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QUESTÕES – 4º PERÍODO DE DIREITO

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QUESTÕES – 4º PERÍODO NOTURNO
RESPONDER AS 05 QUESTÕES, COM JUSTIFICATIVAS MANUSCRITAS PARA TODAS AS ALTERNATIVAS, TANTO AS CORRETAS COMO AS ERRADAS.
1. (MAGISTRATURA/AC – CESPE/2012) No que concerne a evicção, assinale a opção correta de acordo com o Código Civil.
(A) A responsabilidade decorrente da evicção deriva da lei e prescinde, portanto, de expressa previsão contratual; todavia, tal responsabilidade restringe-se à ação petitória, não sendo possível se a causa versar sobre posse.
Enquanto as ações possessórias visam à defesa da posse (situação de fato), as ações petitórias têm por finalidade a defesa da propriedade (situação de direito). As ações petitórias são aquelas em que o autor quer a posse do bem, e ele assim deseja pelo fato de ser proprietário."
(B) Responde o alienante pela garantia decorrente da evicção caso o comprador sofra a perda do bem por desapropriação do poder público, cujo decreto expropriatório seja expedido e publicado posteriormente à realização do negócio.
b - Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.  
(C) Dá-se a evicção quando o adquirente perde, total ou parcialmente, a coisa por sentença fundada em motivo jurídico anterior, e o alienante tem o dever de assistir o adquirente, em sua defesa, ante ações de terceiros, sendo, entretanto, tal obrigação jurídica incabível caso o alienante tenha atuado de boa-fé.Errada, pois independe de boa fé.
Art. 450.CC. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele 
constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da  coisa, na época em que se e venceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
(D) De acordo com o instituto da evicção, o alienante deve responder pelos riscos da perda da coisa para o evicto, por força de decisão judicial em que fique reconhecido que aquele não era o legítimo titular do direito que convencionou transmitir ao evictor.
O erro da assertiva "D" está apenas na troca do evicto por evictor ao final do enunciado, pois o EVICTOR é o verdadeiro titular do direito transferido ao evicto..Parte superior do formulário
(E) Sendo a evicção uma garantia legal, podem as partes, em reforço ao já previsto em lei, estipular a devolução do preço em dobro, ou mesmo minimizar essa garantia, pactuando uma devolução apenas parcial.
Correta Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
2. (OAB/SC – 2003) Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990, de 11 de setembro de 1990).
(A) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços o exime da responsabilidade de indenizar.
Art. 23. CDC. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
(B) Uma pessoa jurídica de direito público não pode ser considerada fornecedor.
Incorreta, haja vista que fornecedor pode ser, nos termos do artigo 3° do CDC, pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
(C) O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis, e 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
 At.26 CDC. Código do Consumidor estabelece direito específico em relação à reclamação por vícios, ainda que aparentes e de fácil constatação, diferenciando produtos e serviços duráveis de não duráveis (vide artigo 3º., parágrafo 2º, do CDC). Atente-se que o dispositivo tratar de decadência de direito, ou seja, a extinção de direito material depois do prazo. Trata-se de prazo de garantia estabelecido pela lei, que não pode ser diminuído por garantia contratual.
(D) A pessoa jurídica não é considerada Consumidor em nenhuma hipótese.
Para considerar a pessoa jurídica como consumidora o CDC não se leva em consideração a capacidade econômica das mesmas, pois nele há somente o critério de identificar se há ou não a destinação final e a vulnerabilidade.
3. (Juiz de Direito – DF – 2003) O adquirente de coisa recebida em virtude de contrato comutativo com vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor, decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço:
(A) no prazo de um ano, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade;
Art.445. "O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação reduzido a metade".Parte superior do formulário
(B) no prazo de um ano, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação;
 O “prazo conta-se da alienação reduzido a metade”Parte superior do formulário
(C) No prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade;
Trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
(D) No prazo de sessenta dias se a coisa for móvel, e de dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
Errado, no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel.
4. (Juiz de Direito – DF – 2003) Conforme o Código de Defesa do Consumidor, o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca: Resposta no Art. 65 CDC
(A) em 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis e em 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços;
Aqui, ocorre uma sensível ampliação em relação ao prazo para reclamar dos vícios redibitórios na forma como disciplinado pelo CC, o qual estabelece o prazo de 15 dias no art. 178, § 2º, e pelo Código Comercial, 10 dias, art. 211.
(B) em 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis, e em 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir do momento em que ficar evidenciado o defeito;
Errada, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços;
(C) em 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis, e em 60 (sessenta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços;
A segunda parte da assertiva, está errada, não é 60 ( sessenta ) e sim 90 (noventa) dias .
(D) em 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis, e em 60 (sessenta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto duráveis, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir do momento em que ficar evidenciado o defeito.
A segunda parte da assertiva, está errada, não é 60 ( sessenta) e sim 90 (noventa) dias, iniciando-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços;
5. (Juiz Federal– TRF 1.ª Região – 2002) Dadas as asserções, assinale a alternativa correta: 
I – a cláusula de exclusão da garantia contra a evicção – non prestanda evictione – não impede que o evicto cobre o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção.
 Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
II – no arrendamento mercantil (leasing), o período determinado para o valor da contraprestação não pode, em nenhuma hipótese, ser superior a seis meses.
O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três anos para os demais. 
 Existe, também, modalidade de operação, denominada leasing operacional, em que o prazo mínimo é de 90 dias.
III – o mandatário pode compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos, que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte.
Art. 669. O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte. 
IV – no contrato de consumo feito por telefone o prazo de reflexão do consumidor é de dez dias.
O artigo 49 do Código de Defesa de Consumidor traz o prazo de 7 dias, que se deve contar da assinatura ou do ato do recebimento do produto ou serviço.
(A) somente a I está correta.
(B) somente a II e a III estão corretas.
(C) todas estão corretas.
(D) somente a III e a IV estão corretas.

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