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CENTRO DE MEDICINA NUCLEAR DA guanabara 03 cmng inVeste em tecnologia e no atendimento aos clientes E D I Ç Ã O 0 1 . D E Z E M B R O / 2 0 1 3 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE ELEITO DA SBM06 TC HELICOIDAL É SINÔNIMO DE DIAGNÓSTICO PRECISO08 2 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a Valores reafirmados Trabalhar com saúde não é fácil: lidamos diaria-mente com o desafio de contribuir para o diag- nóstico preciso de doenças, onde um erro ou uma desatenção pode ter consequências desastrosas para a vida dos pacientes. Além disso, precisamos sempre de paciência, e compreender que uma sala de exames está longe de ser o lugar mais agradável para as pessoas, ainda mais quando muitas vezes dali surgem notícias que não são boas. Por isso, nós do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG) temos a qualidade do aten- dimento como prioridade. Buscamos investir em tecnologia para oferecer sempre o que há de mais moderno em exames, mas nunca esquecendo da importância de um atendimento personalizado que facilite a passagem do paciente pela sala de exame, dando sempre a atenção e o cuidado que ele merece. A demanda por serviços de saúde aumenta cada vez mais, tornando-se ainda mais importante cumprir nossa missão de oferecer a melhor relação custo-benefício em exames médicos complemen- tares, conciliando a mais moderna tecnologia mé- dica com as atenções ao paciente. Vem ocorrendo um considerável crescimento da demanda, resultado das transformações econô- mica e social; diminuíram as desigualdades sociais, melhorando a distribuição de renda no País. Na prática, isso significa que mais pessoas se inseriram dentro do mercado consumidor, ou seja, mais gen- te com condições de comprar. Para o CMNG, esse cenário aponta o desafio de investir constantemente em equipamentos e pessoas, ao mesmo tempo procurando melhorar a qualidade de nossos serviços. Temos o comprome- timento de reforçar diariamente nossos valores – Alta Tecnologia, Ensino Médico, Treinamento Con- tinuado, Credibilidade, Compromisso e Atenção ao Paciente. Os dois últimos, fundamentais para tornar as unidades do CMNG locais acolhedores para os pacientes. antonio rocha Diretor do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara S u m á r i o editorial02 inVestimentos03 artigo04 entreVista06 tomografia08 check-up09 artigo10 E x p E d i E n t E Esta é uma publicação do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara Conselho editorial Antonio Rocha Ana Claudia Rodrigues Eduardo Duarte Mauro Esteves Vinicius Ricco Produção Euro Comunicação Reportagem e Redação Euro Comunicação Rua Debret, 79, grupo 709 Tel.: (21) 3204-3204 www.euro.inf.br Fotografia Banco de imagem e divulgação Diagramação e projeto gráfico Duo Design Tiragem 1.000 exemplares Endereço Rua Buenos Aires 68 - Centro - Rio de Janeiro www.cmng.com.br E d i t o r i a l 3 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a i n v E S t i m E n t o S cmng inVeste em tecnologia O Centro de Medicina Nucle-ar da Guanabara (CMNG) investiu em 2013 mais de R$ 10 milhões na renovação do seu parque tecnológico. O aporte foi destinado à aquisição de diver- sos equipamentos, inclusive cin- co novas ressonâncias magnéti- cas. A expectativa é aumentar a capacidade de atendimento em até 30%. Além disso, o CMNG ampliou em 40% a sua equipe de Call Center. Foram contratados mais 75 profissionais, e agora o Centro tem à disposição 200 atendentes que auxiliam e agi- lizam a marcação de exames. O reforço foi ao encontro de uma das principais preocupações dos planos de saúde, o agendamen- to de procedimentos dentro do prazo estipulado pela ANS. - Nosso objetivo é oferecer sempre o melhor serviço aos pacientes, por isso fazemos investimentos periódicos, para colocar sempre o que tem de melhor à disposição da popula- ção. Somos referência na rea- lização de exames por meio de imagem, o que aumenta a nossa responsabilidade em investir na atualização tecnológica, bem como na contratação de profis- sionais qualificados – explica o assessor administrativo- finan- ceiro, Vinicius Ricco. noVo sistema de informação Outra novidade no ano foi a inauguração do