Buscar

A bacia de Sergipe Alagoas evolucao geol

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A bacia de Sergipe-Alagoas 
Evolução geológica, estratigrafia e conteúdo fóssil 
 
 
 
 
 
The Sergipe-Alagoas Basin 
Geological evolution, stratigraphy and fossil content 
 
 
 
 
Wagner Souza-Lima* (coordenador), Edilma de Jesus Andrade*, 
Peter Bengtson# & Paulo César Galm* 
*
 Fundação Paleontológica Phoenix, Aracaju, Sergipe, Brasil (e-mail: fund.phoenix@sergipe.com.br) 
#
 Universität Heidelberg, Geologisch-Paläontologisches Institut, Germany (e-mail: bengtson@uni-hd.de) 
 
 
 
 
 
 
. 
Nesta edição 
1. Aspectos geológicos da bacia de Sergipe-
Alagoas 
2. Fundação Paleontológica Phoenix 
3. Projetos de pesquisa na sucessão marinha da 
bacia de Sergipe 
In this issue 
1 Geological aspects of the Sergipe-Alagoas 
Basin 
2 Fundação Paleontológica Phoenix 
3 Research projects on the marine succession of 
the Sergipe Basin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 3 
 
 
12º
8º
36º
0 200 km
Recife
Bacia do
Recôncavo Sub-bacia do
Jacuípe
Sub-bacia de
Sergipe
Sub-bacia de
Alagoas
Salvador
Bacia do
Tucano Aracaju
SERGIPE
ALAGOAS
Maceió
Bacia do
Jatobá
Sub-bacia do
Cabo
O
ce
an
o 
A
tlâ
nt
ic
o
B
A
C
IA
 D
E
 S
E
R
G
IP
E
-A
L
A
G
O
A
S
Sedimentary basins
Bacias sedimentares
 
 
Figura 1 - Mapa de localização da bacia de Sergipe-Alagoas. 
 
Figure 1 - Location map of the Sergipe-Alagoas Basin. 
Introdução 
 
A bacia de Sergipe-Alagoas, no Nordeste do Brasil 
(Figura 1), é uma das muitas bacias de margem continen-
tal formadas durante a abertura do oceano Atlântico Sul 
no Mesozóico. A bacia contém uma das mais extensas 
sucessões de rochas do Mesozóico superior entre as 
bacias do Atlântico Sul, um fato ainda mais destacado 
pela existência de afloramentos numerosos e bem distri-
buídos. Em particular, a bem exposta sucessão carboná-
tica cretácea, distribuída do Aptiano ao Coniaciano, tem 
atraído a atenção de geólogos e paleontólogos há mais 
de um século. 
Este artigo apresenta um sumário da evolução geoló-
gica, litoestratigrafia, paleontologia e bioestratigrafia da 
bacia. Para informações complementares, o leitor pode 
buscar as referências citadas no texto. Além disto, este 
artigo apresenta os trabalhos desenvolvidos pela Funda-
ção Paleontológica Phoenix, recentemente criada em 
Aracaju, que dedica-se à coleta, ao estudo e à exibição 
dos fósseis da bacia. 
Introduction 
 
The Sergipe-Alagoas Basin in northeastern Brazil 
(Figure 1) is one of a series of continental margin basins 
formed during the opening of the South Atlantic Ocean in 
Mesozoic times. The basin contains one of the most ex-
tensive upper Mesozoic rock successions among the 
northern South Atlantic basins, a fact that is further en-
hanced by the existence of numerous and widespread 
outcrops. In particular, the well-exposed Cretaceous car-
bonate succession, spanning the Aptian to Coniacian 
interval, has attracted the attention of geologists and 
palaeontologists for over a century. 
This article reviews the geological development, lithos-
tratigraphy, palaeontology and biostratigraphy of the ba-
sin. For complementary information the reader is referred 
to the publications cited in the text. Furthermore, the arti-
cle presents the work of the recently created Fundação 
Paleontológica Phoenix in Aracaju, which is dedicated to 
the collecting, study, and exhibition of the fossils of the 
basin. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 4 
 
Figura 2 - A cidade de Maruim, conforme ilustração por Hartt (1870). 
 
Figure 2 - The town of Maruim, as illustrated by Hartt (1870). 
 
 
Síntese histórica 
 
Os estudos da geologia da bacia de Sergipe-Alagoas 
datam da primeira metade do século 19, quando Hender-
son (1821) publicou notas preliminares sobre a geologia 
da região. Os primeiros levantamentos geológicos e 
paleontológicos foram executados em 1865-1866 pelo 
naturalista canadense Charles Frederick Hartt, um dos 
participantes da “Expedição Thayer”. Os principais resul-
tados desta expedição foram publicados no clássico 
trabalho “Geology and Physical Geography of Brazil” 
(Hartt, 1870). Nele encontramos as primeiras descrições 
sistemáticas de fósseis da bacia de Sergipe (Hyatt, 1870) 
- alguns amonóides e um gastrópode coletado nas áreas 
de Maruim e Laranjeiras (Figura 2). 
Historical review 
 
Studies of the geology of the Sergipe-Alagoas Basin date 
back to the first half of the 19th century when Henderson 
(1821) published preliminary notes on the geology of the 
region. The first geological and palaeontological surveys 
were carried out in 1865-1866 by the Canadian naturalist 
Charles Frederick Hartt, a participant of the “Thayer Ex-
pedition”. The main results of this expedition were pub-
lished in the classical work “Geology and Physical Geog-
raphy of Brazil” (Hartt, 1870). Here we find the first sys-
tematic descriptions of fossils from the Sergipe Basin 
(Hyatt, 1870) - a few ammonites and a gastropod col-
lected from the Maruim and Laranjeiras areas (Figure 2). 
Com a criação da “Commissão Geologica do Imperio 
do Brazil”, inicialmente dirigida por Hartt, importantes 
estudos paleontológicos foram executados pelo paleontó-
logo norte-americano Charles A. White. Sua monografia 
bilíngüe “Contribuições á paleontologia do Brazil - Contri-
butions to the Paleontology of Brazil” (White, 1887) con-
tém descrições de amonóides, bivalves, gastrópodes e 
equinóides. 
John Casper Branner, também membro da “Commis-
são Geologica”, publicou em 1890 um relatório sobre a 
bacia de Sergipe-Alagoas contendo informações sobre as 
localidades nas quais o material descrito por White foi 
coletado. 
O primeiro mapa geológico da bacia foi publicado por 
With the creation of the “Commissão Geologica do Im-
perio do Brazil”, which was initially directed by Hartt, im-
portant palaeontological studies were carried out by the 
North American palaeontologist Charles A. White. His 
bilingual monograph “Contribuições á paleontologia do 
Brazil - Contributions to the Paleontology of Brazil” (White, 
1887) contains descriptions of ammonites, bivalves, gas-
tropods and echinoids. 
John Casper Branner, also a member of the “Com-
missão Geologica”, published in 1890 a report on the 
Sergipe-Alagoas Basin containing information on the 
localities from where White’s material was collected. 
The first geological map of the basin was published by 
Ralph Sopper (1914), a sketch map with the Cretaceous 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 5 
 
 Ralph Sopper (1914), onde os depósitos do Cretáceo e 
do Terciário aparecem englobados em uma só unidade. 
Um mapa mais detalhado foi publicado em 1924 pelo 
“Serviço Geologico e Mineralogico do Brasil” (Moraes 
Rego, 1924). 
As décadas de 1920 e 1930 foram assinaladas pelas 
monografias de Carlotta Joaquina Maury, uma paleontó-
loga norte-americana de ascendência brasileira. Na pri-
meira (1925), são encontradas referências ao “Eocenio 
duvidoso ou Cretáceo superior de Alagôas (os folhelhos 
de Riacho Doce)” e um capítulo dedicado aos “Fósseis 
Cretáceos de Sergipe”, onde descreveu Inoceramus 
(Sergipia) posidonomyaformis, coletado por Hartt na 
pedreira de Sapucahy (hoje Sapucari). Namonografia de 
1930 foi apresentada uma correlação estratigráfica para a 
“Série Sergipe”, que incluiria camadas com idades vari-
ando do mesoalbiano ao Maastrichtiano. Um capítulo foi 
reservado aos “Cephalopodos do Estado de Sergipe”. Em 
1937 Maury publicou uma terceira monografia dedicada 
exclusivamente aos fósseis de Sergipe, onde foram des-
critos fósseis coletados por Moraes Rego na bacia e 
redescritos aqueles estudados por White (1887). 
P. E. de Oliveira (1940) descreveu uma fauna até en-
tão desconhecida coletada por A. Duarte e A. Wanderley 
em 1935. Esta foi a primeira descrição de fósseis prove-
nientes de rochas agora atribuídas à unidade mais supe-
rior do Cretáceo, a Formação Calumbi. 
Os estudos geológicos e paleontológicos na bacia so-
freram um grande impulso com o início da prospecção de 
petróleo nos anos 1940 (logo após a criação do Conselho 
Nacional do Petróleo, em 1938). Estas atividades incluí-
ram os primeiros trabalhos de mapeamento de detalhe 
que também resultaram em novas coletas de fósseis 
(CNP, 1948a, 1948b, 1949 and 1951; Löfgren & Oliveira, 
1943; Oliveira, 1943; Magalhães, 1952, 1953). 
A partir da criação da PETROBRAS, em 1953, uma 
grande quantidade de relatórios técnicos internos passou 
a ser gerada pela companhia, com a finalidade de melho-
rar o conhecimento estratigráfico da bacia e criar ferra-
mentas que auxiliassem a prospecção de petróleo. 
Estudos bioestratigráficos foram realizados por K. 
Beurlen (1961a), estabelecendo um zoneamento prelimi-
nar com base em amonóides para a porção mais inferior 
and Tertiary deposits lumped together. A more detailed 
map was published in 1924 by the “Serviço Geologico e 
Mineralogico do Brasil” (Geological and Mineralogical 
Survey of Brazil) (Moraes Rego, 1924). 
The 1920’s and 1930’s saw the publication of two bi-
lingual monographs by Carlotta Joaquina Maury, a North 
American palaeontologist of Brazilian descent. In the first 
monograph (Maury, 1925), there are references to “The 
doubtful Eocene or Upper Cretaceous of Alagôas (the 
Riacho Doce shales)” and a chapter dedicated to the 
“Cretaceous Fossils of Sergipe”, in which she described 
Inoceramus (Sergipia) posidonomyaformis, collected by 
Hartt from the Sapucahy (now Sapucari) quarry. In her 
1930 monograph she presented a stratigraphic correlation 
for the “Sergipe Series”, assigning the beds to ages vary-
ing from mid Albian to Maastrichtian. A chapter was dedi-
cated to the “Cephalopoda of the State of Sergipe”. In 
1937 Maury published a third monograph dealing exclu-
sively with the fossils of Sergipe. In this monograph she 
described the fossils collected by Moraes Rego and rede-
scribed those previously studied by White (1887). 
P. E. de Oliveira (1940) described an until then un-
known fauna collected by A. Duarte and A. Wanderley in 
1935. This was the first description of fossils from rocks 
now assigned to the uppermost Cretaceous unit, the 
Calumbi Formation. 
The geological and palaeontological study of the basin 
received a strong impetus when the search for petroleum 
started in the 1940’s (shortly after the creation of the Con-
selho Nacional do Petróleo, CNP, in 1938). These activi-
ties involved the first detailed mapping of the basin and 
also resulted in new fossil collections (CNP, 1948a, 
1948b, 1949 and 1951; Löfgren & Oliveira, 1943; Oliveira, 
1943; Magalhães, 1952, 1953). 
After the creation of PETROBRAS (Brazilian Petro-
leum Company) in 1953, numerous technical reports were 
produced by the company with the purpose of improving 
the stratigraphic knowledge of the basin and creating tools 
to aid in petroleum search. 
Biostratigraphic studies were carried out by Karl Beur-
len (1961a), who established a preliminary zonation 
based on ammonites for the lowermost marine beds, the 
Aptian-Albian Riachuelo Formation. Numerous subse-
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 6 
 
