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Direito-Constitucional-Análise-Panorâmica-da-Constituição-Federal-Aula-1.pdf

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O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito, da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaboração: Professor Lucas de Ávila 
 
O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito, da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado. 
Direito ............................................................................................................................................ 2 
Constitucional – Análise panorâmica da Constituição Federal de 1988 ....................................... 2 
1 – O Direito Constitucional .......................................................................................................... 2 
1.1 – Noção de Direito Constitucional ................................................................................ 2 
Eficácia Diagonal ................................................................................................................... 3 
1.2 - Origem Formal do Direito Constitucional ................................................................... 3 
Documentos que marcam a origem das constituições: ........................................................ 3 
1.3 – Ideias que marcaram o movimento constitucionalista .................................................... 4 
1.4 – Objeto de estudo .............................................................................................................. 4 
1.4.1 – O que é Constituição? ............................................................................................... 4 
1.4.2 – Evolução Constitucional Brasileira ............................................................................ 4 
1.5 - Divisão da Constituição Federal de 1988 .......................................................................... 5 
Texto Preliminar .................................................................................................................... 5 
Texto permanente ................................................................................................................. 5 
Existe hierarquia entre o texto principal e o texto transitório? ............................................ 5 
 
 
A primeira compreensão que é preciso ter sobre o ordenamento jurídico brasileiro é que todas 
as leis e codificações são derivadas da carta magna de 1988. Todos os ramos do Direito têm por 
base os preceitos trazidos pela Constituição Federal. 
 
Em que pese haja diversas definições de Direito Constitucional apresentadas pela doutrina, 
iremos nos valer de uma que, segundo penso, é a bastante completa: 
“Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os 
princípios e as normas fundamentais de um determinado Estado.” (Pág. 36, 2º Parágrafo da 15ª 
Edição do livro do Prof. José Afonso da Silva) 
Diante da afirmação de que Direito Constitucional é ramo do Direito Público, podemos dizer, 
então, que ele busca regular a relação entre o Estado e o Particular. Possuindo eficácia 
O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito, da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado. 
horizontal. Diferentemente dos ramos de Direito Privado, que regulam uma relação entre 
particulares com eficácia horizontal. 
Direito Público 
Estado 
 
Particular 
Todavia, apesar do Direito Constitucional ter surgido para tratar das relações verticais, também 
é possível afirmar que o Direito Constitucional possui eficácia horizontal, na medida em que 
pode regular a relação entre dois particulares. 
Ex.: Uma associação de músicos do Rio de Janeiro retirou dos seus quadros um dos seus 
membros sem lhe ter sido assegurado o Contraditório e a Ampla Defesa (direitos 
constitucionalmente garantidos). Diante desta situação, o membro excluído buscou o judiciário 
e fora incluído novamente na associação. 
O Tribunal Superior do Trabalho, a partir de 2013, passou a adotar uma nova eficácia para os 
Direitos Constitucionais, a chamada Eficácia Diagonal. 
O chileno Sergio Gamonal Contreras defende esta espécie de eficácia assimétrica, que se 
manifesta nas circunstâncias em que dois particulares estão em situação de desigualdade. 
Ex.: Um determinado supermercado (empregador) em relação ao seu empregado (ex. art. 7º da 
CF); relações de consumo etc. 
Portanto, atualmente os regramentos constitucionais aplicam-se também as relações 
particulares, produzindo eficácia horizontal ou diagonal. 
 