sistema de infor- mação, que permite processar até 2 milhões de exames por mês, o equivalente a 67 mil análi- ses por dia. Além da otimização do proce- dimento laboratorial, o sistema possibilita ainda que o médico escolha receber o resultado do paciente por e-mail ou acessan- do pela internet. - Sabemos que quanto mais rá- pido o resultado é entregue, mais cedo o paciente pode começar um tratamento, por exemplo. Além da rapidez, oferecemos também mais facilidade para o médico e para o paciente – explica Ricco. Pioneira na realização de exames por meio de imagens, o Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG) se notabili- zou no mercado como umas das mais respeitadas redes de exa- mes complementares do país. A rede, por exemplo, foi a primeira a oferecer ao mercado flumi- nense a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-TC), aparelho capaz de identificar e monitorar o tratamento de vários tipos de câncer, além de problemas car- díacos e neurológicos. Conside- rado um dos equipamentos mais modernos do mundo nessa área, possibilita a redução de custos pela seleção do tratamento mais adequado para cada caso. O Centro de Medicina Nucle- ar da Guanabara realizou tam- bém os primeiros diagnósticos sofisticados de cardiologia do Rio de Janeiro, como a Radio- cardiografia e a Cintigrafia do miocárdio. Saiu na frente tam- bém na oferta de outros tipos de exames como os relativos a funções pulmonares (Cinti- grafia de Perfusão e de Vias Aéreas por Inalação); Cintigra- fia de Vias Biliares; Cintigrafia Específica com Marcadores de Cistos Hidáticos; Cintigrafia Ce- rebral e de Espaços Liquóricos; Estudos Renais Dinâmicos e Radioinmunoensaios. Entre as novidades estão 5 novas ressonâncias magnéticas e um novo sistema de informação. Equipe de Call Center foi reforçada para agilizar os agendamentos de exames Ricco explica que os novos equipamentos vão permitir que mais pessoas sejam atendidas 4 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a O PET-TC constitui, neste mo-mento, excetuando alguns procedimentos ainda em fase experimental, no mais avançado método da medicina nuclear, e encontrar um local onde treinar nesta nova área de imagens mé- dicas pode ser uma tarefa árdua. Um tempo atrás, fui convi- dado a participar de um projeto de PET-TC, em Barranquilla, na Colômbia, mas onde treinar- me? Colômbia, Estados Unidos, outro país... Eu tinha algumas ideias claras, deveria ser um lo- cal com experiência suficiente no tema, comum a linguagem, processos e protocolos preci- sos e que ainda me permitisse aprender de perto os aspectos técnicos da subespecialidade. Estas exigências impostas por mim cancelavam automati- camente algumas possibilida- des, porque não tinham a expe- riência suficiente, ou porque não deixavam observar de perto o procedimento técnico, ou por- que limitavam o tempo de esta- dia, ou porque a lista de espera era tão longa que eu poderia especializar-me novamente e continuar na espera. E que tal voltar ao Brasil? os Velhos tempos Quando cheguei ao Brasil pela primeira vez, era o tempo da remarcação diária dos preços, do Presidente José Sarney, da Elba Ramalho com o seu “De volta para o meu aconchego” e pet tc: uma traVessia pessoal Igor Iván Bonnet*dos atores Regina Duarte, José Wilker e Lima Duarte, que defen- diam seus amores no “Roque San- teiro”. Para mim, era o tempo de conhecer esse Brasil, e de espe- cializar-me em Medicina Nuclear. Nessa época, e com uma vasta experiência em Medicina Nucle- ar, o Professor Antônio Fernando Gonçalves da Rocha, ensinava a um grande grupo de médicos que levaram a especialidade pelo Brasil afora. Exigente e discipli- nado, autor do livro “Textbook of Nuclear Medicine, Vols 1 e 2”, que era utilizado como livro texto em várias Universidades Ameri- canas, o Professor Rocha insistia na necessidade de um médico nuclear integral, que soubesse tanto interpretar adequadamen- te os estudos quanto realizar os mesmos, e resolver todas as situações a que um especialista dessa área poderia se confrontar. Ainda, trazia do exterior proemi- nentes figuras da área, que em palestras inesquecíveis permi- tiam-nos conhecer de primeira mão o estado da arte. Os Profes- sores Aldo Mitta, G. Krishnamur- thy, Henry