contas nacionais

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CONTABILIDADE NACIONAL ANO DE 2016 
PROFESSOR: FABRÍCIO DE ASSIS CAMPOS VIEIRA
fabriciovieira@ufv.br 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA – MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
INVESTIMENTO (I): É A AQUISIÇÃO DE BENS DE PRODUÇÃO OU DE CAPITAL
QUE VISAM AUMENTAR A CAPACIDADE PRODUTIVA DA ECONOMIA. 
PODE-SE CONSIDERAR TAMBÉM O INVESTIMENTO COMO O ACRÉSCIMO DE
ESTOQUE FÍSICO DE CAPITAL, COMPREENDENDO A FORMAÇÃO BRUTA DE
CAPITAL FIXO MAIS A VARIAÇÃO DE ESTOQUES, OU SEJA:
I = FBKF + VARIAÇÃO ESTOQUES
POR OUTRO LADO, AS FAMÍLIAS NÃO GASTAM TODA SUA RENDA. 
ENTÃO, PODEMOS REPRESENTAR A POUPANÇA (S) COMO A PARCELA DA
RENDA AGREGADA QUE NÃO É CONSUMIDA PELAS FAMÍLIAS. ASSIM:
 Y = C + S e DA = C + I PELA IDENTIDADE, C + S = C + I 
ENTÃO, S = I. POUPANÇA = INVESTIMENTO
DEPRECIAÇÃO É A PARCELA DOS BENS DE CAPITAL QUE É CONSUMIDA A
CADA PERÍODO DE TEMPO. PODEMOS TER DEPRECIAÇÃO TAMBÉM DE
PRÉDIOS, AUTOMÓVEIS, MÁQUINAS (BENS DE CAPITAL). ASSIM:
 
INVESTIMENTO LÍQUIDO = INVESTIMENTO BRUTO – DEPRECIAÇÃO
PRODUTO LÍQUIDO = PRODUTO BRUTO - DEPRECIAÇÃO
E O GOVERNO? 
ELE É IMPORTANTE PARA A ECONOMIA, FORNECE BENS E SERVIÇOS BÁSICOS
PARA A POPULAÇÃO, COMO SÁUDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, CRECHES,
PAGA SALÁRIOS DE PROFESSORES E DEMAIS, ETC.
SUA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA É COMPOSTA PELOS IMPOSTOS E
CONTRIBUIÇÕES. OS IMPOSTOS SE DIVIDEM EM DIRETOS E INDIRETOS. OS
IMPOSTOS DIRETOS INCIDEM DIRETAMENTE SOBRE A RENDA OU
PROPRIEDADE DOS AGENTES, COMO IMPOSTO DE RENDA, IPTU, ITR, IPVA,
IMPOSTO SOBRE LUCRO, ETC. JÁ O IMPOSTO INDIRETO É UM IMPOSTO
CUJO VALOR É EMBUTIDO NO PREÇO FINAL DOS PRODUTOS, POR EXEMPLO,
ICMS E IPI. 
QUANDO ENTRA O GOVERNO, ESTÁ SE DANDO UM NOVO DESTINO PARA A
RENDA DAS FAMÍLIAS, QUE ALÉM DE SERVIR PARA CONSUMO (C) E PARA
POUPANÇA (S), TAMBÉM VAI PARA PAGAR IMPOSTOS (T), OU SEJA:
Y = C + S + T E DA = C + I + G SE Y = DA,
ENTÃO, S + T = I + G
CONSEQÜENTEMENTE, S = I E T = G 
SE HOUVER DÉFICIT PÚBLICO (G - T) > 0, SERÁ PRECISO UM EXCESSO DE
POUPANÇA DO SETOR PRIVADO PARA FINANCIAR O GOVERNO, OU SEJA, (S -
I) > 0 
ALGUNS BENS COSTUMAM RECEBER SUBSÍDIOS (PAGAMENTO PELO
GOVERNO DE PARTE DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO) FAZENDO COM QUE O
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PREÇO DE VENDA SEJA MENOR DO QUE O PREÇO DE CUSTO. DESTA FORMA,
O SUBSÍDIO PODE SER CONSIDERADO UM IMPOSTO INDIRETO NEGATIVO. 