Historicamente, ao falar de Direito Constitucional, é possível encontrar vestígios desde a época 
antes de Cristo. Segundo o Professor Marcelo Novelino, por exemplo, o Direito Constitucional 
está dividido em quatro momentos: Constitucionalismo Antigo, Constitucionalismo Moderno, 
Constitucionalismo Contemporâneo e o Constitucionalismo do Futuro. Segundo este autor, o 
Constitucionalismo Antigo está lá no Estado Hebreu, na Grécia, em Roma... até meados do 
século XVIII, quando surge o Constitucionalismo Moderno, que vigora deste período até meados 
do século XX quando entramos no Constitucionalismo Contemporâneo que vivenciamos até 
hoje. Existindo, ainda, o posicionamento do Professor José Roberto Dromi, que traz a ideia de 
Constitucionalismo do Futuro, o qual, logicamente, ainda não vivemos. 
Professor Alexandre de Moraes, página 1 de todos os seus livros: 
a) Constituição dos Estados Unidos da América de 17/09/1787 ( a 1ª do Mundo) 
O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito, da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado. 
b) Constituição da França de 1791 
Estas são as Constituições que marcam o início do movimento constitucionalista no Mundo. 
Com relação a origem dos direitos fundamentais, vamos ter a Declaração dos Direitos do Bom 
Povo da Virgínia de 1776 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (na França) de 
1789. Não confundir com as constituições. 
Obs.: A 1ª Constituição dos Estados Unidos da América contemplava apenas a ideia de 
organização do Estado, quando posteriormente, em 1791, passou a sofrer emendas que 
acrescentaram os Direitos e Garantias Fundamentais. 
Foram duas ideias principais que predominaram e predominam nas Constituições: 
a) Organizar o Estado 
b) Estabelecer Direitos Fundamentais 
O objeto de estudo do Direito Constitucional é a Constituição. 
Para este ponto vamos nos fixar na definição jurídica de Constituição, mais especificamente na 
ideia do jurista Hans Kelsen: 
Em sentido jurídico a Constituição é a norma suprema do Estado e toda a norma que se opor a 
ela será considerada inconstitucional. 
 
 Visão Sociológica – Ferdinand Lassalle 
 Visão Jurídica – Hans Kelsen 
 Visão Política – Carl Schmitt 
 Visão Cultural – Meirelles Teixeira 
 Visão pós-positivista – Conrad Dress e Petter Rabanne 
 Constitucionalização Simbólica – Marcelo Neves 
Para aprender um pouco mais sobre as outras visões de Constituição clique AQUI. Ou acesse 
através do QRCODE abaixo: 
 
A atual constituição é de 1988. Antes dela o Brasil teve outras 06 constituições, senão vejamos: 
O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito,da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado. 
Promulgadas: 1891 – 1934 – 1946 – 1988 
Outorgadas: 1824 – 1937 – 1967 - 1969 
Dica de memorização: Celular (Promulgadas): 91344688 – Tel. Fixo (Outorgadas): 24376769 
Obs.: Alguns constitucionalistas consideram que não houve uma nova constituição em 1969, 
porque aconteceu uma grande emenda à Constituição de 1967. Todavia, ela fora tão profunda 
e ampla que alguns preferem dizer que foi uma nova Constituição. 
São três partes: Texto preliminar, texto principal e texto transitório. 
No texto preliminar nós temos o preâmbulo; no texto permanente temos nove títulos; e no texto 
transitório nós temos o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
O preâmbulo é norma constitucional? O preâmbulo não é propriamente uma norma 
constitucional, sendo considerada apenas uma declaração de intenções. Segundo o STF ele não 
possui força cogente (normativa), sendo, apenas, uma declaração de intenções do legislador 
constituinte originário (ADI 2076-5/2002). 
O preâmbulo menciona “Deus” e por isso foi questionado através da ADI supra mencionada, 
uma vez que o nosso Estado é laico (sem religião oficial). Segundo o STF, portanto, a invocação 
de Deus não fere o princípio da laicidade, e o preâmbulo não é de reprodução obrigatória pelas 
Constituições Estaduais. 
Nove títulos no total: 
 Título I – Princípios fundamentais (art. 1º ao 4º) 
 Título II – Direitos e Garantias Fundamentais (art. 5º ao 17) 
 Título III – Organização do Estado (art. 18 ao 43) 
 Título IV – Organização dos Poderes (art. 44 ao 135) 
 Título V – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (art. 136 ao 144) 
 Título VI – Tributação e Orçamento (art. 145 ao 169) 
 Título VII – Ordem Econômica e Financeira (art. 170 ao 192) 
 Título VIII – Ordem Social (art. 193 ao 232) 
 Título IX – Disposições Constitucionais Gerais (art. 233 ao 250) 
 
Segundo o STF não há hierarquia entre elas. RE 160.486-5/SP 
 
 
 
O texto acima foi elaborado com base na Aula nº 1 do Curso Gratuito de "Direito Constitucional" - Análise da CF de 1988, do 
Programa Saber Direito, da TV Justiça, ministrada pelo Professor Paulo Machado.

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