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desafio 3ª semestre lixo Gestão Publica

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - POLOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO TECNOLÓGICO EM GESTÃO PÚBLICA
3ª SEMESTRE
Tutor on-line: SANDRA
Tutor presencial: PATRICIA
DESAFIO PRODISSIONAL 
Disciplinas norteadoras: Administração Pública; Contabilidade Básica; Teoria Política; Matemática Financeira; Finanças Públicas e Orçamento Municipal. 
	
São Sebastião, Brasília – DF
MAIO de 2016
INTRODUÇÃO
O trabalho desenvolvido pelos (as) catadores (as), coletando entre 10% e 20% dos resíduos sólidos urbanos, apresenta um caráter de grande relevância social e ambiental. Eles participam da realização de um serviço público cuja responsabilidade é constitucionalmente do governo local. Entretanto, esses trabalhadores não têm merecido a devida atenção por parte dos poderes públicos e da sociedade. Ao contrário, muitas vezes, são confundidos com mendigos e vadios, merecedores de repressão e desprezo. É dessas relações sociais concretas e contraditórias que são construídas as identidades dos sujeitos, homens e mulheres, de várias faixas etárias, inclusive jovens e crianças, hoje denominados de catadores e catadoras de material reciclável, que vivem relações de exclusão e que são por eles mesmos assimilados e assumidos e, portanto, manifestam pouca noção sobre seus direitos de cidadania e de como lutar por eles.
A atividade da catação de papel, papelão e outros materiais recicláveis, envolve toda a família quer seja no trabalho de rua quer seja no local de armazenamento dos resíduos recicláveis. Entretanto, não se trata só de moradores de rua (a maioria dessa população sobrevive dessa ocupação conforme censo de SP de 11 mil pessoas); mas também de pessoas inseridas em condições de pobreza vivendo a maioria em ocupações irregulares, em assentamentos organizados pelo Governo ou mesmo em lotes adquiridos. São famílias inteiras envolvidas na catação de materiais e muitas vezes os locais onde moram dificultam o acesso a equipamentos sociais como postos de saúde e escolas. Em muitos casos as crianças e os adolescentes estão fora da escola e não têm tido o acesso à saúde como é de direito. Muitos desses meninos e meninas estão desnutridos e doentes. As moradias ou barracos próximos aos lixões ficam sujeitos ainda a acidentes e os jovens enfrentam outros problemas como abuso sexual, gravidez precoce e uso de drogas.
Contrapondo-se à situação de miséria dessa população, pode-se observar o aumento crescente da quantidade de lixo e do enorme desperdício de materiais. Com o processo de industrialização da economia e o marketing agressivo, as embalagens, os produtos descartáveis e os produtos de baixa durabilidade vêm contribuindo para o incremento na geração de resíduos. O alheamento da sociedade em relação aos problemas relacionados ao lixo gerado por cada cidadão é assustador, traduzido no desperdício e na precariedade da limpeza nas cidades. Além do problema cultural, verifica-se ainda o despreparo generalizado do quadro técnico das prefeituras municipais para lidar com os aspectos relacionados à gestão dos resíduos e ainda uma falta de visão política mais ampla que promova a participação social na busca de soluções para os problemas e que incorpore os catadores nos sistemas de coleta seletiva.
Alguns grupos de catadores, que tiveram apoio de instituições conseguiram se organizar em associações e cooperativas e já conquistaram o reconhecimento de seu trabalho pelos governos e comunidades locais. Essas experiências têm se demonstrado alternativas viáveis de inserção socioeconômica, pois têm como princípio básico o resgate da cidadania desses trabalhadores por meio da promoção de sua qualificação profissional e da implantação de infraestrutura digna de trabalho que lhes garanta sustentabilidade econômica. São, dessa forma, construídos e consolidados projetos de geração de trabalho e renda, capazes de inserir, no tecido social, inúmeras vidas antes destinadas à marginalidade.
