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Editor Autores Editora assistente Projeto gráfico Revisão Editoração eletrônica Fotolito Impressão e acabamento Distribuição ©1998 Apoio cultural JORNAL 00 IH~ÀSll PESQ['ISA BIBLIOTECA :J-O /.0..:2./_ W N.' rJ<J7Q Dicionário Ilustrado de Arquitetura Vicente Wissenbach Maria Paula Albernaz (texto) Cecília Modesto Lima (ilustrações) Denise Yamashiro Vivaldo Tsukumo PW Editores Associados Mauro Feliciano Virgínia Ruchti Andrea Penteado Emerique Paulo Penteado Emerique DomusGraf Gráfica Editora Brasiliana ProLivros Rua Luminárias, 94 Tel (011) 864-7477 Fax (011) 3871-3013 05439-000 São Paulo SP Direitos cedidos à ProEditores Associados Ltda., 1997 1ª edição - 1998 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Alberflex, Alcan, Atlas (Villares), Bticino, Deca, Eucatex, Eurocentro, Gail, Ibratin, Intarco, International, Isoterma, Italma, Kone, Método, Owens Corning, Pial Legrand, Wallcap, ProLivros. Proibida reprodução do texto e ilustrações sem autorização expressa dos autores. AL329d v.2. Albernaz, Maria Paula Dicionário ilustrado de arquitetura / Maria Paula Albernaz e Cecília Modesto Lima; apresentação: Luiz Paulo Conde. - São Paulo: ProEditores, 1998. 356 p. il. Conteúdo: vol.2, verbetes da letra J até Z 2. Arquitetura - Brasil - Dicionários. I. Lima, Cecília Modesto.lI. Conde, Luiz Paulo, apreso 111.Título. CDD 720.981-03 724.981-03 CA Cutter's Bibliotecária: Tatiana Douchkin CRB 8/586 Maria Paula Albernaz Cecília Modesto Lima r DICIONARIO ILUSTRADO DE ·ARQUITETURA VOLUME 11- JaZ Centro de Arquitetura e Urbanismo Criado para divulgar a arquitetura e o urbanismo em geral e da cidade do Rio de Janeiro em particular, o Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro é hoje considerado uma das mais expressivas instituições culturais do país em sua área de atuação. Suas atividades abran- gem a produção e o apoio à realização de exposições, cursos, seminários e congressos, além de publicações, vídeos e CD-Roms sobre arquitetura e urbanismo. Com tantas atribuições, o Centro de Arquitetura e Urbanismo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro configura-se como eficiente núcleo empreendedor no processamento e na coordena- ção de informações sobre áreas específicas. Por isso mesmo, sua valiosa contribuição, é sem- re requisitada nos desdobramentos da política de intervenção urbana da Secretaria Municipal de Urbanismo e dos estudos para decisões técnicas em setores arquitetônicos e urbanísticos. o Centro de Arquitetura e Urbanismo foi instalado em julho de 1997 em um casarão cen- enário do bairro de Botafogo, tombado como patrimônio cultural da cidade do Rio de aneiro (decreto nº 6.934 de 09 de setembro de 1987) e que fora cedido em comodato à unicipalidade em janeiro de 1997, já na administração do prefeito Luiz Paulo Fernandez onde. A edificação data de 1879, ano em que foi erguida para servir de residência à farnllla Fonseca Guimarães. Posteriormente, pertenceu ao industrial Rheingantz, até 1940, uando passou a abrigar o Colégio Jacobina, renomado centro de ensino carioca que em 985 foi transferido para Jacarepaguá. SIMBOLOGIA liiI Concepção arquitetônica liI Elemento construtivo m Espaços arquitetônicos ~ Espaços urbanos ~ Ferramentas e equipamentos ~ Instalações ~ Material de construção ~ Movimentos e estilos arquitetônicos BJj Peças auxiliares da construção ou aviamentos g Profissionais da arquitetura e construção ~ Projeto de arquitetura ~ Técnica construtiva ~ Tipos de edificação •• JACARÉ 1. Pequena peça metálica usada como li- gação especial na união entre peças de madeira. Possui forma anelar com dentes. É bem mais resistente do que o ENTALHE ou o parafuso. É colocada entre as peças e apertada com parafusos de modo a pe- netrar completamente na madeira. É tam- bém chamada conector ou aligátor. 2. O mesmo que fixa. Ver Fixa. JANELA 1. Abertura em paredes externas destina- da a iluminar e ventilar o interior do edifí- cio, possibilitando ao mesmo tempo visi- bilidade externa. É composta de uma par- te fixa e outra móvel. Tradicionalmente, sua parte fixa compreende a VERGA, na parte superior, as OMBREIRAS, nas laterais, e o PEITORIL, na parte inferior. Sua parte móvel é chamada FOLHA, VEDO.OU BATENTE. Atra- vés do tempo, com o emprego de novos materiais estruturais na construção, evo- luiu de abertura única na parede de vedação para grande rasgo em fachada livre.Do mesmo modo, houve uma tendên- cia, com o tempo, de predominância de maior largura em relação à sua altura. As dimensões mínimas do seu vão são normatizadas por legislação de acordo com o uso dado aos compartimentos em que se encontre. Quando seu vão é muito largo, pode ser subdividida por MONTAN- TES em duas, três ou quatro partes, cons- tituindo janelas duplas, triplas e quádru- plas. 2. Por extensão, folha da janela. Em geral é feita de madeira, ferro, alumínio e aço. Muitas vezes é formada por CAIXILHO retangular envidraçado. Existem diversos tipos de janela que recebem denomina- ções especiais, principalmente devido ao seu funcionamento. illll~I\111 ~~ 111 lI!I li M 11 ]li JI!I ~ 111-111 1111M 111-- 2. 1. JANELA À FRANCESA Em antigas construções, PORTA-JANELA de duas FOLHAS que se abrem para o interior. Foi usada em prédios dà final do século XIX e início deste, associada a outra por- ta-janela com VENEZIANA que se abria para o exterior. Exemplo: Casa da Marquesade Santos, Rio de Janeiro, RJ. 317 JANELA ATICURGA / JANELf. DE ABRIR ~ JANELA ATICURGA •.•.• Janela cuja VERGA possui menor largura que seu PEITORIL. JANELA AXIMEZES Ver Janela Dupla. ~ JANELA BASCULANTE •.•.• Janela formada por VEDOS que giram em torno de eixo horizontal, abrindo vãos es- treitos de ventilação. Eventualmente é constituída apenas por um único vedo. Em geral possui CAIXILHO metálico e é envi- draçada. Seus vedos móveis são chama- dos básculas. Comumente as básculas são articuladas simultaneamente por uma FERRAGEM chamada articulação ou básculo. É muito usada em banheiros e depósitos. É indicada para ambientes ou recintos com área reduzida, pois propor- ciona pequena projeção interna ou exter- na. É também chamada simplesmente basculante. JANELA BIPARTIDA Ver Janela Dupla. JANELA CAMARÃO .Ver Janela Sanfona. JANELA CORREDiÇA Ver Janela de Guilhotina. I r r= I 1 I J [ ~ JANELA DE ABRIR . •.•.• Janela cuja FOLHA é fixada nos MARCOS' com auxílio de uma FERRAGEM de articula- ção. Abre através de giro em torno de eixo vertical. Comumente é feita de madeira e possui duas folhas. É a mais usada em residências modestas e econômicas. É também chamada janela de girar. JANELA DE ÂNGULO / JANELA DE GIRAR -- JANELA DE ÂNGULO -- Janela situada na quina do edifício. -- JANELA DE ASSENTO JANELADEPEITOcujo LARGODOVÃOpossui saliências laterais que servem como as- sento. Suas saliências laterais, chamadas conversadeiras, são um pouco mais bai- xas que o PANODEPEITO. -- JANELA DE CORRER -- Janela cujas FOLHASdeslizam horizontal- mente ao longo do seu vão. Esse desli- zamento é possibilitado por rebaixos e tri- lhos dispostos na parte superior e inferior da abertura. Tem como vantagens não se projetar internamente ou externamente, possibilitando o uso de telas, GRADESou PERSIANAS,simplicidade de operação, bai- xa manutenção e o uso de folhas de gran- des dimensões. Tem como desvantagens liberar apenas 50% de abertura e dificul- tar a limpeza do lado externo. Usualmen- te é envidraçada e tem CAIXILHOSde alu- mínio. ~ 5Dio ~ I--- --- JANELA DE CONTRAPESO JANELADEGUILHOTINAcujas FOLHASsão equilibradas por pesos laterais que as mantêm abertas na altura desejada. O contrapeso corre oculto dentro do MON- TANTE,que é fixado com parafusos apa- rentes para se retirar com facilidade. JANELA DE EIXOVERTICAL Ver Janela Girante. JANELA DE GIRAR Ver Janela de Abrir. L- ~xm~~ ~ ~319 :1 11 O Ir 1\ O ~ 11 II I r:=1t.=rt=J JANELA DE GUILHOTINA / JANELA DE RAMPA fi] fi] JANELA DE GUILHOTINA Janela de duas FOLHASarticulada por mo- vimento corrediço vertical. Comumente é formada por CAIXILHOSenvidraçados. Não permite abertura total do vão. Uma ou as duas de suas folhas deslizam em ranhu- ras feitas no ARO do vão, sobrepondo-se quando se quer abrir. Sua posição é regu- lada por meio de contrapeso, mola ou borboleta. É muito usada em prédios de apartamentos, combinada com VENEZIA- NASexternas. Foi introduzida regularmen- te na arquitetura brasileira em inícios do século XIX, constituindo-se em um dos dois tipos de janela existentes na época com vidraças usadas nos edifícios. É re- comendável não deixar folga entre suas folhas e as ranhuras, para evitar que qual- quer pressão do vento faça o caixilho ba- ter nas guias, produzindo ruído desagra- dável. Do mesmo modo, a frincha entre as folhas pode trazer incômodo, principal- mente no inverno. É também chamada janela corrediça. JANELA DE PARAPEITO Ver Janela de Peito. JANELA DE PEITORIL Ver Janela de Peito. -OTI~ ,--- r+-: \.