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CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
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Direito Administrativo 
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2 
 
 
 
S U M Á R I O 
 
1. Direito Administrativo ................................................................................ 3 
2. Fontes do Direito Administrativo ................................................................ 7 
3. Regime Jurídico Administrativo ............................................................... 11 
3.1 Princípio da legalidade ........................................................................... 13 
3.2 Princípio da impessoalidade ................................................................... 15 
3.3 Princípio da moralidade .......................................................................... 16 
3.4 Princípio da publicidade ......................................................................... 18 
3.5 Princípio da eficiência ............................................................................ 19 
3.6 Princípio da supremacia do interesse público ........................................ 20 
3.7 Princípio da indisponibilidade ................................................................ 21 
3.8 Princípio da autotutela ........................................................................... 22 
3.9 Princípio da razoabilidade e proporcionalidade ...................................... 22 
3.10 Princípio da continuidade ..................................................................... 23 
3.11 Princípio da segurança jurídica ............................................................ 23 
4. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 25 
5. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 97 
6. GABARITO .............................................................................................. 126 
 
 
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Direito Administrativo 
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3 
 
1. Direito Administrativo 
 
O Direito é concebido como ramo da ciência criado pelo 
homem na medida em que regras e normas não estão dispostas na 
natureza no sentido de serem observadas e, assim, empreender uma 
padronização. Por isso, se diz que o Direito é essencialmente criação 
humana. Sendo, no entanto, uno. 
 
Contudo, para efeito de estudo, pensamento que de 
certo modo já está ultrapassado, pois modernamente tem-se a 
concepção de que emana de uma só fonte, da Constituição, divide-se 
em dois ramos: o direito público e o direito privado. 
 
Com efeito, nessa linha de pensamento, o direito privado 
seria encarregado de regular as relações em que os sujeitos atuem 
preponderantemente em igualdade de condições, ainda que, em certas 
ocasiões, haja certa proteção para um dos lados. Cuida-se, portanto, 
de relações de interesses privados, sendo exemplo o Direito Civil, 
Empresarial etc. 
 
O Direito Público, por outro lado, estaria encarregado de 
reger as relações envolvendo especialmente o Estado, quando agindo 
com supremacia, superioridade, a fim de preservar e realizar o 
interesse público, tendo como exemplo o Direito Administrativo, 
Tributário, Econômico etc. 
 
Assim, podemos dizer que o Direito Administrativo 
seria um dos ramos do direito público que tem por objeto a 
função administrativa e os entes ou entidades que exercem tal 
função. 
 
Mas nem tudo é tão simples assim. Desse modo, até para 
compreendermos melhor essa definição, é preciso entender os critérios 
que nortearam e norteiam a definição do direito administrativo 
enquanto ciência do direito. 
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4 
 
Nesse sentido, vejamos alguns critérios: 
 
 Escola legalista 
 Critério do Poder Executivo 
 Escola do Serviço Público 
 Critério das relações Jurídicas 
 Critério Teleológico 
 Critério negativo ou residual 
 Critério distintivo entre atividade jurídica e social do 
Estado 
 Critério da Administração Pública 
 
 
A Escola ou Critério Legalista (surgiu após 
Revolução de 1789), também conhecida como Exegética, Francesa, 
Clássica, Empírica ou Caótica entendia que o direito administrativo se 
resumia às leis e normas administrativas, negando-lhe o caráter 
científico, ou seja, traduzindo-se em mera compilação de leis que 
cuidassem da organização ou atuação do Estado no campo 
administrativo. 
 
A Escola ou Critério do Poder Executivo entendia que 
o Direito Administrativo tratava do Poder Executivo. Significa dizer que 
o direito administrativo seria restrito a atuação do Poder Executivo. 
 
Para a Escola do serviço público (Escola de 
Bordeaux) formada na França (início do século XX), tendo como 
expoentes Léon Duguit e Gaston Jéze, o Direito Administrativo seria 
definido como a realização dos serviços públicos (atendimento das 
necessidades coletivas pelo Estado), ou seja, seria o exercício de todo 
e qualquer atividade desempenhada pelo Estado. 
 
Segundo o critério das relações jurídicas o Direito 
Administrativo seria o conjunto de normas que regem as relações entre 
a Administração e os administrados. Otto Mayer, expoente dessa 
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5 
corrente, entendia que o direito administrativo compreendia o conjunto 
de regras que disciplinam as relações jurídicas entre a Administração 
Pública e os particulares. 
 
Para o Critério teleológico o Direito Administrativo 
seria o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade 
concreta do Estado para o cumprimento de seus fins, ou seja, seria a 
realização de atividade do Estado no sentido de empreender ações de 
utilidade pública. 
 
Ao se adotar o Critério negativo ou residual, o Direito 
Administrativo teria por objeto as atividades desenvolvidas para a 
consecução dos fins estatais, excluídas as funções legislativa e 
jurisdicional, ou pelo menos essa última atividade, ou seja, tratar-se-
ia de definir o Direito Administrativo excluindo-se algumas das 
atividades realizadas pelo Estado (legislativa, jurisdicional, e ainda as 
atividades de direito privado e patrimoniais). 
 
Por outro lado, sob o Critério da distinção entre 
atividade jurídica e social do Estado, o Direito Administrativo seria 
o ramo do direito público interno que regularia a atividade jurídica não 
contenciosa do Estado (sentido objetivo) e a constituição dos órgãos e 
meios de sua ação em geral (sentido subjetivo). 
 
E, finalmente, sob o Critério da Administração 
Pública, o Direito Administrativo seria o conjunto de princípios que 
regeria a Administração Pública. 
 
Na doutrina brasileira, há também uma diversidade de 
conceituação, não se podendoexatamente conceber uma ou outra 
escola, isoladamente. 
 
Para Hely Lopes Meirelles o “Direito Administrativo é 
o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os 
órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar 
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concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo 
Estado”. 
 
Para Di Pietro, o “Direito Administrativo é o ramo do 
direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas 
jurídicas administrativas que integram a Administração 
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os 
bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de 
natureza pública”. 
 
Na abalizada lição de Celso Antônio Bandeira de Mello, o 
“Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que 
disciplina o exercício da função administrativa, e os órgãos que 
a desempenham”. 
 
É possível, então, afirmar que a definição do Direito 
Administrativo poderá ser reduzida a três sentidos, qual seja: 
subjetivo, objetivo e formal. 
 
Com base no aspecto subjetivo, a Administração Pública 
é o conjunto de órgãos, entes e entidades, ou seja, conjunto de 
pessoas (entes, entidades e agentes) e órgãos que integram a 
Administração. Sob o objetivo, é o conjunto de atividades do Estado 
destinadas a atender o interesse público. E, no tocante ao aspecto 
formal, compreenderia o regime jurídico, ou seja, a atuação do Estado 
ou de quem lhe faça às vezes, submetido a regime especial, ainda que 
parcialmente. 
 
Para concluir, então, podemos conceituar o Direito 
Administrativo como ramo do direito público destinado a reger 
a organização administrativa do Estado e a realização de suas 
atividades no exercício da função administrativa, ainda que por 
meio de delegação, submetido a regime de direito público, 
mesmo que parcialmente. 
 
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2. Fontes do Direito Administrativo 
 
Sabendo, então, ser o Direito Administrativo uma ciência 
jurídica, é necessário destacar quais são as fontes (formais) de onde 
promana suas bases fundamentais, quer dizer de onde emana, de onde 
surge seus fundamentos. 
 
