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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO O vocábulo Direito ele é um vocábulo Polissêmico, ou seja, tem diversos sentidos. 1- POSSIVEIS ACEPÇÕES DO VOCÁBULO DIREITO: Norma: normas elaboradas pela sociedade ou pelo Estado. Faculdade: possibilidade de agir Expressão do justo: justiça Ciência: ramo do conhecimento científico; Fato social: o direito é um setor da vida social Outras possibilidades: tributo (direitos alfandegários); reto (geométrico – segmento reto); certo (cálculo/formato direito); correto (homem direito – moral); oposto a esquerdo (lado direito). 2- FATO SOCIAL - Fonte principal das normas que regulam nosso comportamento enquanto vivemos em sociedade. 3- QUAL O PAPEL DO DIREITO DENTRO DA SOCIEDADE? A sociedade é criada pelo próprio ser humano por conta da sua condição de ser gregário, de ser social. Viver convivendo. Só que o próprio convívio é estressante, leva a conflitos. Para que esse conflito tenha harmonia e seja solucionado, são criados pela própria sociedade instituições que são: A família, a escola, o estado, as forças armadas, etc... E o Direito. O direito foi criado para o controle social. 4- O QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A MORAL E O DIREITO? Moral - Conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta formadores da ambiência ética. Direito - Conjunto de normas, postas pela sociedade e pelo Estado. 5- E QUAL A RELAÇÃO ENTRE A MORAL E O DIREITO? O Direito e a Moral são regras sociais que regulam o comportamento do Homem em sociedade, definindo um conceito de comportamento que é certo e o que não se enquadra neste comportamento é tido como errado. Comportamentos são cumpridos sem a necessidade de ninguém nos forçar para agir dessa maneira, é o mundo de conduta espontânea, onde estas regras sociais são cumpridas, muitas das vezes, sem nem percebermos. São regras sociais que o homem em sociedade só cumpre de forma obrigatória ou forçada, visando regular o homem em sociedade de forma jurídica tendo a figura do Estado como regulador dessas regras de organização, onde não sendo cumpridas tais regras, o homem será forçado a cumpri-las. 6- JUSNATURALISMO (DIREITO NATURAL) Leis superiores Direito como produto de ideias (Metafísico) Pressuposto: Valores Existência de leis naturais 7- JUSPOSITIVISMO (DIREITO POSITIVO) Leis impostas Leis como produto da ação humana (empírico-cultural) Pressuposto: o próprio ordenamento positivo Existência de leis formais 8- NORMATIVISMO JURÍDICO - É a defesa da construção de modelos metodológicos próprios para a Ciência do Direito. 9- POSITIVISMO JURÍDICO - Foi a corrente da teoria do direito que procura explicar o fenômeno jurídico a partir do estudo das normas positivas, ou seja, daquelas normas postas pela autoridade soberana de determinada sociedade. 10- TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO - MIGUEL REALE Para Reale, toda experiência jurídica pressupõe a correlação entre esses três elementos: fato, valor e norma. 11- DIREITO POSITIVO - Temporal / Vigência / Formal / Hierárquico É o que provém diretamente do Estado (do latim jus positum: imposto, que se impõe), vem a ser também, abase da unidade do sistema jurídico nacional. 12- DIREITO NATURAL - Atemporal / Independe de vigência / Informal / Não hierárquico consiste na permanente aspiração de justiça que acompanha o ser humano. 13- TEORIA PURA DO DIREITO Priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. 14- O DIREITO SUBSTANTIVO (MATERIAL) é o conjunto das regras criadas pelo Estado que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, constitui o chamado direito material. 15- O DIREITO ADJETIVO (PROCESSUAL) consiste nas regras de direito processual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se iniciarem, se desenvolverem e terminarem.O direito formal ou "adjetivo" diz respeito à processualística, ou seja, à forma pela qual se aplica o direito material. 16- DIREITO OBJETIVO é composto pelas normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções. 17- O DIREITO SUBJETIVO, também chamado facultas agendi (faculdade de agir) é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. f 18- DIREITO PÚBLICO - Direito Constitucional, Direito Financeiro, Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Internacional, Direito Ambiental, Direito Penal e Direito Processual, etc 19- DIREITO PRIVADO - Direito Civil e Direito Empresarial 20- DIREITO MISTO - Direito do Trabalho, Direito do Consumidor e Direito da Criança e do Adolescente 21- CONCEITUE NORMA JURÍDICA: É um conjunto de regras que tem por objetivo regular o comportamento das pessoas que vivem em sociedade nas quais essas regras são elaboradas pela própria sociedade através de seus representantes que quando prontas são entregues ao governo para que cuide de sua aplicação e é feita de forma coercitiva. 22- DINSTINÇÃO DE NORMA CONTEÚDO E FORMA: Conteúdo é a norma o que diz a letra da lei o que ela permite ou proíbe e forma é como esse conteúdo vai ser aplicado os códigos processuais. 23- O QUE TODA NORMA JURÍDICA DEVE TER? Generalidade, Abstratividade, Bilateralidade, imperatividade, Coercibilidade e Atributividade (ou autorizamento) Características substanciais da norma jurídica 24- GENERALIDADE. Temos que a norma jurídica é preceito de ordem geral, que obriga a todos que se acham em igual situação jurídica. Da generalidade da norma deduzimos o princípio da isonomia da lei, segundo o qual todos são iguais perante a lei. 25 - ABSTRATIVIDADE. As normas jurídicas visam estabelecer uma fórmula padrão de conduta aplicável a qualquer membro da sociedade. Regulam casos como ocorrem, via de regra, no seu denominador comum. Se abandonassem a abstratividade para regular os fatos em sua casuística, os códigos seriam muito mais extensos e o legislador não lograria seu objetivo, já que a vida em sociedade é mais rica que a imaginação do homem. 