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SANEAMENTO_06_Tratamento de agua

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FACULDADE DE ENGENHARIA 
 
DEPARTAMENTO DE ENHENHARIA SANITÁRIA E DO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
DISCIPLINA: 
 
SANEAMENTO GERAL 
 
 
 
PROFESSORA: 
 
CAMILLE MANNARINO 
 
 
AULA: 
 
TRATAMENTO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO 
TRATAMENTO DE ÁGUA 
 Tratamento de água é o conjunto de processos e operações unitárias que consistem em 
melhorar suas características organolépticas, físicas, químicas e bacteriológicas, a fim de que 
se torne adequada a determinado tipo de consumo 
 No caso do abastecimento de populações, o tratamento deve tornar a água 
potável 
 Água potável: aquela que pode ser consumida sem riscos à saúde humana e sem causar 
rejeição ao consumo por questões organolépticas 
 Portaria no 2914/2011 MS  estabelece valores máximos permitidos para diversos 
contaminantes orgânicos e inorgânicos que podem estar presentes na água potável 
 Nas Estações de Tratamento de Água (ETA’s), deve-se buscar alternativas 
técnicas que possibilitem, no mínimo, a produção de água que atenda ao 
especificado nos padrões de potabilidade 
 Aspectos Econômicos  a presença de determinadas substâncias na água pode implicar o 
surgimento de características economicamente indesejáveis 
 Dureza - causada por cloretos, sulfatos e bicarbonatos de cálcio e magnésio, provoca consumo exagerado de sabão, 
além de os sais incrustarem-se em tubulações 
 Agressividade - verificada quando a água possui pH muito baixo (acidez), sendo corrosiva, danificando as tubulações. 
 Alcalinidade - ocorrente quando o pH da água é muito elevado, por demais alcalino, obstruindo as tubulações por 
formar incrustações 
 Quanto mais poluído o manancial, mais complexo será o processo de tratamento e, portanto, 
mais cara será a água 
GRADEAMENTO 
FLOCULAÇÃO 
FLOTAÇÃO 
FILTRAÇÃO 
PROCESSOS 
DECANTAÇÃO 
AERAÇÃO 
COAGULAÇÃO 
LENTA 
RÁPIDA 
DESCENDENTE 
ASCENDENTE 
DE ÁGUA 
FLOCULADA 
SIMPLES 
MÉTODOS GERAIS DE TRATAMENTO 
CORREÇÃO DE 
DUREZA 
DESINFECÇÃO 
CONTROLE DE 
CORROSÃO 
TRATAMENTOS 
ESPECIAIS 
FLUORETAÇÃO PROCESSOS 
CAL E SODA 
ZEÓLITOS OU 
PERMUTITAS 
MÉTODOS GERAIS DE TRATAMENTO 
ROTEIRO PARA PROJETO DE UMA ETA 
GRADEAMENTO 
 Processo que retira corpos de maiores dimensões presentes na massa líquida 
através da passagem da água por uma seção dotada de grade. 
 As grades, formadas por barras dispostas verticalmente (solução mais comum), são 
instaladas em aberturas ou canais por onde a água deverá passar. Toda a área da seção 
deve ser gradeada. 
 Limpeza  a grade poderá ter sistema de limpeza manual ou 
mecanizada. No primeiro caso, é suficiente uma unidade. No 
segundo, o mínimo são duas, podendo uma ser manualmente 
limpa. 
 As grades são constituídas por barras, preferencialmente de 
perfil chato, com cantos em ângulo reto. A maior dimensão das 
barras é colocada no sentido do fluxo. 
 A operação de gradeamento deve ser realizada junto à 
captação de água. 
GRADEAMENTO 
Fonte: Prof. Rafael Carvalho (UERJ) 
GRADEAMENTO 
Fonte: www.atlanticosul.ind.br 
- A grade mecânica de barras tipo “correntes” é 
geralmente instalada em estações de tratamento de 
água, esgoto ou efluentes industriais, no ínicio do 
processo, onde existe grande quantidade de sólidos 
grosseiros que possam prejudicar ou interromper a 
operação de equipamentos ou unidades de 
tratamento posteriores. 
- Os sólidos são retidos nas barras verticais enquanto 
o fluido passa através das aberturas entre as barras 
consecutivas. 
- O material retido é retirado pelo mecanismo de 
limpeza. Este mecanismo consiste de rastelos fixados 
em correntes instaladas nas duas extremidades da 
grade, em sua largura. O acionamento elétrico gira as 
rodas superiores, fazendo com que a corrente se 
movimente no sentido da altura da grade, movendo os 
rastelos para cima, do fundo do canal para o ponto de 
descarga. 
- Os rastelos possuem dentes que se encaixam nas 
aberturas entre as barras. Desta forma, o material 
retido é elevado até ser descarregado em caixa de 
coleta, caçamba ou equipamento transportador. 
GRADEAMENTO 
Fonte: www.parkson.com.br 
GRADEAMENTO 
Fonte: Aquatech 
GRADEAMENTO 
Fonte: Prof. Rafael Carvalho (UERJ) 
DECANTAÇÃO SIMPLES 
 A água tem grande poder de dissolver e de carrear substâncias. Esse poder aumenta ou 
diminui com a velocidade da água em movimento. Quanto menor a velocidade de 
escoamento da água, menor será seu poder de carreamento. As substâncias mais grosseiras 
sedimentáveis e partículas mais pesadas tendem a se depositarem no fundo do canal. 
 