Wagner, Peter Gill e B. Delaloye, entre outros, visitaram o Centro de Medicina Nuclear da Guanabara e nos deixaram o seu conhecimento e respeito pela ci- ência. O Professor Rocha foi meu tutor durante esses anos todos e, mesmo na marra, muitas vezes me ensinou a ser médico nuclear. uma noVa incursão As principais mudanças da Medicina Nuclear realizam-se fundamentalmente no campo da rádio-farmácia e da instru- mentação. Nos anos noventa, a introdução do SPECT, técnica que permite a avaliação tomo- gráfica da distribuição de um traçador num órgão, assim como a aplicação das técnicas com carbono 14 para a detecção da infecção gástrica pelo H. Pylori ressaltaram na propedêutica Rá- dio Nuclear. E o Professor Rocha trouxe ambas novidades ao Rio de Janeiro e ao Brasil. Era 1993, Aguinaldo Silva se inspirava nos textos de Lima Bar- reto para fazer “Fera Ferida” na TV, a Bethânia era sucesso com a música do mesmo nome, e o Ita- mar Franco conduzia o destino a r t i g o 5 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a de um país que tinha feito efeti- vo seu poder contra a corrupção provocando o impedimento do Presidente Collor. Logo chegou o plano Real e a estabilização da economia brasileira. Então a cintigrafia de per- fusão miocárdica pela técnica SPECT modificou o protocolo de diagnóstico da doença coronaria- na, constituindo-se na metodolo- gia não invasiva mais eficaz para determinar a presença dessa patologia. De igual forma a téc- nica SPECT permitiu determinar de jeito simples a distribuição dos traçadores de perfusão cerebral, sendo de muita importância a avaliação dos quadros demen- ciais e das crises epilépticas refra- tárias. E ainda o teste respiratório com Carbono -14 permitia, não invasivamente, o diagnóstico da infecção gástrica pelo H. Pylori, assim como medir a resposta te- rapêutica. Grandes mudanças no diagnóstico e avaliação terapêu- tica de doenças de alta incidência na população brasileira. E ali estávamos nós como tes- temunhas dessa nova era. um noVo século No ano 2000, na TV assistia-se aos amores de Edu e Camila em “Laços de Família”, na rádio Mari- sa Monte com “Amor I Love You”, em Brasília Fernando Henrique Cardoso lutava para estabilizar o Real que em 1999 se encontrava em queda livre, perdendo até 75% do seu valor referente ao dólar. Enquanto isso, as imagens de diagnóstico médico mudaram. As novas tecnologias radiológicas tinham trazido a TC Helicoidal e de multidetetores, a Resso- nância Magnética Nuclear abria campo demonstrando sua ampla utilidade nas lesões do cérebro, abdome e pelve, assim como nas articulações, a Ultrassonografia se firmava de forma importante e a Medicina Nuclear trazia as imagens híbridas e novos traça- dores. Tudo em dólar! O Centro de Medicina Nuclear da Guana- bara, ciente dessas mudanças e de que a verdadeira linguagem do diagnóstico médico requeria o conhecimento de todas essas áreas, ampliou seus horizontes, permitindo a integralidade no diagnóstico por imagem, fazen- do-se mais eficaz e completo ante as exigências do novo milênio. Dentre as imagens híbridas, o Professor Rocha iniciou um projeto para instalar um PET-TC em 2004. Em 2006 é inaugurado o Centro PET-TC do Centro de Medi- cina Nuclear da Guanabara, locali- zado na unidade de Copacabana. Voltar ao rio Agora tudo era mais claro, a melhor decisão era voltar ao Rio de Janeiro, e treinar-me no Centro de Medicina Nuclear da Guanabara. Com mais de sete anos de experiência em PET-TC, tecnologia de ponta, pessoal técnico altamente treinado e um grupo de médicos nucleares e radiologistas notáveis. Julho de 2013. Rio, São Paulo, Aracaju, etc. Pessoas revoltadas pela corrupção, pelo custo de vida, pelos gastos em infraestru- tura não essencial. Um país indig- nado pela situação econômica insustentável. Na TV a novela era suspensa para dar entrada às notí- cias da turba contrariada, na rádio os ruídos produzidos pelos heli- cópteros e as bombas, em Brasília a terceira presidência em linha do PT, o tempo da Dilma Rousseff. A equipe médica encarregada do PET-TC do Centro de Medicina Nuclear bem entrosada, conta com médicos nucleares altamen- te experientes como o Professor Rocha e a Dra. Carla Amorym, radiologistas muito