QUANDO SE INCLUI NO CÁLCULO DO PRODUTO OS IMPOSTOS INDIRETOS E
SUBTRAI-SE OS SUBSÍDIOS, TEMOS O CONCEITO DE PREÇO DE MERCADO
(PREÇO FINAL PAGO PELO CONSUMIDOR). JÁ QUANDO SE EXCLUI OS
IMPOSTOS INDIRETOS E INCLUI-SE OS SUBSÍDIOS, TEMOS O CONCEITO DE
CUSTO DE FATORES. ESTE CONCEITO DIZ RESPEITO AO PRODUTO MEDIDO
COM BASE NA SOMA DOS SALÁRIOS, JUROS, ALUGUÉIS E LUCROS. 
ENTÃO:
 PIBPM = PIBCF + IMPOSTOS INDIRETOS - SUBSÍDIOS 
 RESTO DO MUNDO:
O RESTO DO MUNDO SÃO TODOS OS AGENTES DE OUTROS PAÍSES (NÃO-
RESIDENTES) QUE TRANSACIONAM COM OS RESIDENTES DO PAÍS. 
AS EMPRESAS SEDIADAS NO PAÍS PODEM USAR K (CAPITAL) E L (TRABALHO)
VINDOS DE OUTROS PAÍSES E QUE DEVEM SER REMUNERADOS. TAL
REMUNERAÇÃO SIGNIFICA ENVIO DE RENDA PARA O EXTERIOR (RENDA
ENVIADA AO EXTERIOR), NA FORMA DE JUROS DO CAPITAL FINANCEIRO
EMPRESTADO, ROYALTIES, LUCROS, ASSISTÊNCIA TÉCNICA, ETC.
TAMBÉM PODE HAVER EMPRESAS DE RESIDENTES QUE OFERTAM
TRABALHO E CAPITAL PARA ENTIDADES SITUADAS NO EXTERIOR E QUE
RECEBEM RENDA POR ESSA OFERTA (RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR).
RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR (RLEE) É A DIFERENÇA ENTRE O
QUE É PAGO POR FATORES DE PRODUÇÃO EXTERNOS UTILIZADOS
INTERNAMENTE E O QUE É RECEBIDO DO EXTERIOR POR FATORES DE
PRODUÇÃO NACIONAIS EMPREGADOS EM OUTROS PAÍSES. 
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NO BRASIL, A RLEE É MAIOR DO QUE ZERO, POIS ENVIAMOS MAIS RENDA DO
QUE RECEBEMOS.
COM O RESTO DO MUNDO, AGORA TEMOS:
Y + M = C + I + G + X ENTÃO Y = C + I + G + (X – M)
OU SEJA, A DESPESA OU DEMANDA AGREGADA GLOBAL AGORA INCLUI
AS EXPORTAÇÕES.
 Y M É A OFERTA AGREGADA GLOBAL 
 C I G X   É A DEMANDA AGREGADA GLOBAL
A DEMANDA AGREGADA INTERNA É REPRESENTADA DA FORMA:
Y C I G X M    
Y É A OFERTA INTERNA E A DESPESA INTERNA ESTÁ NO LADO DIREITO
AGORA TEMOS AS SEGUINTES IDENTIDADES:
Y = C + S + T (1) e Y = C + I + G + (X – M) (2)
SENDO QUE A PRIMEIRA REVELA COMO AS FAMÍLIAS UTILIZAM SUA RENDA
Y, OU SEJA, ÓTICA DA UTILIZAÇÃO DA RENDA.
 
JÁ A EQUAÇÃO (2) REVELA COMO O PRODUTO Y É GASTO (ÓTICA DA
DESPESA OU DEMANDA) COM BASE NOS AGENTES MACROECONÔMICOS:
CONSUMIDORES, GOVERNO E SETOR EXTERNO. 