 Sedimentação  processo pelo qual se verifica a deposição de matérias em suspensão no 
fundo do recipiente do líquido pela ação da gravidade. 
 O material sólido ao se depositar arrasta consigo microorganismos presentes na água, 
melhorando sua qualidade. 
 
 Processos utilizados nas bacias de sedimentação (desarenadores): 
 Processos intermitentes - para a remoção do material em suspensão, enche-se a bacia de 
sedimentação, em seguida mantém-se a água contida em repouso pelo tempo necessário para que as 
partículas sedimentem e, completando-se o ciclo operacional, esvazia-se a bacia, retirando-se a água 
decantada. 
 Processos contínuos - quando se promove a decantação baixando-se a velocidade da água durante 
determinado tempo de detenção suficiente para que as partículas sedimentem. 
DECANTAÇÃO SIMPLES 
Bacias de Sedimentação de Partículas Discretas de Operação Contínua 
 A partícula (P) é animada de uma velocidade (V) cujas componentes são (VH) (velocidade de 
escoamento do líquido) e (VV) (velocidade de sedimentação da partícula). 
 Estudando-se cada movimento separadamente, ambos retilíneos uniformes, pode-se aplicar a 
equação cinemática: S = So + Vt 
Fonte: Prof. Rafael Carvalho (UERJ) 
DECANTAÇÃO SIMPLES/DESARENAÇÃO 
DECANTAÇÃO SIMPLES/DESARENAÇÃO 
AERAÇÃO 
 Destina-se à remoção de gases dissolvidos, de odor e sabor e ativação dos 
processos de oxidação da matéria orgânica. 
 Particularmente porque os processos aeróbicos de oxidação são mais rápidos e 
produzem gases inodoros, emprega-se a introdução de ar (ou oxigênio puro) no 
meio aquoso de modo a oxigenar o líquido. Este procedimento é denominado de 
aeração. 
 
