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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aula 6 - Organização do Estado: Olá Pessoal, tudo certo?! A aula de hoje é bem abrangente, iremos estuda-la em 4 partes: 1 - Organização político-administrativa: É a forma pela qual o Estado Brasileiro se organiza, a distribuição territorial do poder e organização do território de cada ente. 2- Bens públicos: São aquelas disposições constitucionais que elencam as propriedades da União, Estados, DF e Municípios. 3 - Competências administrativas e legislativas de cada ente. 4 - Disposições constitucionais relativas aos Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios. Desses 4 temas os de maior relevância para fins de concurso são as competências e a organização político administrativa. Hoje não podemos perder tempo! Vamos nessa... Mas primeiro... Nossa revisãozinha da aula passada: Direitos Sociais: Direitos Sociais na Constituição = EMAP e seus decorrentes: A Educação é que te leva ao trabalho; A Moradia boa tem que ter lazer e segurança; A Alimentação te dá saúde; e A Previdência protege a maternidade, infância e desamparados. Proteção à relação de emprego = Único direito dos trabalhadores nos termos de Lei Complementar; Salário Mínimo: Fixado em lei; nacionalmente unificado; Reajustado periodicamente; Vedada vinculação para qualquer fim; Ação de créditos trabalhistas - prazo prescricional de: 5 anos → se o contrato de trabalho estiver em vigor; 2 anos → após a extinção do contrato. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Idades mínimas para o trabalho: regra: 16 anos; exceção 1: 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou insalubre; exceção 2: 14 anos se estiver na condição de aprendiz. Assistência gratuita em pré-escolas e creches - aos filhos e dependentes até os 5 anos; Seguro-acidente - será a cargo do EMPREGADOR; Seguro-desemprego - só se o desemprego for INVOLUNTÁRIO; Trabalhador avulso - tem igualdade de direitos com o de vínculo empregatício permanente. Jornada de trabalho: • 8h/dia • 44h/semana • máximo de 6h de turno ininterrupto, salvo Neg. Col. STF – Súmula nº 675 → Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da CF. Empresa com MAIS DE 200 empregados - haverá um representante que possuirá finalidade exclusiva de tratar diretamente com os empregadores. Imunidade do empregado que candidatar-se a mandato classista: A partir do registro da candidatura; e Se eleito, ainda que como suplente, até UM ANO após o FIM do mandato. O poder público não pode interferir na organização sindical, mas, PODE exigir o registro no órgão competente; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Apenas UM sindicato da mesma categoria por base territorial, e o tamanho desta deve ser no mínimo referente à área de um Município (Segundo o STF, no caso de terem dois sindicatos, prevalecerá o que foi criado primeiro) A assembléia geral fixará contribuição confederativa (QUE NÃO É TRIBUTO) tratando de categoria profissional: ♦ Será descontada em folha; ♦ Custeará o sistema confederativo da respectiva representação sindical. Direito de greve dos trabalhadores: Independe de lei. Cabe a lei somente dispor sobre: o Serviços e atividades essenciais; o Atendimento de necessidades inadiáveis da comunidade; o Punição a quem cometer abusos. Nacionalidade originária: • ius soli - É a regra: Nasceu no Brasil é brasileiro - salvo se os pais forem estrangeiros a serviço de seu país. • ius sanguini - É a exceção: Nem precisa ter nascido no Brasil, mas o pai e/ou mãe são brasileiros à serviço da Rep. Fed. do Brasil. Nasceu fora do Brasil, e os pais não estão à serviço da Rep. Fed. do Brasil, porém: o foram registrados em repartição brasileira competente; ou o vieram a residir na República Federativa do Brasil e optou, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Nacionalidade derivada: 1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa. Requisitos: • residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e • ter idoneidade moral. 2 - extraordinária ou quinzenária - vale para estrangeiros oriundos de qualquer outro país. Requisitos: • residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e • não ter condenação penal; e • requerer a nacionalidade brasileira. Português + Residência permanente no Brasil = mesmos direitos dos brasileiros. cargo privativo de brasileiro nato: Deverão ser natos os cargos de: a) "Presidente da República, ou alguém que possa algum dia vir a exercer tal função" (Vice-Presidente, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Ministro do STF); b) "Oficiais das forças armadas e Ministro da Defesa"; e c) "Carreira Diplomática". Perda da nacionalidade • Se naturalizado Æ perde por sentença judicial caso pratique atividade nociva ao interesse nacional; • Se nato ou naturalizado Æ perde ao adquirir outra nacionalidade, salvo se de forma originária ou por condição para permanecer no país ou exercer direitos civis; Alistamento Eleitoral: Facultativo Obrigatório Facultativo 16 anos 18 anos 70 anos CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 1. Também é facultativo para os analfabetos; 2. São inalistáveis: Estrangeiros; Conscritos (aqueles que forem alistados ou recrutados) enquanto estiverem no serviço militar obrigatório; Idades mínimas para os cargos! • 18 anos = só vereador; • 30 anos = É a exigência somente para Governadores e Vice- Governadores. • 35 anos = É necesário aos cargos que demandam experiência, sabedoria... Senador, Presidente e Vice-Presidente da República. • O que sobrou? 21 anos, aplicável aos cargos de Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz. Inelegibilidade reflexa • Só ocorre para parentes de "Chefes do Executivo" (Presidente, Governador e Prefeito); • o parentesco tem que ser até o segundo grau; • Só ocorre dentro do território de jurisdição do Chefe do Executivo. Eleição do militar • Se < 10 anos de serviço Æ deverá afastar-se da atividade; • Se > 10 anos de serviço Æ será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Tanto os analfabetos quanto os inalistáveis, são também inelegíveis. E os outros casos de inelegibilidade serão estabelecidos em uma lei complementar que trará também os prazos da cessação deste impedimento. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) • 15 dias contados da diplomação • provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. • Segredo de justiça. Perda ou suspensão de direitos políticos I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado - Perda.II - incapacidade civil absoluta - Suspensão. III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos - Suspensão. IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII - Perda ou Suspensão (sem pacificação doutrinária) V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. - Suspensão. Lei que altera o Processo Eleitoral: entrada em vigor → Na data de sua publicação; aplicação → Somente nas eleições que ocorram após 1 ano do início da sua vigência. Partidos Políticos: Direitos dos partidos políticos: • livre criação, fusão, incorporação e extinção; • autonomia para definir sua estrutura interna, organização e para adotar critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, não precisando vincular as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal; • receber recursos do fundo partidário; • acesso gratuito ao rádio e televisão, na forma da lei. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Obrigações • resguardar a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana; • possuir caráter nacional; • prestar contas à Justiça Eleitoral; • funcionamento parlamentar de acordo com a lei; • estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária em seus estatutos; • registrar seus estatutos no TSE após adquirirem personalidade jurídica conforme a lei civil; Vedações • Não podem receber recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou subordinarem-se a estes; • Não podem utilizar organização paramilitar. Organização Político-administrativa: Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem nada haver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma entidade autônoma da federação, O território federal náo é autônomo, pois integra à União. Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna e a externa. Veja: 1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo poder central (União), sendo assim, 4 espécies de pessoas jurídicas de direito público interno. 2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como única pessoa jurídica de direito público externo. Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos? Pais X República Federativa do Brasil CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, esta independência, que chamaremos de autonomia se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; 2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF); 3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal. 4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. (Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a autolegislação). • Princípios da organização do Estado. Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, costuma-se cobrar, com bastante frequência: os princípios constitucionais que se referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles: Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal. Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro. • Brasília: CF, Art. 18, § 1º - Brasília é a Capital Federal. Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, justificando a mudança do texto. Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela são a mesma coisa). • Questões da FCC: 1. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas autônomas, conforme a organização político-administrativa do Brasil, a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas. b) União e Territórios. c) Estados-Membros e Municípios. d) União e Regiões Metropolitanas. e) Territórios e Distrito Federal. Comentários: A federação brasileira é formada, segundo o art. 18 da CF, por 4 entidades autônomas: União, Estados, DF e Municípios. Todas estas entidades são autônomas, nenhuma delas é soberana. Territórios Federais não são entidades autônomas, eles pertencem à União. Atualmente, não existe no Brasil nenhum território federal, mas nada impede que eles venham a existir. Para isso, deve-se editar uma lei complementar,nos termos do art. 18 §2º da Constituição. Regiões metropolitanas também não são entes autônomos, são subdivisões que os Estados, por foça do art. 25 §3º, possuem a faculdade de criar - através de uma lei complementar estadual - para que possam organizar melhor a sua atividade administrativa ao longo do seu território. Assim, essa criação não forma entidades, mas meras divisões administrativas. Gabarito: Letra C. 2. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) A organização político- administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, sendo que somente o último não possui autonomia. Comentários: O DF é autônomo, ele possui todas as facetas da autonomia (autogoverno, auto-organização, autolegislação e auto- CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br administração). Os territórios federais é que não são autônomos, não confunda isso. Gabarito: Errado. 3. (FCC/AJAJ - TRT-3ª/2009) Tendo em vista a organização do Estado, é certo que: a) A União é pessoa jurídica de direito público interno e externo sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os demais entes são divisões administrativo-territoriais. b) a República Federativa do Brasil representa o Estado Federal nos atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos desse Direito é a União Federal e os Estados federados. c) à União cabe exercer as prerrogativas de soberania do Estado brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais. d) a União, por ser soberana em todos os aspectos, pode ser considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e Municípios. e) os entes integrantes da Federação, em determinadas situações, à exceção dos Territórios, têm competência para representar o Estado federal frente a outros Estados soberanos. Comentários: Letra A - Errada. A União é pessoa jurídica de direito público apenas interno, não é pessoa de direito público externo. Letra B - Errado. Não é isso não... O representante é a União, a União, e somente ela, é que representa a República Federativa do Brasil. Letra C - Perfeito!!! Agora sim. A União não é soberana, mas "pega emprestado" as prerrogativas da soberania com a República Federativa do Brasil para poder representá-la. Letra D - Muito errado. Nem precisa comentar essa não é mesmo? Letra E - Errada. Somente a União pode representar a Federação, por força da exclusividade conferida pelo art. 21, I da Constituição Federal. Gabarito: Letra C. 4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, a) tem a sua autonomia política configurada pela Constituição Federal, bem como pela Constituição Estadual pertinente, que pode reduzi-la ou ampliá-la. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br b) é dotado de personalidade jurídica de direito público, consubstanciando modalidade de descentralização administrativa. c) embora criado por lei estadual, não pode ter a sua autonomia política restringida pelo Estado respectivo. d) dispõe de ampla autonomia política, sendo-lhe facultado regular a duração do mandato dos respectivos Prefeitos e Vereadores. e) pode se projetar, territorialmente, em relação a mais de um Estado, desde que lei complementar federal assim o permita. Comentários: Letra A - Errado. O Estado não pode reduzir ou ampliar a autonomia do Município, estes limites estão definidos na Constituição Federal. Letra B - Errado. O Município realmente é uma pessoa jurídica de direito público interno, porém, é criado por descentralização POLÍTICA. Descentralização administrativa é aquela que cria autarquias, empresas públicas e etc. Letra C - Correto. É verdade que os Municípios são criados por lei estadual (CF, art. 18 §4º), porém, são dotados de ampla autonomia (conforme vimos na questão anterior), não podendo esta ser restringida pelo Estado-membro. Letra D - Errado. Embora dotados de autonomia, os entes devem respeitar os limites impostos pela Constituição. Ou seja, sempre que a Constituição Federal estabelecer algo, não poderá o ente dispor em contrário. A própria Constituição Federal já fixa o mandato de todos os chefes do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) como sendo de 4 anos. Letra E - Errado. Os limites territoriais do Município devem estar contidos dentro de um único Estado. Gabarito: Letra C. • Questões do CESPE 5. (CESPE/AJAA-STF/2008) A organização político- administrativa da República Federativa do Brasil restringe-se aos estados, aos municípios e ao DF, todos autônomos, nos termos da CF. Comentários: O enunciado deixou fora da relação a União, que também é ente autônomo integrante da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 18. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 6. (CESPE/TRE-MA/2009) A União, os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia política, administrativa e financeira. Comentários: Os entes no Brasil são todos autônomos, segundo o art. 18 da Constituição. A soberania está nas mãos apenas da pessoa da República Federativa do Brasil. Gabarito: Errado. 7. (CESPE/TRE-GO/2009) Os municípios não são considerados entes federativos autônomos, visto que não são dotados de capacidade de auto-organização e de autonomia financeira. Comentários: Os municípios assim como os Estados e o Distrito Federal, possuem ampla autonomia, ou seja, são dotados de auto-organização, auto- governo, auto-legislação e auto-administração. Gabarito: Errado. 8. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os municípios não integram a estrutura federativa brasileira em razão da limitação de sua autonomia pela CF. Comentários: Eles são entes da federação e gozam de total autonomia, nos termos do art. 18 da Constituição. Gabarito: Errado. 9. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territórios federais são considerados entes federativos. Comentários: No Brasil só possuímos 4 entes federativos: União, Estados, DF e Municípios (CF, art. 18). Gabarito: Errado. 10. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os territórios federais integram a União e sua criação será regulada em lei complementar. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Os territórios federais não são entes da federação, mas sim partes integrantes da União despidas de autonomia e que são criadas de acordo com a lei complementar (CF, art. 18, § 2º). Gabarito: Correto. 11. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exercício de sua autonomia política, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo. Comentários: Sabemos que os entes da federação devem observar os princípios federais extensíveis, que são aqueles princípios básicos de organização federal que, por simetria federativa, devem ser respeitados também pelos demais entes em seu exercício de organização. Desta forma, como a Constituição estabeleceu o Presidencialismo na esfera federal, o Estado-membro deve seguir um sistema simétrico, sendo vedado a instituição de um regime parlamentar. Gabarito: Errado. 12. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF não dispõe da capacidade de auto-organização, já que não possui competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios. Comentários: Todos os 4 entes brasileiros(União, Estados, DF e Municípios) são autônomos (CF, art. 18) e esta autonomia se manifesta através de todas as facetas: auto-organização, autogoverno e autoadministração. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/SEFAZ–ES/2009) A União é entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros e Municípios, e cabe a ela exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro ao representar a República Federativa do Brasil nas relações inter- nacionais. Comentários: O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federa- tiva do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Porém a Constituição Federal admite que a União (e somente a CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br União) possa representar o Brasil externamente e assim, exercer as prerrogativas da soberania pertencente ao Estado Brasileiro. Gabarito: Correto. 14. (CESPE/TRE-GO/2009) O Distrito Federal é a capital do país. Comentários: Segundo a Constituição, a capital do Brasil é Brasília, o Distrito Federal é uma unidade autônoma da federação, com governo próprio, que não se confundiria com Brasília, esta, sendo capital do pais, seria onde estariam concentrados os núcleos de cúpula da esfera federal. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional. Comentários: Trata-se das facetas da autonomia que o CESPE aqui expôs de forma "quádrupla" , o que também é correto dependendo do doutrinador. Alguns doutrinadores consideram apenas 3 facetas, englobando a autolegislação dentro da auto-organização. Isso não deixa a questão de forma alguma errada. Gabarito: Correto. Reorganização do espaço territorial: A doutrina costuma relacionar as hipóteses de reorganização do espaço territorial da seguinte forma: Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. O ente inicial deixa de existir. Desmembramento-formação - Uma parte de um ente se desmembra formando um novo ente. O ente inicial continua existindo e agora temos um ente completamente novo. Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua existindo e não temos a formação de um ente novo, mas um aumento territorial de outro. Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 16. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que concerne à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada fusão. Comentários: Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais entes se agregam para formar um ente novo. Gabarito: Errado. 17. (CESPE/AGU/2009) No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na subdivisão, há a manutenção da identidade do ente federativo primitivo, enquanto, no desmembramento, tem-se o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário. Comentários: O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente inicial deixa de existir. Gabarito: Errado. Reorganização territorial de Estados e territórios federais: CF, art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Atenção a essas duas disposições: • Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e • Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Jurisprudência: Recentemente, o STF decidiu que na reorganização territorial de Estados, o termo “população diretamente interessada” deve ser entendido como “toda a população do Estado”. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Procedimento: O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela lei 9709/98. Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, não há prosseguimento dos procedimentos, não se passando para fase seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas assembléias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição. Essa manifestação da assembleia legislativa, no entanto, é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada como lei complementar para que se desfeche o processo. 18. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) É vedada a subdivisão de Estados (Certo/Errado). Comentários: Do art. 18 §3º da Constituição depreende-se claramente que os Estados podem não só subdividir-se, como também incorporar-se entre si ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais. Para que isso seja feito, deve ser mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Gabarito: Errado. 19. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de criação do Estado de Carajás a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel. b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado. d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso Nacional, por lei complementar. e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal. Comentários: Pode haver reorganização dos Estados na vigência da atual constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para que ocorra, precisamos de: • Aprovação da população diretamente interessada, atravésde plebiscito; e • Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere a criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda. Gabarito: Letra D. 20. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O processo de formação dos estados-membros exige a participação da população interessada por meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte. Assim, desfavorável o resultado da consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte do processo. Comentários: Isso aí, o plebiscito favorável é essencial para que se consiga reorganizar o território do Estado. Caso o plebiscito seja desfavorável, desde já deve ser paralisado o procedimento, pois não ser poderá cumprir as exigências constitucionais para tal. Gabarito: Correto. 21. (CESPE/Técnico - MPU/2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br É exatamente o disposto no art. 18 § 3º da Constituição, o qual permite que os Estados possam incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, desde que observe os requisitos de: Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e A Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Gabarito: Correto. 22. (CESPE/MPS/2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo. Comentários: Nos termos do art. 18 §3º da Constituição Federal, o plebiscito deverá ser realizado apenas com participação da população diretamente interessada. Gabarito: Errado. 23. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) Caso uma parte de um estado pretendesse desmembrar-se e anexar seu território a um estado vizinho, essa mudança dependeria de plebiscito da população diretamente interessada e de leis complementares a serem elaboradas pelas respectivas assembleias legislativas dos estados membros. Comentários: Um dos requisitos seria a elaboração de lei complementar do Congresso Nacional, tal como dispõe o art. 18 § 3º da Constituição, e não das assembléias legislativas. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) No processo de criação de estados-membros, a manifestação das assembleias legislativas constitui condição essencial e vinculativa, já que o parecer desfavorável das casas representativas do povo impede a continuidade do processo de formação de novos estados. Comentários: A manifestação da assembleia legislativa é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 25. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, para se anexarem a outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população brasileira, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Comentários: A aprovação não será da população brasileira mas, tão somente da população diretamente interessada, nos termos do art. 18 §3º da Constituição. Gabarito: Errado. Reorganização territorial de Municípios: CF, art. 18 §4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Atenção a essas três disposições: • far-se-á por lei estadual no período de lei complementar federal; • Aprovação, por plebiscito, da população envolvida; • Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de Viabilidade Municipal. Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios! Segundo o posicionamento do TSE (TSE – MS 2.812 – Bahia), essa previsão da dependência de lei complementar federal faz com que a norma se torne de eficácia limitada, e como tal norma ainda não existe, isto inviabiliza a criação de novos Municípios. Mas, houve criações de Municípios sem observância desta disposição, e estas criações foram declaradas inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão ensejou a edição da EC nº 57/08 que acrescentou o artigo abaixo: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br CF, ADCT, art. 96 → Ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada...) os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição de Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para redefinição de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é tema estadual. 