26- BILATERALIDADE, vinculando duas ou mais pessoas, conferindo poder a uma parte e impondo dever à outra. 27- IMPERATIVIDADE o direito se manifesta através de normas que possuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição de vontade e não simples aconselhamento. 28- COERCIBILIDADE - possui dois elementos: psicológico e material. hipótese de violação de normas. 29- ATRIBUTIVIDADE (OU AUTORIZAMENTO) - Esse é, aliás, o elemento distintivo por excelência entre a norma jurídica e as demais normas de conduta: a aptidão 30- NA LIÇÃO DE MIGUEL REALE, A VALIDADE DE UMA NORMA JURÍDICA PODE SER VISTA SOB TRÊS ASPECTOS: Técnico-formal = vigência Social = eficácia Ético = fundamento 25- O QUE SÃO LEIS EXTRAVAGANTES? São as leis que não estão incorporadas às Consolidações: são as leis editadas isoladamente para tratar de temas específicos. Ex: Lei de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Lei do Inquilinato etc. 26- O QUE SÃO AS LEIS ANACRÔNICAS? É aquela que durante um determinado período até teve aplicação na sociedade, mas que sofreu um enfraquecimento de sua normatividade com o passar dos anos. Ficou superada no tempo. É a denominada “letra morta”. Ex: Lei que proíbe pegar o bonde andando. 27- EXPLIQUE A CONCEPÇÃO DE KELSEN SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO. Pirâmide de quatro andares Lado esquerdo fora de cima para baixo: 1º Constituição 2º Leis, Decretos e Jurisprudência. 3º Atos normativos, Portarias e Resoluções 4º Dentro: Contratos, Sentenças Judiciais, atos e negócios jurídicos Descendolado direito fora: Relações de Superioridade. 28- QUAIS SÃOS AS VALIDADES DA NORMAS JURÍDICAS. Validade formal, Validade Social ou Eficácia e Validade Ética ou Fundamento. 29- O QUE É O ORDENAMENTO JURÍDICO À LUZ DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. Todo o conjunto de leis de um estado, e que reúne constituição, leis, emendas, decretos, resoluções, medidas provisórias, etc. 30- O ESTADO BRASILEIRO É ORGANIZADO EM ORDENAMENTO JURÍDICO DE MANEIRA EFICIENTE QUE SÃO EM TRÊS PODERES, INDEPENDENTES E HARMÔNICOS: o executivo, o legislativo e o judiciário 31- EXEMPLO DE HIERARQUIA NORMATIVA: Pirâmide criada por Hans Kelsen é a maior referência sobre o tema, nos mostra uma pirâmide abstrata tendo em seu topo a norma fundamental, da qual as demais retiram seus fundamentos de validade. Temos uma escala normativa que torna as normas inferiores dependentes das superiores, até chegar a uma norma suprema que não depende de nenhuma outra. 32- QUANDO SE DA À HIERARQUIA NORMATIVA. Se dá quando colocamos ordem ou nível as leis e atos normativos dentro de um conjunto para que haja respeito e harmonia, de forma que se previna a desconformidade entre elas. 33- QUAL A DIFERENÇA MARCANTE ENTRE AS REGRAS E OS PRINCÍPIOS A regra cuida (normalmente) de casos concretos. Exemplo: o inquérito policial destina-se a apurar a infração penal e sua. Os princípios (em regra) norteiam uma multiplicidade de situações. O princípio da presunção de inocência, por exemplo, cuida da forma de tratamento do acusado bem como de uma série de regras probatórias (o ônus da prova cabe a quem faz a alegação, a responsabilidade do acusado só pode ser comprovada constitucional legal e judicialmente etc.). 34- QUAIS NORMAS DO ORDENAMENTO JURÍDICO EM DIFERENTES GRAUS DE HIERARQUIA Normas constitucionais: são aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem ter o seu alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional. Normas complementares: são as leis que complementam o texto constitucional. Normas ordinárias: são as normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc. Normas regulamentares: são os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Exemplo: decretos e portarias. Normas individuais: são as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Exemplo: sentenças, contratos etc. 35- O QUE TUNC E O QUE É NUNC? TUNC significa que os efeitos de determinada decisão, sobre os fatos no passado, são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionado. NUNC, quer dizer que os efeitos da decisão não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão. 36- A INDEFINIÇÃO DO DIREITO O conceito de direito é definido quando se trata de qualificar como legais ou ilegais os actos concretos, mas é indefinido enquanto designação geral das regras. 37- INDEFINIÇÃO DO DIREITO A indefinição do direito manifesta-se em três aspectos, que constituem também três níveis de indefinição diferentes: a indefinição do conceito de direito; a indefinição das regras de direito; a indefinição do princípio do reconhecimento da violação à lei. 38- A INDEFINIÇÃO DO CONCEITO DE DIREITO Uma vez que a linguagem escrita e oral é o suporte do direito, a indefinição própria da linguagem origina a indefinição do conceito de direito. A razão da indefinição do princípio da boa fé tem a ver com o facto de esta ser uma regra moral 39- INDEFINIÇÃO DO PRINCÍPIO DO RECONHECIMENTO DA VIOLAÇÃO À LEI A indefinição do direito consiste no facto de os conceitos jurídicos não poderem abranger todos os objetos variados e complexos existentes no mundo real e no facto de o direito ter uma definição clara sobre a violação da lei e sobre a ilegalidade, isto é, o direito define quais os factos que constituem violação à lei.
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