 
Evolução geológica 
A bacia de Sergipe-Alagoas é uma das muitas bacias sedimentares ao longo da costa brasileira, formadas durante a abertura 
do oceano Atlântico Sul no final do Jurássico e no Cretáceo. Estruturalmente a bacia consiste num meio graben mergulhando 
para sudeste (Figura 3; Ojeda & Fugita, 1976). A porção emersa é representada por uma estreita faixa de 20 a 50 km de largu-
ra, estando grande parte da extensão da bacia submersa. Ao norte, o lineamento Pernambuco separa a bacia de Sergipe-
Alagoas da bacia de Pernambuco-Paraíba, e ao sul, a falha de Itapuã a separa da bacia de Camamu. 
A bacia de Sergipe-Alagoas consiste em quatro sub-bacias, as sub-bacias do Jacuípe, de Sergipe, de Alagoas e do 
Cabo, com diferentes histórias tectono-sedimentares e preenchimentos distintos. O Alto do Rio Real separa a sub-bacia 
de Sergipe da sub-bacia do Jacuípe. As sub-bacias de Sergipe e de Alagoas são separadas pelos altos de Japoatã e 
Penedo, situados ao longo do rio São Francisco, ao passo que o Alto de Maragogi separa a sub-bacia de Alagoas da 
sub-bacia do Cabo (antigamente considerada a porção sul da bacia de Pernambuco-Paraíba). 
 
 
da seqüência marinha, a Formação Riachuelo, de idade 
aptiana-albiana. Numerosos trabalhos subseqüentes do 
mesmo autor fizeram referência à paleontologia e à geo-
logia da sucessão marinha (K. Beurlen 1961b, 1961c, 
1962, 1963, 1964a, 1964b, 1964c, 1965a, 1965b, 1968). 
Gerhard Beurlen (1967, 1969) refinou o zoneamento com 
base em amonóides, estendendo-o para a Formação 
Cotinguiba, do Cenomaniano-Coniaciano (G. Beurlen, 
1970). 
Os estudos bioestratigráficos baseados em macro-
fósseis continuaram com Reyment (p. ex. Reyment & Tait 
1972) e Bengtson (1979, 1983), que definiu zonas de 
amonóides para o Cenomaniano-Coniaciano da Forma-
ção Cotinguiba. Os bivalves inoceramídeos foram estu-
dados por Kauffman & Bengtson (1985) e Hessel (1986, 
1988). 
Em 1989 Koutsoukos estabeleceu um zoneamento 
detalhado com base em foraminíferos para as formações 
Riachuelo, Cotinguiba e Calumbi, enfatizando os aspec-
tos paleoambientais numa tentativa de reconstruir a histó-
ria paleogeográfica e paleoceanográfica da bacia do 
Aptiano ao Maastrichtiano. Em um estudo conjunto, Kout-
soukos & Bengtson (1993) integraram as zonas de fora-
miníferos e amonóides do Aptiano superior ao Coniaciano 
médio. Até então nenhum amonóide era conhecido das 
camadas pós-coniacianas; entretanto, em 1996, Bengt-
son et al. reportaram amonóides do Campaniano superior 
da Formação Calumbi. A macrofauna campaniana foi 
estudada em detalhe por Souza-Lima (2001). 
quent papers by the same author dealt with the palaeon-
tology and geology of the marine succession (K. Beurlen 
1961b, 1961c, 1962, 1963, 1964a, 1964b, 1964c, 1965a, 
1965b, 1968). Gerhard Beurlen (1967, 1969) refined the 
ammonite zonation and extended it to the Cenomanian-
Coniacian Cotinguiba Formation (G. Beurlen, 1970). 
Biostratigraphic studies based on macrofossils contin-
ued with Reyment (e.g. Reyment & Tait 1972) and Bengt-
son (1979, 1983), who defined an ammonite zonation for 
the Cenomanian-Coniacian Cotinguiba Formation. The 
inoceramid bivalves were studied by Kauffman & Bengt-
son (1985) and Hessel (1986, 1988). 
In 1989 Koutsoukos established a detailed fora-
miniferal zonation for the Riachuelo, Cotinguiba and Ca-
lumbi formations, emphasizing the palaeoenvironmental 
aspects in an attempt at reconstructing the palae-
ogeographic and palaeoceanographic history of the basin 
from the Aptian to Maastrichtian. In a joint study Kout-
soukos & Bengtson (1993) integrated the foraminiferaland ammonite zones of the upper Aptian to middle Conia-
cian. Until that time no ammonites were known from the 
post-Coniacian beds; however, in 1996 Bengtson et al. 
reported on ammonites from the upper Campanian of the 
Calumbi Formation. Souza-Lima (2001) further studied 
the Campanian macrofauna in detail. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 4 
 
Uma feição peculiar da sub-bacia do Cabo em relação às demais sub-
bacias da bacia de Sergipe-Alagoas é o intenso vulcanismo alcalino que 
ocorreu do Barremiano ao Turoniano (Legrand & Figueiredo Filho, 1979; 
Gava et al., 1983; Souza-Lima & Pinho, 1997), relacionado a mobilizações 
crustais ao longo da área de influência do lineamento Pernambuco. 
Em geral, a denominação “bacia de Sergipe-Alagoas” refere-se, sensu 
stricto, às sub-bacias de Sergipe e de Alagoas. É neste sentido que a estare-
mos focalizando neste trabalho. 
Geological evolution 
 
The Sergipe-Alagoas Basin is one of a series of sedimentary basins along the 
Brazilian coast, which were formed during the opening of the South Atlantic 
Ocean in late Jurassic and Cretaceous times. Structurally the basin consists of 
a southeastward-dipping half-graben (Figure 3 herein; Ojeda & Fugita, 1976). It 
is represented onshore by a 20 to 50 km wide outcrop belt, but its widest exten-
sion is offshore. To the north, the Pernambuco Lineament separates the Ser-
gipe-Alagoas basin from the Pernambuco-Paraíba Basin, and to the south the 
Itapuã Fault separates the basin from the Camamu Basin. 
The Sergipe-Alagoas Basin consists of for sub-basins, the Jacuípe, Sergipe, 
Alagoas and Cabo sub-basins, with different tectono-sedimentary histories and 
sedimentary fills. The Sergipe and Alagoas sub-basins are separated by the 
Japoatã and Penedo highs, situated along the Rio São Francisco. The Rio Real 
High separates the Sergipe Sub-basin from the Jacuípe Sub-basin, and the 
Maragogi High separates the Alagoas Sub-basin from the Cabo Sub-basin 
(formerly considered the southern portion of the Pernambuco-Paraíba Basin). A 
peculiar feature of the Cabo Sub-basin when compared to the other sub-basins 
of the Sergipe-Alagoas Basin is the intensive Barremian to Turonian alkaline 
vulcanism (Legrand & Figueiredo Filho, 1979; Gava et al., 1983; Souza-Lima & 
Pinho, 1997) related to crustal mobilisations along the Pernambuco Lineament 
influence area. 
In general, the denomination “Sergipe-Alagoas Basin” refers, sensu stricto, 
to the Sergipe and Alagoas sub-basins. It is in this sense that the basin is dis-
cussed in this paper. 
 
Baixo de
Coruripe
Baixo de
Mosqueiro
Baixo de
São Francisco
Degrau de
Sinimbu
Alto de
Pilar
Alto de
Penedo
A
lt
o
 d
e
A
ra
ca
ju
Baixo de
Divina
Pastora
Baixo de
Japaratuba
Alto de
Sta. Rosa
de Lima
A
lto
 d
e
R
ia
c
h
u
e
lo
Alto de
Atalaia
Alto de
Japoatã
Alto de
Palmeira
Alta
Alto de
Maragogi
Plataforma
de S. Miguel
dos
Campos
Plataforma
de Estância
37°00'00"
11
°0
0'0
0"
10
°0
0'0
0"
36°00'00"
Maceió
N
 
Figura 3 - Arcabouço estrutural da bacia de Sergipe-Alagoas sensu stricto. Modificado de Falken-
hein, 1986 (apud Van Der Ven et al., 1989). 
 