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IGUALANDO AS DUAS IDENTIDADES, TEMOS:
S + T + M = I + G + X, REARRANJANDO, TEMOS:
(X – M) = (T – G) + (S – I)
ESSA IDENTIDADE MOSTRA QUE, NO CASO DE SUPERÁVIT DAS
EXPORTAÇÕES SOBRE AS IMPORTAÇÕES, DEVE OCORRER SUPERÁVIT OU NO
SETOR PRIVADO (S – I) > 0 OU NO GOVERNO (T – G) > 0 OU EM AMBOS. 
COM O SETOR EXTERNO, TEMOS MAIS DUAS MEDIDAS DE PRODUTO:
1) PRODUTO INTERNO (PI)
DIZ RESPEITO À PRODUÇÃO CUJA RENDA É GERADA DENTRO DOS LIMITES
DO TERRITÓRIO DO PAÍS.
2) PRODUTO NACIONAL (PN)
REFERE-SE À PRODUÇÃO CUJA RENDA É DE PROPRIEDADE DOS RESIDENTES
DO PAÍS, INDEPENDENTE DE ESSA RENDA TER SIDO GERADA EM OUTRO PAÍS
OU NÃO.
ASSIM, TEMOS: PN = PI - RLEE
 NO BRASIL, A RLEE É POSITIVA, NESSE CASO, O PIB É MAIOR QUE O PNB. 
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RENDA DISPONÍVEL BRUTA (RDB) 
A RENDA NACIONAL BRUTA (RNB) ENGLOBA AS RENDAS DOS SETORES
PÚBLICO (GOVERNO) E PRIVADO DA ECONOMIA, E SEU CÁLCULO É FEITO
LEVANDO EM CONTA O PIB E A RLEE.
POR SUA VEZ, A RENDA NACIONAL DISPONÍVEL OU RENDA DISPONÍVEL
BRUTA (RDB) SE DIFERE DA RNB POR CONSIDERAR AS TRANSFERÊNCIAS
RECEBIDAS E ENVIADAS AO EXTERIOR, SEM CONTRAPARTIDA COM O
PROCESSO DE PRODUÇÃO. 
ASSIM, TEMOS O CONCEITO DE TRANSFERÊNCIAS CORRENTES (TUR): TODA
MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS ENTRE AGENTES ECONÔMICOS E PAÍSES
SEM CONTRAPARTIDA COM O PROCESSO PRODUTIVO, COMO POR EXEMPLO,
REMESSAS DE IMIGRANTES PARA SUAS FAMÍLIAS NO PAÍS, DOAÇÕES ENTRE
GOVERNOS DE PAÍSES.
A NÍVEL DOMÉSTICO, O CONCEITO DE TRANSFERÊNCIAS É O SEGUINTE:
TODA MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS ENTRE AGENTES ECONÔMICOS, SEM
CONTRAPARTIDA COM O PROCESSO PRODUTIVO, OU SEJA, NÃO É RENDA,
POIS NÃO HÁ REMUNERAÇÃO DE FATORES DO PROCESSO PRODUTIVO.
COMO EXEMPLO, TEMOS: BOLSA FAMÍLIA, BOLSA ESCOLA, PAGAMENTO DE
PENSÕES E APOSENTADORIAS
VOLTANDO À RENDA NACIONAL DISPONÍVEL (RDB). ESTA CORRESPONDE
AOS RECURSOS QUE OS AGENTES ECONÔMICOS TÊM PARA GASTAR EM
CONSUMO OU PARA POUPANÇA. ASSIM, TEMOS: 
RDB = RNB + TUR 
RDB = C + SD 
RDB – C = SD
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EM QUE: 
RNB É A RENDA NACIONAL BRUTA;
TUR SÃO AS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES LÍQUIDAS RECEBIDAS, QUE
PODERÁ SER POSITIVO OU NEGATIVO (COMO NO CASO DA RLEE);
C É O CONSUMO FINAL (GASTOS CORRENTES DAS FAMÍLIAS E DAS
ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS);
SD É O TOTAL DA POUPANÇA DOMÉSTICA (POUPANÇA DAS FAMÍLIAS, DAS
EMPRESAS E DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS).