PASSO 1
Situação dos lixões frequentados por catadores de lixo no Brasil: 
Atualmente, vivemos num ambiente onde a natureza é profundamente agredida. Toneladas de matérias-primas, provenientes dos mais diferentes lugares do planeta, são industrializadas e consumidas gerando rejeitos e resíduos, que são comumente chamados lixo. Seria isto lixo mesmo? Lixo é basicamente todo e qualquer material descartado, proveniente das atividades humanas. É importante lembrar que o lixo gerado pelo homem é apenas uma pequena parte da montanha gerada todos os dias, composta pelos resíduos de outros setores. Os diferentes tipos de lixo se classificam de acordo com sua origem: 
- dos espaços públicos: como ruas e praças, o chamado 'lixo de varrição', com folhas, terras, entulhos. 
- dos estabelecimentos comerciais: com restos de comida, embalagens, vidros, latas, papéis. 
- das casas: com papéis, embalagens plásticas, vidros, latas, restos de alimentos, rejeitos. 
- das fábricas: com rejeitos sólidos e líquidos. É de composição variada, que depende dos materiais e processos usados. 
- dos hospitais, farmácias e casas de saúde: um tipo especial de lixo, contendo agulhas, seringas, curativos; o chamado "lixo patogênico", o que produz inúmeras doenças.
Estudo inédito do Ipea revela que são 400 mil os catadores de resíduos no Brasil. Eles têm baixa escolaridade e a maioria é formada por homens, negros e jovens. A surpresa é que 58% contribuem para a Previdência, metade usufrui de esgoto em casa, quase um quinto tem computador e somente 4,5% estão abaixo da linha da miséria.
São dois grandes problemas distintos, contudo tão interligados quanto gêmeos siameses. O primeiro são os lixões a céu aberto existentes em quase todos os municípios brasileiros. Trata-se de uma mazela de ordem ambiental com solução à vista. O outro problema é social – as legiões de brasileiros que sobrevivem nesses lixões como catadores de resíduos sólidos, uma das mais insalubres e indignas atividades econômicas humanas. A primeira novidade diz respeito ao tamanho desse grupo social. São 400 mil catadores de resíduos sólidos em todo o Brasil. Somados os membros das famílias, chegam a 1,4 milhão de brasileiros que sobrevivem do lixo. A maioria dos catadores é formada por homens jovens, negros ou pardos. Eles têm baixa escolaridade e vivem nas cidades com uma renda média de R$ 571,56. O estudo também descortina uma série de contrastes. Um deles é a diferença da situação do Nordeste em relação às demais regiões. O Nordeste é pior em tudo. Em seguida, em uma situação quase semelhante, aparece a região Norte. Outro aspecto que chama a atenção nessa pesquisa é o fato de que apenas 10% do contingente de catadores está organizado em cooperativas.
A surpresa foi encontrar estatísticas positivas em meio a esse grupo social. Mais da metade deles (58%) contribui com a Previdência Social. Como estão basicamente em grandes ou médias cidades, 99% moram em residências com energia elétrica e 48% usufruem de sistema de saneamento básico. A maior das surpresas foi constatar que somente 4,5% das famílias de catadores sobrevivem com menos de R$ 70 per capita mensais, a cifra que estabelece a linha abaixo da pobreza absoluta. “Quando imaginamos um catador de lixo, desenhamos a imagem de uma pessoa na extrema pobreza”, diz Albino Rodrigues Alvarez, técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos Regionais, Urbanos e Ambientais (Dirur), do Ipea, e um dos coordenadores do estudo, junto com os técnicos Sandro Pereira Silva e Fernanda Lira Goes. “Mas como a linha é baixa, menos de R$ 70 per capita, alguma coisa os catadores sempre conseguem pegar. Esse é o atrativo da rua: a pessoa remexe o lixo e descobre coisas de algum valor para vender”.