Desse modo, podemos indicar como fontes: a Lei, a 
Jurisprudência, a doutrina e os costumes. 
 
 Constituição 
 Direta (imediata) Lei Leis (LO, LC, LD, MP) 
 
 Fontes 
 (Próprias)* Decretos, Regulamentos etc 
 Jurisprudência 
 
Indireta (mediata) 
 
Doutrina 
 
 (Impróprias) 
Costumes 
 
 
 
A Lei deve ser entendida sob acepção ampla (bloco de 
legalidade), ou seja, a lei constitui todo o arcabouço normativo, 
englobando desde a Constituição, seus princípios expressos e 
implícitos, suas regras e valores, às Leis em sentido estrito (Lei 
Ordinária, Lei Complementar, Lei Delegada), Medidas Provisórias e 
demais espécies legislativas, assim como os regulamentos 
administrativos (Decretos, Regulamentos etc). 
 
É importante destacar que no Brasil, por aderir à 
corrente positivista, a principal fonte do direito é o ordenamento 
jurídico, ou seja, a Lei. 
 
Alguns autores ainda colocam os princípios gerais do 
direito como fonte principal a preencher eventuais lacunas, havendo, 
no entanto, os que entendem que se tratam de regras de integração. 
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A jurisprudência é proveniente de reiteração de 
julgamentos no mesmo sentido, sobre fatos ou matérias 
assemelhadas. Significa dizer que são os julgados dos Tribunais, em 
especial, do Supremo Tribunal Federal e demais Tribunais Superiores 
que adotam, de maneira repetida, reiterada, uma mesma decisão. 
 
Cito como exemplo uma jurisprudência do STF acerca 
de psicotécnico ter expressa previsão em lei e de observar o caráter 
objetivo. Veja: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO 
PÚBLICO. EXAME PSICOTÉCNICO. CRITÉRIOS 
OBJETIVOS. PREVISÃO LEGAL. NECESSIDADE DE 
REAPRECIAÇÃO DOS FATOS, DO MATERIAL 
PROBATÓRIO DOS AUTOS E DAS CLÁSULAS DO EDITAL. 
SÚMULAS 279 E 454/STF. INAPLICABILIDADE DA 
DENOMINADA “TEORIA DO FATO CONSUMADO”. 1. O 
acórdão do Tribunal de origem alinha-se à 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no 
sentido de que é válida a exigência de exame 
psicotécnico, para admissão por concurso público, 
com base em lei e em critérios objetivos (AI 
758.533-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes). 2. Hipótese 
em que, para dissentir do entendimento do Tribunal de 
origem, seria necessária a reapreciação dos fatos, do 
material probatório constantes dos autos e das cláusulas 
do edital do concurso. Incidência das Súmulas 279 e 
454/STF. 3. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento 
do RE 608.482-RG, sob a relatoria do Ministro Teori 
Zavascki, assentou ser inaplicável a denominada “teoria 
do fato consumado” na hipótese em que o provimento 
em cargo público se dá com fundamento em medida 
precária. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar 
a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega 
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provimento. (AI 695507 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO 
BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/05/2015, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-123 DIVULG 24-06-2015 
PUBLIC 25-06-2015) 
 
É possível, ainda, que a jurisprudência seja firmada pela 
Administração, denominada de jurisprudência administrativa, tal 
como as súmulas administrativas da AGU, das procuradorias estaduais, 
bem ainda pelos Tribunais de Contas, no exercício da função 
fiscalizatória das Contas Públicas. 
 
É importante ressaltar que excepciona essa regra as 
súmulas vinculantes e as decisões vinculantes do STF, isso 
porque, como o próprio nome indica, vinculam a Administração Pública, 
e, portanto, são de observância obrigatória, de modo que devem 
ser consideradas fontes diretas. 
 
Lei 11.417/2006 (Lei da Súmula Vinculante) 
Art. 2º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou 
por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, editar enunciado de súmula que, a 
partir de sua publicação na imprensa oficial, terá 
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, 
bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na 
forma prevista nesta Lei. 
 
Lei 9.868/99 (Lei da ADIn) 
Art. 28. 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou 
de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação 
conforme a Constituição e a declaração parcial de 
inconstitucionalidade sem redução de texto, têm 
eficácia contra todos e efeito vinculante em 
relação aos órgãos do Poder Judiciário e à 
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Administração Pública federal, estadual e 
municipal. 
 
Como exemplo de Súmulas Vinculantes de cunho 
administrativo, além de outras, vale destacar as seguintes: 
 
SÚMULA VINCULANTE 42 
É inconstitucional a vinculação do reajuste de 
vencimentos de servidores estaduais ou municipais a 
índices federais de correção monetária. 
 
SÚMULA VINCULANTE 43 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que 
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação 
em concurso público destinado ao seu provimento, em 
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido. 
 
A doutrina é o trabalho realizado pelos estudiosos do 
Direito Administrativo que se empenham em pesquisar os contornos 
dessa ciência jurídica e expor suas ideais e pesquisas (São os livros, 
as obras de direito administrativo etc). Deve-se entender, no entanto, 
que a doutrina não é vinculante, tratando-se de fonte auxiliar na 
solução dos casos administrativos. 
 
O costume deve ser entendido como regra aceita como 
obrigatória pela consciência geral e diuturnamente observada, sem que 
o Poder Público a tenha estabelecido (opinio necessitatis). 
 
É preciso, no entanto, esclarecer que o costume não 
derroga a regra positivada e deve ser utilizado de forma supletiva, ou 
seja, diante da omissão legislativa, e com restrições, eis que não se 
pode criar deveres, tampouco obrigações para o administrado por meio 
do costume simplesmente. 
 
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Quer dizer, o costume deve estar em conformidade 
com a Lei (secundum legem), não podendo ser contrário (contra 
legem) ou além da lei (praeter legem). 
 
Ou seja, o costume é conjunto de regras sociais, não-
escritas, observadas de forma generalizada e prolongada no âmbito de 
uma sociedade, que as consideras obrigatórias, diferente da praxe 
administrativa que é a reiteração de uma forma de atuar da 
Administração, ou seja, a prática procedimental administrativa 
desempenhada cotidianamente em determinadas situações. 
 
Fala-se ainda na analogia, cuja utilização ocorre com a 
finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos 
legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que 
regulem o caso concretamente apresentado. Mas, como se pode 
observar, a analogia não é forma é uma técnica de integração. 
 
3. Regime Jurídico Administrativo 
 
Ao iniciarmos o estudo do Direito Administrativo nos 
deparamos com a organização da Administração Pública. Assim, tais 
entes e entidades, órgãos e agentes, estão submetidos ao conjunto de 
normas que vai orientar toda a sua atuação. 
 
Como bem destaca a doutrina, as normas podem ser 
divididas em regras e princípios, que compõem o regime jurídico 
administrativo, ou seja, o conjunto de normas que regem a 
atividade administrativa e a administração pública. 
 
Nesse aspecto, vale estudar os princípios administrativos 
que se diferenciam das regras. 
 
Os princípios são comandos mais abstratos, gerais, 
quando em conflito (só aparente) se resolve pela ponderação de 
valores, já as regras ou se aplicam ou não se aplicam (os conflitos são 
resolvidos por critérios de intertemporalidade, tal como lei posterior 
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12 
revoga a anterior, lei especial afasta a geral etc), são menos abstratas 
e, em geral, tratam de situação específica. 
 
Com efeito, é importante sabermos que é a 
Constituição Federal que estabelece de forma expressa ou 
implícita os princípios fundamentais que orientam a 
Administração Pública. 
 
