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Livro Projeto de Fábrica e Manutenção Industrial

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PROJETO DE FÁBRICA E 
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Prof. Marcelo Rodrigues
Prof. Rui Francisco Marçal
UNIASSELVI
2011
Caderno de Estudos
NEAD
Educação a Distância
GRUPO
Copyright  UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Marcelo Rodrigues
Prof. Rui Francisco Marçal
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
 
621.7
R6961p Rodrigues, Marcelo.
 Projeto de Fábrica e Manutenção Industrial/ Marcelo 
 Rodrigues [e] Rui Francisco Marçal. Centro 
 Universitário Leonardo da Vinci –:Indaial, Grupo 
 UNIASSELVI, 2011.x ; 191.p.: il
 Inclui bibliografia.
 ISBN 978-85-7830-313-6
 1. Engenharia Industrial 2. Projeto e Manutenção 
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
 II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
 
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)!
Iniciamos os estudos da disciplina PROJETO DE FÁBRICA E MANUTENÇÃO 
INDUSTRIAL com o compromisso de facilitar o acesso aos conteúdos básicos e essenciais 
para a compreensão da tarefa de planejar e elaborar o projeto de layout (arranjo físico) das 
instalações industriais. Sugerimos a leitura e o estudo do caderno e a realização dos exercícios 
e as consultas sugeridas a cada etapa.
O assunto é complexo e remete a um conteúdo repleto de detalhamentos e diferenciações 
que devem ser sistematizadas. Cada passo requer a consulta às obras consideradas básicas 
e nenhuma delas esgota o tema. Por esta razão, sugerimos consultar o Quadro Referências x 
Temas com indicações de leituras complementares, que levarão a um maior domínio do assunto. 
 
Vamos ao estudo de nosso caderno!
Prof. Marcelo Rodrigues
Prof. Rui Francisco Marçal
iiiPROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
iv
UNI
Oi!! Eu sou o UNI, você já me conhece das outras disciplinas. 
Estarei com você ao longo deste caderno. Acompanharei os seus 
estudos e, sempre que precisar, farei algumas observações. 
Desejo a você excelentes estudos! 
 UNI
PROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
SUMÁRIO
UNIDADE 1: PROJETO DE FÁBRICA ............................................................................. 1
TÓPICO 1: ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS .................................... 3
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
2 ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS ............................................................................ 3
2.1 PARÂMETROS PARA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LAYOUTS ...................... 5
2.1.1 Métricas de Interação ............................................................................................... 5
2.2 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LAYOUTS ............................................................ 12
RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 15
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 16
TÓPICO 2: PLANEJAMENTO E PROJETO DE LAYOUT DE FÁBRICAS ................... 17
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 17
2 PLANEJAMENTO E PROJETO DE INSTALAÇÕES .................................................. 18
2.1TERMINOLOGIA ........................................................................................................ 19
3 TIPOS DE LAYOUT ..................................................................................................... 21
3.1 BASEADOS NO FLUXO ........................................................................................... 21
3.2 BASEADOS NA FUNCIONALIDADE ........................................................................ 24
4 LEVANTAMENTOS DE INFORMAÇÃO PARA O PLANEJAMENTO E PROJETO 
 DO LAYOUT DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS ........................................................ 25
4.1 PRODUTO A SER PRODUZIDO ............................................................................... 25
4.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO .................................................................................. 26
5 O LAYOUT E AS TENDÊNCIAS DOS SISTEMAS INDUSTRIAIS ............................. 28
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................. 31
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 33
TÓPICO 3: INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS .................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 35
2 O PROJETO ................................................................................................................. 36
2.1 TIPOS DE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO .......................................................... 37
3 A LOCALIZACAO DA INDÚSTRIA ............................................................................. 39
3.1 UNIDADES QUE COMPÕEM UMA INDÚSTRIA ...................................................... 40
4 AS INSTALAÇÕES DA INDÚSTRIA ............................................................................ 41
5 EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS ..................................................................................... 47
5.1 ESTRUTURAS .......................................................................................................... 47
5.1.1 Estilo de cobertura para as estruturas .................................................................... 47
5.1.2 Estruturas de concreto ........................................................................................... 51
5.1.3 Estruturas de aço ................................................................................................... 51
5.1.4 Estruturas de madeira ............................................................................................ 53
5.1.5 Estruturas de alumínio ............................................................................................ 54
5.1.6 Comparando as Estruturas ..................................................................................... 54
vPROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
vi
5.1.7 Normas que regem a construção de estruturas industriais .................................... 55
LEITURA COMPLEMETAR ............................................................................................ 56
RESUMO DO TÓPICO 3 ................................................................................................. 62
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 63
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 64
UNIDADE 2: MANUTENÇÃO INDUSTRIAL .................................................................. 65
TÓPICO 1: PRINCÍPIOS DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ......................................... 67
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 67
RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 72
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 73
TÓPICO 2: TERMINOLOGIA ..........................................................................................75
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 75
2 PRINCIPAIS TERMOS ................................................................................................. 76
2.1 FUNÇÃO REQUERIDA ............................................................................................. 76
2.2 DEFEITO ................................................................................................................... 76
2.3 FALHA ....................................................................................................................... 77
2.4 CONFIABILIDADE ..................................................................................................... 77
2.5 DISPONIBILIDADE ................................................................................................... 80
2.6 MANUTENIBILIDADE ............................................................................................... 80
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................. 83
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 84
TÓPICO 3: TIPOS DE MANUTENÇÃO .......................................................................... 85
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 85
2 MANUTENÇÃO CORRETIVA ...................................................................................... 86
2.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA ..................................................... 86
2.2 MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA .............................................................. 88
3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA .................................................................................... 89
3.1 QUANDO ADOTAR MANTENÇÃO PREVENTIVA? .................................................. 91
3.2 Atividades de Manutenção Preventiva ...................................................................... 92
3.2.1 Lubrificação ............................................................................................................ 92
3.2.2 Revisão ................................................................................................................... 93
3.2.3 Calibração .............................................................................................................. 93
3.2.4 Limpeza (limpeza técnica): ..................................................................................... 94
4 MANUTENÇÃO PREDITIVA ........................................................................................ 95
4.1 TIPOS DE MONITORAÇÃO DA MANUTENÇÃO PREDITIVA .................................. 95
4.1.1 Subjetiva ................................................................................................................. 96
4.1.2 Objetiva .................................................................................................................. 97
4.1.3 Contínua ................................................................................................................. 99
4.2 QUAIS MÁQUINAS DEVEM SER MONITORADAS PELA PREDITIVA? ............... 100
PROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
vii
4.3 ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO PREDITIVA ....................................................... 101
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 109
AUTOATIVIDADE ..........................................................................................................110
TÓPICO 4: COMO SURGEM AS FALHAS ...................................................................111
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................111
2 COMO SURGEM AS FALHAS ...................................................................................111
2.1 EVOLUÇÃO DE UMA FALHA ...................................................................................113
2.2 COMO SE COMPORTAM AS FALHAS ....................................................................114
LEITURA COMPLEMENTAR .........................................................................................116
RESUMO DO TÓPICO 4 ............................................................................................... 121
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 122
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 123
UNIDADE 3: SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ....................................... 125
TÓPICO 1: PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO ............................ 127
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 127
2 PLANEJAMENTO E CONTROLE ............................................................................. 127
2.1 ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO ...................................................................... 131
2.2 SINAIS DA NÃO ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO .......................................... 132
2.3 TIPOS DE ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS DA MANUTENÇÃO ................... 133
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 136
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 139
TÓPICO 2: DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO ................................................. 141
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 141
2 DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................... 141
2.1 FICHA DE CADASTRO DE EQUIPAMENTO .......................................................... 142
2.2 SOLICITAÇÃO DE SERVIÇO - SS ......................................................................... 142
2.3 ORDEM DE SERVIÇO - OS .................................................................................... 144
2.4 FICHA DE INSTRUÇÃO DE TRABALHO IT ........................................................... 146
2.5 FLUXO DA DOCUMENTAÇÃO BÁSICA DA MANUTENÇÃO ................................. 147
2.6 COMO DETERMINAR AS PRIORIDADES DE ATENDIMENTO ............................ 148
2.6.1 Classificando em função de sua importância no processo .................................. 149
2.6.2 Classificando em função da matriz GUT .............................................................. 150
RESUMO DO TÓPICO 2 ............................................................................................... 153
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 154
TÓPICO 3: QUALIDADE NA MANUTENÇÃO ............................................................. 155
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 155
2 PRINCÍPIOS PARA A QUALIDADE NA MANUTENÇÃO ......................................... 155
3 CERTIFICAÇAO PROFISSIONAL NA QUALIDADE DA MANUTENÇÃO ............... 156
PROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
viiiPROJETO DE FÁBRICA 
E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 159
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 160
TÓPICO 4: MANUTENÇÃOPRODUTIVA TOTAL - MPT ............................................ 161
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 161
2 ORIGEM E PRINCÍPIOS DA MTP ............................................................................. 161
3 OBJETIVOS DA MPT E AS PERDAS DENTRO DAS EMPRESAS ........................ 163
4 OS PILARES DA MPT ............................................................................................... 165
4.1 ALGUNS COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE A MPT ................................................ 177
LEITURA COMPLEMETAR .......................................................................................... 178
RESUMO DO TÓPICO 4 ............................................................................................... 185
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 186
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 187
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 189
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UNIDADE 1
PROJETO DE FÁBRICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 A partir desta unidade, você será capaz de:
	examinar os conhecimentos e fundamentos teóricos e práticos 
do Planejamento Sistemático do Layout (SLP – Systematic 
Layout Planning) visando a sua adequação aos processos e 
sistemas de produção; 
	identificar critérios para a escolha do processo de produção, tais 
como capacidade do sistema para criar produtos, capacidade 
de produção, qualidade dos produtos, fatores econômicos e 
ambientais, questões de segurança e ergonomia utilizados 
no projeto do produto e planejamento das instalações;
	apontar os elementos que devem ser considerados no 
processo do Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas 
(Planejamento Sistemático do Layout (SLP – Systematic 
Layout Planning);
	discutir as mudanças no tratamento das questões relativas 
ao planejamento do layout e sua relação com as tendências 
modernas dos Sistemas Industriais.
