas 
mulheres e 35% nos homens do centro-
-oeste e, 35% do sexo masculino e 40% 
do feminino na região centro-oeste do 
país, conforme a tabela.
Outra conclusão alarmante do estu-
do do INCA é que se consideramos uma 
expectativa de vida até os 80 anos, os 
brasileiros podem perder até seis anos 
potenciais de vida e, as brasileiras, até 
cinco anos, devido a alguns tipos de 
câncer tabaco-relacionado. 
Apesar da queda significativa no 
número dos fumantes brasileiros, o 
percentual de mortalidade por cân-
cer tabaco-relacionado ainda é alto. 
O câncer de pulmão, por exemplo, 
é responsável por 37% das mortes 
por câncer na região sul, entre o 
sexo masculino. Nas outras regiões, 
também entre os homens, esse tipo 
de tumor é responsável por 30% da 
mortalidade por câncer. 
Entre as mulheres, na região sul, 
o tumor de pulmão é o que mata mais 
dentre todos os cânceres: 24%. O 
câncer de cólon e reto, que também 
sofre influência do tabagismo, repre-
senta 20% das mortes por câncer na 
região sudeste.
Sexo Norte Nordeste Centro -Oeste Sudeste Sul
Masculino 34% 33% 35% 38% 43%
Feminino 45% 38% 40% 33% 35%
Cânceres causados pelo tabaco comparados com todos os casos novos 2012 — Divisão de Informação INCA
O Dia Mundial Sem Tabaco de 
2012, no Brasil, foi marcado pelo 
tema “Fumar: faz mal pra você, faz 
mal pro planeta”. O mote foi adaptado 
da proposta da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) para a realidade do 
país enfocando os danos causados 
pela cadeia de produção do tabaco e 
os malefícios à saúde da população. 
O Instituto Nacional de Câncer José 
Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão 
veiculado ao Ministério da Saúde, em 
recorte especial das estimativas de 
câncer para 2012, aponta que 37% 
dos casos da doença podem estar 
relacionados ao tabagismo.
Apesar de ser a primeira vez que 
o país registra menos de 15% na pre-
valência de fumantes, de acordo com 
as informações do Vigitel (pesquisa 
telefônica do Ministério da Saúde), 
o INCA alerta para os percentuais 
estimados de casos novos de câncer 
NewsLab - edição 113 - 201232
Por meio de uma simples coleta de sangue de pacientes 
com câncer poder antever se determinado tipo de tratamento 
trará ou não a resposta mais eficaz para cada caso. Este é o 
objetivo de pesquisadores do Hospital A.C.Camargo responsá-
veis por estudo sobre o papel das células tumorais circulantes 
na evolução e estabelecimento do potencial de agressividade 
da doença. Liderado pelo patologista e diretor de Anatomia 
Patológica, Fernando Augusto Soares, o estudo reúne também 
o diretor de Oncologia Clínica, Marcello Fanelli e a pesquisadora 
Ludmilla T. Domingos Chinen. 
Inédita no Brasil, a análise dos níveis de células tumorais 
circulantes teve seus primeiros relatos feitos ao longo dos 
últimos anos por pesquisadores norte-americanos e europeus. 
O projeto brasileiro está sendo financiado pela FAPESP, que 
está investindo 700 mil reais até maio de 2014. 
A meta do A.C.Camargo é realizar ao longo dos próximos 
dois anos a contagem das CTCs de 230 pacientes a serem 
atendidos no Ambulatório de Oncologia Clínica, sendo 100 
com diagnóstico de câncer colorretal, 100 com câncer de 
pulmão e outros 30 com câncer de pâncreas. Acredita-se que 
a disseminação do câncer necessita da presença de CTCs. 
“Quanto mais células tumorais circulantes no sangue, pior é 
o prognóstico”, destaca Marcello Fanelli. 
Participarão pacientes a partir de 18 anos com doença 
localmente avançada ou doença metastática confirmada por 
análise patológica e/ou radiológica e também pacientes que 
iniciarão quimioterapia de primeira linha para doença metastá-
tica e com extensão da doença determinada por exame físico 
e por imagem. Não serão incluídos pacientes com histórico 
prévio de outro câncer nos últimos dois anos. 