URBANOS: Um dos dados constatados neste diagnóstico é que 93% dos catadores são urbanos. Esse número supera a taxa de urbanização do país: 85%. Eles moram em residências com aproximadamente quatro pessoas e a taxa de coabitação com crianças é maior do que a média nacional. Nos domicílios com catador,a razão de dependência é de 50% em relação às crianças. Ou seja, crianças são 50% da população. E mais: das crianças de zero a três anos que residem em casa com catador, 22,7% frequentam creche.
Nos domicílios com algum catador, há 99% de acesso à energia elétrica e 49,8% usufruem de saneamento básico, com água encanada e rede de esgoto. Seguindo a diferenciação por região, no Norte, 12% usufruem desse serviço, até porque, na Amazônia, o saneamento básico existe em poucas cidades. Outra novidade é que 17,7% dos domicílios de catadores têm computador.
MULHERES: Inicialmente uma atividade masculina, as mulheres já representam 31,1% do total de brasileiros que se declararam ao IBGE catadores de resíduos. Esse percentual varia muito entre os estados. No Amazonas, as catadoras chegam a 40%, enquanto são apenas 17% no Rio Grande do Norte e 15% em Roraima. Em nenhum estado o número de mulheres supera o de homens.
Além da poluição ambiental, constata-se também, nesses locais, um grave problema de degradação social, pela presença de catadores nos lixões, adultos e crianças que sobrevivem da separação e comercialização dos materiais recicláveis presentes no lixo urbano. Essas pessoas trabalham em condições extremamente precárias, sujeitas a todo tipo de contaminação e doenças, sendo que muitas vezes retiram do lixo o seu alimento. Além disso, a qualidade do material coletado nessas condições é pior, o que é demonstrado pelos baixíssimos preços praticados nesse mercado. Os catadores vivem ainda à margem de todos os direitos sociais e trabalhistas, excluídos da maior parte da riqueza que o mercado de reciclagem movimenta e produz. Crianças e adolescentes, que deveriam estar na escola, veem-se obrigados a trabalhar para garantir a própria sobrevivência.
Os catadores também atuam nas ruas da grande maioria dos municípios brasileiros. O número de catadores varia de cidade para cidade e, embora não haja uma avaliação precisa, existe uma tendência evidente de crescimento dessa atividade nas cidades, agravada pelo desemprego crescente no País.
PASSO 2
Os riscos a que e estes catadores e suas famílias estão ao frequentarem o lixão e ao manusear os resíduos ali depositados:
A presente pesquisa tem a finalidade de entender e analisar a questão da saúde dos catadores de materiais recicláveis e a atuação do assistente social como parceiro, mediador, articulador e orientador demonstrando que o papel a ser desenvolvido por ele é de vital importância.
Por estarem expostos aos riscos, trabalhadores dos lixões têm mais probabilidade de adquirir problemas de saúde como leptospirose, dermatites de contato, infecções gástricas e verminoses de toda ordem. É o que alerta o professor Gemmelle Oliveira Santos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que estudou a relação entre os lixões e a saúde dos trabalhadores.
	 Essas pessoas têm riscos ampliados, pois acabam tendo contato com o chorume (líquido resultante da decomposição do lixo) e inalam os gases provenientes do apodrecimento dos materiais orgânicos.
“É impossível lidar em um ambiente completamente contaminado e sair sem doenças”, reforça o médico infectologista Anastácio Queiroz. Para ele, a convivência prolongada no ambiente dos lixões repercute, inclusive, na redução da expectativa de vida dos trabalhadores. Muitas das doenças adquiridas no local, por falta de tratamento, se tornam crônicas.
Aparentemente, esses trabalhadores parecem ser fortes e resistentes. De fato, o contato cotidiano com esse ambiente pode trazer certa resistência, mas será que são realmente saudáveis?”, questiona Queiroz, informando que faltam estudos que avaliem, de maneira mais completa, a saúde desses profissionais.
