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Apostila1 - Profª Bernadete - Comunicaçao e Expressao

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Comunicação e Expressão
Apostila 01
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A Importância da leitura na 
Construção do Conhecimento
As modernas teorias da aprendizagem consideram o conhecimento como sendo uma construção íntima de cada ser, uma elaboração da mente, construindo, desmontando e reconstruindo estruturas de pensamentos, sempre a partir do que se percebeu e experimentou.
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O que isso significa?
Significa que devemos considerar os fatores externos, as possíveis estimulações, que são recursos que podem despertar o interesse do leitor para um determinado tema, numa atitude de curiosidade e atenção.
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Temos que considerar tudo o que já foi, por nós, vivido (nessa encarnação e nas anteriores); tudo o que já se fez, descobriu, percebeu, intuiu e pensou; os filmes que já assistimos, as conversas que já ouvimos, as histórias que lemos... 
Tudo participa do seu modo de ver o mundo e de aprender.
Todas as informações e exemplos a que somos expostos, sempre podem nos influenciar, mais ou menos intensamente.
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A leitura eficiente, depende de MÉTODO.
É fundamental compreender que, na formação de cada cidadão bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando um papel essencial, pois revela-se como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural.
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O ato de ler é um exercício de indagação, de reflexão crítica, de entendimento, de captação de símbolos e sinais, de mensagens, de conteúdo, de informações... 
É um exercício de intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializa outras. 
Permite-nos a formação dos nossos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e/ou fenômenos com os quais defrontamo-nos.
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A leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.
Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação.
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Texto e Contexto
A “grosso modo”, um texto pode ser entendido como manifestação linguística das ideias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos linguísticos e culturais e, seu tamanho, pode ser variável.
As notícias lidas ou ouvidas são texto; aquelas conversas, de que fazemos ou não parte, são um texto; o que o palestrante diz é um texto; os poemas, os contos etc. são textos; enfim, estamos rodeados de textos, uma vez que, repetindo: quando falamos, ouvimos, lemos e escrevemos, produzimos textos.
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Por isso, texto é:
Ouvido – Você ouve conversas ocorridas entre duas ou mais pessoas; noticiários ouvidos pelas rádios ou televisão; palestras; discurso em época de eleição; letras de música; entre tantos outros textos.
Falado – Você produz textos falados, quando participa de conversas (entre você e outra(s) pessoa(s)); uma aula que você ministra (caso seja professor(a)); apresentação de um tópico em reunião de trabalho; uma declaração de amor; entre tantos outros textos.
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Lido – Você lê textos escritos: notícias, horóscopos, carta do leitor, editorial em revista ou jornal; romances, contos, poemas etc. em livros impressos; e-mail, face e outros textos virtuais; recados, bilhetes, receitas, bula e outros do cotidiano.
Escrito – Você escreve bilhetes, recados e outros do cotidiano; e-mail, cartas comerciais, memorandos, relatórios e outros possíveis de trabalho; talvez poemas, contos, crônicas do mundo da literatura; e outros, conforme a necessidade e vontade.
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Em resumo...
Quando queremos nos comunicar, recorremos ao texto e, por meio dele, nos expressamos. Assim, o texto é expressão.
Além disso, porque em cada situação comunicativa nós temos um propósito, o texto exerce uma função, isto é, tem uma serventia, ou seja, todo texto é instituído de intenção, uma vez que recorremos a ele com um objetivo específico.
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Produzimos – fala, escrita – com a intenção de fazer algo e o sucesso da comunicação está na identificação dessa intenção por parte do interlocutor (o outro, com quem falamos ou para quem escrevemos).
No percurso da interação – entre nós e o outro – damos instrução necessária para que o outro faça, com eficácia, essa identificação.
Consequentemente, todo texto é expressão de atividade social e comunicativa, não existindo fora das inter-relações pessoais.
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Qualquer texto está ancorado em um contexto social concreto.
O texto, como expressão de uma atividade social de comunicação, envolve um parceiro, um interlocutor, porque construímos nossa expressão com o outro, a dois. Esforçamo-nos, sem ter muita consciência disso, para o texto ser relevante, supondo ser da necessidade, do interesse ou do gosto do outro.