TÓPICO 1 – ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS 
(INDUSTRIAIS)
TÓPICO 2 – ARRANJO FÍSICO (LAYOUTS) EM PLANTAS 
PRODUTIVAS
TÓPICO 3 – INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, ao final 
de cada um deles, você encontrará atividades que o(a) auxiliarão na 
apropriação dos conhecimentos aqui disponibilizados.
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ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS 
INDUSTRIAIS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
UNIDADE 1
Começamos nosso estudo conhecendo/relembrando o conceito de Engenharia de 
Produção para que visualizemos que a tarefa de “especificar um processo” faz parte das 
atribuições e responsabilidades do engenheiro de produção.
Segundo a definição da AIEA - American Industrial Engineering Association, em Batalha 
et al., (2008): 
A Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de 
sistemas integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e ener-
gia, para a produção de bens e serviços, de maneira econômica, respeitando 
os preceitos éticos e culturais. Tem como base os conhecimentos específicos 
e as habilidades associadas às ciências físicas, matemáticas e sociais, assim 
como aos princípios e métodos de análise de engenharia de projeto para es-
pecificar processos, predizer e avaliar os resultados obtidos por tais sistemas. 
NO
TA! �
Caro (a) acadêmico(a)! Para complementar seus conhecimentos, 
sugerimos a leitura do Capítulo 1 – O que é Engenharia de 
Produção?, do livro INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. 
Batalha, Otávio Mário (organizador) et al., Editora Elsevier.
2 ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS
Depois da determinação do produto a ser fabricado, é necessária a especificação do 
processo de produção a ser utilizado. Nesta fase, é de grande importância o envolvimento do 
UNIDADE 1TÓPICO 14
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responsável pelo projeto do layout.
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O termo produto designa um tipo específico de bem com 
características de tangibilidade, isto é, tem existência física. 
Distingue-se, portanto, do serviço, que apesar de ser também um 
bem, é um bem intangível. O termo produto pode ser também 
utilizado para designar o total de produção de uma determinada 
economia. (http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/
produto.htm)
O termo correspondente na língua Portuguesa é leiaute, cujo 
significado, segundo o dicionário Michaelis é: esboço bem-acabado 
de uma obra. Também pode ser traduzido por: disposição.
Se a maior parte das decisões para a especificação do processo já foram tomadas 
antes do seu envolvimento, é necessário reexaminar o projeto, verificando o atendimento a 
especificações técnicas e as demandas a serem atendidas na instalação do equipamento e 
operação de modo a contribuir com o melhor desempenho das ações planejadas. Como entre 
o projeto e a instalação podem ocorrer necessidades de adaptações às condições reais num 
determinado tempo e espaço, é necessário identificar a existência de alguma flexibilidade no 
plano do processo que possa ser explorada.
A escolha do processo de produção a ser utilizado depende de um grande número 
de diferentes fatores. Além da capacidade do sistema para criar produtos, deve ainda ser 
considerada a capacidade de produção, a qualidade dos produtos, os fatores econômicos, 
ambientais e as questões de segurança. A especificação final do processo de produção passa 
pela criação de alguns documentos, os quais se referem a:
•	Gráficos de Operações de Processo que listam todas as operações, as ferramentas 
necessárias, os tempos e a ordem pela qual as operações serão realizadas.
•	Roteiros que indicam a ordem pela qual as operações serão realizadas, bem como a 
sequência de máquinas ou estações de trabalho a serem utilizadas de forma a se obter uma 
parte ou a totalidade de um produto.
•	Planos de Processo que contêm informação mais detalhada acerca das operações fabris. 
Além da informação disponível nos gráficos de operações de processo e nos roteiros, contêm 
informação detalhada a utilizar tais como os valores dos parâmetros das máquinas.
•	Diagramas de Montagem que mostram a ordem preferencial em que os vários componentes 
são agrupados de forma a criar o produto final.
•	Diagramas de Precedência que mostram todas as operações a que é sujeita uma parte de 
um produto ou os passos de uma operação de montagem para além de indicarem quais as 
UNIDADE 1 TÓPICO 1 5
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tarefas que devem ser executadas antes de outras começarem. O grafo resultante pode ser 
usado para determinar as sequências alternativas das operações fabris.
2.1 PARÂMETROS PARA A AVALIAÇÃO 
 DA QUALIDADE DE LAYOUTS
Define-se que um layout é de boa qualidade quando o custo de mover ou transportar 
materiais e pessoas entre instalações é mínimo. Deste modo, um dos parâmetros fundamentais 
para a avaliação da qualidade de layouts refere-se à interação entre as diferentes instalações 
e a distância entre estas. 
Nesta seção, são apresentadas as principais métricas usadas na avaliação da qualidade 
dos layouts.
2.1.1 Métricas de Interação
A interação entre as diferentes instalações pode ser determinada segundo critérios 
subjetivos e/ou objetivos. Estes são normalmente designados por métricas qualitativas e 
métricas quantitativas, respectivamente.
•	Métricas Qualitativas
Por vezes é difícil obter todos os dados qualitativos necessários ao projeto de layout. 
(MUTHER, 1973 apud TAVARES, 2000) desenvolveu um método que permite aos peritos 
capturar informaçõesde uma forma subjetiva. 
A este método deu o nome de Planejamento Sistemático do Layout (SLP – Systematic 
Layout Planning). O método baseia-se na definição de uma relação de adjacência para cada 
par de instalações. 
Esta relação representa a importância da adjacência de instalações, usando seis níveis 
de valores indicados a seguir, por ordem decrescente de importância:
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A: Absolutamente necessário.
E: Especialmente importante.
I: Importante.
O: Importância ordinária.
U: Sem importância.
X: Indesejável.
Considerando um par de instalações com um nível de importância A, estas devem 
estar necessariamente adjacentes, enquanto que num par com o nível X, as instalações nunca 
deverão ficar adjacentes. 
Normalmente, um par com um dado nível de importância nunca será adjacente se existir 
um par com nível superior que não seja adjacente.
ATEN
ÇÃO!
Um requisito fundamental do método SLP consiste em procurar 
que os níveis de importância sejam identificados segundo uma 
frequência crescente de A até U, enquanto a frequência de X 
depende do problema. Obviamente, se muitos pares possuírem o 
nível A, a probabilidade de todos ficarem adjacentes é menor. 
Estes níveis de importância, que são usualmente designados por classes de proximidade, 
podem ser facilmente convertidos para valores numéricos de modo a permitir uma medida 
quantitativa da qualidade do layout. 
