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Aula 04 licitações ponto dos concursos

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
LICITAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
 
LEI 8.666/93 (LICITAÇÕES) 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
PREFEITURA DE TERESINA/PI 
LEI 8.666/93 (LICITAÇÕES) 
Prof. Edson Marques 
 
 
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1 
 
Olá! 
 
Vamos que vamos. Nesta aula, veremos a Lei nº 8.666/93, ou seja, vamos 
estudar a parte de LICITAÇÕES. 
 
É isso aí. Vamos que vamos. 
 
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S U M Á R I O 
 
1. Licitações: ............................................................................................. 3 
1.1 Conceito .............................................................................................. 3 
1.2 Finalidade ............................................................................................ 5 
1.3 Princípios ............................................................................................. 6 
1.4 Modalidades ...................................................................................... 13 
1.5 Contratação direta (Dispensa e Inexigibilidade) .............................. 22 
1.5.1 Licitação Dispensável ..................................................................... 23 
1.5.2 Licitação Dispensada...................................................................... 28 
1.5.3 Inexigibilidade ............................................................................... 36 
1.6 Procedimento .................................................................................... 39 
1.6.1 Habilitação ..................................................................................... 41 
1.6.2 Julgamento e Classificação ............................................................ 45 
1.6.2.1 Tipos de Licitação ........................................................................ 48 
1.6.3 Homologação ................................................................................. 51 
1.6.4 Adjudicação .................................................................................... 51 
1.7 Revogação e Anulação ...................................................................... 52 
4. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................... 54 
5. QUESTÕES SELECIONADAS ............................................................... 142 
6. GABARITO ......................................................................................... 173 
 
 
 
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3 
 
1. Licitações: 
 
1.1 Conceito 
 
Como se sabe, a Administração Pública não está livre para 
fazer o que quiser. Sendo assim, a Constituição Federal lhe impõe o dever 
(obrigatoriedade) de, quando for contratar, empreender processo de 
licitação pública, ressalvado os casos autorizados por lei, conforme 
determina o art. 37, inc. XXI, que assim dispõe: 
 
“Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusula que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. 
 
Devemos lembrar que o art. 22, inciso XXVII, CF/88, 
prescreve que compete privativamente à União criar normas gerais 
sobre licitações e contratos. Vejamos: 
 
XXVII – Compete privativamente a União legislar sobre normas 
gerais de licitação e contratações, em todas as modalidades, para 
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o 
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, §1º, III. 
 
Observe, então, que a competência legislativa para 
editar norma geral sobre licitações e contratos é da União, de 
modo que Estados, DF e Municípios devem seguir os ditames 
estabelecidos em norma geral, porém lhe cabe, naquilo que for específico, 
editar suas normas, complementando a norma geral. 
 
Pois bem. No sentido de regulamentar o art. 37, inc. XIX, 
CF/88, e tendo em vista o art. 22, inc. XXVII, a União editou a Lei nº 
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8.666/93 que institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública. 
 
Portanto, é a Lei nº 8.666/93 uma norma geral sobre 
licitações e contratos a ser observada pela Administração Pública, 
direta e indireta, de qualquer esfera de poder, seja da União, dos Estados, 
do DF e dos Municípios. 
 
Mas o que é licitação? 
 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, licitação é o 
procedimento administrativo mediante o qual a Administração 
Pública seleciona proposta mais vantajosa para o contrato de seu 
interesse. 
 
Para a profa. Di Pietro, licitação é definida como sendo o 
procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da 
função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às 
condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de 
formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais 
conveniente para a celebração do contrato. 
 
Então, para contratar obras, compras, serviços ou 
alienações, a Administração convoca interessados a fim de que 
apresentem suas propostas, de modo que se possa selecionar e obter a 
que lhe seja mais vantajosa. 
 
Cumpre dizer, portanto, que a licitação não é um ato, é um 
procedimento em que se conjugam vários atos, com intuito de permitir o 
maior número de participantes (licitantes) e para a Administração obter 
a proposta que lhe seja mais vantajosa. 
 
Lembre-se: A licitação é um procedimento. 
 
No entanto, devemos ter cuidado com o expresso no 
parágrafo único do art. 4º da Lei nº 8.666/93. É que o referido artigo 
dispõe que “o procedimento licitatório previsto nesta Lei 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em 
qualquer esfera da Administração Pública”. 
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Trata-se do princípio do formalismo. E, em que pese essa 
caracterização legal (ato formal), não se deve olvidar que a licitação é 
um procedimento formal que conjuga sucessivos atos para um 
desiderato, que é o objeto perseguido pela Administração. 
 
1.2 Finalidade 
 
Então, qual é a finalidade da licitação? Como se trata de 
um procedimento prévio à contratação, podemos dizer que licitação tem 
dupla finalidade na medida em que de um lado busca selecionar a 
proposta mais vantajosa para a Administração, de outro visa propiciar 
a igualdade de condições para que todos os interessados participem 
do certame. 
 
Contudo, com a edição da MP 495/2010, convertida na Lei 
nº 12.349/2010, que alterou o art. 3º da Leinº 8.666/93, temos mais 
uma finalidade (terceira), qual seja: a promoção do 
desenvolvimento nacional. Observe o art. 3º na sua nova redação: 
 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do 
princípio constitucional da isonomia, a seleção da 
proposta mais vantajosa para a administração e a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da 
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo 
e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, 
de 2010) 
 
É possível dizer, portanto, que as finalidades estabelecidas 
pelo procedimento licitatório são, conforme art. 3º da Lei de Licitações, 
as seguintes: 
 
a) garantir o princípio da isonomia; 
b) selecionar a proposta mais vantajosa; 
c) promover o desenvolvimento nacional. 
 