-, tJ mu 1 JANELA DE RAMPA Janela cujos PEITORILe VERGAsão dispos- tos inclinados para o interior. Serve princi- palmente para iluminar internamente. JANELA DE PÚLPITO JANELARASGADApor inteiro cujo PARAPEITO é formado por GRADEou BALAUSTRADAque sai para fora das OMBREIRAS,apoiando-se em pequena BASEsaliente. Foi muito usa- da em antigas construções coloniais. Nas antigas CASASDECÂMARAE CADEIA,comu- mente servia de tribuna. É também cha- mada janela de sacada ou porta-sacada. Exemplos: antiga Casa de Câmara e Ca- deia de Salvador, BA; Paço Municipal, Rio de Janeiro, RJ. JANELA DE RÓTULA / JANELA ENRELHADA JANELA DE RÓTULA Janela cujas FOLHASsão constituídas por RÓTULASou GELOSIAS.Foi muito usada em antigas construções. Muitas vezes, suas folhas não atingiam a parte superior do vão, preenchido com BANDEIRAde motivos recortados ou torneados. É também cha- mada gelosia. JANELA DE SACADA Ver Janela de Púlpito. JANELA DE SOBRELOJA Ver Janela Jacente. "'=9 I- Ííiil.iiliM~.111=••• -III-- JANELA DE SUSPENDER JANELADEGUILHOTINAcujas FOLHASse man- têm abertas na altura desejada por meio de borboletas. Comumente é usada em casas econômicas. É conveniente que seu vão tenha no máximo 75 cm x 90 cm para que sua folha não seja muito pesada, difi- cultando sua movimentação. JANELA DE TOMBAR Janela formada por uma ou mais FOLHAS, que se movimenta por giro em torno de eixo horizontal fixo, situado na parte infe- rior da folha. O movimento de abertura da folha pode ser para o interior ou exterior da edificação. Permite boa ventilação. JANELA DUPLA Janela, em geral com vão muito largo, subdividida por MONTANTE,COLUNAou PINÁZIOcentral. É também chamada jane- la geminada, janela bipartida ou janela aximezes. JANELA ENRELHADA Janela feita com tábuas verticais reforça- das por RELHAS.As relhas solidarizam o tabuado, evitando que as FOLHASse em- penem. 321 JANELA FALSA / JANELA ITALIANA ~ JANELA FALSA •.•.• Janela cujo vão é preenchido com ALVE- NARIA. É marcada no PARAMENTO da pare- de pelo seu enquadramento. ~ JANELA FINGIDA •.•.• Pintura representando janela aberta apre- sentando paisagem externa. ~ JANELA FIXA . •.•.• Janela cuja FOLHA não é móvel. JANELA GEMINADA Ver Janela Dupla. ~ JANELA GIRANTE •.•.• Janela cuja FOLHA se articula girando em torno de eixo vertical. A mais comum das janelas girantes é a JANELA DE ABRIR. É tam- bém chamada janela de eixo vertical. :[r] :11I VIJ>RQ ~ JANELA ITALIANA •.•.• Janela com VERGA arqueada, cujo vão é subdividido em três partes por pequenas COLUNAS. 322 JANELA JACENTE Em antigas construções, janela cujo vão possui muito maior largura que altura. Foi raramente usada. Seu emprego era mais freqüente no andar correspondente à so- breloja, entre o térreo ou loja e o SOBRA- DO,devido ao seu reduzido PÉ-DIREITO.É também chamada janela de sobreloja. JANELA MAXIM-AR JANELAPROJETANTEcuja FOLHAé aberta por giro em torno de eixo horizontal que se translada simultaneamente com sua mo- vimentação. Permite abertura total do vão. JANELA PALADIANA Janela com três aberturas, em que a cen- tral é mais alta do que as outras duas, além < de ser arqueada. rJDIT000000 JANELA PIVOTANTE Janela formada por uma ou várias FOLHAS, que se movimenta por giro em torno de eixo vertical não coincidente com as late- rais das folhas. Permite graduar a ventila- ção e debruçamento no vão aberto. JANELA PROJETANTE Janela formada por uma ou mais FOLHAS, que se movimenta por giro em torno de eixo horizontal fixo situado na parte supe- rior da folha. O movimento de sua folha pode ser para o interior ou o exterior da edificação. Permite debruçar-se no vão aberto. Sua limpeza externa é difícil. 323 JANELA RASGADA/ JANELA RASGADAPOR INTEIRO liI JANELA RASGADA1. Em antigas construções, janela cujo vão é aberto até o nível do piso. Como PARA- PEITOpossui PANODEPEITO,GRADEou pano de peito associado a uma grade ou um CAIXILHOfixo. Como as paredes do vão possuíam grande espessura nas antigas construções, facilitava a aproximação das pessoas para se debruçarem sobre a rua. Sua SOLEIRApode ou não ressaltar sobre o PARAMENTOexterno da parede. Exem- plos: antiga Casa de Câmara e Cadeia de Jaguaribe, BA; Museu das Bandeiras, an- tiga Casa de Câmara e Cadeia, Goiás, GO. 2. O mesmo que janela rasgada por intei- ro. Ver Janela Rasgada por Inteiro. f---~N8.A M7W>J>A fOR , tf1EIRO ~60A:\?J>A- COR't'O JANELA RASGADA PELA PARTE DE DENTRO Ver Janela de Peito. JANELA RASGADA PELA PARTE DE FORA Ver Janela Rasgada por Inteiro. 1. ," . ~o JYE. FElm . -. DO DO :; "f--- 'f'AljO ~ !"fITO ==:=:::::Jw.wt{4 ~CDFDJo liI JANELA RASGADA POR INTEIROJANELA RASGADApela parte de fora, não possuindo portanto PANO DE PEITO. Seu PARAPEITOé constituído por GRADE,BALAUS- TRADAou CAIXILHOfixo. Ao longo do tempo ' foi comumente considerada como o úni- co tipo de janela rasgada. É também cha- mada simplesmente janela rasgada ou janela rasgada pela parte de fora. '-~ TUD\' '00'.. .,,', . .~.'.. ... . .rm~'" .:.... " IW\~~U .',. ',':":' JANELA REVERSíVEL / JANELA-SINEIRA fi] fi] fi] fi] JANELA REVERSíVEL JANELA BASCULANTEOU PIVOTANTEcuja ro- tação da FOLHAou folhas é feita em torno de seus eixos no intervalo entre 160° e 180°. Possibilita graduação na ventilação. De lO D[§3]D.-'L 1[ J D[ 10 JANELA RÚSTICA Janela de madeira cujas OMBREIRASse constituem na espessura da ALVENARIAque compõe seu vão. JANELA SANFONA Janela formada por duas ou mais FOLHAS articuladas entre si que ao abrirem se do- bram uma sobre as outras por desliza- mento horizontal ou vertical de seus eixos de rotação. Seu eixo pode coincidir com as bordas das folhas ou se situar em po- sições intermediárias. É também chama- da janela camarão. JANELA TERREIRA Janela situada no andar térreo de antigos SOBRADOS.Nas antigas construções colo- niais comumente tinha GRADE ou BALAÚSTRESde madeira com seção qua- drada postos de quina para o exterior. JANELA DE PEITO JANELARASGADApela parte de dentro, pos- suindo portanto PANODEPEITO.É também chamada janela de parapeito, janela de peitoril ou janela rasgada pela parte de dentro. Exemplo: Museu de Arqueologia e Artes Populares, antiga Residência dos Jesuítas, Paranaguá, PR. JANElA-SINEIRA Ver Sineira. 325 I _JàBD.lM-ÀEBà.t::LCESàLJ nlM.J3~U.sE.EHSJ,-,,) _ JARDIM À FRANCESA Jardim caracterizado pela predominância de elementos construídos, composição de vastos canteiros, presença de espelho de água, disposição em terrenoplano e si- metria. Até as primeiras décadas deste século era uma das duas principais ver- tentes seguidas pelos paisagistas na com- posição de jardins, sendo a outra o jar- dim à inglesa. =G%í~~ ~ ••~ .: ff'~~ . J~Qk· JARDIM À INGLESA Jardim caracterizado pela presença de relvados, águas correntes, grupos de ár- vores e elementos naturais, como pedras e troncos, dispostos sem simetria aparen- te, em terreno ligeiramente acidentado, re- servando, porém, linhas de perspectiva entre as diversas áreas. Até as primeiras décadas deste século era uma das duas principais vertentes seguidas pelos paisa- .gistas na composição de jardins, sendo a outra o jardim à francesa. JARDIM DE INVERNO Compartimento envidraçado usado em apartamentos e residências. Em geral si- tua-se à frente da sala de estar. Foi utiliza- do com mais freqüência em prédios de apartamentos construídos na década de 40. Corresponde a uma varanda fechada. É um elemento mais apropriado para construções em locais em climas frios, pois permite integração com o exterior ao resguardo de intempéries. Sua utilização em regiões mais quentes torna-se coeren- te como proteção ao ruído e à poeira. JARDIM SUSPENSO Jardim feito em coberturas planas, em geral constituídas por LAJES impermeabi- lizadas. Implica necessariamente a dispo- sição de plantas e árvores em jardineiras que recebem terra para o plantio. Atual- mente é chamado com mais freqüência terraço-jard im. JARDINEIRA / JOELHO JARDINEIRA Elemento usado para plantio de qualquer tipo de vegetação. Comumente é dispos- ta em SACADAS e VARANDAS, ao longo de janelas, ou em terraços. Quando integra- da na construção, em geral é feita em AL" VENARIA de tijolo ou CONCRETO, sendo fre- qüentemente revestida com o mesmo ma- terial utilizado no pavimento. Necessita de adequada impermeabilização para não çausar infiltração de água na construção. E também chamada floreira. JAÚ Ver Andaime Suspenso. JEsuíTICO Ver Arquitetura Jesuítica. "A'1'1'I C.MtAl#~ ;u"ó r~~AaM JIRAU 1. Armação de madeira, disposta no sen- tido horizontal, apoiada em FORQUILHAS cravadas no chão, suspensa a meia altu- ra do chão. Originariamente foi usado pe- los índios para assar ou secar ao solo peixe ou a caça. Até hoje é utilizado em casas humildes do interior, principalmen- te nas cozinhas, sobre o fogão, para pro- teger, guardar ou defumar gêneros alimen- tícios. 2. Por extensão, qualquer tipo de armação de madeira ou conjunto de tá- buas, disposto no sentido horizontal, suspenso do chão, apoiado em ESTEIOS ou paredes. É utilizado para diversos fins. Pode ser usado, por exemplo, como base para edificação rústica construída em ter- reno alagado ou úmido ou, elevado a meia altura, como prateleira profunda, para guardar utensílios e mantimentos nas co- zinhas. 3. Por extensão, piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida, em geral sem fechamento ou di- visões, cobrindo apenas parcialmente a área do mesmo. Distingue-se do MEZANINO por suas menores dimensões, situando- se em compartimentos ou em edificações pequenas. É muito usado em lojas. 1. .~ .... . ~. . . .: 2. 3. JOELHO Tubo curvo, em geral formando ângulos de 45°ou 90°, feito em metal ou PVC, usa- do para unir dois tubos retos em instala- ções hidráulicas, sanitárias ou de gás. Comumente a medida do seu diâmetro é dada em polegadas. Freqüentemente seu diâmetro varia de 1 1/2" a 2". Pode ter ros- cas ou não em suas extremidades. Faz arte do conjunto de CONEXÕES das insta- lações. É também chamado cotovelo. JÔNICA / JUNTA JÔNICA Ordem da arquitetura CLÁSSICA caracteri- zada pelo CAPITEL de sua COLUNA ornamen- tado com duas VOLUTAS. A coluna da or- dem jônica foi usada principalmente em igrejas mineiras do período barroco- rococó. Exemplo: Igreja de São Francis- co de Assis, Ouro Preto, MG. Vr. . JORRAMENTO 1. Inclinação de obras de ALVENARIA, prin- cipalmente MUROS DE ARRIMO, cuja base possui maior espessura que sua parte superior. 