Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA DOS FLUIDOS PROFESSOR: EMERSON C. RODRIGUES RELATÓRIO REFERENTE À PALESTRA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS COM RESÍDUOS INDUSTRIAIS E FIBRAS VEGETAIS DA AMAZÔNIA APLICADOS À ENGENHARIA Belém-PA 2016 ALEXANDRE RAIMUNDO DIAS SANTANA ALEXANDRO ALDO LOPES OSÓRIO ANDREZA DO SOCORRO DA SILVA GONÇALVES CARLOS AUGUSTO DIAS DA LUZ LEILIANNE IZABEL COELHO DE FREITAS RELATÓRIO REFERENTE À PALESTRA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS COM RESÍDUOS INDUSTRIAIS E FIBRAS VEGETAIS DA AMAZÔNIA APLICADOS À ENGENHARIA Relatório apresentado ao curso de Engenharia de Produção, da Universidade da Amazônia - UNAMA, como requisito parcial para aprovação da disciplina de Mecânica dos Fluidos, sob a orientação do professor Emerson C. Rodrigues. Como base, foi-se usada a Palestra de Deibson S. da Costa, realizada em 25 de outubro de 2016. Belém-PA 2016 INTRODUÇÃO O desenvolvimento das sociedades modernas está diretamente relacionado à sua capacidade de produzir e utilizar novos materiais. O conceito de novo material aplica-se não só àqueles de grande sofisticação tecnológica, como as cerâmicas supercondutoras, mas também a outros com impacto sobre as atuais necessidades da sociedade, como a preservação do meio ambiente. Os materiais recicláveis e biodegradáveis que não eram tão importantes no passado tornaram-se decisivos atualmente na engenharia de novos materiais (Campana Filho, 1997). Nos últimos anos um grande interesse mundial tem surgido pelo desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem a utilização de produtos com menor impacto ambiental. A química "verde", como um todo, implica no desenvolvimento de processos químicos e produtos que levem a um ambiente mais limpo, saudável e sustentável (WARNER, 2004). Neste contexto, os materiais poliméricos sintéticos têm recebido especial atenção por conterem em seus métodos de preparação questões que devem ser priorizadas, como a não-biodegradabilidade dos polímeros sintéticos e por serem oriundos de fontes não renováveis (LUCAS, 2008; SILVA, 2009). Entre os insumos que podem ser utilizados como matérias-primas para a produção de embalagens biodegradáveis, estão os materiais de origem agrícola, que são os mais utilizados, por serem mais baratos, disponíveis o ano todo e provenientes de fontes renováveis. (MALI, 2010). Vários produtos que empregam fibras naturais vegetais estão sendo desenvolvidos, principalmente para peças de acabamento interno de veículos, onde outras propriedades mecânicas, térmicas e acústicas são relevantes. Algumas fibras ocorrem espontaneamente na natureza e/ou são cultivadas como atividade agrícola. As fibras naturais podem também ser denominadas fibras celulósicas, visto que a celulose é o seu principal componente químico, ou ainda por fibras lignocelulósicas quando levamos em consideração que a maioria das fibras contém lignina, um polímero poli fenólico natural. (MARINELLI, 2008). Porém o emprego destas fibras apresenta algumas desvantagens, podendo-se citar como exemplo que as fibras naturais não possuem propriedades uniformes, apresentando uma grande variação nos valores das suas propriedades, as quais estão diretamente relacionadas com a composição dos seus constituintes: celulose, e lignina. Além disso, não apresentam boa estabilidade dimensional devido à absorção de umidade atribuída à presença de grupos hidrofílicos em sua estrutura, não exibem termo plasticidade, têm baixa temperatura de processamento e são incompatíveis com os termoplásticos mais comuns (AQUINO, 2003). MATERIAIS E MÉTODOS Materiais: Slides Amostras dos resíduos sólidos, materiais sintéticos e fibras vegetais. Metodologia: Doutorado em Engenharia de Recursos