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A busca da sustentabilidade através da incorporação de tratados sobre o meio ambiente pelo direito brasileiro reduzindo as desigualdades entre os países e dentro deles.

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A busca da sustentabilidade através da incorporação de tratados sobre o meio ambiente pelo direito brasileiro reduzindo as desigualdades entre os países e dentro deles. 
	Risoleta Almeida S. Santana¹
¹Graduanda do 5º semestre do Curso de Direito da Faculdade Regional de Alagoinhas-UNIRB 2016
Resumo
 O tema apresentado atualmente tem sido um dos mais debatidos nos encontros entre líderes dos países de todo o mundo. Levando em consideração a preocupação com o meio ambiente e as gerações futuras ao redor do mundo, economistas, filósofos, juristas tem se debruçado sobre o tema que é considerado complexo por conta de envolver não um, mas várias áreas de conhecimento inclusive o Direito Ambiental e Economia. Na criação do trabalho foram usados livros, a legislação brasileira, assim como artigos que se referem sobre o tema e documentários através da internet. Foi observada a incompatibilidade da conscientização das mudanças com a forma acelerada como se vem consumindo os recursos naturais causando impacto em todo meio ambiente. Agentes como poluições do ar, bens de consumo com durabilidade cada vez menor, a diferença na distribuição de renda e os altos custos para se adotar medidas sustentáveis, tem contribuído para o crescimento da desigualdade entre os países e principalmente dentro deles. Nota-se que necessita com urgência que se ponham em prática os objetivos da Declaração de Estocolmo, para que estes objetivos não fiquem expostos apenas no papel e não continuem sendo cada vez mais esquecidos com o tempo.
Palavra-chave: Conscientização, Política Fiscal, Redistribuição de Renda
Introdução
Este resumo expandido abordará o problema da desigualdade entre os países e dentro deles, buscando uma solução através dos tratados que versem sobre o meio ambiente. O objetivo principal é abordar o tema sobre a ótica do direito brasileiro. O que tem causado a crescente desigualdade nem tanto entre eles como dentro deles e de que forma nossa legislação pode inserir internamente os tratados celebrados por outros países na expectativa de se obter resultados concretos a modo que sejam refletidos seus efeitos no desenvolvimento e no meio ambiente de forma sustentável. O maior desafio do direito brasileiro é sem dúvida fiscalizar para que se faça cumprir a legislação e se tratando do papel dos líderes de Estado, o maior desafio é a conscientização da população quanto o papel de cada um nesse processo de reconstrução de uma sociedade desenvolvida de forma a não agredir o meio ambiente.
Metodologia
O resumo expandido esta formatado como um documento do Microsoft Word. A fonte do texto e Times New Roman 12 com espaçamento simples. Na criação do trabalho foram usados livros que discutem sobre o tema abordado, a legislação brasileira, assim como artigos que se referem sobre o tema e debates entre economistas via internet sobre a importância de um novo conceito de desenvolvimento sustentável a fim de diminuir as desigualdades sem prejudicar o meio ambiente.
Resultados e discussão
Em busca de alcançar um mundo sustentável para todos sem prejudicar as gerações presentes e futuras, não tendo que recorrer ao retrocesso da sociedade, vários tratados tem sido firmado entre o Brasil e demais países como um caminho na busca do desenvolvimento sustentável, a fim de diminuir as desigualdades entre si. O processo de avanço da produtividade decorrente das inovações tecnológicas tem ocorrido para que essa disparidade tenha diminuído. O problema tem sido em relação às desigualdades internas por conta de que os lucros obtidos com as vantagens tecnológicas usadas no desenvolvimento entre países, não tem sido retornado para a classe trabalhadora oferecendo melhores salários e possíveis melhoras nas condições de trabalho. Os custos são revertidos para os grandes intermediários causando a disparidade entre os salários dos trabalhadores que não conseguem de forma igualitária acompanhar tal desenvolvimento. Desigualdade e meio ambiente andam juntos, já que as conseqüências geradas por um afetam o outro, a forma de como iremos usar os recursos naturais é preocupante, já que as empresas não cumprem de fato seu papel como agente responsável pela diminuição do impacto ambiental:
A consciência ecológica e a responsabilidade sócia ambiental infelizmente estão bem longe de alcançar o estágio ideal. Por exemplo, uma vez obtida à licença de operações e comum verificar-se quês as empresas limitam-se ao estreitamento necessário sob o ponto de exigências legais... (SILVA. P.80)
A questão da sustentabilidade tem sido cada vez mais comum no dia-a-dia, ultrapassando as fronteiras territoriais, pois suas conseqüências afetam todo o planeta, não é mais uma preocupação governamental, mas de toda sociedade. No entanto, ainda não é suficiente para a conscientização mundial. Apesar dos inúmeros esforços através de tratados realizados entre os países, os considerados avanços tecnológicos e até mesmo na ciência, afim de melhoramento nos solos, nas cidades, na agricultura, a população ainda não foi capaz de acompanhar de forma igualitária essa evolução, por conta da complexibilidade do tema e falta de informação na proporção devida.