bem concei- tuados como o Professor Mauro Esteves, reconhecido nacional- mente pelos seus estudos em TC torácico, Dr. Gustavo Jauregui, experiente em abdome, Dra. Sau- la Hamad Tomene, professora Universitária de longa experiên- cia, e Dr. Murilo Ferraz de Holan- da, radiologista e médico nuclear, que como poucos pode ter uma visão e interpretação única dos estudos híbridos. Ficar ao lado deles, escutando e aprendendo de seu saber, foi sem dúvida a me- lhor eleição. Fico imensamente grato a eles. A equipe técnica, por sua vez, com longa experiência na Me- dicina Nuclear e na Tomografia Computadorizada, realiza seu trabalho com rapidez e ordena- damente, com humanidade e compreensão. Fico grato a eles também, por tudo que foi ensi- nado durante meu estágio. Hoje, ainda há revoltas em algumas cidades, mas volto à Co- lômbia, preparado para o novo desafio de dirigir um serviço de PET-TC. Médico especialista em Medicina Nuclear* 6 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a E n t r E v i S ta Recém-eleito presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e diretor da Escola Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior con- versou com a revista do CMNG sobre o cenário atual do câncer de mama no Brasil. Ele avaliou o sucesso das campanhas pre- ventivas e a necessidade do PETSCAN ser inserido na lista de procedimentos obrigatórios oferecidos pelos planos de saú- de. Além disso, Ruffo adiantou quais são as metas para sua ges- tão à frente do SBM. O câncer de mama é a primeira causa de morte de mulheres por tumor no país. O que falta para mudar esse cenário? Para mudança desse cenário são necessárias ações relacio- nadas à incorporação do rastre- amento mamográfico popula- campanhas de autoexame não têm os efeitos esperados Presidente eleito da SBM cita estudos que apontam que autoexame não ajudou na redução da taxa de mortalidade por câncer de mama. Mamografia é a melhor opção cional de maneira adequada, não só nos grandes centros, mas também para as cidades do inte- rior deste vasto país. Entretanto, não somente o rastreamento mamográfico é fundamental, mas também a melhoria relacionada ao diagnóstico por agulha em cen- tros especializados e centros de maiorcomplexidade destinados ao tratamento rápido e adequado da neoplasia mamária precisam ser incentivados e aumentados por todo território nacional. Qual avalição que o senhor faz das iniciativas realizadas devido ao Outubro Rosa? Outubro Rosa serve prima- riamente para sensibilizar a sociedade de uma forma geral a estar atenta para o câncer de mama. Em outras palavras, cha- ma atenção para um problema de saúde pública que é o câncer de mama; mostrando que são necessárias ações governamen- tais e não governamentais de forma que a mulher tenha aces- so a rastreamento mamográfi- co, ao diagnóstico rápido e ao tratamento adequado. Qual deve ser o foco em campanhas, a mamografia ou o autoexame? O autoexame, de fato, não é a maneira mais adequada de se fa- zer o rastreamento da mulher. Os dois grandes estudos padroniza- dos, tanto na China como na Rús- sia, mostraram que o autoexame não conseguiu reduzir a taxa de mortalidade nos locais onde ele foi utilizado. No Brasil, mais especificamente na cidade de Goiânia, em um estudo de coorte retrospectivo, organizado pela Rede Goiânia de Pesquisa em Mastologia, concluiu que apesar de ser uma estratégia para que a mulher conheça as suas mamas, o autoexame não trouxe nenhum benefício no que se refere aos grandes questionamentos sobre estadiamento e redução da mor- talidade do câncer de mama. A SBM acaba de lançar um aplicativo inédito gratuito que visa ao autocuidado personalizado. O que vocês esperam com a plataforma life hank? 7 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a Essa ferramenta auxilia a mulher a se lembrar de fazer a mamografia anual. Nós acredi- tamos, em decorrência de não haver um programa de rastre- amento populacional adequa- do, que essa plataforma possa aliviar a carga para a mulher e aumentar a adesão em relação ao rastreamento mamográfico. Mesmo com a internet e as campanhas de prevenção, ainda há falta de informação sobre o câncer de mama? As mulheres, hoje, com suas vidas corridas, divididas entre