2. Espessura da base de obras de alvenaria quando maior que a de sua parte superior, para lhe dar maior solidez. É também chamado jorro. JORRO Ver Jorramento. 1. 2. ..]lEI .. . . . . . . ri ÁrrnGo W-AClO to~ GoV~HADOf1.E7 ,fi;tVM- p/{j!.j.. 1>1' M(f'lA7 O vM f>f<Bll f-lG JUNÇÃO Tubo em forma de um Y usado na união de três tubos em instalações, principal- mente sanitária. Usualmente é de PONTA E BOLSA, feito em PVC. Faz parte das CONE- XÕES das instalações. É também chama- do tê. JUNTA 1. Espaço que se apresenta como uma. linha ou uma fenda na justaposição de dois elementos ou peças em geral feitos de um mesmo material. Pode ser preen- chida ou não por outro material, usualmen- te uma MASSA. Pode ser impercéptível ou destacada, freqüentemente para efeito > decorativo. 2. Por extensão, material utili- zado em juntas, consolidando a união entre peças. Em geral seu.uso representa a impossibilidade de reaproveitamento futuro das peças, pois estas ficam ligadas permanentemente. 3. Superfície demar- cada nos elementos ou peças feitos de AGLOMERADOS em decorrência da suspen- são provisória de sua execução. Comu- mente ocorre em peças de CONCRETO AR- MADO cuja execução foi interrompida pro- visoriamente na CONCRETAGEM. Em geral é indesejável a sua percepção, a não ser que intencionalmente, para efeito decorativo. 4. Em ALVENARIAS ou CANTARIAS, face da pe- dra adjacente a uma junta. Quando dispos- ta na horizontal é particularmente chama- da leito se está voltada para cima e contraleito se voltada para baixo. 3. 2. 4. JUNTA DE DILATAÇÃO / JUNTOURO JUNTA DE DILATAÇÃO Fenda contínua feita em elementos sujei- tos a fissuras usualmente decorrentes de .variações na temperatura, nos volumes do edifício ou terreno ou no sistema de FUN- DAÇÃO. Em geral é utilizada em prédios de maior porte com estrutura de CONCRETO ARMADO. Para evitar rachas por variação de temperatura é feita em prédios de maior porte a distâncias que variam entre 10m e 30 m.Sua largura depende da tem- peratúra no momento da construção. Pode ser recoberta por diversos materiais, como MÁSTIQUE, chapa de COBRE ou ZINCO e NEOPRENE. VI -.,kr/ ~ ~r I v: I ~ ( ~ J v ",(/' I ;Yy JUNTA DE EXPANSÃO Peça de união entre dois tubos que pos- sui forma sanfonada ou de bolha de bor- racha de alta resistência usado na ligação de dois tubos retos em instalações. Tem como função impedir a transmissão vibratória ou possibilitar formar um prolon- gamento contínuo na canalização. Faz parte das CONEXÕES das instalações. JUNTA MATADA Ver Mata-Junta. JUNTA SECA 1. JUNTA feita entre peças ou elementos de madeira, metálicos ou de qualquer outro material, sem utilização de encaixes, ficando estes apenas justapostos. 2. Dis- posição dos materiais em ALVENARIA de ti- jolo ou pedra sem utilização de ARGAMAS- SAS. JUNTOURA Ver Juntouro. 1. JUNTOURO Pedra saliente na extremidade e às vezes também na espessura do PARAMENTO de ALVENARIAS de pedra ou de tijolo. Atraves- sa completamente a espessura da alve- naria, indo de uma de suas faces à outra. Serve como elemento de amarração en- tre alvenarias contíguas. Faz parte de um sistema construtivo usado em construções antigas. A parede, muro ou mureta que possuem [untouros são chamados de ajuntourado. É também chamado ajun- toura, juntoura ou liadouro. 329 KITCHENETTE 1. Cozinha com área mínima, provida de pia e fogão, em geral permitida na legisla- ção somente em casos especiais. 2. Ar- mário embutido em paredes dispondo de fogareiro e às vezes pia, permitido na le- gislação somente em casos especiais. 3. Por extensão, apartamento composto de um único compartimento, para uso como sala e quarto, banheiro e kitchenette. Usu- almente situa-se em prédios com grande número de unidades residenciais por pa- vimento. No Riode Janeiro, ergueram-se muitos prédios com kitchenette na.déca- da de 50. Sua construção foi proibida por legislação em 1963. É também chamado conjugado ou apartamento conjugado. 3. --1 3.aO k/r------,f1~ 2,.00 1 z: 2...;;0 ./ /- ,./ -1\~-- ,/ \ 2. I I / . ./ P.LANiÃ~)(À À'i>ÀR'1A.t-1EN'0 1((TC ftE't-G: ífE t:f<EA 3q iVV12 1. 'PRI?MÁ 1::>.E.1rtNnl.Aqk> :2. .J+-ÁJ.;.L1::>E. ~U?À"DÀ 3. C02//{ttÀ 4. É3ÁN+tf:'~ 5. ~ÃI-Á / C:PUÁRR:) KITSCH KITSCH Tendência na arquitetura de negação do autêntico e do uso de excesso ou hete- rogeneidade decorativa. No kitsch são jus- tapostos elementos incongruentes, produzindo combinações nem sempre harmônicas. A relevância é dada ao efeito produzido e não à função. Freqüente- mente diz respeito a uma imitação de for- ma ou elementos consagrados, em geral não condizente com a situação em que se adapta. No Rio de Janeiro, a arquitetura de muitas casas suburbanas e de motéis é comumente considerada kitsch. 331 Là DE ROCHA Isolante térmico e acústico constituído pelo processo de transformação de cer- tas rochas, principalmente o BASALTO, ao estado fluido incandescente. É emprega- da pela indústria da construção na fa- bricação de PAINÉIS, TELHAS, FORROS e DIVISÓRIAS isolantes. 1. 2. Là DE VIDRO Isolante térmico e acústico constituído por finas fibras de vidro. É obtida industrial- mente por centrifugação ou estiragem me- cânica. Comercialmente é encontrada sob a forma de manta, em várias dimensões e espessuras; ou de placas pré-moldadas, para isolamento de tubulações. LACA 1. Originariamente, verniz preparado com resina vegetal proveniente do Extremo Ori- ente. Possui cor vermelho sangue de boi ou negro. Foi usada principalmente em mobiliário e objetos de adorno. Era apli- cada por camadas delgadas, sendo cada uma destas, depois de seca, alisada com pedra-pomes e polida. É impenetrável à água. É também chamada charão ou ver- niz da China. 2. Atualmente, tinta à base de nitrocelulose. Possui intenso brilho, alta resistência à chuva, ao sol e ao desgaste. Tem coloração variada. Em geral é aplica- da industrialmente com pistolas de ar. Comumente é usada na pintura de super- fícies metálicas. É também chamada tinta duco ou nitrocelulose. Nos sentidos 1 e 2, revestir com laca é chamado laquear. LAÇARIA/ LADRILHEIRO liI liI LAÇARIA Genericamente, ORNATO constituído por fi- tas e laços. LACRIMAL Superfície plana e vertical terminada por um pequeno sulco que forma uma saliên- cia ao longo da parte superior de CIMALHAS ou CORNIJAS. Tem como finalidade impe- dir que as águas pluviais escorram pelas fachadas. A tendência de eliminação de ornamentos das fachadas pela arquitetura MODERNISTA fez com que cornijas e cima- lhas desaparecessem das edificações e, conseqüentemente, os lacrimais. Muitas vezes não foram encontradas alternativas adequadas para a solução construtiva ofe- recida por este elemento. É também cha- mado lagrimal. A'~."j OHU",", ~===r:rT77A LADRÃO Tubo colocado na parte superior de reser- vatórios de água destinado ao escoamen- to de ocasional excesso de água. Garante o escoamento de água em caso de a TOR- NEIRA DE BÓiA funcionar mal, o que ocorre principalmente devido à FERRUGEM. A água escoada pelo ladrão deve ser esgotada em lugar visível, para que haja possibili- dade de reparar a torneira de bóia com brevidade. Em geral tem 3/4". LADRILHADOR Ver Ladrilho. LADRILHAMENTO Ver Ladrilho. LADRILHAR Ver Ladrilho. LADRILHEIRO Ver Ladrilho. 333 LADRILHO / LADRILHO DE VIDRO LADRILHO Peça pouco espessa, de superfície plana, usada principalmente para revestimento de piso. Eventualmente é empregado como revestimento de paredes. Pode ser feito de pedra, CIMENTO, CERÂMICA ou me- tal. Quando de pedra, comumente é de MÁRMORE, GRANITO ou ARENITO. Geralmen- te tem forma retangular, podendo também ter forma poligonal. Constitui-se em alter- nativa para piso em ambientes ou compar- timentos que requerem IMPERMEABILlZAÇÃO. É comum seu emprego em áreas desco- bertas, cozinhas, banheiros, VARANDAS e TERRAÇOS. Quando decorativo, em geral é aplicado em VESTíBULOS ou paredes. Quan- do de metal, é freqüentemente emprega- do em locais de grande movimento ou guarda de objetos pesados. Em cozinhas e banheiros é mais comum o uso de LA- DRILHO CEBÂMICO. Exige cuidado especial na sua aplicação, para que tenha a me- lhor distribuição possível nos ambientes ou compartimentos. A tarefa de assenta- mento de ladrilhos é chamada ladri- Ihamento. O oficial que assenta ladrilhos é chamado ladrilheiro ou ladrilhador. As- sentar ladrilhos é chamado ladrilhar. LADRILHO CERÂMICa LADRILHO feito de barro cozido. Constitui- se em material resistente,impermeável, incombustível, de fácil manutenção e lim- peza. Comercialmente é encontrado em formas, acabamentos e dimensões varia- dos. Seu custo é elevado. Pode ser poro- so, como o TIJOLO comum, ou vitrificado. Desde o período colonial vem sendo utili- zado como piso impermeável. Seu empre- go intensificou-se com a sua fabricação industrial em finais dos anos 40. É tam- bém chamado cerâmica. t=rJi .,,dE" ."bP, 'tiLJ1 OOOO~~ LADRILHO DE MÁRMORE Placa de MÁRMORE de pequenas dimen- sões, Comumente é usado para revesti- mento de piso. É assentado com ARGAMASSA de cimento e areia ou cimen- to, areia e SAIBRO. LADRILHO DE VIDRO Ver Tijolo de Vidro. LADRILHO HIDRÁULICO / LAJE LADRILHO HIDRÁULICO LADRILHO obtido por prensagem hidráuli- ca de ARGAMASSA de cimento. É compos- to de duas camadas. A camada inferior é feita de areia grossa e cimento e a superi- or, de areia fina e cimento. Pode ter uma película de alguns milímetros de espes- sura formando desenho. Pode apresentar cor natural do cimento ou variadas colo- rações. Em antigas construções, em ge- ral era decorado. Comumente é fabricado em placas de 20 cm x 20 cm. Para seu assentamento freqüentemente é usada argamassa de cimento e areia ou de ci- mento, areia e SAIBRO. Atualmente é pou- co usado, tendo sido substituído pelo LADRILHO CERÂMICa, apesar de mais caro. LADRILHO MARSELHÊS LADRILHO feito de TERRACOTA. Pode ter for- matos e dimensões variados. Comumente tem forma hexagonal ou quadrada com 15 cm ou 20 cm de lado. LAGRIMAL Ver Lacrimal. LAJÃO LADRILHO de TERRACOTA que possui gran- de dimensão. Comumente tem 25 cm x 40 cm. É usado principalmente em pisos de varandas ou jardins. É recomendável que seja assentado de modo a ter JUNTAS largas, de 1 cm a 2 em, para corrigir irre- gularidades que apresente nas dimen- sões. É também chamado ladrilho marselhês. O···· · ·O·· .. :'. ".' .' ~ LAJE 1. Placa de pedra, retangular ou quadra- da, com superfície plana, usada como re- vestimento. É empregada principalmente em pisos de edifícios ou vias. Em antigas construções era comum sua utilização em cozinhas e pátios. 