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Aula 08 - Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
1
Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR
Aula 8 – Processo Legislativo:
Olá Pessoal, tudo certo?! Hoje daremos continuidade em nossa 
diversão com a aula sobre “Processo Legislativo”. Mas primeiro 
vamos rever os principais pontos do Poder Legislativo: 
Sistema legislativo federal é bicameral: 
• Câmara dos Deputados → Representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em 
cada Território e no DF. 
X 
• Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, 
eleitos segundo o princípio majoritário. 
Os sistemas legislativos estaduais e municipais são unicamerais; 
• Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto 
que representa os legisladores. O mandato de um deputado 
coincide com uma legislatura enquanto o Senador passa por 
duas (8 anos). 
X 
• Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso 
Nacional. Ocorrem de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. 
Decisões do Congresso: Salvo disposição constitucional em 
contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos 
(simples), presente a maioria absoluta de seus membros. 
DEPUTADO FEDERAL:
Conceito: Representantes do POVO. 
Mandato: de 4 anos. 
Eleição: sistema proporcional. 
Quantidade por Estado: o numero de deputados e a representação 
por Estado/ DF será proporcional a população, e estabelecido em lei 
complementar. Sendo que cada Estado/DF contara com: 
■ mínimo – 8 deputados; 
■ Maximo – 70 deputados; e 
■ cada Território Federal – 4 deputados. 
Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, 
para que estes números sejam mantidos. 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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SENADOR:
Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. 
Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, 
modificando-se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. 
Eleição: se dará pelo sistema majoritário. 
Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. 
OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são 
representantes dos Estados/DF e TF não é Estado. 
Atribuições das Casas Legislativas:
CONGRESSO NACIONAL: Tem atribuições exclusivas no que for 
assunto de extrema importância, ou relevância nacional ou 
internacional (resolver sobre tratados internacionais, autorizar a 
declaração de guerra...), ou ainda assuntos delicados (atividade 
nuclear, índios...). 
SENADO: Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: 
a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de 
autoridades. 
b) Julgamento de autoridades por crimes de 
responsabilidade - O Senado é o único órgão do Legislativo 
Federal que faz julgamentos de autoridades. 
c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, 
fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc. 
CÂMARA DOS DEPUTADOS - A Câmara dos Deputados não foi 
elencado muitas competências relevantes. Apenas competências 
internas (elaborar o regimento interno e etc.) e devemos fazer 
destaque a apenas 2 competências: 
a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o 
Presidente da Rep. , seu Vice e seus Ministros. 
b) Tomar as contas do Presidente da Rep., caso este não 
apresente as contas para o julgamento do Congresso em 
60 dias após a abertura da sessão legislativa. 
Competências que merecem destaque: 
É atribuição do CN, com a sanção do Presidente (art. 48) da 
República dispor sobre TODAS as matérias de competência da União, 
inclusive a fixação do subsídio dos Ministros do STF; 
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PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
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É de competência exclusiva do CN sem necessitar de sanção do 
Presidente da República (art. 49) fixar idêntico subsídio para os 
Deputados Federais e os Senadores e fixar os subsídios do Presidente 
e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado; 
É atribuição do Senado Federal suspender a execução, no todo ou em 
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF; 
Aprovação da nomeação de autoridades pelo Senado: 
Regra: aprova as nomeações por voto secreto, após arguição 
pública! 
Exceção: aprova por voto secreto, após arguição em sessão 
secreta, somente a escolha dos chefes de missão 
diplomática de caráter permanente; 
Imunidade Material dos Deputados e Senadores: 
1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de 
suas manifestações. Impede a punição tanto cível, quanto penal do 
parlamentar, em razão de suas palavras. 
2- Abrange qualquer manifestação, onde quer que tenha sido feita, 
desde que inerentes ao exercício da atividade parlamentar. Mas, caso 
a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera que ela 
é conexa com o exercício da sua função, independente do teor que 
tenha, não podendo o parlamentar ser punido. 
Imunidade Formal dos Deputados e Senadores: 
1- Parlamentar possui foro especial perante o STF a partir do 
momento que o diploma for expedido - Assim, independente do 
tempo do crime, antes ou depois da diplomação, o simples fato de ele 
ser um parlamentar (com seu diploma expedido) faz ele ser julgado 
perante o STF; 
2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser 
que seja em flagrante de um crime inafiançável; (Nesse caso, os 
autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para 
que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão) 
3- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra 
parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do 
processo. 
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4- Se após a diplomação o STF receber denuncia de crime 
praticado por parlamentar: 
ƒ Dará ciência à Casa respectiva; 
ƒ Iniciativa de partido político nela representado e pelo voto 
da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, 
sustar o andamento da ação. 
ƒ O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no 
prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa 
Diretora. 
5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro 
especial perante o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo 
competente ordinário. 
6- Essas prerrogativas (assim como a material) não se aplicam aos 
suplentes; 
Aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e 
os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. 
Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, 
e, ainda assim, somente às manifestações proferidas no 
exercício do mandato e dentro dos limites municipais. 
Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56): 
"A partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem 
decorados: 
1- Firmar ou manter contrato... 
2- Aceitar ou exercer cargo... 
Todos os outros são apenas a partir da posse. 
O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: 
1- se for investido no cargo de: 
ƒ Ministro de Estado; 
ƒ Governador de TF; 
ƒ Secretário de Estado/DF ou de TF; 
ƒ Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou 
ƒ Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; 
Podendo 
optar pela 
remuneração 
do mandato. 
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2- Se for licenciado pela respectiva Casa: 
ƒ Por motivo de doença; ou 
ƒ Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, 
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias 
por sessão legislativa. 
O suplente será convocado no caso de: 
ƒ Vaga; 
ƒ Investidura nas funções previstas acima; ou 
ƒ Licença superior a 120dias. 
Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para 
preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do 
mandato. 