ENTÃO, TEMOS:
PIB = RNB + RLEE
RNB = RDB – TUR 
PIB = RDB + RLEE – TUR 
POR SUA VEZ, PODEMOS SUBDIVIDIR A RDB EM TRÊS:
1) RENDA DO GOVERNO: CHAMAREMOS DE RENDA LÍQUIDA DO
GOVERNO (RLG);
2) RENDA DAS EMPRESAS (FINANCEIRAS E NÃO FINANCEIRAS);
3) RENDA DAS FAMÍLIAS.
RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO (RLG) 
ESTA RENDA É COMPOSTA PELA SOMA (A+B-C) DOS SEGUINTES ITENS:
A) IMPOSTOS DIRETOS E INDIRETOS ARRECADADOS PELO GOVERNO;
B) OUTRAS RECEITAS CORRENTES DO GOVERNO;
C) TRANSFERÊNCIAS E SUBSÍDIOS PAGOS PELO GOVERNO
RENDA PRIVADA DISPONÍVEL (RPD) É OBTIDA SUBTRAINDO A RENDA
LÍQUIDA DO GOVERNO DA RENDA DA RDB, OU SEJA:
RDB= RLG + RPD 
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A RENDA PRIVADA DISPONÍVEL É COMPOSTA PELOS ITENS ABAIXO:
1) SALÁRIOS;
2) JUROS, LUCROS E ALUGUÉIS PAGOS A INDIVÍDUOS;
3) TRANSFERÊNCIAS PAGOS A INDIVÍDUOS, MENOS IMPOSTOS SOBRE
RENDA E PATRIMÔNIO;
4) LUCROS RETIDOS NAS EMPRESAS E RESERVA PARA DEPRECIAÇÃO
CONTAS NACIONAIS
A PARTIR DE 1940 OS ECONOMISTAS COMEÇARAM A MEDIR OS AGREGADOS
ECONÔMICOS ADVINDOS DA TEORIA KEYNESIANA (PRODUTO, RENDA,
DESPESA, EMPREGO, ETC). A PARTIR DAÍ, A CONTABILIDADE NACIONAL
SEGUIU QUATRO CAMINHOS COMPLEMENTARES:
A) O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS: IDEALIZADO POR SIMON KUZNETS
(ANOS 1940) E APERFEIÇOADO POR RICHARD STONE (ANOS 1960);
B) O SISTEMA DE RELAÇÕES INTERINDUSTRIAIS DE WASSILY LEONTIEF;
C) O SISTEMA DE FLUXO DE FUNDOS, COM DESTAQUE PARA A
COLABORAÇÃO DE COPELAND;
D) O CÁLCULO DA RIQUEZA NACIONAL, BASEADO EM RAYMOND
GOLDSCHMIDT;
SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS
A PARTIR DE AGORA ESTUDAREMOS O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS,
QUE FOI O SISTEMA QUE MAIS SE POPULARIZOU. 
NO BRASIL A ELABORAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS TEVE INÍCIO EM 1947
COM A CRIAÇÃO DO “NÚCLEO DE ECONOMIA” DA FUNDAÇÃO GETÚLIO
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VARGAS DO RJ (QUE PASSOU A SE CHAMAR DEPOIS DE “CENTRO DE CONTAS
NACIONAIS DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA”).
A PARTIR DE DEZEMBRO DE 1986, A TAREFA DE ESTIMAR ANUALMENTE AS
CONTAS NACIONAIS PASSOU A SER DESEMPENHADA PELA FUNDAÇÃO IBGE
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). 
DE ACORDO COM SIMONSEN E CYSNE (2007, cap. 3), O SISTEMA DE
CONTAS NACIONAIS É COMPOSTO DE CINCO CONTAS, E É BASEADO NO
SISTEMA DE PARTIDAS DOBRADAS INVENTADO EM 1494 POR LUCA
PACCIOLO. 