Figure 3 - Structural framework of the Sergipe-Alagoas Basin sensu stricto. Modified from 
Falkenhein, 1986 (apud Van Der Ven et al., 1989). 
 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 5 
 
Entre as bacias marginais brasileiras, a bacia de Ser-
gipe-Alagoas é a que apresenta exposta a mais completa 
sucessão estratigráfica (Figura 4 e Figura 5), estando 
representados depósitos de todos os seus estágios evo-
lutivos: sinéclise, pré-rift, rift, transicional e drift (Ponte & 
Asmus, 1976; Asmus & Carvalho, 1978; Ojeda, 1982). Os 
limites entre esses estágios evolutivos foram graduais, 
refletindo modificações no estilo tectônico predominante 
que afetou as seqüências sedimentares. 
O estágio de sinéclise ocorreu entre o neocarbonífero 
e o eopermiano. Está representado pelas rochas silici-
clásticas da Formação Batinga, de provável origem glaci-
al, e pelos arenitos eólicos, folhelhos e laminitos algais 
lacustres da Formação Aracaré. 
O estágio pré-rift foi iniciado no neojurássico, quando 
um soerguimento crustal criou uma série de depressões 
periféricas (denominadas em conjunto de “depressão 
Afro-brasileira”). Estas depressões foram preenchidas por 
sedimentos fluviais e lacustres, representados na bacia 
de Sergipe-Alagoas pelas formações Candeeiro, Bana-
neiras e Serraria. A distribuição original destes sedimen-
tos estendeu-se além dos limites da bacia em áreas tão 
afastadas quanto a bacia do Araripe, nos estados do 
Ceará e Pernambuco. 
Com o aumento do tectonismo, um rift-valley subsi-
dente foi instalado, provavelmente a partir do final do 
eocretáceo (Falkenhein, 1986). Bradley & Fernandez 
(1992), integrando dados das bacias do Gabão (África) e 
do nordeste brasileiro, sugeriram que esse processo teria 
sido iniciado algum tempo antes, posicionando a sedi-
mentação de unidades crono-equivalentes à Formação 
Serraria no estágio rift. 
O rift gerado foi preenchido por um sistema alúvio-
flúvio-deltaico representado pelas formações Rio Pitanga, 
Penedo, Barra de Itiúba e Coqueiro Seco. Esta sedimen-
tação foi fortemente controlada pela tectônica atuante, 
produzindo depósitos espessos de conglomerados ao 
longo das falhas de borda da bacia (Fernandes et al., 
1981; Falkenhein, 1986). 
Uma regressão regional ao fim do estágio rift causou 
uma grande discordância, denominada “Pré-neo-
Alagoas” (Bacellar & Costa, 1993), seguida pela deposi-
ção dos sedimentos conglomeráticos e areias do Membro 
The Sergipe-Alagoas Basin contains the most com-
plete and most extensively exposed stratigraphic succes-
sion among the Brazilian coastal basins (Figure 4 and 
Figure 5), with deposits representing all tectonic stages: 
syneclise, pre-rift, rift, transitional and drift (Ponte & As-
mus, 1976; Asmus & Carvalho, 1978; Ojeda, 1982). The 
transitions between the tectonic stages were gradual and 
reflected modifications of the predominant tectonic style 
that affected the sedimentary sequences. 
The syneclise (or sag) stage took place from the Late 
Carboniferous to Early Permian. It is represented by the 
siliciclastic rocks of the Batinga Formation (probably of 
glacial origin) and by the eolian sandstones, shales and 
lacustrine algal laminites of the Aracaré Formation. 
The pre-rift stage began in the Late Jurassic, when 
crustal uplift resulted in a series of peripheral depressions 
(as a whole named “Afro-Brazilian depression”). These 
depressions were filled by fluvial and lacustrine sedi-
ments, represented in the Sergipe-Alagoas Basin by the 
Candeeiro, Bananeiras and Serraria formations. The 
original distribution of these sediments extended outside 
the boundaries of the basin as far as to the Araripe Basin 
in Ceará and Pernambuco. 
Increasing tectonism led to the formation of a subsiding 
rift-valley probably by the end of the Early Cretaceous 
(Falkenhein, 1986). Bradley & Fernandez (1992), integrat-
ing data from the Gabon (Africa) and northeastern Brazil-
ian basins, suggested that this process had already begun 
some time before. They positioned chrono-equivalent 
units of the Serraria Formation in the rift stage. 
The newly created rift was filled by an alluvial-fluvial-
deltaic system represented by the Rio Pitanga, Penedo,Barra de Itiúba and Coqueiro Seco formations. Sedimen-
tation was strongly controlled by tectonism, forming thick 
conglomerate accumulations along the fault-controlled 
basin margin (Fernandes et al., 1981; Falkenhein, 1986). 
A regional regression by the end of the rift stage 
caused a widespread unconformity, the “pre-neo-Alagoas” 
(Bacellar & Costa, 1993), which was followed by deposi-
tion of conglomerates and sandstones of the Carmópolis 
Member of the Muribeca Formation. The transitional stage 
began in the early Aptian (Rabinowitz & LaBrecque, 1979) 
when the first marine sediments were deposited, the 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 6 
 
AJU
MAC
TQR
RIA
MAR
ANG
ANG
MUR IBU
OIT
CPS
MRT
QUATERNÁRIO PLEISTOCENO
BARREIRAS
M
O
S
Q
U
E
IR
O
COTIN-
GUIBA
CARMÓPOLIS
MORRO DO
CHAVES
SERRARIA
BATINGA
ARACARÉ
BOACICA
ATAMUL BAT
EST
BOA
ARA
CAN
SER
MCH
BIT
BIT
MARMAR
MAR
MOS
MOS
SPA
BAR
MRT CAL
CAL
CAL
CSO
RPT PDO
PDO
SER
BAN
ATALAIA
MULUNGU
BANANEIRAS
CANDEEIRO
COQUEIRO
SECO
IBURA
OITEIRINHOS
A
N
G
IC
O
M
AR
U
IM
TA
Q
U
A
R
I
M
AC
E
IÓ
M
U
R
IB
E
C
A
R
IO
 P
IT
A
N
G
A
P
E
N
E
D
O
B
A
R
R
A
 D
E
 IT
IU
B
A
P
E
R
U
C
AB
A
IG
R
E
JA
 N
O
V
A
SA
PU
CA
RI
AR
AC
AJ
U
M
A
R
IT
U
B
A
N
ER
ÍT
IC
O
N
ER
IT
IC
N
ER
ÍT
IC
O
N
ER
IT
IC
NERÍTICO
SABKHA
SABKHA
LEQUE ALUVIAL
LEQUE DELTAICO
DELTAIC FAN
LACUSTRE
LACUSTRE
LACUSTRINE
FLUVIAL
FLUVIAL
COSTEIRO/COASTAL
SABKHA
GLACIAL
FAIXA DE DOBRAMENTOS
SERGIPANA
SERGIPE FOLD BELT
F L
ÚV
IO
-D
EL
TA
IC
O
FL
U
VI
O
-D
EL
TA
IC
LE
Q
U
E
 A
LU
VI
AL
A
LL
U
VI
AL
 F
AN
LE
Q
U
E
 A
LU
V
IA
L
A
LL
U
VI
AL
 F
A
N
LE
Q
U
E 
A
LU
VI
A
L
A
LL
U
V
IA
L 
FA
N
B
AT
IA
L
B
AT
H
YA
L
NERÍTICO
NERITIC
A
BI
SS
AL
AB
YS
S
AL
ABISSAL
ABYSSAL
D
R
IF
T
TR
A
N
S
I-
C
IO
N
A
L
R
IF
T
S
IN
ÉC
LI
S
E
SA
G
 B
A
SI
N
P
R
E
-R
IF
T
PRÉ-CAMBRIANO
CAMBRIANO?
NEOCARBONÍFEROS
EOPERMIANO
JU
R
.
PA
LE
O
G
E
N
O
P
IA
Ç
A
BU
Ç
U
S
E
R
G
IP
E
C
O
R
U
R
IP
E
ESTÂNCIA
R
IA
C
H
U
EL
O
C
A
LU
M
BI
N
E
O
G
E
N
O PLIOCENO
MIOCENO
OLIGOCENO
EOCENO
CAMPANIANO
TITHONIANO
BERRIASIANO
VALANGINIANO
HAUTERIVIANO
BARREMIANO
APTIANO
ALBIANO
CENOMANIANO
TURONIANO
CONIACIANO
SANTONIANO
MAASTRICHT.
PALEOCENO
Folhelho
Shale
Carbonato bioclástico/oolítico/oncolítico
Bioclastic/oolitic/oncolitic carbonate
Calcilutito
Calcilutite
Arenito
Sandstone
Conglomerado
Conglomerate
Folhelho vermelho
Red shale
Evaporito
Evaporite
Marga
Marl
Rochas ígneas
Igneous rocks
Metassedimento
Metasediment
Embasamento
Basement
STRATIGRAPHIC CHART OF THE SERGIPE SUB-BASIN
CARTA ESTRATIGRÁFICA DA SUB-BACIA DE SERGIPE
LITOESTRATIGRAFIA / LITHOSTRATIGRAPHYGEOCRONOLOGIAGEOCHRONOLOGY
LITOLOGIA / LITHOLOGY
AMBIENTE
ENVIRONMENT
EVOLUÇÃO
TECTÔNICA
TECTONIC
EVOLUTION
TI
M
E
(M
M
 y
ea
rs
)
TE
M
P
O
(M
M
 a
no
s)
P
E
R
ÍO
D
O
PE
R
IO
D
IDADE
AGE
UNIDADES / UNITS
ÁGUA RASA
SHALLOW WATER
ÁGUA PROFUNDA
DEEP WATER
G
R
U
P
O
G
R
O
U
P
FORMAÇÃO
FORMATION
MEMBRO
MEMBER
C
R
ET
ÁC
EO
 / 
C
R
ET
A
C
E
O
U
S
TE
R
C
IÁ
R
IO
 / 
TE
R
TI
A
R
Y10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
270?
300?
MRT
AJU
TQR
TQR
TQR
vulcanismo "Este de Rio Real"
 
 
Figura 4 - Carta estratigráfica da sub-bacia de Sergipe (adaptado de Mendes, 1994; Feijó, 1995 e Carvalho, 2001, incluindo dados de superfície). 
 