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A estudiosa brasileira Koch, em sua obra sobre texto, defende a posição de que:
a)a produção textual é uma atividade verbal, a serviço de fins sociais e, portanto, inserida em contextos mais complexos de atividade;
b)trata-se de uma atividade consciente, criativa, que compreende o desenvolvimento de estratégias concretas de ação e a escolha de meios adequados à realização dos objetivos; isto é, trata-se de uma atividade intencional que o falante, de conformidade com as condições sob as quais o texto é produzido, empreende, tentando dar a entender seus propósitos ao destinatário através da manifestação verbal;
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c)é uma atividade interacional, visto que os interactantes, de maneiras diversas, se acham envolvidos na atividade de produção textual (KOCH, 1998,p.22).
Outro aspecto importante sobre o texto é o tema, ou seja, o núcleo semântico, que dá ao texto continuidade e unidade. O texto não é um conjunto aleatório de palavras ou de frases; ao contrário, é composto de sentenças interconectadas.
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Podemos dizer que o texto se constrói com base em uma interação comunicativa, diante de uma manifestação linguística, pela atuação conjunta de uma rede de fatores de ordem situacional, sociocultural e interacional, capazes de construir determinado sentido.
Desse modo, o sentido não está no texto, mas se constrói a partir dele.
Conforme Roncarati (2010, p.48) “o sentido é uma construção sociointeracional, pois só surge após colaboração entre leitor e texto”.
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Um texto não é uma mera soma de frases. O que o diferencia de um não texto é a sua textualidade que se manifesta em diferentes graus. 
Todo texto tem que ter alguns aspectos formais, ou seja, tem que ter estrutura, elementos que estabelecem relação entre si. 
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Os sete importantes 
fatores da textualidade são:
1.a coesão: a relação de encadeamento de partes e de unidades. "A coesão textual é a relação, a ligação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto”. (PLATÃO & FIORIN, 1996)
2.a coerência: o sentido atribuído por um interlocutor. A coerência está relacionada com a compreensão, a interpretação do que se diz ou escreve. Um texto precisa ter sentido, isto é, precisa ter coerência, que é um fator de interpretabilidade do texto, pois possibilita que todas as suas partes sejam englobadas num único significado que explica cada uma delas. 
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3.a intencionalidade: o que o autor quer do leitor. Concerne ao empenho do produtor em construir um texto coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação comunicativa. A meta pode ser informar, impressionar, alarmar, convencer, persuadir, ou defender etc., e é ela que vai orientar a confecção do texto.
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4.a aceitabilidade: o que o leitor espera.
 O outro lado da moeda da intencionalidade (que envolve o produtor) é a aceitabilidade, que diz respeito à expectativa do recebedor do texto. O leitor espera que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com objetivos do produtor.
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*5.a informatividade: os dados novos. Refere-se ao grau de previsibilidade (expectativa) da informação presente no texto.
É importante para o produtor saber com que conhecimentos do recebedor ele pode contar e que, portanto, não precisa explicitar no seu texto. O interesse do leitor/ouvinte pelo texto vai depender do grau de informatividade de que é portador. Esse fator de textualidade trata da medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, conhecidas ou não, no plano conceitual e no formal.
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6.a situacionalidade: os atores e o lugar da comunicação. Refere-se ao lugar e ao momento da comunicação.
Todos os dados situacionais interferem na produção e recepção do texto; diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação sociocomunicativa.
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7.a intertextualidade: a referência a outros textos. 
É o diálogo entre textos para aumentar o poder de argumentação. Inúmeros textos só fazem sentido quando entendidos em relação a outros textos, que funcionam como contexto.
Exercício: Texto de BUCCI, 1998) e análise de ANTUNES (2010) – “ A mercadoria alucinógena”.
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Contexto
Define-se como informações que acompanham o texto. Por isso, sua compreensão depende da compreensão do contexto.
Assim sendo, não basta a leitura do texto, é preciso retomar os elementos do contexto, aqueles que estiveram presentes na situação de sua construção.
O contexto deve ser visto em suas duas dimensões: estrutura de superfície e estrutura de profundidade.
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A estrutura de superfície considera os elementos do enunciado, ou seja, o leitor busca o primeiro sentido produzido pelas orações.
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A estrutura de profundidade considera a semântica (é o estudo do significado) da organização das palavras (a análise sintática).
Aqui, vasculha-se a visão de mundo que “enforma” o texto.
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O contexto pode ser imediato ou situacional.
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O contexto imediato relaciona-se com os elementos que seguem ou precedem o texto imediatamente. 