Em caráter prospectivo, o estudo será realizado por meio 
de coleta de sangue de pacientes com tumores sólidos me-
tastáticos ou localmente avançados, tendo como controle ne-
gativo o sangue de indivíduos sadios e como controle positivo 
amostras de sangue com células tumorais de cólon mantidas 
em cultura. O sangue dos pacientes será coletado em três 
tempos, sendo o primeiro antes do início do tratamento sis-
têmico (quimioterapia, terapêutica hormonal, terapias-alvo, 
dentre outras), a segunda etapa três a quatro semanas após 
o início do tratamento e a terceira se repetindo a cada nove 
ou 12 semanas, dependendo do tratamento. 
Será utilizado pelos pesquisadores do A.C.Camargo o siste-
ma Ariol, que faz a separação celular por pérolas magnéticas e 
as identifica por meio de anticorpo anticitoqueratina, fazendo 
a seleção negativa com anti-CD45 (separação de leucócitos). 
Além disso, será usado o ISET (Isolation by Size of Epithelial 
Tumor Cells), um método direto de enriquecimento das células 
epiteliais por filtração. “A simplicidade proporcionada pelo ISET 
evita a perda de células raras em múltiplos passos de isola-
mento. Após isoladas, as CTCs podem ser caracterizadas, por 
exemplo, por imunocitoquímica, FISH ou análise molecular”, 
afirma Ludmilla Chinen. 
De acordo com os pesquisadores, o protocolo visa estabe-
lecer se a metodologia de contagem de CTCs poderá ajudar 
a nortear o tratamento de diferentes maneiras. “Queremos 
correlacionar os níveis de CTCs com exames de imagem e 
poder afirmar se com a informação gerada o clínico poderá 
melhor determinar se uma terapia específica está funcionando 
ou não”. Ainda segundo eles, existe a meta de levar à dimi-
nuição de exames de imagem, que são onerosos e cansativos 
e, para tanto, apenas fazer o acompanhamento dos pacientes 
pelos níveis de CTCs. Por fim, pela observação da expressão de 
marcadores/genes nas CTCs e sua correlação com a expressão 
nos tumores, os pesquisadores querem chegar à conclusão 
sobre qual é o tipo de terapia mais eficaz para cada paciente, 
levando a uma individualização inteligente do tratamento.
A Roche realizou por meio de WebMeeting uma palestra 
sobre medicina diagnóstica com o tema: “Aplicações de novos 
parâmetros hematológicos na prática clínica”, ministrada pela 
Dra. Helena Zerlotti Wolf Grotto, médica do Departamento de 
Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Uni-
camp. Na ocasião, participaram 190 médicos e foram mais 
de 759 acessos. Os temas abordados foram sobre situações 
clínicas, onde parâmetros adicionais ao hemograma padrão, 
como a porcentagem de hemácias hipocrômicas, o número de 
hemácias fragmentadas e o volume plaquetário médio, podem 
agregar valor ao diagnóstico e monitoramento de pacientes 
com doenças hematológicas. 
A divisão de medicina diagnóstica do Grupo tem como 
premissa buscar excelência em todas as ações que realiza, 
sejam com seus parceiros, clientes, pacientes e disponibilizar 
conteúdo educativo gratuito faz parte destas ações. O Roche 
Online é um site voltado à educação continuada de profis-
sionais de saúde e existe desde 2008, em que já recebeu 
40.463 acessos, sendo 61% por médicos. 
ARoche Diagnóstica traz soluções que acompanham as ne-
cessidades do mercado para otimizar o tempo dos profissionais 
de saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Em 2011, assumiu 
a liderança do mercado de hematologia no País, segundo dados 
apresentados no Relatório da Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL), ou seja, um terço de todos os clientes do 
Brasil está sendo atendido pela linha de hematologia do Grupo. 