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1.3 Princípios 
 
Assim, na realização de procedimento licitatório a 
Administração deverá observar uma série de princípios que nortearão 
seus atos. Nesse sentido, temos os princípios gerais administrativos, que 
se desmembra nos princípios específicos da licitação, expressos e 
implícitos e nos princípios básicos. 
 
Dentre os princípios específicos, embora não seja 
uniforme o entendimento na doutrina, podemos citar: a isonomia, 
a competitividade, o da vinculação ao instrumento convocatório, 
do sigilo das propostas, do julgamento objetivo, e da adjudicação 
compulsória. 
 
De outro lado, os princípios básicos estão contidos no 
art. 3º, que assim dispõe: 
 
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade 
com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao 
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 
2010) 
 
Portanto, temos os seguintes princípios básicos: 
 
a) princípio da legalidade; 
b) princípio da impessoalidade; 
c) princípio da moralidade; 
d) princípio da igualdade; 
e) princípio da publicidade; 
 
O princípio da Legalidade (art. 4º) estabelece que a 
Administração, bem como os participantes (licitantes), deve seguir 
fielmente o procedimento traçado na lei de regência. 
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Hely Lopes Meirelles entende que se trata do princípio do 
procedimento formal que determina a fiel observância dos 
procedimentos legais, conforme expresso no parágrafo único do art. 4º 
da Lei de Licitações e Contratos, que assim prevê: 
 
Art. 4º. 
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei 
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em 
qualquer esfera da Administração Pública. 
 
É importante salientar que não se admite no âmbito dos 
procedimentos administrativos formalismo inútil, ou seja, o excesso de 
formalismo. 
 
Princípio da impessoalidade é corolário do princípio da 
igualdade, de modo que a Administração deve ser imparcial, não fixando 
regras tendenciosas, pautando-se por critérios objetivos, negando-se 
favoritismos ou discriminações por critérios subjetivos, velando pelo 
acesso amplo aos que tenham ou possam vir a ter interesse no certame. 
 
O princípio da moralidade impõe à Administração e aos 
participantes em geral a observância aos padrões éticos, o agir com 
lealdade e boa-fé, sob pena de responsabilização administrativa, cível e 
penal. 
 
Corolário do princípio da moralidade temos o princípio da 
probidade administrativa que estabelece a responsabilização dos 
agentes, inclusive terceiros, por atos ímprobos nos termos da Lei nº 
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), a exemplo do seguinte: 
 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa 
lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que 
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento 
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no 
art. 1º desta lei, e notadamente: 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo 
indevidamente 
 
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Assim como pela aplicação das sanções criminais 
estabelecidas nos artigos 89 a 99 da Lei de Licitações. 
 
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses 
previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades 
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo 
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, 
beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar 
contrato com o Poder Público. 
 
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou 
qualquer outro expediente, o caráter competitivo do 
procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para 
outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da 
licitação: 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a Administração, dando causa à instauração de licitação 
ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada 
pelo Poder Judiciário: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação 
ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do 
adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados com 
o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da 
licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, 
pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua 
exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei: 
Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo 
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, 
obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamente, das 
modificações ou prorrogações contratuais. 
 
Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer 
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ato de procedimento licitatório: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em 
procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de 
devassá-lo: 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Art. 95. Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de 
violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de 
qualquer tipo: 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da 
pena correspondenteà violência. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou 
desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida. 
 
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação 
instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou 
contrato dela decorrente: 
I - elevando arbitrariamente os preços; 
II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria 
falsificada ou deteriorada; 
III - entregando uma mercadoria por outra; 
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da 
mercadoria fornecida; 
V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a 
proposta ou a execução do contrato: 
Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou 
profissional declarado inidôneo: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado 
inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração. 
 
Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição 
de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover 
indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de 
registro do inscrito: 
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Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei 
consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada 
em índices percentuais, cuja base corresponderá ao valor da 
vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo 
agente. 
§ 1º Os índices a que se refere este artigo não poderão ser 
inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por 
cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa 
ou inexigibilidade de licitação. 
§ 2º O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o 
caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal. 
 
O princípio da igualdade ou isonomia, como abordado, 
é um dos pilares (fundamentos) da licitação, com envergadura 
constitucional, eis que a Constituição (art. 37, XXI) firma a necessidade 
de tratamento isonômico entre os licitantes, vedando-se distinção, por 
exemplo, ou tratamento discriminatório, bem como o art. 3º, § 1º, incs. 
I e II, da Lei de Licitação e Contratos, que assim dispõe: 
 
Art. 3º. 
§ 1º É vedado aos agentes públicos: 
I – admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, 
cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou 
frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de 
sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou 
distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos 
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou 
irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o 
disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, 
de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 
2010) 
II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, 
legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre 
empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a 
moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando 
envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado 
o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 
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11 
23 de outubro de 1991. 
 
O princípio da publicidade impõe o dever de dar ampla 
divulgação ao certame, sendo, em regra, vedado o caráter sigiloso dos 
atos, inclusive sendo permitido o acesso aos particulares, tudo com o 
intuito de se fiscalizar o cumprimento das determinações legais e afastar 
condutas ilícitas, impondo-se, ainda, o dever de motivação de todas as 
decisões proferidas em quaisquer das etapas. 
 
