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FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENHENHARIA SANITÁRIA E DO MEIO AMBIENTE DISCIPLINA: SANEAMENTO GERAL PROFESSORA: CAMILLE MANNARINO AULA: REQUISITOS DE QUANTIDADE DE ÁGUA / VARIAÇÕES DE CONSUMO CONSUMO DE ÁGUA Uso doméstico: Descargas de bacias sanitárias Asseio corporal Cozinha Bebida Lavagem de roupas Rega de jardins e quintais Limpeza geral Lavagem de automóveis Uso comercial: Lojas (sanitários, ar condicionado) Bares e restaurantes (matéria-prima, sanitários, limpeza) Postos e entrepostos (processos, veículos, sanitários, limpeza) Uso industrial: Água como matéria-prima Água consumida em processo industrial Água utilizada para resfriamento Água para instalações sanitárias, refeitório, etc Uso público: Limpeza de logradouros Irrigação de jardins Fontes e bebedouros Limpeza de redes de esgotamento sanitário e de galerias de águas pluviais Edifícios públicos, escolas e hospitais Piscinas públicas e recreação Usos especiais: Combate a incêndios Instalações desportivas Ferrovias e metrôs Portos e aeroportos Estações rodoviárias Perdas e desperdícios No abastecimento de uma localidade, devem ser consideradas as várias formas de consumo de água. CONSUMO DE ÁGUA O consumo de água é função de uma série de fatores inerentes à localidade a ser abastecida e varia de cidade para cidade, podendo variar entre setores de distribuição dentro de uma mesma cidade. Principais fatores que influenciam o consumo de água: Clima Padrão de vida da população Hábitos da população Sistema de fornecimento e cobrança (serviço medido ou não) Qualidade da água fornecida Custo da água (tarifa) Pressão na rede distribuidora Consumo comercial Consumo industrial Consumo público Existência de rede de esgotos Perdas no sistema CONSUMO DE ÁGUA Na determinação das vazões e capacidades das unidades das instalações de abastecimento, os diversos consumos são expressos por meio do consumo per capta (qpc), em L/hab.dia, resultado da divisão entre o total de demanda a ser atendida pelo sistema e a população a ser abastecida. Deve-se considerar a variação temporal das vazões. As unidades devem ser projetadas para operar para a demanda média mas devem ser capazes de suprir as variações que ocorrem ao longo do ano e ao longo dos dias utilização de coeficientes de reforço Vazão média: Para o projeto do sistema de abastecimento de água, é necessário se conhecer a população de final de plano e a sua evolução ao longo do tempo, para estudo das etapas de implantação. )/(86400 )./()( )/( dias diahabLqpchabP sLQ MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL Principais métodos de projeção populacional: Crescimento aritmético Crescimento geométrico Regressão multiplicativa Taxa decrescente de crescimento Curva logística Comparação gráfica entre cidades similares Método da razão e correlação Previsão com base nos empregos Desejável a utilização de análise estatística de regressão (incorporação de maior série histórica) Podem ser resolvidos com o auxílio de programas de computador comercialmente disponíveis, como o Excel (ferramenta Solver) A projeção populacional deve ser compatível com os dados de densidade populacional da área MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL Fonte: IBGE Cidades@ MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL Estimativa da população de novos loteamentos: Não há dados censitários históricos da área Buscar experiências de implantação de loteamentos com características similares Estimar a população de saturação da área a partir do planejamento físico-territorial proposto e das densidades médias de ocupação previstas em cada área de zoneamento População flutuante: Localidades turísticas e de veraneio têm grandes variações da população ao longo do ano É importante o acréscimo populacional devido à população flutuante A estimativa da população flutuante pode ser feita por meio de registros de consumo de água e de energia elétrica e de medições nas estradas de acesso e no índice de ocupação da capacidade de alojamento. MÉTODOS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL Alcance de projeto: A população de projeto está vinculada à definição do alcance de projeto Alcances muito pequenos: Menores investimentos iniciais Menor tempo para arrecadação de tarifas Necessidade de novos investimentos em curto prazo Alcances muito longos: Elevados investimentos iniciais Grande ociosidade das unidades nos primeiros anos Maior tempo para arrecadação de tarifas Considerar a possibilidade de a projeção populacional não evoluir conforme estimado Considerar estudos econômicos, avaliações das características da comunidade e de seu potencial de crescimento PERDAS DE ÁGUA Perda é a diferença entre o volume de água produzido nas Estações de Tratamento de Água (ETA’s) e o total dos volumes medidos nos hidrômetros índice de perdas é a porcentagem do volume produzido que não é faturada pelas concessionárias dos serviços Perdas físicas: Representam a água que efetivamente não chega ao consumo Vazamentos no sistema (tubulações de distribuição, ligações prediais) Extravasamento de reservatórios Operações no sistema (lavagem de filtros e reservatórios, manutenção e reparo de tubulações) Perdas não-físicas: Representam a água consumida mas que não é medida e, portanto, não faturada Ligações clandestinas By-pass irregular no ramal das ligações Problemas de micromedição (hidrômetros inoperantes, fraudes, erros de leitura, problemas de calibração dos hidrômetros) FATORES DE CORREÇÃO DE VAZÃO Período de funcionamento das unidades de produção: Deve ser considerado na determinação das vazões de dimensionamento dessas unidades Mananciais subterrâneos limite de funcionamento de 16h/dia Objetiva-se compatibilizar menores custos de operação (mão-de-obra, energia, etc) com menores custos de construção Consumo no sistema: A operação do sistema de abastecimento de água implica consumos que devem ser previstos na produção de água Consumo na ETA: lavagem de filtros e decantadores, água para diluição de produtos químicos, etc COEFICIENTES DE CORREÇÃO DE VAZÃO Coeficiente do dia de maior consumo (k1): Razão entre o maior consumo diário verificado em um ano e o consumo médio diário no mesmo ano ABNT k1 = 1,2 Coeficiente da hora de maior consumo (k2): Razão entre a máxima vazão horária e a vazão média diária do dia de maior consumo ABNT k2 = 1,5 Grandes variações em locais com ausência de reservatórios domiciliares COEFICIENTES DE CORREÇÃO DE VAZÃO
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