Naturais e graduação em Engenharia Mecânica, as especialidades do palestrante, deram início à apresentação nos situando a respeito das mudanças climáticas provocadas pela atividade industrial nos dias de hoje; o problema socioambiental oriundo da indústria de mineração, metalúrgica e madeireira; a possibilidade de substituição das fibras sintéticas pelas fibras naturais vegetais; Como exemplo, foi citado o desenvolvimento de novos materiais compósitos combinando-se matrizes termoplásticas e termo fixas com fibras de origem vegetais em combinação com resíduos indústrias. Também se tratando do processo industrial, a alternativa para que os alunos pudessem ter um contato próximo com os resíduos industriais utilizados em materiais compósitos, foi o uso de amostras para despertar o interesse dos alunos sobre o assunto. RESULTADOS E DISCUSSÕES Entre os inúmeros tratamentos químicos realizados em diversos materiais e fibra vegetais, escolhemos para mostrar como resultado nesse momento, as fibras de coco. Após ser submetida ao hipoclorito de sódio, observou-se que tal substância química promoveu um maior clareamento em relação ao tiosulfato e o hidróxido de sólidos. Como podemos observar claramente na figura 1. Figura 1. Tratamento químico com hipoclorito e tiossulfato de sódio. O tratamento químico de fibras de coco pode mudar a polaridade, estruturas e morfologia da superfície da fibra. Podem-se observar diferenças na superfície entre amostras não tratadas com hipoclorito de sódio. Conforme a figura 2. Figura 2. Microscopia eletrônica de varredura da fibra não tratada. CONCLUSÃO Este relatório tratou de apresentar e divulgar o desenvolvimento de compósitos poliméricos com resíduos industriais e fibras de vegetais da Amazônia aplicados à engenharia. É importante, entretanto, no surgimento dessas novas ideias que aprimoram processos já existentes ou criam novas alternativas, atentarmos principalmente para o custo-benefício dessas sugestões, além de nos certificar da real eficiência de suas aplicações. REFERÊNCIAS: AQUINO, REGINA COELI MARTINS PAES. Desenvolvimento De Compósitos De Fibras De Piaçava Da Espécie Attalea Funifera Mart E Matriz De Resina Poliéster / Regina Coeli Martins Paes Aquino. – Campos Dos Goytacazes, 2003. BLEDZKI, A. K.; GASSAN, J. Composites Reinforced With Cellulose Based Fibres. Progress In Polymer Science, V. 24, P. 221–274, 1999. BONELLI, C. M. C.; ELZUBAIR, A.; SUAREZ, J. C. M.; MANO, E. B. Comportamento Térmico, Mecânico E Morfológico De Compósitos De Polietileno De Alta Densidade. Reciclado Com Fibra De Piaçava. Polímeros: Ciência E Tecnologia, V. 15, N. 4, P. 256-260, 2005. CAMPANA FILHO, S..P., FROLLINI, E., CURVELO, A.A.S., (1997) Organo Solo Delignification of Lignocellulose Materials: Preparation and Characterization of Lignin and Cellulose Derivates, Inst. De Quim, São Carlos – USP. LUCAS, N.; BIENAIME, C.; BELLOY, C.; QUENEUDEC, M.; SILVESTRE, F.; NAVASAUCEDO, J. E. Polymer Biodegradation: Mechanisms and Estimation Techniques – A Review. Chemosphere, V.73, N, 4, P. 429-442, 2008. MALI, S.; GROSSMANN, M. V. E.; YAMASHITA, F. Filmes De Amido: Produção, Propriedades E Potencial De Utilização. Ciências Agrárias, V.31, N. 1, P. 137-156, 2010. MARINELLI, ALESSANDRA L. Desenvolvimento De Compósitos Poliméricos Com Fibras Vegetais Naturais Da Biodiversidade: Uma Contribuição Para A Sustentabilidade Amazônica. Polímeros [online]. 2008, Vol.18, N.2, Pp.92-99. Isso 0104. WARNER, J. C.; CANNON, A. S.; DYE, K. M. Environmental Impact Assessment Review. Green Chemistry, V. 24, N. 7-8, P. 775-779, 2004. ANEXOS As figuras a seguir, são as amostras de resíduos apresentados na palestra do dia 25 de outubro de 2016.Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16
Compartilhar