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Relatório de Atividade Prática Professor Luis Enrique Gomez Armas Campo Elétrico e Superfícies Equipotenciais Liebert Lemes - 151151784 William Pereira - 151150985 Engenharia de Telecomunicações 5 de maio de 2016 Sumário 0.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0.3 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0.4 Fundamentação Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0.4.1 Contexto Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0.4.2 Campo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0.4.3 Linhas de Força . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0.4.4 Potencial Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0.4.5 Superfícies Equipotenciais . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0.5 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0.6 Procedimento experimental e desenvolvimento . . . . . . . . . 5 0.6.1 Experimento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 0.6.2 Experimento 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 0.6.3 Experimento 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 0.7 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 0.8 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1 0.1 Introdução O intuito destes experimentos se dá pela necessidade de fixação da aplica- ção do conteúdo dado em aula em situações práticas com a finalidade de equiparar-se com o dia a dia, sendo a experiências aplicadoras de conteúdos como campo elétrico, potencial elétrico e superfícies equipotenciais. 0.2 Objetivos O entendimento da Física passa pela identificação e compreensão de fenôme- nos existentes na natureza. Para isso devemos nos familiarizar com seu sig- nificado e com o processo de produção. A partir daí temos o surgimento das Leis que descrevem fenômenos que ocorrem regularmente. Nessa atividade proposta, buscamos através de testes experimentais, estudar as configurações do campo elétrico e do potencial resultante de arranjos e formas de eletrodos, mapeando e graficando as superfícies equipotenciais, assim como calcular o campo elétrico através do potencial entre dois pontos 0.3 Resumo Esse relatório consiste em relatar os experimentos realizados no laboratório de Física de modo a compreender o comportamento do potencial elétrico e do campo elétrico em diferentes configurações. Para cada experimento existia uma configuração diferente a ser montada, onde cada situação relata um comportamento deles. Com o auxílio de um fonte de tensão continua e multímetro foi possível mapear os potenciais elétricos em cada configuração, fazendo uma relação com os conceitos teóricos na prática. 0.4 Fundamentação Teórica 0.4.1 Contexto Histórico Antes do século XIX, os físicos faziam apenas uma abordagem operacional no que diz respeito ao estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Para eles, ao fazer experimentos, buscava-se apenas encontrar forças de atração e repulsão entre corpos do que buscar entender o que acontece no espaço em torno desses corpos. Foi no século XIX que novos conceitos foram desenvolvidos para descrever esses fenômenos. Foi nesse período que, na Inglaterra, surgem 2 os conceitos de linhas de força, proposto por Michael Faraday (1791-1867), e de campo (elétrico e magnético), proposto por James Clark Maxwell(1831- 1879). A motivação para o surgimento desses conceitos foi pela necessidade de visualizar de maneira mecanicista(palpável) as interações elétricas entre os corpos. Para eles não fazia sentido a teoria de ação e reação a distância entre, dois corpos eletrizados. Neste caso, acreditava-se na existência de um agente físico (linhas de força, para Faraday, e campo, para Maxwell) entre a ação e a reação. 0.4.2 Campo Elétrico Segundo Halliday(2009) podemos definir campo elétrico como um campo vetorial, constituído por uma distribuição de vetores, um para cada ponto de uma região em torno de um objeto eletricamente carregado. Neste caso, o campo elétrico está associado a todo corpo eletrizado ou a uma carga elétrica, desempenhando o papel de transmissor de interações entre cargas elétricas. Em um determinado ponto P, definimos campo elétrico como sendo o quociente entre a força F que atua sobre uma carga q colocada no ponto, pelo valor dessa carga. Assim: ~E = ~F q (1) 0.4.3 Linhas de Força Segundo Young(2009), linhas de força do campo elétrico é a representação de uma linha imaginária reta ou curva que passa por uma região do espaço de tal modo que sua tangente em qualquer ponto forneça a direção e o sentido do campo elétrico no ponto considerado. Figura 1: A direção do campo elétrico em qualquer ponto é tangente à linha de campo elétrico no ponto considerado As linhas de campo indicam a direção e o sentido do campo elétrico em qualquer ponto. O espaçamento entre dessas linhas fornece a ideia de módulo 3 do campo elétrico em cada ponto. Onde o campo elétrico é mais forte, as linhas ficam menos espaçadas; onde é fraco, a distâncias entre as linhas são maiores. Outra consideração importante é que em qualquer ponto particular, o campo elétrico possui uma única direção, de modo que somente uma linha de campo elétrico pode passar cada ponto. Sendo assim, as linhas de campo não se cruzam. Figura 2: Linhas de campo para três distribuições de cargas. 0.4.4 Potencial Elétrico Quando uma carga elétrica se desloca num campo elétrico qualquer de um ponto A para um ponto B, o trabalho da força elétrica resultante, que age sobre a carga, não depende da forma da trajetória, que liga A com B, e depende do ponto de partida e de chegada. Essa grandeza escalar recebe o nome de diferença de potencial elétrico, onde o potencial elétrico está asso- ciada a cada ponto do campo. Sendo assim a diferença de potencial Vb - Va entre dois pontos quaisquer A e B é dado por: V b− V a = − ∫ b a ~E.