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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA AULA 4 Planejamento e Qualidades Operativas das Subestações Elétricas CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA ASPECTOS FUNDAMENTAIS • Toda subestação faz parte integrante de um sistema elétrico, seja qual for o seu porte; • Para atendimento às necessidades deste sistema, é necessário que se definam previamente as exigências operacionais da subestação (p. ex.: segurança, confiabilidade, etc.); • Essas necessidades são atendidas a partir da correta escolha do chamado “Diagrama Unifilar Básico” da subestação, o qual responde, de maneira simples e imediata, a todos os quesitos operacionais que se deseje da mesma. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA MATERIAIS FILTRANTES • AREIA • AGREGADOS BRITADOS • GEOTÉXTIL (SINTÉTICOS) • ETC. FATORES A SEREM CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO DE UMA SUBESTAÇÃO • O planejamento de uma subestação deve ser definido tendo como função básica o fator custo, embora outros fatores também sejam levados em conta. • A par de todas as outras considerações que serão feitas a seguir, o custo da instalação será sempre o elemento que definirá a solução a ser adotada para a subestação. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA MATERIAIS DRENANTESOUTROS FATORES Além do custo da instalação, é comum se avaliar, dentre as alternativas de custo equivalente, a que ofereça uma maior CONFIABILIDADE “EXPECTATIVA DE UM BOM FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES, DE FORMA A SE ATINGIR O OBJETIVO DE MANTER O FORNECIMENTO DA ENERGIA AOS CONSUMIDORES” CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA OUTROS FATORES (cont.) Segurança do Sistema Continuidade de Operação Flexibilidade Operativa Facilidade de Manutenção Simplicidade da Proteção Reportam-se diretamente à operação do sistema ao qual a subestação se vincula Relacionam-se com a subestação em si mesma CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA SEGURANÇA DO SISTEMA • Fator que se confunde com a própria confiabilidade, em sua concepção mais ampla; • Podemos entender “segurança” como sendo a capacidade do esquema em eliminar defeitos, sem, no entanto, comprometer a operação do sistema de potência; • Assim, a segurança está intimamente relacionada com a seletividade (coordenação) do sistema de proteção elétrica; • Somente poderemos ter um sistema de proteção efetivamente seletivo se o esquema elétrico da subestação permitir que todos os circuitos possam operar, mesmo que o disjuntor esteja em processo de manutenção. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA SEGURANÇA DO SISTEMA (cont.) • Considerando-se que, como foi visto, o custo da instalação é um fator predominante no planejamento, é provável e comum que, em um mesmo sistema elétrico, existam subestações com diferentes graus de segurança, conforme sua importância relativa na operação do sistema; • No entanto, um conceito deve ficar bem claro: NENHUMA INSTALAÇÃO SERÁ 100% SEGURA!! CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA CONTINUIDADE DE OPERAÇÃO • O próprio nome já diz o que essa qualidade significa para o sistema elétrico; • Se partimos da premissa de que a continuidade de operação da subestação está ligada ao seu funcionamento em qualquer condição (principalmente contra defeitos na própria subestação), veremos que nenhum esquema elétrico garante esta possibilidade... • No entanto, sabe-se que determinados esquemas tiram a subestação de serviço, qualquer que seja o defeito e outros permitem parte do seu funcionamento, ainda que na presença de um ou mais defeitos simultâneos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA CONTINUIDADE DE OPERAÇÃO (cont.) • Uma condição básica no planejamento da subestação é a definição do grau de continuidade operativa desejado, ou seja, qual ou quais circuitos pré-determinados devem se manter em serviço durante os defeitos; • Outra situação em que a continuidade na operação da subestação deve ser mantida é aquela em que grandes blocos de energia são transmitidos. As subestações que interligarem esses sistemas de transmissão, deverão ter a sua continuidade preservada, ainda que em condições de defeitos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA FLEXIBILIDADE OPERATIVA • O conceito de flexibilidade operativa pode ser explicado como sendo a “característica do esquema que permite a distribuição das cargas ativa e reativa entre os circuitos da subestação, estando o sistema de potência em operação normal ou de emergência”; • Isso significa que o esquema deve permitir um agrupamento de circuitos de várias maneiras; • Um exemplo que pode indicar uma boa flexibilidade operativa é o que utiliza dois barramentos conforme será visto adiante. Essa concepção permite que inúmeras combinações de circuitos sejam feitas e ainda a subestação pode se repartir em duas outras, operando inclusive com tensões diferentes em seus barramentos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA FLEXIBILIDADE OPERATIVA (cont.) • A flexibilidade operativa, pela sua própria conceituação, é uma qualidade muito importante quando a subestação pertence a um sistema de transmissão fortemente interligado e com alternativas de suprimento de potências ativa e reativa; • Nas subestações com esquemas radiais, a importância do duplo barramento não se refere propriamente à flexibilidade operativa, mas sim na possibilidade de se dar manutenção em cada um dos barramentos, principalmente se a mesma estiver localizada em regiões de grande poluição ambiental. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA QUALIDADE NA MANUTENÇÃO • Como foi visto, trata-se de uma qualidade operativa que se relaciona com a subestação em si mesma; • Isso quer dizer que, na concepção da subestação, devem ser tomados cuidados especiais quanto à facilidade de se promover a sua manutenção. Senão vejamos: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA QUALIDADE NA MANUTENÇÃO (cont.) • Acesso de veículos transportando os equipamentos e materiais; • Acesso dos equipamentos até o local de sua instalação (montagem e retirada do material após os trabalhos); • Espaço suficiente para uma manutenção segura do ponto de vista de mão de obra; • Possibilidade de manutenção de determinado circuito com os demais energizados (inclusive os circuitos vizinhos). CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA SIMPLICIDADE DA PROTEÇÃO • A exemplo da manutenção facilitada, a proteção concebida com simplicidade é uma qualidade operativa de uma subestação; • É importante ressaltar, no entanto, que “simplicidade” não significa “economia” do ponto de vista das necessidades de ordem técnica. • Não se deve, por exemplo, suprimir uma determinada proteção sob uma justificativa qualquer que não tenha uma sólida base técnica. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA SIMPLICIDADE DA PROTEÇÃO (cont.) • A proteção deve, portanto, ser simples, porém � Seletiva / Coordenada � de rápida atuação � incluir todas as funções operacionais requeridas • Em outras palavras, a simplicidade da proteção terá um maior grau de qualidade operativa quanto mais simples e completa for a sua concepção. CENTRO FEDERALDE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA FATORES ADICIONAIS QUE MERECEM DESTAQUE • Além dos aspectos de qualidade operativa já mencionados, o planejamento de uma subestação deve considerar ainda, os seguintes fatores: Facilidade das ampliações / expansões Limitação dos níveis de curto-circuito e CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA FACILIDADE DAS AMPLIAÇÕES / EXPANSÕES • Sabe-se de antemão que a maioria das subestações é construída por etapas; Isso torna relevante o estudo para que suas expansões sejam devidamente planejadas no início de sua implantação; • O planejamento deve incluir, neste caso, a previsão de áreas físicas adicionais, a exigência de desligamento dos circuitos em operação durante as obras de ampliação, etc; • A definição do esquema a ser adotado é importante pois, às vezes um esquema é excelente para operação da subestação em sua primeira etapa, porém não oferece facilidades para as ampliações; CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA LIMITAÇÃO DOS NÍVEIS DE CURTO CIRCUITO • Os níveis de curto-circuito são aspectos técnicos de apreciável importância na definição do esquema da instalação; • Isso se explica pelo fato de que a limitação desses níveis, quando necessária, requer a obrigatoriedade de um conveniente seccionamento no esquema elétrico a ser definido. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA CONCLUSÕES • As qualidades operativas em um esquema elétrico guardam entre si as seguintes relações principais: Confiabilidade Segurança Continuidade Confunde-se com Relaciona-se com CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA CONCLUSÕES (cont.) • É interessante observar que, para cada esquema em particular, devem ser analisados separadamente as suas qualidades operativas: Por exemplo: � Quando se tratar de um defeito externo à subestação, o aspecto relevante é a sua SEGURANÇA (embora um defeito no barramento possa comprometer a segurança do sistema); � Quando se tratar de um defeito interno à subestação, o aspecto relevante é a sua CONTINUIDADE.
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