A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: 
ƒ Incorrer nos impedimentos; 
ƒ Atentar contra o decoro; 
ƒ Sofrer condenação criminal transitada em julgado; 
A Casa "declara" a perda do cargo quando: 
ƒ Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; 
ƒ A Justiça Eleitoral determinar; 
ƒ Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias. 
A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou 
possa levar à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá 
seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a 
decisão ou declaração, ou não, da perda do mandato. 
Reuniões das Casas Legislativas: 
2 de Fevereiro 17 de Julho 1o de Agosto 22 de Dezembro 
RECESSO 
1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias 
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A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO). 
Convocação extraordinária do Congresso Nacional: 
Responsável pela 
convocação: 
Motivo: Observações:
Presidente do Senado 
Federal: 
- Em caso de decretação 
de estado de defesa ou de 
intervenção federal; 
- De pedido de 
autorização para a 
decretação de estado de 
sítio; e 
- Para o compromisso e a 
posse do Presidente e do 
Vice-Presidente da 
República; 
--- 
Presidente da República 
- Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante. 
Precisa da 
aprovação da 
maioria 
absoluta de 
cada Casa 
Legislativa. 
Presidentes da Câmara 
dos Deputados e do 
Senado Federal (em 
conjunto) 
Maioria absoluta dos 
membros de ambas as 
Casas 
Em regra, a convocação extraordinária será sempre realizada pelo 
Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a exceção é 
a convocação pelas demais autoridades. A exceção deve ser 
decorada, pois é o único caso: 
ƒ Urgência ou interesse público relevante (precisa de 
aprovação da MA das Casas Legislativas). 
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Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente 
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o 
pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. 
E havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação 
extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta 
da convocação. 
Compete às comissões discutir e votar projeto de lei que 
dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário; 
o Neste caso, se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa, 
a questão será levada para votação plenária. 
As Casas Legislativas e suas comissões terão poderes para: 
SOLICITAR = depoimento de cidadão (não se confunde com 
"convocar") 
CONVOCAR para depoimento: 
ƒ Ministro de Estado; ou 
ƒ Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República; 
OBS - No caso da convocação: será crime de responsabilidade a 
ausência sem justificação adequada. 
CPI pode: 
• Determinar quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico 
(telefônico = dados e registros, não a interceptação. A decisão 
sobre a quebra deve ser tomada pela maioria da CPI e ser 
fundamentada, não pode se apoiar em fatos genéricos) 
• Convocar Ministro de Estado para depor (qualquer comissão 
pode). 
• Determinar a condução coercitiva de testemunha que se 
recuse a comparecer. 
CPI não pode:
• Apreciar acerto ou desacerto de atos jurisdicionais ou intimar 
magistrado para depor. 
• Determinar indisponibilidade de bens do investigado. 
• Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em 
flagrante). 
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• Determinar interceptação/escuta telefônica. 
• Decretar busca domiciliar de pessoas ou documentos 
(inviolabilidade domiciliar é reserva de jurisdição). 
Processo Legislativo: 
O que é o processo legislativo? 
Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos 
(procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No caso 
em questão, a finalidade é a produção legislativa. 
Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de 
“processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações e 
procedimentos em geral para se elaborarem os atos normativos 
primários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento de 
validade diretamente do texto constitucional. 
Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo 
legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali os 
decretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já que 
decorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são também 
infraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serem 
promulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmo 
status deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen": 
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Observação 1 – Os atos primários não são somente estes 7 ali 
previstos. Embora não elencados como parte do “processo legislativo” 
pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal e a doutrina 
reconhecem com atos primários outras normas como o Decreto 
Autônomo e o Regimento Interno dos Tribunais, pois são atos 
normativos que retiram seu fundamento de validade diretamente do 
texto da Constituição, sem que sejam simples atos regulamentares 
de outras normas. Alexandre de Moraes ainda cita os atos normativos 
expedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §4º, I) 
como pertencente a tal grupo. 
Observação 2 – Embora as emendas à Constituição tenham status 
idêntico às demais normas constitucionais, a doutrina costuma dizer, 
que a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria, ainda, 
um status de ato infraconstitucional, pois a PEC deve respeitar os 
limites impostos pelo texto da Constituição, sendo assim, 
hierarquicamente subalterna. Após a promulgação, quando a emenda 
efetivamente passar a integrar o texto da constituição, será elevada 
ao status constitucional se impondo sobre todo o resto do 
ordenamento e não possuindo distinções hierárquicas com as normas 
originárias. 
1. (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal, 
enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional. 
Comentários: 
Segundo a doutrina a emenda constitucional enquanto proposta 
(PEC) teria seria considerado um ato infraconstitucional, já que 
respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição. Após a 
promulgação, no entanto, seria elevada ao status constitucional sem 
diferenciação hierárquica perante as normas originárias. 
Gabarito: Correto. 
Emendas Constitucionais 
Lei Complementar 
Lei Ordinária 
Lei Delegada 
Medida Provisória 
Decreto Legislativo 
Resolução 
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Hierarquia entre as normas: 
Não existe qualquer hierarquia entre normas de um mesmo patamar. 
Ou seja, não há hierarquia entre normas constitucionais originárias e 
normas constitucionais derivadas (oriundas de emendas); também 
não há qualquer hierarquia das normas infraconstitucionais entre si, a 
diferença delas se situa no âmbito da matéria tratada e não no 
campo hierárquico.Não há também o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos 
de entes distintos. Ou seja, não existe superioridade hierárquica de 
uma norma federal sobre uma estadual, ou de uma norma estadual 
sobre a Municipal. A exceção a isso é apenas a Constituição Federal, 
que na verdade não é uma norma “federal” e sim “nacional” 
(aplicável a toda a federação), sendo o diploma máximo, superior na 
organização interna de todo o país. 