Tais princípios, é bom ressaltar, são os que orientam, de 
forma geral, toda a Administração Pública, conforme art. 37, da CF/88. 
Há outros princípios, no entanto, que são mais específicos, ou seja, 
aplicando-se somente à licitação, como é o caso da vinculação ao 
instrumento convocatório, sigilo das propostas, julgamento 
objetivo, adjudicação compulsória, bem como outros correlatos, 
conforme prevê o art. 3º, parte final. 
 
Segundo o princípio da vinculação ao instrumento 
convocatório (vinculação ao edital), o edital é a lei do certame, ou 
seja, o instrumento para convocar, chamar, dar notícia aos interessados 
acerca de determinado objeto pretendido pela a Administração, de modo 
que inclusive a vincula, como também vincula os licitantes que deverão 
observar as condições e requisitos que foram fixados no instrumento 
convocatório, durante todo o procedimento licitatório e na execução do 
ajuste. 
 
Assim, prevê o art. 41 da Lei de Licitações que a 
Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao 
qual se acha estritamente vinculada, sendo, pois, o julgamento das 
propostas realizado com base no que estabelece o instrumento 
convocatório. 
 
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas 
e condições do edital, ao qual se acha estritamente 
vinculada. 
 
O princípio do julgamento objetivo determina que, nas 
análises das propostas, sejam observados os critérios objetivamente 
fixados no edital (denominados tipos de licitação: menor preço, melhor 
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técnica, técnica e preço ou maior lance ou oferta), sem aferições 
subjetivas ou imprecisões, evitando-se apreciações discricionárias na 
decisão acerca das propostas, conforme determina os arts. 44 e 45, da 
Lei nº 8.666/93. 
 
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em 
consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, 
os quais não devem contrariar as normas e princípios 
estabelecidos por esta Lei. 
 
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a 
Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em 
conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente 
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua 
aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle 
 
A doutrina fala, ainda, em princípios licitatórios implícitos 
específicos ou correlatos, tal como: competitividade, procedimento 
formal, sigilo das propostas e adjudicação compulsória. 
 
A competitividade seria, conforme destaca Celso 
Bandeira de Mello, a obrigatoriedade de observância do caráter 
competitivo do procedimento licitatório, não se permitindo artimanhas ou 
mecanismos para frustrar tal propósito. 
 
O procedimento formal, conforme ressaltei quando da 
abordagem do princípio da legalidade, é a configuração de que a licitação 
caracteriza-se como ato administrativo formal, ou seja, tem seu rito e 
fórmulas legalmente estabelecidas, além de ser obrigatório o registro de 
seus atos documentadamente. 
 
O princípio do sigilo das propostas excepciona o 
princípio da publicidade na medida em que prevê que as propostas serão 
realizadas de forma sigilosa, evitando-se o conluio ou a fraude, 
mantendo-se o caráter competitivo, sendo inacessível até o momento de 
sua abertura, que será realizadoem sessão pública. 
 
Finalmente, o princípio da adjudicação compulsória 
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segundo o qual o vencedor do certame tem direito subjetivo a que o 
objeto da licitação lhe seja atribuído, de modo que veda eventual 
contratação com outrem, caso a Administração venha a contratar. 
 
É de se observar, contudo, que a adjudicação somente é 
garantia de que a Administração não contrate com outrem senão 
com o próprio vencedor do certame, ou seja, não significa que o 
licitante vencedor tenha direito subjetivo à contratação. 
 
A adjudicação é uma declaração de vitória. É a entrega 
simbólica do objeto licitado. O diploma da vitória. No entanto, não é a 
garantia de contratação, ou seja, o vencedor da licitação tem mera 
expectativa de direito em ser contratado. Porém, observe que se a 
Administração realmente contratar deverá ser com ele. 
 
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com 
preterição da ordem de classificação das propostas ou com 
terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de 
nulidade. 
 
1.4 Modalidades 
 
Sabemos que a licitação é um procedimento administrativo 
no qual a Administração Pública convoca os interessados, com 
qualificação para tanto, para, dentre as propostas apresentadas, 
selecionar a mais vantajosa. 
 
Procedimento, portanto, se caracteriza como um modo ou 
maneira de proceder, que, nos termos da Lei, é denominado de 
modalidade de licitação. Assim, a Lei nº 8.666/93 prevê as seguintes 
modalidades de licitação: concorrência, tomada de preço, convite, 
leilão e concurso (art. 22). 
 
Art. 22. São modalidades de licitação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão. 
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É preciso salientar que a Lei nº 8.666/93, em seu artigo 
22, §8º, veda a criação ou a combinação de modalidades de 
licitação. No entanto, devemos entender que tal vedação é destinada à 
Administração, pois não se trata de limitação imposta ao legislador. Neste 
sentido, inclusive, tivemos a edição da MP 2.026/2000, convertida na Lei 
nº 10.520/02, que introduziu nova modalidade denominada pregão. 
 
É importante destacar que o Pregão, muito embora tenha 
sido criado por Medida Provisória (MP 2.026/2000), cuja intenção inicial 
era de ser utilizado apenas pela União, o que o tornava inconstitucional 
já que modalidade de licitação se insere no âmbito de norma geral, é uma 
modalidade geral, pois com a conversão da MP em Lei (Lei nº 10.520/02), 
estendeu-se seu uso a todos os entes políticos (União, Estados, DF e 
Municípios). 
 
Isso porque, como frisado, trata-se de modalidade de 
licitação que é norma de âmbito geral, devendo, portanto, ser aplicada a 
todos os entes federados, conforme art. 22, inc. XXVII, da CF/88. Então, 
repetindo, o pregão se aplica a todos os entes federativos (União, 
DF, Estados-membros e Municípios). 
 
