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Dir Const - Ponto - Vicente Paulo - exercícios 09

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CURSOS ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS 
PROF. VICENTE PAULO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA Nº 9: PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS 
Revisaremos, hoje, o processo legislativo de elaboração das leis 
ordinárias e complementares, por meio de comentários a exercícios que 
tratam das diferentes fases desse procedimento (iniciativa, discussão e 
votação, sanção, veto etc.). 
Eu gosto muito de ministrar esse assunto (tenho até um livro publicado 
só sobre esse assunto em co-autoria com o Prof. Marcelo Alexandrino - 
“Processo Legislativo”, Editora Impetus) e, por isso, corro o risco de 
elaborar uma aula de cem páginas! 
Mas, tentarei ser o mais conciso possível, enfatizando somente aqueles 
detalhes que têm sido mais cobrados pelas bancas examinadoras. 
Então é isso, vamos ao processo legislativo! 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) É constitucionalmente possível que o 
Congresso Nacional aprove lei ordinária, sem que a mesma tenha sido 
votada, quer pelo Plenário da Câmara dos Deputados, quer pelo Plenário 
do Senado Federal. 
Item CERTO. 
Em regra, os projetos de lei são apreciados previamente pelas 
comissões e depois votados no Plenário das Casas Legislativas. 
Porém, é possível que os projetos de lei sejam aprovados, 
conclusivamente, no âmbito das comissões, sem necessidade de 
submissão da matéria ao Plenário das Casas Legislativas. 
A autorização para essa aprovação conclusiva de projeto de lei no 
âmbito das comissões consta da própria Constituição Federal, que 
estabelece que cabe às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma 
do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de 
um décimo dos membros da Casa (CF, art. 58, § 2º, I). 
Entretanto, cabe destacar que a parte final desse dispositivo 
constitucional permite a retirada da competência de deliberação 
conclusiva da comissão, desde que haja recurso de um décimo dos 
integrantes da Casa Legislativa. 
Portanto, se o projeto de lei estiver tramitando em regime conclusivo 
nas comissões e um décimo dos integrantes da Casa Legislativa 
entender que, dada a relevância da matéria, deverá ela ser objeto de 
maior transparência e debate no âmbito do Plenário, poderão apresentar 
recurso retirando a competência de deliberação conclusiva das 
comissões, forçando a submissão do projeto de lei à apreciação do 
Plenário. 
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Cabe destacar também que não é qualquer espécie legislativa que pode 
ser objeto de aprovação conclusiva no âmbito das comissões. Os 
regimentos das Casas Legislativas estabelecem as matérias que não 
podem ser aprovadas conclusivamente nas comissões (trata-se de 
matéria regimental, que não nos interessa no estudo do Direito 
Constitucional). 
Mas, só para vocês terem uma idéia sobre o assunto, vejamos um 
exemplo. As leis complementares e as emendas constitucionais não 
podem ser aprovadas conclusivamente nas comissões. Por que não? 
Porque essas espécies legislativas exigem deliberação qualificada para 
sua aprovação (maioria absoluta e três quintos dos membros das Casas 
Legislativas, respectivamente). Ora, como poderia ser apurada essa 
maioria qualificada no âmbito de uma comissão? Como apurar 308 votos 
de deputados (três quintos da Câmara dos Deputados) no âmbito de 
uma comissão? Como apurar 257 votos de deputados (maioria absoluta 
da Câmara dos Deputados) no âmbito de uma comissão? 
 
2) (CESPE/PF/PAPILOSCOPISTA/1997) É possível a instauração do 
processo legislativo em virtude de anteprojeto de lei pelo povo. 
Item ERRADO. 
A Constituição estabelece a obrigatoriedade de iniciativa popular nas 
três esferas do Legislativo: federal (art. 61, § 2º), estadual e distrital 
(art. 27, § 4º) e municipal (art. 29, XIII). 
Entretanto, embora a denominação seja iniciativa popular, o povo 
não pode dar início ao processo legislativo de elaboração das leis no 
Brasil, em nenhuma das esferas. 
Por que não? 
Porque a Constituição outorga a iniciativa popular somente aos 
cidadãos (art. 61). 
Logo, somente os possuidores da capacidade eleitoral ativa (aptos para 
votar) podem instaurar o processo legislativo das leis. 
3) (ESAF/AFC/STN/2005) Tendo o presidente da República enviado ao 
Congresso Nacional um projeto de lei que cria o Código de Direito 
Administrativo Federal e já tendo a proposição sido aprovada na Câmara 
dos Deputados, poderá o presidente pedir urgência constitucional para 
esse projeto de lei, o qual deverá ser votado pelo Senado Federal no 
prazo máximo de quarenta e cinco dias contado do recebimento do 
pedido, sob pena de sobrestarem-se todas as demais deliberações 
legislativas dessa Casa Legislativa. 
Item ERRADO. 
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O Presidente da República pode solicitar urgência para apreciação de 
projetos de lei de sua iniciativa (CF, art. 64, § 1º). 
Caso o Presidente da República solicite urgência, o processo legislativo 
será do tipo sumário, no qual a Câmara dos Deputados terá o prazo de 
45 dias para apreciar o projeto, o Senado Federal terá mais 45 dias e, 
se o projeto for emendado no Senado Federal, a Câmara terá apenas 10 
dias para apreciar tais emendas (esses prazos não correm nos períodos 
de recesso do Congresso). 
Caso haja o esgotamento desses prazos sem a deliberação sobre a 
matéria, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da 
respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo 
constitucional determinado, até que se ultime a votação. 
Veja que esse trancamento de pauta não alcança as deliberações que 
tenham prazo constitucional determinado, como é o caso das 
deliberações sobre as medidas provisórias. 
Bem, a assertiva está errada porque a Constituição proíbe a utilização 
do processo legislativo sumário para a aprovação de código (CF, art. 64, 
§ 4º). 
A razão para essa proibição é que não faria sentido as Casas Legislativas 
serem obrigadas a apreciar um projeto de Código (Código Penal, por 
exemplo) em um prazo tão exíguo. 
4) (ESAF/APO/MPOG/2005) A lei destinada a estabelecer as normas 
gerais para organização do Ministério Público dos Estados é de iniciativa 
privativa do Presidente da República. 
Item CERTO. 
De fato, determina a Constituição que é de iniciativa privativa do 
Presidente da República a lei que disponha sobre normas gerais para a 
organização do Ministério Público dos Estados (art. 61, § 1º, II, d). 
Muito cuidado com as regras constitucionais sobre a iniciativa de lei 
envolvendo o Ministério Público! São muitos detalhes, resumidos nos 
parágrafos seguintes. 
A lei complementar de organização do Ministério Público é de iniciativa 
concorrente entre o chefe do Executivo e o respectivo Procurador-geral 
(CF, art. 61, § 1º, II, d c/c art. 128, § 5º). 
Logo, na esfera federal, a iniciativa da lei complementar de organização 
do Ministério Público da União é concorrente entre o Presidente da 
República e o Procurador-geral da República. 
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No âmbito estadual, a iniciativa da lei complementar estadual de 
organização do Ministério Público do Estado é concorrente entre o 
Governador e o Procurador-geral de Justiça. 
Entretanto, ao organizar o seu Ministério Público, o Estado está obrigado 
a seguir as normas gerais estabelecidas em lei federal de iniciativa 
privativa do Presidente da República (CF, art. 61, § 1º, II, d). 
A iniciativa de lei sobre a criação e extinção de cargos e serviços 
auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira do Ministério 
Público é privativa do respectivo Procurador-geral (CF, art. 127, § 2º). 
5) (ESAF/APO/MPOG/2005)É vedado o aumento de despesa, prevista 
no projeto de lei de orçamento anual, por meio de emenda apresentada 
por Parlamentar durante o processo legislativo desse projeto de lei no 
Congresso Nacional. 
Item ERRADO. 