É de se destacar ainda que, embora não haja hierarquia entre normas 
de ordenamentos distintos da federação, existem interferências 
constitucionalmente estabelecidas, como a necessidade de lei 
estadual respeitar certas normas gerais federais, e ainda a 
possibilidade presente no art. 24 da Constituição (matéria legislativa 
concorrente) de que norma federal superveniente suspenda a eficácia 
da norma estadual que legislou plenamente na omissão legislativa da 
União. 
Veja que, por não haver hierarquia, não se fala em “revogação” da 
norma estadual, mas de uma “suspensão”. 
2. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em razão da estrutura federativa do 
Estado brasileiro, as normas federais são hierarquicamente 
superiores às normas estaduais, porque as Constituições estaduais 
estão limitadas pelas regras e princípios constantes na Constituição 
Federal. 
Comentários: 
Não há o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos federais, 
estaduais e municipais, pois as entidades políticas no Brasil são 
dotadas de autonomia, e esta pressupõe uma independência entre os 
entes. Mas, não é errado dizer que as Constituições Estaduais estão 
limitadas pela Federal, pois na verdade, a Constituição não é apenas 
federal e sim de toda a República Federativa do Brasil, sendo assim 
uma norma "nacional" e não meramente "federal". 
Gabarito: Errado. 
 
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3. (ESAF/AFT/2004) Por não existir hierarquia entre leis 
federais e estaduais, não há previsão, no texto constitucional, da 
possibilidade de uma norma federal, quando promulgada, suspender 
a eficácia de uma norma estadual. 
Comentários: 
Realmente não há hierarquia entre normas federais e estaduais, 
porém, temos, na Constituição Federal, certas matérias no art. 24 
chamadas “matérias de legislação concorrente”. Ao se regulamentar 
estas matérias, a União fará normas gerais e, observando estas 
normas gerais, o Estados farão normas específicas. Se a norma geral 
da União inexistir, os Estados não precisam observar “nada”, poderão 
legislar de forma plena. Porém, se futuramente sobrevier uma norma 
geral editada pela União, esta irá suspender toda a parte a qual o 
Estado legislou livremente que for contrária aos preceitos 
estabelecidos nesta norma geral. Não suspende tudo, mas apenas o 
que for contrário. 
Gabarito: Errado. 
Formalidades do processo legislativo: 
Art. 59, parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a 
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
Essa lei complementar existe, é a LC 95/98. 
4. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) O processo legislativo NÃO 
compreende a elaboração de: 
a) decretos legislativos. 
b) emendas à Constituição. 
c) medidas provisórias. 
d) resoluções. 
e) portarias. 
Comentários: 
O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, 
compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são 
infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de 
hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São 
elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos 
legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Letra E. 
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5. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a CF, emenda constitucional 
disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das 
leis. 
Comentários: 
Não existe nenhuma disposição na Constituição que tenha como 
redação "emenda constitucional disporá sobre", isto porque, deste 
modo, iria criar-se uma disposição regulamentar de status 
constitucional, o que não tem lógica alguma. O enunciado trata do 
art. 59 parágrafo único da Constituição, que diz "Cabe à lei 
complementar dispor sobre a elaboração, redação, alteração e 
consolidação das leis". 
Gabarito: Errado. 
Noções sobre o trâmite do Processo Legislativo: 
O processo legislativo básico é aquele onde se faz as “leis ordinárias”, 
o nome é “ordinária”, pois é a lei comum, que segue a ordem natural. 
Este será o processo legislativo mais completo e para o qual a 
Constituição deu maior atenção. O processo da lei complementar é o 
mesmo da lei ordinária, a única diferença é o quórum exigido para 
votação – na lei complementar necessita-se da maioria absoluta dos 
votos (mais da metade do efetivo da Casa), enquanto na lei ordinária 
basta a maioria simples (mais da metade dos presentes). 
Além das leis complementares e ordinárias, no entanto, sabemos que 
existem outras 5 espécies de normas sujeitas a processo legislativo, 
essas normas (emendas constitucionais, decretos legislativos, leis 
delegadas, resoluções e medidas provisórias) possuem trâmites 
particulares, muitas vezes com ausência de algumas das fases do 
processo comum das leis ordinárias, conforme veremos. 
As fases básicas de um processo legislativo são as seguintes: 
1ª - Fase introdutória: 
É a fase onde alguém toma a iniciativa de um projeto de lei, levando 
o tem à discussão. 
Existem casos na Constituição onde teremos iniciativa exclusiva para 
certos temas (ex. só o Presidente pode iniciar as matérias do art. 61 
§1º, só o STF pode iniciar a discussão sobre o estatuto da 
Magistratura previsto na CF, art. 93) e outros casos onde a iniciativa 
será concorrente, podendo ser tomada por diversas autoridades 
distintas. 
A iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendo 
exceção a isto quando ela for tomada pro Senadores ou Comissão do 
Senado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no Senado 
Federal. 
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2ª - Fase Constitutiva: 
Após ser tomada a iniciativa, deverá se deliberar a respeito do 
projeto e proceder a votação para fins de aprovação/rejeição do 
mesmo. A fase constitutiva se divide em duas etapas: 
Deliberação parlamentar – Consiste na discussão do projeto e sua 
aprovação/rejeição. 
Deliberação executiva – Consiste da sanção ou veto do chefe do 
Poder Executivo ao projeto que tenha sido aprovado na deliberação 
parlamentar 
Sanção é o ato do chefe do Executivo através do qual ele 
“concorda” com a deliberação parlamentar e assim faz nascer 
a lei1. Caso não concorde com o projeto ele deverá vetá-lo (total ou 
parcialmente). 
A sanção é o procedimento que faz a lei se tornar um ato perfeito e 
acabado, terminando a sua fase de “construção”. Assim, a sanção 
transforma o “projeto” em “lei”. 
3ª - Fase Complementar: 
Caso o projeto tenha sido sancionado pelo chefe do Executivo, ele 
chega na sua fase complementar, que consiste na promulgação da lei 
e na sua publicação. Para José Afonso da Silva, a fase complementar 
estaria fora do processo legislativo, pois a lei já foi criada com a 
sanção, sendo esta fase complementar uma condição de validade 
para lei. 
