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avaliação do estado mental

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Avaliação do Estado Mental
Palmas-To
Introdução ➮ Avaliação do Estado Mental, trata-se, de pesquisa sistemática de sinais e sintomas de alterações do funcionamento mental, durante a entrevista psiquiátrica. As informações são obtidas por meio da observação direta da aparência do paciente, da anamnese, bem como do relato de familiares e outros informantes como atendentes, amigos, colegas ou até mesmo grupos sociais. A Avaliação do Estado Mental é essencial não só para o diagnóstico de possíveis transtornos psiquiátricos, como também identificação de outros diagnósticos, importantíssimos ao planejamento do cuidado em saúde pelos enfermeiros. Evidenciando riscos ou mesmo indícios importantes de transtornos neurológicos, metabólicos, intoxicações ou de efeitos de drogas. 
Início➮ Inicia-se com uma descrição sumária sobre o local onde se realiza a entrevista (hospital, posto de saúde, consultório particular). Em seguida, descreve-se o motivo pelo qual está sendo realizada (avaliação para internação hospitalar ou tratamento ambulatorial, diagnóstico, consultoria), seguindo-se de impressões sobre o paciente registradas pelo entrevistador: 
Aparência: Andar, Postura (encurvada → tristeza) Roupas (desleixo no modo de vestir-se) Adornos (extravagantes → mania) ou características histéricas de personalidade Maquiagem Higiene pessoal Cabelos Atitude: (amigável/hostil) Humor ou afeto predominante Sinais ou deformidades física Idade aparente:  >idade → depressão <idade → hipomaníacos Expressões faciais Contato visual: (escasso → vergonha, ansiedade, dificuldade de relacionamento)
Atividade Psicomotora e Comportamento➮ intensidade da mobilidade geral na marcha, quando sentado e na gesticulação. Agitação (hiperatividade) ou retardo (hipoatividade) Presença de: tremores, acatisia, estereotipias Maneirismos (movimentos involuntários estereotipados), Tiques (movimentos involuntários e espasmódicos); negativismo (resistência imotivada) estupor (lentificação motora, imobilidade catalepsia (manutenção de uma posição imóvel)
Atitude frente ao Examinador ➮ Descrever local ➮ Presença de outros participantes ➮ Intercorrências eventuais ➮ Disponibilidade e interesse frente à entrevista ➮ Cooperação, indiferença, negativismo 
Linguagem ➮ Maneira de comunicação, verbal ou por escrito, envolvendo gestos, olhar, e expressão facial Característica da fala: Espontânea Mutismo, ou apenas em resposta à estimulação Vulgaridade, coprolalia Volume da fala Defeito na verbalização (afasia, gagueira, rouquidão) Defeito na escrita (disgrafia,) Progressão da fala Quantidade e velocidade Fluxo lento – longas pausas (bradilalia) Fluxo acelerado – dificuldade de interrupção pelo examinador (taquilalia/logorréia) Linguagem diminuída – monossilábico
Sentimentos Despertados ➮ Impressão emocional geral transmitida pelo paciente
 Funções Mentais Consciência: Estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa se encontra, variando da vigília até o coma Reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado momento, e a capacidade de responder aos seus estímulos Sonolência: lentificação  e predisposição para dormir na ausência de estimulação. Obnubilação da consciência: diminuição do nível de vigília, dificuldade em focalizar em seu objetivo (pós traumatismo craniano,processos infecciosos agudos graves) Estupor: mutismo,sem movimentos e preservação relativa da consciência (esquizofrenia – catatônico, depressão profunda, histeria) Delirium: quadro agudo com diminuição do nível de vigília, com alterações cognitivas (desorientação, déficits de memória) ou perceptuais (ilusões e alucinações). Estado crepuscular: estreitamento da consciência, podendo manter comportamentos motores relativamente organizados, na ausência de um estado de consciência plena (epilépticos)Hiperalerta: ansioso, hiperatividade autonômica e respostas aumentadas aos estímulos (drogas/abstinência) Confusão: (fase aguda de algumas doenças mentais, estresse emocional, epilepsia) 