AS CINCO PRINCIPAIS CONTAS SÃO:
1) CONTA DE PRODUÇÃO (PRODUTO): RELACIONADA COM AS UNIDADES
PRODUTORAS
2) CONTA DE APROPRIAÇÃO DA RENDA: RELACIONADA COM A
APROPRIAÇÃO DA RENDA PELOS AGENTES ECONÔMICOS
3) CONTA CORRENTE DO GOVERNO
4) CONTA DO SETOR EXTERNO: RELACIONADA COM AS TRANSAÇÕES
DOS AGENTES RESIDENTES COM OS NÃO RESIDENTES 
5) CONTA CONSOLIDADA DE CAPITAL (CONTA DE CAPITAL):
RELACIONADA COM A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL DA ECONOMIA
A METODOLOGIA DA ONU ADOTADA PELO IBGE INCLUI O GOVERNO JUNTO
ÀS FAMÍLIAS (COMPONDO O SETOR DE UTILIZAÇÃO OU APROPRIAÇÃO DA
RENDA) NA CONTA RENDA NACIONAL DISPONÍVEL LÍQUIDA.
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A ATIVIDADE PRODUTIVA DO GOVERNO QUE É FEITA PELAS ESTATAIS É
TRATADA DE FORMA EQUIVALENTE ÀS EMPRESAS PRIVADAS, SENDO
CONTABILIZADA NA CONTA DE PRODUÇÃO. 
ANTES DE ESTUDARMOS CADA UMA DAS CONTAS ACIMA EM SEPARADO,
IREMOS VERIFICAR A CONTA CONSOLIDADA DE UMA EMPRESA QUALQUER,
BEM COMO A CONTA CONSOLIDADA DOS INDIVÍDUOS, EM UMA ECONOMIA
ABERTA, COM GOVERNO E COM INVESTIMENTO. 
CONTA CONSOLIDADA DAS EMPRESAS (Simonsen Tabela 3.13, pag.162)
Débito Crédito
K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços
L) Renda Líquida Enviada ao Exterior G) Consumo Pessoal
A) Salários H) Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF)
B) Juros líquidos pagos a indivíduos (juros
pagos a indivíduos menos juros recebidos
de indivíduos)
 I) Variação de Estoques
C) Aluguéis pagos a indivíduos Q) Transferências a empresas
D) Lucros distribuídos a indivíduos R) Subsídios às empresas
E) Depreciações P) Consumo do Governo
F) Lucros retidos
T.2) Impostos diretos das empresas
U) Impostos indiretos das empresas
V) Outras receitas correntes do Governo
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CONTA CONSOLIDADA DOS INDIVÍDUOS (Simonsen Tabela 3.14, pag.162)
Débito Crédito
G) Consumo Pessoal A) Salários
T.1) Impostos diretos dos indivíduos B) Juros pagos a indivíduos
W) Poupança Pessoal C) Aluguéis pagos a indivíduos
 D) Lucros distribuídos a indivíduos
 Q.1) Transferências do Governo à indivíduos
CONTA I - CONTA DE PRODUÇÃO (Simonsen, pag.163)
Débito Crédito
K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços
L) Renda Líquida Enviada ao Exterior G) Consumo Pessoal
A) Salários P) Consumo do Governo
B) Juros líquidos pagos a indivíduos H) Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF)
C) Aluguéis pagos a indivíduos I) Variação de Estoques
D) Lucros distribuídos a indivíduos
E) Depreciações
F) Lucros retidos das empresas
V) Outras receitas correntes do Governo
T.2 - Q.2) Impostos diretos das empresas
menos transferências às empresas
U-R) Impostos Indiretos das empresas
menos Subsídios às empresas
Total da Oferta de Bens e Serviços Total da Procura de Bens e Serviços
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CONTA II - CONTA DE APROPRIAÇÃO DA RENDA
Débito Crédito
G) Consumo Pessoal Z) Renda Interna Bruta
 L – Renda Líquida enviada ao exterior