Figure 4 - Stratigraphic chart of the Sergipe Sub-basin (adapted from Mendes, 1994; Feijó, 1995 and Carvalho, 2001, including surface data). 
Carmópolis, da Formação Muribeca. O 
estágio transicional teria sido iniciado a 
partir do eoaptiano (Rabinowitz & La-
Brecque, 1979), quando os primeiros 
sedimentos marinhos foram depositados, 
os evaporitos Paripueira. A influência 
tectônica do estágio rift continuou, contu-
do, ainda evidente. Uma seqüência pro-
gradante, composta por clásticos alúvio-
flúvio-deltaicos, separa esta seqüência 
do ciclo evaporítico seguinte (ciclo Ibura), 
relacionado a uma nova transgressão 
marinha no neo-Aptiano. 
A sedimentação marinha foi fortemen-
te controlada pela cadeia Rio Grande-
Walvis. Atuando como uma importante 
barreira topográfica, separou intermiten-
temente o proto-Atlântico aberto, já insta-
lado ao sul, do extenso e raso golfo, com 
incursões marinhas periódicas, instalado 
ao norte. 
Os sedimentos evaporítico-lacustre e 
os folhelhos e carbonatos de baixa ener-
gia do ciclo Ibura, inclusos na Formação 
Muribeca, ocorrem principalmente na 
porção sul da bacia (bacia de Sergipe). 
Na porção norte (bacia de Alagoas) fo-
ram depositados predominantemente 
arenitos e folhelhos do sistema alúvio-
deltaico da Formação Maceió (Ojeda & 
Fugita, 1976). A Formação Muribeca não 
está exposta na bacia de Sergipe-
Alagoas. 
O estágio drift começou no Eo- a Me-
soalbiano; a sedimentação marinha, 
contudo, já havia sido estabelecida desde 
o Neoaptiano (Formação Riachuelo). A 
sedimentação ocorreu numa plataforma 
carbonática ampla e rasa. Além de calca-
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 7 
 
Figura 5 - Carta estratigráfica da sub-bacia de Alagoas (modificado de Feijó, 1995). 
 
Figure 5 - Stratigraphic chart of the Alagoas Sub-basin (modified from Feijó, 1995). 
Paripueira evaporites. The tectonic influ-
ence of the rift stage was, however, still 
evident. A progradational sequence con-
sisting of alluvial-fluvial-deltaic clastics 
separates this sequence from the subse-
quent evaporite cycle (the Ibura cycle), 
which belongs to a second, late Aptian 
transgressive phase. 
Marine sedimentation was strongly 
controlled by the Rio Grande-Walvis 
Ridge. Acting as an important topog-
raphic barrier, it intermittently discon-
nected the open proto-Atlantic ocean to 
the south from a shallow elongated gulf 
with periodic marine incursions to the 
north. 
The evaporites, lacustrine sediments, 
shales and low-energy carbonates of the 
Ibura cycle, all included in the Muribeca 
Formation, occur mainly in the southern 
portion of the basin (Sergipe Basin). To 
the north (Alagoas Basin) alluvial-deltaic 
sandstones and shales of the Maceió 
Formation (Ojeda & Fugita, 1976) form a 
coeval counterpart. The Muribeca Forma-
tion is nowhere exposed in the Sergipe-
Alagoas Basin. 
The drift stage began in the early to 
mid Albian, although a true marine regime 
(Riachuelo Formation) had already been 
established in the late Aptian. Deposition 
took place on a broad and shallow car-
bonate platform. Besides locally dolo-
mitized calcarenites and oncolitic/oolitic 
calcirudites, there are isolated patch-reefs 
(Maruim Member), which are interbedded 
with a succession of shalesand calcilu-
tites (Taquari Member). Siliciclastic/bio-
STRATIGRAPHIC CHART OF THE ALAGOAS SUB-BASIN
CARTA ESTRATIGRÁFICA DA SUB-BACIA DE ALAGOAS
LITOESTRATIGRAFIA / LITHOSTRATIGRAPHYGEOCRONOLOGIAGEOCHRONOLOGY
LITOLOGIA / LITHOLOGY
AMBIENTE
ENVIRONMENT
EVOLUÇÃO
TECTÔNICA
TECTONIC
EVOLUTION
TI
M
E
(M
M
 y
ea
rs
)
TE
M
P
O
(M
M
 a
no
s)
P
ER
ÍO
D
O
PE
R
IO
D
IDADE
AGE
UNIDADES / UNITS
ÁGUA RASA
SHALLOW WATER
ÁGUA PROFUNDA
DEEP WATER
G
R
U
P
O
G
R
O
U
P
QUATERNÁRIO PLEISTOCEN0
BARREIRAS
M
O
S
Q
U
EI
R
O
COTIN-
GUIBA
PONTA
VERDE
TABULEIRO
DO MARTINS
M.CHAVES
SERRARIA
BATINGA
ARACARÉ
BOACICA
SPA
ATALAIA
MULUNGU
BANANEIRAS
CANDEEIRO
COQUEIRO
SECO
MARUIM
TA
Q
U
A
R
I
M
A
C
E
IÓ
P
O
Ç
Ã
O
B
A
R
R
A
 D
E 
IT
IU
B
A
PE
NE
DO
P
E
R
U
C
A
B
A
IG
R
EJ
A
 N
O
VA
ARACAJU
M
A
R
IT
U
B
A
FORMAÇÃO
FORMATION
MEMBRO
MEMBER
N
ER
ÍT
IC
O
N
E
R
IT
IC
LACUSTRE
DELTAICO
DELTAIC
E
VA
P
O
R
ÍT
IC
O
E
VA
PO
R
IT
IC
LE
Q
U
ES
 A
LÚ
V
IO
-D
E
LT
A
IC
O
S
A
LL
U
V
IA
L/
D
E
LT
A
IC
 F
A
N
S
LE
Q
U
E
S
 A
LU
VI
AI
S
A
LL
U
V
IA
L 
FA
N
FLUVIAL
LACUSTRINE
LACUSTRE
LACUSTRINE
FLUVIAL
FLUVIAL
COASTAL
SABKHA
GLACIAL
MACIÇO
PERNAMBUCO/ALAGOAS
MASSIF
DELTAICO
DELTAIC
B
AT
IA
L
B
AT
H
YA
L
BATIAL
BATHYAL
AB
IS
S
AL
A
BY
S
SA
L
NERÍTICO
NERITIC
D
R
IF
T
R
IF
T
TR
A
N
S
IC
IO
N
A
L
S
IN
É
C
LI
S
E
SA
G
 B
AS
IN
PR
E-
R
IF
T
PRE-CAMBRIAN0
NEOCARBONÍFERO
EOPERMIAN0
JU
R
.
C
R
ET
Á
C
E
O
 / 
C
R
ET
AC
EO
U
S
TE
R
C
IÁ
R
IO
 / 
TE
R
TI
AR
Y
PA
LE
O
G
EN
0
P
IA
Ç
AB
U
Ç
U
SE
R
G
IP
E
C
O
R
U
R
IP
E
R
IA
C
H
U
EL
O
C
AL
U
M
BI
N
E
O
G
EN
0 PLIOCEN0
MIOCEN0
OLIGOCEN0
EOCEN0
CAMPANIAN0
TITHONIAN0
BERRIASIAN0
VALANGINIAN0
HAUTERIVIAN0
BARREMIAN0
APTIAN0
ALBIAN0
CENOMANIAN0
TURONIAN0
SANTONIAN0/
CONIACIAN0
MAASTRICHT.
PALEOCEN0
BAR
MOS
MRT
TQR
RIA
MAC
POC
PDO
BIT
SER
BAN
ARA
MUL ATA BOA BAT
CAN
BIT
CSO
MCH
PVD
TMS
MAR
COT
AJU
MRT
CAL
CAL
Folhelho
Shale
Carbonato bioclástico/oolítico/oncolítico
Bioclastic/oolitic/oncolitic carbonate
Calcilutito
Calcilutite
Arenito
Sandstone
Conglomerado
Conglomerate
Rochas ígneas
Igneous rocks
Metassedimento
Metasediment
Embasamento
Basement
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
270?
300?
Folhelho vermelho
Red shale
Evaporito
Evaporite
Marga
Marl
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 8 
 
renitos e calciruditos oncolíticos/oolíticos, localmente 
dolomitizados, são encontrados patch-reefs isolados 
(Membro Maruim), intercalados a uma sucessão de folhe-
lhos e calcilutitos (Membro Taquari). Aproximadamente 
ao longo da linha de costa, foram depositados arenitos 
siliciclásticos/bioclásticos e conglomerados (Membro 
Angico). O sistema deposicional é interpretado como 
leques subaquosos controlados pela tectônica local 
(Mendes, 1994). 
Regressões episódicas expuseram parte da platafor-
ma carbonática, causando dolomitização local (camadas 
Aguilhada). A Formação Riachuelo é extensamente ex-
posta na bacia de Sergipe. 
No Cenomaniano iniciou-se um grande evento trans-
gressivo cujo ápice ocorreu no Eoturoniano. Este evento 
causou o afogamento do sistema plataformal da Forma-
ção Riachuelo e o subseqüente desenvolvimento da ram-
pa carbonática da Formação Cotinguiba. A deposição 
prosseguiu até o mesoconiaciano, alcançando possivel-
mente o Santoniano no depocentro da bacia. A Formação 
Cotinguiba é amplamente exposta na bacia de Sergipe. 
Um novo evento transgressivo iniciado no neoconiaci-
ano resultou na deposição dos sedimentos siliciclásticos 
de talude e bacia oceânica, principalmente argilas (For-
mação Calumbi), sobre os carbonatos Cotinguiba. Este 
evento provavelmente registra a ruptura final entre a 
África e a América do Sul. Este processo causou o bas-
culamento da bacia para sudeste (Pereira, 1994) e o 
soerguimento das áreas marginais. Mudanças climáticas 
relacionadas à expansão do Atlântico Sul levaram a uma 
significativa redução na deposição carbonática. Apenas 
após o neo-Paleoceno outra plataforma carbonática seria 
desenvolvida. 
A subsidência térmica diferencial continuou durante o 
Campaniano como resultado do gradual resfriamento 
crustal em direção ao craton. Um rebaixamento eustático 
devido à expansão do oceano Atlântico (Ojeda & Fugita, 
1976; Falkenhein, 1986) causou a regressão do mar para 
leste, levando à exposição e erosão das porções proxi-
mais das formações marinhas depositadas a oeste. 
No Plioceno, sedimentos siliciclásticos do Grupo Bar-
reiras foram depositados sobre grande parte da atual 
porção onshore da bacia. 
clastic sands and conglomerates were deposited in a belt 
approximately parallel with the coastline (Angico Mem-
ber). The depositional system is interpreted as a tectoni-
cally controlled, sub-aqueous fan (Mendes, 1994). 
Periodic regressions left portions of the platform ex-
posed, which caused local dolomitization of the beds 
(“Aguilhada beds”). The Riachuelo Formation is exten-
sively exposed in the Sergipe Basin. 
A widespread transgression began in the late Ceno-
manian and culminated in the early Turonian. This event 
caused the drowning of the Riachuelo platform system 
and the subsequent development of a carbonate ramp 
with deposition of the Cotinguiba Formation. This deposi-
tional cycle lasted at least until the mid Coniacian, and 
possibly until the Santonian in the deeper parts of the 
basin. The Cotinguiba Formation is widely exposed in the 
Sergipe Basin. 
A renewed transgressive event beginning in the late 
Coniacian resulted in the deposition of slope and ocean-
basin siliciclastic sediments, mainly clays (Calumbi For-
mation), over the Cotinguiba carbonates. This event 
probably records the final crustal break-up between Africa 
and South America. The process forced a southeastward 
tilt of the basin (Pereira, 1994) and uplift of the marginal 
areas. Climatic changes related to the South Atlantic 
expansion led to a significant reduction in carbonate 
deposition. Only after the late Paleocene would another 
carbonate platform develop. 
Thermal subsidence continued during the Campanian 
as a result of progressive crustal cooling towards the 
craton. A eustatic fall brought about by the expansion of 
the Atlantic Ocean (Ojeda & Fugita, 1976; Falkenhein, 
1986) caused the sea to retreat towards the east, which 
led to exposure and erosion of the proximal parts of the 
marine deposits in the west. 
In the Pliocene, continental siliciclastic sediments of 
the Barreiras Group were deposited over the major part of 
the present onshore area of the basin. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 9 
743.232,06
8
.8
2
7.
5
0
0
,0
0
1
0
º4
0
'0
0"
 S
1
0
º4
5
'0
0
" 
S
1
0
º5
0'0
0
" 
S
1
0º
5
5
'0
0
" 
S
11
º0
0
'0
0
" 
S
8
.7
7
4
.0
03
,0
0
680.688,25 37º15'00" W 37º10'00" W 37º05'00" W 37º00'00" W 36º55'00" W 36º50'00" W
ARACAJU
R i o
 