26. (FCC/TJAA-TRT 8ª/2010) Com relação a Organização Político Administrativa, a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na imprensa oficial. b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação do Senado Federal. e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados. Comentários: Letra A - Errado. Precisa divulgar os estudos de viabilidade. Letra B - Errado. Ela se faz por lei ESTADUAL. Letra C - Correto. É a disposição do art. 18 §3º. Letra D - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de plebiscito nacional, e nem de aprovação do Senado. Letra E - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de plebiscito nacional, e nem de aprovação da Câmara. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Letra C. 27. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Quanto à organização do Estado brasileiro, é correto que a)é vedada a subdivisão de Estados. b) a fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional. c) a criação de Territórios Federais será regulada em lei complementar. d) aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas. e) a anexação de municípios para formarem Estados ou Territórios Federais, autorizada por resolução do Congresso Nacional, dependerá de referendo popular. Comentários: Letra A - Obviamente errada. Letra B - Está errada também. Será por lei estadual e dentro de período estabalecido por lei complementar federal. Letra C - Correto. Como vimos, os Territórios Federais não são entes autônomos, eles integram a União. A sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar (CF, art. 18 §2º). Letra D - Vimos que isto está errado. Letra E - Esta assertiva está completamente errada. O primeiro erro é que a Constituição não prevê anexação de Municípios para formarem Estados. Outro erro é o fato de que, ainda que encarando isso como "desmenbramento de Estado", não será por resolução do CN, mas por lei complementar do Congresso, e o útimo erro é que se fará um plebiscito à população e não um referendo. Gabarito: Letra C. 28. (CESPE/TRE-GO/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei federal e serão submetidos pela população diretamente interessada a referendo popular. Comentários: Segundo o art. 18 §4º da Constituição, se fará por lei estadual no prazo estabelecido por lei complementar federal. E a aprovação é por plebiscito e não referendo. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 29. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A criação de municípios demanda, além de outros requisitos constitucionais, a edição de lei estadual que, mesmo após a respectiva aprovação por parte da assembleia legislativa, pode ser vetada pelo governador do estado. Comentários: A Constituição estabelece em seu art. 18 §4º que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com- plementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Como se trata de lei (ordinária) fica pendente ainda da sanção/veto do governador, já que este é o rito legislativo de uma lei. Gabarito: Correto. 30. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Foram convalidados, no âmbito da CF, os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31/12/2006, de acordo com os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo estado à época da criação. Comentários: Trata-se de disposição encontrada nos ADCT, art. 96, inserido pela EC 57/08, onde ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada...) os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Já que inúmeros municípios haviam sido criados sem que fosse regulamentada a matéria do art. 18 §4º, a qual, segundo o STF, é uma norma de eficácia limitada. Gabarito: Correto. 31. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Lei federal disporá sobre a criação e o desmembramento de municípios. Essa normatização não poderá ser feita pelos estados. Comentários: Nos termos da Constituição, art. 18 §4º, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br estadual (no período de lei complementar federal) e não por lei federal. Gabarito: Errado. Vedações aos entes federativos: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 32. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) Aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas (Certo/Errado). Comentários: Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I. Gabarito: Errado. 33. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. Comentários: Trata-se de uma limitação imposta pelo constituinte a todos os entes, insculpida no art. 19, I. Gabarito: Correto. Bens Públicos: Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou aos Municípios e até mesmo a terceiros. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos": União e Estados: ♦ Terras Devolutas: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se indispensáveis: À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou À preservação ambiental. Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou foram devolvidas, ficando sem dono, passam então a integrar o patrimônio público. ♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. ♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. ♦ Lagos, rios e demais águas correntes: Regra Æ Estados; Exceção Æ União: Se banhar mais de um Estado; Se fizerem limite com países ou se deles provierem ou se estenderem; Também o são os terrenos marginais destes e as praias fluviais. União, Estados e Municípios: ♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União); Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; União Æ As demais, inclusive o caso acima. Elas podem ainda ser de terceiros. Somente à União: Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a ser atribuídos; Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos; O mar territorial; Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; Os recursos minerais, inclusive do subsolo; Os potenciais de energia hidráulica; As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União e, em se tratando da plataforma continental e da zona econômica exclusiva, também o serãotodos os demais recursos naturais além dos minerais. • É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. • A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Bens públicos quanto à finalidade: O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se referem à destinação do bem: 1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, quartéis. 