Então, atualmente, temos as seguintes modalidades de 
licitação: 
 
 Concorrência 
 Tomada de preço 
 Convite 
 Leilão 
 Concurso 
 Pregão 
 
A propósito, tome o devido cuidado com uma situação 
específica. Como assim? É que a Lei de criação da Anatel (Lei nº 
9.472/97) estabeleceu mais uma modalidade, restrita àquela Agência, 
que é a consulta. 
 
Art. 54. A contratação de obras e serviços de engenharia civil está 
sujeita ao procedimento das licitações previsto em lei geral para 
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a Administração Pública. 
Parágrafo único. Para os casos não previstos no caput, a Agência 
poderá utilizar procedimentos próprios de contratação, 
nas modalidades de consulta e pregão. 
Art. 55. A consulta e o pregão serão disciplinados pela Agência, 
observadas as disposições desta Lei e, especialmente: 
 
Cuidemos, então, de cada uma dessas modalidades. 
Porém, para não esquecer, vale dizer que a Lei de Licitações elegeu um 
critério distintivo para as três primeiras modalidades, ou seja, a 
concorrência, a tomada de preço e o convite definindo-as pelo 
definindo-as pelo valor, como regra. 
 
A concorrência, de acordo com o art. 22, §1º, da Lei de 
Licitações é “a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto”. 
 
É modalidade utilizada para contratações de grande vulto, 
ou seja, para obras e serviços de engenharia cujo valor seja superior a 
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil) e para outros bens e 
serviços cujos valores sejam superiores a R$ 650.000,00 (seiscentos e 
cinquenta mil). 
 
Concorrência 
Obras e Serviços de 
Engenheira 
Outros bens e serviços 
+ R$ 1,5 milhões + R$ 650 mil 
 
No entanto, para alguns casos, independentemente do 
valor, será obrigatória a utilização da concorrência, tal como: 
 
 Concessão de serviço público; 
 Concessões de obras ou serviços (Parcerias Público-Privadas) 
 Concessões de direito real de uso; 
 Alienação bens imóveis; 
 Licitações internacionais; 
 Contratos de empreitada integral (art. 6º); 
 
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Vale mencionar que a concorrência, por ser procedimento 
mais complexo, em que, inclusive, se pode verificar claramente todas as 
fases, não tem limite máximo de valor e, ainda, poderá substituir a 
tomada de preço ou o convite. É a velha máxima de que pode o mais 
pode o menos. 
 
Como assim? Significa dizer que nos casos em que 
couber o convite, poderá ser utilizada a tomada de preço e, em 
qualquer caso, a concorrência, ou seja, seria a concorrência uma 
espécie de modalidade superior a tomada de preço e ao convite, 
conforme prevê o art. 23, §4º, da Lei de Licitações: 
 
Art. 23. 
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá 
utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. 
 
Dá-se uma especial atenção para os prazos nessa 
modalidade. A propósito, o denominado intervalo mínimo, ou seja, o 
prazo da abertura do certame até a apresentação das propostas, é de 45 
(quarenta e cinco) dias, no caso de licitação do tipo técnica e preço, 
melhor técnica, ou ainda, quando for por empreitada integral, e 
de 30 dias para licitações tipo menor preço. 
 
A tomada de preço é “a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas 
as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia 
anterior à data do recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação”. (art. 22, §2º, Lei nº 8.666/93) 
 
É modalidade utilizada para contratações de valores 
intermediários, ou seja, para contratação de obras e serviços de 
engenharia de valores entre 150.000,00 (cento e cinquenta mil) 
até 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil), e para outros 
bens e serviços de valores entre 80.000 (oitenta mil) até 650.000 
(seiscentos e cinquenta mil). 
 
Tomada de 
preços 
Obras e Serviços deEngenheira 
Outros bens e serviços 
+ 150 mil até 1,5 milhões + 80 mil até 650 mil 
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Além do valor, o que caracteriza a tomada de preço é uma 
forma de prévia habilitação, em razão do cadastramento, ou a 
possibilidade de cadastramento até o terceiro dia anterior à data de 
recebimento das propostas. 
 
É admitida nas licitações internacionais, como exceção 
à obrigatoriedade de utilizar a concorrência, desde que a entidade 
ou órgão licitante disponha de cadastro internacional de fornecedores 
e o contrato esteja dentro do limite de valor fixado para essa modalidade. 
 
O prazo de intervalo mínimo é de 30 dias (critérios de 
melhor técnica ou técnica e preço) e 15 dias (menor preço). 
 
O convite é, nos termos do art. 22, §3º, da Lei de 
Licitações, “a modalidade utilizada entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e 
convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados 
na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse 
com antecedência de até 24 horas da apresentação das 
propostas”. 
 
Perceba que os interessados serão convidados ou 
escolhidos pela Administração Pública, em número mínimo de 3 (três), 
mas qualquer cadastrado poderá participar desde que se manifeste até 
24 horas da apresentação das propostas. 
 
A convocação se dará por meio da chamada carta-convite. 
É que, nessa modalidade não haverá o edital. Então, o instrumento 
convocatório será a carta-convite. 
 
Destaca-se que o convite deverá ter pelo menos três 
participantes. Entretanto, é possível que a carta-convite seja, 
excepcionalmente, enviada para menos de três cadastrados ou 
interessados, quando houver limitação no mercado ou manifesto 
desinteresse, e, assim, seja impossível a obtenção do número mínimo, 
caso que deverá estar devidamente justificado no processo, sob pena de 
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repetição do convite. 
 
Art. 22. 
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto 
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do 
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas 
circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, 
sob pena de repetição do convite. 
 