Os princípios administrativos, segundo o Prof. Carvalho 
“são os postulados fundamentais que inspiram todo o modo de 
agir da Administração Pública”. 
 
Para Diógenes Gasparini, os princípios constituem “um 
conjunto de proposições que alicerçam ou embasam um 
sistema e lhe garantem validade”. 
 
Como bem apontam Vicente Paulo e Marcelo 
Alexandrino, “os princípios são as idéias centrais de um sistema, 
estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido 
lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada 
compreensão de sua estrutura”. 
 
Com efeito, como disse, a Constituição prevê os 
princípios que orientam toda a Administração Pública, seja ela direta 
ou indireta, dos três poderes, da União, dos Estados, Distrito Federal e 
dos Municípios, ao prevê os denominados princípios (expressos) 
básicos da Administração Pública, sendo: Legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, conforme 
preconiza o art. 37, caput, assim expresso: 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
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13 
 
3.1 Princípio da legalidade 
 
O princípio da Legalidade, também chamado de 
legalidade administrativa, restrita ou estrita, expressa que a 
administração somente pode fazer o que a lei autoriza ou permite. 
 
É, consoante magistral lição de José Afonso da Silva, 
“princípio basilar do Estado Democrático de Direito”, “porquanto é da 
essência do seu conceito subordinar-se à Constituição e fundar-se na 
legalidade democrática. Sujeitar-se ao império das Leis”. 
 
Cuidado, pois, há a legalidade geral (ou princípio da 
autonomia da vontade) que permite aos particulares que se faça 
tudo que a lei não proíba, conforme prevê o art. 5º, inc. II, da CF/88, 
segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”. 
 
Todavia, ao administrador público somente cabe realizar 
o que a lei permita (atuação vinculada) ou autorize (atuação 
discricionária). 
 
É necessário distinguir o princípio da legalidade do 
princípio da reserva legal, sendo importante verificarmos qual o 
alcance da expressão lei no âmbito do princípio da legalidade 
administrativa (alcance da legalidade). 
 
Quanto ao seu alcance, o princípio da legalidade deve 
ser visto como respeito, submissão, à lei. No entanto, devemos 
entender aqui lei em sentido amplo, ou seja, qualquer ato normativo, 
desde a Constituição, passando pelos atos infraconstitucionais 
(espécies normativas do art. 59, CF/88), os tratados 
internacionais, até os atos infralegais (decretos, regulamentos, 
instruções normativas, regimentos e estatutos 
administrativos). 
 
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14 
Nesse aspecto, devemos considerar inclusive os 
princípios expressos e implícitos contidos na Constituição Federal, ou 
seja, não se exige apenas a observância da lei em sentido estrito. 
Deve-se observar o que se denomina bloco de legalidade, ou seja, 
não só a lei em sentido estrito, mas todo o ordenamento jurídico. 
 
Por isso, na atualidade, o princípio da legalidade tem sido 
chamado de princípio da jurisdicidade, na feliz expressão da Profa. 
Raquel Melo Urbano, na medida em que a Administração deve observar 
a lei e o Direito, conforme art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 9.784/99. 
 
Quanto à diferença entre legalidade e o princípio da 
reserva legal, devemos observar que este denota a ideia de 
necessidade de lei, no sentido formal, para dispor, regulamentar, 
certas matérias, conforme exigência constitucional. 
 
Por exemplo, ao servidor público é assegurado o direito 
à greve, nos termos e limites da lei. Assim, exige-se lei, em sentido 
estrito, a regular tal atividade. Quer dizer, que não poderá a matéria 
ser regulada por outro ato do poder público, senão por lei.
 
Quer dizer que determinados temas devem 
necessariamente ser regulamentos por meio de lei em sentido estrito. 
 
Ademais, vale lembrar que o princípio da legalidade tem 
representação para além do âmbito geral ou administrativo, há ainda 
o princípio da legalidade penal, da legalidade tributária etc. 
 
A propósito, em sintonia com o princípio da legalidade é 
possível destacar o princípio da finalidade, segundo o qual o 
administrador público deve observar em todos os seus atos o 
fim estabelecido pela lei, que é o atendimento ao interesse 
público. 
 
Com efeito, acaso o administrador pratique o ato não 
cuidando da finalidade pública incidirá em vício, denominado de desvio 
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15 
de finalidade, modalidade de abuso de poder, o que causa a 
nulidade do ato. 
 
Para alguns autores, o princípio da finalidade tem 
estreita sintonia com o princípio da impessoalidade. 
 
3.2 Princípio da impessoalidade 
 
O princípio da impessoalidade é visto sob duas 
vertentes. A primeira, no sentido de atuar visando o interesse 
público (finalidade), impedindo assim que a Administração atue 
de forma discriminatória ou beneficie alguém por critérios 
subjetivos, ou seja, que favoreça ou prejudique alguém por 
critérios pessoais. 
 
Nesse sentido, conforme bem destaca o Prof. Bandeira 
de Mello, o princípio da impessoalidade assumiria a faceta de 
princípio da isonomia, na medida em que a Administração deve 
proporcionar igualdade de condições e tratamento a todos os 
administrados. 
 
Noutra acepção, estabelece a vedação da 
promoção pessoal de agentes públicos ou autoridades 
administrativas, conforme preconiza o §1º do art. 37, CF/88, 
assim expresso: 
 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
Nesse aspecto, é bom esclarecer que os atos realizados 
pelos agentes públicos não são imputados a si mesmos, mas às 
pessoas jurídicas a que pertencem, ou seja, à Administração Pública 
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(princípio da imputação volitiva), conforme observamos na 
aplicação da teoria do órgão. 
 
Assim, quando o agente usa a máquina administrativa 
visando promoção pessoal (ex: prefeito que coloca suas fotos ou o 
nome de seus familiares em praças ou prédios públicos) deverá sofrer 
as sanções legais na medida em que não deve atuar em seu nome, 
mas em nome da coletividade, isto é, em nome da Administração 
Pública, que representa o interesse coletivo. 
 
Para Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade 
está relacionado ao princípio da finalidade, pois a finalidade se 
traduz na busca da satisfação do interesse público. 
 
A propósito, vale lembrar que o interesse público se 
subdivide em primário (interesse coletivo) e secundário (entendido 
como interesse da Administração enquanto pessoa jurídica). 
 
Como destacado, noutro sentido é a lição de Celso 
Antônio Bandeira de Mello, que liga a impessoalidade ao princípio da 
isonomia, que determina tratamento igual a todos perante a lei. E 
afirma que o princípio da finalidade é inerente ao princípio da 
legalidade, ou seja, está contido nele, na medida em que estabelece o 
dever de a lei cumprir seu objetivo. 
 
A observância de fila para atendimento geral e a 
observância de fila para atendimento de casos especiais, pode ser 
citado como exemplo de observância da isonomia/impessoalidade. 
 
3.3 Princípio da moralidade 
 
O princípio da moralidade está assentado na ética, 
moral, lealdade, ou seja, no sentido de promover a probidade 
administrativa, a honestidade. 
 
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É princípio que permite a verificação de validade dos atos 
administrativos, sob o prisma da legitimidade. 
 
É certo que se trata de um conceito jurídico 
indeterminado, carecendo de norma para concretizá-lo, ante sua 
natureza abrangente, mas, como bem destaca Alexandrino, “o 
princípio da moralidade complementa, ou torna mais efetivo, 
materialmente, o princípio da legalidade”. 
 