A.C.CAmArgo CAçA CélulAs Após ColetA de sANgue 
pArA ANteCIpAr suCesso de terApIAs CoNtrA o CâNCer
Pesquisadores receberam financiamento da FAPESP para analisar 
os níveis de células tumorais circulantes no sangue 
roCHe ofereCe pAlestrAs de medICINA dIAgNóstICA pArA profIssIoNAIs dA sAúde
Líder do mercado diagnóstico de hematologia no Brasil, companhia 
oferece conteúdo via WebMeeting ao vivo
NewsLab - edição 113 - 201234
Com o tema “Impactos da incorporação de novas 
tecnologias para a evolução do diagnóstico”, os pales-
trantes Daniela Camarinha (sócia proprietária da You 
Care), Liliana Perez (presidente da CBDL – Câmara Bra-
sileira de Diagnóstico Laboratorial) e Dr. Stephen Stefani 
(presidente do capítulo Brasil da International Society 
of Pharmacoeconomics and Outcome Research - ISPOR) 
discutiram durante o 39° Congresso Brasileiro de Análises 
Clínicas, realizado no Rio de Janeiro de 01 a 04 de julho, os 
desafios da incorporação de novas tecnologias no Brasil. 
A mesa redonda contou com uma explanação geral so-
bre o cenário do Brasil, os aspectos fármaco-econômicos 
e a visão das operadoras de saúde nesse processo. O 
foco foi dado junto ao mercado privado da saúde, repre-
sentado hoje por aproximadamente 23% da população 
brasileira, porém concentrando mais de 50% do volume 
investido em saúde. 
O encontro teve como objetivo principal sensibilizar 
os principais players do mercado quanto a importância no 
processo de incorporação de novas tecnologias em saúde 
apontando a quantidade crescente de novas drogas e 
exames de diagnóstico in vitro que serão disponibilizados 
no Brasil em breve e os desafios a serem percorridos 
para que o público final tenha acesso e possa usufruir 
dos benefícios. 
Liliana Perez traçou um panorama geral das políticas 
públicas de saúde no Brasil e defendeu a adoção de uma 
medicina mais focada nas necessidades de cada paciente. 
“Se faz cada vez mais necessária a aplicação da medicina 
personalizada, isto é, buscar a solução correta para a pes-
soa certa”, afirmou Liliana. A presidente da CBDL reforçou 
o ganho do setor com a criação do QUALISS (Programa de 
Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços 
na Saúde Suplementar) que tornará transparente a qua-
lidade da rede prestadora e o importante papel da ANS 
(Agência Nacional da Saúde) e da CONITEC (Comissão 
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). 
Em contrapartida, o Dr. Stephen Stefani debateu sobre 
o potencial conflito de interesses entre as partes envolvi-
das neste processo, os estudos fármaco-econômicos e as 
barreiras de entrada de um novo tratamento. Segundo o 
médico, “é necessário que o Brasil siga exemplos de países 
como os EUA e Inglaterra e defina o critério de custo-
-efetividade a ser adotado no país, valor atribuído para 
buscar equidade de acesso a novas tecnologias, aliado ao 
desfecho clínico e impacto orçamentário propiciado pela 
droga ou teste laboratorial”. 
Daniela Camarinha finalizou a discussão enfatizando 
a criação de uma competição baseada no valor para o 
paciente, o envolvimento dos participantes do setor para 
a cocriação de valor conjunta e a mensuração e comuni-
cação de todas essas oportunidades e investimentos junto 
às fontes pagadoras. Em sua opinião, algumas estratégias 
são necessárias para otimizar os modelos de saúde, como 
a redução do custo da doença, a maior integração entre 
os laboratórios e o setor clínico, a busca por desempenhos 
na valorização dos clientes e uma gestão mais focada na 
inovação. “É preciso uma maior abertura para formar 
alianças estratégicas entre os prestadores e a indústria, 
além de uma gestão baseada em evidências”, concluiu.
Ao final das apresentações foi promovido um debate 
entre o público presente e os palestrantes. O evento 
contou com a presença de representantes da indústria 
de diagnósticos, de laboratórios clínicos e das sociedades 
médicas. Estiveram presentes o Dr. Irineu Grinberg (Presi-
dente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas) e o Dr. 