3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o Estado pode se desfazer. • Questões da FCC: 34. (FCC/TJAA-TRT 3ª/2009) No que diz respeito à organização político-administrativa da União é correto afirmar que a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura. b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos. c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da respectiva localidade e das limítrofes. d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em quaisquer hipóteses, relações de aliança. e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio de referendo e por ato normativo do Senado Federal. Comentários: Letra A - Errada. A faixa é de 150 e não 180 Km e lembramos que é só em relação às fronteiras terrestres. Letra B - Correto. Letra C - É feito por Lei Estadual, no período de lei complementar federal. Letra D - Errado. Isso é vedado a todos os entes pelo art. 19. Letra E - Errado. Será por plebiscito e por lei complementar no Congresso. Gabarito: Letra B. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 35. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre os bens dos Estados incluem-se a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União. b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros. d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União. e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica. Comentários: Letra A - Correto. As terras devolutas são bens dos ESTADOS. A não ser que sejam indispensáveis: À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou À preservação ambiental. Neste caso serão da União! Desta forma, é correto falar que "se não for da União, será dos Estados". Letra B - Correto. As águas são bens dos Estados, mas se elas foram decorrentes de obras da União, irá pertencer a ela já que, em se tratando de águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, temos: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. Letra C - Também está correto. Como vimos as ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS, podem pertencer a terceiros, ou: aos Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União); aos Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; à União Æ As demais, inclusive o caso acima (afetação da ilha municipal). Letra D - Correta. Em se tratando de ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES, temos: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. Letra E - Está errada e é o gabarito!!! Essa foi muito fácil, não foi? Nem precisava resolver as outras... mar territorial é obviamente da União, mais óbvio ainda são os potencias de energia hidráulica, pois tudo que é recurso energético, mineral e etc. está sob o cuidado da União. Gabarito: Letra E. 36. (FCC/Técnico-TRE-AL/2010) Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União (C/E). Comentários: As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, são: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. Desta forma, erra a questão, pois deve-se "excluir" as que decorrerem de obras da União. Gabarito: Errado. 37. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura. Comentários: O correto seria faixa até 150km de largura, e lembrando que isso é somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. Gabarito: Errado. 38. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos. Comentários: Perfeito, exatamente como vimos no resumo. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Correto. 39. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. Comentários: Perfeito, como vimos: ♦ Terras Devolutas: Regra Æ Estados; Exceção Æ União, se indispensáveis: À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou À preservação ambiental. Gabarito: Correto. • Questões do CESPE: 40. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) São bens da União as terras devolutas. Comentários: As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora possam ser da União se indispensáveis: À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou À preservação ambiental. Não se pode então fazer esta afirmação: "São bens da União as terras devolutas". Gabarito: Errado. 41. (CESPE/AGU/2009) As terras devolutas são espécies de terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br das fronteiras, das fortificações e construçõesmilitares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. Comentários: As terras devolutas não são bens de uso comum, são bens dominicais, ou seja, bens que não possuem nenhuma destinação estatal específica, nem são de uso indistinto da população. Gabarito: Errado. 42. (CESPE/ACE-TCU/2009) Caso o estado do Amazonas conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o referido título será nulo, visto que essa área pertence à União. Comentários: Questão muito maldosa. Em regra as terras devolutas pertencem aos Estados, porém pertencerão à União caso sejam "indispensáveis" à defesa das fronteiras ou à preservação ambiental. O fato da terra encontrar-se na zona de fronteira, por si, não a faz ser um bem da União, assim seria se fosse considerada "indispensável à defesa da fronteira". Gabarito: Errado. 43. (CESPE/Procurador Municipal - Natal/2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens comuns da União e dos estados onde se encontrem. Comentários: Os potenciais de energia hidráulica são bens que pertencem somente à União (CF, art. 20, VIII). Gabarito: Errado. 44. (CESPE/ABIN/2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das comunidades indígenas. Comentários: São bens da União, nos termos do art. 20, XI da Constituição. Gabarito: Errado. 45. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Segundo a Constituição, em seu art. 20, XI a propriedade das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertence à União. Gabarito: Correto. 46. (CESPE/Promotor - MPE-ES/2010) A faixa de até 50 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira é considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Comentários: Embora a faixa de fronteira seja realmente considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devam ser reguladas em lei. Tal faixa é de até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres. Gabarito: Errado. 47. (CESPE/AGU/2009) Os rios públicos são bens da União quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da Federação. Comentários: A questão traz muita informação verdadeira, porém, está falha já que os potenciais de energia hidráulica serão sempre bens da União, vide art. 20, VIII CF. Gabarito: Errado. 