Se r gi p e
R
i o
 
d o
Sa l
R i
 
o C
o t
i n
g
u
i b
a
Santoniano-
Maastrichtiano
Coniaciano
médioinferior-
Solgerites armatus-
Prionocycloceras lenti
Barroisiceras (B.) onilahyense-
Forresteria
Subprionocyclus-Reesidites
Mammites nodosoides-
Kamerunoceras turoniense
Watinoceras amudariense-
Kamerunoceras seitzi
Vascoceras harttii-
Pseudaspidoceras footeanum
Euomphaloceras septemseriatum
Pseudocalycoceras harpax-
Thomelites sornayiaff.
Acanthoceras jukesbrownei-
Eucalycoceras pentagonum
Acompsoceras spathi-
Dunveganoceras
Graysonites lozoi-
Hypoturrilites betaitraensis
Turoniano
superior
Turoniano médio-
superior
Turoniano inferior
Cenomaniano
superior
Cenomaniano
médio-superior
Cenomaniano
médio
Cenomaniano
inferior
Cenomaniano
não diferenciado
Albiano superior
Albiano
(mais superior)
Albiano médio
Albiano inferior
Aptiano superior
Pré-Cambriano
Douvilleiceras
Epicheloniceras-Diadochoceras-
Eodouvilleiceras
Oxytropidoceras
Elobiceras
Mortoniceras
CRONOESTRATIGRAFIA
CHRONOSTRATIGRAPHY
ZONAS DE AMONÓIDES
AMMONITE ZONES
Referências: K. Beurlen (1961a); G. Beurlen (1967,
1969, 1970); Bengtson (1983); Koutsoukos &
Bengtson (1993) e dados de superfíc ie.
O
c
e
 
a
n
o
A
t
l â
n
t
i c
o
ZONAS DE AMONÓIDES
DA SUB-BACIA DE SERGIPE
0 5 10 km
N
SERGIPE SUB-BASIN
AMMONITE ZONES
Alto de Aracaju
Aracaju High
 
 
Figura 6 - Mapa esquemático das zonas de amonóides da sub-bacia de Sergipe. A faixa amarelo-clara representa os sedimentos pós-coniacianos da Formação 
Calumbi, para os quais a escassez de afloramentos não permite o estabelecimento de um zoneamento. A associação de amonóides desta formação compreende 
Gaudryceras cf. denseplicatum, Gaudryceras varicostatum, Vertebrites sp., Kitchinites sp., um Kossmaticeratinae indeterminado, Pachydiscus (Pachydiscus) 
haldemsis, Pachydiscus (Neodesmoceras) sp., Sphenodiscus sp., Libycoceras sp., Nostoceras sp., um Diplomoceratinae indeterminado e Baculites sp. (Souza-
Lima, 2001). 
 
Figure 6 - Schematic map of ammonite zones of the Sergipe Sub-basin. The pale-yellow strip represents the post-Coniacian Calumbi Formation for which the 
scarcity of outcrops does not permit the establishment of a zonation. The ammonite assemblage of this formation comprises Gaudryceras cf. denseplicatum, 
Gaudryceras varicostatum, Vertebrites sp., Kitchinites sp., an indeterminate Kossmaticeratinae, Pachydiscus (Pachydiscus) haldemsis, Pachydiscus (Neodes-
moceras) sp., Sphenodiscus sp., Libycoceras sp., Nostoceras sp., an indeterminate Diplomoceratinae and Baculites sp. (Souza-Lima, 2001). 
 
Litoestratigrafia e conteúdo fóssil 
 
Um grande número de trabalhos trata da litoestratigrafia 
da bacia de Sergipe-Alagoas. Embora muitos deles sejam 
relatórios técnicos não publicados da PETROBRAS, 
alguns foram subseqüentemente adaptados para publi-
cação. Um deles (Schaller, 1970) contém os resultados 
da “Comissão de Revisão Estratigráfica da Bacia de 
Sergipe/Alagoas” (Perrella, 1968). Os termos litoestrati-
gráficos introduzidos estão em grande parte ainda em 
uso. Algumas modificações foram introduzidas por Feijó 
(1995). Um sumário incluindo dados paleontológicos e 
bioestratigráficos selecionados é apresentado a seguir, 
bem como um mapa geológico simplificado da bacia 
(Figura 7 e Figura 8). 
Lithostratigraphy and fossil content 
 
A large number of papers deal with the lithostratigraphy of 
the Sergipe-Alagoas Basin. Although many of them are 
unpublished technical reports of PETROBRAS, some 
were subsequently adapted for publication. One of these 
(Schaller, 1970) contains the results of the “Comissão de 
Revisão Estratigráfica da Bacia de Sergipe/Alagoas” 
(Perrella, 1968). The lithostratigraphic names introduced 
are largely the ones still in use today. Minor modifications 
were introduced by Feijó (1995). A summary including 
selected palaeontological and biostratigraphic data is 
presented below, accompanied by a simplified geological 
map (Figure 7 and Figure 8). 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 10
 
 
 
 
 
Figura 7 - Mapa geológico simplificado da sub-bacia de Sergipe (modificado de Richter & Simões, 1975 e Gava et al., 1983). 
 
Figure 7 - Simplified geological map of Sergipe Sub-basin (modified from Richter & Simões, 1975 and Gava et al., 1983). 
 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 11
 
Figura 8 - Mapa geológico simplificado da sub-bacia de Alagoas (modificado de Richter & Simões, 1975 e Gava et al., 1983). 
 
Figure 8 - Simplified geological map of the Alagoas Sub-basin (modified from Richter & Simões, 1975 and Gava et al., 1983). 
 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 12
O Embasamento 
O embasamento da bacia de Sergipe-Alagoas é composto 
por dois domínios estruturais principais, a Faixa de Dobra-
mentos Sergipana (Figura 9) e o Maciço Pernambuco-
Alagoas, ambos de idade proterozóica. O limite entre estes 
domínios é aproximadamente paralelo ao curso do rio São 
Francisco, cerca de 15 km a norte deste rio no Estado de 
Alagoas (Figura 7). 
The Basement 
The basement of the Sergipe-Alagoas Basin is composed of 
two main structural domains, the Sergipe Fold Belt (Figure 9) 
and the Pernambuco-Alagoas Massif, both Proterozoic in age. 
The boundary between these domains approximately parallels 
the course of the Rio São Francisco, being situated ca. 15 km 
to the north of this river in Alagoas (Figure 7). 
Figura 9 - Falha de empurrão em metacarbonatos da Formação Jacoca, Faixa 
de Dobramentos Sergipana. Fazenda Capitão, Macambira, Sergipe (foto: 
Cláudio Borba). 
 
Figure 9 - Thrust fault on metacarbonates of the Jacoca Formation, Sergipe 
Fold Belt. Fazenda Capitão, Macambira, Sergipe (photo: Cláudio Borba). 
 
Formação Estância (Humphrey & Allard, 1969) 
A Formação Estância tem seu nome derivado da cidade de 
Estância, no sul de Sergipe. Foi inicialmente definida por 
Branner (1913; como Série Estância) para incluir os arenitos 
e siltitos vermelhos com lentes de mica-xistos e conglomera-
dos que ocorrem naquela área. O ambiente deposicional foi 
interpretado como um sistema fluvial meandrante e anasto-
mosado. Supõe-se que a Formação Estância seja de idade 
cambriana, embora a ausência de fósseis impeça um posi-
cionamento confiável. Esta formação ocorre apenas em 
Sergipe, com exposições na região de Estância. 
Estância Formation (Humphrey & Allard, 1969) 
The Estância Formation takes its name from the town of 
Estância in southern Sergipe. It was initially defined by Bran-
ner (1913; as the Estância Series) to include the red sand-
stones and siltstones with mica schists and conglomerate 
lenses that occur in the area. The depositional environment 
was interpreted as a meandering and braided fluvial system. 
The Estância Formation is thought to be Cambrian in age, 
although the lack of fossils prevents reliable dating. The forma-
tion occurs only in Sergipe with exposures in the region of 
Estância. 
Formação Batinga (Bender, 1957) 
A Formação Batinga é subdividida em três membros:Mulun-
gu, Atalaia e Boacica. Seu nome deriva da vila de Batinga, 
na porção noroeste da sub-bacia de Sergipe. O Membro 
Mulungu é representado por conglomerados matriz-
suportados (diamictitos, Figura 10), localmente contendo 
grandes matacões. O Membro Atalaia consiste em arenitos 
imaturos de granulação grossa, e o Membro Boacica é ca-
racterizado por siltitos laminados (Figura 11). O ambiente 
Batinga Formation (Bender, 1957) 
The Batinga Formation is subdivided into three members: 
Mulungu, Atalaia and Boacica. Its name derives from the vil-
lage of Batinga in the northwestern part of the Sergipe Sub-
basin. The Mulungu Member is represented by matrix-
supported conglomerates (diamictites, Figure 10), locally con-
taining sizeable boulders. The Atalaia Member consists of 
immature coarse-grained sandstones, and the Boacica Mem-
ber is characterized by laminated siltstones (Figure 11). The 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 13
deposicional é interpretado como glacio-marinho. A datação 
da Formação Batinga usando pólens (principalmente Florini-
tes sp.) e esporos fornece uma idade neocarbonífera a eo-
permiana. Os melhores afloramentos são encontrados em 
torno do domo de Igreja Nova, em Alagoas, e ao longo da 
estrada de ferro próximo a Batinga, em Sergipe. 
depositional environment is interpreted as glacio-marine. Dat-
ing of the Batinga Formation using pollen (mainly Florinites 
sp.) and spores has yielded a Late Carboniferous to Early 
Permian age. The best outcrops are found around the Igreja 
Nova dome in Alagoas and along the railway near Batinga in 
Sergipe. 
 