Todavia, não se pode dizer, jamais, que se trata de 
primado inútil, visto servir de parâmetro para coibir condutas 
ilegítimas, devendo ser tonalizado sob o aspecto jurídico, de modo a 
caracterizar o conjunto de preceitos advindos da disciplina 
administrativa no tocante à condução da coisa pública. 
 
Como bem ensina Hely Lopes Meirelles à moralidade 
administrativa é a atuação dentro dos padrões da ética, moral, 
honestidade, probidade. 
 
Nesse sentido, a Constituição, no seu art. 37, §4º, 
estabelece que os atos de improbidade administrativa 
importarão em suspensão dos direitos políticos, perda da função 
pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
 
Percebe-se, portanto, que a Constituição deu especial 
atenção à probidade, já que, nos dizeres de José Afonso da Silva, a 
improbidade administrativa é uma imoralidade qualificada. 
 
Com efeito, a Constituição permitiu ao particular 
(cidadão) exercer o controle dos atos da Administração a fim de 
verificar não só o cumprimento dos aspectos da legalidade, mas 
também da moralidade, conforme prevê o art. 5º, inc. LXXIII, ao dispor 
sobre a ação popular. 
 
Art. 5º 
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LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo aopatrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
Não é moral, ético, honesto o servidor que desvia bens 
da administração para seu uso próprio, por exemplo. 
 
 
3.4 Princípio da publicidade 
 
O princípio da publicidade consiste na obrigação 
que tem a Administração Pública, como atividade e ente 
público, de dar transparências aos seus atos, como meio de 
assegurar a todos o conhecimento de suas realizações, a fim de 
fiscalizá-la e exercer o controle sobre esses atos, bem como 
para fins de o ato produzir seus efeitos. 
 
É certo que a conduta da Administração deve ser pública, 
deve ser transparente. Todavia, a Constituição ressalva alguns atos 
que são protegidos pelo sigilo, eis que necessários aos imperativos de 
segurança nacional ou que digam respeito à intimidade ou vida 
privada. 
 
A publicidade poder ser feita pelos mais diversos meios, 
tal como a utilização de jornal oficial ou em local onde se possa dar 
ampla divulgação dos atos administrativos. Por vezes será necessário 
que a publicidade seja realizada diretamente ao interessado 
(notificação) ou somente em boletim interno. 
 
Assim, o princípio da publicidade pode, como meio de 
transparência, ser um requisito de validade do ato, ou, poderá, como 
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instrumento para deflagrar os efeitos do ato (publicação do ato), ser 
requisito de eficácia. 
 
Uma das decorrências do princípio da publicidade é o 
princípio da motivação dos atos administrativos, ou seja, ao 
praticar um ato deve a Administração apresentar, tornar explícitos, os 
motivos de sua realização, explicitando os fatos e fundamentos de 
direito que o justificam. 
 
 
3.5 Princípio da eficiência 
 
O princípio da eficiência, erigido a princípio expresso 
a partir da EC 19/98, traduz a ideia de resultado, busca pela 
excelência no exercício das atividades administrativas. 
 
Para tanto, criou-se diversos mecanismos tal como as 
escolas de governos, avaliações periódicas e políticas de 
desenvolvimento da administração, tal como o contrato de gestão (art. 
37, §8º, CF/88). 
 
Como bem destaca José Afonso da Silva, o princípio da 
eficiência “orienta a atividade administrativa no sentido de conseguir 
os melhores resultados com os meios escassos de que dispõe e a 
menor custo”. Destaca, ademais, que “consiste na organização racional 
dos meios e recursos humanos, materiais e institucionais para a 
prestação de serviços públicos de qualidade com razoável rapidez”. 
(art. 5º, LXXVIII) 
 
Trata-se da tentativa de mudar o foco da Administração, 
ou seja, passar-se a uma Administração gerencial, que busca o 
resultado, em detrimento da Administração burocrática, que prima 
pelo controle, bem como da Administração Patrimonialista, que 
confundia o interesse do dirigente com o interesse da Administração. 
 
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Assim, por exemplo, quando a Administração deixe de 
responder em prazo razoável, mesmo que negando a um pleito feito 
pelo administrado, estará sendo ineficiente. 
 
Uma situação interessante ocorreu no DF esses dias. Há 
um programa chamado Esporte à meia noite, que busca tirar jovens 
das ruas e com isso de sujeição à criminalidade. O fato é que o Governo 
do DF resolveu aperfeiçoá-lo, mesmo sendo bom (inclusive com elogios 
externos e internos). 
 
Só que para tanto resolveu suspender o programa. Veja, 
sem críticas, mas só como exemplo, temos um ato ineficiente. Se o 
programa é bom, claro que pode melhorar, não se deve suspendê-lo 
para se aperfeiçoar. Significa dizer que a suspensão vai gerar atraso 
na prestação, inclusive poderá causar justamente o efeito contrário, 
desagregar aqueles que já participam do programa. 
 
A par desses princípios expressos existem outros 
princípios implícitos na CF/88, também chamados de reconhecidos, 
sendo importante destacar os princípios da supremacia do interesse 
público sobre o privado, o da indisponibilidade do interesse 
público, da autotutela, da proporcionalidade e razoabilidade, da 
continuidade dos serviços públicos, dentre outros. 
 
 
3.6 Princípio da supremacia do interesse público 
 
O princípio da supremacia do interesse público 
traduz-se na ideia de que o interesse público deve prevalecer 
sobre o interesse particular, de modo que, em regra, quando 
houver um confronto entre o interesse público e o particular, deve-se 
dar primazia ao interesse público. 
 
Diz-se, em regra, tendo em vista que a Constituição 
estabeleceu uma série de direitos e garantias individuais que, mesmo 
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em confronto com o interesse público, devem ser respeitados, 
resguardados. 
 
Com efeito, é em razão do princípio da supremacia do 
interesse público que se fundam as prerrogativas ou poderes especiais 
conferidos à Administração Pública. 
 
É por força da supremacia que a Administração Pública 
atua com superioridade em relação ao particular, por exemplo, 
impondo-lhe obrigações de forma unilateral, com a inserção de 
cláusulas exorbitantes em contratos administrativos, conferindo 
presunção de legitimidade aos atos da Administração etc. 
 
3.7 Princípio da indisponibilidade 
 
De outro lado, o princípio da indisponibilidade do 
interesse público orienta à Administração Pública impondo-lhe 
restrições, limitações, ou seja, não lhe é dado dispor desse 
interesse, eis que ela não é sua proprietária, detentora do interesse 
público, apenas o tutela, o protege, ou seja, apenas representa a 
coletividade, de modo que não pode dispor do que não lhe pertence. 
 
Significa dizer que, de um modo geral, não há 
possibilidade de a Administração Pública abdicar, dispor, abrir mão, 
daquilo que se refere ao interesse público. Por isso, a sujeição da 
administração pública a restrições especiais ou diferenciadas, tal como 
dever de prestar contas, concurso público, licitações etc. 
 
Esses dois princípios, é importante dizer, são 
considerados por parte da doutrina como super-princípios, ou pedras 
angulares do Direito Administrativo, na feliz expressão de Celso 
Antônio Bandeira de Mello, na medida em que dão origem aos demais 
princípios administrativos e ao próprio regime jurídico administrativo. 
 
Portanto, pode-se afirmar que o sistema 
administrativo está fundado nesses postulados centrais, isto é 
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nestes dois princípios primordiais (na supremacia e na 
indisponibilidade do interesse público). 
 