 Promove remoção de H2S, de substâncias aromáticas voláteis, oxidação de ferro e manganês. 
 No caso de águas retiradas de poços, fontes ou de pontos profundos de grandes represas, 
essas podem conter ferro e outros elementos dissolvidos ou ainda ter baixa concentração de 
oxigênio dissolvido e, em conseqüência, ter gosto desagradável. Embora não seja prejudicial 
à saúde, torna-se necessário oxigenar a água para melhorar sua condição de potabilidade. 
 Em águas superficiais, a aeração é também usada para a melhoria da qualidade biológica da 
água e como parte preliminar de tratamentos mais completos. 
 Ensaios de laboratório são importantes na determinação da necessidade e da efetividade da 
aplicação da aeração, bem como dos parâmetros de cálculo utilizados no projeto. 
AERAÇÃO 
Métodos de Aeração 
 Nos aeradores mais simples a água sai de uma fonte no topo do aerador, que pode ser constituído por um conjunto de 
bandejas, sobrepostas, espaçadas e fixadas na vertical por um eixo, ou um tabuleiro de vigas arrumadas em camadas 
transversais às vizinhas. 
Aerador de bandeja Aerador de cascara 
Aeração por Gravidade 
Métodos de Aeração 
 Na aeração mecânica, um turbilhonamento na água promove a aeração. 
AERAÇÃO 
Aeração Mecânica 
Fonte: Revista TAE 
AERAÇÃO 
Métodos de Aeração 
 A aeração pode ser desenvolvida através de aeradores por borbulhamentoque consistem, geralmente, de tanques 
retangulares, nos quais se instalam tubos perfurados, placas ou tubos porosos difusores que servem para distribuir ar em 
forma de pequenas bolhas. Essas bolhas tendem a flutuar e escapar pela superfície da água. 
Aeração por Difusão 
AERAÇÃO 
Aeração por Difusão 
COAGULAÇÃO 
 Coagulação é a desestabilização das partículas coloidais por meios químicos 
acompanhada da formação de compostos com alto poder de adsorção. 
 É um processo muito rápido, que acontece nos segundos seguintes à aplicação do reagente 
coagulante à água. Faz-se necessária, então, intensa mistura no ponto de aplicação do 
produto químico para que se obtenha uma distribuição uniforme do coagulante e a exposição 
das partículas coloidais ao agente coagulante antes que as reações de coagulação se tenham 
completado. Para a coagulação, portanto, é requerida uma mistura rápida. 
 
 O emprego da coagulação química promove redução de turbidez, colóides, 
bactérias, cor, ferro, ferro e manganês oxidados e alguma dureza. 
 
 Os coagulantes mais empregado são sulfato de alumínio e sais de ferro. Os custos para 
a utilização dos sais de alumínio são inferiores, mas os sais de ferro têm a vantagem de 
serem aplicados em uma faixa de pH mais larga. 
 
 A coagulação é indispensável em ETA’s que utilizam sistema de filtração do tipo 
filtração rápida. 
COAGULAÇÃO 
 Coagulação química: 
 
 
 
Sulfato de Alumínio Cloreto Férrico 
COAGULAÇÃO 
 A mistura rápida tem a finalidade de dispersar os coagulantes rápida e 
uniformemente na massa líquida, de tal maneira que cada litro de água a tratar receba 
aproximadamente a mesma quantidade de reagente no menor tempo possível, já que o 
coagulante se hidrolisa e começa a se polimerizar em fração de segundo após o seu 
lançamento na água. 
 
 Qualquer dispositivo capaz de provocar intensa agitação, isto é, turbulência na água, 
mecanizado ou não, pode ser utilizado para a mistura rápida, como bombas, ressaltos 
hidráulicos, agitadores mecânicos, vertedores etc. 
 
 Instalações que envolvem o tratamento químico exigem bons operadores e bem treinados. A 
preparação e aplicação de reagentes químicos, com a otimização de dosagens, requerem 
habilidade e dedicação. 
 
 O lançamento do coagulante ocorre em condições adequadas de pH e na dosagem 
determinada em laboratório. Geralmente usa-se o lançamento de solução aquosa de cal 
para regular esse pH, considerando-se também que o coagulante reduz o pH e que fora da 
faixa determinada ele perde eficiência. 
COAGULAÇÃO 
 No caso dos misturadores hidráulicos, o mais adequado é o empregos de um 
ressalto hidráulico de grande turbulência. Em geral o dispositivo empregado é 
uma uma calha Parshall. 
DOSAGEM DE COAGULANTES E pH DE OPERAÇÃO 
Ensaio dos Jarros (JAR TEST) 
 O ensaio dos jarros se constitui no meio mais prático, e por isto mundialmente utilizado, para 
a determinação das condições ideais para a obtenção de boas coagulação e floculação. 
 O ensaio se divide em duas etapas. Na primeira determina-se o pH em que se verificam 
coagulação e floculação mais perfeitas. Na segunda fase do ensaio constata-se qual a 
dosagem ideal de coagulante. 
 Para a determinação do pH ótimo fixam-se diferentes valores de pH nos jarros que contêm 
amostras, adicionando-lhes ácidos ou hidróxidos. Aplicam-se, então, dosagens iguais de 
coagulante nos jarros. O jarro que apresentar melhor floculação corresponderá ao pH ótimo. 
 Na verificação da dosagem econômica de coagulante, fixa-se o pH ótimo em todos os jarros 
e aplicam-se dosagens diferentes de coagulantes aos mesmos. A dosagem econômica será a 
aplicada ao jarro que, apresentando boa floculação, tenha recebido menos coagulante. 
FLOCULAÇÃO 
 Floculação é a reunião das partículas coaguladas em flocos. 
 Para que isto se verifique é necessário que as partículas se choquem entre si, o 
que só ocorrerá se elas possuírem velocidades diferentes, ou seja, se houver 
turbulência na água. 
 