São os chamados referentes textuais. 
O título de um poema pode despertar determinadas decodificações. 
Por exemplo: "Meu sonho’, de Álvares de Azevedo, já prenuncia uma visão de mundo centralizada no eu. 
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Esta subjetividade e individualidade, características românticas por excelência, juntamente com o tema sonho, também de matiz romântico, endereçam o leitor para uma atmosfera estética romântica.
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O contexto situacional é formado por elementos exteriores ao texto. 
Esse contexto acrescenta informações, quer históricas, quer geográficas, quer sociológicas, quer literárias, para maior eficácia da leitura que se imprime ao texto. 
Agora se exige uma postura ativa do leitor. O texto é então enriquecido, às vezes, reinventado, recriado. 
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É preciso demonstrar dois dados importantíssimos no que se refere a textos:
O significado de uma parte não é autônomo, mas depende das outras com que se relaciona.
O significado global de um texto não é o resultado de mera soma de suas partes, mas de uma certa combinação geradora de sentidos.
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Intertexto
Além do contexto, a leitura deve considerar que um texto pode ser produto de relações com outros textos. 
Você se lembra deste texto?
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
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É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
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Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
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É um estar preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
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É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
(VILLA-LOBOS; BONFÁ; RUSSO, 1995)
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É uma letra de música de muito sucesso e nela ocorre a intertextualidade de forma explícita, ou seja, há cópia de trechos de outros textos nela.
Há trecho do poema de Luiz Vaz de Camões:
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Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
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É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(CAMÕES, 2008)
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Verificamos que o músico estabelece um diálogo com o poeta Camões, ao utilizar uma das estrofes de seu poema.
Caso o leitor não tenha esse conhecimento, a intertextualidade não será reconhecida e, portanto, também não será reconhecida a essência da mensagem sobre o tema “amor”.
A escolha de uma mesma caracterização os une no papel de poetas, cuja proposta é difundir um valor ou ponto de vista sobre o amor.
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Há também trechos bíblicos:
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos... (BÍBLIA, 1993, COR. I, 13:1)
Intertexto é o diálogo que cada texto estabelece com outros textos.
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Como se vê, é possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É assim que os textos "conversam" entre si. É comum encontrar ecos ou referências de um texto em outro. A essa relação se dá o nome de intertextualidade.
Para entender melhor a palavra, pense em sua estrutura. O sufixo inter, de origem latina, se refere à noção de relação (entre). Logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem.
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Falamos da leitura e do conhecimento que adquirimos com esse hábito.
Mas, existe uma única forma de conhecimento?
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Conhecimento prévio 
O conhecimento prévio é o nosso repertório, os nossos conhecimentos adquiridos e que fazem parte de nossa memória e inteligência e que utilizamos quando necessários na leitura.
Por exemplo: Hoje Pedrinho veio buscar o avô. O velhinho caminhava apoiando-se numa bengala.
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Relacionamos velhinho ao termo avô. Essa ligação não está expressa no texto e só é possível elaborar essa inferência por causa do conhecimento que você tem sobre avô, que inclui não somente significado básico da palavra – pai do pai ou pai da mãe - mas também que em geral os avós são pessoas mais velhas.
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O nosso conhecimento prévio nos leva a compreender o que está expresso de forma explícita no texto e a completar o que não está expresso claramente.
Segundo Liberato e Fulgêncio (2007, p. 31):
Quando lemos, não estamos jogando unicamente com aquilo que é expresso explicitamente, mas também com um mundo de informação implícita, não expressa claramente no texto, mas totalmente imprescindível para poder compor o significado.
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Nós devemos, então, acrescentar conhecimentos extras ao que é lido para criar lógica ao texto e compreensão daquilo que o autor quer comunicar. A esse processo de elaboração ativa de conhecimentos damos o nome de inferência.
É devido a essa nossa capacidade de inferência que se permite a qualquer autor não colocar no texto toda a informação necessária à sua compreensão.
Na verdade, seria inviável a comunicação se as pessoas precisassem explicar cada item.*
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Já imaginou explicar a frase: “Fernando queria consertar o armário?”
Fernando, um humano, bípede, meu irmão (ou cunhado, ou...), irmão tem relação sanguínea (relação sanguínea significa...), consertar é o ato de ..., armário é o objeto em que se guarda...