3.8 Princípio da autotutela 
 
Decorrêncialógica desses dois princípios, e aplicação do 
princípio da legalidade, surge o princípio da autotutela, segundo o 
qual a administração pública pode controlar seus próprios atos, 
ou seja, pode anular os atos que contenham vício de legalidade 
e revogar os inconvenientes e inoportunos, respeitados os 
direitos de terceiros de boa-fé. 
 
Podemos ainda citar os princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, da continuidade, da 
motivação, dentre outros que orientarão a atividade administrativa. 
 
3.9 Princípio da razoabilidade e proporcionalidade 
 
Os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, 
como já observamos, são princípios implícitos na Constituição Federal 
e decorrem diretamente do princípio da legalidade, bem como do 
postulado do devido processo legal substantivo. 
 
Vale lembrar, ademais, que a Lei nº 9.784/99 positivou 
esses princípios, ao prescrever a observância da adequação entre 
meios e fins (razoabilidade), vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente 
necessárias ao atendimento do interesse público 
(proporcionalidade). 
 
De todo modo, necessário ainda dizer que a Lei nº 
9.784/99, lei que regula o processo administrativo no âmbito federal, 
positivou diversos princípios que estavam implícitos no bojo da 
Constituição, estabelecendo o seguinte: 
 
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Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
3.10 Princípio da continuidade 
 
O princípio da continuidade, princípio específico da 
prestação dos serviços públicos, estabelece que em razão do 
atendimento das necessidades e anseios da coletividade, os serviços 
públicos não podem ser interrompidos, não podem sofrer lapso 
(intervalo) de continuidade. 
 
É claro que, como se sabe, nenhum princípio é absoluto, 
de modo que há casos em que será possível a paralisação. Todavia, 
trata-se de exceção à regra, ou seja, os serviços poderão ser 
interrompidos nos seguintes casos: 
 
 Desde que ocorra o prévio aviso: 
o Para fins de manutenção 
o Por razões de inadimplência (falta de 
pagamento). Neste caso, o débito deve ser atual, 
considerado este o até três meses do aviso de 
corte. (se for débito antigo, segundo 
entendimento do STJ não poderá ocorrer a 
suspensão no fornecimento). 
 
 Sem aviso prévio 
o Situações emergenciais (catástrofes ou 
decorrentes de eventos da natureza ou caso 
fortuito/força maior) 
 
3.11 Princípio da segurança jurídica 
 
O princípio da segurança jurídica, denominado por 
alguns de princípio da proteção da confiança (boa-fé), estabelece 
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a necessidade de estabilidade das relações jurídicas em virtude do 
transcurso de tempo e da boa-fé do administrado. 
 
É decorrência desse princípio a decadência, a prescrição, 
bem como os postulados constitucionais do direito adquirido, do ato 
jurídico perfeito e da coisa julgada. 
 
Esse princípio é visto sob duas vertentes, a perspectiva 
de certeza, ou seja, no sentido de que as normas e regras são de 
conhecimento comum, e a perspectiva de estabilidade, isto é, de que 
as relações constituídas se consolidam com o tempo (segurança 
jurídica) e de que o administrado, por atuar de boa-fé, não pode sofrer 
com atos da Administração que venham no futuro a ser invalidados, já 
que gozam de presunção de legalidade. 
 
O prof. Carvalho Filho ainda indica o princípio da 
precaução, retirado do âmbito do Direito Ambiental, mas que também 
já vem sendo adotado no âmbito do Direito Administrativo, no sentido 
de que se determinadas condutas traz riscos para a coletividade a 
Administração deve tomar medidas (prevenção) para evitar que tais 
ações/eventos lhe geram danos. 
 
Por exemplo, se um empresário que desenvolver um 
novo projeto empresarial (exploração de determinado componente) ao 
solicitar o alvará para funcionamento dessa atividade, a Administração 
deverá lhe cobrar os estudos necessários para saber qual o impacto 
que essa exploração possa vir a causar na coletividade (precaução). 
 
Assim, vamos às questões. 
 
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4. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2008) Os 
princípios informativos do Direito Administrativo 
(A) ficam restritos àqueles expressamente previstos na Constituição 
Federal. 
(B) consistem no conjunto de proposições que embasa um sistema e 
lhe garante a validade. 
(C) ficam restritos àqueles expressamente previstos na Constituição 
Federal e nas Constituições Estaduais. 
(D) são normas previstas em regulamentos da Presidência da 
República sobre ética na Administração Pública. 
(E) são regras estabelecidas na legislação para as quais estão previstas 
sanções de natureza administrativa. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada, pois temos princípios 
expressos e implícitos na Constituição. É, por exemplo, princípio 
administrativo implícito o da supremacia do interesse público, o da 
indisponibilidade, a proporcionalidade, dentre outros. 
 
A alternativa “b” está correta. De fato, os princípios 
consistem no conjunto de proposições que embasa um sistema e lhe 
garante a validade. 
 
A alternativa “c” está errada, pelo mesmo fundamento 
da Alternativa “a”. Como afirmado, temos princípios expressos e 
implícitos na Constituição Federal. 
 
A alternativa “d” também está errada, e é absurda, pois 
subverte o sentido dos princípios, na medida em que esses dão 
fundamento de suporte ao regime jurídico, de modo que não são 
normas previstas em regulamentos, pois ou estão expressos na 
Constituição ou decorrem diretamente dela (implícitos). 
 
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A alternativa “e” está errada. É que os princípios, além 
de não serem regras (são vetores, fundamentos, alicerces do sistema), 
não estabelecem sanção administrativa para seu descumprimento. A 
sanção para o descumprimento de um princípio é a declaração de 
inconstitucionalidade ou ilegalidade do ato. Os princípios, na verdade, 
são fontes de onde emanam as regras. 
 
Gabarito: “B” 
 
 
2. (FCC/2014 – TCE/PI – AUDITOR FISCAL DE CONTROLE 
EXTERNO) O ordenamento jurídico pátrio agasalha regimes 
jurídicos de natureza distinta. A Administração pública 
a) obrigatoriamente submete-se a regime jurídico de direito público em 
matéria contratual. 
b) submete-se a regime jurídico de direito público, podendo, por ato 
próprio, de natureza regulamentar, optar por regime diverso, em razão 
doprincípio da eficiência e da gestão administrativa responsável, e 
adequado planejamento. 
c) pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime 
jurídico de direito público, conforme disposto pela Constituição Federal 
ou pela lei. 
d) quando emprega modelos privatísticos, é integral sua submissão ao 
direito privado. 
e) pode submeter-se a regime jurídico de direito público ou de direito 
privado, sendo a opção, por um ou outro regime jurídico, para a 
Administração pública indireta, livre ao Administrador. 
 
Comentário: 
 
Deve-se observar que temos no âmbito da Adm. Pública 
pessoa jurídica de direito público (adm. direta, autarquias e fundações 
públicas de direito público) quanto de direito privado (sociedade de 
economia mista, empresa pública e fundação pública de direito 
privado). 
 
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Assim, conforme essa natureza, regra geral, haverá a 
submissão ao regime jurídico de direito público ou ao regime jurídico 
de direito privado. 
 
Por isso, a alternativa correta é “c” que estabelece que a 
administração pública pode submeter-se a regime jurídico de direito 
privado ou a regime jurídico de direito público, conforme disposto pela 
Constituição Federal ou pela lei. 
 