2. Superfície contínua horizontal que se constitui em pavimento ou teto do edifício. Em geral compõe com PILARES e VIGAS a estrutura do prédio. Re- cebe diretamente as cargas do edifício, transferindo-as para as vigas. Usualmen- te é feita de CONCRETO ARMADO. Quando se destina somente a teto, pode ter es- pessura maior ou igual a 5 em. Quando se destina a piso sem passagem de veí- culo, sua espessura deve ser maior ou igual a 7 em. Quando se destina a piso com acesso de veículos, sua espessura deve ser maior ou igual a 12 cm. Usual- mente tem espessura de 7,5 cm ou 10 cm. Pode ser feita de CONCRETO PRÉ-MOLDADO. 2. V~ jJ..' ..'. . :- ." , . ~ CoNcu,-ro A~l,:DCl .~zz - 335 LAJE IMPERMEABILlZADA/ LAJEDO LAJE IMPERMEABILIZADA Cobertura feita com LAJE de CONCRETO impermeabilizada. É uma alternativa co- mum de cobertura, principalmente em pré- dios de vários pavimentos. Tem como vantagens permitir caimento mínimo, de até1%, e simplicidade de execuçãO. Pos- sui como desvantagens alto preço, dificul- dade de executar impermeabilização perfeita de longa duração e ineficiência de isolamento térmico interno. Para evitar es- sas duas últimas desvantagens, é às ve- zes empregada associada a outra cobertura, comumente com telhas de CI- MENTO-AMIANTO. Existem diversos métodos de impermeabilizar a laje. LAJE INVERTIDA LAJE estrutural associada a VIGAS INVERTI- DAS. Possibilita teto sem saliências no an- dar abaixo da laje. A viga invertida externa é muitas vezes aproveitada como parapei- to de janela ou BALCÃO. LAJE MACiÇA LAJE que não apresenta VIGAS, tendo, con- seqüentemente, maior espessura. Permi- te teto sem saliências no andar abaixo da laje. LAJE NERVURADA LAJE que apresenta NERVURAS eqüidis- tantes em sua superfície. O dimensio- namento e distanciamento das nervuras são calculados em função do vão venci- do pela laje e das sobrecargas submeti- das a esta. Permite evitar emprego de VIGAS na ESTRUTURA do edifício. O espaço entre as nervuras é preenchido com ma- terial leve, como, por exemplo, CONCRETO CELULAR. LAJEADO Piso revestido com placas de pedra irre- gulares, chamadas LAJES, comumente as- sentadas com ARGAMASSA de barro. Foi freqüentemente utilizado em cozinhas e ._pátios internos de construções antigas. É também chamado lajedo. LAJEDO Ver Lajeado. LAJOTA/ LAMBRISAR liI LAJOTAPequena LAJE de cerâmica, vidro ou pe- dra, usada para revestimento de pisos. liI LAMBREQUIMORNATO de madeira ou folha metálica re- cortada e vazada em forma de rendilhado, utilizado no arremate decorativo de ele- mentos da construção. Comumente loca- liza-se A PRUMO, nas extremidades dos BEIRAIS do telhado. Pode também situar- se entre COLUNAS de ALPENDRES e nos vãos de janelas. Nestes casos é também cha- mado sinhaninha. É característico dos CHALÉS. Uma edificação ou um elemento que possui lambrequim é às vezes cha- mado de lambrequinado. Exemplos: Pa- lácio de Cristal, Petrópolis, RJ; chalé na rua da Imperatriz nº 341, Petrópolis, RJ. LAMBREQUINADO Ver Lambrequim. LAMBRI 1. Genericamente, revestimento de pare- des internas, em geral feito de MADEIRA, MÁRMORE, plástico, ALUMíNIO ou AÇO INOXI- DÁVEL. Usualmente tem como finalidade realçar uma das paredes ou parte de uma parede em um compartimento. 2. Especi- ficamente, lambris feito com tábuas de madeira, com encaixe MACHO E FÊMEA. Nos sentidos 1 e 2, a superfície revestida com lambris é chamada lambrisada. Guarne- cer uma parede com lambris é chamado lambrisar. É também chamado lambri ou, mais raramente, lambril ou lambrim. 3. FAIXA formada por revestimento de AZULE- JO, LADRILHO, mármore ou madeira, na par- te inferior de parede interna, para sua proteção e ornamentação. Nos sentidos 1, 2 e, principalmente, 3, é também cha- mado alizar LAMBRIL Ver Lambri. LAMBRIM Ver Lambri. LAMBRISADA Ver Larnbri, BRlSAR ~ Lambrí, 1. 2. 3. 337 LÂMINA / LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIO LÂMINA 1. Chapa muito delgada feita principal- mente de metal. Pela sua esbeltez, em geral constitui-se em material flexível. É também chamada folha. 2. Edificação com predominância significativa da altura em relação às demais dimensões. LÂMINA DE ÁGUA Tanque, lago ou lagoa construídos artifici- almente. LAMINADO Ver Ferro Laminado. 1. 2. LAMINADO DE MADEIRA Chapa delgada de madeira, usada para revestimento de elementos ou peças da construção. Em geral recobre elementos feitos de COMPENSADO, dando-Ihes aparên- cia de executados em madeira maciça. LAMINADO PLÁSTICO Chapa plástica delgada, usada para reves- timento de pisos, paredes ou outros ele- mentos da construção. Constitui-se em alternativa de revestimento impermeável. Comercialmente é encontrado sob a forma de placas, comumente de 60 cm x 60 cm; ou régua, comumente com 20 cm ou 30 cm de largura. É empregado principalmen- te em cozinhas, banheiros e laboratórios. LÂMPADA DE DESCARGA Lâmpada cuja emissão de luz resulta de uma descarga elétrica através de vapor metálico ou gás contido em um tubo. Em geral produz intensidade de luz bem su- perior às demais lâmpadas e com menor consumo de energia elétrica. Tem custo elevado, mas vida útil longa. Possui dimen- sões reduzidas. É usada principalmente externamente associada a poste de ilumi- nação. As mais comuns são a LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIO e a LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO. LÂMPADA A VAPOR DE MERCÚRIO LÂMPADA DE DESCARGA cuja emissão de luz resulta de. uma descarga elétrica através de vapor de mercúrio. Tem boa eficiência luminosa e duração aproximada de 13.000 horas. Necessita de reator e é ligada so- mente em 220 volts. Demora de quatro a cinco minutos para atingir emissão lumi- nosa máxima. Possui cor branca. 338 LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO ( LÂMPADA FLUORESCENTE LÂMPADA A VAPOR DE SÓDIO LÂMPADA DE DESCARGA cuja emissão de luz resulta de uma descarga elétrica através de vapor de sódio. Tem ótima eficiência luminosa e duração aproximada de 18.000 horas. Necessita de dispositivos auxilia- res e é ligada em 220 volts. Demora em torno de cinco minutos para atingir 90% do seu fluxo luminoso. Produz coloração amarelada, o que implica menor atração de insetos. Substitui LÂMPADAS A VAPOR DE MERCÚRIO e INCANDESCENTES, economizan- do energia. Vem sendo utilizada em ilumi- nação pública. LÂMPADA DE MULTIVAPORES LÂMPADA DE DESCARGA indicada quando se deseja elevada fidelidade cromática. Sua luz branca é a que mais se assemelha à luz solar. LÂMPADA DICRÓICA Lâmpada que possui um núcleo de LÂM- PADA HALÓGENA e um refletor multifacetado, emitindo intenso facho luminoso dirigido. Tem como vantagens precisão do facho, alto rendimento luminoso no ponto dirigi- do e dissociação da radiação luminosa de grande parte dos raios infravermelhos, evitando calor. Destaca um ponto sem in- terferir na iluminação geral do ambiente. Seu facho luminoso em geral é de 50 watts. O ponto iluminado mantém cor e textura inalterados. Possui vida útil média de aproximadamente 2.000 horas. Pode ter abertura de facho luminoso variável. Mede apenas 5 cm e funciona em 120 volts. Exige transformador que baixe a ten- são da rede. É indicada para uso interno, em vitrines de butiques e joalherias ou ga- lerias de arte e restaurantes, onde há ne- cessidade de facho luminoso dirigido para uma determinada peça. LÂMPADA FLUORESCENTE Lâmpada cuja emissão luminosa é prove- niente de uma descarga elétrica em subs- tância fluorescente colocada em tubo. Pode apresentar-se em três cores básicas: branca, amarela e azul. Seu comprimento varia de 45 cm a 2,40m. Possui alta efici- ência luminosa e baixa radiação de calor. Tem em média um rendimento quatro ve- zes superior à LÂMPADA INCANDESCENTE. Quando comum, dura cerca de 7.500 ho- ras e as especiais, cerca de 10.000 horas. Para seu funcionamento é necessária a instalação de reator e, em alguns casos, de dispositivo de partida, o starter. Permi- te homogeneidade na distribuição de luz os ambientes. Possibilita eliminar o SC ENTOS. Sua manutenção requer a ção especial. E muito usada na ilumi- e es . Ó íos. ~~(----------------------(~~ ~-------,s~----------~ ~R1E~ 339 LÂMPADA HALÓGENA/ LANCE DE CASAS LÂMPADA HALÓGENA LÂMPADA INCANDESCENTE cuja duração é bem superior à da lâmpada incandes- cente comum. Possui maior capacidade de iluminação, principalmente quando as- sociada a refletor dicróico. Possibilita eco- nomizar energia. É indicada para ilumi- nação de destaque em pontos focais. LÂMPADA INCANDESCENTE Lâmpada cuja irradiação luminosa é pro- duzida pela incandescência de um filamento percorrido por corrente elétrica. É formada por um bulbo de vidro cheio de gás inerte onde está contido o filamento. É o tipo mais comum de lâm- pada. Tem coloração predominante laran- ja-avermelhada.Usualmente tem vida média curta, de aproximadamente 1.000 horas. Possui baixa eficiência luminosa, o que ocasiona um custo de uso elevado. Produz muito calor. Ocupa pouco espa- ço. Sua manutenção é simples e seu cus- to é baixo. É intercambiável, isto é, em um mesmo bocal podem ser instaladas lâm- padas incandescentes de potências varia- das. É adequada para iluminação geral e localizada de interiores. LAMPARINA Maçarico a gás ou a querosene, usado por SERRALHEIROS, bombeiros hidráulicos ou FUNILEIROS para efetuar SOLDAS de ESTANHO ou emendas em peças de CHUMBO. LANCE Parte da escada formada por uma seqüência de DEGRAUS. Quando tem gran- de desenvolvimento, a escada comu- mente possui diversos lances separados por PATAMARES. Em geral, o número de degraus de cada lance varia entre doze e quinze. Não devem ser feitos lances com menos de três degraus. É também cha- mado lanço. LANCE DE CASAS Ver Correr de Casas. LANCIL/LANTERNIM ~~mr>:<:I~...... -_: ..:.