Promulgar é “declarar a existência da lei”. Com a sanção na fase 
constitutiva termina-se a “construção” da lei, desta forma, a 
promulgação incide sobre um ato perfeito e acabado apenas 
atestando que a lei existe e cumpriu o todo o seu rito constitutivo. 
Publicar a lei é comunicar aos destinatários que a ordem jurídica 
foi inovada. 
Ainda que com a publicaçãoda lei, em regra, ela não começa a viger 
instantaneamente, ela deverá respeitar um período para que as 
pessoas tomem conhecimento da inovação, na ausência de disposição 
expressa, este período de “latência”, chamado de “vacatio legis” é 
1 Esta é a posição de José Afonso da Silva que diz que a sanção terminaria o 
processo legislativo propriamente dito, posição que é seguida por Alexandre de 
Moraes, que ainda endossa como defendida por Michel Temer, Manoel Gonçalves 
Ferreira Filho e Pontes de Miranda, entre outros. Há, no entanto, posições 
contrárias a esta, que diz ser a promulgação o procedimento que transforma o 
projeto em lei. Seguiremos a primeira posição. 
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de 45 dias, no entanto, a LC 95/98 permite que para leis de 
menores repercussões possa ser adotada a cláusula de “entrada em 
vigor na data de sua publicação”. 
6. (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o ato 
perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é 
inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá 
conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve 
cumprir. 
Comentários: 
O CESPE seguiu a linha doutrinária segundo a qual a “sanção” torna o 
ato perfeito e acabado, inovando a ordem jurídica. A promulgação 
apenas “declara que a ordem jurídica foi inovada”, ou seja, a 
promulgação declara que um projeto de lei foi sancionado. Assim, a 
promulgação já incide sobre um ato perfeito e acabado, sendo errado 
dizer que ela “torna” o ato perfeito e acabado. O resto do enunciado 
está correto, realmente a publicação é o modo pelo qual se dá 
conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve 
cumprir. 
Gabarito: Errado. 
Emendas Constitucionais: 
Vamos falar agora sobre o processo legislativo para a reforma da 
Constituição. 
Iniciativa (fase introdutória): 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das 
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, 
pela maioria relativa de seus membros. 
A iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional é 
concorrente, ou seja, a Constituição não fez reservas de matérias que 
só poderiam ter iniciativa da emenda tomada por um ou outro 
legitimado (diferente do que veremos no art. 61 §1º). Assim, 
independente do tema tratado, qualquer dos legitimados acima 
poderá iniciar a “proposta de emenda constitucional (PEC)”. 
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7. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A CF pode ser emendada 
por proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades da 
Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de 
seus membros. 
Comentários: 
Precisa-se da reunião de mais da metade das assembléias 
legislativas, uma só não basta (CF, art. 60, III). 
Gabarito: Errado. 
8. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CF 
admite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. 
Comentários: 
Isso não é possível. A iniciativa popular é capaz de propor apenas 
projetos de leis ordinárias e complementares. 
A iniciativa para emendas é somente aquela que vimos no art. 60. 
Gabarito: Errado. 
9. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante da 
pressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática do 
recesso e da convocação extraordinária no âmbito do Congresso 
Nacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendida 
seja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emenda 
constitucional deverá ser apresentada por, no mínimo, um terço dos 
membros da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Exatamente. É uma das formas de iniciativa para a Emenda 
Constitucional, prevista pelo art. 60 da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Limitação circunstancial 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de 
sítio. 
Veja que, nos termos da Constituição, não há impedimentos para que 
haja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não pode 
ocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. É 
diferente do que está no §4º onde, “em tese”, sequer poderá haver a 
deliberação sobre o assunto. 
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10. (ESAF/MRE/2004) O texto constitucional brasileiro não 
poderá ser emendado durante a vigência de intervenção federal, 
salvo se a emenda à Constituição tiver sido proposta antes da 
decretação da intervenção. 
Comentários: 
Durante a intervenção, não poderá ocorrer a emenda ao texto em 
nenhum caso (CF, art. 60 §1º). É uma "limitação circunstancial" ao 
poder de reforma. A vigência da intervenção impede que haja 
promulgação de emendas, independente da data da propositura. 
Gabarito: Errado. 
Limitação Procedimental (fase constitutiva e fase 
complementar) 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com 
o respectivo número de ordem. 
Primeiramente, perceba que emenda constitucional não passa por 
sanção/veto do Presidente da República, vamos mais além: veja que 
o Poder Executivo não tem qualquer participação nas fases 
constitutiva e complementar das emendas. 
Diferentemente do que ocorre no procedimento de elaboração das 
leis, onde o Executivo é responsável por sancionar, promulgar e 
publicar a norma, no procedimento de reforma constitucional, a única 
participação do Executivo é na faculdade que tem o Presidente da 
República para iniciar a proposta. 
Observação – Quem promulga a emenda são as Mesas de ambas as 
Casas Legislativas e não a Mesa do Congresso. 
11. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A emenda à Constituição 
será promulgada pelo Presidente da República. 
Comentários: 
Após a iniciativa da proposta de emenda, não existe fase de emenda 
constitucional que passe pelo Poder Executivo, ela nasce no 
Legislativo e por ali é promulgada. A Constituição, então, dispõe em 
seu art. 60 § 3º que a emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas de ambas as Casas, com o respectivo número de ordem. 
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Gabarito: Errado. 
12. (CESPE/TJAA-STM/2011) Proposta de emenda constitucional 
deve ser discutida e votada nas duas Casas do Congresso Nacional, 
em turno único, considerando-se aprovada se obtiver três quintos dos 
votos dos seus respectivos membros. Na fase constitutiva do seu 
processo legislativo, conta-se com a participação do presidente da 
República, e a promulgação deve realizar-se, conjuntamente, pelas 
Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
A questão se equivoca ao dizer que será em turno único, quando na 
verdade será em dois turnos de votação em ambas as Casas. Outro 
erro é que o Presidente não participa da sua fase constitutiva (fase de 
deliberação/aprovação/sanção/veto - lembrando que não há 
sanção/veto para emendas), participa apenas da fase introdutória 
(iniciativa). 
