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Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Curso de Engenharia Civil Unesp, Ilha Solteira-SP. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 2 • Componentes – Tubulações; – Equipamentos; – Reservatórios. – Água Fria – Sistemas: • Direto; • Indireto; e • Misto – Água da Rede • Consultar concessionária local. – Água de Poço • Deve ser conduzida a um reservatório elevado para posterior distribuição – Bombas • Centrífuga • Pistão – Reservatórios • Utilizados para compensar eventuais falhas de abastecimento • Usuais: cimento amianto até 1000 litros. Para volumes maiores podem ser utilizadas várias caixas em paralelo. • A instalação deve ser feita em local de fácil acesso, sobre vigotas de madeira, antes de se concluir o telhado. • Não deve ser apoiada diretamente sobre as lajes. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 3 • Rede de distribuição predial NBR 5626 – Deve atender as condições técnicas mínimas de higiene, economia e conforto dos usuários. – O fornecimento de água deve ser contínuo, em quantidade suficiente e com pressões adequadas ao perfeito funcionamento dos equipamentos e tubulações. – Golpe de Aríete • Ocorre quando o fluxo é interrompido bruscamente, em geral por válvulas de descarga. • Deve-se fazer uso de válvulas com fechamento gradativo ou lento. • Ramal Predial – É o trecho executado pela concessionária, ligando a rede até o cavalete, mediante requerimento do proprietário. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 4 •Tubulações: – Devem correr embutidas, com leve inclinação (2%) para evitar a formação de bolhas; – Evitar trechos muito longos. O PVC pode dilatar até seis vezes mais que o aço. Uma tubulação de 30 m pode dilatar até 5 cm a 20ºC; – Proteger as extremidades livres com dispositivos adequados; – Evitar o cruzamento de água quente com água fria; – Aberturas de rasgos na alvenaria, após a colocação dos tubos, devem ser totalmente preenchidas com argamassa de cimento e areia 1:3; – Não transpor estruturas, a menos que esteja previsto. Neste caso, preparar o local deixando passagem com diâmetro maior, de modo a não engastar a tubulação na estrutura. – Tubulações de PVC expostas ao sol perdem a coloração. Isto não afeta a resistência, mas prejudica a estética. Usar pintura apropriada; – A transposição de juntas de dilatação deve ser feita por intermédio de “LIRAS”, que são dispositivos para prevenir movimentação estrutural; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 5 •Tubulações: – No transporte e manuseio, deve-se evitar a ocorrência de flechas e o contato direto com peças metálicas salientes. – Os tubos devem ser cuidadosamente empilhados. Evitar pilhas altas e expostas ao sol – Tubulações enterradas devem ser protegidas com lajes de concreto. – Caso não seja possível enterrar em profundidade, deve-se executar dispositivos especiais de proteção, como canaletas de concreto ou alvenaria. - Tráfego de Veículos: • Se houver tráfego de veículos, a profundidade da vala deve ser de 80 cm. Em calçadas pode ser de 60 cm. No interior de lotes, 30 cm. Laje de concreto Arei a Tubo Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 6 –Tubulações: • As tubulações não podem, em hipótese alguma, passar por dentro de fossas, poços de visita, caixas de inspeção, etc. • Evitar a confecção de curvas nos tubos de PVC ou de Ferro. Utilizar conexões apropriadas, evitando-se o uso do fogo para confeccionar peças curvas. • Antes de revestir as paredes, as tubulações devem ser testadas a fim de se verificar possíveis vazamentos ou falhas nas juntas. – Tubulações aparentes devem ter apoios espaçados de modo que se evite a ocorrência de flechas e solicitações indesejáveis junto às conexões e também vibrações da rede. – Diâmetro/ espaçamento • 20 mm - 0,80 m • 25 mm - 0,90 m • 32 mm - 1,10 m • 40 mm - 1,30 m • 50 mm - 1,50 m • 60 mm - 1,60 m • 75 mm - 1,90 m • 110 mm - 2,50 m – Exemplo de esforços que podem atuar nas tubulações: • Peso próprio + peso da água; • Pressão exercida pela água; • Sobrecargas: pavimentos, aterros, trânsito de veículos; • Vibrações, impactos, golpes de aríete, ventos; • Dilatação e/ou retração. – Antes de iniciar os serviços, verificar a qualidade e também se não está faltando nenhuma peça, de modo que se evite as ditas “gambiarras” de obra para resolver problemas imediatos. – Mesmo havendo um bom projeto, exigir, ao final da obra, o “projeto como construído”, para melhor orientar serviços de manutenção ou reformas. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 7 • ESGOTO SANITÁRIO – O projeto deve: • Possibilitar rápido escoamento; • Impedir a contaminação da água de consumo; • Obstruir a passagem de gases; • Impedir a formação de depósitos; • Permitir fácil acesso; • Facilitar a manutenção. – Tubos de Queda – Tubulação que recebe efluentes dos ramais de esgoto; – Deve ser vertical, numa única prumada. Se for preciso alterar a prumada, usar conexões de raio longo; – Prever inspeção com visita na extremidade inferior da tubulação. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 8 • ESGOTO SANITÁRIO – Coluna de Ventilação • Destina-se a permitir a circulação de ar no interior da instalação; • Tem a função de proteger o fecho- hídrico; • Não deve receber despejo de esgoto; • Todo líquido que nela se ingressar deve escoar facilmente por gravidade. – altura: • 30 cm acima de telhados ou lajes de cobertura; • 2,0 m acima de laje para outros fins; • 4,0 m distante de janelas, portas ou mezaninos, prolongando-se 1,0 m acima de cintas ou vergas. –CAIXAS DE INSPEÇÃO • Devem ser previstas quando houver: • Interligação de tubulações; • Mudança de direção; • Mudança de diâmetro; ou • Mudança de declividade. • São usadas para facilitar a inspeção, desobstrução e limpeza das tubulações. • Podem ser executadas em alvenaria ou concreto; • Devem ter revestimento interno de argamassa de cimento e areia 1:3 bem alisado; • A última caixa deve estar a menos de 15 m do coletor público; CAIXA DE INSPEÇÃO Tampa para inspeção Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 9 • CAIXAS DE GORDURA • Utilizada para reter material gorduroso, impedindo seu encaminhamento para as tubulações. • Deve ser instalada em local de fácil acesso, na parte externa da edificação, próximas a pias de cozinha; – Tem a finalidade de: • Evitar entupimentos na rede; • Facilitar a manutenção; • Aumentar a vida útil de fossas; • Melhorar as condições da rede pública; • Impedir a passagem de gases. – Podem ser executadas em alvenaria, concreto, ferro fundido ou PVC, devendo ser bem vedadas e ter tampa removível para facilitar a limpeza. – COLETOR PREDIAL • Deve ter cota mais elevada que a do coletor público, que fica geralmente a 2,0 m de profundidade em relação à calçada. • Deve ter comprimento máximo de 15 m entre caixas de inspeção; • Em terrenos com declive para os fundos, pode-se utilizar bombas de recalque ou fazer a passagem pelos terrenos vizinhos, o que deve ser evitado por não se ter amparo legal. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 10 – CONSIDERAÇÕES GERAIS •Buscar sempre o traçado mais curto para tubulações de maior diâmetro; • Toda peça sanitária deve ser protegida por ralo sifonado ou fecho-hidrico, observando- se a instalação em nível e prumo para garantir a estanqueidade das peças; • O assentamento de tubulações deve ser feito em valas com aterro compactado; • Em locais sujeitos a tráfego de veículos, os tubos devem ficar 50 cm enterrados, protegidos por lajes de concreto. – FOSSA NEGRA • Utilizada quando não existe consumo de água do lençol freático e não se dispõe de coletor público. Consiste na abertura de um poço profundo, onde os dejetos são lançados; • Tem o inconveniente de poluir o lençol; • Com o tempo as paredes do poço se impermeabilizam (colmatação), sendo necessário executar outro poço em série. – FOSSA SÉPTICA NBR 7229/93 • Utilizada quando existe consumo da água do lençol. Trata-se de uma construção impermeabilizada, podendo ser executada em alvenaria ou concreto. • O Caderno 7 da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) fornece orientações para o dimensionamento. N.o de Comprimento Largura Altura Capacidade Pessoas (m) (m) (m) (Litros) 7 2 0,9 1,5 2160 10 2,3 0,9 1,5 2480 14 2,5 0,9 1,5 2700 21 2,7 1,2 1,5 3890 24 3,2 1,2 1,5 4600 Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 11 • FOSSA SÉPTICA • Caderno 07 da ABCP - SISTEMAS DE INFILTRAÇÃO - Utilizado para aumentar a vida útil do sistema ou quando o lençol estiver próximo à superfície. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 12 • Projeto arquitetônico – Deve prever abastecimento para pontos de luz e tomadas de energia, máquinas de lavar, aparelhos (ar condicionado, microondas, computadores, etc.), telefones e equipamentos de segurança. É preciso conhecer os conceitos de instalações elétricas para que se possa incorporá-los já no anteprojeto. É bom ter em mente que o avanço tecnológico tem gerado mudanças significativas na arte de projetar. • Execução da obra – Geralmente terceiriza-se esse serviço a empresas especializadas. O eng.o civil deve, contudo, conhecer o assunto de forma suficiente para assumir o papel de supervisor. Cumpre salientar que a responsabilidade perante o cliente, mesmo que o serviço tenha sido terceirizado, será sempre do responsável pela obra. • Fases do serviço: – Instalação provisória • Nesta fase é feita a instalação necessária para o funcionamento do canteiro. Deve-se solicitar informações necessárias e requerer a ligação junto à concessionária local. Se houver demora, verificar a possibilidade de acordo para a utilização da energia de edificações vizinhas. –Tubulação • Colocação dos condutos e caixas de passagem, efetuada antes da concretagem das lajes e do revestimento das alvenarias. – Fiação • Nesta fase é feita a limpeza dos conduítes e colocação dos condutores. Deve ser realizada após o revestimento das paredes e conclusão da cobertura. Consiste em passar os fios no interior dos condutos, execução da rede aérea no forro (se for o caso) e montagem do quadro de distribuição. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 13 • Fases do serviço – Acabamento • Consiste na colação dos espelhos das tomadas e interruptores, arandelas, e instalação de equipamentos e aparelhos de iluminação. Deve ser executada após o término da pintura. • Rede pública – Fornece energia com entrada monofásica ou bifásica. • Entrada monofásica – Composta por dois fios, um de fase (positivo) e outro neutro, fornecendo tensão entre 115V e 127V • Entrada bifásica – Composta por três fios, sendo um neutro e dois fases, fornecendo tensões entre 115 e 127V (uma fase e um neutro) ou tensão entre 220 e 230V (duas fases), geralmente utilizada para chuveiros. A ligação em três fases é feita por meio de solicitação à concessionária, para alimentação de edificações industriais. • Caixa de entrada (padrão de medição) – Executar conforme as normas da concessionária; – Instalar em local que permita fácil acesso para manuseio e leitura; – Verificar lateral mais favorável da edificação para a passagem de tubulações e reduzir possibilidade de interferência com outras instalações (água, gás, telefone); – Deve conter: • Caixa padrão com medidor de corrente e terminal de aterramento; • Dispositivo geral de comando e proteção; e • Haste de aterramento individual • Caixa de distribuição ou Quadro de distribuição – Interliga a entrada de energia aos circuitos existentes. – Serve para abrigar os disjuntores ou dispositivos de proteção dos circuitos, devendo possuir dispositivo geral de desligamento e permitir a instalação de novos circuitos; – A quantidade de quadros depende do número de circuitos, sendo aconselhável não abrigar mais de vinte circuitos; – Deve ser instalado em local centralizado na edificação, permitindo circuitos com comprimento equivalentes; – Deve estar a uma altura que permita fácil acesso para manipulação dos disjuntores; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 14 Esquema para instalação residencial Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 15 • Eletrodutos ou conduítes – Têm a função de proteger os condutores (fios) contra choques mecânicos, agentes químicos, etc. São classificados em: • Metálicos rígidos: – pesados – leves • Plásticos rígidos • Metálicos flexíveis • Plásticos flexíveis – pesados; – leves. – Instalação: • Aparentes, em prateleiras ou suportes: – eletrodutos rígidos (metálicos ou PVC) • Em lajes e alvenaria (Figura 02) – eletrodutos rígidos (metálicos ou PVC) • Aparentes, fixados por abraçadeiras: – eletrodutos rígido (metálicos ou PVC) Instalação de conduites • Enterrados no solo – Eletrodutos rígidos de PVC ou metálicos galvanizados • Enterrados embutidos em lastro de concreto: – Eletrodutos rígidos metálicos galvanizados Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 16 – Emendas de eletrodutos • Feita por luvas atarraxadas em ambas extremidades, devendo ser rosqueadas até as extremidades se tocarem dentro da luva. – Fixação em caixas de passagem • Feita com auxílio de buchas, arruelas e porcas. Devem estar firmemente afixados a uma distância inferior a 1,0 m de cada caixinha ou equipamento. – Confecção de curvas (fig. 3) • Devem ser feitas de modo que não prejudique a seção do eletroduto, utilizando-se equipamento apropriado. – Não se deve empregar curvas com ângulo superior a 90º. Em cada trecho entre caixas de derivação, usar no máximo três curvas de 90º, ou quatro se for curva com ângulo inferior a 90o. – As emendas de condutores devem ficar dentro das caixas. Eletrodutos embutidos em concreto devem ser protegidos de impactos e ter suas extremidades vedadas durante a concretagem. Confecção de curvas • Caixas de derivação – Devem ser utilizadas em: • Todos os pontos de entrada ou saída de condutores da tubulação; • Todos os pontos de emenda ou derivação de condutores; • Todos os pontos de instalação de aparelhos; • Para dividir a tubulação em trechos: – Retos: inferiores a 15,0 m; – Curvos: 15,0 m – 3,0 m para cada curva existente; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 17 Montagem de eletrodutos e caixas Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 18 • Caixas de Passagem|Tipos de caixas de passagem: Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 19 • Enfiação – Antes da enfiação, a tubulação deve estar limpa, seca e desobstruída. A limpeza pode ser feita por meio de uma bucha de pano puxada por um fio de aço. – A enfiação deve ser feita por duas pessoas, uma puxando o fio e outra empurrando. Os condutores podem ser lubrificados com talco ou parafina para facilitar o serviço. – Pode ser deixado previamente um pedaço de arame dentro do conduíte, que servirá para puxar os fios e facilitar a sua enfiação. • Instalação em linha aberta – Pode ser feita no interior de edifícios nos casos em que não seja obrigatório o uso de eletrodutos. – Não podem ser executadas em alturas inferiores a 3,0 m em relação piso. – Não pode ser empregada nos seguintes casos: • Lugares úmidos, ambientes corrosivos ou locais perigosos; • Teatros, cinemas, auditórios e similares; e • Poços de elevadores. • Disposições construtivas – Os condutores devem ter contato apenas com os isoladores e clites, mantendo afastamentos entre si de 60 mm para tensões até 300V e 100 mm para tensões superiores. – As emendas e derivações devem estar contidas entre isoladores afastados de 100 mm entre si, conforme mostra a figura abaixo. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 20 • Disposições Construtivas – Os condutores devem ficar bem esticados entre os isoladores. O afastamento máximo entre isoladores é de 1,5 m em trechos retilíneos e em pequenos desvios da linha. – As descidas dos condutores para tomadas e similares devem ser dotadas de proteção mecânica. – Os isoladores do tipo roldana devem ser primeiramente afixados no devido lugar para depois passar os condutores Isoladores do tipo roldana Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 21 • CONCEITO – Material composto por materiais inertes (agregados miúdos) e aglomerantes (cimento e cal). – Apresentam características plásticas e adesivas antes de sua aplicação, tornando-se rígidas e resistentes com o tempo. – Podem ser utilizadas para: • regularização de superfícies; • revestimentos para proteção física e mecânica; • suporte e aderência; • acabamento de superfícies. • Propriedades das argamassas – Trabalhabilidade; – Resistência Mecânica; – Aderência; – Durabilidade; – Impermeabilidade; – Resistência a agentes químicos; – Isolamento térmico e acústico; e – Estabilidade volumétrica. • Obs.: As propriedades estão relacionadas com as proporções e qualidade dos materiais componentes. • Trabalhabilidade – Facilidade de manipulação na hora de trabalhar a argamassa; – Tendência a não aglutinar nas ferramentas; – Não segregar ao ser transportada; – Não endurecer quando em contato com superfícies absorventes; – Permanecer plástica por tempo suficiente; • Como conseqüência, tem-se: – Maior produtividade; – Melhoria em outras propriedades desejáveis; • Observações: – Argamassas só de cimento caracterizam-se por apresentar pouca trabalhabilidade; – A adição de água melhora a trabalhabilidade, mas piora as demais propriedades; – A adição de cal, em razão de seu alto grau de finura, melhora as condições de trabalhabilidade, diminuindo a tensão superficial da pasta, atuando como se fosse um lubrificante sólido para os grãos de areia; – Aumentando-se o módulo de finura das areias, tem-se melhores condições de trabalhabilidade. – A trabalhabilidade adequada é função da capacidade de retenção de água: Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 22 Argamassas sem retenção de água: – Não se mantém plástica por tempo suficiente; – Atingem menores resistências quando endurecidas; – Ocorrem prejuízos para a aderência, durabilidade e capacidade de absorver movimentos • Determinação da consistência: – Ensaio do abatimento de cone “slump”; – Mesa de fluidez “flow-table”; – Penetração de bola “ball-test”. • Resistência Mecânica – É avaliada pela resistência à