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O Mundo Financeiro

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O Mundo Financeiro
O que é Dinheiro?
É o ativo monetário (criado pelas forças do mercado e/ou pelo poder do Estado), com aceitação geral, para desempenhar todas as suas funções cássicas.
	O QUE É MOEDA ? 
 é um ativo normalmente oferecido e recebido pela compra e venda.
 Qualidades necessárias:
		indestrubilidade
		inalterabilidade
		divisibilidade
		transferibilidade
		facilidade de manuseio e transporte
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lembrete:
“todo dinheiro é moeda, mas nem toda a moeda é dinheiro”
Funções Clássicas do Dinheiro
Meio de troca
 serve como intercambio de bens e serviços; capacidade liberatória de contratos ou poder de saldar dívidas, liquidar débitos.
Medida de valor
serve como denominador comum das relações de troca ou unidade de conta dos contratos
Reserva de valor
capacidade de entesouramento; proporciona ao seu possuidor o poder de comando das decisões
Principais Etapas da Evolução Histórica da Moeda 
Moeda Mercadoria: escolhida pelo critério de adaptar-se às necessidades gerais (sal, gado, sementes)
Metal Cunhado: imposta pelo poder governamental para cobrança de tributos (moedas metálicas).
Papel-moeda conversível: transformável em dinheiro de aceitação universal
Moeda Fiduciária: dependente da confiança, de curso forçado e de poder liberatório garantido juridicamente, com circulação independente dos limites de lastro existente.
Moeda Escritural (bancária): corresponde a lançamentos contábeis de débitos e créditos. Não têm existência física (“invisível”)
Os benefícios do monopólio da emissão de moeda
Senhoriagem:
É a receita que o governo recolhe em virtude de ser o emissor exclusivo de moeda. Ao adicionar moeda à economia, o governo está se financiando a um custo próximo de zero. Este benefício é medido pelo custo que o governo teria para financiar-se através de endividamento público (venda de títulos da dívida pública)
Imposto Inflacionário
É a perda de poder aquisitivo sofrida pelos que detêm a moeda nacional, devido à taxa de inflação. 
Lembrete: o governo é o único agente que pode pagar os seus gastos emitindo sua própria moeda. Porém não pode abusar, sob-pena de provocar inflação.
Bancos criam moedas?
Isoladamente, não. Mas o sistema bancário, através de múltiplas operações cria o que se chama Moeda Endógena, ou seja, moeda criada dentro do sistema. 
E como é que se opera o milagre da reprodução do dinheiro?
O investimento pode ser financiado com recursos próprios ou externos, sendo que estes últimos podem ser diretos ou indiretos. E é justamente para operar estes financiamentos externos indiretos que foram criadas as chamadas Instituições Financeiras (bancos).
Funções dos bancos
Emprestar para as unidades de dispêndio deficitárias, recebendo em troca títulos de crédito direto.
Captar Recursos das unidades de dispêndio superavitárias, emitindo certificados de depósitos bancários (CDB)
Descontar (títulos de terceiros)
Securitizar (títulos próprios) 
MERCADO DE ATIVOS FINANCEIROS 
É composto pelo conjunto de papeis emitidos por instituições financeiras e não-financeiras 
Mercado Primário:
oferece recursos para unidades de dispêndio que emitem novos títulos financeiros (tb. mercado de balcão).
Mercado Secundário
garante liquidez aos detentores de títulos financeiros adquiridos no mercado primário (portanto não fornece recursos aos setores não-financeiros)
Alguns conceitos importantes:
Política de redesconto:
quando os bancos utilizam os títulos comerciais disponíveis em sua carteira (portfólio) como garantia em operações de tomadas de assistência financeira do Banco Central, em situações de pouca liquidez no mercado.
Spread: 
é a diferença entre os juros cobrados e os juros pagos (lucros + despesas operacionais)
Liquidez Monetária:
lastreada em dívida direta, limitada por uma garantia real (produção, bens ou patrimônio)
Liquidez Financeira:
derivada da dívida indireta (mercado secundário), sem limites reais ou lastro na produção (sustenta-se na credibilidade do sistema e na confiança dos agentes).
Banco Múltiplo:
Com a liberalização e desregulamentação financeira ocorrida desde o início dos anos 80, um mesmo conglomerado financeiro pode operar como Banco Comercial, Banco de Investimento, Sociedade de Crédito, (financeira), Sociedade de Crédito Imobiliário, Corretora de Valore, Distribuidora de Títulos e Sociedade de Arrendamento Mercantil.
Mercado Monetário:
é composto por ativos financeiros de curto prazo, inclusive moeda e títulos da dívida (privada e pública) resgatáveis antes do prazo vencido.
Mercado de Capitais:
é composto por ativos financeiros e instrumentos de crédito de médio e longo prazo (superior a180 dias)
Funções do Mercado de Capitais
Conciliação de demandas por liquidez entre investidores financeiros e investidores produtivos;
Concentração e centralização de capitais;
proteção sobre os riscos (de inadimplência, de poder aquisitivo e de mercado)
agilização e ganhos de eficiência nas operações de crédito;
redução de custos de informação
Qual o papel do Banco Central?