48. (CESPE/ACE-TCU/2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União. Comentários: Conforme vimos, todos os recursos minerais, inclusive do subsolo, pertencem somente à União (CF, art. 20, IX). Lembrando que no caso da plataforma continental e da ZEE, pertencerá à União não só os minerais, como todos os recursos naturais (minérios, vegetais, animais...) ali existentes. Gabarito: Correto. Competências Administrativas e Legislativas: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Teoria e noções gerais sobre o tema: Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente dissipados, se, antes de iniciarmos o estudo, atentarmos para algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as competências. Existem 2 tipos de competência elencadas na Constituição: competência material (administrativa) e competência legislativa. A competência material (realizar as coisas) pode ser: • Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum outro ente, ou • Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir para concretizar aquilo que está exposto. A competência legislativa (regulamentar como as coisas serão feitas) pode ser: • privativa da União (art. 22) - quando couber somente a União legislar sobre o tema - embora neste caso, através de uma lei complementar, ela permita que os Estados façam a regulamentação de questões específicas -; ou • Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer nada além das normas gerais (normas genéricas que se aplicam a todos os entes) e com base nessas normas gerais - sem precisar receber a delegação da União - os Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um certo ponto (a regulamentação do tema): Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária de chamar "competência exclusiva" a competência material Normas Gerais Norma Específica Suplementar Regulamentação do tema CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br executável somente pela União, e de "competência privativa" a competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). Critério para repartição de competências: As competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. Técnica utilizada para a repartição de competências: A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi a seguinte: 1- Enumerar as competências da União e dos Municípios - Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, art. 30). 2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem vedados". Observação - Existe uma exceção: A União possui competência residual quando se trata de "matéria tributária", podendo instituir novos impostos e contribuições que não foram previstos no texto constitucional. 3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as remanescentes dos Estados. Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas competências expressas no art. 25. • Art. 25 §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br • Art. 25 §3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru- pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicasde interesse comum. A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto. DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS: As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em concursos. 2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e 3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30 (Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as questões: 1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo nacional ou internacional, já sabemos que é competência da União. 2- Como a União é o poder central da federação, responsável por uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", "normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, RS... isto é inimaginável) 3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez estaremos diante de competência da União. 4- Como vimos, as competências federativas encontram-se basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, o Município só participa de 1 rol de competências: Competência "administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho (CF, art. 30, I e II). (OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando também aparece com uma dessa) 5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da Constituição e o patrimônio público. 6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo abaixo: Competência Comum: Legislação concorrente - legislar sobre: proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural; proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; educação, cultura, ensino e desporto; proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; preservar as florestas, a fauna e a flora; florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. 7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que podem ser executados pelos entes de forma direta ou sob regime de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram previstos da seguinte forma: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br • União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão; • Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; • Estados → diretamente ou apenas por concessão. Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar em "concessão", senão já está errado. Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo NÃO PODE ERRAR: Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar pra trás, pois todo mundo vai acertar: 1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. Assim temos: Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); Privativos da União - O que sobrou! 2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; X Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento urbano. 3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; X Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus processos. 4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br X Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. X Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e nacional, será competência da União. Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões: • Questões da FCC: 49. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito Federal, é correto afirmar que a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União estende-se ao estabelecimento de normas específicas. c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não suspende, em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual. d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou específicas exclui a competência suplementar dos Estados. e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas peculiaridades. Comentários: Essa questão é quase um resumo de tudo que está nos parágrafos do art. 24: • §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União estabelecer tão somente as normas gerais, e os Estados/DF vão suplementar essas normas com as peculiaridades de cada ente. • §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br seja, vão legislarde forma completa para que possa atender às suas necessidades. • §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrário. Letra A - Correta. Letra B - Errado. Ela se limita às normas gerais. Letra C - Errado. Ela suspende a lei estadual naquilo que lhe for contrário. Letra D - Errado. A questão faz uma "dobradinha" de exclusão com a letra A. Somente uma das duas poderia estar correta, essa está errada já que não exclui a competência suplementar estadual. Letra E - Errado. Inexistindo normas gerais, eles legislam de forma plena. Gabarito: Letra A. 50. (FCC/Analista - TCE - AM/2008 - Adaptada) Em matéria de legislação concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado exercerá a competência legislativa plena (Certo/Errado). Comentários: Segundo o art. 24 da Constituição, em seu §3º, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, legislando de forma completa para atender às suas peculiaridades. Gabarito: Correto. 51. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais. b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos os entes federativos. c) todas as competências privativas legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios. d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências legislativas em regime de concorrência com a União Comentários: Letra A - Errado. Embora as competências estaduais sejam em regra residuais ou remanescentes, eles possuem 2 competências expressas: • Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. • Art. 25§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru- pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Letra B - Errado. Primeiro que a competência material é exclusiva ou comum. A competência legisaltiva é que pode ser chamada de privativa ou concorrente. Segundo que mesmo se empregado o termo "concorrente" no sentido de "comum" ela estaria errada. Letra C - Errado. Questão também com vários erros. As competências privativas não são em regra exercíveis pelos Estados. Para que os Estados possam exercê-las precisa haver uma lei complementar federal autorizado aquela questão específica, o que nem sempre vai ocorrer. O outro erro da questão é o fato de que os municípios poderão também, em certos casos exercer alguma daquelas competências, pois ao Município compete (segundo a CF, art. 30, II) suplementar a legislação federal e estadual naquilo que lhe couber, ou seja, naquilo que for necessário para adequar a legislação às peculiaridades do Município. Letra D - Correto. É a competência atribuída pelo art. 30, II da Constituição. Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal legislam concorrentemente com a União sobre as matérias do art. 24 da Constituição. Gabarito: Letra D. 52. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) Os Estados não possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas que não lhe forem expressamente atribuídas pela Constituição Federal. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 41 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br A Constituição fez justamente o contrário. Atribuiu competência residual aos Estados, dando-lhes o poder de legislar sobre tudo aquilo que não seja lhes seja vedado, ou seja, aquilo que ficou atribuído expressamente à União ou aos Municípios. Gabarito: Errado. 53. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados- membros exercer somente as competências enumeradas na Constituição Federal. Comentários: Os estados a competência é remanescente, e não taxativa. Assim, eles podem exercer as duas competências que lhes foram enumeradas pela Constituição (CF, art. 25 §§2º e 3º) e tudo aquilo que a Constituição não lhes vedou. Gabarito: Errado. 54. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010 - Adaptada) O Distrito Federal possui competência legislativa residual, estando subtraídas do seu campo de atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela Constituição Federal à União. Comentários: Questão bem interessante. Sabemos que o Distrito Federal tem competência híbrida, atua como Estado e como Município. Assim, como os Estados possuem a competência residual, o DF também a tem. Veja então que o DF pode legislar sobre tudo aquilo que está expressamente elencado para os Municípios, sobre as duas competências expressas dos Estados e sobre as competências remanescentes estaduais, sendo-lhes vedado somente aquilo que é expressamente atribuído à União. A questão está correta. Lembrando que, se a questão falasse em "Estados", em vez de "Distrito Federal", deveria ressalvar tanto as competências da União quanto as dos Municípios, porém, ao falar em Distrito Federal, não precisou ressalvar a dos Municípios, pois estas são exercidas também pelo DF. Gabarito: Correto. 55. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante medida provisória. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 42 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Questão de dois erros, o correto seria "concessão" e é vedada a medida provisória para regulamentar esse serviço. Gabarito: Correto. • Questões do CESPE: 56. (CESPE/AGU/2009) No âmbito da competência legislativa concorrente, caso a União não tenha editado a norma geral, o estado- membro poderá exercer a competência legislativa ampla. Contudo, sobrevindo a norma federal faltante, o diploma estadual terá sua eficácia suspensa no que lhe for contrário, operando-se, a partir de então, um verdadeiro bloqueio de competência, já que o estado- membro não mais poderá legislar sobre normas gerais quanto ao tema tratado na legislação federal. Comentários: Os parágrafos do art. 24 devem estar completamente decorados: • §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União estabelecer tão somente as normas gerais, e os Estados/DF vão suplementar essas normas com as peculiaridades de cada ente. • §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou seja, vão legislar de forma completa para que possa atender às suas necessidades. • §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrário. Assim, a questão traz exatamente o entendimento conjunto dos 4 parágrafos do art. 24 da Constituição Federal, que acabamos de ver. Gabarito: Correto. 57. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) No âmbito da legislação concorrente e diante da inexistência de normas gerais, a competência
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