Como regra, a Constituição proíbe a apresentação de emenda 
parlamentar que aumente despesa de projeto de lei resultante de 
iniciativa exclusiva do chefe do Executivo (art. 63, I). 
Porém, ao estabelecer essa proibição, a Constituição ressalva 
expressamente a possibilidade de aumento de despesa por emenda 
parlamentar ao projeto de lei do orçamento anual (art. 166, § 3º) e ao 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 166, § 4º). 
Portanto, nesses dois projetos de lei de iniciativa privativa do chefe do 
Executivo – projeto de lei do orçamento anual e projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias – a Constituição admite emenda parlamentar 
que aumente despesa. 
6) (ESAF/APO/MPOG/2005) Nos termos da Constituição, é fase 
obrigatória do processo legislativo das leis delegadas a apreciação do 
projeto, elaborado pelo Presidente da República, pelo Congresso 
Nacional, que sobre ele deliberará em sessão única, vedada qualquer 
emenda. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que as leis delegadas serão elaboradas pelo 
Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional (art. 68). 
Portanto, o processo legislativo de elaboração de uma lei delegada é 
desencadeado pela solicitação de delegação feita pelo Presidente da 
República ao Congresso Nacional. 
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O Congresso Nacional apreciará a solicitação de delegação e, se a 
aprovar, baixará uma resolução especificando o conteúdo da delegação 
e os termos de seu exercício (art. 68, § 2º). 
A resolução poderá, ou não, determinar a apreciação ulterior do 
Congresso Nacional. 
Se a resolução não determinar a apreciação ulterior do Congresso 
Nacional, o Presidente da República elaborará a lei delegada, a 
promulgará e publicará, sem nenhuma participação do Legislativo 
(delegação típica). 
Se a resolução determinar a apreciação ulterior do Congresso Nacional, 
o Presidente da República elaborará um projeto de lei delegada e o 
submeterá ao Congresso Nacional, que o apreciará em votação única, 
vedada qualquer emenda (delegação atípica). 
Veja que neste último caso (delegação atípica) o Congresso Nacional 
não poderá emendar o projeto de lei delegada elaborado pelo Presidente 
da República. Ou ele o rejeitará integralmente, determinando o seu 
arquivamento, ou o aprovará integralmente, devolvendo-o ao Presidente 
da República para promulgação e publicação. 
A assertiva está errada porque diz que é fase obrigatória do processo 
legislativo das leis delegadas a apreciação do projeto pelo Congresso 
Nacional, o que não é verdade (trata-se de opção do Congresso 
Nacional, no momento de aprovação da resolução). 
7) (ESAF/AFC/CGU/2003) Nos termos da CF/88, o Presidente da 
República só poderá solicitar urgência para apreciação de proposição 
que verse sobre matéria cujo projeto de lei seja de sua iniciativa 
privativa. 
Item ERRADO. 
Estabelece a Constituição que o Presidente da República poderá solicitar 
urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa (art. 64, § 1º). 
Veja que o texto constitucional não exige que o projeto de lei trate de 
matéria de iniciativa privativa do Presidente da República. Exige, 
apenas, que o projeto de lei seja apresentado pelo Presidente da 
República. 
Portanto, ainda que o projeto de lei por ele apresentado trate de 
matéria cuja iniciativa não lhe é privativa – matéria tributária, por 
exemplo – poderá o Presidente da República solicitar urgência para a 
sua apreciação. 
8) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Sofre de 
inconstitucionalidade a lei orgânica do Município que não prevê a 
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hipótese de iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico 
do Município, da cidade ou de bairros. 
Item CERTO. 
Conforme vimos, a Constituição estabelece a obrigatoriedade de 
iniciativa popular no processo legislativo das leis na esfera federal (art. 
61, § 2º), estadual e distrital (art. 27, § 4º) e municipal (art. 29, XIII). 
Portanto, a lei orgânica que não prevê a iniciativa popular de projeto de 
lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros é 
flagrantemente inconstitucional, por ofensa ao art. 29, XIII, da 
Constituição. 
9) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) Conforme disposto expressamente na 
Constituição, depois de vetado o projeto de lei, o Presidente da 
República pode efetuar juízo de retratação, sancionando o diploma 
integralmente, desde que o faça antes de o Congresso Nacional se 
reunir para apreciar o veto. 
Item ERRADO. 
Embora a Constituição não o diga expressamente, o veto do chefe do 
Executivo é ato absolutamente irretratável, ou seja, não admite 
desistência. 
10) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) Vencido o prazo constitucional para a 
sanção ou veto, se o Presidente da República permanecer inerte, nem 
vetando, nem sancionando a lei, esta deverá ser tida como tacitamente 
vetada. 
Item ERRADO. 
Expirado o prazo de quinze dias úteis para o veto, o silêncio do 
Presidente da República implica sanção tácita, e não veto (art. 66, §§ 1º 
e 3º). 
Nesse ponto, uma breve observação. A redação do art. 66, § 3º, da 
Constituição, ao prever a sanção tácita, refere-se a “quinze dias”, e não 
a “quinze dias úteis”. 
Porém, esse § 3º do art. 66 deve ser combinado com o § 1º do mesmo 
artigo, que estabelece o prazo de quinze dias úteis para que o 
Presidente da República vete o projeto de lei. Ora, se o Presidente da 
República tem o prazo de quinze dias úteis para vetar, não podemos 
pensar em sanção tácita em quinze dias corridos, porque senão 
poderíamos ter a situação esdrúxula de ocorrência da sanção tácita 
(com a expiração dos quinze dias corridos) e veto posterior ao mesmo 
projeto de lei (dentro dos quinze dias úteis)! 
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Para finalizar, que tal um puxão de orelha no examinador da Esaf! Há 
mais um erro na redação dessa assertiva da Esaf! É um detalhe, 
provavelmente não proposital. Que erro é esse? 
Bem, o erro é que a assertiva fala em sancionar ou vetar a lei, o que é 
um equívoco. Por que? Porque não se sanciona ou se veta uma lei, mas 
sim um projeto de lei! 
A coisa funciona assim: a sanção e o veto incidem sobre o projeto de lei, 
e não sobre a lei; ao incidir sobre o projeto de lei, a sanção faz nascer a 
lei, que será ulteriormente promulgada e publicada; portanto, a 
promulgação e a publicação é que incidem sobre a lei – o veto e a 
sanção não, estes incidem sobre projeto de lei! 
11) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Não pode haver emenda 
parlamentar a projeto de lei da iniciativa privativa do Chefe do 
Executivo. 
Item ERRADO. 
O projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do Executivo pode ser 
emendado pelos parlamentares, desde que sejam observados, 
cumulativamente, dois requisitos: 
a) as emendas parlamentares não impliquem aumento de despesa, 
exceto no caso do projeto da lei do orçamento anual e da lei de 
diretrizes orçamentárias (art. 63, I); e 
b) as emendas guardem pertinência temática com a matéria 
apresentada no projeto de lei. 
Mas, cuidado! Esses requisitos são cumulativos, isto é, as emendas 
parlamentares não poderão implicar aumento de despesa e deverão 
guardar pertinência temática com a matéria apresentada no projeto de 
lei. 
Se houver vício na emenda, a qualquer dos requisitos, a lei resultante 
será inconstitucional, ainda que o projeto de lei tenha sido sancionado 
pelochefe do Executivo. Isso porque, segundo a jurisprudência do STF, 
a sanção do chefe do Executivo não convalida eventual vício de emenda 
parlamentar. 
Por falar em iniciativa privativa do chefe do Executivo, abro parêntese 
para um breve comentário sobre essa terminologia. Em se tratando de 
iniciativa de lei, as expressões “iniciativa privativa”, “iniciativa exclusiva” 
e “iniciativa reservada” são equivalentes. A própria Constituição ora 
utiliza a expressão “iniciativa privativa” (art. 61, § 1º), ora refere-se à 
“iniciativa exclusiva” (art. 63, I). 