Lembrando que na fase complementar (promulgação e publicação) 
também é ausente a participação do Presidente da República. 
Gabarito: Errado. 
13. (CESPE/Auditor-TCU/2009)Uma vez preenchido o requisito 
da iniciativa e instaurado o processo legislativo, a proposta de 
emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
Isso aí. Essa é a perfeita disposição do mandamento constitucional 
estabelecido no art. 60 §2º. 
Gabarito: Correto. 
14. (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial na 
emenda à Constituição. 
Comentários: 
A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às 
propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no 
Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das 
Casas Legislativas. 
Gabarito: Correto. 
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15. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A proposta de emenda 
constitucional deve ser discutida e votada em cada casa do 
Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada, se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
A casa na qual tenha sido concluída a votação deve enviar o projeto 
de emenda ao presidente da República, para que este, aquiescendo, 
o sancione. 
Comentários: 
Emenda constitucional não se sujeita à sanção nem ao veto do 
Presidente. 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) Prescinde de sanção do 
presidente da República emenda constitucional que tenha sido 
regularmente aprovada no Congresso Nacional. 
Comentários: 
Prescindir é o mesmo que dispensar, não haver necessidade. Emenda 
constitucional dispensa ou não dispensa sanção do Presidente? Sim, 
dispensa, ou seja, prescinde de sanção. 
Gabarito: Correto. 
Limitação Material – Cláusulas Pétreas 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Perceba que, em princípio, a Consituição protegeu as cláusulas 
pétreas de tal forma que não se poderá sequer haver deliberação 
sobre a matéria. Obviamente isso é “em tese”, já que muitas vezes a 
ofensa está implícita e somente durante as discussões é que tais 
ofensas são percebidas e impugnadas. 
Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de 
reforma, que o art. 60, §4º da Lei Fundamental enumera, não 
significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na 
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial 
dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege2. 
2 ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3‐5‐07, DJ de 22‐6‐07.
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Isso quer dizer que é possível haver modificação (literal) nas 
matérias protegidas como cláusulas pétreas, elas não são imutáveis, 
o que não pode é reduzir o alcance destas matérias, ferindo o núcleo 
essencial. Poderá ainda haver alterações no caso de fortalecimento do 
alcance delas. Embora este seja o entendimento majoritário, algumas 
bancas já consideraram estas cláusulas como insuscetíveis de 
alteração. 
Considerações: 
• A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um 
princípio sensível (CF, art. 34, VII). 
• Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser 
direto, secreto, universal e periódico. 
• Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os 
direitos e garantias individuais, mas estes não se resumem 
ao art. 5º da CF, estando espalhados ao longo dela. 
• Os quatro incisos vistos acima são as cláusulas pétreas 
expressas ou explícitas da CF, temos também outras que são 
consideradas implícitas, a saber: 
ƒ o povo como titular do poder constituinte; 
ƒ o poder igualitário do voto. 
ƒ o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de 
reforma); 
Essa vedação à alteração do art. 60 é o que chamamos de proibição à 
"dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador primeiramente 
modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como 
pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. 
Alguns entendem que essa vedação de modificação do art. 60 seria 
absoluta, não podendo o legislador alterar este rito, nem facilitando, 
nem dificultando o processo, assim, não poderia, por exemplo, ser 
aumentado o rol de cláusulas pétreas ou tornar mais rígido os 
critérios de aprovação das emendas. Este tema não é pacífico. 
17. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação a 
proposta de emenda à Constituição Federal referente 
a) à forma federativa de Estado. 
b) à instalação da justiça itinerante. 
c) ao voto direto, secreto, universal e periódico. 
d) à separação dos Poderes. 
e) aos direitos e garantias individuais. 
Comentários: 
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Questão simples, trata-se das cláusulas pétreas ou "limitação 
material" ao poder de reforma da Constituição. Segundo a 
Constituição, em seu art. 60, §4º, a única assertiva que não traz uma 
cláusula pétrea é a letra B. 
Gabarito: Letra B. 
18. (FCC/Defensor-DP-SP/2009 - Adaptada) É possível que 
uma reforma constitucional crie novas cláusulas pétreas segundo 
entendimento pacífico da doutrina constitucional. 
Comentários: 
O erro básico é dizer "entendimento pacífico", isso não é pacífico, há 
divergências sobre o tema. Adotamos porém a posição de que assim 
como não se pode enfraquecer o art. 60, também não se pode 
dificultar os procedimentos ali estabelecidos, já que o Constituinte 
estabeleceu de forma taxativa o procedimento para se reformar a 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
19. (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da forma 
federativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, por 
meio de emenda constitucional. 
Comentários: 
A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea logo não pode 
ser alterada, nem mesmo por emenda constitucional. 
Gabarito: Errado. 
20. (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF considera 
que os limites materiais ao poder constituinte de reforma não 
significam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pela 
Constituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dos 
princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas. 
Comentários: 
Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de 
reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não 
significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na 
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial 
dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. 
Gabarito: Correto. 
21. (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Não constitui cláusula pétrea: 
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a) a forma federativa do Estado. 
b) a separação de poderes. 
c) os direitos e garantias individuais. 
d) o voto secreto. 
e) o sistema político. 
Comentários: 
Analisando a questão, vemos que, dentre as assertivas, somente o 
sistema político não foi protegido. Todas as demais constituem 
cláusulas pétreas expressas no art. 60, § 4.º, da Constituição. Cabe 
ainda ressaltar que, sobre o voto, não se pode modificar suas 
qualidades de “direto, secreto, universal e periódico”, mas nada 
impede a modificação da sua qualidade de “obrigatório”, pois esta 
não foi protegida. 