os três turnos de trabalho, deixam de procurar o rastreamento adequado pela falta de tempo, pela falta de uma liberação do trabalho, pela impossibilidade de deixar filhos em casa ou pela distância que têm que percorrer entre seu local de trabalho ou sua residência até o mamógrafo mais próximo dela. Basta ressal- tar que a metade dos mamógra- fos no país ou quase isso está localizado nas capitais, estando a outra metade espalhada por uma vasta área do País, de forma inadequada e irregular. Isso pro- picia situações em que a mulher, por vezes, tem que rodar 300 a 400 km para simplesmente fazer um raio-X da mama. Em 2013 completou-se cinco anos desde a lei federal 11.664. O que significou essa lei? A lei federal 11.664 é um marco para a mulher brasileira. Apesar do Instituto Nacional do Câncer e do Ministério da Saúde ainda promulgarem de que o rastreamento mamográfico deva ser entre 50 e 69 anos, as três sociedades incluindo Socie- dade Brasileira de Mastologia, Colégio Brasileiro de Radiologia e Federação das Sociedades Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), em um trabalho científico fabuloso, publicado na revista “Radiologia Brasileira”, em 2012, observa- ram que a mamografia deve ser feita para o rastreamento do câncer de mama para todas as mulheres acima de 40 anos e não acima de 50 anos. Ressalto ainda que 1/4 dos cânceres de mama em brasileiras são detectados entre os 40 e 49 anos de idade. Se isso é verdade, é incabível o início da utilização da mamogra- fia com 50 anos. O PETSCAN, no caso de câncer de mama, ainda não foi inserido pela ANS dentro da lista da cobertura obrigatória dos planos. Isso deveria ser uma prioridade para o governo? Certamente esse é um dos pontos que acreditamos que deva ser mudado no futuro próximo. O PET-CT é um exame que faz com que haja a diferen- ciação para o tratamento do câncer de mama, uma vez que ele pode detectar metástases pequenas e, eventualmente, mudar o curso da terapêutica a ser oferecida para aquela determinada paciente. Assim, acreditamos que o governo deva de fato inserir essa “arma” no “arsenal de diagnóstico”. A falta de médicos foi o principal argumento do governo em defesa do pro- grama Mais Médicos. Como a SBM vê o cenário da especia- lidade no país? O governo antecipou de fato a falta de médicos no país. Hoje o que observamos é que faltam ge- neralistas e especialistas. Dessa forma, a SBM vê a necessidade da formação de mais mastologistas em todo o território nacional. Deve ser notado que nas áreas onde há a presença de mastolo- gistas, a qualidade da saúde em relação às doenças da mama é melhorada, havendo um bene- fício real no rastreamento, no diagnóstico e também no trata- mento, principalmente, no que se concerne ao câncer de mama. Quais são suas metas como presidente da SBM? Deverei continuar o trabalho dos meus antecessores, prin- cipalmente no que se refere à divulgação da especialidade, formação e estimulação para me- lhor adequação das residências médicas por todo país, educação continuada de maneira bem evidente (através da Escola Brasi- leira de Mastologia) e lutaremos pela possibilidade de estudos multicêntricos apoiados pela SBM. A marca Eu Amo meus Pei- tos será revisitada e a partir daí, para 2014, teremos novas ações relacionadas a essa ação que lem- bra às mulheres a importância dos seus seios, do rastreamento e, também, a do mastologista enquanto médico que lida com cuidados da saúde das mamas. 8 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a t o m o g r a f i a Números da Organização Mundial de Saúde (OMS) apon- tam que de 2000 para 2011 do- enças vasculares permaneceram no topo do ranking das principais causas de morte no mundo. No ano retrasado, 7 milhões de pes- soas morreram de doença cardí- aca isquêmica e 6,2 milhões, de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Entretanto, apesar do ele- vado número de mortes, a ciência avançou no desenvolvimento de tecnologias que permitem diag- nósticos precisos, que são um importante passo para se evitar situações de risco como um AVC. O Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG), que inves- te constantemente na aquisição de novas tecnologias, tem à dispo- sição dos pacientes a