Como citado anteriormente o Brasil tem buscado por meio de Tratado encontrar soluções no processo de reconstrução de um Estado desenvolvido de forma sustentável com menos desigualdade. O Tratado tem através do Direito Internacional, buscar a união das Nações na preocupação de encontrar soluções para os problemas ambientais. Para entendermos o melhor conceito de tratado Vladimir Passos de Freitas (2011, p.52) nos diz que “os tratados são ajustes pelos quais duas pessoas jurídicas internacionais manifestam suas vontades”.
Os tratados são pontes que ligam o interesse comum de um Estado membro a outro, implicando obrigações e sanções no caso de descumprimento de países que participam dos acordos, todavia para que seus efeitos possam internalizar-se dentro de cada Estado é necessário adequar as leis constitucionais de cada um, para que seja respeitada a Soberania e se tornar eficaz para a sociedade. No Brasil a celebração pelo Presidente da República como determina o Art.49 I C.F, o acordo é encaminhado para Câmara dos Deputados e Senado Federal para avaliação e conseqüentemente aprovação nas duas casas, mas é preciso a promulgação pelo executivo.
No entanto, esses tratados mesmo os de caráter mais urgentes levam cerca de 6 (seis) anos para ingressarem no nosso ordenamento jurídico. Todavia, vários são os tratados nos quais o Brasil tem tido importante participação como: Acordo para Conservação da Flora e da Fauna do Território Amazônicos da República Federativa do Brasil e da Republica da Colônia; Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e Agenda 21; Tratado de Cooperação Amazônica, 1978.
Com toda preocupação com o futuro da humanidade, o Direito Ambiental tomou para si, através dos Tratados buscarem soluções para os problemas futuros, tornado cada vez mais evidente que o problema ambiental é um obstáculo a ser superado por todas as nações na busca de um desenvolvimento sustentável, com diminuição das desigualdades mundiais.
A constituição e o seu papel sócio ambiental
Considerada como umas das primeiras constituições no mundo a se preocupar com a questão ambiental, a Constituição Brasileira de 1988, influenciada pela declaração de Estocolmo de 1972, que teve importante influência na legislação dos países soberanos, em buscar medidas de proteção ambiental possui vários artigos dedicado ao tema que citam diferentes tipos de preservação ambiental, em especial o artigo 225 C.F que é dedicado exclusivo ao tema diz que “todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente, equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder publico e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações;”. Destarte, cabe ao poder público a fiscalização e criação de diretrizes a serem seguidos, a fiscalização do ambiente de trabalho,que de várias formas agride meio ambiente, com maestria Edis Milaré (2011, p. 59) “... no combate de interesses econômicos, só o poder público é capaz de conter, com leis coercitivas e imposições oficiais, a prepotência dos poderosos...” mas também cabe a coletividade o papel de fiscalizar, cobrando desses órgãos,soluções para o problema do lixo, redes de esgotos, construções em lugares adequados, para que os objetivos não fiquem apenas nas letras do código, mas que a população use os meios de comunicações como redes sociais, para obter informações e cobrar de seus representantes desde os presidentes das associações de comunidades, aos seus representantes políticos melhores resultados.