José Carlos Barbério (Membro da comissão do Sindhosp).
mesA-redoNdA ApoNtA os desAfIos pArA A INCorporAção 
de NovAs teCNologIAs NA áreA dA sAúde
O foco foi o mercado privado da saúde, que representa 23% da população brasileira, 
porém concentra mais de 50% do volume investido em saúde
Dr. Stephen Stefani, 
Liliana Perez e Daniela 
Camarinha
NewsLab - edição 113 - 201238
Durante o 46º Congresso Brasileiro de Patologia Clí-
nica/Medicina Laboratorial será lançada a “Diretriz para 
a Gestão e Garantia da Qualidade de Testes Laboratoriais 
Remotos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/
Medicina Laboratorial”. 
O trabalho é assinado por vários especialistas, que 
apresentam as aplicações de TLR nas diferentes áreas 
clínicas, suas vantagens e desvantagens e o contexto sob 
a ótica da RDC 302 e a Norma do Programa de Acreditação 
de Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML.
“A obra é resultado de extensa pesquisa bibliográfica 
realizada pelos autores e descreve o estado-da-arte em 
relação ao tema”, explica o diretor 
científico da SBPC/ML, Nairo Su-
mita, coautor e coordenador da 
publicação.
O lançamento acontece 
durante o 46º Congresso 
da SBPC/ML, em Salvador. 
O livro será distribuído 
gratuitamente e conta 
com o apoio de Roche e 
Radiometer.
A ABIIS, Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em 
Saúde é uma união de três entidades representativas do 
segmento de produtos e equipamentos médico-hospita-
lares e de diagnóstico in vitro: Associação Brasileira da 
Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos 
e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Asso-
ciação Brasileira de Importadores e Distribuidores de 
Implantes (Abraidi) e Câmara Brasileira de Diagnóstico 
Laboratorial (CBDL). 
Juntas, as associações somam cerca de 400 empre-
sas atuantes na produção, importação, exportação e 
distribuição de produtos e equipamentos médicos para 
diagnóstico, prevenção e tratamento em saúde. Esses 
produtos, entre máquinas de raio-X, marca-passos, stents 
e kits e reagentes para diagnóstico, representam 7% do 
total de gastos com saúde no país. 
De acordo com o seu presidente, Carlos Eduardo 
Gouvêa, a ABIIS tem como objetivos a parceira com o 
Governo Federal e a colaboração com os novos proce-
dimentos adotados pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) para garantir o acesso da população 
a tecnologias médicas inovadoras. 
Gouvêa explica que esta aliança pretende expandir 
sugestões de políticas públicas, mobilizando também 
agentes da esfera privada para que o Brasil invista em 
pesquisa, desenvolvimento, produção local e comerciali-
zação de novas tecnologias que sejam estratégicas para 
o país, sem se descuidar do importante papel exercido 
pelos produtos importados de alta tecnologia - essenciais 
para o sistema. “A intenção da ABIIS é frisar a relevân-
cia de um setor tão importante para a saúde, mas ainda 
altamente desconhecido”, ressalta.
Mercado Brasileiro de Saúde - De acordo com estima-
tivas, o Brasil gasta anualmente mais de R$ 270 bilhões em 
saúde. Deste total, 45% são custeados pelo sistema público. 
As entidades e empresas congregadas pela ABIIS, juntas 
representam 0,6% do PIB brasileiro e possuem um fatura-
mento estimado em R$ 12,2 bilhões. Esse grupo fomenta, 
indiretamente, mais de 11 mil empresas, as quais, por sua 
vez, geram mais de 100 mil postos detrabalho com salários 
acima da média nacional. 
Suas exportações representam mais do que 25% de 
todo o setor médico nacional. E recolhem contribuições 
superiores a R$ 3 bilhões em impostos e atendem a 60% 
do mercado de produtos médicos no Brasil. 
As empresas associadas à nova entidade realizam in-
vestimentos acima da casa dos 10% de seus faturamentos 
em Pesquisa e Desenvolvimento, Inovação Incremental e 
Educação Continuada. Outros 12% do faturamento são 
aplicados em políticas de pós-venda, como instalação, as-
sistência técnica, manutenção, capacitação e treinamento.