 	A falta de assistência médica nos lixões é uma das preocupações de Charliany Morais, militante do movimento estadual dos catadores de material reciclável e membro do Conselho de Leitores do O POVO. “Muitos dos trabalhadores não têm acesso às informações. Eles comem dali, não têm muita noção do perigo. Eles sabem que é sujo, que existe o risco, mas não sabem como se proteger”, alerta. Segundo ela, os perigos são relativizados por uma questão ainda mais urgente: a sobrevivência.
PASSO 3
Estratégias adotadas para a criação da cooperativa de catadores
As primeiras iniciativas organizadas de coleta seletiva no Brasil tiveram início em 1986. Destacam-se, a partir de 1990, aquelas nas quais as administrações municipais estabeleceram parcerias com catadores organizados em associações e cooperativas para a gestão e execução dos programas. Essas parcerias além de reduzir o custo dos programas se tornaram um modelo de política pública de resíduos sólidos, com inclusão social e geração de renda apoiada por entidades da sociedade civil.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares, e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõem seus resíduos em lixões.
Hoje estima-se que 1 em cada 1000 brasileiros é catador.
E 3 em cada 10 catadores gostariam de continuar na cadeia produtiva da reciclagem mesmo que tivessem uma alternativa. Estes têm orgulho de ser Catador.
Há Catadores de todo tipo.
Trecheiros: que vivem no trecho entre uma cidade e outra, catam lata para comprar comida.
Catadores do lixão: catam diuturnamente, fazem seu horário, catam há muito tempo ou só quando estão sem serviço de obra, pintura etc.
Catadores individuais: catam por si, preferem trabalhar independentes, puxam carrinhos muitas vezes emprestados pelo comprador que é o sucateiro ou deposita.
Catadores organizados: em grupos auto gestionários onde todos são dono do empreendimento, legalizados ou em fase de legalização como cooperativas, associações, ONGs ou OSCIPs.
	A população brasileira gera diariamente aproximadamente 126 mil toneladas de lixo e são muitas as discussões sobre o destino deste material e o que fazer para que ele não prejudique o meio ambiente. A reciclagem tem sido uma grande solução e ela começa dentro de casa, com a separação do lixo. Mas e depois? Qual é o processo até que esses resíduos sejam reciclados?
	As cooperativas de reciclagem desenvolvem o processo de tratamento dos materiais recicláveis e os enviam às empresas recicladoras, mas até esta fase existe uma série de etapas que a antecedem:
Coleta: nela os catadores coletam o lixo reciclável como alumínio, papel, plástico e vidro, e entregam à cooperativa. Essas empresas contam com o trabalho dos catadores ou até mesmo funcionários dessas próprias empresas.
Triagem: quando o material chega às cooperativas ele precisa ser separado para que nas empresas recicladoras sejam tratados e reciclados, portanto, devem ser colocados em seus respectivos latões, de acordo com o tipo de cada material.
Prensa: o material já separado é prensado e para que isso aconteça é preciso de grandes prensas que compactam material em grande quantidade.
Venda: nessa etapa todo o material é transportado e vendido para empresas recicladoras que fazem o processo de reciclagem, tornando a usar esses materiais como matéria-prima.
Implantação da coleta seletiva no Brasil:
Os principais problemas hoje no Brasil se dão na exposição do lixo e no tratamento. De acordo com a Abrelpe, só existe algum tipo de iniciativa de coleta seletiva em 60% dos municípios brasileiros. No Centro-Oeste, apenas 32% dos municípios têm coleta seletiva, enquanto no Sudeste o índice chega a 80%. A coleta seletiva possibilita que o material seja reciclado e pode gerar renda para a população.
O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) - um dos relatores do projeto de lei que deu origem à Lei de Resíduos Sólidos - ressalta, que a partir da lei, a coleta seletiva passou a ser obrigatória. “Cada um em seu município pode exigir do prefeito. Se não implantar [a coleta seletiva], não vai mais receber recursos do governo federal. São coisas como essa que começam a mudar a postura.”