A propósito, quando houver mais de três interessados na 
praça, a cada novo convite para objeto idêntico ou assemelhado, deverá 
obrigatoriamente a Administração estender o convite a, no mínimo, mais 
um interessado, enquanto existirem cadastrados que não participaram 
das licitações anteriores. 
 
Art. 22 
§ 6º Na hipótese do § 3º deste artigo, existindo na praça mais 
de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado 
para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, 
no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem 
cadastrados não convidados nas últimas licitações. 
 
Essa modalidade é utilizada para valores menores, nos 
limites do art. 23, ou seja, até 150.000 (cento e cinquenta mil) no 
caso de obras e serviços de engenharia e até 80.000 (oitenta mil) 
para outros bens e serviços. 
 
Convite 
Obras e Serviços de 
Engenheira 
Outros bens e serviços 
Até 150 mil Até 80 mil 
 
O intervalo mínimo será, sempre, de 5 dias úteis, 
conforme prescreve o art. 21, § 2º, IV, da Lei de Licitações. 
 
É importante ressaltar, novamente, que a cada novo 
convite, no caso de existirem interessados na praça, é preciso renovar ou 
estender o convite a outros interessados que não participaram do 
certame anterior. 
 
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O instrumento convocatório, nesta modalidade, é a 
carta-convite que deve ser encaminhada aos licitantes convidados e 
fixada em local acessível ao público no prédio da Administração, não se 
exigindo, no entanto, publicação no diário oficial ou em jornal de grande 
circulação. 
 
Ademais, consoante estabelece o art. 23, §3º, Lei nº 
8.666/93, é possível a utilização do convite em licitações 
internacionais (mais uma exceção à concorrência), respeitados os 
valores para essa modalidade, quando não houver fornecedor do bem 
ou serviço no Brasil. 
 
Então, podemos assim sintetizar: 
 
I) Obras e serviços de engenharia 
a. Concorrência [acima de 1,5 milhões] 
b. Tomada de Preço [de 150mil até 1,5 milhões] 
c. Convite [até 150mil] 
 
II) Compras e outros serviços 
a. Concorrência [acima de 650mil] 
b. Tomada de Preço [de 80mil até 650mil] 
c. Convite [até 80mil] 
 
Tais valores, no entanto, quando se referirem a consórcios 
públicos, formados por até três entes federativos, será o dobro e, 
quando formado por mais, será triplicado. (§8º, art. 23) 
 
§ 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos 
valores mencionados no caput deste artigo quando formado por 
até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por 
maior número. 
 
O concurso é modalidade de licitação em que se 
estabelece uma disputa entre quaisquer interessados que possuam a 
qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico, científico ou 
artístico, com a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores 
(art. 22, §4º), observando, ademais, o disposto no art. 52 da Lei de 
Licitações. 
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Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei 
deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos 
interessados no local indicado no edital. 
§ 1º O regulamento deverá indicar: 
I - A qualificação exigida dos participantes; 
II - As diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; 
III - As condições de realização do concurso e os prêmios a serem 
concedidos. 
§ 2º Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a 
Administração a executá-lo quando julgar conveniente. 
 
O intervalo mínimo a ser observado é de 45 dias, 
devendo ser observado que, nessa modalidade, a lei não estabelece os 
critérios para julgamento, os quais deverão ser fixados em regulamento 
próprio. 
 
Não se devemos confundir essa modalidade de licitação, 
que é utilizada para trabalhos técnicos, científicos ou artísticos, com 
concurso público, que é procedimento para preenchimento de cargo ou 
emprego público. 
 
A propósito, ainda cabe destacar que o concurso 
(modalidade licitatória) também é, em regra, utilizado para contratação 
de serviços técnicos profissionais especializados, quando não for o caso 
de inexigibilidade. 
 
Art. 13. 
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os 
contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais 
especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados 
mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de 
prêmio ou remuneração. 
 
O leilão, conforme art. 22, §5º, da Lei de Licitações, é 
modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de 
bens móveis inservíveis para a administraçãoou de produtos legalmente 
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis 
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decorrentes de decisão judicial ou dação em pagamento (art. 19), a quem 
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, 
observando, ainda, o seguinte: 
 
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor 
designado pela Administração, procedendo-se na forma da 
legislação pertinente. 
§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela 
Administração para fixação do preço mínimo de arrematação. 
§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual 
estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após 
a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, 
imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao 
pagamento do restante no prazo estipulado no edital de 
convocação, sob pena de perder em favor da Administração o 
valor já recolhido. 
§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista 
poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Redação dada pela 
Lei nº 8.883, de 1994) 
§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, 
principalmente no município em que se realizará 
 
Observe que no caso do art. 19, bens provenientes de 
dação em pagamento ou derivados de procedimentos judiciais, a 
modalidade poderá ser o leilão ou a concorrência, conforme art. 19, 
inc. III, Lei nº 8.666/93. 
 
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja 
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação 
em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade 
competente, observadas as seguintes regras: 
I – avaliação dos bens alienáveis; 
II – comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de 
concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 
1994) 
 
O intervalo mínimo é de 15 dias, tendo como único 
critério de seleção o melhor lance. 
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É possível ainda a utilização do leilão na venda de bens 
móveis avaliados, isoladamente ou globalmente, que não 
ultrapasse o limite de R$ 650 mil, conforme prevê o art. 17, § 6º, da 
Lei, assim expresso: 
 
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou 
globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no art. 
23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá permitir 
o leilão. 
 