A alternativa “a” está errada em razão de que em 
matéria contratual observa-se as regras de direito público com 
incidência das regras gerais de direito privado (contratos 
administrativos típicos) e as regras de direito privado a incidência, no 
que couber, das regras de direito público (contratos privados ou 
contratos administrativos atípicos). 
 
A alternativa “b” está errada por afirmar que a opção é 
por ato próprio de natureza regulamentar. É a CF e a lei que estabelece 
a submissão ao regime. 
 
A alternativa “d” está errada na medida em que as 
pessoas jurídicas de direito privado embora submetidas ao regime 
privatísticos também estão submetidas ao regime público (concurso, 
licitações, observância aos princípios constitucionais da adm., etc). 
 
A alternativa “e” está errada, pois não há a liberdade de 
escolha. A CF e a Lei é que definem o regime. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
3. (FCC/2014 – PREF. RECIFE/PE – PROCURADOR) No que diz 
respeito ao regime jurídico administrativo, considere as 
seguintes afirmações: 
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I. Há, neste tipo de regime, traços de autoridade, de supremacia da 
Administração, sendo possível, inclusive, que nele se restrinja o 
exercício de liberdades individuais. 
II. As chamadas prerrogativas públicas, para que sejam válidas, devem 
vir respaldadas em princípios constitucionais explícitos na Constituição 
Federal. 
III. Via de regra, também integram o regime jurídico administrativo de 
um município as leis, os decretos, os regulamentos e as portarias do 
Estado em que ele se localiza. 
IV. É tendência da maioria da doutrina administrativista 
contemporânea não mais falar em “restrições” ou “sujeições” como 
traço característico do regime jurídico administrativo, em razão dessas 
expressões poderem levar à falsa conclusão de que as atividades da 
Administração que visam a beneficiar a coletividade podem estar 
sujeitas a limites. 
Está correto o que se afirmar APENAS em 
a) IV. 
b) I 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III. 
 
Comentário: 
 
A assertiva I está correta. O regime jurídico 
administrativo, também denominado regime jurídico de direito público, 
há traços de autoridade, de supremacia da Administração, sendo 
possível, inclusive, que nele se restrinja o exercício de liberdades 
individuais em favor da coletividade (supremacia do interesse público 
sobre o privado). 
 
A assertiva II está errada. As chamadas prerrogativas 
públicas, para que sejam válidas, devem vir respaldadas em princípios 
constitucionais explícitos ou implícitos na Constituição Federal. 
 
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A assertiva III está errada. Cada ente federativo tem seu 
regime jurídico próprio. Assim, via de regra, não integram o regime 
jurídico administrativo de um município as leis, os decretos, os 
regulamentos e as portarias do Estado em que ele se localiza. 
 
A assertiva IV está errada. Embora haja tendência em 
mitigar certos aspectos do regime jurídico administrativo, não se pode 
afastar o entendimento de que as atividades da Administração que 
visam a beneficiar a coletividade podem e estão sujeitas a limites, a 
exemplo dos direitos e garantias individuais. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
4. (PROCURADOR – PGE/AL – FCC/2008) O regime jurídico 
administrativo possui peculiaridades, dentre as quais podem 
ser destacados alguns princípios fundamentais que o tipificam. 
Em relação a estes, pode-se afirmar que o princípio da 
(A) supremacia do interesse público informa as atividades da 
administração pública, tendo evoluído para somente ser aplicado aos 
atos discricionários. 
(B) supremacia do interesse público informa as atividades da 
administração pública e pode ser aplicado para excepcionar o princípio 
da legalidade estrita, a fim de melhor representar a tutela do interesse 
comum. 
(C) legalidade estrita significa que a administração pública deve 
observar o conteúdo das normas impostas exclusivamente por meio de 
leis formais. 
(D) indisponibilidade do interesse público destina-se a restringir a 
edição de atos discricionários, que só podem ser realizados com 
expressa autorização legislativa. 
(E) indisponibilidade do interesse público destina-se a restringir a 
atuação da administração pública, que deve agir nas hipóteses e limites 
constitucionais e legais. 
 
Comentário: 
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30 
 
A alternativa “a” está errada. A supremacia do interesse 
público informa toda a atividade da Administração Pública, de modo 
que não se aplica somente a atos discricionários, ela incide tanto em 
atos vinculados, quanto em discricionários, desde que haja a atuação 
da Administração Pública investida em prerrogativa de modo a 
assegurar a realização do interesse público. 
 
A alternativa “b” também está errada, pois o princípio da 
supremacia não excepciona o princípio da legalidade estrita. Na 
verdade, como bem esclarece a profa. Di Pietro, ele está presente no 
momento da elaboração da lei, como no momento da sua execução, 
de modo que o exercício da função pública está submisso ao traçado 
na Constituição e nas Leis. 
 
A alternativa “c” está errada. Observe que a legalidade 
administrativa, também chamada de estrita, estabelece o dever de 
observar a lei em sentido amplo, ou seja, desde a Constituição até os 
atos infralegais, tal como portarias, regulamentos, instruções 
normativas, e não apenas lei em sentido formal, ouseja, lei ordinária, 
lei complementar ou outra espécie normativa. 
 
A alternativa “d” também está errada. Por força das 
explicações anteriores, podemos concluir que a indisponibilidade, por 
ser o contraponto da supremacia, aplica-se a qualquer atuação da 
Administração, não só aos atos discricionários. 
 
Assim, a alternativa “e” é a correta. A indisponibilidade 
do interesse público destina-se a restringir a atuação da administração 
pública, que deve agir nas hipóteses e limites constitucionais e legais. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
5. (COMISSÁRIO DE INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – TJ/RJ – 
FCC/2012) O princípio da supremacia do interesse público 
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31 
a) informa toda a atuação da Administração Pública e se sobrepõe a 
todos os demais princípios e a todo e qualquer interesse individual. 
b) está presente na elaboração da lei e no exercício da função 
administrativa, esta que sempre deve visar ao interesse público. 
c) informa toda a atuação da Administração Pública, recomendando, 
ainda que excepcionalmente, o descumprimento de norma legal, desde 
que se comprove que o interesse público restará melhor atendido. 
d) traduz-se no poder da Administração Pública de se sobrepor 
discricionariamente sobre os interesses individuais, dispensando a 
adoção de formalidades legalmente previstas. 
e) está presente na atuação da Administração Pública e se 
consubstancia na presunção de veracidade dos atos praticados pelo 
Poder Público. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Muito embora o princípio 
da supremacia informe toda a atuação da Administração Pública, ele 
não se sobrepõe a todos os demais princípios e a todo e qualquer 
interesse individual. Primeiro porque não há hierarquia entre princípios 
constitucionais, segundo que mesmo diante da supremacia devem ser 
respeitados os direitos e garantias individuais. 
 
A alternativa “b” está correta. De fato, o princípio da 
supremacia está presente na elaboração da lei e no exercício da função 
administrativa, esta que sempre deve visar ao interesse público. 
 
A alternativa “c” está errada. A supremacia do interesse 
público não recomenda, ainda que excepcionalmente, o 
descumprimento de norma legal, desde que se comprove que o 
interesse público restará melhor atendido. O que pode ocorrer é uma 
aparente colisão entre princípios, quando, em algum momento, possa 
preponderar um em detrimento do outro. 
 
A alternativa “d” está errada. O princípio da supremacia 
não se traduz no poder da Administração Pública de se sobrepor 
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32 
discricionariamente sobre os interesses individuais, dispensando a 
adoção de formalidades legalmente previstas. 
 