Figura 10 - Diamictitos do Membro Mulungu, provavelmente de origem glacial, 
na pedreira do Cabo Teixeira, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
 
Figure 10 - Diamictites of the Mulungu Member, probably of glacial origin, in 
the Cabo Teixeira quarry, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
Figura 11 - Siltitos laminados com climbing ripples do Membro Boacica expos-
tos próximos ao povoado de Batinga, Sergipe. 
 
Figure 11 - Laminated siltstones with climbing ripples of the Boacica Member 
exposed near the Batinga village, Sergipe. 
Formação Aracaré (Perrella in Perrella et al., 1963) 
A Formação Aracaré recebeu este nome do morro do Araca-
ré, situado 2 km ao sul da cidade de Neópolis, no rio São 
Francisco (Figura 12). Consiste em arenitos maturos de 
granulação grossa, exibindo grandes conjuntos de estratifi-
cação cruzada (Figura 13), associados com calcarenitos 
oolítico-oncolíticos, tapetes algais e estromatólitos silicifica-
dos (cherts). A ocorrência de chert é uma feição característi-
ca desta formação. Folhelhos negros ocorrem na base da 
formação. A alga Botryococcus braunii sugere influência de 
água doce. O ambiente deposicional é inferido como tendo 
sido uma praia quente e seca, margeando um grande lago. 
Embora as algas fósseis não sejam diagnósticas quanto à 
idade, a associação dos esporos de gimnospermas Striatites, 
Lueckisporites, Limitisporites, Vestigisporites, Vittattina e 
Striatosacites indica uma idade permiana (Schaller, 1970). A 
Formação Aracaré aflora ao redor do domo de Igreja Nova, 
em Alagoas, e no morro do Aracaré, em Sergipe. 
Aracaré Formation (Perrella in Perrella et al., 1963) 
The Aracaré Formation is named after the Aracaré Hill, 2 km 
south of the town of Neópolis on the Rio São Francisco 
(Figure 12). It consists of mature coarse-grained sandstones 
with large cross-stratification sets (Figure 13), associated with 
silicified oolitic-oncolitic calcarenites, algal mats and stromato-
lites (cherts). The occurrence of chert is a characteristic fea-
ture of this formation. Black shales occur at the base of the 
formation. The alga Botryococcus braunii suggests fresh-water 
influence. The depositional environment is inferred to have 
been a warm and dry shore bordering a large lake. Although 
the fossil algae are not age-diagnostic, the association of the 
gymnosperm spores Striatites, Lueckisporites, Limitisporites, 
Vestigisporites, Vittattina and Striatosacites indicates a Per-
mian age (Schaller, 1970). The Aracaré Formation crops out 
around the Igreja Nova dome in Alagoas and at Aracaré Hill in 
Sergipe. 
 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 14
 
Figura 12 - Morro do Aracaré, no rio São Francisco, localidade-tipo da Forma-
ção Aracaré. 
 
Figure 12 - Aracaré Hill on the Rio São Francisco, the type-locality of the 
Aracaré Formation. 
Figura 13 - Arenitos eólicos da Formação Aracaré, Igreja Nova, Alagoas (Cruz 
et al., 1998). 
 
Figure 13 - Eolian sandstones of the Aracaré Formation, Igreja Nova, Alagoas 
(Cruz et al., 1998). 
Formação Candeeiro (Schaller, 1970) 
A Formação Candeeiro não é exposta. Consiste em arenitos 
de granulação fina a média, provavelmente depositados por 
um sistema fluvial do tipo braided. Nenhum fóssil foi ainda 
encontrado nesta formação. Com base em correlações em 
subsuperfície, infere-se uma idade neojurássica (Schaller, 
1970). A Formação Candeeiro foi denominada a partir do 
poço Candeeiro-01 (1-CO-1-AL) em Alagoas. 
Candeeiro Formation (Schaller, 1970) 
The Candeeiro Formation is not exposed. It consists of fine to 
medium-grained sandstones, probably formed in a braided 
fluvial system. No fossils have as yet been found in this forma-
tion. On the basis of subsurface correlation a Late Jurassic 
age is inferred (Schaller, 1970). The Candeeiro Formation is 
named after the Candeeiro-01 well (1-CO-1-AL) in Alagoas. 
 
Formação Bananeiras (Perrella in Perrella et al., 1963) 
A Formação Bananeiras foi denominada a partir da vila de 
Bananeiras, em Sergipe. É tipicamente composta por folhe-
lhos avermelhados depositados em um ambiente lacustre 
(Figura 14). Ostracodes não-marinhos (Bisulcocypris pricei e 
Darwinula aff. oblonga) datam esta formação como neoju-
rássica. Ela aflora em torno do domo de Igreja Nova e nas 
proximidades do vale do Perucaba, em Alagoas, e na porção 
norte da sub-bacia de Sergipe. 
Bananeiras Formation (Perrella in Perrella et al., 1963) 
The Bananeiras Formation is named after the village of Ba-
naneiras in Sergipe. It is typically composed of red shales 
deposited in a lacustrine environment (Figure 14). Non-marine 
ostracods (Bisulcocypris pricei and Darwinula aff. oblonga) 
date the formation as Late Jurassic. It crops out around the 
Igreja Nova dome, in the nearby Perucaba Valley in Alagoas 
and in the northern part of the Sergipe Sub-basin. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 15
 
Figura 14 - Arenitos fluviais da Formação Serraria depositados sobre os 
folhelhos avermelhados da Formação Bananeiras próximo a Propriá, Sergipe 
(foto: F.J. Feijó). 
 
Figure 14 - Fluvial sandstones of the Serraria Formation, overlying red shales 
of the Bananeiras Formation near Propriá, Sergipe (photo: F.J. Feijó). 
Formação Serraria (Perrella in Perrella et al., 1963) 
A Formação Serraria recebeu seu nome da pequena vila de 
Serraria, no sul de Alagoas. É composta por arenitos de 
granulação grossa com estratificação cruzada tabular e aca-
nalada (Figura 14). Ostracodes não-marinhos datam esta 
formação do Neojurássico ao Eocretáceo. Localmente, os 
arenitos contêm grandes troncos fossilizados de coníferas 
(Agathoxylon benderi, Figura 16). Os sedimentos foram 
depositados por um sistema fluvial do tipo braided, localmen-
te com retrabalhamento eólico. Os principaisafloramentos 
são encontrados às margens do rio Perucaba, em Alagoas, e 
na porção norte da sub-bacia de Sergipe, próximo à cidade 
de Malhada dos Bois. 
Serraria Formation (Perrella in Perrella et al., 1963) 
The Serraria Formation received its name from the small vil-
lage of Serraria in southern Alagoas. It is composed of me-
dium to coarse-grained sandstones with tabular and chan-
nelled cross-stratification (Figure 14). Non-marine ostracods 
date this formation as Late Jurassic to Early Cretaceous. Lo-
cally the sandstones contain large fossilized conifer trunks 
(Agathoxylon benderi, Figure 16). The sediments were depos-
ited by a braided fluvial system, locally with eolian reworking. 
The main outcrops are found on the margins of the Rio Peru-
caba in Alagoas and in the northern parts of the Sergipe Sub-
basin, near the small town of Malhada dos Bois. 
 
Figura 15 - Arenitos fluviais da Formação Serraria, Muribeca, Sergipe. 
 
Figure 15 - Fluvial sandstones of the Serraria Formation, Muribeca, Sergipe. 
Figura 16 - Tronco de conífera da Formação Serraria (Malhada dos Bois, 
Sergipe). 
 
Figure 16 - Conifer trunk from the Serraria Formation (Malhada dos Bois, 
Sergipe). 
Formação Barra de Itiúba (Kreidler in Kreidler & Andery, 
1949) 
A Formação Barra de Itiúba é composta por uma monótona 
Barra de Itiúba Formation (Kreidler in Kreidler & Andery, 
1949) 
The Barra de Itiúba Formation is composed of a monotonous 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 16
sucessão de folhelhos e arenitos de granulação fina, que 
interdigitam-se lateralmente com a Formação Penedo. Seu 
nome deriva da vila de Barra de Itiúba, em Alagoas, onde o 
rio Itiúba deságua no rio São Francisco. Os fósseis mais 
comuns são ostracodes (p. ex., Cypridea (Morininoides) 
candeiensis, C. vulgaris, C. lunula, C. (Sebastianites?) onus-
ta, Paracypridea brasiliensis e P. obovata obovata), uma 
associação que indica idade eocretácea. A formação foi 
depositada provavelmente por um sistema deltaico em um 
ambiente lacustre (Figura 17). A principal área de afloramen-
tos situa-se ao longo das margens do rio São Francisco entre 
a localidade-tipo e a cidade de Penedo. 
succession of shales and fine-grained sandstones that inter-
fingers laterally with the Penedo Formation. Its name derives 
from the Barra de Itiúba village in Alagoas, where the Rio 
Itiúba flows into the Rio São Francisco. The most common 
fossils are ostracods (e.g., Cypridea (Morininoides) candeien-
sis, C. vulgaris, C. lunula, C. (Sebastianites?) onusta, Para-
cypridea brasiliensis and P. obovata obovata), an association 
that indicates an Early Cretaceous age. The formation was 
probably deposited by a deltaic system in a lacustrine envi-
ronment (Figure 17). The principal area of outcrop is along the 
margins of the Rio São Francisco between the type-locality 
and the town of Penedo. 
 
Figura 17 - Arenitos de granulação fina da Formação Barra de Itiúba na 
pedreira Tatu, Sergipe (Cruz et al., 1998). 
 