~ 2. liI LANCIL1. LAJEde pedra, longa e delgada. Nas antigas construções era comumente usa- do em PEITORIS,VERGASe OMBREIRAS. Atualmente, em geral é empregado em pavimentação e resguardo de estrada. 2. Por extensão, em antigas construções, revestimento de parede executado com LADRILHOSde pedra. 3. Principalmente em Portugal, o mesmo que meio-fio. Ver Meio- Fio. LANÇO Ver Lance. /-. --:--~---:--- I~- 1. LANTERNA 1. Pequeno corpo alongado, cilíndrico ou prismático, com aberturas, disposto prin- cipalmente no centro do EXTRADORSOda CÚPULApara remate da cobertura. Possi- bilita iluminação interna pontual. Suas aberturas são freqüentemente vedadas por CAIXILHOcom vidro. Exemplo: Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Rio de Ja- neiro, RJ. 2. Luminária feita com caixilhos envidraçados. Foi freqüentemente utiliza- da em antigas construções. 3. Dispositivo metálico usado no alongamento de peças metálicas de seção circular pela sua jun- ção. É utilizada na união de TENSORESho- rizontais em TESOURASmetálicas, evitando que seja necessário empregar peça úni- ca. É também chamada esticador. 3. 1. LANTERNIM Pequeno telhado sobreposto ao telhado principal do edifício para ventilar ou ilumi- nar o interior da construção. Situa-se na parte mais elevada da edificação. Em pré- dios com telhado de TESOURAlocaliza-se sobre toda a CUMEEIRAou em parte desta. Pode ser provido de CAIXILHOSenvidraça- dos ou VENEZIANAS.Foi muito utilizado em mercados, prédios industriais e depósitos. Exemplo: Mercado de Peixe, Belém, PA. 341 LÁPIDE / LARVA LÁPIDE 1. Pedra onde estão gravadas inscrições. Em geral, sua inscrição refere-se a dados comemorativos ou informativos sobre o prédio. Usualmente situa-se em local visí- vel na fachada principal do edifício. 2. LAJE que recobre o túmulo, onde freqüen- temente se encontram inscrições referen- tes ao sepultado. LAQUEAR Ver Laca. 1. 2. LARGO Espaço de maior largura ao longo de uma rua. Antigamente correspondia comu- mente a local onde se situavam prédios de maior importância, como igrejas, con- ventos ou edifícios institucionais. LARGO-DO-V ÃO Nas antigas construções, espaço forma- do nas JANELAS RASGADAS pelos rasgos inclinados de maior espessura. O termo é também empregado referido a portas com rasgos inclinados que tenham grande es- pessura. LARÓ Ver Laroz e Rincão. LAROZ Nos telhados com pequenas TACANIÇAS, peça do madeiramento do telhado que une a extremidade da CUMEEIRA ao FRECHAL, engastando-se com este perpen- dicularmente. Serve de apoio central à ÁGUA DE TELHADO formada pela tacaniça. É também chamado laró ou larva. LARVA Ver Laroz. LASTRO/ LATRINA LASTRO 1. PEDRABRITADAmiúda misturada à ARGA- MASSAde CIMENTO,CALe AREIAou cimento e areia, usada como revestimento de piso externo. É também chamado betonilha. 2. O mesmo que contrapiso. Ver Contrapiso. 1. LATÃO Liga de COBREe ZINCO.De acordo com seu uso, pode ainda ter n~ sua composição ESTANHOou CHUMBO. E muito usado na fabricação de torneiras, luminárias e JUN- TAS, principalmente para CIMENTADOS. LÁTEX Substância espessa, em geral alva, extraí- da de certos vegetais. É utilizado para fa- bricação industrial de resinas, tintas, JUNTASe isoladores elétricos. ·.:7~".I..-:. ~-.': "'7. .... ." .• LATRINA Pequeno compartimento destinado às dejeções. Através do tempo e no espaço e de acordo com a qualidade da construção, variam muito o tipo de equipamento de que dispõe, o modo como é feito seu esgota- mento sanitário e até mesmo sua situação no edifício. Nas antigas construções urba- nas estava localizada, isolada, nos fundos do terreno. Coma instalação das redes de água e esgoto na cidade, passou a incor- porar-se ao edifício, de início como um pu- XADOe, posteriormente, no seu interior. Em muitos locais, freqüentemente na área ru- ralou em áreas de habitações precárias, ainda hoje é comum sua implantação fora do corpo da casa, no quintal usualmente, pela ausência de um serviço adequado de esgotamento sanitário. Do mesmo modo variam os termos utilizados na sua deno- minação. Quando provido de vaso sanitá- rio, ligado às instalações de água e esgoto, comumente é chamada W.C. ou, principal- mente em Portugal, retrete. Particularmen- e no Norte e Nordeste é chamada senti na. as an iqas construções era denominada secreta ou comua. No interior, principal- mente do Rio de Janeiro, São Paulo e Mi- nas Gerais, recebe os nomes de quartinho ou casinha, principalmente quando cons- titui uma edificação independente ou um puxado. 343 LAVABO / LAVRADO li1 li1 li1 LAVABO 1. LAvATÓRIOcolocado fora dos banheiros e sanitários, utilizado freqüentemente em refeitórios, sacristias e salas de refeições. É também chamado simplesmente lava- tório. 2. Compartimento pequeno, provi- do usualmente de lavatório e vaso sanitário, colocado próximo às salas de visitas na habitação para uso dos visitan- tes. Sua área mínima é de cerca de 2 m2. 1. LAVATÓRIO Bacia de louça, ferro esmaltado ou ACRíLI- CO,em geral provida de instalação de água e esgoto, para lavar as mãos. Pode ser de consolo, o mais freqüente, ou de coluna. Quando de consolo, apóia-se diretamente na parede ou em armações metálicas fi- xadas à parede. Quando de coluna, apóia- se no piso. Quando colocado fora dos sanitários, é também chamado lavabo. QII LAVOR ORNATOem relevo, particularmente quan- do referido a elemento em material LAVRA- DO. LAVRADO Ver Lavrar. LAVRAR/ LEITEDECAL LAVRAR 1. Desbastar e aplainar a madeira, de modo a torná-Ia inteiramente lisa e prepa- rada para o uso em peças. É também cha- mado aparelhar. 2. Desbastar, cinzelar e regularizar as pedras. É indispensável para que as pedras possam ser utilizadas em CANTARIAou APARELHOde pedra aparelha- da. É também chamado aparelhar. 3. Fa- zer ORNATOSem relevo nos elementos feitos de madeira e pedra aparelhada. O ornato resultante é em geral chamado LAVOR.O elemento ou material cujas su- perfícies foram submetidas ao serviço de lavrar são chamados lavrados. LAYOUT 1. Distribuição de elementos removíveis, como painéis divisórios, mobiliário e jar- dineiras, no espaço construído. 2. De- composição gráfica do edifício a ser construído, em geral sob a forma de pran- chas de desenhos, para utilização na obra. Constitui-se usualmente no próprio proje- to arquitetônico. Pode também ser apre- sentado sob a forma de esboços ou esquemas. O termo possui a variante grá- fica aportuguesada leiaute. LEGRA Ferramenta de aço em forma de meia- cana, para limpar ou ALEGRARas JUNTAS de ALVENARIASou pisos de tijolos ou pe- dras. LEIAUTE Ver Layout. LEITE DE CAL CALEXTINTAmuito diluída na água. É usa- da na CAIAÇÃOde páredes, muros e árvo- res. 345 LEITO / LEME DE RABO LEITO 1. Face de pedra ou tijolo disposta hori- zontalmente em ALVENARIASe CANTARIAS, particularmente a que se encontra na su- perfície horizontal inferior. Quando referi- do apenas à face horizontal inferior, é também chamado SOBRELEITO e, quando . referido apenas à face horizontal superior, é também chamado CONTRALEITO. 2. Por extensão, superfície horizontal superior das FIADAS em alvenarias. 3. Superfície do solo sobre a qual se assenta o pavimento na construção de vias e caminhos. 4. Nas ADUELAS de ARCOS e ABÓBADAS, cada uma das superfícies oblíquas laterais que se apóiam nas vizinhas. 3. 2. LEME 1. Peça do GONZO, em geral metálica, com- posta de uma parte chata e de um pino vertical. Sua parte chata é pregada ou aparafusada no paramento da FOLHA de ESQUADRIAS e seu pino se encaixa em ou- tra peça provida de concavidade cilíndri- ca fixada no MARC9 do vão ou em MONTANTE, para movimentação de portas e janelas. A peça que recebe o leme é chamada CACHIMBO, FÊMEA ou OLHAL. Pode ter também uma função decorativa. De- pendendo do alongamento de sua parte chata, possui nomes específicos. Carac- teriza um tipo específico de gonzo. Foi mais empregado em antigas construções. 2. Por extensão, gonzo que possui leme. É também chamado bisagra; principal- . mente no Norte, missagra ou, antigamen- te, cancro. 1. (/) (f) o CD 2. LEME DE NÓ DE FIXA LEME cuja parte chata é bastante alongada. É utilizado comumente em portões e por- tas pesadas. BJI LEME DE RABO LEME cuja parte chata possui algum alon- gamento. É usado com mais freqüência em portas externas. LEME SEM RABO / LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO LEME SEM RABO LEME cuja parte chata possui extensão suficiente para ser fixado nas FOLHAS das ESQUADRIAS. É também chamado minhoto. o CO fí1 LEQUE1. Parte do LANCE da escada em que a LI- NHA DE PISO faz uma curvatura, tendo os PISOS e ESPELHOS dos seus DEGRAUS for- ma trapezoidal ou triangular. Em geral si- tua-se no PATAMAR da ESCADA EM LEQUE. 