Não precisamos ir muito longe para vermos o quanto a ação humana tem degradado o meio ambiente, e da forma como os interesses econômicos de uma minoria têm causado grandes disparidades entre os próprios Estados e em países vizinhos.
Combater a desigualdade que é ainda muito grande é um dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. A preocupação sobre o tema não é à toa, já que as desigualdades entre os próprios países tanto de forma externa como interna tem aumentado nos últimos anos. Problemas como má distribuição de renda, falta de qualidade na educação, saneamento básico de qualidade, são características do cenário de países menos desenvolvido.
A criação de uma economia sustentável, com inclusão e responsabilidade é a proposta para essa nova construção, onde a qualidade de vida e a inclusão social não estejam direcionadas ao dinheiro, e que as organizações de partidos políticos que tem usado o tema sustentabilidade, na intenção de capitação de votos sejam fiscalizados tanto pelo Poder Publico como pela sociedade, são apenas algumas das várias soluções que podemos adotar para uma sociedade sustentável de forma igualitária:
“Portanto, a construção de estratégias de desenvolvimento sustentável (que pressupõe equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais) necessita contar com instrumentos tecnológicos e jurídicos eficientes e eficazes para a construção da sustentabilidade da sociedade. (SILVA. p.85)
Entender a realidade social vivida por todos no país atualmente, é de fundamental importância, para que se busque de forma sustentável, não apenas do ponto de vista econômico, adotar políticas sociais, tributárias que se comprometam com um crescimento sustentável.
‘’ compatibilizar meio ambiente com desenvolvimento significa considerar o problema ambientai dentro de um processo continuo de planejamento antecedendo-se adequadamente as exigências de ambos e observando as suas inter-relações particulares a cada contexto sociocultural, político, econômico e ecológico, dentro das dimensões tempo e espaço. (SILVA. p. 72)”
Em alguns países principalmente europeus as legislações e principalmente a conscientização da população estão mais avançados do que no Brasil, acompanhando de forma coerente o desenvolvimento tecnológico. Não existe um padrão mundial de sustentabilidade a ser seguido por todo mundo devido o respeito à soberania de cada território, mas se vê hoje que a tendência de pôr em pratica um pensamento sustentável e essencial para o desenvolvimento de todos de forma igualitária provando de que é possível diminuir as desigualdades sem afetar o meio ambiente.
Considerações Finais
A disparidade entre países desenvolvidos e os que ainda estão em desenvolvimento é o que se busca diminuir no cenário mundial. A consciência ambiental é de fundamental importância na busca por uma solução para conciliar Desenvolvimento e Sustentabilidade a fim de manter o meio ambiente saudável. Apesar dos tratados celebrados pelo Brasil terem significada importância, é necessário não apenas a criação de novas normas, mas sim visar interesses econômico-políticos, pensando na realidade do nosso planeta, onde exista uma política fiscal mais justa, uma educação de qualidade oferecida desde o início da vida escolar, políticas sociais com reformas tributárias que auxiliam o crescimento de cada país tendo conseqüentemente a diminuição da pobreza e um ambiente saudável para todos. Portanto, diante do êxito conseguido através de leis já ingressadas no ordenamento jurídico dos países por conta dos Tratados Internacionais celebrados entre eles é preciso que continuem sendo cada vez mais incentivados e que a responsabilidade civil, administrativa e penal obedeça a seus princípios para o bem de todas as gerações
Referencias
 BRASIL. Constituição da Republica Federativa do. 1988
FREITAS. Vladimir Passos de. Direito Administrativo e Meio Ambiente. 6ª ed. Rio de Janeiro, Juruá Editora, 2011.
MILLARÉ, Edis. Direito do Ambiente. A gestão ambiental em foco. 7ª ed. São Paulo, Revistas dos Tribunais, 2011
NETTO. Adib Antônio. As influencias dos tratados internacionais ambientais celebrados pelo Brasil no ordenamento jurídico brasileiro. Disponível em http://www.lfg.com.br. 30 de março de 2009. Acessado em: 15/05/2016.
SILVA. Jose Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 9ª ed. Rio de Janeiro, Malheiros Editora, 2010

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