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Como escrever um bom relatório ou monografia para disciplinas

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Dicas para escrever um relatório ou monografia para disciplinas
1) Comece fazendo uma boa pesquisa bibliográfica e lendo sobre o tema. Pesquisas bibliográficas devem ser feitas em bases de dados específicas para trabalhos científicos. Sites de busca (como Google, Google Academics, Bing, etc) podem até ser utilizados, mas sempre como uma ferramenta complementar. Várias bases de dados importantes (Biological Abstracts, Zoological Records, Scopus, Web of Science) podem ser acessadas através do link http://www.sbu.unicamp.br/
(Depois clique em Bases de dados e escolha uma ou várias. Usar várias bases é bom porque alguns trabalhos aparecem em apenas uma delas.) Bibliotecas de várias outras universidades também oferecem links para bases de dados.
Para uma boa pesquisa é fundamental escolher bem as palavras-chave da sua busca. As palavras-chave devem ser em inglês e representar bem o tema do trabalho. Em um trabalho sobre migração, por exemplo, você pode usar as palavras: migration, spatial distribution, movement, etc em associação com o taxa que você deseja abordar. Se for um trabalho especificamente sobre uma espécie, use o nome da espécie. Se não aparecerem registros, use o gênero, família, etc. Assim você vai obter uma listagem dos trabalhos disponíveis sobre o assunto. Note que é possível restringir a busca no período que você desejar (últimos dez anos, por exemplo) ou obter tudo o que já foi publicado e consta nas bases.
2) O segundo passo é selecionar os artigos mais relevantes ao seu trabalho. Você provavelmente vai obter um número de referências muito superior à sua capacidade de leitura no tempo disponível para a redação do trabalho. Você precisará ler os títulos e/ou abstracts dos trabalhos e selecionar aqueles mais relevantes. Dê preferência aos mais recentes, mas alguns trabalhos clássicos sobre o tema (aqueles sempre citados em todos os outros) podem ser muito importantes mesmo sendo mais antigos. 
3) Uma vez selecionados os artigos e anotadas as referências, você terá que obtê-los para leitura. O local mais indicado para isso é a base de periódicos da Capes. Está 
disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br.ez34.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68&
ou entre no site da Capes (http://www.capes.gov.br/) e clique em .periódicos.
É importante fazer a pesquisa em um computador da universidade (ou conectado em acesso residencial com o provedor da universidade). A Capes assina esses periódicos e disponibiliza para as universidades. Não é um site de domínio público que pode ser acessado de qualquer computador.
Ali você encontrará muitos periódicos onde foram publicados os artigos que você procura. Se não encontrar lá, vale tentar o Google, Google Academics, página pessoal do autor, escrever para o autor (quando o artigo é muito importante) e/ou consultar a biblioteca. 
4) Leia os artigos. Não é possível entender o assunto sem uma leitura cuidadosa. Ler em inglês pode ser difícil se você não conhece bem o idioma, mas vale a pena se esforçar para entender os textos. É muito difícil ter uma boa formação em biologia na graduação sem a leitura de artigos científicos em inglês. Para uma pós-graduação, então, um domínio razoável do idioma torna-se fundamental. Com a prática da leitura, vai ficando cada vez mais fácil entender textos científicos. 
5) Organize as idéias e faça um esquema com todos os tópicos que você pretende abordar no texto. Liste tudo o que é importante dizer e organize a ordem em que você quer apresentar as informações.
6) Não copie trechos dos artigos que você leu. Leia, entenda e produza seu próprio texto. Se o leitor descobre que partes do texto são transcrições de outros textos já publicados, seu trabalho perde completamente o valor. Em outras palavras, seu trabalho terá nota zero e sua idoneidade ficará comprometida. No meio científico é essencial zelar pelo seu nome.
7) Cuidado com a tentação de retirar informações de sites da internet que já apresentam um texto resumido sobre o assunto, como a Wikipédia. Os autores desses textos recorreram às fontes originais (em alguns casos), mas podem também estar retransmitindo informações (muitas vezes de fontes pouco confiáveis). É obrigação de um professor/pesquisador ir à fonte original da informação (o artigo ou livro científico onde a informação foi inicialmente publicada). Isso evita que erros de interpretação sejam propagados indefinidamente e acrescidos de mais e mais erros ao longo do tempo.
8) Só cite artigos que você realmente leu. 