compressão simples, pela ruptura de corpos de prova. – A resistência final deve ser função da sua utilização. – Argamassas resistentes devem ser utilizadas em alvenaria estrutural e em alicerces. – Argamassas de cimento adquirem resistência de maneira mais rápida, conduzindo a valores de fc elevados e muito variáveis. – Argamassas de cal e areia adquirem resistência de forma mais lenta, conduzindo a valores baixos, entre 0,5Mpa > fc > 2,0 MPa. - A resistência da alvenaria depende muito pouco da resistência da argamassa. – A durabilidade de um revestimento argamassado depende muito de sua elasticidade, ou seja, capacidade de se deformar sem sofrer ruptura; – As solicitações mais usuais estão relacionadas a movimentos de origem térmica e variação de umidade; – Processos de cura lenta e constantes conduzem a desenvolvimento progressivo da resistência. •Aderência – Capacidade de absorver tensões tangenciais à superfície. A aderência deve ser avaliada ainda no estado fresco e também depois de endurecida. – Aderência da argamassa fresca: • Depende da tensão superficial da porção líquida da pasta, devendo ser capaz de umedecer a superfície dos grãos de areia; • Quanto maior o teor de aglomerante, menor é a tensão superficial da pasta e maior a aderência. – Aderência da argamassa endurecida • Depende da superfície de contato e da granulometria do agregado; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 23 • Superfícies porosas e absorventes permitem a penetração de parte da água, com precipitação do Ca(OH)2 do cimento, os quais exercem ação de encunhamento de modo a favorecer a aderência. • A argamassa deve ceder água à superfície de forma contínua, sendo de extrema importância a execução da cura através de umedecimento constante; • Se houver interrompimento no fluxo de água, haverá descontinuidade entre os cristais endurecidos no interior dos poros, havendo prejuízo para a aderência. •Durabilidade – Fatores comprometedores: • Retração na secagem; • Penetração de água de chuva; • Temperaturas muito baixas; • Choques térmicos; • Eflorescências; • Reações químicas indesejáveis; e • Agentes externos corrosivos. - Classificação - Quanto a sua utilização - Argamassa de aderência (chapisco): Proporciona condições de aspereza a superfícies lisas, tais como cerâmicas, concretos, tijolos laminados, etc., criando assim condições para receber a argamassa de revestimento. Deve ser aplicada contra a superfície por meio de lançamento que provoque impacto moderado. - Argamassa de assentamento: Tem a finalidade unir tijolos, blocos, pedras, etc.; distribuir tensões; amortecer choques; e acomodar pequenos movimentos. - Argamassa de regularização: Tem por finalidade proteger contra infiltração de água de chuva; uniformizar e regularizar a superfície; regularizar prumo e alinhamento das paredes. - Argamassa de acabamento: Atua como superfície de suporte para receber a pintura; deve ter aspecto agradável, uniforme, pouca porosidade e pequena espessura; deve ser preparada com areia fina e cal em excesso. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 24 • Classificação – Quanto ao aglomerante utilizado • Argamassas de cal; • Argamassas de cimento; • Argamassas mistas, compostas por cimento e cal; e • Argamassas de gesso. – Quanto à dosagem • Magras ou pobres – O volume da pasta não é suficiente para preencher os vazios entre os grãos do agregado. • Cheias, normais ou básicas– O volume da pasta preenche totalmente os vazios entre os grão do agregado. • Gordas ou ricas – Quando há excesso de pasta. - Dosagem da argamassa (traço) - É a proporção relativa entre os componentes da argamassa, exceto a água. Pode ser fornecido em volume ou peso. - Representação: - 1 : M , onde: - 1 = parte relativa ao aglomerante - M = parte relativa ao agregado - 1 : M : N , onde: - 1 = parte relativa ao cimento - M = parte relativa à cal - N = parte relativa ao agregado - No caso de argamassas de cal a serem estocadas para ficar “curtindo”, sendo posteriormente misturadas ao cimento antes de sua utilização, tem-se: - 1: M/N , onde - 1 = parte relativa à cal - M = parte relativa ao agregado - 1/N = parte relativa ao cimento Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 25 • Variação nas composições – Aumento na quantidade de cal: • Resistência (E): diminui • Módulo de Elasticidade (E): diminui • Aderência (E): diminui • Durabilidade (E): diminui • Impermeabilidade (E) diminui • Resistências iniciais (E): diminui • Trabalhabilidade (F): aumenta • Retenção de água (F): aumenta • Plasticidade (F): aumenta • Retração na secagem (E/F): diminui • Custo (E/F): diminui (E) = Argamassa Endurecida; (F) = Argamassa ainda fresca. - Influência com a variação dos aglomerantes - Cal - A adição de cal melhora as propriedades da argamassa FRESCA: trabalhabilidade, retenção de água, plasticidade e elasticidade; - A argamassa que “descansa” é melhor do que aquela que é produzida na hora. - Cimento - O aumento do teor de cimento tem reflexo nas propriedades da argamassa ENDURECIDA: resistência, durabilidade, impermeabilidade, etc. - O uso de aditivos não é recomendado sem prévio estudo de sua interferência. - Tipos de argamassas - Argamassas de cal - Produzidas apenas com cal, areia e água. Cales com alto teor de óxidos de cálcio e magnésio têm trabalhabilidade otimizada; - Desenvolvem resistência lentamente, mas requerem para isso o contato com o dióxido de carbono presente no ar, além da presença de umidade; - Possuem boa elasticidade e pequena retração hidráulica na secagem; -Possuem menor resistência e aderência que as argamassas de cimento. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 26 • Tipos de argamassa – Argamassas de cimento • Adquirem resistência inicial rapidamente, com ganhos ao longo do tempo; • Apresentam boas condições de aderência, impermeabilidade, resistência e durabilidade; • Apresentam custo mais elevado que as argamassas de cal; • Baixa retenção de água, com menor trabalhabilidade; • Possuem menor capacidade de absorver deformações sem sofrer ruptura • São utilizadas quando se requer aderência, resistência, impermeabilidade e durabilidade. – Exemplo: • Assentamento de alvenaria em local abaixo do lençol freático; • Assentamento de pastilhas, pisos, pedras; • Chapisco para suporte de reboco; - Argamassas mistas (cal e cimento) - Possuem as características de conciliar as propriedades desejáveis das argamassas simples, como resistência da argamassa de cimento e a trabalhabilidade da de cal; - Para os Ingleses, as argamassas mistas devem obedecer a proporção 1:3 - (aglomerante : agregado); Nesse caso não há alteração no volume dos finos que preenchem os vazios dos agregados; - Mantendo a proporção básica 1:3, não ocorrerão modificações nas propriedades da argamassa fresca, mas somente nas propriedade da argamassa endurecida; - São recomendadas para serviços que requeiram compromisso das propriedades da argamassa fresca (trabalhabilidade, retenção de água, plasticidade) e da argamassa endurecida (elasticidade, durabilidade, aderência, resistência) - São utilizadas quando se requer aderência, resistência, impermeabilidade e durabilidade. - Exemplo: - Assentamento de alvenaria em local abaixo do lençol freático; - Assentamento de pastilhas, pisos, pedras; - Chapisco para suporte de reboco; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 27 • Tipos de argamassa – Argamassas de gesso • Utilizadas para revestimento de paredes; • Não possuem boa aderência com outros materiais (pedras, elementos cerâmicos, etc.); • Possuem boa plasticidade e endurecem rapidamente. Para retardar a “pega” do gesso, utiliza-se argamassa mista com cal ou ainda misturas ricas de gesso com areia fina peneirada (1 : 1) ou (1 : 1,5); • Não misturar o gesso ao cimento em razão de reações químicas expansivas que se originam com a mistura desses dois aglomerantes; • Argamassas de gesso apresentam instabilidade perante umidade constante; • Apesar de serem mais caras, no final podem se tornar econômicas, pois dispensam regularização, conferindo acabamento propício a aplicação da pintura. - Escolha das Argamassas - Depende das exigências construtivas requeridas; - As características requeridas para argamassas de assentamento para alvenarias de vedação são as seguintes: - Uniformidade da espessura das juntas de assentamento; - Absorção de pequenas deformações da alvenaria; - União os elementos da alvenaria; - Condição perfeita de vedação; -Requer, portanto: - Trabalhabilidade adequada, para se obter melhor rendimento do trabalho; - Retenção de água, de modo que não permita sua absorção pelos elementos da alvenaria; - Ganho de resistência compatível, para resistir aos esforços atuantes durante a construção; - Resistência adequada e compatível com os elementos da alvenaria; - Aderência suficiente aos elementos da alvenaria, de modo que propicie resistência aos esforços cisalhantes, com favorecimento da estanqueidade; - Durabilidade adequada, de forma a não comprometer o desempenho dos outros materiais; - Elasticidade adequada, capaz de absorver movimentos