Conforme o Plano Nacional de Resíduos Sólidos,primeiro, o município deverá estabelecer a separação de resíduos secos e úmidos. Depois, progressivamente, deverá separar os resíduos secos em tipos específicos, como vidro, plástico e papel.
Especialistas ressaltam que a coleta seletiva é essencial para que seja implementada a logística reversa, também prevista na lei. A logística reversa é o retorno para as fábricas dos resíduos daquela indústria, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada.
O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, afirma que a maioria das empresas brasileiras ainda não adotou a sustentabilidade em seus planos de negócio. "Por outro lado, há empresas que estão liderando este processo e que, logo, vão ser reconhecidas por isso. A questão da reputação e da imagem das empresas é chave e as empresas que estão se envolvendo em questões que impactam a sociedade vão ser as empresas do futuro."
RENDA :O estudo constata que, em 2010, o rendimento médio dos catadores era de R$ 571,56. Todavia, há variações regionais. Ao cruzar os dados, percebeu-se que, no Nordeste, a renda média é de R$ 459. No Sudeste, R$ 629. Quando se considera os domicílios em que há pelo menos um catador, a renda média per capita da família cai para R$ 235,60. Contudo, é três vezes e meia acima da linha da miséria absoluta – são aqueles cuja renda familiar per capita está abaixo de R$ 70 mensais.
	Entre os estados, a maior renda ficou com Santa Catarina (R$ 701) e a menor com a Paraíba (R$ 391). Outro dado interessante é que, diferentemente da realidade percebida na região Norte, Roraima se sobressai com uma renda acima de R$ 700 e por ser o estado com menos catadores de resíduos sólidos (apenas 263), concentrados em Boa Vista. São Paulo é o estado com o maior número absoluto de catadores, quase 80 mil, 20% do total.
O que pensam os catadores
	São muitas as ideias e debates sobre como aproveitar a implantação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos para promover a inclusão social dos catadores. Mas afinal, o que pensam os principais interessados?
	“Ninguém consegue implantar os aterros ou ajudar os catadores por causa de problemas políticos”, aponta Raimunda Alves Ribeiro, diretora da Central das Cooperativas de Catadores de Resíduos Sólidos do Distrito Federal (Centcoop), que reúne 25 cooperativas da capital federal. Raimunda mostra-se bem informada sobre o PNRS e sobre a situação do grupo em outros estados. Segundo ela, catadores em todo o Brasil, organizados ou não em cooperativas, estariam disputando os lixões com as grandes empresas que prestam serviços de coleta para as prefeituras.
	As empresas ganham por tonelada recolhida e despejam o lixo, sem tratamento, nas áreas indicadas pelas prefeituras. “Elas resistem à coleta seletiva e ao fim dos lixões; pressionam os políticos porque não é interessante investimento dos governos em reciclagem e em inclusão social”, acrescenta. “O lixo é uma fonte de riqueza que poderia muito bem ter uma destinação social se pudesse ser adequadamente coletado”, faz coro Rônei Alves, também catador de Brasília.
PASSO 4
Considerações finais
	Nas considerações finais recomendam-se alternativas para o fortalecimento e aprimoramento desses programas como forma de estimular a grande maioria de municípios que relutam ou têm dificuldades em implementar programas dessa natureza.
	Um dos maiores desafios do século XXI é reduzir os milhões de toneladas de lixo que nossa civilização produz diariamente. Existe um consenso de que a geração excessiva de resíduos sólidos afeta a sustentabilidade urbana e que a sua redução depende de mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade. A extração dos recursos naturais para a produção dos bens de consumo encontra-se acima da capacidade de suporte do planeta, a produção crescente de resíduos sólidos causa impactos no ambiente e na saúde, e o uso sustentável dos recursos naturais ainda é uma meta distante.
	 A ênfase na questão da redução do consumo supérfluo e do importante papel do cidadão enquanto agente dessa mudança adquiriu centralidade no âmbito das políticas ambientais da década de 1990, e se agregou aos já presentes temas do aumento populacional e do modelo produtivo e seus impactos.