~dl (2) 0.4.5 Superfícies Equipotenciais Em um campo elétrico, uma superfície equipotencial é qualquer superfície cujos pontos tem todos os potenciais elétricos iguais, onde as linhas de forças são perpendiculares às superfícies equipotenciais. 4 Figura 3: Seções retas de superfícies equipotenciais e das linhas de campo elétrico em uma carga puntiforme 0.5 Materiais Utilizados • Cuba de plástico ou prato de acrílico • Água de torneira misturada com sal • Fonte de tensão continua ou AC • Barras metálicas, anéis metálicos circulares e semicirculares (em forma de C) com diâmetros variáveis (as quais serão usa- dos como eletrodos); • Multímetro e papel milimetrado 0.6 Procedimento experimental e desenvolvimento 0.6.1 Experimento 1 O primeiro experimento consistia em medir a diferença de potencial e deter- minar as superfícies equipotenciais entre duas barras metálicas paralelas. As barras metálicas foram ligadas a fonte de tensão e imersas em uma solução de água com sal. Com o auxilio do multímetro foi possível medir a diferença de potencial em cada ponto entre as barras, tomando como referencia a barra ligado ao terminal negativo da fonte. As barras estavam 5 cm distantes uma da outra e a diferença de potencial aplicada entre elas era de 12 Volts. Com o auxilio do multímetro identificamos que as superfícies equipotenciais estavam 5 paralelas as duas barras metálicas e, consequentemente, perpendiculares ao campo elétrico entre elas. Utilizando a equação (2) podemos determinar o campo elétrico e estabele- cer uma relação entre o potencial elétrico e a distancia entre as barras da seguinte maneira: V b− V a = − ∫ b a ~E.~dl (3) Sendo ~E.~dl = −j, V b = 12v, V a = 0v e d = 0.05m 12 = E.0.05 −→E = 12 0.05 = 2400N C Sendo assim, podemos determinar o potencial elétrico em cada ponto entre as barras metálicas, traçando um gráfico do potencial em relação a distancia. Figura 4: Potencial Elétrico x Posição Por fim, a Fig.5 apresenta uma representação das superfícies equipoten- ciais entre as barras metálicas, bem como as linhas de campo elétrico. 6 Figura 5: Representação de superfícies equipotenciais e linhas campo entre duas barras metálicas paralelas 0.6.2 Experimento 2 Foi montado o esquema da Fig. 6, com dois anéis condutores concêntricos de diferentes formatos, afim de medir o potencial elétrico em pontos distintos e verificar, assim, as superfícies equipotenciais existentes. Os anéis foram ligados a fonte de tensão, o anel em forma de C com o polo positivo e o menor como o negativo. A fonte foi configurada para ceder uma tensão de 12 Volts. O campo elétrico, bem como as linhas do mesmo, formado por estes elementos está evidenciado em Fig.6 com setas. As linhas vão sempre do polo positivo para o negativo. Foi medido o potencial no interior do anel menor que foi aproximadamente 2 Volts, im- portante ressaltar que o potencial no interior deste anel é constante em toda sua área. Também foi medido o potencial entre os anéis e próximo ao ponto P. Notou-se que o potencial entre os anéis diminui à medida que se distancia do anel em C já que o potencial nele é igual ao da fonte, o que comprova a teoria, uma vez que o potencial é inversamente proporcional a distância. Colhidos os dados é possível deduzir quais são as superfícies equipotenciais, segundo os dados encontrados estas superfícies são circulares (Linhas circu- lares entre os anéis na Fig.6), nota-se que o campo elétrico e as superfícies equipotenciais são perpendiculares, confirmando a teoria. No lado oposto ao anel em C as superfícies equipotenciais se comportam do mesmo jeito porém 7 Figura 6: Anéis e superfícies equipotenciais notou-se que os potenciais eram diferentes tendendo a aproximadamente 6 Volts no ponto P. 0.6.3 Experimento 3 Foi feito o mesmo procedimento do experimento 2, desta vez com um anel completo (Fig.7), afim de constatar a diferença nos campos elétricos e su- perfícies equipotenciais entre as duas disposições. Segundo as medidas do multímetro entre os anéis, o potencial é maior próximo ao anel com polo positivo, tendendo ao fornecido pela fonte (12 Volts). O potencial no interior do anel menor é de, aproximadamente 2 Volts. O campo elétrico entre os anéis é perpendicular as superfícies (Setas, fig.7), sendo nulo no centro. Figura 7: Anéis e superfícies equipotenciais, representadas por linhas circu- lares 8 0.7 Conclusão De acordo com o resultado observados e relatados em cada um dos experi- mentos foi possível identificar o comportamento do campo elétrico e do po- tencial elétrico, bem como, determinar as superfícies equipotenciais em cada caso. Em todos os experimentos foi possível comprovar que uma superfície equipotencial é perpendicular ao campo elétrico. Isso acontece porque em uma superfície equipotencial não há deslocamento, portanto não há diferença de potencial. Matematicamente, na equação(2), se não há deslocamento, o termo ~dl é nulo, zerando um lado da equação, o que implica ∆V = 0, ou seja, diferença de potencial igual a zero. 0.8 Referências [ 1 ]Chaib, J., Assis, A. (2009). Experiência de Oersted em sala de aula. Revista Brasileira de Ensino de Física(v.29), p. 41-51. [ 2 ]Halliday, D., Resnick, R., e walker, J. (2009). Eletromagnetismo - Fun- damentos de Física (8 a ed., Vol. III). (R. S. Biasi, Ed.) Rio de Janeiro: LTC. [ 3 ]Young, H. D. (2009).Física III: Eletromagnetismo (12 a ed.) . São Paulo: Pearson. [ 4 ]Roque, Antonio. Notas de Aula. Física Básica 2 (2013) - USP. Acesso em 25 de Abril de 2016, disponível em http://sisne.org/Disciplinas/Grad/FisicaBasica2IBM/aula2.pdf 9
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