Os candidatos normalmente fazem confusão com isso porque a distinção 
entre “exclusiva” e “privativa” é de suma importância no estudo da 
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repartição de competências, para diferenciar a competência 
administrativa exclusiva e indelegável da União (art. 21) da competência 
legislativa privativa e delegável da União (art. 22). 
Mas, repita-se, em se tratando de iniciativa de lei, não há distinção a ser 
feita entre tais expressões. 
12) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Assinale a opção correta. 
a) É constitucionalmente ilegítimo o projeto de lei sobre matéria da 
iniciativa exclusiva do Presidente da República que foi proposto por 
grupo de parlamentares no Congresso Nacional, mesmo que a lei tenha 
sido sancionada pelo Chefe do Executivo. 
b) Num projeto de lei do Chefe do Executivo que concede gratificação 
a certa categoria de servidores da Administração Pública Direta, é 
legítima a emenda parlamentar que estende a vantagem a outras 
categorias do serviço público, que estejam sob as mesmas condições da 
beneficiada inicialmente, sob o fundamento da isonomia. 
c) Não há impedimento a que, num projeto de lei, fixando novos 
vencimentos para certa carreira do serviço público, encaminhado pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional, seja aprovada emenda 
parlamentar sobre tema diverso, modificando regras sobre promoção de 
militares. 
d) A Constituição veda a apresentação de emendas parlamentares a 
projeto de lei de iniciativa popular. 
e) As regras básicas do processo legislativo federal referentes a 
reserva de iniciativa são facultativamente seguidas pelos Estados-
membros. 
Gabarito: “A” 
A assertiva “A” está certa porque se a matéria é de iniciativa exclusiva 
do Presidente da República, não podem os parlamentares apresentar 
projeto de lei sobre ela, sob pena de inconstitucionalidade, ainda que o 
Presidente da República posteriormente sancione o projeto resultante 
dessa iniciativa viciada. 
Isso porque, segundo a jurisprudência do STF, a sanção do chefe do 
Executivo não convalida o vício verificado na iniciativa. 
Logo, se houver vício na iniciativa, ainda que o Presidente da República 
ulteriormente sancione o projeto de lei resultante, esse ato de sanção 
não convalidará o vício verificado na iniciativa, isto é, a lei decorrente 
será inconstitucional, e sua invalidade poderá ser argüida perante o 
Poder Judiciário. 
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A assertiva “B” está errada porque essa emenda parlamentar, que 
estende vantagem a outras categorias do serviço público, é 
inconstitucional, por implicar aumento de despesa em projeto de lei 
de iniciativa privativa do chefe do Executivo (art. 61, § 1º, II, a). 
A assertiva “C” está errada porque a emenda parlamentar estaria 
tratando de tema diverso daquele apresentado pelo chefe do Executivo 
e, como vimos, a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa 
privativa do chefe do Executivo deve guardar pertinência temática 
com a matéria apresentada no projeto de lei. 
A assertiva “D” está errada porque não há nenhuma proibição à 
apresentação de emenda parlamentar a projeto de lei resultante de 
iniciativa popular (art. 61, § 2º). 
O projeto de lei resultante de iniciativa popular será apresentado na 
Câmara dos Deputados e, daí por diante, seguirá o trâmite de projeto de 
lei apresentado por qualquer outro legitimado (discussão e votação, 
apresentação de emendas, envio para sanção ou veto do chefe do 
Executivo etc.). 
A assertiva “E” está errada porque, segundo a jurisprudência do STF, as 
regras básicas do processo legislativo federal são de observância 
obrigatória pelos estados-membros, inclusive no tocante à iniciativa de 
lei. 
Assim, as matérias que na esfera federal são de iniciativa privativa do 
Presidente da República (art. 61, § 1º, e art. 165) são, no âmbito 
estadual, de iniciativa privativa do Governador. 
13) (ESAF/TCE/RN/2000) Os Estados-membros são livres para regular 
aspectos do processo legislativo referentes à reserva de iniciativa de 
modo diferente do estabelecido plano federal. 
Item ERRADO. 
Acabamos de estudar que, segundo a jurisprudência do STF, as regras 
básicas do processo legislativo federal são de observância obrigatória 
pelos estados-membros, inclusive no tocante à iniciativa de lei. 
Por exemplo: as matérias que na esfera federal são de iniciativa 
privativa do Presidente da República (art. 61, § 1º, e art. 165) são, no 
âmbito estadual, de iniciativa privativa do Governador. 
Logo, os estados-membros não são livres para regular diferentemente 
as hipóteses de iniciativa de lei previstas constitucionalmente para o 
processo legislativo federal. 
14) (ESAF/AFC/STN/2000) Uma lei que a Constituição prevê como 
sendo da iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal, proposta à 
deliberação do Congresso Nacional, entretanto, por um grupo de 
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parlamentares, será considerada válida se o Presidente da República 
vier a sancioná-la. 
Item ERRADO. 
Segundo a jurisprudência do STF, a sanção do chefe do Executivo não 
convalida o vício verificado na iniciativa. Se houve vício na iniciativa, a 
lei resultante será inconstitucional, ainda que o projeto de lei tenha sido 
sancionado pelo chefe do Executivo. 
15) (ESAF/AFC/STN/2000) O veto do Presidente da República a um 
projeto de lei tem caráter absoluto, impedindo que o Congresso Nacional 
volte a discutir o mesmo assunto na mesma sessão legislativa. 
Item ERRADO. 
No Brasil, o veto é do tipo relativo ou superável, e não absoluto. 
Significa dizer que o veto não põe fim ao processo legislativo, não 
impede, em caráter absoluto, que a lei venha a ser aprovada. Ao 
contrário, o veto prolonga o processo legislativo, porque faz nascer uma 
nova fase obrigatória do processo legislativo, que é a fase de apreciação 
do veto. Ao ser apreciado pelo Congresso Nacional, o veto poderá ser 
rejeitado – total ou parcialmente -, permitindo o nascimento da lei. 
16) (ESAF/AFC/STN/2000) Pelo mecanismo do veto parcial, o Presidente 
da República pode vetar expressões contidas no caput de um artigo de 
lei, sem ter que necessariamente vetar todo o caput do artigo. 
Item ERRADO. 
Determina a Constituição que o veto parcial somente poderá incidir 
sobre texto integral de artigo, de inciso, de parágrafo ou de alínea (art. 
66, § 2º). 
17) (ESAF/AFC/STN/2000) Um projeto de lei pode ser proposto à 
Câmara dos Deputados por iniciativa popular; a Constituição, porém, 
não prevê a possibilidade de o Congresso Nacional ser provocado a 
deliberar sobre proposta de Emenda à Constituição resultante 
diretamente de iniciativa popular. 
Item CERTO. 
A Constituição prevê a iniciativa popular no processo legislativo de 
elaboração das leis na esfera federal (art. 61, § 2º), estadual e distrital 
(art. 27, § 4º) e municipal (art. 29, XIII). 
Entretanto, não há previsão constitucional para a iniciativa popular em 
se tratando de proposta de emenda à Constituição. Os únicos 
legitimados para a apresentação de uma propostade emenda à 
Constituição estão enumerados no art. 60, I ao III, dentre os quais não 
se encontram os cidadãos. 
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18) (ESAF/AFRF/2000) Sobre a sanção ou veto do Presidente da 
República no âmbito do processo legislativo, é correto dizer: 
a) Vetado um dispositivo de lei pelo Presidente da República, a lei 
somente entrará em vigor, mesmo nas partes não vetadas, depois de 
analisado o veto pelo Congresso Nacional. 
b) Diz-se que houve veto parcial quando um projeto de lei teve o 
texto integral de um dos seus artigos vetado pelo Presidente da 
República. 
c) O silêncio do Presidente da República no prazo constitucional para 
a sanção ou veto importa veto tácito ao projeto de lei. 
d) Os projetos de lei de iniciativa popular, aprovados pelo Congresso 
Nacional, não se submetem à sanção presidencial. 
e) Se o veto não for apreciado pelo Congresso Nacional dentro de 30 
dias da sua comunicação ao Presidente do Senado Federal, o veto torna-
se, tacitamente, definitivo. 