A atribuição de um valor de adjacência para cada par de instalações é realizado 
construindo um Gráfico de Relações ou Diagrama de Relacionamento (MARTINS; LAUGENI, 
1998) como o da Figura a seguir em que as letras representam a relação de adjacência de 
instalações, conforme citado acima e os algarismos a razão, o motivo da adjacência conforme 
o quadro em destaque na figura que segue.
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FIGURA 1 – UM EXEMPLO DE UM GRÁFICO DE RELAÇÕES COM QUATRO INSTALAÇÕES
FONTE: Tavares (2000).
A figura final assemelha-se a um diamante e representa a relação entre pares de 
instalações. A metade superior dos losangos das pontas do diamante é usada para indicar 
o nível de importância da adjacência representado por letras (do nível A ao X), enquanto a 
metade inferior é usada para justificar o motivo do nível atribuído. Em cada caso, é necessário 
criar uma tabela que descreva o significado dos códigos de justificação utilizados, conforme o 
exemplo da Figura anterior.
•	Métricas Quantitativas
As medidas de fluxo indicam o grau de interação entre pares de instalações e, como 
tal, os valores de fluxo entre todos esses pares devem ser consideradas no projeto de layout. 
Não se deve esquecer, no entanto, outros possíveis fatores que podem influenciar a 
localização das instalações, tais como a área, a forma e os requisitos de espaço. 
Uma métrica quantitativa muito usada pelos peritos é a frequência de viagens entre as 
instalações visando à movimentação de recursos para a realização das operações. 
Esta movimentação está relacionada à logística interna da fábrica ou entre áreas 
diferentes da empresa e depende do arranjo organizacional das diferentes facetas da produção 
(vendas, estoque, expedição, depósitos, entre outros). (BALLOU, 1993)
O fluxo de materiais entre instalações e/ou pessoas é também outra métrica do fluxo. 
A informação necessária para executar esta tarefa encontra-se, normalmente, em diversos 
documentos, tais como: relações de materiais, roteiros, planos de processo e diagramas de 
precedência.
Segundo Ballou (1993), é de responsabilidade da operação do sistema logístico a 
definição da estrutura interna na empresa, o que representa um melhor desempenho do fluxo 
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de bens, serviços, recursos e rapidez no atendimento interno ou externo. A organização das 
instalações, segundo o autor, vai respeitar as funções definidas pela empresa como básicas. 
Normalmente, as funções finanças, manufatura e marketing, podendo haver outras escolhas 
conforme a filosofia da organização/empresa. 
A escolha estratégica das funções consideradas básicas pode gerar conflitos que devem 
ser considerados e minorados com um planejamento de layout de instalações para produção 
adequadas à organização da empresa. 
DIC
AS!
Como sugestão, leia o capítulo 6 – LAYOUT, da página 108 a 139, 
de MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando Piero. Administração 
da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998. A partir de sua leitura, 
procure realizar o exercício 10 (resolvido), página 131 – referente 
à aplicação do diagrama de relacionamento (MARTINS; LAUGENI, 
1998) ou gráfico de relações (TAVARES, 2000). 
Com a leitura do capítulo, você pode conferir como estes conceitos 
são relacionados a outros na área da gestão da produção, além 
de exemplos práticos de aplicação dos princípios de organização e 
relacionamento em diferentes tipos de linha de montagem (produto 
único; multiprodutos, células de manufatura e escritório). 
Aproveite para examinar os aspectos, problemas e questões 
envolvidos nos outros exercícios e verifique como os conceitos 
estudados se aplicam na solução de problemas de planejamento 
de layout. 
Quanto aos volumes de produção, estes se obtêm das previsões de produção. 
Combinando os dados de processo com os dados dos volumes de produção, é possível 
determinar o fluxo entre instalações. Para determinar o fluxo entre instalações são usadas 
geralmente dois tipos de matrizes:
•	Matriz De-Para: mostra o fluxo De uma instalação Para outra, ou seja, o fluxo em cada 
direção para cada par de instalações;
•	Matriz de Fluxo: indica o fluxo entre instalações e, portanto, combina o fluxo nas duas 
direções. Esta matriz é simétrica, no sentido em que o valor do fluxo inserido na posição 
(i, j) é igual ao da posição (j, i).
É claro que nestas matrizes o valor do fluxo inserido nas posições da diagonal principal 
descendente (todas as posições (i, i) é sempre zero. Na construção destas matrizes, é 
necessário calcular os valores de fluxo equivalentes de modo a assegurar que os valores do 
fluxo inseridos na matriz são proporcionais.
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DIC
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Por exemplo, se 1000 peças da parte X são deslocadas entre a 
instalação 1 e a instalação 2, e 100 peças da parte Y são deslocadas 
entre a instalação 3 e a instalação 4, mas, no entanto, a parte 
Y pesa 100 vezes mais que a parte X, então o fluxo equivalente 
em termos de peso é 1 entre a instalação 1 e a instalação 2, e 10 
entre a instalação 3 e a instalação 4.
O fluxo total entre duas instalações é calculado pela soma dos fluxos equivalentes de 
todas as partes entre as duas instalações. O gráfico de processo para cada parte é examinado 
para determinar quais as instalações que são visitadas. Uma estimativa da procura de cada 
parte é calculada usando as previsões da procura dos produtos finais e a relação de materiais. 
Finalmente, a procura é convertida em fluxos equivalentes.
Para o cálculo do fluxo equivalente é comum considerar o peso ou 
a quantidade unitária do equipamento de manipulação de material 
ou transporte.
A quantidade unitária pode ser um recipiente, um pallete (estrado 
padronizado para a acomodação de cargas ou uma caixa). 
Ocasionalmente, se um item a ser movido for extremamente caro 
e susceptível de ser danificado durante a sua manipulação, o fluxo 
pode ser pesado de acordo com o risco envolvido e o valor do mesmo.
Também sobre isso, consultar MARTINS e LAUGENI. Administração 
da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998, Cap. 4 – Administração 
de Recurso Materiais, especialmente os subitens referentes à 
‘Organização da Área de Materiais’ e Análise das Necessidades 
dos Clientes (Reposição, recebimento, armazenagem, layout de 
almoxarifado e distribuição física).•	Métricas de Distância
Um fator fundamental na avaliação da qualidade de um dado layout é a distância entre as 
unidades de produção. O cálculo da distância pode ser efetuado de diversas formas. Geralmente, 
estas consideram o centro geométrico das instalações. Algumas das formas de cálculo da 
distância podem ser as que se enumeram a seguir (HERAGU, 1997 apud TAVARES, 2000):
•	Euclidiana: é o comprimento do segmento de reta que une os centros das instalações. A 
distância entre as instalações i e j é dada pela equação a seguir:
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Embora não seja uma medida realista em algumas situações é, no entanto, uma das 
formas de cálculo de uso frequente.
•	Euclidiana quadrática: é uma métrica de distância que usa a equação a seguir: 
Esta medida atribui uma maior preponderância aos pares de instalações que se 
encontram mais afastados.
•	Retilínea: é também conhecida por distância Manhattan ou retangular.
Esta métrica da distância é dada pela equação a seguir:
É uma das mais usadas visto que permite um cálculo muito simples e é apropriada para 
muitas situações práticas como, por exemplo, a distância entre dois pontos numa cidade ou a 
distância entre instalações servidas por dispositivos de transporte de materiais, entre os quais 
apenas pode haver movimento de uma forma retilínea.
•	 Tchebychev: é uma métrica da distância que é dada pela equação a seguir:
Esta forma de medida é muito usada em situações em que o tempo gasto para chegar 
ao centro da instalação j a partir da instalação i depende da (maior) distância segundo x ou y.
•	Distância lateral: é uma métrica diferente das anteriores, por permitir que se faça o cálculo da 
distância efetivamente percorrida pelo equipamento de transporte ao longo do seu percurso. 
Na figura a seguir, a distância entre a instalação i e a instalação j é dada pela soma dos 
comprimentos dos segmentos a, b, c e d. A principal aplicação desta métrica de distanciamento 
é em problemas dos layouts industriais, no entanto, como o percurso do equipamento de 
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transporte não é conhecido à partida, esta métrica é usada apenas nas etapas de planejamento 
e avaliação de soluções.
FIGURA 2 – DIMENSÕES PARA O CÁLCULO DA DISTÂNCIA LATERAL
FONTE: Tavares (2000).
•	Adjacência: é uma métrica simples que indica apenas se as instalações são ou não 
adjacentes; no entanto, não consegue diferenciar entre duas instalações não adjacentes. 
Esta métrica é usada para calcular o desempenho do layout na presença de medidas 
de interação qualitativas. 