tomografia computadorizada helicoidal mul- tislice, que permite imagens mais rápidas e precisas do que a tomo- grafia computadorizada padrão. - A TC helicoidal permite um exame radiográfico dos vasos san- guíneos, fornecendo um “mapa” vascular, que facilita a localização e a quantificação de anormalidades e, com isso, um diagnóstico preciso de determinadas doenças, como aneurismas e obstruções vascu- lares – explica o radiologista do CMNG Mauro Esteves de Oliveira. Mauro observa que para o mé- dico o equipamento significa me- lhores condições para aferir com precisão o diâmetro do vaso san- guíneo, a gravidade das ectasias e PRECisão nA hoRA DA toMogRAfiA estenoses vasculares, a extensão de lesões, além do envolvimento de estruturas adjacentes. - Além disso, a TC helicoidal multislice introduziu uma varie- dade de novas aplicações que não eram possíveis com a TC conven- cional, permitindo a realização de exames mais rápidos, mais precisos e com maior conforto aos pacientes – completa. como funciona Na TC helicoidal, o paciente é movido através do suporte circu- lar designado “gantry” continua- mente, enquanto o exame tam- bém é realizado ininterruptamen- te, duranteo qual o feixe de raios X atravessa o paciente, permitin- do aquisição de dados em espiral (hélice). Depois de toda a região anatômica ser examinada, os da- dos podem ser reconstruídos em cortes individuais. A aquisição de um conjunto de dados do volume anatômico examinado permite excelentes reconstruções de ima- gens bi e tridimensionais. Mauro esclarece que a grande vantagem das imagens que po- dem ser combinadas bidimensio- nal ou tridimensionalmente (3D), é que poderão orientar adequa- damente o planejamento cirúrgi- co e na indicação do tratamento. Além disso, a TC helicoidal for- nece um estudo simples, rápido e menos invasivo para o paciente. Os tempos de exames estão entre 20 e 80 segundos, com o paciente no aparelho por no má- ximo 5 a 10 minutos. Uma tomo- grafia computadorizada padrão pode durar de 15 a 30 minutos, dependendo da área do corpo que estiver sendo examinada. Atualmente, as unidades de Copacabana, Tijuca e Centro es- tão equipadas com um aparelho helicoidal multislice. Mas já há in- vestimentos para equipar as uni- dades de Campo Grande, Caxias e Nova Iguaçu. Em breve, os pa- cientes dessas regiões terão mais essa tecnologia à disposição. contraindicação Por usar contraste a base de iodo, administrado por via endo- venosa, o exame, dependendo do período em que está a gesta- ção, não é aconselhado para grá- vidas. Também é contraindicado para quem é alérgico ao iodo ou que apresente disfunção renal. Velocidade e nitidez da imagem fazem do TC helicoidal importante ferramenta no combate a doenças vasculares. Rapidez do exame exige menos dos pacientes C H E C K - u p check-up como forma de preVenção O ritmo acelerado da rotina diária deixa pouco tempo para que as pessoas possam se dedicar à família, lazer e, prin- cipalmente, à saúde. Com isso, cuidados com a alimentação e a prática de atividades físicas são, muitas vezes, colocadas nos últi- mos lugares na lista de priorida- des de cada pessoa. Dentro desse cenário, cresce cada vez mais a importância da realização de che- ck-ups periódicos como forma de prevenir doenças. A variedade de exames realizados numa sessão de check-up pode levantar uma série de alterações do organismo do paciente, em tempo hábil para tratamento adequado. - Há doenças, como a hiper- tensão arterial, que em certos casos não apresentam sintomas, não dando motivos para a pessoa desconfiar de que algo esteja errado. E a realização periódica do check-up signifi ca para população evitar futuras idas ao médico e economizar gastos com consultas e remédios – alerta o clínico-geral responsável pelo Centro Check Up do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara, Eduardo Duarte. A lógica do check-up é iden- tifi car doenças e seus fatores de risco em estágios bastante ini- ciais, quando as chances de cura são maiores. Ainda de acordo com o especialista, o fato de ser jovem não exclui a necessidade de fazer a bateria de exames. Duarte lembra que muitos jo- vens de hoje já vivem situações de vida estressantes como a pressão do vestibular ou ter