Atenção➮ Dimensão da consciência que designa a capacidade para manter o foco em uma atividade Concentração: capacidade de voltar a atenção voluntária para processos internos do pensamento Vigilância: capacidade de voltar o foco da atenção para os estímulos Tenacidade: atenção em tarefa específica Desatenção: incapacidade de voltar o foco para determinado estímulo (depressões, demências, delirium, transtorno de déficit de atenção) Distração: incapacidade de manter o foco em determinado estímulo (depressões, mania, retardo mental) 
Senso percepção➮ Capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos sentidos. Ilusões: estímulos sensoriais confundidos ou interpretados erroneamente Alucinações: percepção sensorial na ausência do estímulo externo visuais. Orientação ➮Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo, espaço ou situação e reconhecer sua própria pessoa. Tempo: (primeira a ser perdida) dia do mês, estação, há quanto tempo no hospital Espaço: (segunda a ser perdida) capaz de descrever o local, endereço aproximado, cidade, estado, país, pessoas à sua volta Dados pessoais: (raro de se perder) nome, data de nascimento, profissão Demais pessoas: identificar familiares, amigos próximos, etc. Memória➮ Capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas e experiências passadas ou estímulos sensoriais ➮ São fixados na memória fatos ou situações que quando ocorreram provocaram emoções associadas: prazer, medo, ou que foram significativas para a pessoa. Memória imediata: pedir para o paciente repetir sequência de números, 3 objetos não relacionados. Memória recente: Curto prazo- paciente guarda 3 palavras e as repete 5 minutos depois. Longo prazo- o que comeu no café da manhã. Memória Remota: Eventos importantes do passado remoto: casamento, nascimento dos filhos Postura do paciente caso haja déficit: Reação catastrófica, Nega, Não valoriza, Confabula: preenche lacunas de memória com recordações falsas 
Inteligência ➮ Capacidade de assimilar conhecimentos factuais, compreender as relações entre eles e integrá-los aos conhecimentos já adquiridos anteriormente; de raciocinar logicamente e de forma abstrata manipulando conceitos, números ou palavras. Observar vocabulário, nível de complexidade, capacidade de articular conceitos, de abstrair e de generalizar Perguntas sobre temas gerais: Ex: Quem é o presidente? 
Afetividade e Humor➮ Humor: sentimento predominante, e mais constante, que pode influenciar a percepção de si mesmo, e do mundo ao seu redor ➮ Afeto: experiência da emoção subjetiva e imediata, ligada a ideias ou representações mentais e que pode ser observada pelas suas manifestações objetivas ➮ Observa-se a expressão facial, postura, o conteúdo afetivo predominante no seu relato (tristeza, euforia, irritabilidade, etc), o tipo de afeto que transmite e que desperta no entrevistador
Pensamento ➮ Forma do pensamento: Circunstancialidade: detalhes irrelevantes e tediosos Tangencialidade: sem conclusão, paciente afasta-se do tema, vago, pobreza de conteúdo Perseveração: repete mesma resposta à várias questões Fuga de idéias: associações inapropriadas entre pensamentos pelo som ou pelo ritmo das palavras (associações ressonantes) Pensamento incoerente: perda de lógica Bloqueio do pensamento: interrupção súbita da fala que ao ser retomada não tem conexão com o assunto interior Ecolalia: repetição de palavras ou frases ditas pelo interlocutor Obssessivo: pensamento recorrentes, invasivos e sem sentido Compulsões: comportamentos repetitivos irracionais que visam neutralizar desconforto ou situação temida Curso: quantidade de ideias que vêm ao pensamento
Juízo Crítico da Realidade ➮ Capacidade de perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e separá-la dos aspectos do mundo interno ou subjetivo Auto avaliação: visão realista de si mesmo, dificuldades e qualidades, decisões diárias ,estabelecer prioridades, prever consequências, mudança de personalidade ou padrão de comportamento, de modo que este conhecimento altera suas ações e experiências no futuro Conduta ➮ São os comportamentos observáveis do indivíduo: comportamento motor, atitudes, atos, gestos, tiques, impulsos, verbalizações, etc. Observar e indagar sobre:Hábitos (maneira como se diverte, trabalha, convive socialmente) observar: movimentação do paciente: (lento ou agitado), expressão durante a anamnese. Procurar alterações: indagando sobre o uso de drogas, roubos, tentativa de suicídio, hostilidade, compulsões, impulsos, comportamentos agressivos, rituais, vida sexual, relacionamentos interpessoais

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