As importações, que somaram US$ 7,7 bilhões para o 
mercado de saúde em 2011, viabilizaram o fornecimento 
de produtos inovadores e mais competitivos ao mercado 
nacional. Grande parte deste volume são produtos sem 
escala para fabricação local ou com tecnologia ainda in-
disponível no país. Este cenário demonstra, portanto, que 
a viabilidade do sistema de saúde nacional e a ampliação 
do acesso à saúde dependem da complementaridade da 
produção local e da importação.
eNtIdAdes do setor sAúde CrIAm AlIANçA 
pArA INovAção e deseNvolvImeNto de teCNologIAs médICAs
As entidades e empresas congregadas pela ABIIS possuem 
um faturamento estimado em R$ 12,2 bilhões
sbpC/ml lANçA dIretrIz de tlr No 46º CoNgresso
NewsLab - edição 113 - 201240
O Ministério da Saúde (MS) vai 
investir R$ 15 milhões em terapia 
celular em 2012. A maior parte do 
recurso (R$ 8 milhões) será voltada 
para concluir a estruturação de oito 
Centros de Terapia Celular, que ficarão 
responsáveis pela produção nacional 
de pesquisas com células-tronco. 
Atualmente, grande parte dos insu-
mos utilizados nas pesquisas com 
células-tronco realizadas no Brasil são 
importados. Os outros R$ 7 milhões 
serão aplicados em editais de pesqui-
sa abertos ainda este ano. 
Os oito Centros de Tecnologia 
Celular estão localizados em sete mu-
nicípios do país: três na Universidade 
de São Paulo na capital paulista, um 
na USP de Ribeirão Preto, um na Uni-
versidade do Rio Grande do Sul, um 
na Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um 
no Instituto Nacional de Cardiologia do 
Rio de Janeiro e um no Hospital San 
Rafael, em Salvador, este em parceria 
com o Centro de Pesquisa Gonçalo 
Muniz (CPqGM/Fiocruz Bahia).
Com esta ação, o governo quer 
ampliar o uso da medicina regenera-
tiva na recuperação de pacientes do 
Sistema Único de Saúde (SUS), em 
tratamentos como regeneração do 
coração, movimento das articulações, 
tratamento da esclerose múltipla. 
“O know how de produção de suas 
próprias células-tronco, embrionárias 
e adultas, vai baratear as pesquisas 
na área e possibilitar a produção em 
escala para uso comercial”, explicou 
o secretário de Ciência, Tecnologia e 
Insumos Estratégicos do MS, Carlos 
Gadelha. “A intenção é tornar esses 
centros aptos a subsidiar hospitais 
públicos e privados na recuperação de 
órgãos de pacientes”, afirma. 
A terapia celular ainda não é re-
conhecida pelo Conselho Federal de 
Medicina e o uso em pacientes só é 
permitido no âmbito das pesquisas 
clínicas. A exceção é o uso das células-
-tronco derivadas da medula óssea 
humana, que já vêm sendo empre-
gadas com sucesso no tratamento de 
pacientes com hematológicas, como 
leucemias e anemias. 
Três – o de Curitiba, o de Salvador 
e o de Ribeirão Preto – dos centros já 
estão em atividade com recursos do 
Ministério da Saúde. Os outros cinco 
estão em fase de construção. O mais 
avançado é o da PUC Paraná, que 
tem pesquisas concluídas, já produz 
células-tronco adultas e aguarda 
autorização da Anvisa para ampliar 
a produção para escala comercial. Já 
deu suporte a cinco pesquisas clínicas 
envolvendo 80 pacientes cardíacos. 
Alguns dos pacientes voluntários nas 
pesquisas do centro da PUC Paraná 
tinham anginas intratáveis que lhes 
impossibilitavam de fazer qualquer 
esforço físico, mas, com o tratamento, 
tiveram seus corações recuperados 
e hoje têm vida normal, com prática 
constante de atividade física. O centro 
já começou a produzir célula-tronco 
para uso em cartilagem, os chama-
dos condrócitos, e aguarda liberação 
do Conselho Nacional de Ética em 
Pesquisa (Conep) para realizar pes-
quisas envolvendo a regeneração de 
articulações de joelho e do quadril. A 
USP de Ribeirão Preto está desenvol-
vendo pesquisas na área de diabetes. 