que conciliar trabalho e estudo, além disso muitos fumam e bebem. - Entretanto, quanto mais cedo se intervém nesses hábi- tos, maior a chance de mudança. E os resultados dos exames mos- tram para a pessoa a necessida- de de mudar – explica. Duarte cita um estudo de 2012 do Hospital do Coração de São Paulo, que aponta que jovens entre 20 e 40 anos estão tendo mais problemas cardiovascula- res, como, por exemplo, infartos. Os casos nesta faixa etária já representam, em média, 12% do total. Há dez anos, esse número não passava de 6%. No caso do Centro de Medi- cina, explica Duarte, o paciente tem à disposição especialistas em diversas áreas (oftalmologia, car- diologia, urologia, ginecologia, pneumologia, otorrinolaringolo- gia, radiologia, fonoaudiologia, ecografi stas, entre outras), além de contar com equipamentos de ponta e inovações tecnológicas. As avaliações são realizadas em ambiente planejado, tentando evitar o estresse dos hospitais e duram aproximadamente quatro horas. Neste período, o cliente poderá desfrutar de um saboro- so café-da-manhã, apreciando a bela vista da Baía da Guanabara. indicaçÕes Para quem nunca realizou um check-up, é importante saber que periodicidade das avalia- ções deve seguir alguns critérios como: sexo, idade, antecedentes familiares, antecedentes pes- soais, função que desempenha, entre outros. O importante é que o rol de exames seja escolhido em comum acordo com os pro- fi ssionais de saúde das empresas. Quanto à população em geral, essa indicação deve ser discutida com o médico assistente. - O certo é que cada vez mais a medicina tem orientado para que os cuidados em prevenção se realizem desde a concepção, assim, a inserção do cliente em nosso serviço pode ser iniciada com a maioridade e a entrada no mercado de trabalho – ob- serva Duarte. Bateria de exames é uma importante ferramenta para diagnosticar doenças em seus estados iniciais. Periodicidade deve seguir critérios e acompanhamento médico vista da bahia de guanabara é um dos diferenciais do check-up do cMng. 10 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a C om o conhecimento de que o câncer de mama é uma doença local com evo- lução sistêmica, passamos de um cenário no passado em que os cânceres de mama se apre- sentavam com sinais de doença avançada, tais como massas pal- páveis e alterações cutâneas, para um cenário atual em que o diagnóstico é feito em pacien- tes assintomáticas. Hoje sabemos que as maiores chances de cura para o câncer de mama são diretamente de- pendentes da precocidade do diagnóstico. Muito se aprendeu e muito foi feito com o uso sis- temático da mamografia como método de rastreamento. Se por um lado se observou um au- mento na incidência do câncer de mama com a implementação dos programas de rastreamento, viu- se que este aumento se deu nos grupos com estágio mais inicial. A recomendação atual do Colégio Brasileiro de Radiologia(CBR), da Sociedade Brasileira de Mastolo- gia (SBM) e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia(FEBRASGO) é de que o rastreamento mamográfico se inicie aos quarenta anos e seja feito anualmente, na população geral. Caso haja história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau, o rastreamen- to anual deve se iniciar 10 anos antes da idade do referido paren- te quando do diagnóstico. a r t i g o câncer de mama: abordagem atual pelos métodos de imagem Ana Claudia Rodrigues* MaMogRafia bilateRal evidenciada: nódulo espiculado, altaMente suspeito, na união dos quadRantes infeRioRes da MaMa esqueRda A mamografia v isa a en - contrar pequenos nódulos, agrupamentos de microcalci- ficações, áreas de assimetrias de densidade e sítios de distor- ção arquitetural focal, tendo uma boa especificidade para o diagnóstico do câncer de mama, em especial quando se trata de nódulos espiculados ou agrupamento de microcal- cificações pleomórficas. Com relação à sensibilidade, a mamografia apresenta algu- mas limitações importantes, es- pecialmente no caso de mamas densas. A alta densidade mamá- ria dificulta ou mesmo impede a identificação dos achados de suspeição do câncer de mama. Assim, surge, em muitos casos, a necessidade de complementar o rastreamento com outros méto- dos de imagem. A