	A concentração das populações em cidades também é uma realidade a ser enfrentada. No século XX, apenas 5 em cada cem habitantes do mundo, moravam em cidades, hoje são mais de 70 a cada cem habitantes (HOGAN). No Brasil, 81,2 por cento da população vive em cidades (IBGE). O modo de vida urbano produz uma diversidade cada vez maior de produtos e de resíduos que exigem sistemas de coleta e tratamento diferenciados após o seu uso e uma destinação ambientalmente segura. No manejo dos resíduos sólidos, desde a geração até a disposição final existem fatores de risco à saúde para as populações expostas (OPS). 
	Constata-se um crescimento da produção do lixo que tem prevalecido, não só no Brasil, mas em todos os países. Esse crescimento está diretamente relacionado ao Produto Interno Bruto – ou seja, países mais ricos produzem mais lixo – e ao porte das cidades. 
	No Brasil, indicadores mostram que a população cresceu em 138 anos, quase 20 vezes, enquanto a geração de resíduos sólidos domiciliares cresceu mais do que o dobro, ou seja, um índice três vezes maior. A situação é agravada pelo fato de que a maior parte desses resíduos são dispostos inadequadamente em lixões a céu aberto e em aterros que atendem parcialmente às normas de engenharia sanitária e ambiental (IBGE).
 	A disposição inadequada do lixo causa a poluição do ar, da água e do solo, além de impactos sociais e de saúde na população e nos catadores, em especial. A coleta seletiva consiste na separação de materiais recicláveis, como plásticos, vidros, papéis, metais e outros, nas várias fontes geradoras – residências, empresas, escolas, comércio, indústrias, unidades de saúde –, tendo em vista a coleta e o encaminhamento para a reciclagem. Esses materiais representam cerca de 30 por cento da composição do lixo domiciliar brasileiro, que na sua maior parte é composto por matéria orgânica (IBGE). 
	A separação dos materiais recicláveis cumpre um papel estratégico na gestão integrada de resíduos sólidos sob vários aspectos: estimula o hábito da separação do lixo na fonte geradora para o seu aproveitamento, promove a educação ambiental voltada para a redução do consumo e do desperdício, gera trabalho e renda e melhora a qualidade da matéria orgânica para a compostagem.
	É necessário que todos assumam a prática da separação do lixo, sabe-se que não é fácil mudar os nossos hábitos, mas o importante é querer fazer a mudança para vermos a transformação e também o resultado disso. Não é difícil separar o lixo, basta não misturar, basta colocar mais uma lata de lixo na cozinha e sensibilizar os membros da família da importância de separar o lixo úmido do lixo seco. O lixo é gerado por todos, portanto, é problema de todos e responsabilidade de toda a sociedade.
	A Educação Ambiental começa dentro de casa, não só na rua, ou nas escolas. Sabe-se que ainda existem muitas dúvidas no processo de separação, ou seja, o que vai para reciclagem o que vai para o lixo normal, por isso o que se vê é o caminhão da coleta seletiva passando e lixeiras vazias, e todo esse material que deveria estar separado previamente acaba indo para o lixo normal, e consequentemente para o lixão municipal. A Educação Ambiental deve estar presente sempre presente no dia a dia da população, desde a separação em casa até a hora que o caminhão passa em frente das casas e o recolhe.
	 
BIBLIOGRAFIA
Sites:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2016/05/02/noticiasjornalcotidiano,3609485/catadores-de-lixo-enfrentam-riscos-a-saude-nos-lixoes.shtml
http://observatorio-eco.jusbrasil.com.br/noticias/100638433/desafios-do-brasil-para-implantar-a-lei-de-residuos-solidos
http://www.revistas.sp.senac.br/index.php/ITF/article/viewFile/138/166
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABd0oAD/cooperativas-catadores-lixo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catador_de_material_recicl%C3%A1velhttp://www.dolixoacidadania.org.br/

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