1.5 Contratação direta (Dispensa e Inexigibilidade) 
 
Como se sabe, a Constituição estabeleceu o princípio da 
obrigatoriedade de licitar. Portanto, a licitação é um procedimento 
prévio à contratação. No entanto, a própria Carta estabelece que a lei 
poderá estabelecer exceções à regra, ou seja, situações em que a Lei 
afaste ou permite que seja afaste a licitação, o que se denomina 
contratação direta, sendo os casos de dispensa e inexigibilidade. 
 
Art. 37. 
XXI. Ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusula 
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
 
A dispensa de licitação ocorrerá quando embora seja 
possível a competição algumas razões justificam que se deixe de 
efetuá-la. Significa dizer que em tais casos seria possível realizar a 
licitação, mas em razão de fato previsto expressamente na norma afasta-
se ou é dada a permissão para se afastar a licitação, procedendo-se a 
contratação direta (contratação sem licitação). 
 
Nesse sentido, segundo clássica lição de Hely Lopes 
Meirelles, dizemos que há duas hipóteses de dispensa, sendo: 
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1.5.1 Licitação Dispensável 
 
a) Licitação dispensável: Ocorre quando há 
discricionariedade em se dispensar (ou não) o procedimento licitatório, 
ou seja, caberá a Administração avaliar, decidir, acerca da conveniência e 
oportunidade em se realizar a licitação. 
 
Observa-se a possibilidade de deflagrar o certame, 
contudo, há a possibilidade de não o utilizar, cabendo a Administração 
Pública, motivadamente, dentro das hipóteses legais (taxativamente 
previstas), avaliar se é conveniente ou oportuno realizar o procedimento 
licitatório, dispensando-o se for o caso, conforme as situações elencadas 
no art. 24 da Lei nº 8.666/93. 
 
Nesse caso, a lei autoriza a dispensa da licitação (ato 
discricionário). E, conforme art. 24, atualmente, teríamos as seguintes 
hipóteses que ensejariam a licitação dispensável: 
 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez 
por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo 
anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma 
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma 
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta 
e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 
1998) 
 II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por 
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo 
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde 
que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou 
alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só 
vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; 
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, 
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou 
particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento 
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da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de 
obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 
180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados 
da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a 
prorrogação dos respectivos contratos; 
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas; 
VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para 
regular preços ou normalizar o abastecimento; 
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços 
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, 
ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais 
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 
48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a 
adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior 
ao constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º 
do art. 48)VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público 
interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou 
entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido 
criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta 
Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o 
praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 
1994) 
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da 
segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do 
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas 
necessidades de instalação e localização condicionem a sua 
escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de 
mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 
8.883, de 1994) 
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou 
fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde 
que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e 
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, 
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inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; 
XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos 
licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no 
preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida 
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do 
desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha 
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins 
lucrativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo 
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, 
quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas 
para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos 
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou 
inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários 
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas 
oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a 
pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades 
que integrem a Administração Pública, criados para esse fim 
específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem 
nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de 
equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao 
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de 
exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; 
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o 
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou 
tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual 
de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes 
de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de 
adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder 
comprometer a normalidade e os propósitos das operações e 
desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" 
do incico II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 
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1994) 
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, 
com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, 
quando houver necessidade de manter a padronização requerida 
pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e 
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; 
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XX – na contratação de associação de portadores de deficiência 
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por 
órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação 
de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
XXI – para a aquisição de bens e insumos destinados 
exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos 
concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras 
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para 
esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) 
XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia 
elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou 
autorizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído 
pela Lei nº 9.648, de 1998) 
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou 
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e 
controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou 
obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 
9.648, de 1998) 
XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços 
com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das 
respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no 
contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) 
XXV – na contratação realizada por Instituição Científica e 
Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a transferência 
de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de 
exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 
2004) 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da 
Federação ou com entidade de sua administração indireta, para 
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a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos 
do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio 
de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XXVII – na contratação da coleta, processamento e 
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou 
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, 
efetuados por associações ou cooperativas formadas 
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas 
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com 
o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, 
ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, 
de 2007). 
XXVIII – (Vide Medida Provisória nº 352, de 2007) 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou 
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta 
complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de 
comissão especialmente designada pela autoridade máxima do 
órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007). 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para 
atender aos contingentes militares das Forças Singulares 
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, 
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do 
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da 
Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008). 
XXX – na contrataçãode instituição ou organização, pública ou 
privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços 
de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa 
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura 
Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal. (Incluído 
pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência 
XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos 
arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, 
observados os princípios gerais de contratação dela constantes. 
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 
XXXII – na contratação em que houver transferência de 
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de 
Saúde – SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 
1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, 
inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as 
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etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 
2012) 
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins 
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras 
tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e 
produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa 
renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela 
Lei nº 12.873, de 2013) 
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste 
artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e 
serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de 
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação 
qualificadas, na forma da lei, como Agências 
Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) 
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que 
integre a administração pública estabelecido no inciso VIII 
do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que 
produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei 
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em 
ato da direção nacional do SUS. 
 
1.5.2 Licitação Dispensada 
 
b) Licitação dispensada: É aquela em que se vislumbra 
a possibilidade de se realizar o procedimento competitivo. Porém, embora 
seja possível licitar, a própria lei determina que se afaste, ou seja, não 
há margem de escolha, já que a lei determina a não utilização do 
procedimento, consoante art. 17 da Lei nº 8.666/93. 
 
Nesse caso, a lei determina a dispensa de licitação 
(ato vinculado). 
 
As hipóteses de licitação dispensada estão elencadas no 
art. 17 da Lei nº 8.666/93, também taxativamente, e em síntese se 
refere à alienação de bens móveis ou imóveis, pela Administração 
Pública, de modo que seria exceção à regra da licitação por concorrência 
ou nos casos do art. 19, por concorrência ou leilão. 
 