 Os choques não devem ser muito violentos (pois o objetivo é juntar as partículas) e ocorrerão 
aleatoriamente. Assim, necessita-se de agitação (que gera turbulência), porém agitação 
muito menos intensa que na coagulação e com duração muito maior, para que todos os 
choques de partículas necessários possam acontecer. 
 
 Os gradientes de velocidade na floculação não podem ser excessivamente elevados, pois, 
neste caso, seriam rompidos os flocos já formados. É interessante que se faça o gradiente de 
velocidade decrescer ao longo da floculação, de vez que, com o aumento da quantidade de 
material já floculado, diminui a energia demandada para a complementação do processo. 
FLOCULAÇÃO 
 Há vários tipos de floculadores hidráulicos, o mais comum sendo constituído por chicanas, 
conjunto de cortinas verticais formando compartimentos em série. 
 Com agitação mecânica, os floculadores tipo paletas - de eixo horizontal ou vertical - são os 
mais correntemente utilizados. 
FLOCULAÇÃO 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
 A decantação em geral (simples e com adição de produtos químicos) se constitui num dos 
processos de purificação da água mais utilizados, ocupando, talvez, o segundo lugar, em 
seguida à desinfecção. 
 
 A decantação com adição de produtos químicos (seguinte à coagulação e à 
floculação) é utilizada para remover sólidos sedimentáveis que tiveram sua 
capacidade de sedimentação aumentada pela adição de produtos químicos. 
 
 Esse tipo de sedimentação se segue à pré-sedimentação, à aeração (se utilizadas), à 
cogulação e à floculação, e precede a filtração. 
 
 Os decantadores podem ser classificados de acordo com sua geometria e com o fluxo que se 
verifica através do tanque: 
 Quanto à geometria têm-se tanques de sedimentação de base retangular, circular ou quadrada, 
sendo mais comum, nas unidades clássicas, o fluxo horizontal. 
 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
 Os tanques de sedimentação são didaticamente divididos em quatro zonas: 
 Zona de Entrada  na qual se deve verificar uma suave transição do fluxo de entrada para um 
regime uniforme estável de que se necessita na zona de sedimentação. 
 Zona de Saída  na qual, ao contrário, se deve verificar suave mudança do regime da zona de 
sedimentação para o regime do fluxo efluente. 
 Zona do Lodo  na qual é recebido e armazenado o material decantado, de jeito que não haja 
interferência na decantação verificada na zona de sedimentação. 
 Zona de Sedimentação  na qual se encontra o volume para sedimentação a salvo das interferências 
das outras zonas. 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
Corte esquemático de um decantador 
de placas paralelas 
Decantador de Alta Taxa 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
DECANTAÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA 
 Quanto mais poluído o manancial, mais complexo será o processo de tratamento e, 
portanto, mais cara será a água. 
FILTRAÇÃO 
 A filtração é um processo físico-químico-biológico em que a água atravessa um 
leito filtrante, de modo que partículas em suspensão sejam retidas produzindo um 
efluente mais limpo. 
 Existem dois processos distintos de filtração: filtração lenta e filtração rápida. A opção 
por um dos métodos depende principalmente da qualidade da água bruta e do volume a ser 
tratado e implica em profundas diferenças no projeto da ETA. 
 O processo de filtração lenta é mais estático em suas alternativas de projeto. 
 O processo de filtração rápida é bastante dinâmico em termos de alternativas de desenhos, 
podendo ser projetado com materiais diferentes no leito filtrante, dispositivos para aumento 
da capacidade de filtração,bem como fluxos por gravidade ou forçados, ascendentes ou 
descendentes. 
FILTRAÇÃO LENTA 
 
 Na filtração lenta, o tratamento da água é feito principalmente por processo biológico: 
 Partículas maiores do que os espaços entre grãos são retidas. 
 Forma-se uma camada biológica, composta por partículas inertes, matéria orgânica e 
microorganismos. 
 