Figure 17 - Fine-grained sandstones of the Barra de Itiúba Formation in the 
Tatu quarry, Sergipe (Cruz et al., 1998). 
Formação Penedo (Kreidler in Kreidler & Andery, 1949) 
A Formação Penedo foi denominada a partir da cidade de 
Penedo, no rio São Francisco, em Alagoas. Entretanto, sua 
seção-tipo está localizada na margem oposta do rio, entre 
Santana do São Francisco e Neópolis, em Sergipe. Consiste 
em arenitos de granulação grossa a média, depositados em 
um ambiente flúvio-deltaico sujeito a retrabalhamento eólico 
(Figura 18). Os únicos fósseis encontrados são ostracodes 
(p. ex. Cypridea (Sebastianites) fida minor) nas camadas 
mais argilosas. 
Penedo Formation (Kreidler in Kreidler & Andery, 1949) 
The Penedo Formation is named after the town of Penedo on 
the Rio São Francisco in Alagoas. However, its type-section is 
located on the opposite bank of the river, between Santana do 
São Francisco and Neópolis in Sergipe. It consists of coarse 
to medium-grained sandstones deposited in a fluvial-deltaic 
environment subject to eolian reworking (Figure 18). The only 
fossils found are ostracods (e.g. Cypridea (Sebastianites) fida 
minor) in the more argillaceous beds. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 17
 
Figura 18 - Arenitos fluidizados e com dobras convolutas da Formação Penedo 
em Penedo, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
 
Figure 18 - Fluidised and convoluted sandstones of the Penedo Formation at 
Penedo, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
Formação Rio Pitanga (Schaller, 1970) 
A Formação Rio Pitanga recebeu seu nome do poço Rio 
Pitanga-01 (1-RP-1-SE), perfurado em Sergipe. É composta 
por conglomerados polimíticos de granulação grossa (Figura 
19), distribuídos principalmente ao longo das falhas de borda 
da bacia. Ela aflora esparsamente em Sergipe próximo à 
borda da bacia entre as cidades de Capela e Malhada dos 
Bois. Nenhum fóssil foi ainda encontrado. Infere-se que a 
idade seja do Hauteriviano ao Eoaptiano com base no con-
teúdo fóssil das camadas interdigitadas adjacentes. 
Rio Pitanga Formation (Schaller, 1970) 
The Rio Pitanga Formation takes its name from the Rio Pi-
tanga-01 well (1-RP-1-SE) in Sergipe. The formation is com-
posed of coarse-grained polymictic conglomerates (Figure 19) 
distributed mainly along the bounding faults of the basin. It 
crops out sparsely in Sergipe near the basin margin between 
the towns of Capela and Malhada dos Bois. No fossils have 
been found. The age is inferred to be Hauterivian to early 
Aptian based on the fossil content of adjacent interfingering 
beds. 
 
Figura 19 - Conglomerados matriz-suportados da Formação Rio Pitanga em 
Aquidabã, Sergipe (Cruz et al., 1998). 
 
Figure 19 - Matrix-supported conglomerates of the Rio Pitanga Formation at 
Aquidabã, Sergipe (Cruz et al., 1998). 
Formação Coqueiro Seco (Schaller, 1970) 
O nome da Formação Coqueiro Seco deriva do poço Co-
queiro Seco-01, em Alagoas. Este termo substituiu o nome 
Formação Jiquiá, uma vez que Jiquiá adquiriu status crono-
estratigráfico local. A formação consiste em arenitos de gra-
nulação fina a grossa e argilitos depositados em um ambien-
te flúvio-deltaico-lacustre. Os fósseis são em geral mal pre-
servados mas abundantes, particularmente no Membro 
Morro do Chaves. Este membro consiste em conglomerados 
e arenitos retrabalhados intercalados com calcilutitos e ca-
Coqueiro Seco Formation (Schaller, 1970) 
The name of the Coqueiro Seco Formation derives from the 
Coqueiro Seco-01 well in Alagoas. It replaced the former 
name Jiquiá Formation, as Jiquiá acquired local chronostrati-
graphic status. The formation consists of fine to coarse-
grained sandstones and mudstones deposited in a fluvio-
deltaic-lacustrine environment. Fossils are generally poorly 
preserved but abundant, particularly in the Morro do Chaves 
Member. This member consists of reworked conglomerates 
and sandstones interbedded with calcilutites and coquina 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 18
madas de coquina. Existem afloramentos espetaculares na 
pedreira Atol, próximo a São Miguel dos Campos em Alago-
as (Figura 20 e Figura 21). O membro está também exposto 
na sua localidade-tipo, a colina do Morro do Chaves, próximo 
a Propriá, em Sergipe. 
A fauna do Membro Morro do Chaves consiste principal-
mente nos bivalves Anodontophora sp., Gonodon sp., 
Psammobia? sp.,Nucula sp. e Astarte sp. (Borges, 1937; 
Oliveira, 1937) e em pequenos gastrópodes nas coquinas. 
Os calcilutitos são localmente ricos em fragmentos de peixes 
muito bem preservados, pertencentes ao gênero Lepidotes, 
do Cretáceo Inferior. Ostracodes são localmente muito co-
muns (p. ex., Cypridea (Pseudocypridina) faveolata e C. 
jequiensis). 
beds. There are spectacular outcrops in the Atol quarry near 
São Miguel dos Campos in Alagoas (Figure 20 and Figure 
21). The member is also exposed at its type-locality, the Morro 
do Chaves Hill, near Propriá in Sergipe. 
The fauna of the Morro do Chaves Member consists mainly 
of the bivalves Anodontophora sp., Gonodon sp., Psammo-
bia? sp., Nucula sp. and Astarte sp. (Borges, 1937; Oliveira, 
1937) and small gastropods in the coquina beds. The calcilu-
tites are locally rich in very well preserved fish remains. They 
belong mainly to the Lower Cretaceous genus Lepidotes. 
Ostracods are locally very common (e.g., Cypridea (Pseudo-
cypridina) faveolata and C. jequiensis). 
 
Figura 20 - Rochas do Membro Morro do Chaves expostas na pedreira Atol, 
São Miguel dos Campos, Alagoas. 
 
Figure 20 - Morro do Chaves Member exposed in the Atol Quarry, São Miguel 
dos Campos, Alagoas. 
Figura 21 - Coquina de biválvios do Membro Morro do Chaves, pedreira Atol, 
São Miguel dos Campos, Alagoas. 
 
Figure 21 - Coquina beds of the Morro do Chaves Member, Atol Quarry, São 
Miguel dos Campos, Alagoas. 
Formação Ponta Verde (Schaller, 1970) 
A Formação Ponta Verde ocorre apenas em subsuperfície, e 
foi assim denominada a partir do poço Ponta Verde-01, pró-
ximo a Maceió, em Alagoas. Consiste em característicos 
folhelhos cinza a verde, formados durante uma ampla trans-
gressão na área. Os folhelhos são relativamente pobres em 
fósseis. O pólen Tucanopollis crisopolensis indica idade 
eoaptiana para esta formação. A abundância de Afropollis 
sp. é uma característica marcante da Formação Ponta Ver-
de. 
Ponta Verde Formation (Schaller, 1970) 
The Ponta Verde Formation occurs only in the subsurface and 
is named after the Ponta Verde-01 well near Maceió in 
Alagoas. It consists of characteristic grey to green shales 
formed during a widespread transgression in the area. The 
shales are relatively poor in fossils. The pollen Tucanopollis 
crisopolensis indicates an early Aptian age. Abundance of 
Afropollis sp. is a characteristic feature of the Ponta Verde 
Formation. 
Formação Muribeca (Bender, 1957) 
O nome Muribeca foi inicialmente aplicado a rochas hoje 
Muribeca Formation (Bender, 1957) 
The name Muribeca Formation was formerly applied to rocks 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 19
atribuídas à Formação Rio Pitanga expostas nas vizinhanças 
da cidade de Muribeca, no norte de Sergipe. Este erro de 
interpretação litoestratigráfica foi causado por uma correla-
ção errônea em subsuperfície. Na realidade, a Formação 
Muribeca não está exposta. Ela é composta por três mem-
bros estratigraficamente sucessivos. O Membro Carmópolis, 
basal, consiste em conglomerados polimíticos e arenitos com 
pequenas intercalações de siltitos e folhelhos. O Membro 
Ibura, sobreposto, é representado por uma seqüência evapo-
rítica contendo uma sucessão de halita, silvinita e carnalita, 
com camadas subordinadas de taquidrita, intercaladas com 
folhelhos. Uma ou duas camadas finas de anidrita capeiam a 
seqüência evaporítica. O membro mais superior, Oiteirinhos, 
apresenta uma alternância de folhelhos e calcilutitos lamina-
dos. Este membro, junto ao Membro Ibura, constituem as 
principais rochas-fonte para o hidrocarboneto da bacia. Fo-
raminíferos e palinomorfos datam esta seqüência como 
neoaptiana. Além destes fósseis, ostracodes marinhos, con-
chostráceos e restos de peixes são também comuns. A 
seqüência evaporítica é acessível através de um profundo 
shaft de uma mina de sal de potássio próxima a Rosário do 
Catete, em Sergipe. 
now assigned to the Rio Pitanga Formation exposed in the 
vicinity of the town of Muribeca in northern Sergipe. This lithos-
tratigraphic misinterpretation was caused by erroneous sub-
surface correlation. In reality, the Muribeca Formation is not 
exposed. It is composed of three stratigraphically successive 
members. The basal Carmópolis Member consists of polymic-
tic conglomerates and sandstones with minor intercalations of 
siltstones and shales. The middle Ibura Member represents an 
evaporite sequence, containing a succession of halite, sylvinite 
and carnallite with subordinate tachydrite beds, intercalated 
with shales. One or two thin anhydrite beds cap the evaporite 
sequence. The upper Oiteirinhos Member contains an alterna-
tion of shales and laminated calcilutites. This member and the 
underlying Ibura Member form the main hydrocarbon source 
rocks of the basin. Foraminifers and palynomorphs date this 
sequence as late Aptian. Besides these fossils, marine ostra-
cods, conchostraceans and fish remains are common. The 
evaporite sequence is accessible through a deep shaft in a 
potassium-salt mine near Rosário do Catete in Sergipe. 
Formação Maceió (PETROBRAS, 1960) 
A Formação Maceió, coetânea à Formação Muribeca, ocorre 
principalmente na bacia de Alagoas, onde aflora extensa-
mente. Ela consiste em conglomerados e arenitos de granu-
lação grossa a fina, com pequenas intercalações de folhe-
lhos. Uma camada de evaporitos em sua base, os evaporitos 
Paripueira, antecedem os evaporitos Ibura da sub-bacia de 
Sergipe. O Membro Tabuleiro dos Martins contém folhelhos 
betuminosos e uma camada de anidrita. Os melhores aflo-
ramentos da Formação Maceió são encontrados nas praias 
do Morro do Camaragibe e Japaratinga, no norte de Alagoas 
(Figura 22 e Figura 23). Conchostráceos e restos de peixes 
são comuns nos folhelhos. 
Maceió Formation (PETROBRAS, 1960) 
The Maceió Formation, which is coeval with the Muribeca 
Formation, occurs chiefly in the Alagoas Basin, where it is 
widely exposed. It consists of conglomerates and coarse to 
fine-grained sandstones, with minor shale intercalations. An 
evaporite bed at the base, the Paripueira evaporite, predates 
the Ibura evaporite of the Sergipe Sub-basin. The Tabuleiro 
dos Martins Member contains bituminous shales and an an-
hydrite bed. The best outcrops of the Maceió Formation are 
found on the Morro do Camaragibe and Japaratinga beaches 
in northern Alagoas (Figure 22 and Figure 23). Conchos-
traceans and fish remains are common in the shales. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 20
 
Figura 22 - Praia do Morro do Camaragibe, Alagoas. 
 