escolha natural seria a ul- trassonografia mamária por ser um exame que não faz uso de radiação ionizante, estar ampla- mente disponível para as popu- lações e por não ter sua acuraria diagnóstica limitada pela abun- dância de tecidofibroglandular. Entretanto, estudos multins- titucionais mostraram que, ape- 11 C e n t r o d e M e d iC in a n u C l e a r d a G u a n a b a r a sar de se diagnosticar mais casos de cânceres de mama quando a ultrassonografia mamária é as- sociada à mamografia no rastrea- mento das pacientes com mamas densas, o aumento no número de casos não foi significativo e hou- ve um grande aumento no núme- ro de casos referidos para biópsia com resultado benigno ( grande número de falsos positivos). Assim, o papel da ultrassono- grafia mamária nos dias de hoje é a caracterização de nódulos só- lidos/císticos, avaliação de mas- sa palpável em pacientes jovens e guiar procedimentos invasivos. Cada vez mais, a Ressonância Magnética mamária vem ga- nhando corpo e força, não só no cenário de complementação da abordagem de achados duvido- sos ao exame físico e aos outros métodos de imagem, mas, es- pecialmente, no rastreamento de pacientes com alto risco para susPEito (bi-Rads tM iv) AltAMEntE susPEito (bi-Rads tM v) BióPsiA CiRuRgiA (Marcação pré-cirúrg. roll ou fio metálico) “CoRE” BioPsy BióPsiA A VáCuo (mamotomia) Lesão impaLpáveL - Metódo de iMageM paRa guiaR o pRocediMento RM MaMáRia positiva, evidenciando Realce nodulaR de aspecto suspeito no quadRante ínfeRo-Medial da MaMa esqueRda. lógica dos achados, bem como a avaliação da cinética de realce pelo contraste, o que aumenta a especificidade das avaliações. Uma vez que se detecte uma lesão suspeita, sendo esta impal- pável terá que ser biopsiada uti- lizando-se um método de ima- gem para guiar o procedimento. A biópsia pode ser cirúrgica ou percutânea, ficando a esco- lha a cargo do médico assisten- te. O método de imagem que será usado para guiar o proce- dimento será aquele em que se consegue identificar a lesão. Temos, desta forma, que os métodos de imagem estão presentes em todas as etapas da abordagem do câncer de mama, quais sejam, o rastreamento, a imagem diagnóstica, a orienta- câncer de mama, no planeja- mento do tratamento e no mo- nitoramento deste tratamento. A Ressonância Magnética ma- mária com contraste tem uma excelente sensibilidade para o diagnóstico do câncer de mama e, com o aprimoramento da tecnolo- gia e o maior conhecimento sobre as características das lesões, uma especificidade bastante alta. A RM mamária permite uma excelente caraterização morfo- ção de procedimentos invasivos, o planejamento e a monitoriza- ção do tratamento. Sendo assim, é fundamental que haja uma integração entre as diferentes modalidades de imagem, em cada caso, para cada paciente, evitando-se, desta for- ma, que ao final da investigação a paciente apresente vários exames realizados com resultados confli- tantes e até mesmo contraditórios. Se queremos, realmente, con- tribuir para a cura do câncer de mama, temos que ser compro- metidos com os laudos, com as pacientes e até mesmo com os co- legas solicitantes que depositam em nós a confiança para o manejo de suas pacientes. Coordenadora do Centro de Diagnóstico Avançado em Mama do CMNG* CENTROCENTRO COPACABANACOPACABANA CAMPO GRANDE TIJUCATIJUCA CAXIASCAXIAS NOVA IGUAÇU N O S S A S U N I D A D E S centro Rua Buenos Aires, 68 - 2º, 3º, 7º, 15º e 17º andares Rua Buenos Aires, 70 Rua Miguel Couto, 34 Tel.: (21) 3221-53000 Fax: (21) 2509-0225 centro check-up Rua Buenos Aires, 68 - 36º andar Tel.: (21) 2509-2525 campo grande Rua Cesário de Melo, 3.280 Tel.: (21) 2411-5570 Fax: (21) 2415-3255 copacabana Praça Serzedelo Correa, 15 - Loja, 3º e 5º andares Tel.: (21) 2549-0033 Fax: (21) 2547-7373 duQue de caxias Av. Brigadeiro Lima e Silva, 1.976 - Jardim 25 de Agosto Tel.: (21) 2672-2470 Fax: (21) 2674-0852 tiJuca Rua Conde de Bon� m, 344 - Sobrelojas Tel.: (21) 2264-6511 Fax: (21) 2565-8516 tiJuca ii Rua Antonio Basílio, 400 (Anexo ao Tijurama) Tel.: (21) 8868-4275 noVa iguaçu Rua Cel. Bernadinho de melo, 1.679 Rua Barão de Tinguá, 655, 669, 672 Tel.: (21) 2668-6272 Fax: (21) 2768-2718
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