No Hospital San Rafael, em Salvador, 
os estudos são em traumatismo de 
medula óssea e fígado. 
Para saber mais:
www.fiocruz.br
A terapia celular ainda não é reconhe-
cida pelo Conselho Federal de Medicina 
e o uso em pacientes só é permitido no 
âmbito das pesquisas clínicas
PUC Paraná já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa 
para ampliar a produção para escala comercial
mINIstérIo dA sAúde vAI INvestIr r$ 15 mIlHões em oIto CeNtros de teCNologIA CelulAr 
O Fleury Medicina e Saúde conquistou a acreditação 
do American College of Radiology (ACR) em mais um 
serviço, a biópsia estereotáxica mamária da Unidade 
Paraíso, localizada na capital paulista. Esse procedi-
mento diagnóstico é empregado na investigação de 
câncer de mama, entre outras indicações. Em outubro 
de 2011, o Fleury recebeu a primeira acreditação dessa 
entidade, para o serviço de Mamografia da Unidade 
Itaim, também em São Paulo. “É uma acreditação 
importante, que só nos traz a certeza da excelência e 
da qualidade de nossos processos e produtos”, afirma 
a diretora executiva médica, Jeane Tsutsui. 
O ACR é um órgão americano que certifica a confor-
midade dos serviços com boas práticas em processos de 
exames de imagem. Desde 1987, a ACR acreditou mais 
de 20 mil instalações, incluindo mais de 10 mil práticas 
em 10 modalidades diferentes de imagem. 
A Área Técnica Central do Fleury Medicina e Saúde, 
localizada em São Paulo, também possui a acreditação do 
College of American Pathologists (CAP), outro importante 
selo internacional de conformidade com boas práticas 
de medicina diagnóstica.
fleury reCebe ACredItAção INterNACIoNAl pArA bIópsIA de mAmA
NewsLab - edição 113 - 201242
Ligado ao Instituto de Biociências 
(IB) da USP, o Centro de Estudos 
do Genoma Humano (CEGH) possui 
um dos maiores bancos de dados de 
doenças genéticas raras do Brasil – 
cerca de 80 mil pacientes já foram 
atendidos desde a fundação, em 
2000. Até o ano passado, no entanto, 
as informações estavam dispersas 
em formatos diferentes, o que difi-
cultava o acesso pelos pesquisadores 
e consumia tempo desnecessariamente.
Para resolver o problema, o centro firmou uma par-
ceria com o Grupo de Modelagem de Banco de Dados, 
Transações e Análise de Dados (DATA Group), do Insti-
tuto de Matemática e Estatística (IME) e do Centro de 
Bioinformática da USP. Juntos, desenvolveram ao longo 
de cinco anos um software que possibilitará armazenar 
os dados clínicos e informações genômicas e de testes 
moleculares realizados nos pacientes.
Assim, o CEGH terá nas mãos um dos maiores ban-
cos de dados de doenças genéticas raras da população 
brasileira, especificamente de doenças neuromusculares, 
malformações congênitas, de déficit cognitivo, surdez, 
obesidade de causa genética e doenças de comporta-
mento. Dentre estas últimas inclui-se o autismo, que ao 
contrário das demais, não é raro. 
Outra função importante será abarcar dados de 
células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras 
do Brasil, que já contém mais de 300 amostras.
Já em implementação, o programa facilitou o acom-
panhamento e a seleção de pacientes para as pesquisas 
sobre doenças genéticas. Agora os pesquisadores têm 
controle sobre o fluxo de exames clínicos e moleculares 
realizados pelo CEGH.
Pacientes - Ao reconhecer o caráter genético das 
doenças que possuem, os pacientes podem, em alguns 
casos, buscar tratamento oupensar na prevenção para 
os descendentes. 
O encaminhamento ao CEGH é normalmente feito 
pelos médicos. Após chegar ao centro, o paciente passa 
pela bateria de exames. 