Gabarito: “B” 
A assertiva “A” está errada porque o veto parcial não impede a 
promulgação e entrada em vigor da parte não vetada do projeto de lei. 
Se o projeto de lei é composto de dez artigos e o chefe do Executivo 
somente vetou dois desses artigos, os demais artigos não ficam 
aguardando a apreciação do veto pelo Congresso Nacional. São eles 
promulgados e publicados, independentemente da apreciação pelo 
Congresso Nacional do veto aos dois artigos. 
A assertiva “B” está certa porque, de fato, temos o veto parcial quando 
um projeto de lei teve o texto integral de um (ou alguns) dos seus 
artigos, parágrafos, incisos ou alíneas vetado pelo chefe do Executivo 
(art. 66, § 2º). 
Temos o veto total quando todos os dispositivos do projeto de lei são 
vetados pelo chefe do Executivo. 
A assertiva “C” está errada porque o silêncio do Presidente da República 
no prazo constitucional para a sanção ou veto (quinze dias úteis) 
importa sanção tácita ao projeto de lei (art. 66, § 3º). 
A assertiva “D” está errada porque os projetos de lei de iniciativa 
popular, se aprovados pelas Casas do Congresso Nacional, serão 
submetidos à sanção do Presidente da República. 
A assertiva “E” está errada porque não existe rejeição tácita do veto no 
Brasil, isto é, o veto não é considerado rejeitado por decurso de prazo, 
com a expiração do prazo de trinta dias para sua apreciação. 
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Então, com a expiração do prazo, o veto é considerado mantido? 
Também não. O veto nem é considerado rejeitado, nem é considerado 
mantido. Continuará sendo um veto pendente de apreciação. 
O que acontecerá, então? 
Com o esgotamento do prazo de trinta dias sem a apreciação do veto, 
este será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as 
demais proposições, até sua votação final (art. 66, § 6º). 
Como o veto é apreciado em sessão conjunta do Congresso Nacional, 
significa dizer que ele será colocado na ordem do dia da sessão conjunta 
imediata, ficando sobrestadas as demais proposições, até sua votação 
final (ocorre o trancamento de pauta da sessão conjunta imediata). 
19) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) O projeto de lei de iniciativa do 
presidente da República, em regime de urgência constitucional há mais 
de quarenta e cinco dias, uma vez aprovado na Câmara dos Deputados 
será revisto pelo Senado Federal, sobrestando, desde seu recebimento 
pelo Senado Federal, todas as demais deliberações dessa casa 
legislativa, até que se ultime a sua votação. 
Item ERRADO. 
Nossa, essa assertiva está absolutamente errada! 
Primeiro porque na solicitação de urgência do Presidente da República, 
que dá início ao processo legislativo sumário, cada Casa Legislativa tem 
o prazo de quarenta e cinco dias para apreciar o projeto. Portanto, com 
o recebimento da matéria pelo Senado Federal, depois da expiração dos 
primeiros quarenta e cinco dias na Câmara dos Deputados, não há 
sobrestamento automático das demais deliberações do Senado Federal, 
porque esta Casa Legislativa terá o prazo de quarenta e cinco dias para 
apreciar a matéria (art. 64, § 2º). 
Vale lembrar que esses prazos do processo legislativo sumário não 
correm durante os períodos de recesso do Congresso Nacional (art. 64, 
§ 4º). 
Segundo porque, ainda que na hipótese dada houvesse o sobrestamento 
(coisa que, como explicado acima, não ocorreu!), este não alcançaria 
todas as deliberações da Casa Legislativa, pois não são alcançadas pelo 
sobrestamento as deliberações com prazo constitucional determinado, 
como as medidas provisórias (art. 66, § 2º). 
Bem, o que a Esaf fez nesse enunciado foi confundir o trancamento de 
pauta do processo legislativo de urgência (art. 64, § 2º) com o 
trancamento de pauta das medidas provisórias (art. 62, § 6º). Vejamos 
na tabela abaixo as diferenças entre esses dois sobrestamentos de 
pauta das Casas Legislativas: 
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Trancamento de pauta das 
medidas provisórias (art. 62, § 
6º) 
Trancamento de pauta do 
processo legislativo de urgência 
(art. 64, § 2º) 
Um só prazo de 45 dias para a 
atuação das duas Casas do 
Congresso Nacional 
Cada Casa Legislativa tem o prazo 
de 45 dias para apreciar a matéria 
Com a expiração do prazo, o 
trancamento da pauta da Casa em 
que a MP estiver tramitando é 
absoluto, isto é, a Casa estará 
impedida de deliberar sobre 
qualquer matéria legislativa 
Com a expiração de um dos prazos, 
o trancamento da pauta da Casa 
em que o projeto estiver 
tramitando não é absoluto, pois 
não alcança as matérias que 
tenham prazo constitucional 
determinado 
20) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Mesmo depois de mantido 
o veto do Chefe do Executivo a certo projeto de lei, o Legislativo pode, 
dando-se conta de que o veto era in-tempestivo, dá-lo por inexistente, 
considerando o projeto de lei tacitamente sancionado. 
Item ERRADO. 
Assim como o veto do chefe do Executivo, a apreciação do veto pelo 
Congresso Nacional é irretratável, insuscetível de desistência. 
Vamos entender bem essa situação. 
O Congresso Nacional pode previamente recusar o veto encaminhado 
pelo chefe do Executivo, dando conta de sua intempestividade, hipótese 
em que o projeto de lei será considerado tacitamente sancionado (art. 
66, § 2º). 
Entretanto, o Congresso Nacional não pode receber o veto, apreciá-lo 
em sessão conjunta e, posteriormente, considerá-lo inexistente, com a 
alegação de que foi intempestivo. 
21) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Assinale abaixo a única hipótese em 
que foram atendidas as normas básicas do processo legislativo fixado na 
Constituição Federal. 
a) Desde de que não impliquem aumento da despesa prevista, as 
emendas parlamentares a projetos de lei sobre organização dos serviços 
administrativos do Poder Judiciário podem dispor sobre matéria diversa 
daquela que é objeto da proposta inicial. 
b) Podem as Leis Orgânicas dos Municípios estabelecer que a 
competência para iniciar o processo legislativo é, como regra, do chefe 
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do Poder Executivo municipal e, apenas como exceção, da Câmara 
Municipal. 
c) É de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo estadual a lei 
que disponha sobre organização do Ministério Público do Estado. 
d) Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários 
de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, 
que, ao concluir a votação, enviará o respectivo projeto para sanção ou 
veto do chefe do Poder Executivo estadual.e) Podem as Constituições estaduais estabelecer a exigência de lei 
complementar para matérias que, segundo a Constituição Federal, são 
disciplinadas por lei ordinária cujo projeto seja de iniciativa privativa do 
chefe do Poder Executivo. 
Gabarito: “D” 
A assertiva “A” está errada porque a emenda parlamentar a projeto de 
lei resultante de iniciativa privativa - como é o caso desse projeto de lei 
sobre a organização dos serviços administrativos do Poder Judiciário, 
cuja iniciativa é privativa desse Poder – deve observar, 
cumulativamente, dois requisitos: (i) não implicar aumento de despesa 
(CF, art. 63); e (ii) guardar pertinência temática com a matéria proposta 
no projeto. 
A assertiva afirma que as emendas parlamentares, desde que não 
implicassem aumento de despesa, poderiam tratar de matéria diversa 
daquela que é objeto da proposta inicial, o que é proibido, em face do 
requisito “pertinência temática”. 