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, 
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subordinada à existência de interesse público devidamente 
justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes 
normas: 
 
Com efeito, os casos de licitação dispensada ocorrem, 
em regra, em face de alienação, doação, permuta ou venda de bens. 
 
Assim, quando se tratar de alienação de bens imóveis, 
dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta 
e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as 
entidades paraestatais1, de avaliação prévia e de licitação na modalidade 
de concorrência. 
 
Art. 17. 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para 
órgãos da administração direta e entidades autárquicas e 
fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, 
dependerá de avaliação prévia e de licitação na 
modalidade de concorrência, dispensada esta nos 
seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de 
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação 
dada pela Lei nº 11.952, de 2009) 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; 
d) investidura; 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de 
qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados 
no âmbito de programas habitacionais ou de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 
11.481, de 2007) 
 
1 A Lei de Licitações utilizou da expressão paraestatal para se referir às estatais, ou seja, empresas 
públicas e sociedades de economia mista. 
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g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 
da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa 
e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja 
competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 
11.196, de 2005) 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² 
(duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito 
de programas de regularização fundiária de interesse social 
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração 
pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal 
onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos 
fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de 
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído 
pela Lei nº 11.952, de 2009) 
 
No entanto, será dispensada a licitação nos casos de: 
 
a) dação em pagamento: significa dar o imóvel como 
pagamento do preço estipulado em alguma negociação. 
 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”. 
 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados 
no âmbito de programas habitacionais ou de regularização 
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou 
entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 
11.481, de 2007) 
 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de 
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis 
de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² 
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(duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito 
de programas de regularização fundiária de interesse social 
desenvolvidos por órgãos ou entidadesda administração 
pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal 
onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos 
fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de 
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído 
pela Lei nº 11.952, de 2009) 
 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei. 
 
Art. 24. 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao 
atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas 
necessidades de instalação e localização condicionem a sua 
escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de 
mercado, segundo avaliação prévia 
 
d) investidura 
 
Art. 17. 
§3º. Entende–se por investidura: 
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área 
remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se 
tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao 
da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta 
por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 
desta lei; 
II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta 
destes, ao Poder Público, de imóveis para fins residenciais 
construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, 
desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas 
unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final 
da concessão. 
 
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e) venda a outro órgão ou entidade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo. 
 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, 
concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados 
no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração 
pública. 
 
g) procedimentos de regularização fundiária de que 
trata o art. 29 da Lei nº 6.383/1976, conforme o seguinte: 
 
Art. 29 - O ocupante de terras públicas, que as tenha tornado 
produtivas com o seu trabalho e o de sua família, fará jus à 
legitimação da posse de área contínua até 100 (cem) hectares, 
desde que preencha os seguintes requisitos: 
I - não seja proprietário de imóvel rural; 
II - comprove a morada permanente e cultura efetiva, pelo prazo 
mínimo de 1 (um) ano. 
§ 1º - A legitimação da posse de que trata o presente artigo 
consistirá no fornecimento de uma Licença de Ocupação, pelo 
prazo mínimo de mais 4 (quatro) anos, findo o qual o ocupante 
terá a preferência para aquisição do lote, pelo valor histórico da 
terra nua, satisfeitos os requisitos de morada permanente e 
cultura efetiva e comprovada a sua capacidade para desenvolver 
a área ocupada. 
§ 2º - Aos portadores de Licenças de Ocupação, concedidas na 
forma da legislação anterior, será assegurada a preferência para 
aquisição de área até 100 (cem) hectares, nas condições do 
parágrafo anterior, e, o que exceder esse limite, pelo valor atual 
da terra nua. 
§ 3º - A Licença de Ocupação será intransferível inter vivos e 
inegociável, não podendo ser objeto de penhora e arresto. 
 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de 
uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² e inseridos no 
âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social 
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desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública. 
 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou 
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde 
incidam ocupações até o limite de 15 módulos fiscais ou 1.500 hectares, 
para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais. 
 
Importante destacar que na alienação de bens imóveis 
pela Administração Pública, que foram adquiridos em face de 
procedimento judicial ou de dação de pagamento, poderá ser feito, 
sem autorização legislativa, por ato da autoridade competente, após 
prévia avaliação e comprovada a necessidade ou utilidade da alienação, 
mediante licitação, podendo ser utilizada a modalidade concorrência ou 
leilão. 
 
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja 
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação 
em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade 
competente, observadas as seguintes regras: 
I - avaliação dos bens alienáveis; 
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de 
concorrência ou leilão 
 
A propósito, os imóveis doados para outro órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, 
cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao 
patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo 
beneficiário. 
 
A Administração também poderá conceder título de 
propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, 
quando o uso destinar–se a: 
 
I – Outro órgão ou entidade da Administração Pública, 
qualquer que seja a localização do imóvel; 
 
II – Pessoa física que, nos termos da lei, regulamento ou 
ato normativo do órgão competente, haja implementado os 
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requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica 
e exploração direta sobre área rural situada na região da 
Amazônia Legal, definida no art. 1º, § 2º, inciso VI, da Lei 
nº 4.771, de 22 de setembro de 1965, superior a um 
módulo fiscal e limitada a áreas de até quinze módulos 
fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares; 
 
Neste último caso, ficam dispensadas de autorização 
legislativa, porém se submetem aos seguintes condicionamentos: 
 
I – aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção 
por particular seja comprovadamente anterior a 1º de 
dezembro de 2004; 
 
II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do 
regime legal e administrativo da destinação e da 
regularização fundiária de terras públicas; 
 
III – vedação de concessões para hipóteses de exploração 
não–contempladas na lei agrária, nas leis de destinação de 
terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de 
zoneamento ecológico–econômico; e 
 
IV – previsão de rescisão automática da concessão, 
dispensada notificação, em caso de declaração de utilidade, 
ou necessidade pública ou interesse social. 
 