9) Se o trabalho for produzir um texto em formato de artigo científico, observe a estrutura formal de um artigo com as divisões em Resumo, Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão, Agradecimentos e Referências. Cuidado para que todas essas subdivisões sejam exploradas de forma adequada. A Introdução deve apresentar o assunto ao leitor, partindo de informações mais gerais sobre o tema, passando por aspectos mais específicos e sendo finalizada com a proposta do trabalho (perguntas e hipóteses a serem testadas). Os métodos devem conter uma descrição detalhada de tudo o que foi realizado. Nos resultados devem ser apresentadas todas as análises estatísticas, figuras e tabelas. Na discussão esses resultados são explicados e colocados dentro de um contexto mais amplo (o que existe na literatura sobre o assunto). Nesse ponto o autor explica ao leitor se os resultados obtidos estão ou não de acordo com o que foi encontrado em outros estudos e porque. Cuidado para que todas as referências sigam o mesmo padrão. Cada periódico tem um modelo. É essencial que apenas um modelo seja seguido (escolha ou siga o modelo sugerido). Se o nome da revista é abreviado em uma referência, por exemplo, deve ser abreviado em todas (e existe uma forma específica para abreviar cada periódico). Para descobrir essa forma veja como ele normalmente é abreviado nas referências de outros artigos ou procure listas de abreviações de periódicos científicos na internet.
10) Cuidado: citar um autor no seu texto não significa transcrever um trecho do artigo dele. Mesmo colocando esse trecho entre aspas, essa prática deve ser evitada ao máximo. Entenda o que ele disse e escreva seu próprio texto contendo a informação que ele publicou (não esqueça de citar os autores no texto após apresentar as informações contidas em seus artigos).
11) Essa é uma dica que visa apenas corrigir um erro muito comum na redação de textos: o uso de aspas em palavras cujo significado o aluno não tem certeza. Não cometa esse erro. Colocar o termo entre aspas não resolve nada. 
12) Normalmente os textos são apresentados em fonte 11 ou 12 (Times New Roman e Arial são as fontes mais utilizadas, mas outras podem ser usadas desde que não sejam muito rebuscadas - serifadas) e com espaçamento 1,5 ou 2 (trabalhos submetidos para periódicos são geralmente em espaço duplo e o texto é alinhado à esquerda, não justificado). Textos de trabalhos de disciplinas podem ser justificados (caso não seja pedido um formato específico). Normalmente fontes serifadas (como Times New Roman) são melhores no papel e fontes não serifadas (como Calibri e Arial) ficam melhores em apresentações (tipo Power-Point). Não é uma regra geral, mas existem alguns estudos mostrando que isso facilita a leitura. É essencial manter o mesmo tipo de fonte ao longo de todo texto ou apresentação. 
13) Dependendo do tipo de trabalho pode ser extremamente útil dividir o texto em tópicos, com subtítulos. Por exemplo, em um trabalho sobre migração salmões, o texto pode conter tópicos como: “Nascimento e desenvolvimento dos filhotes”, “deslocamento até as áreas de alimentação”, “deslocamento para reprodução”, “oviposição e morte dos adultos”. Em cada tópico podem ser abordados os tempos de permanência na fase, riscos e gastos energéticos, distância percorrida e diversos outros aspectos relevantes ao tema. O número e conteúdos dos tópicos dependem do seu bom senso, do tipo de trabalho e de quanta informação existe sobre otema.
14) O tamanho do texto, quando não é especificado pelo professor, também depende do seu bom senso e do tipo de trabalho. Se você teve um prazo grande para escrever o relatório (duas semanas ou mais, por exemplo) é esperado um grande investimento. Ou seja, a produção de um texto que apresente de forma abrangente as informações mais relevantes sobre o assunto. Se é um relatório para ser produzido na sala de aula, é claro que a exigência e o tamanho do texto esperado serão menores. De qualquer forma, mesmo textos curtos devem ser produzidos com cuidado para que mantenham sua fluência e apresentem o conteúdo mais relevante sobre o assunto. Não há nada pior que ler um texto composto por vários parágrafos sem conexão e sem uma estrutura lógica. Tem sido cada vez mais comum a entrega de trabalhos que são colagens de parágrafos de vários sites, sem que haja sequer a preocupação de que formem um texto coerente. Isso não vale nada (independente do tamanho do texto). 
15) Essa última dica deveria ser dispensável dada sua obviedade, mas é importante para evitar uma prática muito comum. Nunca reproduza partes ou a integridade de trabalhos de seus colegas. Se o trabalho é individual, cada texto deve ser produzido por um único autor. Se dois alunos apresentam trabalhos com partes iguais, ou alguém copiou o trabalho do outro ou os dois copiaram o trabalho da mesma fonte. Para a nota final, não importa.

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