O BC é uma instituição governamental responsável pela regulação e gerenciamento do sistema financeiro. É também o órgão responsável por fazer cumprir a meta da programação monetária (política monetária). 
Principais Funções do BC
BANCO DO GOVERNO: agente de financiamento do governo
BANCO DOS BANCOS: emprestador em última instância;
BANCO FISCALIZADOR: supervisiona o sistema financeiro nacional, zelando pela estabilidade do sistema.
BANCO DE CÂMBIO: zela pelos valores de troca entre moeda nacional e moeda-estrangeira (Taxa de Câmbio)
Instrumentos da Política Monetária 
(controle dos Agregados Monetários)
Instrumentos Diretos:
Operações em Mercado Aberto (Open Market): compra e venda de títulos da dívida pública.
Compulsório (parcela de depósitos à vista sob a guarda do BC)
Instrumentos Indiretos:
determinação das taxas de juros
Os Agregados Monetários
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista
M2 = M1 + títulos da dívida pública em poder do mercado
M3 = M2 + depósitos em poupança
M4 = M3 + títulos da dívida privada
O multiplicador monetário: 
eis o segredo da “criação do dinheiro”
Um exemplo:
 O José Marceneiro pega emprestado R$100,00 do Banco Itaú e deposita em sua conta corrente no mesmo banco. Como ele vai levar alguns dias para gastar o dinheiro, o Itaú repassa R$25,00 reais ao BC (compulsório de 25%) e empresta os outros R$ 75,00 para a Dona Marta comprar um rádio do Sr. Elias. O Sr. Elias, deposita os R$75,00 no Banco Bradesco que, após depositar R$ 18,75 no BC, oferece um crédito de R$56,25 para o João fazer compras no supermercado Motta. O Supermercado Motta, por sua vez, recebe os R$ 56,25 e deposita no Banco Real. 
Em suma, em apenas 3 operações de crédito, aqueles R$ 100,00 cresceram para R$ 193,75 
O multiplicador Potencial se calcula através da fórmula:
k = 1/r (onde k é a magnitude do multiplicador e r é a taxa de compulsórios)
Conclusões:
O BC tem capacidade limitada de controle dos agregados monetários.
O dinheiro eletrônico e as inovações financeiras fogem do controle dos BC´s e reduzem ainda mais sua margem de ação.
São os empréstimos que criam depósitos, ao contrário do que supomos.
 Quanto maior o endividamento, maior a quantidade de moeda.
Se todos pagarem as suas dívidas, haverá uma “destruição de moedas” e uma paralisia da economia.
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O fenômeno da 
INFLAÇÃO
O senso comum nos diz que a inflação é um aumento generalizado de preços, decorrente de excesso de demanda por bens (muito dinheiro para pouco produto).
Será?
De olho na história:
é sabido que nos anos noventa, surgiram novas formas de dinheiro eletrônico e inovações financeiras que reduziram bastante a capacidade de controle dos agregados monetários pelos BC´s. Entretanto, neste mesmo período, as taxas de inflação ao redor do mundo foram muito baixas. (???)
Não existe relação direta entre aumento da moeda em circulação e o aumento do consumo. O sistema financeiro pode esterilizar o dinheiro excedente direcionando estes recursos para aplicações financeiras.
Portanto, cabe a pergunta: 
os preços sobem porque a quantidade de moeda aumenta ou a quantidade de moeda aumenta porque os preços sobem? 
As explicações mais comuns:
Inflação de Demanda:
por excesso de demanda agregada em relação à oferta agregada de bens e serviços. Pouco rigor monetário.
Inflação de Custos
por aumento dos custos de produção (oligopólios, sindicatos, preços administrados). Pouco mercado.
As Explicações Alternativas:
Conflito distributivo:
Segundo a tradição estruturalista-keynesiana, face ao predomínio das estruturas oligopólicas, haveria uma luta por ajuste constante entre preços e salários no sentido de repor perdas.
A inflação Inercial:
o processo de reajuste de preços reproduziria a inflação passada no presente. 
Porque variam os preços relativos?
Diferenças na velocidade de ajuste de cada preço;
Diferentes ganhos de produtividade;
Alterações nos padrões de consumo da sociedade
Gargalos na produção
O que explica a Inflação Brasileira?
Os déficits do Setor Público (aumento da oferta de moeda, inflação de demanda)
O impacto da correção monetária sobre os salários (pressão de custos, inflação de oferta)
As desvalorizações cambiais (pressão de custos)
Gargalos do setor privado (pressão de custos)
Curiosidade:
Segundo a escola de pensamento dos novos-clássicos (a mais ortodoxa das escolas contemporâneas), através do mecanismo das expectativas-racionais, os agentes se antecipam aos fatos, aumentando os preços assim que identificam uma política monetária expansionista.

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