Em grande número e repletos de detalhes, esses exa-
mes são feitos em etapas e em baterias de 10 a 30 de cada 
vez, para reduzir os custos. Incluem coletas de sangue do 
paciente e familiares para análise do DNA e elaboração do 
laudo. Pelo software, médicos e geneticistas ficam sabendo 
das informações cadastradas pelos técnicos responsáveis 
pelo exame e passam orientações para a realização. 
“Cada grupo dentro do cen-
tro tinha uma maneira diferente 
de controlar esse fluxo. Agora 
estamos tentando unificar os 
métodos”, explica Maria Rita 
Passos-Bueno, responsável pelo 
grupo de estudos de autismo e 
anormalidades craniofaciais no 
CEGH.
“Também podemos acessar os 
dados remotamente. Isso facilita, 
inclusive, para o intercâmbio de dados com outras ins-
tituições, inclusive fora do Brasil”, completa.
Além da vantagem financeira – o software é livre e 
gratuito –, desenvolvê-lo especialmente para o CEGH 
garante a cobertura de demandas específicas do grupo. 
Os pesquisadores do DATA Group precisaram desenvol-
ver soluções para controle do fluxo de exames e integrar 
dados de pacientes e familiares, de modo a facilitar o 
acesso pelos geneticistas. 
“A partir de agora, o sistema irá evoluir na parte 
analítica dos dados e na integração das informações 
existentes com as de células-tronco de pacientes com 
doenças genéticas raras”, diz João Eduardo Ferreira, 
professor do IME e coordenador do DATA Group.
De acordo com o CEGH, também é necessário ace-
lerar o acréscimo de dados pertencentes a pacientes 
antigos – a coleta de amostras é feita desde 1970, 
antes mesmo de o centro existir. “Uma pessoa que nos 
procura agora pode ter um parente que fez exame aqui 
muitos anos atrás. Esse é um dado importante para 
a terapia. Recuperar rapidamente as informações é 
essencial para deixar o processo mais dinâmico”, diz a 
professora Maria Rita.
Para o segundo semestre, o objetivo é aumentar o 
número de exames que podem ser acompanhados pelo 
novo programa.
Pesquisadores de ambos os grupos concordam que 
um dos maiores desafios foi superar as dificuldades de 
comunicação entre as áreas. Nem sempre a demanda de 
um lado pode ser atendida pelo outro. “Essa necessida-
de de cooperação, no entanto, é requisito fundamental 
para o sucesso das pesquisas na área de computação, 
medicina e biologia nos próximos anos”, aponta Ferreira.
Para saber mais:
http://genoma.ib.usp.br/
Ime e Ib uNem-se pArA CrIAr bANCo de dAdos dIgItAl de doeNçAs geNétICAs
NewsLab - edição 113 - 201246
Com pouco mais de 10 dias de vida, Samuel Borges, dois anos, foi diagnosticado com atresia pulmonar – cardiopatia congênita cianótica rara. 
Com apenas 17 dias ele saiu de Boa Vista (RR), em 
uma UTI aérea e viajou por quase 12 horas para 
passar por uma cirurgia de correção da obstrução 
da abertura entre a artéria pulmonar e o ventrículo 
direito, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia 
(IDPC), em São Paulo. Apesar do sucesso da cirurgia, 
a vida do pequeno paciente não seria mais a mesma. 
Desde então, ele precisa medir frequentemente a es-
pessura do seu sangue. 
Com o CoaguChek® da Roche – um sistema de 
monitorização da coagulação do sangue no qual em 
poucos minutos o paciente obtém o resultado do INR 
e com isso tem a certeza de que está tomando a dose 
correta do medicamento, diminuindo muito a ocorrên-
cia de complicações como eventos tromboembólicos e 
hemorragia –, o garoto é levado a São Paulo a cada 
três meses pela avó Fátima Chacon Borges, 60 anos.
O principal benefício que o aparelho oferece hoje 
a Samuel é a qualidade de vida e conforto, já que ao 
invés da punção venosa é possível realizar o teste 
com uma gota de sangue através de uma punção 
capilar, menos dolorida para o garoto. E é justamen-
te este o maior foco da Roche quando investe em 
pesquisa e desenvolvimento. Mais do que propiciar 
qualidade de vida a milhares de pacientes, quando 
viabiliza seus testes diagnósticos, a empresa visa, 
em algumas situações mais graves, salvar a vida de 
muitas pessoas. “A principal motivação da Roche 
Diagnóstica é o fato de acreditarmos que podemos 
ajudar a melhorar vidas. Queremos, no tempo mais 
curto possível, que o paciente tenha sua condição de 
saúde restabelecida”, afirma Lorice Scalise, diretora 
da Roche Professional Diagnostics (RPD). 