Em geral, a distância d é calculada da seguinte forma, conforme as variável de contorno 
0 e 1:
Considerando a figura anterior, observa-se que: 
•	Caminho mais curto: é uma métrica usada em problemas de localização e distribuição 
baseados em grafos. Existem caminhos alternativos entre diferentes pares de nós e a cada 
caminho está associado um peso, que representa a distância entre os nós adjacentes.
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A respeito dos pares de nós:
Para Slack et al. (2009, p. 402-403), em todos os diagramas de rede de atividades em 
que se demonstra que elas têm um relacionamento, a sequência ou fluxo é denominado de 
caminho. O caminho mais longo é o caminho crítico. Os nós são os pontos em que dois ou 
mais fluxos se encontram ou partem. 
DIC
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Consulte Planejamento de rede (p. 399 – 401) em Slack et. al., 
Administração da Produção, 2009, Cap. 16 – Planejamento e 
Controle de Processos, da página 399 a 410.
2.2 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LAYOUTS
Para se avaliar a qualidade de um dado layout, diversos critérios podem ser usados. 
Estes podem ser agrupados em duas classes, que diferem por se basearem em fatores 
qualitativos e quantitativos. Os critérios qualitativos mais comuns são baseados nas classes 
de proximidade, enquanto que os quantitativos são geralmente baseados nos valores do fluxo. 
O método mais comum de avaliar a qualidade de um layout, considerando a classe e 
baseado em fatores qualitativos, usa uma combinação entre classes de proximidade e a métrica 
de distância por adjacência. O custo de um layout é dado pela equação a seguir:
Em que:
 : é o custo qualitativo total de um dado layout;
 : é o valor da classe de proximidade para o par entre as instalações i e j; e
 : é a distância entre as instalações i e j segundo a métrica de adjacência.
Por outro lado, o método mais comum para avaliar a qualidade de um layout, 
considerando fatores quantitativos, baseia-se geralmente em três parâmetros: o fluxo de 
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materiais ou frequência de viagens entre instalações; a distância entre instalações usando 
normalmente uma métrica Euclidiana ou Quadrática e; em algumas situações, um custo que em 
geral é o custo associado ao transporte de uma unidade de material por unidade de distância. 
Esta forma quantitativa de avaliar a qualidade de layout é dada pela equação a seguir:
Em que:
: é o custo quantitativo total de um dado layout;
: é o custo de transporte de uma unidade de material por unidade de distância entre 
as instalações i e j;
: é o fluxo entre as instalações i e j; e
: é a distância entre as instalações i e j, segundo as métricas de Euclidiana ou 
Retilínea.
O parâmetro pode ser usado para representar fatores qualitativos, cada um com um 
peso associado. Pode também representar o tempo gasto no transporte ou o custo associado 
ao equipamento de manipulação de materiais. 
Outros valores de custo qualitativos e quantitativos podem ser identificados, podendo 
envolver combinações de diversos tipos de valores de custo. 
Na maior parte das situações práticas é bastante difícil determinar valores para o 
parâmetro e, portanto, é muito frequente que estes valores sejam estimados. (HERAGU, 
1997 apud TAVARES, 2000)
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Nas situações em que a avaliação de um dado layout não requer 
o uso deste parâmetro, basta considerar a atribuição do valor 1 
a todos os cij.
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Tanto os métodos de avaliação baseados em fatores qualitativos como os baseados 
em fatores quantitativos, possuem as suas limitações:
•	Os métodos baseados em fatores qualitativos possuem demasiada subjetividade e o 
layout é obtido pela pré-atribuição de valores numéricos às várias classes de proximidade. 
•	Por outro lado, os métodos baseados em fatores quantitativos não conseguem tratar de 
uma forma efetiva restrições como, por exemplo, a situação em que duas instalações devem 
estar tão distanciadas quanto possível devido a questões ambientais ou de segurança. 
•	Considerando estas limitações foram introduzidos métodos de avaliação de layout 
multicritério (TAVARES, 2000) que consideram os fatores qualitativos e quantitativos.
Alguns autores observaram que o PPLI - Problema do Projeto de Layout de Instalações 
(este problema é conhecido na literatura internacional por Facility Layout Design Problem) é 
um problema de natureza dinâmica (ROSENBATT, 1986; MONTREUIL; VENKATADRI, 1991; 
URBAN, 1992 apud TAVARES, 2000), ou seja, o projeto não é estático, sofre mudanças e 
adaptações para responder às demandas de cada etapa de um processo ou situação. Desta 
forma, surgiu uma formulação do problema que leva em conta que o fluxo é função do tempo 
(TAVARES, 2000), ou seja, depende da programação das operações conforme aspectos relativos 
aos tempos a serem utilizados em cada etapa ou evento e da sazonalidade da produção. 
IMP
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Para um dado problema, poder-se-á usar variações dos critérios 
aqui apresentados. Uns critérios serão mais adequados do que 
outros em cada situação, em cada projeto. 
Cabeao projetista do layout, a responsabilidade de escolher o 
critério, ao verificar o que melhor se adapte aos objetivos a atingir. 
(TAVARES, 2000).
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou:
•	Que a escolha do processo de produção depende de aspectos (fatores) tais como: capacidade 
do sistema para criar produtos, capacidade de produção, qualidade dos produtos, fatores 
econômicos e ambientais, questões de segurança e ergonomia.
•	Os parâmetros para a avaliação da qualidade de layouts: métricas qualitativas, métricas 
quantitativas e métricas de distância.
•	As métricas de distância: euclidiana, euclidiana quadrática, retilínea, Tchebychev, distância 
lateral, adjacência e caminho mais curto são usados para o cálculo da distância entre as 
unidades de produção.
•	Os critérios qualitativos (baseados nas classes de proximidade) e os qualitativos (baseados 
nos valores do fluxo) para a avaliação da qualidade de layouts. 
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Caro(a) acadêmico (a)! 
Como atividade de fixação do Tópico 1, realize os exercícios propostos a seguir. 
Consulte a apostila e depois, verifique seu desempenho conferindo a folha de respostas.
1) Quais critérios devem ser levados em consideração para a escolha do processo de 
produção, projeto do produto e planejamento das instalações de uma fábrica?
2) A especificação final do processo de produção passa pela criação de alguns 
documentos que se referem a: Gráficos de Operações de Processo, Roteiros, 
Planos de Processo, Diagramas de Montagem, Diagramas de Precedência. A 
que se referem cada um dos documentos? 
3) Enumere e descreva os parâmetros usados para a avaliação da qualidade de layouts.
4) Descreva os seis níveis de relação de adjacência propostos no método conhecido 
como Planejamento Sistemático do Layout (SLP – Systematic Layout Planning).
5) Faça um quadro indicando as limitações de cada método de avaliação, destacando 
que recursos podem ser usados para compensá-las.
6) Elabore um Gráfico de Relações, conforme o exemplo da Figura 1, utilizando a 
relação de adjacência entre supostas 10 instalações de uma empresa (Produção, 
Diretoria, Recursos Humanos, Logística, Estocagem, Manutenção Compra, 
Marketing, Financeiro e Vendas) e os seis níveis de valores (A: Absolutamente 
necessário; E: Especialmente importante; I: Importante; O: Importância ordinária; 
U: Sem importância e X: Indesejável).
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PLANEJAMENTO E PROJETO 
DE LAYOUT DE FÁBRICAS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
UNIDADE 1
Este tópico trata dos aspectos relativos ao processo de Planejamento e Projeto de 
Layout de Fábricas, focando-se na caracterização dos aspectos envolvidos, na identificação 
das suas principais dificuldades, na descrição de alguns dos modelos de layout mais usados 
e na apresentação de alguns dos principais métodos usados na resolução de problemas de 
localização, arranjo e fluxo de instalações industriais/fabris.
 O planejamento e arranjo físico de recursos (materiais e/ou humanos) em 
instalações industriais, serviços, escritórios, instalações comerciais, são problemas típicos de 
Projeto de Layout de Instalações.
 O Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas levam em consideração os 
seguintes elementos: 
•	 a sequência de operações de um processo de produção (sequência das operações); 
•	 quais e que quantidade de recursos disponíveis para cada tipo de operação (recursos); 
•	 fluxo de materiais e de pessoas (fluxos);
•	 estocagem de materiais, peças em processamentos e produtos finalizados (armazenamento);
•	 abastecimento de insumos: energia, água, matéria prima, entre outros (abastecimento);
•	 espaço necessário (para as diferentes instalações considerando também as administrativas 
e de apoio como setores de manutenção, transporte, expedição e recepção de matéria-prima 
entre outros);
•	 localização adequada (acesso, movimentação entre fornecedores, consumidores e 
transportadores). 