Gabarito: Letra E. 
Limitação Temporal 
A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido 
certo lapso temporal a Constituição poderá serreformada. A CF/88 
não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação 
pode ser encontrada em Constituições de outros países. 
Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada 
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa. 
Atenção: as bancas examinadoras frequentemente tentam 
confundir os candidatos trocando "sessão legislativa" pelo 
termo "legislatura", tornando a questão incorreta. Embora seja uma 
"pegadinha clássica", ainda confunde muitos candidatos no momento 
da prova. 
Essa limitação formal conhecida como "princípio da irrepetibilidade", 
ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), 
propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A 
diferença entre eles é que, em se tratando de emendas 
constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: 
• Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
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• Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a 
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que 
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-
so de prazo. 
• Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria 
constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir 
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante 
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das 
Casas do Congresso Nacional 
Assim, somente para as "leis" (ordinárias e complementares) é que 
temos a relatividade de poder apresentar novamente o projeto, desde 
que mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da Casa 
Legislativa. 
22. (FCC/Analista - TCE - AM/2008 -Adaptada) A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada somente poderá ser 
objeto de nova proposta na legislatura subseqüente à da rejeição. 
Comentários: 
O correto seria "sessão legisaltiva" e não legislatura. 
Gabarito: Errado. 
23. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Uma 
proposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ou 
prejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessão 
legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros 
de cada casa do Congresso Nacional. 
Comentários: 
só para as leis é que a CF abre a possibilidade do projeto ser 
reapresentado na mesma sessão legislativa mediante a propositura 
da maioria absoluta dos membros. 
Gabarito: Errado. 
24. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A matéria 
constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada não 
poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
mesmo que a nova proposta seja apoiada por três quintos dos 
Parlamentares da sua Casa de origem. 
Comentários: 
Este é o principio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas 
Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde 
um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na 
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mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros 
da Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não 
poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). 
Gabarito: Correto. 
25. (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta de 
emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova 
proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três 
quintos dos membros de qualquer das Casas. 
Comentários: 
A questão comete 2 erros. Trata-se do princípio da irrepetibilidade, 
que é absoluto em se tratando de Emendas Constitucionais. Ou seja, 
ainda que haja manifestação do Congresso, proposta de emenda à 
Constituição rejeitada não poderá ser objeto de uma nova proposta, 
na mesma sessão legislativa. Perceba que ainda foi trocado o 
termo sessão legislativa por legislatura (CF, art. 60 §5º). 
Gabarito: Errado. 
Emendas de Revisão: 
CF, ADCT, art. 3º → A revisão constitucional será realizada 
após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo 
voto da maioria absoluta dos membros do Congresso 
Nacional em sessão unicameral. 
Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe-
se que foi um procedimento mais simples (bastava maioria absoluta 
em sessão unicameral, enquanto as outras será 3/5, em 2 turnos, 
nas duas Casas), porém, após o uso deste poder de revisão, ele se 
extinguiu não podendo mais ser utilizado e nem se pode por EC criar 
outro similar. 
26. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista por 
uma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poder 
constituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menor 
rigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmente 
definidas no texto constitucional. 
Comentários: 
A revisão também deve observar limitações constitucionais embora 
realmente possua um menor rigor formal. 
Gabarito: Errado. 
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Quadro-resumo da reforma constitucional: 
Iniciativa da Emenda 
Constitucional de Reforma 
(CF, art. 60) 
1. De pelo menos 1/3 dos 
Deputados ou Senadores; 
2. Do Presidente da 
República; 
3. De mais da metade das 
Assembléias Legislativas das 
unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
Limitação circunstancial 
(CF, art. 60 §1º) 
A Constituição não poderá ser 
emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado 
de defesa ou de estado de sítio. 
Limitação Procedimental 
(CF, art. 60 §2º) 
A proposta será discutida e votada 
em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, 3/5 do votos
dos respectivos membros. 
Promulgação 
(CF, art. 60 §3º) 
A emenda à Constituição será 
promulgada pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo 
número de ordem. 
Limitação Material Expressa 
(Cláusulas Pétreas Expressas) 
(CF, art. 60 §4º) 
1. a forma federativa de 
Estado; 
2. o voto direto, secreto, 
universal e periódico; 
3. a separação dos Poderes; 
4. os direitos e garantias 
individuais. 
Limitação Material Implícita 
(Cláusulas Pétreas Implícitas) 
(Reconhecidas pela doutrina e 
jurisprudência) 
1. o povo como titular do 
poder constituinte; 
2. o poder igualitário do 
voto. 
3. o próprio art. 60 (que 
estabelece os procedimentos 
de reforma); 
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Princípio da irrepetibilidade 
(Limitação Formal) 
(CF, art. 60 §5º) 
A matéria constante de proposta 
de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
Limitação Temporal A limitação temporal ocorre 
quando somente depois de 
decorrido certo lapso temporal a 
Constituição poderá ser reformada. 
A CF/88 não estabeleceu nenhuma 
limitação temporal, mas, tal 
limitação pode ser encontrada em 
Constituições de outros países. 
Questões "gerais" sobre emendas constitucionais: 
27. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à Emenda 
Constitucional, é correto afirmar: 
a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá ser 
emendada na vigência de intervenção federal. 
b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendentea 
abolir a forma federativa de Estado. 
c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um 
quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal. 
d) A matéria constante de proposta de emenda havida por 
prejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
Letra A – Errado. Trata-se de uma limitação circunstancial que não 
admite exceções (CF, art. 60 §1º). 
Letra B – Errado. Trata-se de uma cláusula pétrea expressa na 
Constituição Federal, constituindo-se uma limitação material (CF, art. 
60 §4º). 
Letra C – Errado. O mínimo exigido para a proposta é 1/3 dos 
Deputados ou Senadores, e não 1/4 (CF, art. 60). 