Essa hipótese só se aplica a imóvel situado em zona rural, 
não sujeito à vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração 
mediante atividades agropecuárias, limitando–se a áreas de até quinze 
módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hectares, 
vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse 
limite, e poderá ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da 
figura prevista na regularização fundiária (art. 17, inc. I, alínea “g”), até 
o limite de 500 hectares. 
 
E, quando se tratar debens móveis, a alienação 
dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensando-a nos 
seguintes casos: 
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Art. 17. 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, 
dispensada esta nos seguintes casos: 
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse 
social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio–
econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; 
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou 
entidades da Administração Pública; 
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, 
observada a legislação específica; 
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; 
e) venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude 
de suas finalidades; 
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou 
entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por 
quem deles dispõe. 
 
Enfim, para diferenciar uma de outra, façamos uma singela 
brincadeira. Imagine que você esteja em um curso, e chegando à sala de 
aula o Professor diga assim: “Olha, eu não faço chamada, então quem 
tiver interesse e quiser assistir a aula, que venha, quem não, fique em 
casa”. 
 
Veja que o Professor quis dizer o seguinte: cabe a você 
decidir se assiste ou não a aula, ou seja, que sua presença em sala é 
dispensável. Significa, para o malsinado Professor, que sua presença é 
indiferente, tanto faz você comparecer ou não. 
 
De outro lado, imagine que outro Professor diga o seguinte: 
A partir de hoje vocês estão dispensados. Só voltem no dia da prova que 
será na data tal, quando nos encontraremos novamente. Veja que neste 
caso, você pode até querer ir às aulas, mas foi dispensado, até porque 
o distinto mestre não ministrará aula alguma. 
 
Então, é só uma brincadeira! Mas serve para demonstrar 
que há sensível diferença entre licitação dispensada e licitação 
dispensável. 
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Na dispensada não há como licitar, isso porque a lei 
determinou o afastamento do procedimento. Não haverá licitação por 
determinação legal, muito embora fosse possível estabelecer uma 
competição. 
 
Na dispensável é possível licitar, mas cabe ao 
Administrador, diante das situações permitidas pela norma, avaliar se é 
conveniente ou oportuno realizá-la. 
 
Tais casos de dispensa (licitações dispensáveis e 
dispensadas) estão taxativamente previstos na Lei, ou seja, a Lei 
nº 8.666/93 enumerou exaustivamente (numerus clausus) as hipóteses 
em que se admite a licitação dispensável (art. 24) e em que se aplica a 
dispensada (art. 17). 
 
1.5.3 Inexigibilidade 
 
É inexigível o procedimento licitatório quando há 
inviabilidade de competição, conforme previsto no art. 25 da Lei 
8.666/93, ou seja, quando não for possível estabelecer procedimento 
competitivo poderá a Administração proceder à contratação direta por 
inexigibilidade de licitação. 
 
Destaca-se, ademais que a Lei elencou algumas situações 
de inexigibilidade, todavia, trata-se de enumeração exemplificativa, 
pois em qualquer situação, ainda que não descrita na norma, que seja 
inviável a competição, poderá a Administração proceder à contratação 
direta. 
 
Observamos que a inexigilidade ocorre quando há 
inviabilidade de competição, conforme previsto no art. 25, Lei 
8.666/93, assim expresso: 
 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial: 
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que 
só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
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marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através 
de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local 
em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo 
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas 
entidades equivalentes; 
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 
13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas 
de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços 
de publicidade e divulgação; 
III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, 
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
 
Dessa forma, a Lei de Licitações estabelece que haverá 
inexigibilidade sempre que for inviável a competição, especialmente nas 
seguintes situações: 
 
a) Para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros 
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, 
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado 
fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria 
a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
 
b) para a contratação de serviços técnicos profissionais 
especializados, de natureza singular, com profissionais ou 
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para 
serviços de publicidade e divulgação; 
 
Art. 25 
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou 
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, 
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, 
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de 
outros requisitos relacionados com suas atividades, permita 
inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais 
adequado à plena satisfação do objeto do contrato. 
 
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38 
Nesse sentido, dispõe o artigo 13 da Lei de Licitações o que 
seriam serviços técnicos profissionais especializados, considerando 
os trabalhos relativos a: 
 
 Estudos técnicos, planejamentos e projetos 
básicos ou executivos; 
 Pareceres, perícias e avaliações em geral; 
 Assessorias ou consultorias técnicas e 
auditorias financeiras ou tributárias; 
 Fiscalização, supervisão ou gerenciamento de 
obras ou serviços; 
 Patrocínio ou defesa de causas judiciais ou 
administrativas; 
 Treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, e; 
 Restauração de obras de arte e bens de valor 
histórico. 
 
c) Para contratação de profissional de qualquer setor 
artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde 
que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
 
Assim, quando não for possível estabelecer procedimento 
competitivo, destacando a Lei algumas situações de forma 
exemplificativa, ou seja, não exaustiva, será inexigível a licitação. 
 
Cumpre esclarecer que, nesta situação, e em qualquer dos 
casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem 
solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor 
ou o prestador de serviços e o agente público responsável,

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