Figure 22 - Morro do Camaragibe beach, Alagoas. 
Figura 23 - Arenitos turbidíticos da Formação Maceió na praia do Morro do 
Camaragibe, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
 
Figure 23 - Turbiditic sandstone of the Maceió Formation on the Morro do 
Camaragibe beach, Alagoas (Cruz et al., 1998). 
Formação Poção (Figueiredo, 1978) 
Embora a Formação Poção possa ser considerada o equiva-
lente proximal da Formação Maceió, sua porção basal tam-
bém interdigita-se com as formações Coqueiro Seco e Ponta 
Verde. Consiste em arcóseos de granulação grossa e con-
glomerados, localmente com matacões de composição pre-
dominantemente granítica (Figura 24 e Figura 25). A Forma-
ção Poção ocorre principalmente ao longo das falhas de 
borda da bacia de Alagoas. 
Poção Formation (Figueiredo, 1978) 
Although the Poção Formation can be considered as the 
proximal counterpart of the Maceió Formation,its basal parts 
also interfinger with the Coqueiro Seco and Ponta Verde for-
mations. It consists of coarse-grained arkoses and conglom-
erates, locally with large boulders of predominantly granitic 
composition (Figure 24 and Figure 26). The Poção Formation 
occurs mainly along the bounding faults of the Alagoas Basin. 
 
Figura 24 - Matacões e conglomerados muito grossos intercalados com areni-
tos da Formação Poção, próximo à Usina Santo Antônio, Alagoas (foto: F.E.G. 
da Cruz). 
 
Figure 24 - Boulders and very coarse conglomerates interbedded with sand-
stones of the Poção Formation near Santo Antônio Sugar Mill, Alagoas (photo: 
F.E.G. da Cruz). 
Figura 25 - Conglomerados intercalados com arenitos da Formação Poção 
expostos próximo a Porto Calvo, Alagoas (foto: F.E.G. da Cruz). 
 
Figure 25 - Conglomerates interbedded with sandstones of the Poção Forma-
tion exposed near Porto Calvo, Alagoas (photo: F.E.G. da Cruz). 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 21
Formação Riachuelo (Campbell, 1946) 
A Formação Riachuelo, denominada a partir da cidade de 
Riachuelo, em Sergipe, foi originalmente denominada de 
Formação Riachuelo-Maruim. Ela contém os primeiros sedi-
mentos depositados sob condições francamente marinhas. A 
formação é subdividida em três membros: Angico, Taquari e 
Maruim. 
Riachuelo Formation (Campbell, 1946) 
The Riachuelo Formation, which is named after the town of 
Riachuelo in Sergipe, was formerly called Riachuelo-Maruim 
Formation. It contains the first sediments deposited under fully 
marine conditions. The formation is subdivided into three 
members: Angico, Taquari and Maruim. 
 
Figura 26 - Conglomerados do Membro Angico (Formação Riachuelo) expostos 
na Fazenda Cafuz, a oeste de Laranjeiras, Sergipe. 
 
Figure 26 - Conglomerates of the Angico Member (Riachuelo Formation) at 
Fazenda Cafuz, west of Laranjeiras, Sergipe. 
Figura 27 - Ritmitos de planícies de maré do Membro Angico (Formação 
Riachuelo) expostos na estrada Riachuelo-Santa Rosa de Lima, Sergipe. 
 
Figure 27 - Tidal-flat rhythmites of the Angico Member (Riachuelo Forma-
tion) at the Riachuelo-Santa Rosa de Lima road, Sergipe. 
 
O Membro Angico é composto por conglomerados e are-
nitos siliciclástico/bioclásticos, com uma transição quase 
completa entre rochas essencialmente siliciclásticas (Figura 
26 e Figura 27) a predominantemente bioclásticas. O ambi-
ente deposicional é interpretado como leques subaquosos, 
porém ambientes costeiros rasos também podem ser inferi-
dos. A distribuição do Membro Angico possui forte controle 
tectônico. O Membro Taquari é composto por uma alternân-
cia cíclica de margas e folhelhos que interdigitam-se com os 
membros Angico e Maruim. Ele representa a deposição nas 
porções mais profundas da bacia, adjacentes às bioconstru-
ções algais (Figura 28) e aos bancos oncolítico/oolíticos do 
Membro Maruim (Figura 29). Esta formação é extensamente 
exposta numa faixa com cerca de 10 km de largura que 
bordeja parcialmente o alto de Aracaju (Figura 6). Afloramen-
tos são encontrados principalmente na área de Riachuelo-
Divina Pastora-Maruim. 
 
The Angico Member is composed of siliciclastic/bioclastic 
conglomerates and sandstones, with an almost complete 
transition between essentially siliciclastic (Figure 26 and 
Figure 27) to predominantly bioclastic rocks. The depositional 
environment is interpreted as a subaqueous fan, but shallow 
coastal environments can also be inferred. The distribution of 
the Angico Member is largely tectonically controlled. The 
Taquari Member is composed of a cyclic alternation of marls 
and shales that interfingers with the Angico and Maruim mem-
bers. It represents deposition in deeper parts of the basin, 
adjacent to the algal bioconstructions (Figure 28) and onco-
lite/oolite banks of the Maruim Member (Figure 29). The for-
mation is extensively exposed in a ca. 10 km wide belt that 
partially borders the Aracaju High (Figura 6). Outcrops are 
found mainly in the Riachuelo-Divina Pastora-Maruim area. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 22
 
Figura 28 - Bioconstrução algal (Solenoporacea) próximo a Rosário do Catete, 
Sergipe. 
 
Figure 28 - Algal bioconstruction (Solenoporacea) near Rosário do Catete, 
Sergipe. 
Figura 29 - Rochas do Membro Maruim (Formação Riachuelo) expostas na 
pedreira Brejo, próximo a Pedra Branca, Sergipe. 
 
Figure 29 - Maruim Member (Riachuelo Formation) in the Brejo Quarry near 
Pedra Branca, Sergipe. 
 
As ricas macro- e microfaunas marinhas da Formação Ri-
achuelo têm fornecido subsídios para estudos multidisciplina-
res de paleoecologia, paleobiologia e bioestratigrafia (K. 
Beurlen, 1961a, 1961b, 1961c, 1962, 1963, 1964a, 1964b, 
1964c, 1965a, 1965b, 1968; G. Beurlen, 1968a, 1968b; 
Koutsoukos, 1989; Koutsoukos & Bengtson, 1993; Souza-
Lima & Bengtson, 1999a). A fauna data esta formação como 
distribuída do Eoaptiano ao Eoalbiano. Amonóides são parti-
cularmente abundantes e têm proporcionado um firme con-
trole biocronoestratigráfico para a bacia (Figura 6). A suces-
são de amonóides é dividida em cinco zonas de amplitude 
local: a zona de Epicheloniceras-Diadochoceras-Eodouvillei-
ceras, do Aptiano, a zona de Douvilleiceras, do Albiano infe-
rior, a zona de Oxytropidoceras, do Albiano médio, e as 
zonas de Elobiceras e Mortoniceras-Neokentroceras, do 
Albiano superior. 
 
The rich marine macro- and microfaunas have provided 
data for multidisciplinary studies of the palaeoecology, palaeo-
biology and biostratigraphy of the Riachuelo Formation (K. 
Beurlen, 1961a, 1961b, 1961c, 1962, 1963, 1964a, 1964b, 
1964c, 1965a, 1965b, 1968; G. Beurlen, 1968a, 1968b; Kout-
soukos, 1989; Koutsoukos & Bengtson, 1993; Souza-Lima & 
Bengtson, 1999a). The fauna dates the formation as ranging 
from mid or late Aptian to late Albian. Ammonites are particu-
larly abundant and have provided a firm biochronostratigraphic 
control of the basin (Figure 6). The ammonite succession is 
divided into five local amplitude zones: the Aptian Epichelo-
niceras-Diadochoceras-Eodouvilleiceras Zone, the lower Al-
bian Douvilleiceras Zone, the middle Albian Oxytropidoceras 
Zone, and the upper Albian Elobiceras and Mortoniceras-
Neokentroceras zones. 
Formação Cotinguiba (Schaller, 1970) 
A Formação Cotinguiba (originalmente Formação Sapucari-
Laranjeiras) foi denominada a partir do amplo vale que corta 
as camadas carbonáticas desta unidade. A formação contém 
dois membros: Sapucari e Aracaju. O Membro Sapucari 
(Figura 30) consiste em calcilutitos e brechas carbonáticas 
subordinadas que gradam bacia adentro para as margas e 
folhelhos do Membro Aracaju. A formação é extensamente 
exposta, principalmente na área de Laranjeiras-Maruim-
Cotinguiba Formation (Schaller, 1970) 
The Cotinguiba Formation (formerly Sapucari-Laranjeiras 
Formation) is named after the broad valley that crosscuts the 
carbonate beds of this unit. The formation contains two mem-
bers: the Sapucari and the Aracaju members. The Sapucari 
Member (Figure 30) consists of calcilutites and subordinately 
carbonate breccias that grade basinward into the marls and 
shales of the Aracaju Member. The formation is extensively 
exposed, mainly in the Laranjeiras-Maruim-Carmópolis area. 
 
Fundação Paleontológica Phoenix Edição especial 1 
 23
Carmópolis. As macro- e microfaunas indicam idade eoce-
nomaniana a mesoconiaciana

Continue navegando