A assertiva “B” está errada porque, segundo a jurisprudência do STF, as 
regras básicas do processo legislativo federal são de observância 
obrigatória pelos estados, Distrito Federal e municípios. Dentre essas 
regras de observância obrigatória estão, sem dúvida, as referentes à 
iniciativa de lei. Então, se a Constituição Federal assegura a qualquer 
congressista a legitimidade para a apresentação de projeto de lei, essa 
simetria deverá ser observada no âmbito dos entes federados, 
atribuindo-se a legitimidade a qualquer deputado (nos estados e no 
Distrito Federal) e a qualquer vereador (nos municípios). 
A assertiva “C” está errada porque a lei complementar estadual que 
disponha sobre a organização do Ministério Público é de iniciativa 
concorrente entre o Governador e o Procurador-geral da Justiça (CF, 
art. 61, § 1º, II, d c/c art. 129, § 5º). 
A assertiva “D” está certa por força do art. 28, § 2º, da Constituição, 
segundo o qual os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos 
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Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia 
Legislativa. 
Ora, se a Constituição refere-se à lei, é porque a matéria deverá ser 
discutida e votada pelo Legislativo e o projeto, depois de aprovado, 
remetido ao chefe do Executivo, para sanção ou veto. 
A assertiva “E” está errada porque essa medida implicaria, segundo a 
jurisprudência do STF, ofensa ao princípio da separação dos Poderes, 
haja vista que o Legislativo estaria interferindo (exigindo maior quorum 
para aprovação) em matéria de iniciativa privativa do chefe do 
Executivo. 
22) (ESAF/PFN/2003) Não sofre de inconstitucionalidade formal a lei 
federal, de iniciativa de parlamentar, que, versando sobre matéria 
tributária, concede benefício fiscal a certas categorias de contribuintes 
de impostos de competência da União. 
Item CERTO. 
O enunciado está certo porque, segundo a jurisprudência do STF, a 
iniciativa de lei em matéria tributária não é privativa do chefe do 
Executivo. 
Logo, os membros do Legislativo podem ter iniciativa sobre matéria 
tributária, sem ofensa à Constituição. 
Houve polêmica sobre essa matéria, mas, segundo o STF, a iniciativa 
privativa em matéria tributária prevista na Constituição é somente para 
matéria tributária no âmbito dos Territórios Federais (art. 61, § 1º, II, 
b). 
23) (ESAF/PFN/2003) Não havendo aumento de despesa, o Poder 
Legislativo pode livremente emendar projeto de lei de iniciativa privativa 
do Chefe do Poder Executivo. 
Item ERRADO. 
Como vimos, a emenda parlamentar a projeto de lei resultante de 
iniciativa privativa deve observar, cumulativamente, dois requisitos: (i) 
não implicar aumento de despesa (CF, art. 63); e (ii) guardar 
pertinência temática com a matéria proposta no projeto. 
A assertiva afirma que não havendo aumento de despesa, o Legislativo 
seria livre para emendar o projeto de lei de iniciativa privativa do 
Presidente da República, e isso não é certo, pois deverá ser observada, 
ainda, a necessária pertinência temática com a matéria proposta no 
projeto. 
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24) (ESAF/PFN/2003) Diante de demora do Chefe do Executivo em 
apresentar projeto de lei da sua iniciativa privativa, o Poder Legislativo 
pode aprovar lei fixando prazo para que o projeto seja encaminhado. 
Item ERRADO. 
Segundo a jurisprudência do STF, é inconstitucional, por ofensa ao 
princípio da separação dos Poderes, a fixação de prazo pelo Legislativo 
para que o detentor de iniciativa privativa apresente projeto de lei. 
O entendimento é de que quando a Constituição estabelece a iniciativa 
privativa de lei a certo órgão, ela está outorgando não só a 
discricionariedade sobre o conteúdo do projeto de lei, mas também 
sobre o momento de apresentação desse projeto de lei. 
25) (ESAF/PFN/2003) É firme a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal no sentido de que a sanção presidencial a projeto de lei supre 
eventual vício de iniciativa. 
Item ERRADO. 
Atualmente é firme o entendimento do STF no sentido de que a sanção 
do chefe do Executivo não convalida eventual vício de iniciativa. 
Se a matéria é de iniciativa privativa do Presidente da República e o 
projeto de lei foi apresentado por um congressista, ainda que esse 
projeto seja aprovado pelo Legislativo e expressamente sancionado pelo 
chefe do Executivo, a lei resultante será inconstitucional, e essa 
invalidade poderá ser argüida perante o Poder Judiciário. 
26) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Não viola os princípios da separação 
dos Poderes e da constitucionalidade das leis considerar que a sanção do 
Presidente da República a projeto de Lei que deveria ser de sua 
iniciativa privativa, mas que fora apresentado ao Poder Legislativo por 
parlamentar convalida o vício formal de iniciativa. 
Item ERRADO. 
A explicação é a mesma do item anterior: segundo a jurisprudência do 
STF, a sanção do chefe do Executivo não supre o vício verificado na 
iniciativa. 
27) (CESPE/AGU/2004) Em tema de processo legislativo, a 
Constituição da República prevê expressamente a participação do Poder 
Executivo no processo de elaboração das leis, competindo ao presidente 
da República sancionar projetos de emenda constitucional, leis 
complementares e leis ordinárias aprovados pelas duas Casas 
legislativas. 
Item ERRADO. 
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O Presidente da República não sanciona projetos de emenda 
constitucional, pois essa espécie legislativa não se submete à sanção. 
A emenda constitucional é diretamente promulgada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e Senado Federal (art. 60, § 3º). 
São as seguintes as espécies que integram o nosso processo legislativo 
que não se submetem à sanção: emendas constitucionais, leis 
delegadas, decretos legislativos, resoluções e medidas provisórias (no 
caso destas, haverá necessidade de sanção ao projeto de lei de 
conversão - PLV, na hipótese de alteração do texto original do 
Presidente da República). 
Vale lembrar, também, que a sanção não é ato indispensável ao 
nascimento da lei no direito brasileiro. Por que não? Porque mesmo o 
chefe do Executivo vetando o projeto de lei, o veto poderá ser rejeitado 
pelo Legislativo, momento em que nascerá a lei, que será encaminhada 
ao Presidente da República para promulgação. Se o Presidente da 
República não promulgar a lei no prazo de 48 horas, a competência 
passa para o Presidente do Senado Federal, que terá igual prazo para a 
promulgação. Se o Presidente do Senado Federal não promulgar a lei no 
prazo de 48 horas, o Vice-Presidente do Senado deverá fazê-lo (CF, art. 
66, § 7º). 
Como se vê, na hipótese de superação do veto pelo Legislativo,temos o 
nascimento da lei sem ter havido anterior sanção ao projeto. 
28) (CESPE/AGU/2004) Compete privativamente ao governador de 
estado, pelo princípio da simetria, a direção superior da administração 
estadual, bem como a iniciativa para propor projetos de lei que visem à 
criação, à estruturação e à definição das atribuições de secretarias e 
órgãos da administração pública na respectiva esfera de governo. 
Item CERTO. 
Dispõe a Constituição Federal que compete privativamente ao 
Presidente da República exercer a direção superior da administração 
federal (art. 84, II), atribuição esta que, pelo princípio da simetria, é 
estendida ao chefe do Executivo no âmbito estadual, distrital e 
municipal. 
Da mesma forma, as iniciativas privativas de lei do Presidente da 
República previstas na Constituição Federal (art. 61, § 1º e art. 165) 
são extensíveis ao chefe do Executivo nas esferas estadual, distrital e 
municipal, no que couber. 
29) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Os decretos legislativos não são 
submetidos à sanção do presidente da República. 
Item CERTO. 
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Vimos que os decretos legislativos não se submetem à sanção do chefe 
do Executivo. São eles diretamente promulgados pelo Presidente da 
Mesa do Congresso Nacional. 
30) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Não se confundem os conceitos de 
sessão legislativa e legislatura; aquela é anual, esta tem duração de 
quatro anos. 
Item CERTO. 
A sessão legislativa corresponde ao período anual de trabalho do 
Legislativo, podendo ser ordinária ou extraordinária. 