 
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2 PLANEJAMENTO E PROJETO DE INSTALAÇÕES
No processo de planejamento e na elaboração do projeto, deve-se considerar um 
conjunto de equipamentos que devem ser instalados dentro ou fora de uma edificação. O arranjo 
físico deve assegurar o bom desempenho das instalações e o atendimento a uma ou várias 
especificações para um dado problema de produção (custo, fluxo, qualidade, automatização 
das operações, entre outros).
 
As atividades de planejamento e elaboração do projeto podem ser aplicadas a diversas 
áreas de produção e problemas reais, tais como instalações industriais, escritórios, armazéns, 
parques de estacionamento, restaurantes, serviços de atendimento etc.
Neste estudo, será considerado o caso particular dos problemas típicos do planejamento 
e projeto de arranjo físico para instalações industriais. Este caso específico é denominado 
Problema do Projeto de Layout de Instalações – PPLI. Este problema é conhecido na literatura 
internacional por Facility Layout Design Problem.
Os PPLI são problemas de otimização (= utilizar ao máximo determinado recurso seja 
ele humano, físico, ou financeiro). O objetivo fundamental, quando se trata com este tipo de 
problemas, está em encontrar soluções que minimizem o custo de operação de uma unidade 
fabril. 
A função do Planejamento do Layout de uma instalação é obter uma combinação ótima 
entre a disposição dos elementos que configuram as instalações industriais e sua utilização, 
gerada pela existência dos diferentes fluxos da produção dos diferentes produtos. 
Visa, também, harmonizar e integrar equipamentos, mão de obra, materiais, áreas de 
movimentação, áreas de estocagem, áreas administrativas, mão de obra indireta, enfim, todos 
os itens que possibilitam a atividade industrial. 
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Ao se elaborar, portanto, o planejamento de layout, deve-se 
procurar a disposição que melhor conjugue equipamentos, força 
de trabalho, produtos, fases do processo ou serviço, de forma a 
permitir o rendimento máximo dos fatores de produção (LAHMAR 
e BENJAAFAR, 2005; MENG et al., 2004 apud TAVARES, 2000).
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2.1TERMINOLOGIA
No planejamento e projeto de instalações industriais, o processo de comunicação entre 
os profissionais envolvidos é muito importante porque pode facilitar a obtenção de informações 
precisas sobre os vários aspectos da produção. Em face desta necessidade, os termos técnicos 
devem ser utilizados adequadamente, principalmente em registros e planos técnicos. 
Em sua maioria, a terminologia utilizada tem origem inglesa e, em algumas situações, 
não há correspondência na língua portuguesa que traduzam claramente e de forma adequada 
alguns dos conceitos mais encontrados nas áreas tecnológicas. 
Esta secção destina-se a apresentar a correspondência em português para alguns 
dos termos encontrados frequentemente na literatura em língua inglesa, especialmente os 
relacionados com a PPLI e com o layout de instalações. Estes termos são os mais usados ao 
longo deste trabalho.
Existem situações, contudo, em que não é possível encontrar uma correspondência 
adequada para os termos capazes de expressar corretamente o seu conceito. Nestes casos, 
optou-se por manter o termo original. Um exemplo desta situação é o termo layout. Embora o 
melhor termo que se encontrou seja a palavra ‘disposição’, esta palavra não consegue exprimir 
de forma adequada o conteúdo semântico do termo original.
O Quadro a seguir contém a relação dos termos mais usados quando alguém se refere à 
problemática do layout de instalações. Para cada um destes termos é apresentado um conjunto 
de correspondênciaspossíveis. No quadro, quando existe mais do que uma correspondência, 
foi destacada aquela que melhor traduz o conceito original. 
Embora este estudo se relacione essencialmente com os termos utilizados no 
planejamento de layout de instalações industriais, os mesmos termos estão presentes, por 
exemplo, na área de layout de serviços. 
Layout Disposição, plano, traçado, composição.
Plant Planta, fabrica, instalação, instalação de máquinas.
Part Parte, fração, porção, lote, quinhão, parte ou componente de um produto.
Facility Instalação, serviço.
Location Localização, determinação da posição, demarcação, situação, estabelecimento de um lugar.
Process Processo, progresso, método, técnica, curso de operações, encadeamento, série de operações.
Handling Manipulação, manejo, manejamento, ação de manejar.
Flow Fluxo, corrente, curso.
Assembly Montagem, conjunto de pecas que constituem uma unidade.
QUADRO 1 – TERMOS RELACIONADOS COM O PROJETO DE LAYOUT
FONTE: Adaptado de: Tavares (2000).
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No caso particular das instalações industriais, os problemas são resolvidos com um 
planejamento que persiga determinados objetivos, como os indicados (MECKLENBURGH, 
1985; FANCIS et al., 1992; HERAGU, 1997; MCKENDALL et al., 1999 apud TAVARES, 2000): 
•	minimizar o custo de manipulação ou manobra de materiais, o tempo e sua a frequência;
•	minimizar o capital e custo de operação do equipamento e da planta (o termo planta refere-
se à parte ou a todo o espaço interior da instalação fabril que normalmente é o interior de 
um edifício);
•	minimizar o tempo global de produção;
•	maximizar o uso de espaço em termos efetivos e econômicos;
•	 facilitar a operação do processo de produção e do fluxo;
•	 proporcionar conforto e segurança aos recursos humanos;
•	 assegurar a flexibilidade do arranjo e operação;
•	minimizar a variação nos tipos de equipamento de manipulação e manobra de materiais;
•	 facilitar a estrutura organizacional e a gestão da tomada de decisões;
•	minimizar o risco e o incômodo do público;
•	 assegurar uma construção segura e eficiente; e
•	 obedecer a considerações legais, tais como o bem-estar da força laboral, atender a problemas 
de segurança e do ambiente.
Estes objetivos representam os diferentes aspectos técnicos, ambientais, materiais, 
operacionais, humanos e financeiros em relação ao uso dos equipamentos fabris e têm impactos 
sobre as decisões quanto às instalações físicas. 
Na resolução dos problemas, estes objetivos são considerados em relação a outros 
dois fatores. São eles:
•	Adjacência: (situação aproximada de um lugar com outro – podem ser aplicados aos objetivos 
de 1 a 12 na relação apresentada;
•	Distância: (intervalo que separa dois pontos no espaço - pode ser aplicado aos objetivos de 
1 a 5 na relação apresentada.
Para solucionar os problemas típicos de um PPLI, se faz necessário usar uma 
representação para a especificação das possíveis soluções. Uma destas formas de representar 
denomina-se layout de blocos e estabelece a localização relativa e o tamanho das instalações. 
Normalmente, estas instalações requerem uma área fixa embora a sua forma possa ser variável. 
(TAVARES, 2000)
A representação por blocos pode ser realizada de uma forma discreta ou contínua. 
Numa representação por blocos, discreta, é usada uma coleção de grades para representar 
as instalações. Por outro lado, numa representação contínua são considerados parâmetros 
como o ponto central, a área, o comprimento e a largura de cada instalação para especificar 
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a sua localização exata dentro da planta.
A figura a seguir (a) mostra uma solução para um PPLI representada por um layout de 
blocos, em que cada bloco representa uma instalação. É possível, ainda, realizar algum trabalho 
adicional de forma a determinar um layout mais detalhado, figura 3 (b), em que a estrutura 
de corredores para o equipamento de transporte, os locais dos pontos de entrada e saída e o 
layout dentro de cada instalação é especificado.
A determinação do layout detalhado inclui problemas de layout de linhas de fluxo, 
problemas de layout de máquinas e problemas de desenho de células de manufatura, onde se 
considera que as máquinas são de igual área e de dimensões fixas. (HASSAN,1995; MELLER, 
1996 apud TAVARES, 2000)
FIGURA 3 – (a) LAYOUT DE BLOCOS E (b) LAYOUT DETALHADO
FONTE: Tavares, (2000). 
3 TIPOS DE LAYOUT
Os tipos de layout podem ser baseados tanto no fluxo como na funcionalidade.
3.1 BASEADOS NO FLUXO
Os layouts são frequentemente classificados de acordo com o tipo de transformação 
física que irão executar – como no caso da organização da produção em grupos de atividades 
(corte, perfuração, estampagem, lixa, fresa, pintura, entre outras), ou serviços (recepção ou 
estoque de materiais, depósito de bens produzidos, expedição etc.).