causados por variações térmicas ou volumétricas; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 28 SERVIÇOS E TRAÇOS INDICADOS ML = Média Lavada; GL = Grossa Lavada; FL = Fina Lavada. (*) Requer uso de aditivo cimento1:5Tacos de madeira G.L. mista1:4/8Ladrilhos Hidráulicos M.L.cimento (*)1:3Impermeabilização G/M.L . mista1:4/12Emboço para estuque mista1:5/8Azulejos M.L.P. cimento1:3Pastilhas M.L.cimento1:3Revestimento de pedras F.Lcal1:1 ou 1:2Reboco interno e externo cimento1:2,5Chapisco mista1:4/12Emboço externo G.L. cal1:4Emboço interno M.L.mista (*)1:0,25:3Alicerces impermeáveis e muros de arrimo M.L.cal1:4Assentamento de tijolos areiatipo de argamassa traçoServiço Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 29 Recomendações – Não compre cal apenas pelo critério do preço. Não aceite cal empedrada dentro da embalagem; – A embalagem deve trazer impressos o nome do fabricante, o número da norma (NBR-7175) e o selo da ABPC - Associação dos Produtores de cal; – Visando um melhor desempenho, deve-se aguardar os seguintes períodos de cura: • argamassas de assentamento: 15 dias; • argamassas de emboço: 12 dias; • argamassas de reboco: 30 dias; – Elabore procedimentos para o recebimento da cal no que diz respeito à quantidade, qualidade e condições de armazenamento; – A cal deve ser armazenada em pilhas de no máximo 20 sacos, em local coberto, fechado e com piso revestido por tábuas ou estrados de madeira. – O prazo de estocagem não pode ser superior a seis meses. Proceder de maneira a garantir que os materiais mais velhos sejam consumidos antes do material recém chegado; - Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof.Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 30 • Umidade – Problemas causados; – Procedência da umidade. • Tipos de impermeabilização: – Rígidas; – Flexíveis; e – Por membranas. Procedência da Umidade – Solo – Atmosfera – Própria construção – Limpeza e manutenção da edificação • Problemas causados pela umidade – Manchas e goteiras; – Mofo e apodrecimento; – Ferrugem; – Eflorescência; – Gelividade; e – Deterioração • Impermeabilização Rígida – Concreto Impermeável • Baixo fator a/c; • Cura cuidadosa; • Adensamento conveniente; • Granulometria bem corrida; • 300kg a 350kg de cimento/m3; • Espaçamento entre armaduras; • Dimensionamento de juntas de dilatação; • Aditivos: • Impermeabilizantes de massa; • Plastificantes; • Hidrofugantes; • Incorporadores de ar – Argamassa impermeável • Granulometria bem distribuída; • D máx, agreg = 3,0 mm • Utilizar areia pura; • Aplicar aditivo de qualidade reconhecida; • Utilizar cimento novo; • Preparar a superfície adequadamente; • Evitar juntas frias; • Executar juntas desencontradas; • Utilizar traço 1:3 em volume Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 31 • Impermeabilização Asfáltica – Características do asfalto: • Material espesso; • Requer elevada temperatura para ser aplicado; • Requer pintura primária “primer” para melhorar a aderência; • Não pode ser aplicado em superfícies úmidas; • Deve ser aplicado na superfície que recebe a pressão da água; •A aplicação deve ser feita em camadas sucessivas, com juntas desencontradas; • As arestas e cantos devem ser arredondados antes da aplicação do asfalto; • Apresenta consumo de 5kg/m2 para formar uma película com 5 mm de espessura; • Emulsões Asfáltica – Podem ser aplicadas a frio; – A superfície de aplicação pode estar umedecida; – Apresenta menor durabilidade. 15 a 2020 a 3525 a 40Ponto de penetração 95 a 10575 a 9060 a 75Ponto de Amolecime nto Tipo III °C Cobertura Tipo II °C Intermedi ário Tipo I °C Fundaçõ es Quadro 1 Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 32 • Membranas de Polímeros (Mantas) – Aparência semelhante à de uma borracha preta; – Espessura: 1,0 mm e largura de 1,0 m; – Comprimento: 25 m; – Materiais: • PVC; • Poliisobutileno (Manta Butílica) Elastômeros – São polímeros que podem ser esticados até duas vezes o seu tamanho original. – NEOPRENE (policloropreno); – HYPALON (Polietileno Clorossulfonado) • Tratam-se de duas borrachas cloradas que isoladas não chegam a ser ótimas para a impermeabilização, mas a combinação das duas forma um sistema de excelentes qualidades. • Esses polímeros são dissolvidos em solventes e misturados com materiais finos e outras substâncias para se obter maior estabilidade e películas de maior espessura após a pintura. • Depois de seca podem ficar expostas, mas não aceitam trânsito. • A pintura deve ser efetuada na superfície que recebe a pressão da água; • Não aplicar sobre materiais asfálticos, pois podem ocorrer reações com os solventes; • É preciso cuidado na aplicação. Enquanto não secarem, apresentam-se tóxicas e explosivas. Emendas por fusão Emendas com colas ou solventes TermóplásticaTermoestável Mais RígidaMais macia PVCManta Butílica Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 33 • Sistemas de Impermeabilização – Escolha: – Condições locais; • Tipo de superfície a impermeabilizar; • Durabilidade requerida; • Utilização da superfície; e • Custo. – Princípio gerais para a escolha: • Se houver percolação, preferir membranas; • Se houver pressão maior de 1,5 m.c.a., utilizar impermeabilização rígida; • No caso de haver pressão + percolação, usar impermeabilização rígida + membrana Impermeabilização de terraços – Sistemas que podem ser aplicados: • Argamassa impermeável; • Concreto impermeável; • Membrana de asfalto; • Membrana de polímeros; • Revestimentos impermeáveis. • Execução: – Caimento mínimo de 2%; – Contrapiso 1:3 de cimento:areia; – Espessura mínima = 2,0 cm; – Diâmetro dos grãos de areia < 3.0 mm; – Superfície com textura uniforme e levemente áspera; – Cantos arredondados; – Bordas embutidas nas paredes; – A impermeabilização deve entrar dentro dos ralos; – Em locais com área superior a 100 m2 e comprimentos superiores a 12 m, usar isolante térmico. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 34 – Calhas de Concreto (idêntico a terraços) • Caimento mais acentuado; • Superfícies bem lisas; • Laterais bastante solicitadas. – Reservatórios e Piscinas • Sistemas que podem ser aplicados: – Argamassa impermeável; – Membranas asfálticas; – Membranas de polímeros. • Execução: – Projeto estrutural – usar Estádio II; – Concretagem contínua, evitando juntas frias; – Se não for possível evitar as juntas, usar cola epóxi na continuação; – Impermeabilizar também acima do nível d’ água; – Tomar cuidados especiais na passagem de tubulações. – Impermeabilização de contrapisos • Utilizar concreto impermeável com espessura mínima de 10 cm; • Utilizar concreto consumo 250 kg/m3; • Acrescentar aditivos impermeabilizantes de massa. – Rebaixos de banheiros • Utilizar impermeabilização asfáltica pois necessitam de pequena espessura. –Paredes e Muros • Impermeabilização obrigatória no respaldo dos alicerces; • Nos primeiros 30 cm utilizar argamassa impermeável na massa de assentamento; • Usar argamassa impermeável no revestimento externo até 60 cm de altura e 15 cm no interno. – Peças em subsolos • Tem-se, geralmente, pressão e percolação. Utilizar portanto impermeabilização rígida + flexível. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 35 • Juntas de dilatação – São cortes efetuados em toda a extensão das edificações com a finalidade de diminuir o valor absoluto das variações volumétricas. – Formam uma fresta de 3 a 4 cm que deve ser convenientemente preenchida ou vedada. – A impermeabilização deve ser feita ao mesmo tempo. – Soluções possíveis: • Mastique asfáltico apoiado em fundo móvel; • Lâmina metálica em forma de cauda de andorinha; • Juntas de borracha – Fungenband • Mastique plástico (silicone e poliuretano); • Reforços –Tem por finalidade resistir a esforços de tração, proteger e evitar o escorrimento. • Feltro asfáltico: Material composto por fibras animais ou vegetais com asfalto. Deve ser aplicado a quente. • Véu de Vidro: Obtido da prensagem de fibras de vidro aglomeradas com resinas especiais – Tipo I: utilizado a frio – Tipo II; a quente – Lâminas Metálicas • Apresentam elevada resistência, porém separa as camadas impermeabilizantes. • Materiais Orgânicos (tecidos) • Nylon • Polietileno • Escolha dos Reforços – Depende de: • Tipo de impermeabilizante utilizado; • Resistência química e mecânica desejável; • Área a ser protegida; • Durabilidade; • Custo. –Detalhes de Aplicação • As superfícies devem ficar lisas, evitando a formação de bolhas; • Utilizar superposição mínima de 10 cm; • Aplicar sempre no sentido da menor dilatação; • Evitar emendas nas quinas; • Embutir bordas externas na alvenaria. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 36 • Funções: Estética e Utilitária – Estética: apresentar aspecto agradável – Utilitária: apresentar condições de resistência a choques e atritos, proteção contra a umidade, isolamento térmico e acústico, facilidade de limpeza e higiene. •Definições segundo a NB-231 – Revestimento: recobrimento de superfície com uma ou mais demãos de argamassa, de modo a ficar pronta para receber o acabamento; – Revestimento comum: permite troca de umidade com o ambiente externo; – Revestimento hidrófugo: impede a entrada de umidade de chuva; – Revestimento impermeabilizante: aquele que é permanentemente estanque à água; – Argamassa: mistura de aglomerantes e agregados minerais com água, possuindo capacidade de endurecimento e aderência; – Suporte de revestimento: materiais destinados a melhorar a aderência do revestimento (p.ex. chapisco); – Chapisco: argamassa aplicada com a finalidade de oferecer base para emboço; – Emboço: primeira camada de revestimento; – Reboco: Segunda camada de revestimento, oferecendo superfície para a acabamento; • Condições da Obra – Cobertura: Deve estar concluída e as aberturas laterais devem ser vedadas; – Tubulações: Devem estar concluídas e testadas; – Níveis: Verificar se foi realizada a marcação do nível do piso acabado, pois o revestimento das paredes é feito antes das pavimentações.; – Paredes: É preciso que estejam concluídas, observando-se e corrigindo trincas, rasgos de tubulações, saliências, caixas, defeitos, etc.; – Esquadrias: É preciso que já estejam assentados os marcos das portas e janelas; Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 37 • Revestimentos Argamassados – Chapiscado • Trata-se de argamassa de aderência. Propicia condição para a fixação de outro revestimento. Deve ser usado em superfícies como concreto, tijolos, blocos, etc. A sua composição é 1:3 ou 1:4 (cimento:areia). Pode também ser utilizado como elemento de acabamento. • Recomendações: – Em superfícies de alvenaria de tijolos, molhar a superfície antes da aplicação; – Não molhar superfícies de concreto; – Lançar o material de modo a causar impacto contra a superfície; – Emboço (ou grosso): • É uma argamassa de regularização, servindo para corrigir eventuais problemas de prumo e alinhamento dos painéis. Deve com uma capa que evite a infiltração da água de chuva, tendo espessura de pelo menos 2 cm. • Execução: – Molhar o painel que irá receber o emboço; – Assentar as taliscas de referência, utilizando-se o prumo de face; – Executar as guias com espaçamento inferior a 2 m; – Lançar o emboço e sarrafear para a retirar o excesso de massa; – Executar o emboço. – Reboco (ou fino): • Trata-se de uma argamassa de acabamento. Pode ser utilizada como acabamento para receber pintura ou constituir-se no próprio acabamento final. • Execução: – Molhar o emboço; – Aplicar uma camada de 3 a 4 mm; – Desempenar até ficar com a 2 a 3 mm; – Desempenar com feltro. –Outros tipos de acabamento argamassados: • Barra lisa de cimento; • Estuque; • Massa raspada; • Granilito; • Etc. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 38 • Revestimentos Argamassados Tela de estuque no teto para melhorar aderência do revestimento com o isopor usado na laje. Alinhamento de taliscas no teto Lançamento do emboço após a confecção das guias verticais Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 39 • Revestimentos não argamassados – Azulejos • São placas de louça cerâmica, porosas, vidradas em uma das faces, com espessura média de 5,4 mm, fabricadas em diversas cores e texturas. • Precisam ser classificados quanto à qualidade, tonalidades, dimensões, deformações, etc., antes de serem aplicados. • O emboço deve ser aplicado com máxima antecedência, evitando efeitos da retração sobre os azulejos. • Utilizar argamassa de emboço com traço em volume variando entre 1:1:6 a 1:2:9. • As juntas de dilatação devem ter largura suficiente para que haja infiltração da pasta de rejuntamento e também para que haja acomodação das movimentações. • É preciso controlar a espessura do emboço para não ficar saliente junto ao batente, registros, caixinhas, interruptores, etc. • 4,02,520X25 4,02,020x20 3,02,015x20 3,01,515x15 2,01,011x11 Parede Externa (mm) Parede Interna (mm) Azulejo Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 40 – Azulejos • O assentamento é feito de baixo para cima, sendo necessário considerar a espessura do piso acabado mais a altura do rodapé. • Os azulejos devem ficar imersos em água por 24 horas e retirados 30 minutos antes de serem aplicados; • É preciso bitolar os azulejos, separando e aplicando peças de tamanhos iguais. • Num cômodo em que será assentado piso impermeável e paredes com azulejos, a seqüência de colocação será primeiro os azulejos e depois o piso. • Para cortar os azulejos, deve-se procurar utilizar sempre o equipamento apropriado. Existe porém a possibilidade de se utilizar uma haste metálica de ponta fina. Após o corte, deve- se esfregá-lo contra uma superfície áspera e plana, de modo a uniformizar o lado cortado. • Os azulejos podem ser assentados com argamassas feitas na obra ou com argamassas pré-fabricadas, adquiridas nas boas casas do ramo. É preciso, contudo, verificar o prazo de validade desses materiais. • Os azulejos podem ainda ser assentados com cola. Nesse caso é preciso seguir as instruções do fabricante, contidas na embalagem do produto. Neste caso não se deve molhar os azulejos. • O rejuntamento deve ser iniciado três dias após o assentamento dos azulejos. Pode ser utilizada argamassa pré-fabricada para rejuntamento. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 41 – Azulejos Detalhe do encontro de paredes, sem descontinuidade das juntas de dilatação Detalhe da aplicação do rejunte com uso de espátula de plástico Utilização de espaçadores plásticos Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 42 – Pastilhas • São mosaicos que têm normalmente dimensão de 2,55 mm x 2,55 mm e espessura variando entre 4 mm e 5 mm. São comercializadas coladas em papel kraft para facilitar a aplicação. Esse papel deverá ser retirado posteriormente por lavagem com água levemente cáustica. • Devem ser assentadas em base preparada com emboço de argamassa mista, seguida de reboco. O acabamento deve ser bem feito, utilizando-se desempenadeira de madeira. • O assentamento é feito com pasta de cimento branco e caulim no traço 2:1, a qual deverá ser espalhada nas duas superfícies ou com argamassa industrializada. • A retirada do papel é feita com solução de água e soda cáustica, na proporção de 1:8. • O rejuntamento poderá ser feito com a própria pasta de assentamento ou com massa de rejunte industrializada. • Nas boas casas do ramo encontram-se pastilhas nas formas sextavadas, retangulares, quadradas, etc, com acabamento em porcelana esmaltada, porcelana fosca e pastilhas de vidro. – Revestimentos de pedra naturais • Arenito; • Mármore e granito; • Pedra mineira; • Ardósia; etc – Mármore e Granito Polido • Deve-se tomar cuidado na compra, verificando a existência ou não de incrustações, pois isso prejudica a resistência da peça; • É preciso também fazer a classificação das peças, principalmente quanto à tonalidade e orientação dos veios, no caso dos mármores. • As superfícies devem ser preparadas com duas demãos de chapisco 1:4, não havendo necessidade de argamassa de emboço; • As placas devem ser colocadas afastadas cerca de 2 cm da parede chapiscada, e suas juntas devem ser calafetadas com argamassa de gesso. Esseespaço será preenchido com nata de cimento fluida. O gesso tem a função de calafetar e também servir de apoio para o posicionamento das placas. • Após o assentamento, o gesso deverá ser removido e em seu lugar aplicado o rejunte. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 43 – Madeira (lambril) • Destacam-se: – Madeira maciça; – Madeiras compensadas; e – Madeiras aglomeradas e prensadas; – Execução: • Confeccionar um reticulado 50 cm x 50 cm, utilizando-se caibros trapezoidais. Os painéis assim formados devem ser preenchidos com argamassa de cal e areia 1:4. O acabamento pode ser feito apenas por sarrafeamento, dispensando o desempeno. • As tábuas do tipo macho-fêmea serão depois afixadas com prego sem cabeça • No caso de chapas compensadas ou aglomeradas, estas já devem vir com presilhas de pressão na contraface, as quais serão encaixadas em trilhos a serem colocados no emboço da alvenaria. Trata- se de serviço a ser executado por empresas especializadas. • O arremate da junta vertical é feito através da colocação de um friso metálico, evitando o surgimento de ondulações e empenamento das placas. • Em ambos os casos, madeira maciça ou placas, o acabamento final é feito por meio de lustre com cera de carnaúba. • Outros revestimentos: – Plásticos – Ppapel de parede – Gesso – Cortiça – Fórmica, etc. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 44 • Pavimento: – Superfície destinada a receber trânsito leve ou pesado. – Considerações: • Compatibilidade de acabamento: não utilizar caco cerâmico em obra de alto padrão; • Adequação: utilização apropriada, ou seja, não utilizar taco de madeira nos banheiros; • Aspectos psicológicos: explorar aspectos psicológicos como cor, desenhos, dimensões; • Economia: considerar o desgaste e a conservação do pavimento: p. ex. uso de granito polido em locais de grande movimento; – Classificação: • Madeira: Soalhos, tacos e parquetes; • Cerâmicos: Quadrado, retangular, sextavado e cacos; • Ladrilhos Hidráulicos: • Pedras – Naturais: granito, mármore, etc. – Artificiais: granilito, marmorito, etc.; • Resinas; • Vidros; • Fibras; etc. – Execução • No caso de se ter o solo como base, tem- se a seguinte seqüência: – Nivelamento; – Compactação da base; – Instalações (água, esgoto, etc.) – Execução do contrapiso impermeável de regularização; – Assentamento do revestimento. • No caso de se ter uma laje, tem-se: – Impermeabilização; – Aplicação de argamassa de regularização; – Assentamento do revestimento. – Pavimentos de Madeira • Soalhos de madeira – São executados em tábuas corridas, assentadas sobre entarugamento de caibros trapezoidais, formando quadrículas de 50 cm x 50 cm apoiadas na laje ou no contrapiso, sendo afixados e nivelados com argamassa de cimento e areia 1:4. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 45 • Pavimento: – Assentamento de tábuas corridas ou soalhos de madeira. • • Tacos de Madeira – Tacos assentados com argamassa • Devem ser preparados antecipadamente, molhando a sua contraface com asfalto derretido e colocando-os em contato com pedrisco ou areia, de modo que se obtenha uma superfície áspera. Por fim, pregam-se dois ou mais pregos do tipo “asa de mosca”. • O assentamento é feito sobre base nivelada de argamassa pouco úmida de cimento e areia 1:4, esborrifando cimento e água antes de sua colocação. • Deve ser feito em pequenos painéis de cada vez para evitar que a argamassa endureça antes da colocação do taco. • Os tacos assentados devem ser levemente apiloados com um soquete leve e largo até que a nata de cimento apareça por entre as juntas de assentamento. • Finalmente é feita a raspagem, a calafetação das juntas e pintura com sinteco. Esse serviço deve ser feito por profissional especializado. – Tacos assentados com cola • A superfície de assentamento dos tacos deve estar plana, limpa e seca. A aplicação da cola é feita com rodo de borracha em pequenas áreas. • Nesse caso o taco não precisa ser preparado com asfalto e pedrisco. Após o assentamento, o cômodo deve ser fechado por três dias, para somente depois receber a raspagem, calafetação das juntas e aplicação do sinteco. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 46 • Tacos de Madeira – Parquete • São placas de madeira de lei com dimensões de 50cm x 50cm ou 25cm x 25cm, assentadas com cola, da mesma maneira que se assentam os tacos de madeira. • São comercializadas com a superfície acabada, não necessitando de raspagem grossa. Aplica-se uma raspagem fina apenas para regularizar a posição das juntas e remoção eventual de cola nas juntas de assentamento. • O acabamento deve ser feito por meio de pintura com verniz apropriado ou apenas aplicação cera comum para madeira. – Pavimentos Cerâmicos • Por se tratar de pavimento impermeável, necessita de ralos e caimentos. Os ralos devem ficar escondidos para não tirar a harmonia do pavimento. • O assentamento das peças cerâmicas deve ser feito sobre base executada em argamassa mista de cimento, cal e areia 1:4/12, ou empregando- se argamassas industrializadas. • O assentamento deve ser efetuado em pequenas áreas de cada vez, de forma a evitar que haja hidratação do cimento antes do assentamento da peça. • O rejuntamento deve ser feito dois ou três dias após o assentamento. Pode-se aplicar nata de cimento ou argamassas industrializadas. Raspagem de tacos de madeira. Aplicação de sinteco. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 47 • Pisos Cerâmicos • Padrões de assentamento – Muitas vezes pode ser interessante mesclar tonalidades de pisos, com variações que propiciem estética agradável ao piso acabado. Na Figura abaixo tem-se um xadrez com tons salmão e bege. Regularização da base para assentamento do piso Taliscas niveladas Após a regularização da base, o assentamento do revestimento pode ser feito aplicando-se argamassa industrializada, com auxílio de uma desempenadeira dentada. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 48 • Pisos Cerâmicos – A criatividade também pode contribuir no sentido de buscar soluções mais refinadas e muitas vezes até com economia, aproveitando-se sobras de piso para fazer molduras, faixas, além de outras possibilidades. • Ladrilhos Hidráulicos – Já foi muito usado no revestimento de calçadas. Apresenta dimensões 20x20 cm e 2 cm de espessura; – Seu assentamento é feito com argamassa pouco umedecida de cimento e areia 1:4, esborrifando-se cimento antes da sua aplicação; – O rejuntamento pode ser feito com argamassa mista ou a própria nata de cimento que aflora por entre as juntas durante o assentamento. – A liberação para o trânsito somente deve ser efetuada dois dias depois do assentamento. • Pedras Naturais – Mármore: • São executados em placas com dimensões diversas, sendo mais comum 50 x 50 cm e 4 cm de espessura. • Evitar o uso de peças que contenham incrustações, pois são pontos frágeis onde poderão ocorrer fraturas posteriores. • As placas devem vir polidas e nas dimensões de projeto, devendo ser manuseadas com máximo cuidado para não sofrerem danos. • O assentamento é feito estendendo-se uma camada de argamassa de cimento e areia 1:4, bastante plástica, idêntica à de uma argamassa de emboço. Coloca-se argamassa também na contraface das placas antes do assentamento Unesp – Ilha Solteira (SP)Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 49 • Pedras Naturais • A espessura das juntas deve ser de 0,5 cm, pois as peças são cortadas com dimensões exatas, permitindo um perfeito ajuste, podendo ser desbastadas com serra-mármore (maquita) se houver necessidade de pequenos ajustes; • Após o assentamento, deve-se executar uma camada de proteção feita com sacos de pano embebidos em nata de gesso, ficando com espessura final de aproximadamente 2 cm. • A aplicação de Arenitos e Granitos é feita empregando-se este mesmo procedimento. • Rocha Natural – Utilizado em ambientes externos, rústicos, podendo também ser aplicados em ambientes internos, com ou sem polimento após o assentamento; – As mais usadas são: pedra mineira, pedra goiana, ardósia, granito cinza, paralelepípedo, etc. – O assentamento é feito com argamassa pouco plástica de cimento e areia 1:4; – O rejuntamento pode ser feito com a mesma argamassa, porém de consistência mais plástica – As placas são preparadas no próprio local, procurando-se deixar as peças com dimensões que propiciem o melhor arranjo; • Mosaico Português – São pedras de arenito com dimensões mais ou menos regulares de 5 x 5 cm ou 8 x 8 cm, nas cores branca ou creme e preta, permitindo desenhos e arranjos diversos. – O terreno deve ser regularizado e compactado para receber o colchão de areia misturada com cimento, sem água, na proporção 1:8 ou 1:10. As pedras devem ser colocadas nos desenhos desejados, deixando juntas de 0,5 cm. – O preenchimento das juntas é feito com a mesma mistura, devendo ser lançada sobre o piso e adensada com um leve soquete de madeira. Não há necessidade de se jogar água. As pedras se encaixam graças ao perfeito encunhamento da areia nas juntas. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 50 Rochas artificiais – Granilito • Trata-se de um pavimento de aparência semelhante à do granito (imitação do granito) • Execução: – Fazer o lastro de concreto regularizado; – Assentar as juntas de dilatação, que são peças de latão, alumínio ou plástico. Considerar nível, prumo e alinhamento; –Lavar o pavimento com nata de cimento e encher o painel com argamassa de cimento branco, grãos de mármore e corante; – Executar o polimento uma semana depois; – Lavar o piso com água em abundância e encerar com cera branca de assoalho. – Concreto Polido • Idêntico ao granilito, porém utilizando-se pedrisco no lugar dos grão de mármore. – Pavimentos Sintéticos – Placas de PVC – Mantas de PVC – Pavimento de Vidro – Pavimento Têxtil – Placas de Borracha Sintética – Etc. Utilização de lixa manual para trabalhos em degraus de escada. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 51 • Definição – Revestimento que cobre o teto de uma edificação. • Finalidade – Proporcionar acabamento estético, isolamento térmico e acústico e vedação. • Tipos de forros – Madeira, estuque, gesso, compensados, lajes de concreto, PVC, etc. – Com exceção das lajes, os demais forros necessitam de estrutura de sustentação. Pode-se aproveitar a estrutura do telhado desde que não ocorram movimentações prejudiciais aos forros. • Estrutura de Sustentação – Para forros de madeira, PVC, estuque e compensados, a estrutura é conhecida por entarugamento ou barroteamento. Trata-se de uma grelha executada com sarrafos (1x4”) que poderão ficar suspensos na estrutura do telhado através dos pendurais, conforme mostra-se na Figura a seguir: • Forros de Madeira – É o mais antigo, muito usado em sobrados, aproveitando-se vigamento e entarugamento únicos para estrutura do piso e do forro. – A madeira deve ser aparelhada na face que fica visível, possuindo os seguintes arremates: tabeira, cimalha, meia-cana, cordão, etc. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 52 • Tipos de forro de madeira – Tábuas corridas 1 x 10 cm macho-fêmea, também conhecido como forro paulistinha; – Tábuas justa-postas com pequeno sarrafo em mata-juntas; e – Saia e camisa; • Padrões de assentamento • Forro de Estuque – Trata-se de um forro de argamassa armada com tela de arame, a qual sustenta o revestimento argamassado 1:4/12. – Este tipo de forro necessita de estrutura independente do telhado, com vigamentos e tesouras (se for o caso), apoiadas nas paredes internas que limitam a área a ser forrada. – As tesouras ou vigamentos, conforme seja o caso, devem ser entarugadas e contraventadas de modo a se obter uma grelha de malhas quadradas 50x50 cm, onde a tela de arame será pregada e a argamassa assentada. A colocação da argamassa é feita por cima, com o auxílio de um tabuleiro de base preparado para essa finalidade, conforme mostrado na Figura abaixo: Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 53 Outros tipos de forro – Gesso • Trata-se de placas cartonadas, recobertas com cartão de superfície, com aparência idêntica à de uma massa corrida. Podem ser aplicadas em forros removíveis, pendurados ou pregados – Chapas de madeira • São chapas de fibras de madeira aglomeradas e prensadas, disponíveis em vários tamanhos. • Apresentam boas características térmicas e acústicas. – Fibra de vidro • São forros termo-acústicos, fabricados em painéis rígidos, constituídos por fibras de vidro finas aglomeradas por resinas fenólicas. A aplicação é feita em requadros de alumínio anodizado, os quais são afixados à estrutura do telhado ou laje através de tirantes rígidos. –Metálicos • Alumínio e aço, apresentando-se nas mais variadas configurações e acabamentos. Deve ser executado por empresas especializadas. – PVC • Sua aplicação é idêntica à do forro de madeira. Trata-se de um material de uso recente, de boa qualidade, leve, durável, resistente ao fogo, à corrosão e ao ataque de insetos (cupins). Deve, contudo, ser deixada uma folga de 0,5 cm para permitir a dilatação térmica do material. •13 Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 54 • Definição – As esquadrias incluem todos os trabalhos executados para as vedações do tipo portas, janelas, venezianas, portões, grades, prateleiras, armários embutidos, etc., feitas em madeira, metais ou PVC. • Portas de madeira – Apresentam os seguintes componentes: batente, folha, guarnição, cordão ou meia-cana, sócolos, dobradiças, fechaduras, etc. – Batente: peça de madeira de lei, composta por uma travessa e dois montantes. Sua fixação é feita por meio de tacos de madeira, chumbadores de ferro aparafusados ao batente ou pregos na sua contraface. – Os batentes devem ser montados na carpintaria, pois na obra podem ocorrer falhas por falta de ferramentas apropriadas. – Quando a parede for mais larga do que o batente, o arremate deverá ser feito com um cordão de 1,5 x 1,5 cm ou uma meia-cana, conforme mostra a figura abaixo. – Folha: É a única parte móvel, conhecida popularmente pelo nome de porta, sendo porém apenas um de seus componentes. Aparecem em diversos tipos e padrões de acabamento, sendo mais comuns as do tipo lisa e as almofadadas. – Guarnição: É a peça que encobre a junta que se forma entre a parede e o batente. Deve ser do mesmo tipo de madeira utilizada na folha. A guarnição deve ser pregada com pregos sem cabeça. – Sócolos: Têm a função de dar acabamento na união da guarnição com o rodapé. • Janelas de madeira – Compõem-se das seguintes peças: batente, folha de caixilho, folha de veneziana, guarnição,fechaduras, dobradiças, etc. – As janelas mais utilizadas são as de veneziana e caixilhos para vidros, utilizando o sistema de guilhotina, que consiste na divisão do vão em dois caixilhos: inferior (interno) e superior (externo). – A veneziana é a peça que permite a ventilação, mesmo quando fechada. As suas palhetas devem ser colocadas com caimento de dentro para fora para evitar a entrada da água de chuva. – Guarnições: São idênticas às das portas, porém calculadas somente para o lado interno. CORDÃO MEIA CANA Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 55 Esquadrias Metálicas – São aquelas produzidas em serralherias, incluindo portas, janelas, portões, grades, etc. As matérias primas mais utilizadas são as seguintes: ferro em peças perfiladas; alumínio; e aço comum ou zincado. – Janelas: Podem ser do tipo fixas, basculantes, de abrir, de correr, mistas, maximar, pivotante, etc. • Fixas: Permitem apenas entrada de luz. São constituídas por ferros em cantoneira “L”. • Basculantes: São constituídas por uma parte fixa e outra móvel. A largura máxima para essas esquadrias é de 2,50 m. Para dimensões maiores sugere-se o uso de duas ou mais esquadrias. Na Figura abaixo mostra-se uma esquadria basculante. • De abrir: Apresentam folhas, cuja abertura para a ventilação é feita em torno de dobradiças laterais afixadas nos batentes. • De correr: Caracterizam-se pelo fato de suas folhas deslizarem lateralmente sobre trilhos horizontais. Trata-se da solução mais procurada. Pode ser fabricada em diversas dimensões, alcançando-se até mesmo a altura do pé-direito. Na Figura a seguir tem-se uma ilustração de uma esquadria de correr. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 56 •Portas – O uso de portas de ferro é exclusivo para vãos externos, e com dois objetivos: estética e segurança. • De abrir: Podem ser de uma ou mais folhas, dependendo do tamanho do vão. Deve ter largura mínima de 70 cm e máxima de 110 cm. Esses limites determinam o número de folhas a ser utilizado. • De correr: Assemelham-se às janelas de correr. As folhas deslizam suspensas por roldanas e orientadas por guias horizontais no piso. – Na Figuras a seguir tem-se a ilustração de uma porta balcão e uma porta de correr. Esquadria de correr Porta de correr com duas folhas almofadadas Porta balcão Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 57 • Definição – Produto monolítico, transparente, resultante da fusão da sílica (areia) com fundentes rochosos (feldspatos, dolomita e calcário) e fundentes industriais (carbonato de sódio), resfriado à condição de rigidez sem se cristalizar. – Tipos: • Recozido –Não recebe nenhum tratamento químico. Permite apenas polimento leve. • Segurança temperado – Recebe tensões de modo que, se vier a sofrer fratura em qualquer ponto, desintegra-se em pedaços menores e menos cortantes que os vidros apenas recozidos. • Segurança laminado – É produzido com duas ou mais chapas unidas por películas de material aderente, de modo que, quando quebrado, mantém os estilhaços presos a essa película. • Segurança aramado – É formado por uma única chapa que contém fios metálicos em seu interior, os quais são incorporados à massa durante o processo de fabricação. • Termo-absorvente – Absorve os raios infra-vermelhos em quantidade inferior a 20%, se comparado aos vidros recozidos, diminuindo o calor transmitido para o interior da edificação; • Termo-refletor – Colorido e refletor, obtido por meio de tratamento químico em uma de suas faces, de modo a reduzir o calor transmitido para dentro da edificação. • Composto – Formado por duas ou mais chapas, de forma a deixar um vazio entre elas. As bordas periféricas devem ser seladas. O espaço entre as chapas é preenchido com gás desidratado para melhorar a isolação térmica e acústica. – Transparência: • Transparente; • Translúcido: transmite a luz com vários graus de difusão, de modo que a imagem através do mesmo não apresenta nitidez. • Opaco: não deixa passar a luz. – Acabamento da superfície • Podem ser: lisos, impressos, foscos, espelhados, gravados, esmaltados, etc. –Colocação • Em caixilhos, auto-portante ou mista. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 58 – Manipulação e armazenamento • Manipular de forma a evitar o contato com materiais de maior dureza; • Armazenar em pilhas, apoiadas em cavaletes de madeira, protegidos por borracha ou feltro, conforme mostra a figura abaixo. – Disposições Construtivas • Caixilhos – Deve ser suficientemente rígido para não sofrer deformações; • Se houver previsão de deformação estrutural, o caixilho deve ficar independente da estrutura; • Caixilhos metálicos devem ser protegidos contra oxidação; • Caixilhos de madeira ou concreto devem receber uma demão de pintura de fundo no interior do rebaixo; • A pintura deve estar seca antes da colocação dos vidros; • Os rebaixos devem estar limpos, isentos de poeira, gordura, umidade, etc. – Rebaixos • Rebaixo aberto 6% PAPEL NEUTRO VIDRO CAVALETE VISTA LATERALELEVAÇÃO FIXAÇÃO VIDRO MASSA CALÇO CALÇO DE BORDA Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 59 • Rebaixo fechado – L = largura do rebaixo; – e = espessura da chapa de vidro; – M = largura da moldura; – Fla = folga lateral anterior; – Flp = folga lateral posterior 16 mm16 mmLargura Mínima 16 mm10 mmAltura Mínima Pavimento s Superiores TérreoRebaixo Aberto 25 mm Perímetro > 7 m 20 mm 5,0 < perímetro < 7,0 m 16 mm 2,5 < perímetro < 5,0 m L=e+M+Fla+ Flp 12 mm Perímetro < 2,5 m Largura Mínima Altur a Míni ma Rebaixo Fechado Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 60 – Envidraçamentos • Disposições gerais: – As chapas de vidro devem ser instaladas de modo que não sofram tensões (dilatações, recalques, etc.); – A instalação deve ser feita de modo que impeça o seu deslocamento em relação aos elementos de fixação, exceto quando previsto; – Não encostar bordas de vidro entre si, com a alvenaria, concreto ou peças metálicas; – Em telhados ou clarabóias, usar telas de proteção ou vidros de segurança aramado; – Vidros recozidos devem ter seu perímetro fixado em rebaixos; – Vidros com bordas livres devem ter suas arestas lapidadas; – Caixilhos em contato com o exterior devem ser estanques à água e ao vento; – Envidraçamentos com massa devem ser feitos com duas demãos, quer em rebaixo aberto ou fechado, exceto para caixilho de madeira, onde é previsto somente uma demão; – Acima do pavimento térreo, as chapas de vidro devem ser colocadas a 90 cm do piso. Abaixo dessa cota o vidro deve ser de segurança, laminado ou aramado. • O envidraçamento em escadas deve ser feito com vidro de segurança aramado. – Envidraçamento com massa • Em rebaixo aberto só é admitido o uso de massa para vidros com espessura de até 4,0 mm. • Em caixilhos de madeira deve-se utilizar dispositivos de fixação para melhorar a sustentação das chapas de vidro, tais como pregos sem cabeça, os quais ficarão embutidos na massa. • Em rebaixo fechado, no caso de esquadrias metálicas, a fixação deve ser feita com duas demãos de massa; – Calços • São peças de material resistente, de dureza inferior à do vidro, destinadas a assegurar o posicionamento correto das chapas de vidro nos caixilhos,transmitir os esforços da chapa para o caixilho e evitar contato entre o vidro e a alvenaria ou concreto. – Tijolos de vidro – Telhas de vidro Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 61 • Funções: acabamento final, proteção e estética. – A função estética é importante para o cliente, mas o engenheiro deve dar prioridade para a proteção. – A escolha das cores é feita pelo cliente, de acordo com o seu gosto pessoal, ou por profissional especializado em decoração, propiciando a aplicação funcional da cor. Por exemplo: • Vermelho, amarelo e laranja são cores quentes, vibrantes; • Verde e azul claro são cores frias, dando a sensação de monotonia, tranqüilidade; • Azul escuro e cinza dão a sensação de quietude, suavidade; • Cores escuras dão maior sensação de peso, enquanto cores claras proporcionam sensação de maior dimensão; • As cores frias e as pretas parecem diminuir a área das superfícies; • Por meio da aplicação funcional das cores pode-se criar a sensação de aproximar ou afastar um teto ou parede, conseguindo um ambiente de aconchego ou de maior amplitude espacial. – Defeitos das superfícies • O resultado final de um serviço de pintura depende em grande parte das condições oferecidas pelas superfícies a serem pintadas. Os defeitos mais comuns a serem corrigidos são os seguintes: – Umidade • É sempre preferível pintar sobre superfícies secas. A umidade diminui o contato da tinta com a superfície a ser pintada, prejudicando assim a aderência. • Tintas à base de água, como cales, látex e tintas de cimento não apresentam maiores problemas. A umidade da superfície, contudo, pode alterar a dosagem da tinta, deixando a pintura não uniforme. • É preferível sempre que possível deixar o serviço de pintura para os últimos dias da obra. Assim, a superfície já acabada ficará exposta por um período de tempo menor. Além disso, muitas vezes a superfície pode ter a aparência de seca, mas ainda conter umidade em seu interior. • Deve-se evitar serviços de pintura em dias chuvosos, pois a umidade do ar condensa-se nas superfícies, prejudicando a execução da pintura. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 62 – Alcalinidade e acidez • Substâncias ácidas reagem com substâncias alcalinas, formando sais sem aderência. Isso ocorre em alvenarias, pois a argamassa é feita de cimento e cal (alcalinos) e areias e britas (ácidas). Se a cal adicionada na argamassa for pouca, poderá não haver equilíbrio para neutralizar a acidez e o resultado será uma superfície ácida. • Superfícies ácidas recebem bem tintas ácidas, valendo o mesmo para alcalinas. Por isso, tintas à base de cal funcionam bem em paredes rebocadas, devido à presenças da cal na argamassa de reboco. • Quando a superfície e a tinta apresentam bases contrárias, haverá grande probabilidade de reações químicas indesejáveis, com formação de sais solúveis, provocando manchas na pintura. Podem ocorrer eflorescências, esfarinhamentos, etc. – Gorduras, óleos, resinas • São substâncias que impedem a aderência da tinta, provocando manchas e saponificação, sem resistência nem durabilidade. • O mesmo defeito é produzido pelas resinas presentes no interior das madeiras, principalmente nos locais onde se encontram os nós da madeira. – Esfarinhamento e eflorescência • Antes de executar a pintura é preciso verificar se as partículas da parede estão firmes e aderentes à superfície. Se já estiver havendo esfarinhamento, o mesmo acontecerá depois da superfície pintada. • É comum ocorrer esfarinhamento em repinturas, ao se pintar sobre tintas velhas e deterioradas. • Eflorescência também é um caso particular de esfarinhamento. – Porosidade e irregularidades • Superfícies irregulares absorvem tinta de forma irregular, resultando em locais com menor ou maior recobrimento. A pintura ficará irregular. • A superfícies a serem pintadas devem ser uniformes, ou seja, totalmente lisas ou totalmente ásperas. – Oxidação • Ocorre em superfícies metálicas. Deve ser removida e a sua causa eliminada. Evita-se a oxidação por meio de aplicação de tintas anti-corrosivas. – Mofo e bolor • São fungos vegetais que se desenvolvem em superfícies úmidas e com pouca ou nenhuma ventilação. – Pintura sobre tinta velha • Pode ocorrer esfarinhamento, desprendimento da tinta velha, irregularidades, com presença muitas vezes de sucessivas camadas de repintura. A pior situação é quando se deseja aplicar tintas incompatíveis com a pintura original. Os efeitos da incompatibilidade podem acontecer no curto ou no longo prazo. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 63 – Defeitos de construção • Fissuras, trincas, rachaduras, perfurações, quinas irregulares, etc. Esses defeitos devem ser corrigidos antes de se iniciar os serviços de pintura. • Execução da Pintura – Seguir atentamente as instruções do fabricante; – O número de demãos a ser aplicado é relativo, dependendo das condições da superfície a ser pintada; – Os ambientes a serem pintados devem mantidos bem arejados, pois as tintas, ao secarem, desenvolvem gases tóxicos, em especial o CO2; – As tintas devem ser preparadas em um único lugar; – Verificar se todo material e equipamentos necessários encontram-se à disposição antes de iniciar os serviços. – Equipamentos • Vasilhas para preparar as tintas, bandejas, espátulas, desempenadeiras, lixas, pincéis e trinchas, rolos de pintura, revolver, etc.; – Preparação das superfícies • Inicialmente devem ser feitas a limpeza e a correção dos defeitos existentes. • Usar a mesma argamassa do reboco ou aplicar massa PVA para corrigir defeitos em paredes rebocadas; • Em superfícies de madeira os defeitos são corrigidos com o uso de massa de vidraceiro ou massa composta por serragem e cola. • As superfícies metálicas devem receber massas apropriadas, geralmente massa de funileiro. – Pintura de fundo • Servem para propiciar condições de aderência para receber a pintura de acabamento; • As tintas de fundo devem ser compatíveis com as tintas de acabamento a serem aplicadas; • Não devem apresentar qualquer imperfeição ou escorrimento, pois serão transmitidos para a pintura de acabamento; – Pintura de acabamento • A sua escolha é feita em função do acabamento desejado e/ou da utilização do ambiente e condições de exposição. • A aplicação pode ser feita com pincéis, trinchas, rolos ou revolver. Unesp – Ilha Solteira (SP) Prof. Antonio Anderson da Silva Segantini Edifícios II Engenharia Civil 64 • Sistemas de Pintura – Caiação • Apesar de ser simples e econômica, é a que mais satisfaz quanto aspecto higiênico; • Não impermeabiliza a parede, permitindo troca de umidade com a atmosfera; • Não apresenta textura lisa e se desprende com facilidade. Admite o uso de corantes para dar a tonalidade requerida e fixadores ou colas para melhorar a aderência.. • Encontram-se no mercado tintas já preparadas com fixadores (colas) e corantes. Para a sua correta aplicação, basta seguir as instruções do fabricante, presentes na embalagem do produto. –Látex • Chama-se de látex a qualquer suspensão de borracha ou elastômero em veículo apropriado. • As tintas à base de látex são especialmente indicadas para paredes recém construídas pois, além de serem microporosas, resistem bem à alcalinidade e à umidade. • As tintas à base de látex acrílico são as mais indicadas para superfícies exteriores porque são mais pesadas, mais espessas e possuem plasticidade permanente. • A preparação das paredes consiste na remoção dos grãos
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