A sessão legislativa ordinária – SLO é composta de dois períodos 
legislativos, a saber: de 15/02 a 30/06 e 01/08 a 15/12. 
A sessão legislativa extraordinária – SLE é convocada nos períodos de 
recesso do Congresso Nacional, na forma e nos casos previstos no art. 
57, § 6º, da Constituição. 
O conceito de legislatura não está juridicamente ligado aos períodos de 
trabalho do Legislativo, mas sim à mudança da composição do 
Legislativo. A legislatura é o período de quatro anos, após o qual ocorre 
mudança na composição do Legislativo. A cada quatro anos muda a 
composição do Congresso Nacional, por meio da realização de novas 
eleições para Deputados e Senadores da República. 
Portanto, são distintos os conceitos e os prazos da sessão legislativa 
(anual) e da legislatura (quatro anos). 
31) (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2004) Há identidade entre o 
significado prático de legislatura e o conceito teórico de sessão 
legislativa. 
Item ERRADO. 
Conforme vimos, os conceitos de “legislatura” e “sessão legislativa” são 
distintos. 
32) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) O processo de elaboração de leis no 
sistema bicameral impõe que o projeto aprovado por uma casa seja 
submetido à outra casa tantas vezes quantas forem as emendas que 
cada qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à 
Câmara dos Deputados. 
Item ERRADO. 
O processo legislativo das leis no Brasil impõe a discussão e votação do 
projeto em cada Casa Legislativa em um só turno. 
Se aprovado o projeto na Casa iniciadora, segue para a Casa revisora. 
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Se a Casa revisora aprová-lo, será então encaminhado para o Presidente 
da República, para sanção ou veto. 
Se a Casa revisora rejeitá-lo, será arquivado, não podendo constituir 
novo projeto de lei na mesma sessão legislativa, salvo solicitação da 
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso 
Nacional (art. 67). 
Se a Casa revisora emendá-lo, o projeto voltará à Casa iniciadora (art. 
65, parágrafo único). 
Na Casa iniciadora, as emendas poderão ser aprovadas ou rejeitadas: (i) 
se as emendas forem aprovadas, seguirá para sanção ou veto do 
Presidente da República o texto com os acréscimos introduzidos 
(emendas) pela Casa Revisora; (ii) se as emendas forem rejeitadas, 
seguirá para a sanção ou veto do Presidente da República o texto 
originário aprovado na Casa iniciadora. 
É fácil observar que no processo legislativo de elaboração das leis, se 
houver conflito entre as Casas Legislativas, prevalecerá a vontade da 
Casa iniciadora. 
Foi o que aconteceu no ano de 2005 com o valor do salário-mínimo. A 
Câmara dos Deputados (atuando como Casa iniciadora) aprovou o valor 
de R$ 300,00 (trezentos reais) para o salário-mínimo. A matéria foi 
remetida ao Senado Federal (atuando como Casa revisora), que elevou 
o valor para R$ 384,00 (trezentos e oitenta e quatro reais). Em seguida, 
a matéria voltou à Casa iniciadora. A Câmara dos Deputados possuía, 
então, duas alternativas: (i) aprovar o valor de R$ 384,00 proposto pelo 
Senado Federal e encaminhá-lo para sanção ou veto do chefe do 
Executivo; ou (ii) rejeitar o valor de R$ 384,00 e encaminhar o valor de 
R$ 300,00 para sanção ou veto do chefe do Executivo (os Deputados 
optaram pela segunda alternativa). 
33) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Um projeto de lei aprovado e remetido 
ao presidente da República pode ser vetado no prazo fatal de quinze 
dias úteis; o veto, por sua vez, será apreciado em sessão conjunta e 
pode ser rejeitado, caso em que o próprio Congresso Nacional promulga 
a lei. 
Item ERRADO. 
A parte inicial do enunciado está perfeita, até a afirmação de que o veto 
pode ser rejeitado pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta. 
O erro está na parte final, quando se afirma que na hipótese de rejeição 
do veto caberá ao próprio Congresso Nacional promulgar a lei. 
Na hipótese de rejeição do veto, a competência para a promulgação da 
lei é do Presidente da República, que terá o prazo de 48 horas para 
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fazê-lo. Se o Presidente da República não promulgar a lei, com a 
expiração do prazo de 48 horas a competência passa para o Presidente 
do Senado Federal, que terá igual prazo para a promulgação. Se o 
Presidente do Senado Federal não o fizer no prazo de 48 horas, o Vice-
Presidente do Senado deverá promulgar a lei (CF, art. 66, § 7º). 
34) (CESPE/AGU/2004) No sistema da Constituição de 1988, reserva-
se ao Poder Legislativo, em algumas hipóteses, a iniciativa da lei 
orçamentária anual. 
Item ERRADO. 
A iniciativa das leis orçamentárias é privativa do chefe do Executivo (CF, 
art. 165). 
35) (Cespe/STM/Técnico/2004) O STF, o STM, os deputados federais e 
os senadores da República podem propor leis complementares e 
ordinárias nos casos previstos na Constituição. 
Item CERTO. 
O STF, os Tribunais Superiores e os congressistas, dentre outros, podem 
apresentar projeto de lei ordinária ou complementar (CF, art. 61). 
36) (CESPE/TJMT/2005) Ao presidente do STF cabe a iniciativa para 
propor projeto de lei que vise criar ou extinguir cargos e remuneração 
de seus serviços auxiliares. Essa mesma competência, em relação ao 
Ministério Público federal, é conferida, pela própria Constituição Federal, 
ao procurador-geral da República. 
Item CERTO. 
Compete ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça 
propor ao Legislativo respectivo a criação e a extinção de cargos e a 
remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes 
forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e 
dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver (CF, art. 96, 
II, b). Essa atribuição é desempenhada pelo Presidente do Tribunal. 
Compete ao Ministério Público propor ao Poder Legislativo a criação e 
extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso 
público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os 
planos de carreira (CF, art. 127, § 2º). Na esfera federal essa 
competência é exercida pelo Procurador-geralda República (chefe do 
Ministério Público da União), e na esfera estadual pelo Procurador-geral 
de Justiça (chefe do Ministério Público do Estado). 
37) (CESPE/TFCE/TCU/1996) Derrubado o veto presidencial, o projeto 
de lei deverá ser encaminhado ao Presidente do Senado, logo após a 
deliberação do Congresso Nacional, a fim de ser por ele promulgado. 
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Item ERRADO. 
Com a rejeição do veto, a matéria segue para o Presidente da 
República, para promulgação, no prazo de 48 horas. Se o Presidente da 
República não o fizer nesse prazo, a competência passa para o 
Presidente do Senado Federal, que terá igual prazo para a promulgação. 
Se o Presidente do Senado também não promulgar, o Vice-Presidente do 
Senado Federal deverá promulgar a lei (art. 66, § 7º). 
38) (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/97) Compete ao Presidente da 
República sancionar e fazer publicar as leis. Apesar disso, existem certos 
atos legislativos do Congresso Nacional que prescindem da sanção 
presidencial. 
Item CERTO. 
Os atos do Legislativo que prescindem da sanção são as emendas 
constitucionais, os decretos legislativos e as resoluções. 
39) (CESPE/AGENTE/PF/1997) Se o Presidente da República receber 
projeto pelo Congresso Nacional e não o vetar expressamente em até 
quinze dias, seu silêncio terá efeito de sanção. 
Item ERRADO. 
Conforme vimos, o prazo para a ocorrência da sanção tácita é de quinze 
dias úteis (CF, art. 66, §§ 1º e 3º). 
40) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/96) O veto presidencial, que pode ser 
total ou parcial, no Direito brasileiro, é um ato de deliberação negativa 
do qual resulta a rejeição definitiva do projeto, tendo o Presidente da 
República quinze dias úteis para expressá-lo. 
Item ERRADO. 