 
 Usualmente, os filtros lentos operam com taxas geralmente inferiores a 6 m3/m2.d. 
 Filtros lentos operam com baixa taxa de filtração  requerem maiores espaços físicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Filtros lentos  não há emprego de prévia coagulação química 
 
FILTRAÇÃO RÁPIDA 
 A filtração rápida em meio granular é o resultado da ação de três mecanismos: 
 
 Transporte  conduzem partículas suspensas para as proximidades da superfície dos grãos do meio 
filtrante (fenômeno físico) 
 Aderência  quando as partículas estão muito próximas dos grãos filtrantes, forças de ação 
superficial atuam de modo a aderi-las à superfície dos mesmos ou de partículas previamente aderidas 
aos grãos, removendo as partículas suspensas da água (fenômeno químico) 
 Desprendimento  as partículas removidas da água acumulam-se nos grãos filtrantes, diminuindo 
o espaço entre eles; aumentam as forças cisalhantes sobre o material depositado fazendo com que as 
partículas sejam desprendidas e arrastadas para outras camadas do filtro, onde o fenômeno se repete 
 
 Usualmente, os filtros rápidos funcionam com taxas de filtração entre 150 e 600 m3/m2.d. 
 
 
 
 
 
 
 Filtros rápidos  necessidade de prévia coagulação química 
 
FILTRAÇÃO RÁPIDA 
Limpeza 
 
 Ao longo de sua operação, o filtro acumula impurezas entre os interstícios do leito filtrante, 
aumentando progressivamente a perda de carga e redução na sua capacidade de filtração. 
 Quando a perda de carga ou a turbidez do efluente atingem seus valores máximos 
preestabelecido, deve ser feita a lavagem. 
 O intervalo de tempo em que o filtro opera entre uma lavagem e outra 
consecutiva é chamado de carreira de filtração. 
 Uma carreira de filtração fica em torno de 20 a 30 horas podendo, em situações esporádicas, 
principalmente no início do período chuvoso, ocorrer mais de uma lavagem por dia. 
 Os filtros rápidos são lavados contracorrente com velocidade e vazão suficientes para criar 
turbulência a fim de promover o desprendimento das impurezas retidas grãos do leito 
filtrante. 
 Neste processo ocorre a expansão do leito filtrante e o transporte da sujeira antes retida pela 
água de lavagem. A água efluente deve ter um destino adequado. 
FILTRAÇÃO RÁPIDA 
Esquema vertical de um filtro rápido 
Esquema vertical de um filtro lento 
DESINFECÇÃO 
 Visa à eliminação de organismos patogênicos que possam estar presentes na 
água  bactérias, protozoários e vírus. 
 
 Ainda que em outras etapas do tratamento da água para torná-la potável haja redução do 
número dos microorganismos agregados às partículas coloidais, esse não é objetivo 
principal dos demais processos e operações unitárias usuais no tratamento das águas. 
 
 Doenças de veiculação hídrica são o principal fator de morbidade em países em 
desenvolvimento  fragilidade dos sistemas públicos de saneamento. 
 
 Mortalidade infantil: 35,5 óbitos de crianças menores de um ano por mil nascidos vivos (IBGE, 2000). 
 
 Mecanismos de ação dos agentes desinfetantes: 
 Destruição da estrutura celular dos organismos; 
 Interferência no metabolismo (inativação de enzimas); 
 Interferência no crescimento, síntese de proteínas, ácidos núcleicos. 
 
 
DESINFECÇÃO 
 A desinfecção da água pode ser realizada por meio de processos, físicos, químicos ou da 
combinação entre eles. 
 
 Os processos físicos consistem na aplicação direta de energia sob a forma de calor ou luz 
(ultravioleta ou gama). 
 O mais antigo processo de desinfecção consiste na fervura da água, assegurando a inativação da 
totalidade dos microorganismos após um tempo de ebulição. 
 