2. Atribuição dada aos degraus cujos pisos e espelhos possuem forma trapezoidal ou triangular. Ver Degrau em Leque. 3. Atri- buição dada às escadas que possuem um ou mais lances de degraus em leque. Ver Escada de Leque. 4. Atribuição dada às BANDEIRAS arqueadas subdivididas em ar- cos de círculo iguais. Ver Bandeira em Leque. fí1 LESENA1. Na ARQUITETURA CLÁSSICA, PILASTRA sem BASE e CAPITEL. 2. FRISO de ARCATURA de volta perfeita. É também chamada banda lombarda. 3. Em São Paulo, saliência nas paredes formando pilastra lisa. Distingue- se da BONECA por não estar solidária a CAIXÃO ou MARCO de porta. 2. 3. LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO que visa ob- ter elementos para elaboração de planta onde se representa o relevo do solo. De- termina as COTAS de diferentes pontos do terreno. É também chamado altimetria. LESIM Cada um dos veios ou sulcos naturais em madeiras ou pedras, principalmente MÁR- MORE. 347 LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO / LIMA fi] LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO que visa lei- tura de ângulos e distâncias horizontais no terreno. Determina em plano horizon- tal as medidas dos pontos significativos da área levantada. Existem vários méto- dos de executar o levantamento pla- nimétrico. É também chamado plani- metria. I I I I LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO Processo que consiste na medição de ângulos e alturas em diversos pontos de um terreno, a fim de representar grafica- mente sua configuração física. Existem vários tipos de levantamento topográfico. O levantamento planimétrico avalia ângu- los e distâncias horizontais do terreno. O levantamento altimétrico busca elementos para a representação do relevo do solo. O levantamento planialtimétrico une os dados dos dois levantamentos anteriores. O levantamento batimétrico é o levanta- mento feito abaixo do nível do mar. O le- L1ADOURO Ver Espera e Juntouro. LIAME Ver Argamassa. vantamento aerofotogramétrico utiliza como instrumental básico a fotografia. A planta topográfica, indispensável ao proje- to arquitetônico em terrenos com declives, é resultante do levantamento topográfico. ------ L1ERNE NERVURA no INTRADORSO da ABÓBADA OGIVAL. Comumente é encontrado em an- tigas igrejas NEOGÓTICAS. LIGAMENTO Ver Argamassa. L1GANTE Ver Aglomerante. LIMA Ferramenta composta de superfície lavra- da de estrias muito próximas, que serve para polir ou desbastar metais, madeiras ou pedras como o MÁRMORE. Suas estrias são chamadas serrilhas, picados ou picaduras. Existem vários tipos de lima. Conforme a proximidade de suas serrilhas é chamada grosa, bastarda, murça, rufo, meia-murça ou meio-rufo. A lima chata tem a superfície plana afinando-se para sua ponta. A lima paralela tem igual largura em todo o comprimento. A lima de meia-cana tem uma de suas faces convexa. A lima redonda tem a superfície cônica. A lima tri- angular tem três quinas e serve especial- mente para afiar serras. É uma ferramenta indispensável para o bombeiro hidráulico. LIMIAR/ LINGÜETA &l LIMIAR1. O mesmo que soleira. Ver Soleira. 2. PATAMARjunto à porta em geral de entra- da. LlNDEIRA Ver Dintel e Ombreira. LlNDEIRO 1. Nome dado ao LOTEou terreno que tem sua frente voltada para um LOGRADOURO público. 2. Nome dado à área ou ao terre- no contíguo a outro. LINGOTE 1. Bloco sólido de metal que comumente é modificado em usinas para uma forma final por diversos processos, como fundi- ção ou laminação, para produzir chapas ou barras redondas, chatas e perfiladas. 2. Barra metálica que, associada a outra barra, forma perfil composto. Comumente suas barras são unidas por REBITESou parafusos. 2. •• LINGÜETA 1. Nas FECHADURAS,peça metálica móvel que se encaixa quando acionada por cha- ve, TRINCOou maçaneta em reentrância feita em MARCO,MONTANTEou outra FOLHA da ESQUADRIA,usualmente através de chapatesta. Principalmente em Portugal, é às vezes também chamada palhetão. 2. Saliência ao longo da espessura de uma peça alongada, para se encaixar em ra- nhura feita ao longo da espessura de ou- .tra peça. É também chamada MACHOou ESPIGA. 1. 2. 349 LlNHA/ LINHA ELEVADA liI liI LINHA 1. Nas TESOURAS do telhado, VIGA horizon- tal situada transversalmente à construção, que une as extremidades inferiores das EMPENAS ou pernas. Usualmente tem seção com 6 cm x 16 cm. Apóia-se di- retamente no topo das paredes ou nos FRECHAIS. Comumente o termo é aplicado quando referido à peça de madeira. Tam- bém é chamada TIRANTE ou tensor, parti- cularmente quando se trata de peças metálicas. 2. Por extensão, em alguns lo- cais do Nordeste, o mesmo que terça. Ver Terça. LINHA ARREGAÇADA Ver Nível. 1. TIRAH1E. LINHA DE CUMEADA Em topografia, linha determinada pelo encontro de duas vertentes. Divide no ter- reno o caimento das águas pluviais. L1NHA-DE-FÉ 1. Nos NíVEIS de pedreiro, traço feito na travessa que une as réguas de madeira e sobre o qual deve coincidir o fio de prumo quando as arestas de peças ou elemen- tos verificados estiverem dispostos hori- zontalmente. 2. Em escalas, linha que marca o ponto zero, inicial, da graduação. ".. '/"'. '":7: . •....:.. ~ f\; 2. LINHA DE PISO Nas escadas, linha imaginária determina- da pelo encaminhamento comumente fei- to por quem as utiliza. Situa-se para- Ielarnente ao CORRIMÃO, distando des- te aproximadamente 50 cm. É estabe- lecida nos projetos arquitetônicos com o intuito de BALANCEAR os DEGRAUS da ESCA- DA EM LEQUE, considerando-se que todos os degraus devem ter igual largura na li- nha de piso da escada. LINHA ELEVADA Ver Nível. LlNHOTE / LlOZ fil LlNHOTETRAVEde dimensões não avantajadas, uti- lizada no TRAVEJAMENTOde um ou dois ele- mentos dispostos na vertical. LINÓLEO Tecido feito de juta e untado com óleo de linhaça e CORTiÇAem pó. Em geral é usa- do como revestimento de pisos. Possui boa resistência,é impermeável e facilmen- te removível. Constitui-se em material ab- sorvente, servindo portanto como isolante acústico. É comercializado comumente sob a forma de mantas com largura supe- rior a 2 m e espessura variável de 2 mm a 7 mm. É fixado no pavimento uniforme com cola apropriada. Deve ser colocado em pavimentos secos. Freqüentemente é empregado em corredores ou outros com- partimentos de fluxo constante de pesso- as, em hospitais, indústrias ou escritórios. Muitas vezes é empregado no piso dos palcos de teatros. Pisos de borracha são um aperfeiçoamento do linóleo que, ape- sar de em geral mais resistentes, são mais custosos e não removíveis. LlNTEL Ver Dintel. LlOZ 1. Pedra calcária branca, dura e de granulação muito fina, proveniente de Por- tugal. Foi muito usado em antigas cons- truções em PORTADAS, CANTARIAS ou revestimentos de fachadas e ESCADARIAS. É também chamado pedra de lioz, pedra do reino e mármore-lioz. Exemplos: por- tadas da Igreja do Outeiro da Glória, Rio de Janeiro, RJ; fachada do Gabinete Por- tuguês de Leitura, Rio de Janeiro, RJ; es- cadaria da casa da avenida Generalíssimo Deodoro nº 694, Belém, PA. 2. Face LA- VRADAaparente da pedra nas ALVENARIAS. Opõe-se ao TARDOZ. 2. 351 LlSTELI LOBULADA liI lí1 lí1 LlSTEL 1. Nos FUSTES canelados, FAIXA estreita, lisa e vertical que separa uma CANELURA da outra. É também chamado mocheta. 2. Por extensão, qualquer faixa lisa e es- treita em PARAMENTO. 2. o- J~I)lrJ1. LlTARGíRIO Substância composta de protóxido de chumbo, fundido e cristalizado em peque- nas lâminas amarelas ou avermelhadas. Reduzido a pó, entra na composição de certos vernizes chamados gordos, que têm função de SECANTE. Calcinado, é em- pregado como pigmento no preparo de certas tintas, dando as cores industriais amarelo de cassei "e mínio. Antigamente era usado juntamente com o ALVAIADE em DOURAMENTOS de TALHAS de madeira, com- pondo um induto que favorecia a aderên- cia da camada de ouro. "l':"~,"> ~ '~:-.\\. ' Y,A/A1)f LOBBY Grande HALL na entrada do edifício. Em geral, o termo é usado quando referido aos prédios de maior porte e vários pavimen- tos. LOBÉLlO Cada um dos segmentos de círculo que compõem o ARCO TRILOBADO. Nas ARCADAS, o espaço entre os lobélios adquire forma- to aproximado de uma folha. Em antigas construções, em geral, esse espaço tinha ornamentação com motivo de folha. LOBULADA Atribuição dada aos elementos divididos em segmentos iguais, à semelhança de certos vegetais. O termo é mais emprega- do referido às ABÓBADAS. lOCAÇÃO / lOJA LOCAÇÃO 1. No canteiro de obras, medição e mar- cação no terreno da posição 90S elemen- tos estruturais e de vedação. E feita tendo por base a planta de locação traçada no projeto arquitetônico, em geral nas esca- las de 1: 100, 1:200 ou 1:500, dependen- do do porte da obra. Pode ser feita de diferentes modos. Quanto maior e mais complexo o prédio a ser construído, mais precisa deverá ser sua locação. Em geral, para edificações de menor porte, são su- ficientes para locação o emprego de tre- na ou metro de pedreiro, NíVEL, PRUMOe fio de aço. Em edifício de vários pavimen- tos ou em terreno muito irregular são ne- cessários um teodolito ou outros instrumentos de topografia. A transposi- ção de medidas e ângulos traçados no projeto merece cuidados especiais, evitan- do-se que o prédio venha a ter paredes. fora do ESQUADROe medidas diversas das especificadas no projeto. Fazer locação de um edifício é chamado locar. 2. Marcação com ESTACASdo eixo de uma via ou um caminho, para sua execução. Fazer loca- ção de via ou caminho é chamado locar. LOCAR Ver Locação. 2. .. ~:;.~. .:,..~"', .,l , ••• e LÓGIA GALERIAaberta, tendo seus lados abertos, voltados para o exterior ou interior da construção, em ARCADAou PILARES.