O veto não é uma rejeição definitiva do projeto de lei. No Brasil, o veto 
é relativo ou superável, isto é, pode ser rejeitado – total ou 
parcialmente – pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta e 
escrutínio secreto, por maioria absoluta dos votos dos Deputados e 
Senadores (art. 66, § 4º). 
41) (CESPE/ANALISTA/MPU) Na hipótese de sanção tácita do projeto de 
lei, a competência originária para a promulgação da lei será privativa do 
Presidente do Senado. 
Item ERRADO. 
Item ERRADO. 
Com o silêncio do Presidente da República por quinze dias úteis ocorre a 
sanção tácita (art. 66, § 3º). 
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Nesse caso, o Presidente da República terá o prazo de 48 horas para 
promulgar a lei (que nasceu com a sanção tácita). Se o Presidente da 
República não o fizer nesse prazo, a competência passa para o 
Presidente do Senado Federal, que terá igual prazo para a promulgação. 
Se o Presidente do Senado também não promulgar, o Vice-Presidente do 
Senado Federal deverá promulgar a lei (art. 66, § 7º). 
42) (ESAF/PFN/1998) Na hipótese de superação do veto parcial, a 
disposição vetada de um projeto de lei sancionado pelo Presidente da 
República entrará em vigor com eficácia retroativa (ex tunc). 
Item ERRADO. 
Quando o chefe do Executivo veta parcialmente o projeto de lei, vimos 
que a parte não vetada do projeto não fica aguardando a apreciação do 
veto pelo Congresso Nacional, podendo ser promulgada e publicada. 
O veto, acompanhado da devida motivação, seguirá para o Presidente 
do Senado Federal, que o submeterá à apreciação do Congresso 
Nacional, que terá o prazo de trinta dias para, em sessão conjunta e 
escrutínio secreto, apreciar o veto, só podendo rejeitá-lo por deliberação 
de maioria absoluta dos Deputados e Senadores (art. 66, §§ 1º e 4º). 
Caso, vinte dias depois, o veto seja rejeitado pelo Congresso Nacional, 
os dispositivos ingressarão no ordenamento jurídico com eficácia 
retroativa à data da publicação dos demais dispositivos não-vetados (ex 
tunc)? Ou será que os dispositivos entrarão em vigor com eficácia 
somente daí por diante (ex nunc)? 
Os dispositivos que tiveram o veto rejeitado entrarão em vigor com 
eficácia somente daí por diante (ex nunc), pois até então, em relação a 
eles, o processo legislativo ainda não havia sido concluído. 
43) (ESAF/AGU/1996) É admissível a rejeição parcial do veto total. 
Item CERTO. 
Assim como o veto pode ser total ou parcial, a sua superação também 
poderá ser total ou parcial. 
Significa dizer que o Congresso Nacional poderá superar o veto em 
relação a todos os dispositivos vetados (superação total), ou poderá 
superar o veto em relação a alguns dispositivos e mantê-lo em relação a 
outros dispositivos do projeto de lei (veto parcial). 
Bons estudos – e até a próxima! 
Vicente Paulo 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS COMENTADOS NESTA AULA 
 
1) (ESAF/EPPGG/MPOG/2005) É constitucionalmente possível que o 
Congresso Nacional aprove lei ordinária, sem que a mesma tenha sido 
votada, quer pelo Plenário da Câmara dos Deputados, quer pelo Plenário 
do Senado Federal. 
2) (CESPE/PF/PAPILOSCOPISTA/1997) É possível a instauração do 
processo legislativo em virtude de anteprojeto de lei pelo povo. 
3) (ESAF/AFC/STN/2005) Tendo o presidente da República enviado ao 
Congresso Nacional um projeto de lei que cria o Código de Direito 
Administrativo Federal e já tendo a proposição sido aprovada na Câmara 
dos Deputados, poderá o presidente pedir urgência constitucional para 
esse projeto de lei, o qual deverá ser votado pelo Senado Federal no 
prazo máximo de quarenta e cinco dias contado do recebimento do 
pedido, sob pena de sobrestarem-se todas as demais deliberações 
legislativas dessa Casa Legislativa. 
4) (ESAF/APO/MPOG/2005) A lei destinada a estabelecer as normas 
gerais para organização do Ministério Público dos Estados é de iniciativa 
privativa do Presidente da República. 
5) (ESAF/APO/MPOG/2005) É vedado o aumento de despesa, prevista 
no projeto de lei de orçamento anual, por meio de emenda apresentada 
por Parlamentar durante o processo legislativo desse projeto de lei no 
Congresso Nacional. 
6) (ESAF/APO/MPOG/2005) Nos termos da Constituição, é fase 
obrigatória do processo legislativo das leis delegadas a apreciação do 
projeto, elaborado pelo Presidente da República, pelo Congresso 
Nacional, que sobre ele deliberará em sessão única, vedada qualquer 
emenda. 
7) (ESAF/AFC/CGU/2003) Nos termos da CF/88, o Presidente da 
República só poderá solicitar urgência para apreciação de proposição 
que verse sobre matéria cujo projeto de lei seja de sua iniciativa 
privativa. 
8) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Sofre de 
inconstitucionalidade a lei orgânica do Município que não prevê a 
hipótese de iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico 
do Município, da cidade ou de bairros. 
9) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) Conforme disposto expressamente na 
Constituição, depois de vetado o projeto de lei, o Presidente da 
República pode efetuar juízo de retratação, sancionando o diploma 
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integralmente, desde que o faça antes de o Congresso Nacional se 
reunir para apreciar o veto. 
10) (ESAF/GESTOR/MPOG/2002) Vencido o prazo constitucional para a 
sanção ou veto, se o Presidente da República permanecer inerte, nem 
vetando, nem sancionando a lei, esta deverá ser tida como tacitamente 
vetada. 
11) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Não pode haver emenda 
parlamentar a projeto de lei da iniciativa privativa do Chefe do 
Executivo. 
12) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Assinale a opção correta. 
a) É constitucionalmente ilegítimo o projeto de lei sobre matéria da 
iniciativa exclusiva do Presidente da República que foi propostopor 
grupo de parlamentares no Congresso Nacional, mesmo que a lei tenha 
sido sancionada pelo Chefe do Executivo. 
b) Num projeto de lei do Chefe do Executivo que concede gratificação 
a certa categoria de servidores da Administração Pública Direta, é 
legítima a emenda parlamentar que estende a vantagem a outras 
categorias do serviço público, que estejam sob as mesmas condições da 
beneficiada inicialmente, sob o fundamento da isonomia. 
c) Não há impedimento a que, num projeto de lei, fixando novos 
vencimentos para certa carreira do serviço público, encaminhado pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional, seja aprovada emenda 
parlamentar sobre tema diverso, modificando regras sobre promoção de 
militares. 
d) A Constituição veda a apresentação de emendas parlamentares a 
projeto de lei de iniciativa popular. 
e) As regras básicas do processo legislativo federal referentes a 
reserva de iniciativa são facultativamente seguidas pelos Estados-
membros. 
13) (ESAF/TCE/RN/2000) Os Estados-membros são livres para regular 
aspectos do processo legislativo referentes à reserva de iniciativa de 
modo diferente do estabelecido plano federal. 
14) (ESAF/AFC/STN/2000) Uma lei que a Constituição prevê como 
sendo da iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal, proposta à 
deliberação do Congresso Nacional, entretanto, por um grupo de 
parlamentares, será considerada válida se o Presidente da República 
vier a sancioná-la. 
15) (ESAF/AFC/STN/2000) O veto do Presidente da República a um 
projeto de lei tem caráter absoluto, impedindo que o Congresso Nacional 
volte a discutir o mesmo assunto na mesma sessão legislativa. 
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16) (ESAF/AFC/STN/2000) Pelo mecanismo do veto parcial, o Presidente 
da República pode vetar expressões contidas no caput de um artigo de 
lei, sem ter que necessariamente vetar todo o caput do artigo. 