 A – Salários
 B – Juros pagos a indivíduos
 C – Aluguéis pagos a indivíduos
 D – Lucros distribuídos a indivíduos
 E – Depreciações
 F – Lucros retidos
 V – Outras receitas correntes do Governo
 T.2 – Q.2: Impostos diretos das empresas
menos transferências às empresas
Q) Transferências aos indivíduos mais
transferências às empresas (Q.1 + Q.2)
J) Poupança Bruta do Setor Privado
T) Impostos Diretos dos indivíduos mais
Impostos Diretos das Empresas (T.1 + T.2)
V) Outras Receitas Correntes do Governo
L) Renda Líquida enviada ao exterior
Utilização da Renda Interna Bruta +
Transferências
Renda Interna Bruta + Transferências
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CONTA III - CONTA CORRENTE DO GOVERNO
Débito Crédito
P) Consumo do Governo T) Impostos diretos totais
Q) Transferências totais U) Impostos indiretos das empresas
R) Subsídios V) Outras Receitas correntes do Governo
S) Saldo do Governo em conta corrente 
Utilização da Receita corrente Total da Receita corrente
CONTA IV - CONTA DO SETOR EXTERNO
Débito Crédito
N) Exportações de bens e serviços K) Importações de bens e serviços 
O) Déficit do B.P em transações correntes L) Renda Líquida enviada ao exterior
Utilização da Receita corrente Receita corrente
CONTA V - CONTA CONSOLIDADA DE CAPITAL
Débito Crédito
H) Formação Bruta de Capital Fixo J) Poupança Bruta do Setor Privado
I) Variação de Estoques S) Saldo do Governo em Conta Corrente
O) Déficit do B.P em transações correntes
Total da Formação Bruta de Capital Financiamento da Formação Bruta de
Capital
OBSERVAÇÕES: NA CONTA CORRENTE DO GOVERNO SÃO INCLUÍDOS OS
JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA, QUE SÃO CONSIDERADOS TRANSFERÊNCIAS DO
GOVERNO AO SETOR PRIVADO.
SÃO LANÇADAS APENAS AS DESPESAS CORRENTES DO GOVERNO. AS
DESPESAS DE CAPITAL DO GOVERNO (INVESTIMENTO PÚBLICO) ESTÃO
SOMADAS AOS INVESTIMENTOS PRIVADOS, COMPONDO O ITEM
INVESTIMENTO EM BENS DE CAPITAL NA CONTA DE PRODUÇÃO. 
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A POUPANÇA INTERNA OU DOMÉSTICA (OU BRUTA, NO BRASIL) NÃO
DISCRIMINA QUAL PARCELA DA POUPANÇA É DO GOVERNO E QUAL É DO
SETOR PRIVADO. ASSIM, PARA OBTER A POUPANÇA DO SETOR PRIVADO,
DEVEMOS SUBTRAIR DA POUPANÇA INTERNA A POUPANÇA DO GOVERNO
(OBTIDA DA CONTA CORRENTE DO GOVERNO). 
POUPANÇA DO SETOR PRIVADO = POUPANÇA INTERNA (OU BRUTA) –
POUPANÇA DO GOVERNO.
A POUPANÇA DO GOVERNO (DÉFICIT OU SUPERÁVIT) NÃO DEVE SER
ASSOCIADA AO CONCEITO DE DÉFICIT OU SUPERÁVIT PRIMÁRIO DO
GOVERNO, POIS ESTE INCLUI TODAS AS TRANSAÇÕES DO SETOR PÚBLICO
(COM EXCEÇÃO DOS JUROS NOMINAIS DA DÍVIDA PÚBLICA).
JÁ A POUPANÇA DO GOVERNO NO SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS SE
REFERE APENAS ÀS TRANSAÇÕES CORRENTES, OU DESPESAS DE CUSTEIO
(SALÁRIOS, MATERIAL DE CONSUMO ETC), NÃO INCLUINDO OS GASTOS DO
SETOR PÚBLICO COM BENS DE CAPITAL.
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	CONTABILIDADE NACIONAL ANO DE 2016
	CONTAS NACIONAIS
	SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS