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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL SOLUÇÕES Ana Thaís Queiroz de Sousa Campina Grande – Paraíba 2016 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 1 2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 1 3. REFERENCIAL TEÓRIO ............................................................................... 1 4. METODOLOGIA ............................................................................................ 22 4.1 Materiais ...................................................................................................... 22 4.2 Métodos ....................................................................................................... 22 4.3 Cálculos necessários para determinação da massa dos reagentes ............... 23 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 24 6. CONCLUSÃO .................................................................................................. 25 7. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 25 1 1. JUSTIFICATIVA O experimento foi realizado para se se absorva os conhecimentos e métodos corretos de preparação de soluções, conhecimentos estes que serão necessários para vida acadêmica e profissional. E para elaboração do quarto relatório da disciplina de Laboratório de Química Geral. 2. OBJETIVOS Preparar diferentes soluções e, utilizando o processo da titulação, determinar suas concentrações. 3. REFERENCIAL TEÓRIO Soluções são definidas como misturas homogêneas. Geralmente uma solução é considerada por um componente em maior quantidade, o solvente e um ou mais componentes denominados soluto. As soluções podem ser sólidas, líquidas e gasosas. As soluções, líquidas são obtidas pela dissolução de um gás, líquido ou sólido em um líquido. Se esse líquido for a água, a solução é chamada de solução aquosa. As propriedades das soluções, por exemplo, cor ou sabor, dependem de sua concentração. As concentrações das soluções expressam-se com maior freqüência pela quantidade de substância contida numa determinada quantidade em peso ou em volume da solução ou solvente. Geralmente, empregamos os seguintes termos para expressar as concentrações das soluções: composição centesimal (%), a molar (M1), molal (W), normal (N) e fração molar (x). Em laboratório, para determinar as concentrações das soluções utiliza-se geralmente o método de titulação. Titulação é a determinação de uma concentração desconhecida de uma solução através de uma solução de concentração conhecida, medindo-se os volumes das soluções reagentes. Uma vez que na titulação as reações entre as substâncias se desenvolvem em quantidades equivalentes (Principio da equivalência), 2 torna-se mais fácil expressar as concentrações das soluções em unidades de normalidades. As normalidades das soluções são inversamente proporcionais aos seus volumes. 2211 NVNV (01) Onde: V1 é o volume inicial da solução; N1 é a normalidade inicial da solução; V2 é o volume final da solução (após diluição ou concentração); N2 é a normalidade final da solução (após diluição ou concentração). SOLUÇÕES Solução é uma mistura homogênea entre duas ou mais substâncias. O processo utilizado para obter essa mistura é chamdo de dissolução. Uma solução é sempre formada pelo soluto e pelo solvente. Figura 1 – Preparação de uma solução Soluto – substância que será dissolvida. Solvente – substância que dissolve. A água é chamada de solvente universal. Isso porque ela dissolve muitas substâncias e está presente em muitas soluções. As soluções podem ser formadas por qualquer combinação envolvendo os três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Exemplos de soluções no nosso dia-a-dia: álcool hidratado, acetona, água mineral e soro fisiológico. 3 Tipos de Dispersão Dispersão – são sistemas nos quais uma substância está disseminada, sob a forma de pequenas partículas, em uma segunda substância. Um exemplo é a mistura entre água e areia em um copo. No início, a mistura fica turva, mas com o passar do tempo, as partículas maiores vão de depositando no fundo do copo. Mesmo assim, a água ainda fica turva na parte de cima. A água não ficará totalmente livre de areia. De acordo com o tamanho das partículas, podemos classificar estas dispersões em solução verdadeira, coloide e suspensão. Veja a seguir o diâmetro médio das partículas dispersas: Dispersão Diâmetro médio Soluções Verdadeiras Entre 0 e 1nm Coloides Entre 1 e 1.000nm Suspensões Acima de 1.000nm Obs. 1nm (nanômetro) = 1.10-9m COLOIDES São misturas homogêneas que possuem moléculas ou íons gigantes. O diâmetro médio de suas partículas é de 1 a 1.000nm. Este tipo de mistura dispersa facilmente a luz, por isso são opacas, não são translúcidas. Podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. O termo coloide vem do grego e significa "cola", foi proposto por Thomas Grahm, em 1860 para denominar as substâncias como o amido, cola, gelatina e albumina, que se difundiam na água lentamente em comparação com as soluções verdadeiras (água e açúcar, por exemplo). Apesar de os coloides parecerem homogêneos a olho nu, a nível microscópico são heterogêneos. Isto porque não são estáveis e quase sempre precipitam. Exemplos: maionese, xampu, leite de magnésia, neblina, gelatina na água, leite, creme, entre outros. Suspensão – são misturas com grandes aglomerados de átomos, íons e moléculas. O tamanho médio das partículas é acima de 1.000nm. Exemplos: terra suspensa em água, fumaça negra (partículas de carvão suspensas no ar). COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE 4 Quando adicionamos sal a um copo com água, dependendo da quantidade colocada neste copo, o sal se dissolverá ou não. O mesmo acontece quando colocamos muito açúcar no café preto. Nem todo o açúcar se dissolverá no café. A quantidade que não se dissolver ficará depositada no fundo. O Coeficiente de Solubilidade é a quantidade necessária de uma substância para saturar uma quantidade padrão de solvente, em determinada temperatura e pressão. Em outras palavras, a solubilidade é definida como a concentração de uma substância em solução, que está em equilíbrio com o soluto puro a uma dada temperatura. Exemplos: AgNO3 – 330g/100mL de H2O a 25°C NaCl – 357g/L de H2O a 0°C AgCl – 0,00035g/100mL de H2O a 25°C Veja que o AgCl é muito insolúvel. Quando o coeficiente de solubilidade é quase nulo, a substância é insolúvel naquele solvente. Quando dois líquidos não se misturam chamamos de líquidos imiscíveis (água e óleo, por exemplo). Quando dois líquidos se misturam em qualquer proporção, ou seja, o coeficeinte de solubilidade é infinito, os líquidos são miscíves (água e álcool, por exemplo).Classificação das Soluções Quanto à Quantidade de Soluto De acordo com a quantidade de soluto dissolvida na solução podemos classificá- las em: solução saturada, solução insaturada e solução supersaturada. Solução Saturada – são aquelas que atingiram o coeficiente de solubilidade. Está no limite da saturação. Contém a máxima quantidade de soluto dissolvido, está em equilíbrio com o soluto não-dissolvido, em determinada temperatura. Dizer que uma solução é saturada é o mesmo que dizer que a solução atingiu o ponto de saturação. Solução Insaturada (Não-saturada) – são aquelas que contêm menos soluto do que o estabelecido pelo coeficiente de solubilidade. Não está em equilíbrio, porque se for adicionado mais soluto, ele se dissolve até atingir a saturação. 5 Solução Supersaturada – são aquelas que contêm mais soluto do que o necessário para formar uma solução saturada, em determinada temperatura. Ultrapassa o coeficiente de solubilidade. São instáveis e podem precipitar, formando o chamado precipitado ou corpo de chão. CURVAS DE SOLUBILIDADE São gráficos que apresentam variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em função da temperatura. Veja os coeficientes de solubilidade do nitrato de potássio em 100g de água. A partir destes dados é possível montar a curva de solubilidade. Temperatura (°C) (g) KNO3 /100g de água 0 13,3 10 20,9 20 31,6 30 45,8 40 63,9 50 85,5 60 110 70 138 80 169 90 202 100 246 6 Para qualquer ponto em cima da curva de solublidade, a solução é saturada. Para qualquer ponto acima da curva de solubilidade, a solução é supersaturada. Para qualquer ponto abaixo da curva de solubilidade, a solução é insaturada. Através do gráfico também é possível observar que a solubilidade aumenta com o aumento da temperatura. Em geral, isso ocorre porque quando o soluto se dissolve com absorção de calor (dissolução endotérmica), as substâncias que se dissolvem com liberação de calor (dissolução exotérmica) tendem a serem menos solúveis as altas temperaturas. Figura 2 - Curva de Solubilidade de alguns sais Observando o gráfico acima sobre a solubilidade de alguns sais, responda: 1) Qual o soluto mais solúvel a 0°C? É o KI, porque solubiliza quase 130g em 100g de água. 2) Qual o C.S. aproximado do NaNO3 a 20°C? 90. 3) Se a temperatura de uma solução baixar de 70°C para 50°C, qual 7 será aproximadamente a massa do KBr que precipitará? 70°C = 90g 50°C = 80g Então: 90-80 = 10g 4) Qual sal tem a solubilidade prejudicada pelo aquecimento? Na2SO4. 5) Se o KNO3 solubiliza 90g em 100g de água a 50°C, quanto solubilizará quando houver 50g de água? x = 45g de sal KNO3. 6) Que tipo de solução formaria 80g do sal NH4Cl a 20°C? Solução Supersaturada. Quanto à proporção do soluto/solvente A solução pode ser: - Concentrada: grande quantidade de soluto em relação ao solvente. Exemplo: H2SO4 concentrado = ácido sulfúrico 98% + água. - Diluída: pequena quantidade de soluto em relação ao solvente. Diluir significa adicionar mais solvente puro a uma determinada solução. Exemplo: água + pitada de sal de cozinha. Figura 3 – Solução diluída e concentrada. TIPOS DE CONCENTRAÇÃO Concentração é o termo que utilizamos para fazer a relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente em uma solução. As quantidades podem ser dadas em massa, volume, mol etc. 8 As concentrações podem ser: Concentração Comum Molaridade Título Fração Molar Normalidade Molalidade Concentração Comum (C) É a relação entre a massa do soluto em gramas e o volume da solução em litros. Onde: C = concentração comum (g/L); m1= massa do soluto (g); V = volume da solução (L). Exemplo: Qual a concentração comum em g/L de uma solução de 3L com 60g de NaCl? C = 20g/L Concentração comum é diferente de densidade, apesar de a fórmula parecer semelhante. Veja a diferença, a densidade é sempre da solução, então: 9 Na concentração comum, calcula-se apenas a msoluto, ou seja, m1. Molaridade (M) A molaridade de uma solução é a concentração em número de mols de soluto e o volumede 1L de solução. Onde: M = molaridade (mol/L); n1= número de mols do soluto (mol); V = volume da solução (L). O cálculo da molaridade é feito através da fórmula acima ou por regra de três. Outra fórmula que utilizamos é para achar o número de mols de um soluto: Onde: n = número de mols (mol); m1 = massa do soluto (g); MM = massa molar (g/mol). 10 Exemplo: Qual a molaridade de uma solução de 3L com 87,75g de NaCl? Podemos utilizar uma única fórmula unindo a molaridade e o número de mols: Onde: M = molaridade (mol/L); m1 = massa do soluto (g); MM1= massa molar do soluto (g/mol); V = volume da solução (L). Título ( ) e Percentual (%) É a relação entre soluto e o solvente de uma solução dada em percentual (%). O título não possui unidade. É adimensional. Varia entre 0 e 1. O percentual varia de 0 a 100. Os percentuais podem ser: - Percentual massa/massa ou peso/peso: %m/m ; %p/p - Percentual massa/volume: %m/V ; %p/V - Percentual volume/volume: %v/v Exemplos: NaCl 20,3% = 20,3g em 100g de solução; 50% de NaOH = 50g de NaOH em 100mL de solução (m/v); 46% de etanol = 46mL de etanol em 100mL de solução (v/v). 11 ou Para encontrar o valor percentual através do título: Relação entre concentração comum, densidade e título: Relação entre outras grandezas: Exemplo: 1. Uma solução contém 8g de NaCl e 42g de água. Qual o título em massa da solução? E seu título percentual? % = ? 2. No rótulo de um frasco de HCl há a seguinte informação: Título percentual em massa = 36,5%; Densidade = 1,18g/mL. Qual a molaridade desse ácido? Transformar o percentual em título: Depois aplicar a fórmula: 12 Para achar a molaridade: Fração Molar (x) A fração molar é uma unidade de concentração muito utilizada em físico-química. Pode ser encontrado o valor da fração molar do soluto e também do solvente. É uma unidade adimensional. ou ou Onde: x = fração molar da solução; x1= fração molar do soluto; x2 = fração molar do solvente; n1 = n°de mol do soluto; n2 = n° de mol do solvente; n = n° de mol da solução. Observação: Exemplo: Adicionando-se 52,0g de sacarose, C12H22O11 a 48,0g de águapara formar uma solução, calcule para a fração molar da sacarose nesta solução: 13 Para achar a fração molar do soluto (sacarose): Normalidade (N ou η) É a relação entre o equivalente-grama do soluto pelo volume da solução. A unidade é representada pela letra N (normal). Está em desuso, mas ainda pode ser encontrada em alguns rótulos nos laboratórios. Onde: N = normalidade (N); n Eqg1 = número de equivalente-grama do soluto; V = volume da solução. Como calcular o equivalente-grama? Para ácido: Onde: 1E ácido = 1 equivalente-grama do ácido; MM = massa molar. 14 Exemplo: Quantas gramas tem 1E (um equivalente-grama) de HCl? Para base: Onde: 1E base = 1 equivalente-grama da base; MM = massa molar. Exemplo: Quantos equivalentes-grama tem em 80g de NaOH? Para sal: Onde: 1E sal = 1 equivalente-grama do sal; MM = massa molar. Exemplo: Quantas gramas tem 1E de NaCl? 15 Resumindo as três fórmulas, o equivalente-grama pode ser dado por: Onde: MM = massa molar; x = n° de H+, n° de OH- ou n° total de elétrons transferidos. Algumas relações entre normalidade, molaridade e massa: Exemplo: Qual a massa de ácido sulfúrico (H2SO4) contida em 80mL de sua solução 0,1N? Dados: MM = 98g/mol V = 80mL = 0,08L N = 0,1N m1= ? Calcular o equivalente-grama: Calcular a massa: 16 MOLALIDADE A molalidade de um soluto é a quantidade de substância (grandeza referida até 1969 como “número de moles”) por unidade de massa de solvente (e não de solução) e exprime-se matematicamente pela seguinte equação: Na qual msoluto é a molalidade do soluto, nsoluto é a quantidade de soluto dissolvido e msolvente é a massa de solvente. O símbolo m nesta equação é utilizado com significados distintos: molalidade e massa. Para evitar esta ambiguidade, é possível utilizar-se o símbolo b para indicar molalidade. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de molalidade é mol kg-1, juntamente com os seus múltiplos e submúltiplos. Por vezes, a unidade mol kg-1 era referida como “molal”, isto é, era equivalente dizer-se que a molalidade de uma solução era 2,0 mol kg-1 ou 2,0 molal. A molalidade, embora menos utilizada que a concentrações, apresenta algumas vantagens. Uma delas é que o cálculo da molalidade requer apenas medições precisas de massas, o que facilmente se consegue atendendo à elevada sensibilidade e precisão das balanças analíticas atuais. Outra das vantagens é que o valor da molalidade não depende de fatores externos como a temperatura ou a pressão, pelo que o seu valor permanece constante. DILUIÇÃO Consiste em adicionar mais solvente puro a uma determinada solução. A massa de uma solução após ser diluída permance a mesma, não é alterada, porém a sua concentração e o volume se alteram. Enquanto o volume aumenta, a concentração diminui. Veja a fórmula: Onde: 17 M1 = molaridade da solução 1 M2 = molaridade da solução 2 V1 = volume da solução 1 V2 = volume da solução 2 Para esta fórmula, sempre M1 e V1 são mais concentrados e M2 e V2 são mais diluídos. Exemplo: Um químico deseja preparar 1500mL de uma solução 1,4mol/L de ácido clorídrico (HCl), diluindo uma solução 2,8mol/L do mesmo ácido. Qual o volume de solução que havia na primeira solução a ser diluída? Dados: Observe que as unidades de volume foram mantidas em mL. Se uma das unidades for diferente, deve-se transformar para litros. MISTURA DE SOLUÇÕES De mesmo soluto: na mistura de soluções de mesmo soluto não há reação química entre estas soluções. Neste caso, o valor do volume final é a soma das soluções. 18 Onde: C = concentração comum (g/L); M = molaridade (mol/L); V = volume (L). Exemplo: Qual a molaridade de uma solução de NaOH formada pela mistura de 60mL de solução a 5mol/L com 300mL de solução a 2mol/L? De diferentes solutos que reagem entre si: ocorre reação entre as substâncias que compõe a mistura. Para que a reção seja completa entre os solutos, os volumes misturados devem obedecer à proporção estequiométrica que corresponde à reação química. Veja as fórmulas utilizadas: Reação de Neutralização: Pode-se usar a seguinte fórmula: Onde: 19 xa = número de H+ xb = número de OH- Estes cálculos também podem ser feitos por regra de três e utilizando as outras fórmulas. Exemplo: Juntando-se 300mL de HCl 0,4mol/L com 200mL de NaOH 0,6mol/L, pergunta- se quais serão as molaridades da solução final com respeito: a) ao ácido: b) à base: c) ao sal formado: Montar a reação química: Calcular n (número de mol) do ácido e da base: 20 Se forma 0,12mol de ácido e também de base e a proporção estequiométrica é 1:1, então a molaridade final de ácido e de base é zero porque reagiu todo o soluto. Calcular a molaridade do sal. Antes achar o volume final: Titulação Método de análise volumétrica que consiste em determinar a concentração de ácido ou de base através de um volume gasto de uma das soluções com molaridade conhecida. Este método é muito utilizado em laboratórios químicos e são manipulados os seguintes reagentes e vidrarias: erlenmeyer (vidro usado para guardar e preparar soluções), bureta (tubo de vidro graduado em milímetros com torneira) e indicador ácido-base (fenolftaleína, alaranjado de metila etc). Na bureta, coloca-se a solução de concentração conhecida, a qual é adicionada a uma alíquota (porção) da solução com concentração a ser determinada. O momento no qual o indicador muda de cor denomina-se: ponto de equivalência. Anota-se o volume gasto na bureta. Através deste volume, podemos estabelecer as quantidades, em mol, que reagiram entre si. 21 Tabela Resumo das Fórmulas de Soluções: TIPO DE CONCENTRAÇÃO FÓRMULA UNIDADE CONCENTRAÇÃO COMUM g/mL MOLARIDADE e mol/L NÚMERO DE MOL mol TÍTULO ou Adimensional PERCENTUAL % CONCENTRAÇÃO, TÍTULO E DENSIDADE g/mL DENSIDADE, CONCENTRAÇÃO E TÍTULO g/mL FRAÇÃO MOLAR Adimensional NORMALIDADE N EQUIVALENTE-GRAMA g DILUIÇÃO - MISTURA DE SOLUÇÃO DE MESMO SOLUTO - 224. METODOLOGIA 4.1 Materiais Balança Analítica; Balão volumétrico; Bastão de vidro; Béquer; Bureta; Erlenmeyer; Funil; Indicadores de pH; Pipeta; Pipetador; Pisseta; Provetas. 4.2 Métodos PARTE I – Preparação e Diluição de soluções. 1. Utilizando os dados do rótulo, calculou-se o volume de ácido clorídrico concentrado necessário para preparar 500 mL de solução a 1N: 2. Calculou-se o volume da solução anterior necessário para preparar 250 mL de solução 0,1N: Mediu-se esse volume com uma proveta e adicione em um balão de 250 mL contendo cerca de 100 mL, de água destilada. Lavou-se algumas vezes a proveta com um pouco de água destilada transferindo sempre para o balão. Agitou-se cuidadosamente o balão. Adicionou-se água destilada até completar os 250 mL. Agitou-se novamente até homogeneizar a solução. PARTE II – Preparação de uma solução de NaOH 1. Determinou-se a quantidade de hidróxido de sódio (NaOH) necessária para preparar 250 mL de solução 0,1N: PARTE III – Padronização da Solução de Ácido Clorídrico com Carbonato de Sódio. 1. Calculou-se a massa de carbonato de sódio que reage completamente com 30 mL de solução a 0,1N de ácido clorídrico: 23 2. Pesou-se em um vidro de relógio limpo e seco, a massa de carbonato de sódio calculada e transfira quantitativamente para um erlenmeyer de 125 mL. A quantidade de água utilizada nesse processo deve ser 40 mL; 3. Adicionou-se, a seguir, algumas gotas de indicador alaranjado de metila e titule essa solução com a solução de ácido clorídrico preparada na Parte I seguindo a técnica de titulação. PARTE IV – Titulação de uma base por um ácido. 1. Foi transferido para um erlenmeyer de 125 mL, 25 mL da solução de hidróxido de sódio; 2. Adicionou-se, a seguir, algumas gotas de indicador fenolftaleína e titule essa solução com a solução de ácido clorídrico padronizada na Parte III. 4.3 Cálculos necessários para determinação da massa dos reagentes Dados: T = 37% d = 1.19 g/cm³ 𝑁 = 𝑑 × τ × 103 𝐸𝑞 = 1,19 × 0,37 × 103 36,5 = 12,06 Eq/L 𝑁𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑁𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 => 0,2 × 0,25 = 12,06 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 => => 0,05 = 12,06 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 => 𝑽𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒 L de HCl Cálculo da massa de NaOH N = 𝒎𝟏 𝑬𝒒 ×𝑽 Eq = 𝑴𝑴 𝑽𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑪á𝒕𝒊𝒐𝒏 => Eq = 40 1 => Eq = 40 0,5 = 𝒎𝟏 𝟒𝟎 ×𝟎,𝟓 => 𝑚1 = 0,5 × 40 × 0,5 => 𝒎𝟏 = 10g Cálculo da massa de Na2CO3 N = 𝒎𝟏 𝑬𝒒 ×𝑽 Eq = 𝑴𝑴 𝑽𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑪á𝒕𝒊𝒐𝒏 => Eq = 106 2 => Eq = 53 0,1 = 𝒎𝟏 𝟓𝟑 ×𝟎,𝟎𝟒 => 𝑚1 = 0,1 × 53 × 0,04 => 𝒎𝟏 = 0,212g Cálculo da concentração molar do ácido preparado 24 N = 𝒎𝟏 𝑬𝒒 ×𝑽 ɱ = m1 MM×V N = ɱ ×MM 𝑬𝒒 => ɱ = N ×Eq MM => ɱ = 12,06 ×36,5 36,5 => ɱ = 𝟏𝟐, 𝟎𝟔 𝐦𝐨𝐥/𝐋 Cálculo da concentração molar da base preparada N = 𝒎𝟏 𝑬𝒒 ×𝑽 ɱ = m1 MM×V N = ɱ ×MM 𝑬𝒒 => ɱ = N ×Eq MM => ɱ = 0,5 ×40 40 => ɱ = 𝟎, 𝟓 𝐦𝐨𝐥/𝐋 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO No experimento, faremos o uso do método da titulação, pois por meio dele será determinado o volume gasto de HCl para que atinja o ponto de equivalência (ponto de viragem) com as seguintes bases: Na2CO3 (carbonato de sódio – base fraca) NaOH (hidróxido de sódio – base forte) Titulamos primeiro o Na2CO3, para que se padronize o HCl e se determine a sua concentração; colocamos o indicador aconselhado para soluções com a faixa de pH do carbonato de sódio (Ph entre 8-9,5), que é o alaranjado de metila. Na titulação, até o ponto de viragem do carbonato de sódio, foram gastos 20 mL de HCl. Com estas informações calcularemos a sua concentração VNa2CO3 x NNa2CO3 = VHCl x NHCl 25 x 0,1 = 20 x NHCl NHCl = 0,125 N Após a padronização do ácido, determinaremos também a concentração no NaOH por meio de titulação, a diferença é que o indicador usado para a faixa de pH dessa solução é a fenoftaleína, que após adicionada a solução colore-a com um rosa oscilando para o lilás. Na titulação, até o ponto de viragem do hidróxido de sódio, foram gastos 24,4 mL de HCl. Com estas informações, estabeleceremos a proporção que determinará a concentração do hidróxido de sódio. VNaOH x NNaOH = VHCl x NHCl 25 x NNaOH = 24,4 x 0,125 NNaOH = 0,122 N 25 Observamos que, os resultados deram bem próximos de 0,1 N, a proximidade só não foi maior, devido aos erros de pesagem e manuseio dos reagentes na preparação da solução, além da perda de volume de alguns reagentes, na hora da transferência do becker para o balão volumétrico. 6. CONCLUSÃO A partir da preparação e diluição de Soluções e ainda, usando o método da Titulação e Padronização, concluí-se que o experimento realizado confirma o enunciado no estudo das Soluções. Com base na mesma, podem-se realizar cálculos que prevêem os resultados dos experimentos, e pode-se verificar que os resultados experimentais se aproximavam dos valores previstos na teoria. É possível apontar algumas fontes de erro, como: o fato de a balança analítica estar descalibrada, a imprecisão na pipetagem do volume desejado, a evaporação das substâncias durante o manuseamento das mesmas e a imprecisão na medição do volume de solução diluída no balão volumétrico antes da homogeneização. Apesar disso, o experimento realizado foi capaz de confirmar vários itens teóricos no estudo das Soluções. Podem-se tomar medidas experimentais, efetuar contas e comparar a dados achados na teoria. 7. REFERÊNCIAS ATKINS, P. W. - Físico-Química – 6ª edição, vol. 1. Editora LTC. Rio de Janeiro, 2001; Apostila de Química Experimental. Universidade Federal de Campina Grande – Centro de Ciências e Tecnologia – Unidade Acadêmica de Engenharia Química, Vários Autores. Parte II – Experiência nº 3; BROWN, T.L., LEMAY, H. E., BURSTEN, B. E. - Química, A Ciência Central, 9ª Edição; São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005; Green Book: IUPAC Quantities, Units and Symbols in Physical Chemistry. Second Edition, Blackwell Scientific Publications, Oxford, 1993; 26 Só Química. Soluções, disponível no site http://www.soq.com.br/conteudos/em/solucoes/. Acesso dia 02 de Setembro de 2016./
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