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De acordo com o processo produtivo, natureza dos produtos e tipo de operações 
executadas, as seguintes categorias de layout podem ser assim identificadas: 
De produto estático: quando o produto a processar é volumoso e não pode ser 
facilmente deslocado, esta categoria é aplicada ao arranjo físico. Nestes casos, o produto 
é fabricado ou montado num local fixo e os recursos materiais e/ou humanos deslocam-se 
à volta do produto. Alguns exemplos deste tipo são encontrados na construção de edifícios, 
aviões ou navios. 
A fabricação deste tipo de produtos é controlada de acordo com o projeto e a localização 
dos recursos é alterada à medida que a construção evolui. 
A figura a seguir mostra um exemplo de um processo de fabricação que usa o layout 
estático.
FIGURA 4 – EXEMPLO DE UM PROCESSO DE FABRICAÇÃO QUE USA O LAYOUT 
ESTÁTICO
FONTE: Disponível em: <http://agaas.com/technical/primer/files/stacks_image_266_1.png>. 
Acesso em: 26 jun. 2010.
•	Baseado no produto ou na produção: quando um produto ou um conjunto de produtos 
muito semelhantes são fabricados em grandes volumes e as máquinas ou estações de 
trabalho são arranjadas segundo uma linha de produção ou montagem. 
Antes da elaboração de uma configuração deste tipo, é frequente a determinação do 
melhor conjunto de tarefas ou operações que devem ser executadas em cada estação. Neste 
tipo de layout, a planta é desenhada em torno do produto, de tal forma a facilitar a produção. 
A figura a seguir exibe um exemplo de linha de produção em que a ordem das máquinas 
na linha segue a ordem onde o processo produtivo é realizado.
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FIGURA 5 – EXEMPLO DE LINHA DE PRODUÇÃO BASEADA NO PRODUTO
FONTE: Autor.
•	De grupo ou celular utiliza-se quando uma família de componentes é fabricada numa 
pequena célula. Com este arranjo, um grupo de máquinas forma uma célula. Cada célula 
terá o seu sistema de manejo ou manipulação de materiais, tipicamente um robot ou sistema 
de transporte. Se for possível, uma parte do componente é completamente processada 
numa simples máquina. Todos os componentes são, então, encaminhados para as áreas 
de montagem. 
A figura a seguir ilustra um exemplo de layout em célula.
FIGURA 6 – EXEMPLO DE LAYOUT EM CÉLULA
FONTE: Autor.
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•	Baseado no processo agrupa máquinas que executam tarefas ou operações similares em 
diferentes departamentos. Desta forma, podem ser encontrados departamentos com tornos 
mecânicos, departamentos com fresas, departamentos com máquinas de polir, entre outros. 
Layouts deste tipo geram um enorme volume de tráfego no transporte de componentes entre 
departamentos para as várias operações. Uma vantagem desta via está na especialização 
dos trabalhadorese supervisores no processo produtivo.
•	Híbrido considera que nem todas as companhias podem adotar apenas um tipo de layout. 
Com a adaptação ao mercado, quer pelo aumento de volume e linhas de produtos, uma 
companhia pode constatar que nenhuma das soluções anteriores resolve os seus problemas. 
Desta forma, é frequente encontrar layouts que são uma combinação dos anteriormente 
descritos.
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É de grande importância que você entenda a diferenciação que 
gera esta classificação. O entendimento sobre as relações com as 
características da produção, conduzirá a escolha do tipo de layout 
mais apropriado.
3.2 BASEADOS NA FUNCIONALIDADE
Uma forma diferente de classificar os diferentes tipos de layout relaciona-se com a sua 
funcionalidade. Um típico armazém comercial pode ser classificado como um layout de processo, 
considerando obviamente os diversos departamentos, tais como vestuário, acessórios, 
utensílios, serviços ao cliente, entre outros. Mas como complemento a esta orientação ao 
processo, o layout dá corpo a um número maior de outras funcionalidades. Entre estas, podem 
ser identificadas as seguintes:
•	Marketing e Promoção que determinam um arranjo dos corredores e balcões de maneira 
a melhorar a capacidade da firma para vender os seus produtos. Os vários departamentos 
são arranjados de forma a promover a visualização de produtos ou induzir o cliente à sua 
aquisição.
•	Armazéns que existem porque apenas uma parte dos produtos do inventário da firma 
está localizada na área reservada às vendas, estando o estoque restante em áreas de 
armazenamento e, como tal, não estão diretamente disponíveis para a venda imediata.
•	Segurança que promove o arranjo dos corredores, as caixas para pagamento, e entradas/
saídas de modo a minimizar situações de roubo e evitar acidentes.
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•	Acessibilidade e visibilidade que são funcionalidades a ser levadas em conta no projeto de 
layouts quando se pretende facilitar o fluxo de clientes através das instalações. Os motivos 
podem se relacionar com o encorajamento para a visualização e aquisição de produtos, ou 
minimização do seu tempo de permanência nas instalações, percepção das filas de espera 
e/ou possivelmente outras razões.
Pode-se, ainda, enumerar outras funcionalidades e/ou pretensões com alguma 
importância no projeto de layout. Estas são:
•	 proporcionar privacidade ou garantir confidencialidade;
•	 considerar questões de segurança;
•	maximizar o sentido de oportunidade ou velocidade em chegar ao mercado;
•	 obter eficiência produtiva ou controlo de custos e
•	 implementar um fluxo de informação eficiente.
4 LEVANTAMENTOS DE INFORMAÇÃO 
 PARA O PLANEJAMENTO E PROJETO 
 DO LAYOUT DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Um projeto de layout de uma instalação industrial deve levar em conta os produtos 
e processos que nela ocorrem. A obtenção de informação de uma forma sistemática não 
só ajuda na realização de um bom projeto de layout, como também contribui com a missão 
(considera-se Missão de uma organização um desejo qualitativo) e meta (considera-se meta 
de uma organização um desejo quantitativo a ser atingido) da organização. Consequentemente 
se deve sempre procurar recolher a melhor informação possível e documentá-la de maneira 
a ser de fácil acesso e análise. 
A documentação da informação dos produtos e dos processos pode revelar possibilidades 
de otimização no processo, identificar e evitar desperdícios de materiais e ajudar a criar uma 
estrutura adequada de contabilidade de custos. 
Essencialmente, do ponto vista do projeto de layout de instalações industriais, é 
necessário saber o que é que vai ser produzido, como é que vai ser produzido e quando será 
produzido.
4.1 PRODUTO A SER PRODUZIDO
Para projetar uma instalação industrial é necessário considerar os tipos de produtos a 
serem fabricados, uma vez que estes vão afetar fortemente a natureza da unidade industrial. 
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A informação dos produtos é tipicamente obtida nos departamentos de projeto. É também 
importante compreender como os produtos serão usados pelos clientes para obter uma melhor 
apreciação dos requisitos de qualidade e especificações operacionais. 
Para melhor compreender os produtos é essencial ter acesso aos desenhos técnicos, 
à lista das partes e à relação de materiais. Os desenhos técnicos de todos os componentes, 
subprodutos e produtos finais permitem a compreensão da complexidade dos produtos e de 
como os diferentes componentes se juntam para formar o produto final. 
Ao mesmo tempo é de grande utilidade observar o produto ou seu protótipo para se ter 
uma ideia da sua envergadura e peso. A lista de componentes possui informação detalhada 
acerca das partes e do número de componentes necessário de cada parte. 
Por último, a relação de materiais dá uma categorização hierárquica da lista de partes 
e indica como estas se combinam no processo de manufatura para formar um produto final. 
Esta representação hierárquica pode conter outra informação, como, por exemplo, decisões 
para a fabricação ou compra, que são críticas para o layout da planta fabril. 
Além de ser necessário ter um bom conhecimento dos produtos, é necessário também 
conhecer a quantidade a produzir e quando produzir. Muitas organizações estimam o que 
esperam produzir em cada ano durante vários anos (metas). Tipicamente, esta estimativa faz 
parte do seu plano estratégico. 
A quantidade a produzir é frequentemente acompanhada de informação probabilística 
acerca da possibilidade de ir ao encontro das expectativas e/ou estimativas. 
Por exemplo, as organizações podem proporcionar cenários de valores médios, otimistas 
e/ou pessimistas. Ao projetar uma unidade fabril é importante ter em conta esta informação 
probabilística. 
Um bom plano para uma instalação fabril deve permitir a expansão da sua capacidade 
se as vendas forem superiores às esperadas, e um plano de contingência se estas forem 
inferiores àquelas que foram estimadas.
4.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO
O layout das instalações físicas depende dos tipos de processos em manufatura e 
serviços, dos quais decorrem a organização das estações e/ou linhas de equipamentos nos 
espaços e localização disponíveis. (SLACK et al., 2009)
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Segundo Slack et al., (2009), devem obter informações sobre aspectos operacionais 
do processo a ser executado tais como:
•	 sequência das operações; 
•	 quantidade e características dos recursos (materiais e humanos); 
•	 fluxos de materiais e recursos; 
•	 necessidades de armazenamento e abastecimento de insumos (energia, água, transporte, 
matéria-prima); 
•	 tarefas a serem realizadas; 
•	 estações de movimentação; 
•	 transporte entre seções;
•	 estocagem de insumos e materiais em processamento;
•	 além da movimentação entre setores de apoio (funções manutenção, engenharia) e 
administrativos (financeiro, projetos, contratos) e de relação com o mercado (marketing, 
vendas, expedição), condições de manutenabilidade, entre outros. (HUGE, 1993; SLACK 
et. al., 2009)
Você deve ter observado que as fontes de informação sobre os processos são, por 
exemplo, as oferecidas pelas especificações finais do processo de produção registrados 
em documentos tais como os Gráficos de Operações de Processo, Roteiros, Planos de 
Processo, Diagramas de Montagem, Diagramas de Precedência, tratados no tópico 1.
Para entender as demandas de movimentação, capacidade das operações, fluxos e 
acessos, é necessário obter uma visão geral do sistema de produção. De acordo com Tubino 
(2000), o planejamento deste sistema está baseado nas funções básicas (produção, marketing 
e finanças) e nas funções de apoio (engenharia, compras / suprimento, manutenção, recursos 
humanos). A função de planejamentoe controle da produção é fonte de toda informação 
importante para o planejamento do layout das instalações fabris que devem atender as 
necessidades relativas ao acesso, fluxos, capacidade de operação, armazenamento e 
expedição, basicamente. 
 Hutchins (1993) examinou detidamente as especificações do projeto de fabricação e 
sua relação com as decisões a serem tomadas se a abordagem do processo for a tradicional ou 
a baseada em JIT (Just in Time). O autor discute, mostrando a diferença, como a relação com 
fornecedores, clientes e envolvimento dos funcionários favorece ou impossibilita o desempenho 
da produção conforme o planejado.
 O planejamento do layout, como fator de otimização do projeto e do processo de 
produção, deve respeitar estas especificações, levando em consideração a movimentação e 
a capacidade do equipamento, o fluxo de recursos, produtos e pessoas, a relação entre os 
setores, entre outras condições, para que haja sucesso na produção. (HUTCHINS, 1993)
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Assim, é interessante apropriar-se das informações e valores referentes ao sistema de 
produção, às especificações do projeto e informações que permitirão o planejamento estratégico 
do layout.
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Para entender as relações entre as decisões estratégicas e o 
Planejamento e Controle da Produção (PCP) e como esta função 
informa sobre aspectos, objetivos e prioridades nas atividades da 
produção, consulte o Capítulo 1 – Visão Geral dos Sistemas de Produção 
do livro Manual de Planejamento e Controle da Produção de Dálvio 
Ferrari Tubino, São Paulo: Editora Atlas, 2000, da página 15 a 32.
5 O LAYOUT E AS TENDÊNCIAS 
 DOS SISTEMAS INDUSTRIAIS
Todas as questões discutidas neste capítulo relativamente ao PPLI basearam-se em 
alguns dos seguintes axiomas:
•	 o projeto de layout é um problema bidimensional, dado que as instalações são posicionadas 
num plano;
•	 a informação relativa às atividades futuras, que incluem os produtos que vão ser fabricados 
e os equipamentos a usar, é conhecida no instante em que projeto do layout é realizado;
•	 os produtos a fabricar e o seu volume mantêm-se razoavelmente constantes.
Esta axiomática, que se justifica nos sistemas industriais tradicionais, mostra-se, 
contudo, cada vez mais difícil de suportar em sistemas industriais modernos. Relativamente à 
primeira afirmação, é fácil de aceitar que num ambiente industrial esta condição se verifique, 
no entanto, isto já não acontece em problemas de layout de escritórios, por exemplo, onde as 
instalações são distribuídas por vários andares. Heragu e Kochhar (1994) e Bozer et al. (1994) 
, citados por Tavares (2000), argumentam que nos futuros sistemas industriais esta suposição 
também não se verificará e apontam alguns motivos, como por exemplo, máquinas mais leves, 
preços das áreas disponíveis cada vez mais altos, entre outros. Ao considerar-se uma terceira 
dimensão introduz-se uma complexidade adicional a um problema que em si já é complexo.
Relativamente às duas últimas afirmações, se a gama de produtos e os seus volumes se 
mantêm relativamente constantes, não havendo grandes mudanças tecnológicas que obriguem 
mudanças no processo, é razoável admitir que as suposições sejam verdadeiras. Estamos 
neste caso na presença de um sistema de fabricação tradicional que opera num ambiente 
estável e, portanto, o layout fabril obtido permanecerá em operação com apenas algumas 
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ligeiras alterações por um longo período de tempo, tipicamente, durante cinco ou mais anos. 
(HERAGU, 1997 apud TAVARES, 2000)
Constata-se, no entanto, que no atual ambiente industrial, existe uma forte tendência 
para um nível crescente de volatilidade e de incerteza, em que cada vez mais companhias 
atuam num mercado global de grande concorrência e indefinição.
Constata-se também, uma crescente inovação tecnológica e de mudanças nas 
especificações dos produtos, estas exigidas pelos consumidores. Todos estes fatores contribuem 
para reduzir o tempo de vida útil de um layout fabril. 
Considerando este cenário, Heragu (1997) e Kochhar (1994) referem que o tempo de 
vida útil efetivo de um layout de uma instalação industrial não será superior a um ano. Por outro 
lado, Heragu refere que o re-layout das instalações industriais existentes se tornará tanto mais 
comum que o layout de novas instalações industriais. (TAVARES, 2000)
Relativamente ao re-layout, argumenta ainda, que para além do custo associado ao 
fluxo e manipulação ou manejo de materiais, é necessário considerar um custo adicional que 
está associado com a mudança das instalações da sua posição atual para outro local no novo 
layout. Embora esperando que a mudança de local das instalações possa reduzir o custo do 
fluxo, considerando este custo adicional de re-layout, podem-se encontrar situações em que 
a mudança física de local de algumas instalações possua custos associados proibitivos, que 
não compensam a redução de custos de operação com as instalações nos novos locais.
Para concluir, Meller e Gau (1996 apud TAVARES, 2000) argumentam que a investigação 
e desenvolvimento para o projeto de novos sistemas industriais devem apontar no sentido de 
quebrar o caráter sequencial do projeto de layout e sistemas de manipulação de materiais e o 
projeto de layout e o projeto de sistemas de produção.
A investigação e desenvolvimento que têm sido realizados supõem que o equipamento 
de manipulação e transporte de materiais já são conhecidos inicialmente, nomeadamente os 
seus custos associados. Supõem, também, que o sistema de produção é imutável, o que, como 
se constatou, não é verdade nos sistemas industriais modernos. 
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Sobre esta mesma discussão, Ballou (1993), no Capítulo 16 - Em 
busca do Amanhã, da página 363 a 388, mantendo o enfoque na 
logística, discute novas questões em relação ao ambiente, à inovação 
tecnológica e às novas oportunidades do mercado.
Verifique o Capítulo 3 – JIT (Just in Time), da página 56 a 103, do 
livro CORRÊA, Henrique L. e GIANESI, Irineu G. N. Just in Time, MRP 
II e OPT. São Paulo: Atlas, 1996. No item 3,5 – Projeto de Sistema 
de Produção para Just in Time, o autor examina a necessidade de 
adaptar o layout às necessidades do sistema de produção.
Também recomendamos a leitura do Cap. 4 – Sistema de Produção 
Just in Time de RUSSOMANO, Victor Henrique. Planejamento e 
controle da produção. São Paulo: Pioneira, 1995, especialmente 
o exame da disposição física do equipamento conforme este sistema 
de produção - p. 67 a 68.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou os seguintes aspectos:
•	O planejamento e arranjo físico de recursos (materiais e/ou humanos) em instalações 
industriais, serviços, escritórios, instalações comerciais são problemas típicos de Projeto de 
Layout de Instalações. 
•	O Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas levam em consideração os seguintes 
elementos: sequência das operações; recursos a serem utilizados (materiais, humanos); 
fluxos; armazenamento de recursos e produtos em andamento ou finalizados; abastecimento 
de insumos: energia, água, matéria-prima, entre outros (espaço necessário para as diferentes 
instalações, localização adequada, acesso, movimentação entre fornecedores, consumidores 
e transportadores). 
•	No processo de planejamento e na elaboração do projeto, deve-se considerar um conjunto 
de equipamentos que devem ser instalados dentro ou fora de uma edificação. O arranjo 
físico deve assegurar o bom desempenho das instalações e o atendimento a uma ou várias 
especificações para um dado problema de produção (custo, fluxo, qualidade, automatização 
das operações, entre outros).•	A função do planejamento do layout de uma instalação é obter uma combinação ótima entre a 
disposição dos elementos que configuram as instalações industriais e sua utilização, geradas 
pela existência dos diferentes fluxos da produção dos diferentes produtos. 
•	A função do planejamento do layout de uma instalação visa, também, harmonizar e integrar 
equipamentos, mão de obra, materiais, áreas de movimentação, áreas de estocagem, áreas 
administrativas, mão de obra indireta, enfim, todos os itens que possibilitam a atividade 
industrial.
•	No caso particular das instalações industriais, os problemas são resolvidos com um 
planejamento que persiga determinados objetivos, como os 12 indicados no corpo deste 
material. (MECKLENBURGH, 1985; FANCIS et al., 1992; HERAGU, 1997; MCKENDALL et 
al., 1999 apud TAVARES, 2000)
•	Estes objetivos representam os diferentes aspectos técnicos, ambientais, materiais, 
operacionais, humanos e financeiros em relação ao uso dos equipamentos fabris e têm 
impactos sobre as decisões quanto às instalações físicas. Na resolução dos problemas, 
estes objetivos são considerados em relação a outros dois fatores. 
•	São eles: Adjacência (situação aproximada de um lugar com outro) e Distância (intervalo 
que separa dois pontos no espaço).
•	 Tipos de layout: Baseados no Fluxo, De produto estático, Baseado no produto ou na produção; 
De grupo ou celular, Baseado no processo, Híbrido; Baseados na Funcionalidade. 
•	Pode-se, ainda, enumerar outras funcionalidades e/ou pretensões com alguma importância 
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no projeto de layout. Estas são: proporcionar privacidade ou garantir confidencialidade; 
considerar questões de segurança; maximizar o sentido de oportunidade ou velocidade em 
chegar ao mercado; obter eficiência produtiva ou controlo de custos e Implementar um fluxo 
de informação eficiente. 
•	 Levantamentos de Informação para o planejamento e Projeto do Layout de Instalações 
Industriais.
•	O planejamento de layout e as tendências dos Sistemas Industriais: mudanças no enfoque 
e tendências de mudança.
•	O processo de planejamento do layout está associado aos objetivos do planejamento do 
processo de produção e as demandas inerentes à operação do sistema de produção. 
Ainda devem ser considerados os valores estratégicos da empresa que vão determinar o 
modelo de layout a ser adotado. 
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Caro (a) acadêmico (a)! Como autoatividade do Tópico 2, faça as questões a 
seguir:
1) Elabore um quadro apontando os elementos que devem ser considerados no processo 
do Planejamento e Projeto de Layout de Fábricas e justifique a inclusão de cada um 
deles.
2) Descreva os objetivos técnicos, ambientais, operacionais, humanos e financeiros 
dos equipamentos fabris relacionando-os aos impactos nas decisões quanto ao 
Planejamento do Layout das Instalações físicas.
3) Quais são os fatores que devem ser considerados na resolução dos problemas típicos 
relativos às instalações industriais?
4) Elabora um quadro em que conste a classificação e descrição dos tipos de layout de 
acordo com as características do processo produtivo a ser realizado. 
5) Que informações são necessárias para o Planejamento e Projeto do Layout de 
Instalações Industriais e onde são obtidas? 
6) Comente as mudanças no tratamento das questões relativas ao Planejamento 
do Layout e sua relação com as tendências modernas dos Sistemas Industriais, 
identificando os desafios, contradições e tendências.
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3
UNIDADE 1
A implantação de uma indústria deve estar pautada em uma metodologia sistemática 
que considere desde o tipo de produto ou serviço a ser produzido/oferecido, passando pela 
dimensão e localização até a etapa de funcionamento pleno.
Vale (1975) sintetiza a metodologia de implantação em algumas etapas fundamentais:
•	Os estudos de viabilidade de implantação, analisando e justificando os aspectos técnicos, 
econômicos e financeiros do empreendimento.
•	Os estudos da localização, objetivando a escolha e seleção da área e do terreno onde se 
implantará a indústria.
•	A elaboração do projeto construtivo das instalações, considerando as premissas anteriores.
•	A compra dos materiais e equipamentos necessários à execução do projeto.
•	As obras de construção e instalação dos equipamentos.
•	Os testes pré-operacionais e a pré-operação da indústria.
•	A entrada da indústria em regime normal de operação.
Há também de se considerar, após a operação, as necessidades de ampliação, 
modernização e a manutenção do processo para que o mesmo continue operacional. A ampliação 
visaria à decisão de produção de novos produtos ou o aumento de volume de produção do(s) 
existentes(s). A modernização objetivaria a substituição de unidades ou equipamentos na 
linha de produção, visando ao aumento de produção. No tocante à manutenção, a garantia da 
disponibilidade das instalações e dos equipamentos do processo produtivo.
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...“o que”, “como” e o “quanto” produzir serão os principais 
parâmetros a serem considerados no projeto de implantação.
Segundo Vale (1975), “o que”, “como” e “quanto” produzir serão respectivamente 
os principais parâmetros a serem considerados no projeto de implantação, na ampliação e 
modernização de uma indústria.
2 O PROJETO
A estruturação de um projeto é fator de grande relevância e dependente da amplitude 
e da finalidade. Mesmo sendo um dos pontos iniciais e primordiais (a base de tudo!) do 
empreendimento, este, em se tratando de custo, baseado em processos de produção conhecidos 
e implantados, se apresenta como 4 a 8 % do investimento total. Nos custos totais de um 
empreendimento industrial, as expensas das atividades de projeto são pequenas.
Outro aspecto relevante na fase de estruturação é a aprovação do projeto pelos órgãos 
oficiais, que serão os responsáveis pela autorização da concretização. O quadro a seguir 
relaciona os órgãos oficiais (intervenientes) que intervêm na aprovação de construção dos 
projetos industriais.
Órgão oficial Área de intervenção Exigências e observações 
1. Departamento de água e 
energia elétrica. 
Autorização para captar, reter, 
represar e dar outros destinos a 
recursos hídricos. 
Preenchimento de cadastro 
e quest ionár ios própr ios e 
apresentação de desenhos e 
memoriais.
2. Entidade estadual de controle 
de poluição. 
Aprovação de projetos relativos 
ao tratamento de despejos 
industriais.
Apresentação do projeto com 
desenhos e memoriais técnicos 
e descritivos.
3. Entidade estadual ou municipal 
de engenharia sanitária.
Aprovação das cond ições 
ambientais e sanitárias dos locais 
de trabalho. 
Existência de memoriais, plantas 
prediais e detalhes referentes às 
construções. 
4. Conselho Nacional do Petróleo. Aprovação dos projetos de 
armazenagem de derivados do 
petróleo. 
Obediência ao que determina a 
Resolução n° 8-71 de 21/09/1971 
do CNP.
5. Corpo de Bombeiros. Aprovação do projeto de proteção 
contra incêndio. 
Existência de memoriais e 
desenhos conforme modelo 
próprio. Não havendo Corpo 
de Bombeiros no município, 
a aprovação é da alçada da 
Prefeitura Municipal.
UNIDADE 1 TÓPICO 3 37
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6. Prefeitura Municipal. Concessão do Alvará para 
construção. 
Existência da planta e memorial 
de conformidade com o Código de 
Obras, documentação legalizada 
do terreno e aprovação prévia dos 
órgãos citados em 2, 3 e 5.
QUADRO 2 – RELAÇÃO DOS ÓRGÃOS

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