A alternativa “e” está errada. A presunção de veracidade 
decorre da legalidade que é inerente à indisponibilidade do interesse 
público. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
6. (AUDITOR – TCE/AL – FCC/2008) “A Justiça Federal em 
Florianópolis recebeu 17 mandados de segurança contra a 
medida provisória (MP) da Presidência da República publicada 
em 22 de janeiro, que proibiu a venda e a oferta de bebidas 
alcoólicas em faixa de domínio de rodovia federal ou 
estabelecimento situado em local com acesso direto à rodovia. 
Em dois processos, as empresas conseguiram a liminar que 
impede (...) multa em caso de infração à MP; em quatro o 
pedido foi negado e nos demais ainda não houve decisão.” 
(Fonte: www.jf.gov.br. Notícias, em 13.02.08) Como fundamento 
dessa medida provisória, o Poder Executivo federal pode 
evocar, dentre os princípios do Direito Administrativo, o da 
(A) indisponibilidade do interesse público. 
(B) continuidade dos serviços públicos. 
(C) supremacia do interesse público. 
(D) especialidade. 
(E) segurança nacional. 
 
Comentário: 
 
O princípio da supremacia do interesse público 
estabelece a premissa de que o interesse público deve prevalecer sobre 
o particular. Assim, em regra, em caso de conflito deve dar-se primazia 
àquele em detrimento deste. 
 
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33 
Por isso, toda vez que o Estado venha estabelecer limites 
à liberdade visando a segurança coletiva, o bem estar geral, estaremos 
diante da aplicação desse princípio, a exemplo dessa vedação de venda 
de bebidas alcoólicas em estrada cujo sentido é de evitar, reduzir, o 
número de acidentes, preservando a vida e saúde das pessoas, isto é 
atender o interesse coletivo de segurança nas rodovias e avenidas em 
detrimento da “liberdade” de alguns. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
7. (FCC/2014 – TRT 2ª REGIÃO (SP) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 
OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) O princípio da supremacia 
do interesse público informa a atuação da Administração 
pública. 
a) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista 
que o interesse público sempre pretere o interesse privado, 
prescindindo da análise de outros princípios. 
b) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em 
questão, pois não se presta a orientar atividade interpretativa das 
normas jurídicas. 
c) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando 
não acudirem outros princípios expressos. 
d) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais 
princípios. 
e) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta 
o legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento 
da aplicação dos atos normativos. 
 
Comentário: 
 
Nem um princípio é absoluto. Também não há 
superioridade, ou seja, não há hierarquia entre princípios 
constitucionais. O que se pode falar é em dimensão do peso. Significa 
dizer que no caso concreto um princípio pode ter maior aplicação do 
que o outro (ponderação de valores). 
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34 
 
Assim, o princípio da supremacia do interesse público é 
aplicável de forma ampla e abrangente, na medida em que também 
orienta o legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no 
momento da aplicação dos atos normativos. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
8. (FCC/2013 – MPE/SE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os 
princípios básicos da Administração pública podem ser 
expressos ou implícitos, sendo estes reconhecidos a partir da 
interpretação da doutrina e jurisprudência, impondo 
determinados padrões e balizas para atuação da Administração 
pública. Dentre eles, está o princípio da indisponibilidade do 
interesse público que 
a) prevalece sobre os demais princípios implícitos e explícitos, 
mitigando o próprio princípio da legalidade, na medida em que faculta 
ao Gestor Público, até mesmo por ato administrativo, afastar a 
aplicação de lei que o autorize a transigir, por ofensa à 
indisponibilidade do interesse público. 
b) determinaque os interesses privados não possam se sobrepor ao 
interesse público, inviabilizando que as matérias de conteúdo 
patrimonial, sob litígio durante a execução de um contrato de 
concessão de serviço público, sejam submetidas e decididas por 
mecanismos privados para resolução de disputas. 
c) impede a celebração de termos de ajustamento de conduta com a 
Administração pública, já que exclui a possibilidade de negociação de 
seu conteúdo entre os partícipes, sob pena de ofensa à legalidade. 
d) é uma das facetas do princípio da licitação, ao lado do princípio 
expresso da impessoalidade, evitando privilégios e favorecimentos 
direcionados àqueles que possam não executar o objeto da contratação 
satisfatoriamente. 
e) fundamenta o sacrifício ao exercício de competências atribuídas por 
lei à Administração pública, como a instalação de infraestrutura 
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35 
rodoviária sobre área irregularmente ocupada por movimento de sem-
teto. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Não há prevalência desse 
princípio sobre os demais princípios implícitos e explícitos. 
 
A alternativa “b” está errada. O STF firmou entendimento 
de que é possível se adotar meios alternativos de solução de conflito 
(arbitragem, por exemplo) envolvendo a administração pública quando 
se tratar de matérias de conteúdo patrimonial. 
 
A alternativa “c” está errada. Não há impedimento de 
celebração de termos de ajustamento de conduta (TAC) com a 
Administração pública (a exemplo dos TAC sobre terceirização na 
administração pública, quando se estabeleceu prazo para a redução de 
tal pratica e a realização de concurso público). 
 
A alternativa “d” está correta. O princípio da 
indisponibilidade pode ser visto como uma das facetas do princípio da 
licitação (restrição imposta à administração pública para adquirir, 
comprar etc), ao lado do princípio expresso da impessoalidade, 
evitando privilégios e favorecimentos direcionados àqueles que possam 
não executar o objeto da contratação satisfatoriamente. 
 
A alternativa “e” está errada. A indisponibilidade não 
permite ao administrador afastar a incidência da lei, de modo a 
subverter dada competência para manutenção de ocupação irregular. 
Isso até pode acontecer, mas com base na segurança jurídica e em 
outros princípios constitucionais (função social da propriedade, direito 
fundamental à moradia etc). 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
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36 
9. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TST – FCC/2012) Segundo a 
literalidade do caput do art. 37 da Constituição de 1988, a 
Administração pública obedecerá, entre outros, ao princípio da 
a) proporcionalidade. 
b) razoabilidade. 
c) igualdade. 
d) moralidade. 
e) boa-fé. 
 
Comentário: 
 
O art. 37, caput, da CF/88, expressamente indica que a 
Administração Pública obedecerá aos princípios da Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
10. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/SP – 
FCC/2012) De acordo com a Constituição Federal, constituem 
princípios aplicáveis à Administração Pública os da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tais 
princípios aplicam-se às entidades 
a) de direito público, excluídas as empresas públicas e sociedades de 
economia mista que atuam em regime de competição no mercado. 
b) de direito público e privado, exceto o princípio da eficiência que é 
dirigido às entidades da Administração indireta que atuam em regime 
de competição no mercado. 
c) integrantes da Administração Pública direta e indireta e às entidades 
privadas que recebam recursos ou subvenção pública. 
d) integrantes da Administração Pública direta e indireta, 
independentemente da natureza pública ou privada da entidade. 
e) públicas ou privadas, prestadoras de serviço público, ainda que não 
integrantes da Administração Pública. 
 
Comentário: 
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37 
 
Nos termos do art. 37, caput, da CF/88, os princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência aplica-
se a toda a Administração Pública, direta ou indireta, qualquer que seja 
a natureza do ente ou da entidade. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
11. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AP – 
FCC/2012) De acordo com a Constituição Federal, os princípios 
da Administração Pública aplicam-se 
a) às entidades integrantes da Administração direta e indireta de 
qualquer dos Poderes. 
b) à Administração direta, autárquica e fundacional, exclusivamente. 
c) às entidades da Administração direta e indireta, exceto às 
sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica. 
d) à Administração direta, integralmente, e à indireta de todos os 
poderes e às entidades privadas que recebem recursos públicos, 
parcialmente. 
e) à Administração direta, exclusivamente, sujeitando- se as entidades 
da Administração indireta ao controle externo exercido pelo Tribunal 
de Contas. 
 