Vamos examinar outro texto:
Amanhã é o aniversário da Laurinha. Ana e Luísa foram comprar um presente. Elas estão pensando em comprar uma boneca. (LIBERATO e FULGÊNCIO, 2007, p. 35)
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Em primeiro lugar, se amanhã é o aniversário da Laurinha, supomos que ela ganhará presentes. Essa inferência é baseada no conhecimento cultural, uma vez que há países onde presentes não são oferecidos no dia de aniversário. Portanto, nem todas as pessoas poderiam construir aqui essa inferência.
Outro aspecto é que a compra da boneca feita por Ana e Luísa é para Laurinha. Sabemos disso devido ao nosso conhecimento de que quando alguém faz aniversário, compramos presente.
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Por fim, inferimos a idade de Laurinha, que deve ser uma criança, porque o presente é uma boneca.
A reconstrução das inferências envolvidas na interpretação desse pequeno texto pode parecer extensa, mas quem compreendeu o texto fez todas essas relações. Essas operações mentais são realizadas com facilidade e automaticamente.
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A compreensão da linguagem é então um verdadeiro jogo entre aquilo que está explícito no texto (que é em parte percebido, em parte previsto) e entre aquilo que o leitor insere no texto por conta própria, a partir de inferências que faz, baseado no seu conhecimento de mundo. (LIBERATO e FULGÊNCIO, 2007, p.36)
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Síntese feita por Dell’Isola (2001, p.44):
Inferência é, pois, uma operação mental em que o leitor constrói novas proposições a partir de outras já dadas. Não ocorre apenas quando o leitor estabelece elos lexicais, organiza redes conceituais no interior do texto, mas também quando o leitor busca, extratexto, informações e conhecimentos adquiridos pela experiência de vida, com os quais preenche os “vazios” textuais. O leitor traz para o texto um universo individual que interfere na sua leitura, uma vez que extrai inferências determinadas por contextos psicológico, social, cultural, situacional, dentre outros.
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Conhecimento de mundo
O conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo, trata do nosso embasamento cultural, dos conhecimentos que vamos acumulando no cotidiano, nas nossas experiências, vivências e aprendizagens, é aquele que encontra-se armazenado na memória de longo tempo – refere-se a conhecimentos gerais sobre o mundo.
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Conhecimento Interacional
Engloba-se neste tipo de conhecimento a interação entre o escritor e o leitor. Algumas vezes, o escritor dialoga diretamente com o leitor ou no preâmbulo do livro, ou mesmo no decorrer do texto. Outras vezes, há um trocadilho com uma mensagem implícita esperando o riso do leitor. 
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Da parte do escritor há de haver também preocupação com objetividade daquilo que pretende informar, a adequação dos elementos, coerência, etc. Palavras grifadas, entre aspas, parênteses, são recursos gráficos que o escritor usa para chamar a atenção do leitor. Entende-se, portanto, como conhecimento interacional, que leitor e escritor caminhem juntos. 
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Conhecimento linguístico
O conhecimento linguístico é o básico dos conhecimentos prévios de leitura, é o falar uma língua desde o nascimento, é o conhecimento de uso da língua nativa que cada indivíduo tem, ou seja, significa de forma óbvia, conhecer uma língua. Se falamos melhor o português do que outra língua, leremos melhor em português do que em outra língua.
É nesse conhecimento, o linguístico, que entra o saber uma língua estrangeira e, este conhecimento, será graduado conforme a extensão do entendimento que o indivíduo tem desta outra língua. Quanto mais souber esta outra língua, melhor funcionará o seu conhecimento quando da leitura.
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Por exemplo:
Segundo nosso conhecimento linguístico, sabemos que uma palavra em língua portuguesa pode ser feminina e masculina, sendo que usualmente o final das palavras é “o” para indicar masculino e “a” para indicar feminino.
Sabemos também que as palavras podem indicar uma só unidade ou várias unidades, ou seja, a palavra pode estar no singular ou no plural, sendo que “-s” é um indicador de plural na nossa língua e a ausência desse indicador significa que a palavra está no singular.
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Conhecimento textual
O conhecimento textual diz respeito ao conhecimento dos tipos de textos existentes, de suas estruturas e tipos de discurso e de seus usos, o que faz, por exemplo, um poema ser diferente de um despacho jurídico, formalmente falando.
Texto: Conceito de Texto (para complementação)
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