Se não tivesse adquirido o CoaguChek®, a enfermei-
ra Carolina V. Gianvecchio, 30 anos, que mora em São 
José dos Campos (SP), também teria que se deslocar 
até São Paulo, pelo menos uma vez por mês, para medir 
o nível de coagulação do seu sangue. Aos três anos, 
foi diagnosticada com uma estenose valvar aórtica. E 
por causa disso, passou por duas cirurgias. A última, 
em 2011, trocou uma válvula biológica do coração por 
uma metálica. A maneira encontrada para minimizar 
as idas e vindas à capital, foi a compra do CoaguChek. 
Ela conta que colhe o sangue e envia o resultado por 
e-mail para sua médica, que a auxilia na indicação 
da dosagem correta do medicamento anticoagulante.
Deste benefício usufrui a dona de casa Lucy A. 
Canzi, 65 anos. Desde o final do ano passado ela não 
precisa mais sair de casa para saber como está a 
coagulação do sangue. “Como paciente achei de uma 
tranquilidade imensa. Afinal, é sofrível na minha ida-
 Anualmente investimos cerca de 20% 
do nosso faturamento global em pesquisa 
e desenvolvimento em inovação de 
solução de diagnóstico e terapias , 
Pedro Gonçalves, 
presidente da Roche Diagnóstica.
Di
vu
lg
aç
ão
 R
oc
he
47NewsLab - edição 113 - 2012
Solidez no diagnóstico
Testes que proporcionam qualidade de vida a milhares de pacientes
Antes do uso 
do aparelho 
Coaguchek, o 
pequeno Samuel 
era segurado por 
cinco enfermeiras. 
Hoje, o exame é 
rápido e prático
Gu
to
 M
Ar
qu
eS
NewsLab - edição 113 - 201248
de ter a obrigação de ir de 15 em 15 dias ao 
laboratório. Amo este aparelho e indico para 
todo mundo”, afirma. 
Em todos os exemplos acima, o ganho dos 
pacientes é poder viver com maior qualidade 
de vida. Mas há, ainda, os casos de doenças 
mais graves como os cânceres de pele (me-
lanoma metastático), colorretal e de pulmão, 
nas quais os benefícios podem representar 
maior sobrevida do paciente.
 
Novos testes diagnósticos
Para identificar mutações genéticas, a Ro-
che possui hoje alguns inovadores exemplos 
de marcadores oncológicos como o BRAF, 
KRAS e EGFR, todos feitos na plataforma 
cobas® 4800. “Os resultados saem em apenas 
oito horas. E no câncer todo segundo é valido, 
às vezes é até pouco. Portanto, quanto mais 
rápido diagnosticar, mais o médico pode tomar 
uma decisão ágil sobre qual o tratamento ade-
quado”, explica Claudia Scordamaglia, gerente 
desses produtos na Roche. 
Mais recentemente, aconteceu o lança-
mento do teste para marcador tumoral HE4, 
de câncer ovariano, realizado na plataforma 
Elecsys. Apesar de pouco frequente, é um 
tumor ginecológico de difícil diagnóstico e 
cerca de 75% dos casos apresentam-se em 
estágio avançado, segundo dados do Insti-
tuto Nacional de Câncer (Inca). “A detecção 
precoce deste tipo de câncer é fundamental 
porque quando descoberto em fases I e II, a 
chance de cura pode chegar a 95%”, diz Wilson 
Tortorelli, gerente de produtos de bioquímica 
e de marcadores tumorais da Roche. 
Segundo ele, até então, a detecção era 
feita por meio da ultrassonografia transva-
ginal, mas além de ser mais caro, o exame 
aponta o tumor tardiamente. Depois surgiu o 
Ca125, mas ainda acontecem falsos-negativos

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