É um elemento pouco comum na arquitetura brasileira, presente em construções anti- gas suntuosas, com influência do estilo renascentista italiano. Exemplo: Teatro Municipal, Belo Horizonte, MG; Palácio dos Governadores, Belém, PA. LOGRADOURO Espaço livre destinado ao trânsito de pes- soas e veículos. Pode tratar-se de aveni- da, rua, praça ou jardim. Em geral, o termo refere-se ao espaço público oficialmente reconhecido, demarcado e designado por uma denomiriação. LOJA 1. Antigamente, pavimento térreo de um SOBRADO.Possuía abertura direta para rua. Muitas vezes correspondia ao uso comer- cial ou de oficina. Freqüentemente na loja localizavam-se acesso de carruagem e depósito. 2. Por extensão, edifício ou com- partimento destinado a atividades comer- 'ais. principalmente exposição e venda e cad rias. 1. 2. 353 LONGARINA/ LUCERNA LONGARINA VIGAdisposta no sentido longitudinal da construção. Em geral apresenta dimensões bem superiores às demais vigas, de modo a sobressair no restante do VIGAMENTO. LOTE Área delimitada de terreno vinculada à posse ou propriedade da terra. Na cidade destina-se basicamente às edificações. Deve possuir um acesso ao logradouro público. O lote de frente tem TESTADAam- pla voltada para o logradouro. O lote de fundos, em geral, tem apenas acesso es- treito para o logradouro. LOTEAMENTO Divisão de um terreno em lotes para cons- trução, envolvendo a abertura de LOGRADOUROSpúblicos. Pode também in- cluir áreas livres e de equipamentos coletivos. LUCARNA 1. O mesmo que trapeira. Ver Trapeira. 2. Fresta na parede para permitir a entrada de luz no interior de um compartimento. Às vezes é também chamada lucerna. LUCERNA Ver Lucarna. LUMINÂNCIA Intensidade de brilho emitido pela área de uma superfície luminosa. Depende do ILUMINAMENTO e da refletância da superfí- cie. É condição fundamental de boa visi- bilidade. Sua distribuição nas superfícies dos ambientes é estudada nos projetos de iluminação para avaliação da quanti- dade de iluminamento a ser feito. Quan- do seu contraste é exagerado causa desconforto e cansaço visual, pela neces- sidade que provoca de modificação segui- da do estado de adaptação visual. Sob um mesmo iluminamento, a luminância de um material qualquer de cor clara é muito maior que a luminância desse mesmo material de cor escura. LÂMPADAS INCAN- DESCENTES possuem alta luminância, obri- gando o uso de luminárias que reduzam esse efeito. LÂMPADAS FLUORESCENTES pos- suem baixa luminância. LUMINÂNCIA/ LUSTRAÇÃO LUMINÁRIA Aparelho de iluminação perceptível visual- mente. Existem vários tipos de luminária. Seu emprego e sua quantidade dependem basicamente do uso dado ao comparti- mento ou ambiente em que se encontra e das intenções plásticas do projetista. LUMINOTÉCNICA Técnica de projeto e execução de instala- ção de aparelhos de iluminação em pré- dios ou ambientes que requerem especial ILUMINAMENTO. É indispensável, por exem- plo, na construção de teatros, museus e ginásios. Em geral é feita por um especia- lista. LUNETA 1. Genericamente, ÓCULO ou FRESTA semi- circular ou semi-elíptica aberta em pare- des, ABÓBADAS ou BANDEIRAS de portas, para iluminar o interior do edifício. 2. Es- pecificamente, abertura semicircular for- mada pela interseção de duas ABÓBADAS DE BERÇO de alturas desiguais, permitindo iluminar e ventilar o interior do edifício. L STRAÇÃO LUSTRADOR/ LUZ liJ LUSTRADOR Ver Lustrar. LUSTRAR Tornar polida ou brilhante a superfície de um elemento ou peça da construção, prin- cipalmente quando feitos de madeira, dan- do-lhe um ACABAMENTO.Nesta tarefa são usados sobretudo verniz ou cera. O oficial que executa a tarefa de lustrar é chamado lustrador e o serviço executado é chama- do lustração ou lustre. LUSTRE 1. LUMINÁRIAsuspensa do teto, principal- mente quando possui vários braços cor- respondentes a várias lâmpadas. 2. Serviço executado com a tarefa de lustrar. Ver Lustrar. ' 1. LUVA 1. Peça tubularcom duas roscas internas opostas, usada na união entre dois tubos ou duas peças de ferro cilíndricas. Os tu- bos ou peças são rosqueados em senti- do inverso. Existem dois tipos de luva: a comum, para unir tubos ou peças de diâ- metros iguais; e a de redução, para unir tubos ou peças de diâmetros diferentes. Para melhor solidarização entre as peças, pode receber parafusos normais ao seu eixo. Seu diâmetro é variável. Faz parte das CONEXÕESnas instalações de água, esgoto e gás. 2. FERRAGEMde reforço que envolve urna SAMBLADURA.3. O mesmo que ferro de luva. Ver Ferro de Luva. 2. 1. o J E!J) (.) ID:====::::) LUZ 1. Em um compartimento, distância entre paredes opostas. 2. Em portas e janelas, distância livre entre OMBREIRASe entre VER- GAe PEITORILou SOLEIRA.3. Em SAMBLA- DURAS,folga deixada no encontro entre MECHAe ENCAIXEde modo a não se en- costarem no fundo do encaixe. 4. O mesmo que vão livre. Ver Vão Livre. " •• °'0 ; ": .". ". ' •••••• o'" .' f---L--'--.L--j: • - .: :',: ::. . '.11]"~.~.:: . ~.~.',: :. ·1" 2. .::' , .. ' .. 1. 3. LUZ FRIA / LUZ NEGRA 1l--------U.õ' LUZ FRIA Luz que não produz calor. LÂMPADAS FLUO- RESCENTES e A VAPOR DE MERCÚRIO propor- cionam luz fria. LUZ NEGRA Iluminação produzida por LÂMPAOAS DE DESCARGA que emitem raios ultravioleta. Realça a cor branca em cores fosfo- rescentes. É usada principalmente em casas noturnas. 357 MACACO 1. Aparelho munido de manivela e crema- lheira usado para levantar pesos. É muito empregado em canteiros de obras. 2. Nos BATE-ESTACAS, peso que cai de certa altu- ra sobre a cabeça da ESTACA, aprofun- dando-a. É também chamado maço. 3. SOQUETE metálico provido de argola por onde passa um cabo. Freqüentemente tem forma tronco-cênica. É usado para APISOAR terra ou valas de difícil acesso. Em trabalhos de FUNDAÇÕES ARTIFICIAIS tem de 70 kg a 100 kg. Comumente é manobra- do por operário dentro da vala de modo que caia sucessivamente em vários luga- res. 4. Principalmente na Paraíba, parale- lepípedo de GRANITO usado em càlçamen- to de vias. 5. Antigamente no Rio de Ja- neiro, PILAR de ALVENARIA feito somente com dois tijolos por FIADA. 1. 2. [ ] 3. 5. MACADAME/MAÇANETA MACADAME 1. Técnica de calçamento de vias e cami- nhos. Consiste no espalhamento de PE- DRA BRITADA na superfície a ser calcetada e na sua compressão misturada a um material aglutinante, como SAIBRO, ARGILA ou asfalto. Quando o material aglutinante é o asfalto chama-se macadame betu- minoso. Quando o material espalhado na superfície é molhado com água, ajudan- do na sua penetração, chama-se maca- dame hidráulico. Calcetar utilizando ma- cadame é chamado de macadamizar. 2. Revestimento usado em calçamento de vias e caminhos resultante da utilização da técnica de macadame. MACADAMIZAR Ver Macadame. C. (J,l-fIHHÃÕ M7CL1t.AKTE "t? P.A.LftAli Dó MÁ "ffi?-IA,f-. "?8? /VI I"7TV UM CoM o ~.bDO J). COf.1?~m 1>01 I1Á1fRIA(~ MI7TVRhD0' MAÇANETA 1. Peça que girando em torno de um eixo movimenta a LINGÜETA ou o TRINCO da fe- chadura, articulando ESQUADRIAS. Pode ter diferentes formas. O tipo mais comum é composto de pescoço e alavanca. Nas CREMONAS é usada maçaneta de argola. Em algumas portas só tem movimento pelo lado interno,externamente constitui- se em PUXADOR. Para um melhor acaba- mento é empregada associada a um ES- PELHO ou uma ROSETA. 2. Arremate esférico, piramidal ou em forma de pinha, para efeito decorativo. Freqüentemente é usada nos cantos dos GRADIS. 2. 1. 359 MACETE / MACHO E FÊMEA MACETE Pequeno MAÇO, em geral usado por car- pinteiros e marceneiros, para bater no cabo dos FORMÕES. MACHEAR Ver Encaixe e Mecha e Encaixe. MACHO 1. Genericamente, saliência feita em qual- quer peça da construção de modo que possa ser encaixada em reentrância feita em outra peça, permitindo sua união. Em peças de madeira é também chamado mecha. Principalmente quando possui for- ma alongada é também chamado espiga. 2. Em DOBRADiÇAS e GONZOS, pino fixo que se encaixa em concavidade cilíndrica de outra peça. 2.;--"\ O I[) CV 10 (l) I ({) e <D ~ .e:J v MACHO E FÊMEA 1. Genericamente, qualquer ligação entre peças da construção possibilitada pela presença em uma das peças de saliência que se encaixe em reentrância feita na outra peça. Em peças de madeira é tam- bém chamado MECHA E ENCAIXE. 2. Espe- cificamente, união entre tábuas de madei- ra possibilitada pelo encaixe de saliência contínua feita ao longo de um dos lados da tábua em reentrância contínua feita ao longo de um dos lados da outra tábua. É usado principalmente em SOALHOS e LAMBRIS. 2. MACHO-FÊMEA/ MADAMA fí1 11 MACHO-FÊMEA DOBRADiÇA OU GONZO composto de duas peças, uma com pino fixo e outra com concavidade cilíndrica, de modo a se en- caixarem, permitindo articular as FOLHAS das ESQUADRIAS. A peça com pino fixo é em geral chamada MACHO e a peça com concavidade cilíndrica é usualmente cha- mada FÊMEA. 2. /";"lal. t 1. MACiÇO 1. Obra compacta feita de ALVENARIA ou de um único material, em geral destinada a suportar grandes esforços ou empuxos. Usualmente constitui-se uma FUNDAÇÃO, um MURO DE ARRIMO ou um CONTRAFORTE. Em construções antigas constitui fre- qüenternente uma BASE ou um PEDESTAL. 2. Nome dado à edificação de grande porte constituída por um único volume de aparência compacta, predominando os CHEIOS sobre os VAZIOS. MAÇO 1. Instrumento de madeira parecido com um martelo cujo cabo é unido a uma peça em forma de paralelepípedo ou de cone truncado. É usado por CALCETEIROS para fixar pedras e por carpinteiros para bater no FORMÃO. É também chamado malho. 2. O mesmo que macaco. Ver Macaco. MADAMA Ver Dama. ' 361 MADEIRA/ MADEIRA COMPENSADA MADEIRA Parte interna de certas árvores utilizável em carpintaria, marcenaria e obras da cons- trução em geral. Comumente tem seção transversal com várias camadas concên- tricas distintas: a casca, a extracasca ou ALBURNOe o CERNEou durame. A casca e a extracasca possuem pouca espessura e não têm resistência a choque e atrito. O alburno, mais claro e mole, usualmente não é utilizável em obras por sua pouca resis- tência ao apodrecimento e a agentes deteriorantes. O cerne, mais escuro e rijo, freqüentemente constitui-se em sua única parte aproveitável. Quanto maior a idade da árvore maior o número de camadas concêntricas que apresenta. Exige antes da utilização abate, desdobramento e seca- gem. Após seu corte, comumente sua pre- paração é feita em SERRARIAScom auxílio de serras mecânicas. Comercialmente é encontrada sob a forma de peças com no- menclaturas próprias e dimensões deter- minadas, facilitando a execução de servi- ços a que se prestam. PRANCHÃO,PRANCHA, VIGA,VIGOTA,CAIBRO,TÁBUA,SARRAFOe RIPA são peças de madeira comumente encon- tradas. Só pode ser usada em perfeito es~ tado. Apresenta boa resistência e é fácil de ser trabalhada, permitindo o uso de ferra- mentas simples e mão-de-obra sem gran- de especialização. Tem como desvanta- gens ser combustível, portanto fácil de pegar fogo, e exigir manutenção cuidado- sa, por estar sujeita ao apodrecimento de- corrente de intempéries ou insetos. Mistu- rados ou não com outros materiais, seus resíduos aglomerados com colas diversas fornecem madeira artificial. A madeira arti- ficial é utilizada pela indústria da constru- ção e em MARCHETARIA. MADEIRA AGLOMERADA Ver Aglomerado. \..(\..•.. ~4-~~~::::' 2 à-r~~o::: MADEIRA BRANCA Madeira de resistência inferior e uso res- trito na construção. Comumente é empre- gada em peças de revestimento ou ACA- BAMENTO, onde a resistência não é essencial. Em geral é esbranquiçada, mole e leve. É facilmente deteriorável pela ação de intempéries e CARUNCHOS.O sal- gueiro, o plátano e a tília são exemplos de madeira branca.MADEIRA COMPENSADA Ver Compensado. MADEIRA COMPOSTA/ MADEIRA DO CHÃO MADEIRA COMPOSTA Madeira formada por duas ou mais madei- ras de pequena seção transversal, coladas, prensadas a vapor e transformadas em grande peça estrutural. Recebe proteção superficial ou interna contra insetos XILÓFAGOS, uma vez que sua reduzida se- ção é freqüentemente decorrente do corte da madeira fora de época, possibilitando a criação de microorganismos na sua seiva. Constitui-se em alternativa para aproveita- mento de madeiras que possuem seção pequena. Seu TORO, de outro modo, só po- deria ser desdobrado em SARRAFOS. MADEIRA DE LEI Madeira que resiste bem à ação do tem- po, intempéries, insetos XILÓFAGOS e umi- dade permanente. Em geral é dura e pe- sada. Quase sempre é mais densa que a água e de cor carregada. Presta-se para qualquer obra da construção, mes- . mo exposta às intempéries. O aderno, a andiroba, a cabiúna, o ipê e o jacarandá são exemplos de madeira de lei. 'O/ / / I / //1 Ij j // MADEIRA DE SERRAGEM Madeira de grandes dimensões. Pode ser desdobrada por meio de serragens longi- tudinais em VIGAS, BARROTES e TÁBUAS. MADEIRA DO AR Madeira que não pode ficar em contato com o solo. Só é utilizável em obras afas- tadas do chão. .': .. :: .:-;': " -: ::_; .":'0,,:,: _-;_~':".:.: MADEIRA DO CHÃO Madeira que apresenta condições de fi- car em contato com o solo. É própria para ser desdobrada em peças para ESTEIOS, DORMENTES e MOURÕES. •• " - .:,:,':: :~.-:.:.,::.:::-~-.:.::",~._:._.:-::~.:..~" . . . - ® 363- MADEIRA FOLHEADA/ MADEIRADA MADEIRA FOLHEADA Madeira utilizada em folhas finas. Seu emprego é feito pela indústria da constru- ção ou em MARCENARIA. MADEIRA PICADA Madeira que apresenta perfurações pro- vocadas por insetos. MADEIRA REQUENTADA Madeira cuja seiva fermentou devido a má ventilação e calor úmido. Apresenta man- chas escuras, às vezes quase negras. MADEIRA REVERSA Ver Madeira Revessa. MADEIRA REVESSA Madeira que não tem fibras retas e para- lelas, mas confusamente distribuídas, e possui muitos NÓS. Suas peças são difi- cilmente beneficiadas e aplainadas. Ê tam- bém chamada madeira reversa. MADEIRA VENTADA Madeira que depois de serrada ou lavra- da apresenta fendas antes imperceptíveis. MADEIRA VERDE Madeira que não foi devidamente subme- tida a processo de secagem. Suas peças ficam sujeitas principalmente a EMPENAR ou ACANOAR. MADEIRADA Ver Madeirame. MADEIRAME / MADEIRO liI liI MADEIRAME 1. O mesmo que madeiramento. Ver Ma- deiramento. 2. Conjunto de peças e pla- cas de madeira, como CAIBROS, BARROTES e COMPENSADOS, que é utilizado ou pode ser usado na construção. É também cha- mado madeirada. MADEIRAMENTO 1. Genericamente, conjunto de peças ou elementos feitos de madeira utilizado na construção de um edifício ou de um ele- mento da construção, como TÁBUAS do- SOALHO e MARCOS das portas. É também chamado madeirame. 2. Conjunto de ele- mentos de madeira que compõe a estru- tura de um edifício ou de parte dele. Comumente refere-se ao VIGAMENTO do telhado ou ao ESQUELETO da edificação construída com paredes de TAIPA. Quan- do composto por BARROTES é também cha- mado barroteamento. Nos sentidos 1 e 2, é rnais raramente também chamado ema- deiramento. u MADEIRO TORO ou peça de madeira muito grossa. Quando referido a uma peça em geral tra- ta-se de uma TRAVE. 365 MADRE/MALHETAR fi] fi] MADRE VIGAhorizontal usada em VIGAMENTOS.É empregada principalmente no MADEIRA- MENTOde SOBRADOS,suportando cargas vindas de BARROTESe paredes de vedação. Quando feita de madeira, em geral pos- sui seção superior às outras peças do vi- gamento e serve de apoio a paredes fei- tas com materiais leves. Quando feita de ferro, comumente possui perfil em DUPLO TÊ e pode apoiar paredes em ALVENARIA. Pode ser colocada paralela aos barrotes quando não serve de apoio a estes. MALHETAR Ver Mecha e Encaixe. 1. MAINEL 1. PILARETEou MONTANTEque divide o vão de janelas, SETEIRASe frestas, em duas ou mais partes. Quando as janelas possuem BANDEIRAS,serve também para sua susten- tação. Permite formar janelas geminadas, triplas, quádruplas e assim por diante. 2. O mesmo que corrimão. Ver Corrimão. MALACACHETA Ver Mica. MALHA 1. Genericamente, reticulado regular ou irregular, formando tecido aberto. O termo é muito usado em urbanismo referido ao conjunto formado por quadras e vias de uma determinada área. É também empre- gado em instalações elétricas, referindo- se ao conjunto de CONDUTORESde um de- terminado circuito fechado. É também chamada trama. 2. Nos projetos modula- dos, reticulado regular traçado para facili- tar o desenho arquitetõnico. A distância entre as linhas coincide com o MÓDULO básico adotado para a construção. É tam- bém chamada retícula. 1. DODDOl JODDDDD~OrJOOOOfMJD Dr~ rI 100 }1ÁLJ.1Á L)Rl!:AM ~ 2. MALHETE/ MANILHA MALHETE 1. SAMBLADURA feita entre as extremida- des de duas peças de madeira ou o topo de uma e o meio de outra, formando re- cortes em ângulo reto ou trapezoidais que se ajustam entre si. 2. Corte feito em peça de madeira para que possa ser encaixa- da em outra peça em malhete. 3. Peque- no malho. Ver Malho. 1. 2. MALHO 1. Instrumento feito de ferro semelhante a um martelo sem unhas ou orelhas. É usa- do pelos CANTEIROS. O pequeno malho é chamado malhete. 2. O mesmo que maço. Ver Maço. 1. MANEIRISMO Estilo arquitetõnico situado cronologica- mente e caracteristicamente entre o Renascimento e o Barroco. Constitui-se em uma primeira reação às normas esta- belecidas pelo Renascimento, sem no entanto atingir a total contraposição a este, só alcançada no Barroco. Predomina na Europa no século XVI, sendo muito influ- enciado por movimentos religiosos. Carac- teriza-se pelo uso de motivos em oposi- ção ao significado e contexto original. Expressa-se igualmente num rígido classicismo. No Brasil, as edificações erguidas no período exprimiam mais o ar- caísmo próprio ao meio áspero e rude do que uma maneira ou atitude contrária às normas consagradas. Esta expressão arquitetõnica manifestou-se somente na arquitetura religiosa e é mais conhecida como arquitetura jesuítica. :;j:'GI<EJà E Rt'7lpÊN Clà !x?7 ~7 HÁbD'7 NOVA A.L.~Il:A) 5€'RRA, 'E'7 MANILHA Tubo de barro usualmente vidrado utiliza- do nas canalizações subterrâneas de es- goto ou em ELETRODUTOS. Em geral possui comprimento que varia entre 60 cm e 1 m e diâmetro de 7,5 cm a 23 cm. Nas canali- zações de esgoto é comumente usada AR- GAMASSA de CIMENTO ou material BETU- MINOSO na junção entre duas manilhas. É importante seu nivelamento no solo para impedir a abertura de juntas nas manilhas. Pode ser disposta no solo em VALAS previa- mente APISOADAS e NIVELADAS ou sobre ca- mada fina de concreto para seu apoio. Quando utilizada em SUMIDOURO, pode ser perfurada, sendo chamada manilha de dre- o. o possuir j ma seca. para favorecer a çã e 05010. 367 MANOPLA/ MANTA IMPERMEABILlZANTE MANOPLA 1. Instrumento formado por base de ma- deira presa a um cabo. É usada no as- sentamento de LADRILHOS, PASTILHAS e TA- COS. Após o assentamento destes materiais em pisos ou paredes bate-se com a manopla sobre eles, fazendo-os penetrar na MASSA e ficar bem planos. 2. O mesmo que concha. Ver Concha. MANSARDA Nas construções com TELHADO DE MANSARDA, espaço compreendido pela cobertura do telhado e pelo teto do último pavimento do prédio. Sua forma favorece a abertura de amplas TRAPEIRAS e seu apro- veitamento como compartimento do pré- dio. Não é um elemento típico da arqui- tetura brasileira. É encontrada em algumas construções ECLÉTICAS do início deste sé- culo, basicamente com uma função de- corativa. É um dos tipos de ÁGUA-FURTADA e, conseqüentemente, às vezes também chamada água-furtada.
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