 Os processos químicos consistem na exposição da água a ação de diversos produtos, 
durante um intervalo de tempo suficiente e em concentrações adequadas, visando a 
inativação dos microorganismos , usualmente por meio de oxidação. 
 
 Os desinfetantes mais freqüentemente utilizados no tratamento de água, em ordem 
decrescente de emprego, são: 
 Cloro; 
 Ozônio; 
 Radiações Ultra - violeta; 
 
 Em sistemas públicos de abastecimento de água, é importante manter um 
residual do desinfetante na água fornecida à população  prevenção contra possível 
contaminação na rede de distribuição. 
 
DESINFECÇÃO 
CLORO 
 O cloro possui poder oxidante e interage com a parede celular bacteriana, 
desestruturando-a e levando a uma exposição da membrana celular. 
 
 Posteriormente, sucede a extrusão de constituintes vitais da célula (DNA, RNA, proteínas, 
entre outros), o que acarreta alterações nos processos bioquímicos associados à membrana 
celular, destruição dos componentes intracelulares e conseqüente morte celular. 
 
 Uso comercial: Cl2 (líquido ou gasoso), hipoclorito de sódio (líquido), hipoclorito de cálcio 
(sólido). 
 
 O cloro é o desinfetante mais usado no tratamento de águas devido ao seu baixo custo e 
por permitir um residual do produto na rede de abastecimento. 
 
 Pode levar à formação de trialometanos (THM) nas águas de abastecimento. 
 THM  reações do Cl com substâncias húmicas 
 THM  Organoclorados potencialmente cancerígenos 
 
 
 
 
DESINFECÇÃO 
OZÔNIO 
 O ozônio (O3) é um forte oxidante, capaz de oxidar compostos orgânicos e inorgânicos na 
água. 
 
 O mecanismo bioquímico da desinfecção pelo ozônio está relacionado à desestabilização da 
membrana celular, incluindo a estrutura de proteínas nela inseridas. 
 
 A membrana perde sua função seletiva e de suporte para enzimas essenciais ao 
metabolismo celular. 
 
 O ozônio pode também difundir-se para o interior da célula e oxidar a matéria orgânica 
existente, interferindo em sua atividade ou mesmo destruindo diversos componentes 
celulares. 
 
 
DESINFECÇÃO 
RADIAÇÃO ULTRA - VIOLETA 
 Na desinfecção por raios ultravioleta, o DNA e o RNA absorvem a luz ultravioleta nos 
comprimentos de onda 200-260nm. 
 Essa absorção promove a formação de dímeros (moléculas compostas por duas unidades 
similares) que conduzem a uma deficiência na produção de proteínas e na sua replicação, 
impossibilitando a reprodução celular. 
 
 
 
 
40 a 400nm 
DESINFECÇÃO 
RADIAÇÃO ULTRA – VIOLETA 
 
FLUORETAÇÃO 
 Adição de flúor à água de abastecimento a fim de agir preventivamente contra a 
decomposição do esmalte dos dentes. 
 
 Formas de adição do flúor à água: 
 Ácido fluorsilícico, fluorsilicato de sódio, fluoreto de sódio ou fluoreto de cálcio. 
 
 A fluoretação é uma exigência da Portaria 635/75 MS  controvérsia entre os especialistas. 
 
 SABESP (SP)  valor padrão para a fluoretação da água: 0,7mL/L  redução de até 65% na 
incidência de cáries na população. 
 
 O excesso de flúor pode ser prejudicial para a saúde  Em doses muito altas, os dentes podem 
ficar manchados ou até quebradiços. 
 
 
 
 
 
CORREÇÃO DE pH 
 Após todas as etapas de tratamento, a água distribuída à população deve atender ao 
padrão de potabilidade vigente e, além disso, não se apresentar corrosiva ou incrustante. 
 
 Possibilidade de danos às tubulações de distribuição 
 Corrosão  associada à baixos valores de pH 
 Incrustação  associada à baixos elevados de pH 
 A água distribuída deve ser quimicamente estável 
 
 Produtos utilizados para correção de pH: Cal 
 Carbonato de cálcio 
 Carbonato de sódio (barrilha) 
 Hidróxido de sódio (soda cáustica) 
 Gás carbônico 
 Ácido clorídrico 
 Ácido sulfúrico 
ESQUEMA DE ETA CONVENCIONAL

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