Comentário: 
 
Os princípios constitucionais da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência aplica-se a toda a 
Administração Pública, direta ou indireta, de quaisquer dos Poderes da 
União, Estados, DF e Municípios. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
12. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) Os 
princípios da Administração Pública que têm previsão expressa 
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na Constituição Federal são: 
(A) autotutela, publicidade e indisponibilidade. 
(B) legalidade, publicidade e eficiência. 
(C) moralidade, indisponibilidade e razoabilidade. 
(D) publicidade, eficiência e indisponibilidade. 
(E) eficiência, razoabilidade e moralidade. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 37, caput, da Constituição Federal 
de 1988, os denominados princípios básicos da Administração Pública, 
expresso na Constituição, são a Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
13. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RS – FCC/2011) Na relação 
dos princípios expressos no artigo 37, caput, da Constituição da 
República Federativa do Brasil, NÃO consta o princípio da 
a) moralidade. 
b) eficiência. 
c) probidade. 
d) legalidade. 
e) impessoalidade. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 37, caput, da Constituição Federal 
de 1988, os denominados princípios básicos da Administração Pública, 
expressos na Constituição, são: Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência. Portanto, dentre tais 
princípios expressos no caput do art. 37 não consta o princípio da 
probidade administrativa. 
 
Gabarito: “C”. 
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39 
 
 
14. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) São 
princípios da Administração Pública, expressamente previstos 
no artigo 37, caput, da Constituição Federal, dentre outros, 
a) eficiência, razoabilidade e legalidade. 
b) motivação, moralidade e proporcionalidade. 
c) legalidade, moralidade e impessoalidade. 
d) publicidade, finalidade e legalidade. 
e) eficiência, razoabilidade e moralidade. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 37, caput, da Constituição Federal 
de 1988, os denominados princípios básicos da Administração Pública, 
expresso na Constituição, são Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência. 
 
Assim, os princípios da razoabilidade, proporcionalidade 
estão implícitos na Constituição e o da finalidade é decorrência do 
princípio da impessoalidade. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
15. (FCC/2014 – TCE/RS – AUDITOR PÚBLICO EXTERNO) Os 
princípios que regem a Administração pública 
a) são aqueles que constam expressamente do texto legal, não se 
reconhecendo princípios implícitos, aplicando-se tanto à Administração 
direta quanto à indireta. 
b) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se 
prioritariamente em relação aos segundos, ambos se dirigindo apenas 
à Administração direta. 
c) são prevalentes em relação às leis que regem a Administração 
pública, em razão de seu conteúdo ser mais relevante. 
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40 
d) dirigem-se indistintamente à Administração direta e às autarquias, 
aplicando-se seja quando forem expressos, seja quando implícitos. 
e) aplicam-se à Administração direta, indireta e aos contratados em 
regular licitação, seja quando forem expressos, seja quando implícitos. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Os princípios 
constitucionais estão expressos e implícitos no texto constitucional. 
 
A alternativa “b” está errada. Não há prioridade de um 
princípio em relação ao outro. Não há hierarquia entre eles. 
 
A alternativa “c” está errada. A prevalência em relação à 
lei é que esta deve guardar conformidade com aqueles, pois além de 
serem normas fundamentais, estão na CF (hierarquia superior a lei). 
 
A alternativa “d” está correta. Os princípios dirigem-se 
indistintamente à Administração direta e às autarquias, aplicando-se 
seja quando forem expressos, seja quando implícitos. 
 
Veja que não se exclui os demais entes da adm. indireta, 
ou seja, a alternativa apesar de omitir tal parte, não está limitando ou 
excluindo as demais entidades administrativas. 
 
A alternativa “e” está errada. Os contratados são 
particulares e como tais submetem-se a regime privado e às regras 
contratuais no que se refere ao contrato. 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
16. (FCC/2013 – TRT 15ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Os 
princípios que regem a Administração pública podem ser 
expressos ou implícitos. A propósito deles é possível afirmar 
que: 
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a) moralidade, legalidade, publicidade e impessoalidade são princípios 
expressos, assim como a eficiência, hierarquicamente superior aos 
demais. 
b) supremacia do interesse público não consta como princípio 
expresso, mas informa a atuação da Administração pública assim como 
os demais princípios, tais como eficiência, legalidade e moralidade. 
c) os princípios da moralidade, legalidade, supremacia do interesse 
público e indisponibilidade do interesse público são expressos e, como 
tal, hierarquicamente superiores aos implícitos. 
d) eficiência, moralidade, legalidade, impessoalidade e 
indisponibilidade do interesse público são princípios expressos e, como 
tal, hierarquicamente superiores aos implícitos. 
e) impessoalidade, eficiência, indisponibilidade do interesse público e 
supremacia do interesse público são princípios implícitos, mas de igual 
hierarquia aos princípios expressos. 
 
Comentário: 
 
São expressos a legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. Mas, não há hierarquia entre tais princípios e 
os implícitos. 
 
Não são expressos (são implícitos) os princípios da 
indisponibilidade, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica, 
boa-fé e supremacia do interesse público. 
 
Todavia, embora a supremacia do interesse público não 
conste como princípio expresso, informa a atuação da Administração 
pública assim como os demais princípios, tais como eficiência, 
legalidade e moralidade. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
17. (FCC/2013 – TRT 5ª REGIÃO (BA) – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) O artigo 37 da Constituição Federal dispõe que a 
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42 
Administração pública deve obediência a uma série de 
princípios básicos, dentre eles o da legalidade. É correto afirmar 
que a legalidade, como princípio de administração, significa que 
o administrador público, em sua atividade funcional, 
a) pode fazer tudo que a lei não proíba, porque a Constituição Federal 
garante que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei”. 
b) está vinculado à lei, não aos princípios administrativos. 
c) deve atuar conforme a lei e o direito, observando, inclusive, os 
princípios administrativos. 
d) está adstrito à lei, mas dela poderá afastar-se desde que autorizado 
a assim agir por norma regulamentar. 
e) está adstrito à lei, mas poderá preteri-la desde que o faça autorizado 
por acordo de vontades, porque na Administração pública vige o 
princípio da autonomia da vontade. 
 
Comentário: 
 
Significa dizer que o administrador deve atuar conforme 
a lei e o direito, observando, inclusive, os princípios administrativos. 
Portanto, a alternativa “c” está correta. 
 
Assim, a alternativa “a” está errada. Pois a legalidade 
geral ou autonomia da vontade, no sentido de que pode fazer tudo que 
a lei não proíba, porque a Constituição Federal garante que “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei”, é aplicável aos particulares. O agente público somente pode 
fazer o que a lei autoriza ou determina. 
 
As alternativas “b”, “d” e “e” estão erradas. Está 
vinculado à lei e aos princípios administrativos, não podendo dela se 
afastar, nem mesmo preteri-la. 
 
Gabarito: “C”. 
 
 
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43 
18. (FCC/2013 – TJ/PE – JUIZ) A Constituição Federal vigente 
prevê, no caput de seu art. 37, a observância, pela 
Administração Pública, do princípio da legalidade. 
Interpretando-se essa norma em harmonia com os demais 
dispositivos constitucionais, tem-se que

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