17) (ESAF/AFC/STN/2000) Um projeto de lei pode ser proposto à 
Câmara dos Deputados por iniciativa popular; a Constituição, porém, 
não prevê a possibilidade de o Congresso Nacional ser provocado a 
deliberar sobre proposta de Emenda à Constituição resultante 
diretamente de iniciativa popular. 
18) (ESAF/AFRF/2000) Sobre a sanção ou veto do Presidente da 
República no âmbito do processo legislativo, é correto dizer: 
a) Vetado um dispositivo de lei pelo Presidente da República, a lei 
somente entrará em vigor, mesmo nas partes não vetadas, depois de 
analisado o veto pelo Congresso Nacional. 
b) Diz-se que houve veto parcial quando um projeto de lei teve o 
texto integral de um dos seus artigos vetado pelo Presidente da 
República. 
c) O silêncio do Presidente da República no prazo constitucional para 
a sanção ou veto importa veto tácito ao projeto de lei. 
d) Os projetos de lei de iniciativa popular, aprovados pelo Congresso 
Nacional, não se submetem à sanção presidencial. 
e) Se o veto não for apreciado pelo Congresso Nacional dentro de 30 
dias da sua comunicação ao Presidente do Senado Federal, o veto torna-
se, tacitamente, definitivo. 
19) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) O projeto de lei de iniciativa do 
presidente da República, em regime de urgência constitucional há mais 
de quarenta e cinco dias, uma vez aprovado na Câmara dos Deputados 
será revisto pelo Senado Federal, sobrestando, desde seu recebimento 
pelo Senado Federal, todas as demais deliberações dessa casa 
legislativa, até que se ultime a sua votação. 
20) (ESAF/PROCURADOR/FORTALEZA/2002) Mesmo depois de mantido 
o veto do Chefe do Executivo a certo projeto de lei, o Legislativo pode, 
dando-se conta de que o veto era in-tempestivo, dá-lo por inexistente, 
considerando o projeto de lei tacitamente sancionado. 
21) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Assinale abaixo a única hipótese em 
que foram atendidas as normas básicas do processo legislativo fixado na 
Constituição Federal. 
a) Desde de que não impliquem aumento da despesa prevista, as 
emendas parlamentares a projetos de lei sobre organização dos serviços 
administrativos do Poder Judiciário podem dispor sobre matéria diversa 
daquela que é objeto da proposta inicial. 
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b) Podem as Leis Orgânicas dos Municípios estabelecer que a 
competência para iniciar o processo legislativo é, como regra, do chefe 
do Poder Executivo municipal e, apenas como exceção, da Câmara 
Municipal. 
c) É de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo estadual a lei 
que disponha sobre organização do Ministério Público do Estado. 
d) Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários 
de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, 
que, ao concluir a votação, enviará o respectivo projeto para sanção ou 
veto do chefe do Poder Executivo estadual. 
e) Podem as Constituições estaduais estabelecer a exigência de lei 
complementar para matérias que, segundo a Constituição Federal, são 
disciplinadas por lei ordinária cujo projeto seja de iniciativa privativa do 
chefe do Poder Executivo. 
22) (ESAF/PFN/2003) Não sofre de inconstitucionalidade formal a lei 
federal, de iniciativa de parlamentar, que, versando sobre matéria 
tributária, concede benefício fiscal a certas categorias de contribuintes 
de impostos de competência da União. 
23) (ESAF/PFN/2003) Não havendo aumento de despesa, o Poder 
Legislativo pode livremente emendar projeto de lei de iniciativa privativa 
do Chefe do Poder Executivo. 
24) (ESAF/PFN/2003) Diante de demora do Chefe do Executivo em 
apresentar projeto de lei da sua iniciativa privativa, o Poder Legislativo 
pode aprovar lei fixando prazo para que o projeto seja encaminhado. 
25) (ESAF/PFN/2003) É firme a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal no sentido de que a sanção presidencial a projeto de lei supre 
eventual vício de iniciativa. 
26) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Não viola os princípios da separação 
dos Poderes e da constitucionalidade das leis considerar que a sanção do 
Presidente da República a projeto de Lei que deveria ser de sua 
iniciativa privativa, mas que fora apresentado ao Poder Legislativo por 
parlamentar convalida o vício formal de iniciativa. 
27) (CESPE/AGU/2004) Em tema de processo legislativo, a 
Constituição da República prevê expressamente a participação do Poder 
Executivo no processo de elaboração das leis, competindo ao presidente 
da República sancionar projetos de emenda constitucional, leis 
complementares e leis ordinárias aprovados pelas duas Casas 
legislativas. 
28) (CESPE/AGU/2004) Compete privativamente ao governador de 
estado, pelo princípio da simetria, a direção superior da administração 
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estadual, bem como a iniciativa para propor projetos de lei que visem à 
criação, à estruturação e à definição das atribuições de secretarias e 
órgãos da administração pública na respectiva esfera de governo. 
29) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Os decretos legislativos não são 
submetidos à sanção do presidente da República. 
30) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Não se confundem os conceitos de 
sessão legislativa e legislatura; aquela é anual, esta tem duração de 
quatro anos. 
31) (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2004) Há identidade entre o 
significado prático de legislatura e o conceito teórico de sessão 
legislativa. 
32) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) O processo de elaboração de leis no 
sistema bicameral impõe que o projeto aprovado por uma casa seja 
submetido à outra casa tantas vezes quantas forem as emendas que 
cada qual introduzir, de modo a garantir iguais poderes ao Senado e à 
Câmara dos Deputados. 
33) (CESPE/AUDITOR/TCU/2004) Um projeto de lei aprovado e remetidoao presidente da República pode ser vetado no prazo fatal de quinze 
dias úteis; o veto, por sua vez, será apreciado em sessão conjunta e 
pode ser rejeitado, caso em que o próprio Congresso Nacional promulga 
a lei. 
34) (CESPE/AGU/2004) No sistema da Constituição de 1988, reserva-
se ao Poder Legislativo, em algumas hipóteses, a iniciativa da lei 
orçamentária anual. 
35) (Cespe/STM/Técnico/2004) O STF, o STM, os deputados federais e 
os senadores da República podem propor leis complementares e 
ordinárias nos casos previstos na Constituição. 
36) (CESPE/TJMT/2005) Ao presidente do STF cabe a iniciativa para 
propor projeto de lei que vise criar ou extinguir cargos e remuneração 
de seus serviços auxiliares. Essa mesma competência, em relação ao 
Ministério Público federal, é conferida, pela própria Constituição Federal, 
ao procurador-geral da República. 
37) (CESPE/TFCE/TCU/1996) Derrubado o veto presidencial, o projeto 
de lei deverá ser encaminhado ao Presidente do Senado, logo após a 
deliberação do Congresso Nacional, a fim de ser por ele promulgado. 
38) (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/97) Compete ao Presidente da 
República sancionar e fazer publicar as leis. Apesar disso, existem certos 
atos legislativos do Congresso Nacional que prescindem da sanção 
presidencial. 
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39) (CESPE/AGENTE/PF/1997) Se o Presidente da República receber 
projeto pelo Congresso Nacional e não o vetar expressamente em até 
quinze dias, seu silêncio terá efeito de sanção. 
40) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/96) O veto presidencial, que pode ser 
total ou parcial, no Direito brasileiro, é um ato de deliberação negativa 
do qual resulta a rejeição definitiva do projeto, tendo o Presidente da 
República quinze dias úteis para expressá-lo. 
41) (CESPE/ANALISTA/MPU) Na hipótese de sanção tácita do projeto de 
lei, a competência originária para a promulgação da lei será privativa do 
Presidente do Senado. 
42) (ESAF/PFN/1998) Na hipótese de superação do veto parcial, a 
disposição vetada de um projeto de lei sancionado pelo Presidente da 
República entrará em vigor com eficácia retroativa (ex tunc). 
43) (ESAF/AGU/1996) É admissível a rejeição parcial do veto total.

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