Letra D – Errado. Trata-se de uma limitação formal, chamada de 
“princípio da irrepetibilidade” (CF, art. 60 §5º). 
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Letra E – Correto. Este é o rito exigido para a aprovação das 
propostas de emendas constitucionais (CF, art. 60 §2º). 
Gabarito: Letra E. 
28. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Diante das limitações materiais que 
a Constituição de 1988 impõe ao Poder Constituinte derivado de 
revisão, NÃO seria admissível proposta de emenda que: 
a) suprimisse a competência do Conselho Nacional de Justiça de 
controlar a atuação financeira do Poder Judiciário. 
b) reinstituísse o sistema eleitoral da Constituição do Império (1824), 
em que delegados de eleitores de primeiro grau elegiam os 
representantes políticos em nível nacional e regional. 
c) atribuísse aos Estados a competência para legislar sobre registros 
públicos. 
d) atribuísse às regiões metropolitanas capacidade legislativa em 
assuntos de interesse metropolitano, observadas as normas gerais 
estabelecidas pelo Estado respectivo. 
e) alargasse o cabimento de habeas data, de modo a viabilizar a 
obtenção de informações relativas aos familiares do impetrante. 
Comentários: 
A questão fala da revisão constitucional, disposto nos ADCT, art. 3º: 
A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data 
de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros 
do Congresso Nacional em sessão unicameral. 
O motivo da revisão era o temor de que a nova ordem constitucional 
causasse alguma instabilidade no Estado, assim, após 5 anos, 
poderiam fazer um procedimento simplificado de revisão da 
Constituição e acabar com a instabilidade que porventura viesse a 
acontecer. O temor não se concretizou e foram aprovadas apenas 6 
emendas, sem grandes mudanças estruturais. 
Segundo a doutrina - o poder de revisão é único, após ter sido usado 
ele se exauriu não podendo ser criado novamente. 
Segundo o STF - não pode o estado-membro criar revisão 
constitucional. 
Ainda segundo o Supremo, as emendas de revisão deviam observar 
as mesmas limitações materiais impostas para a reforma da 
Constituição. Desta forma: 
Letra A - Errado. Não se trata de uma limitação material (cláusula 
pétrea), logo, poderia modificar. 
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Letra B - Correto. O voto deve ser direto e universal (além de secreto 
e periódico). Assim, não poderia a revisão estabelecer tal 
procedimento. 
Letra C - Errado. Isso não iria ferir cláusula pétrea alguma. 
Letra D - Errado. Isso também não iria ferir cláusula pétrea alguma. 
Letra E - Errado. Na jurisprudência do STF, a limitação material deve 
ser entendida como uma impossibilidade de abolição ou redução da 
eficácia dos institutos elencados. Uma emenda que viesse a fortalecê-
los não estaria incorrendo em vício algum. 
Gabarito: Letra B 
29. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização e 
dos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de Reforma 
Constitucional: 
a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do Poder 
Constituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado como 
derivado, limitado e condicionado. 
b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, 
salvo em caso de guerra declarada. 
c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder de 
Reforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão, 
promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto da 
maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão 
unicameral. 
d) A matéria constante de proposta de emenda constitucional 
rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioria 
absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional. 
e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos na 
Constituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto, 
secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, a 
separação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais. 
Comentários: 
Letra A - Errado. O correto seria poder constituinte derivado 
reformador. O poder decorrente é o poder de elaborar as 
constituições estaduais. 
Letra B - Errado. No caso de guerra também não poderá. É uma 
limitação circunstancial. 
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Letra C - Perfeito. Aplicou-se um procedimento mais simples. Em vez 
de precisar de 3/5 dos votos, em 2 turnos, bastava o voto da maioria 
absoluta, em sessão unicameral. 
Letra D - Errado. Trata-se do "princípio da irrepetibilidade", que 
ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), 
propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A 
diferença entre eles é que, em se tratando de emendas 
constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: 
• Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
• Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a 
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que 
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-
so de prazo. 
• Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria 
constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir 
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante 
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das 
Casas do Congresso Nacional 
Letra E - Errado. "O respeito às Forças Armadas" ??? - Viajou, não é 
mesmo?! 
Gabarito: Letra C. 
Leis Complementares e Ordinárias:
As leis complementares e as leis ordinárias possuem um processo 
legislativo similar. Diferenciam-se apenas em 2 pontos: 
1- Na “matéria tratada”: A Constituição expressamente já elencou 
no seu texto todos os casos onde há exigência da lei complementar, 
dizendo frases como “lei complementar disporá sobre...”. Geralmente 
são temas de alta relevância como normas gerais e estatutos 
organizacionais (Magistratura, Ministério Público, Vice-Presidente, 
Organização e funcionamento da AGU...). 
2- No “quórum de aprovação”: É necessária a maioria absoluta 
para aprovar a lei complementar e basta maioria simples para a 
ordinária. 
Embora a lei ordinária não possa (e qualquer outra lei, obviamente, 
também não possa) tratar daquele assunto para o qual a Constituição 
ordenou expressamente a necessidade da lei complementar, há a 
possibilidade do caminho inverso: lei complementar tratar da matéria 
comum (ordinária, residual...). Isso é possível devido àquelamáxima 
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do “quem pode mais, pode o menos”. Assim, quando a lei 
complementar tratar da matéria comum, ela será considerada como 
uma “lei ordinária votada por maioria absoluta”, em melhores termos, 
será: uma lei formalmente complementar, mas materialmente
ordinária. Desta forma, tal lei poderá livremente ser alterada 
futuramente por uma lei ordinária, ainda que votada por maioria 
simples, pois a Constituição não fez reserva daquela matéria à lei 
complementar, deixando livre o caminho para ser tratado 
ordinariamente. 
30. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A aprovação de projetos de 
lei ordinária condiciona-se à maioria simples dos membros de cada 
Casa do Congresso Nacional, ou seja, somente haverá aprovação pela 
maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
Comentários: 
Sabemos que sempre que não houver disposição constitucional em 
contrário, as deliberações do Congresso são feitas por maioria 
simples, ou seja, mais da metade dos presentes na sessão, devendo 
estar presente no mínimo a maioria absoluta (mais da metade do 
efetivo da Casa). 
Assim, diferentemente das leis complementares que devem ser 
aprovadas necessariamente por maioria absoluta, para aprovar leis 
ordinárias basta a maioria simples dos votos. 
Gabarito: Correto. 
31. (ESAF/AFT/2004) Segundo a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal (STF), a distinção entre a lei complementar e a lei 
ordinária não se situa no plano da hierarquia, mas no da reserva de 
matéria. 
Comentários: 
Todas as normas constantes do art. 59 da CF, com exceção das 
emendas constitucionais, possuem a mesma hierarquia, todas elas se 
situam logo abaixo da constituição, sendo por isso denominadas 
“infraconstitucionais”. Já as Emendas Constitucionais se situam em 
patamar idêntico às normas originárias da Constituição Federal, tendo 
poder para alterar, reduzir ou modificar o texto original. 
As diferenças entre a lei complementar e a ordinária, então, são 
basicamente duas: 
1- Enquanto a lei complementar é aprovada por maioria absoluta a lei 
ordinária é aprovada por maioria simples. 
2- O conteúdo da lei complementar já é imposto pelo próprio texto 
constitucional como reservado somente a esta lei. Já em se tratando 
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da lei ordinária, dizemos que é de matéria residual, ou seja, é a lei 
genérica, qualquer matéria que não seja reservada a outro tipo de lei 
poderá ser disposto por lei ordinária. 
Gabarito: Correto. 
32. (ESAF/AFC – CGU/2004) Segundo a jurisprudência do STF, 
se uma lei complementar disciplinar uma matéria não reservada a 
esse tipo de instrumento normativo, pelo princípio da hierarquia das 
leis, não poderá uma lei ordinária disciplinar tal matéria. 
Comentários: 
Segundo o STF, uma lei ordinária não pode versar sobre matéria 
reservada a lei complementar, porém, nada impede que uma lei 
complementar verse sobre uma matéria residual, ou seja, que a 
Constituição exige apenas uma lei genérica, é como se usasse o 
critério “quem pode mais pode menos”. Se acontecer este último 
caso, ou seja, de uma lei complementar versar sobre matéria não 
complementar, ela será chamada de lei "apenas formalmente 
complementar" já que seu conteúdo é ordinário, esta lei, então, 
poderá ser alterada ou revogada por uma futura lei ordinária, pois 
apenas a Constituição é que pode definir o que precisa de lei 
complementar e o que não precisa. 
Gabarito: Errado. 
33. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) É possível a revogação, por lei 
ordinária, de norma formalmente inserida em lei complementar, mas 
que não esteja materialmente reservada a essa espécie normativa 
pela Constituição. 
Comentários: 
O que importa é o conteúdo da norma, sua matéria. Embora uma lei 
ordinária não possa regulamentar matéria reservada à lei 
complementar, uma lei complementar pode regular matéria que 
poderia ser regulada por uma simples lei ordinária, e neste caso, esta 
lei complementar existirá como "apenas formalmente complementar" 
e poderá ser revogada por uma lei ordinária. 
Gabarito: Correto. 
Iniciativa: 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias 
cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, 
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, 
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aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República 
e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta 
Constituição. 
Organizando: 
A propositura de leis complementares e ordinárias caberá: 
ƒ a qualquer parlamentar ou comissão de parlamentares; 
ƒ ao Presidente da República; 
ƒ ao STF; 
ƒ aos Tribunais Superiores; 
ƒ ao PGR; 
ƒ aos Cidadãos (através da iniciativa popular apresentada à 
Câmara, que será vista no §2º). 
Lembrando que a iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos 
Deputados, sendo exceção a isto quando ela for tomada pro 
Senadores ou Comissão do Senado, quando irá se instaurar a 
discussão diretamente no Senado Federal. 
34. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) A discussão e 
votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, 
do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início 
na Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
A regra é que todos os projetos devem ter a votação iniciada na 
Câmara dos Deputados. Isso só não ocorre quando o projeto for 
apresentado por Senador ou Comissão de Senadores, neste caso, o 
início da votação se dá no Senado. 
Gabarito: Correto. 
35. (CESPE/AJAJ - STM/2011) A iniciativa para elaboração de 
leis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada 
iniciativa concorrente. 
Comentários: 
Em regra, a elaboração das leis ordinárias e complementares é tida 
como de iniciativa concorrente, ou seja, caberá àqueles legitimados 
do art. 61 tomar a iniciativa da elaboração. Lembramos, no entanto, 
que estamos falando da regra geral, já que existem exceções onde 
teremos a iniciativa de forma privativa como àquelas atribuídas ao 
Presidente da República (CF, art. 61, §1º), STF (CF, art. 93), entre 
outros casos. 
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Gabarito: Correto. 
Iniciativa privativa do Presidente da República: 
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República 
as leis que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II - disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta e autárquica ou aumento de sua 
remuneração; 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária 
e orçamentária, serviços públicos e pessoal da 
administração dos Territórios; 
Esta alínea é motivo de confusão para muitos candidatos e por isso, 
muito explorada pelas bancas. Veja que o Presidente da República 
não detém iniciativa privativa para apresentar projetos referentes a 
matéria tributária, pois não esta não está arrolada em nenhuma parte 
da relação do art. 61 §1º da Constituição. Nesta alínea, porém, 
temos uma única exceção que é em se tratando de "territórios 
federais" onde a iniciativa para matéria tributária será privativa do 
Presidente da República. Assim, temos: 
Regra - Matéria tributária não é de iniciativa privativa do Presidente; 
Exceção - Matéria tributária será de iniciativa privativa do Presidente 
quando se tratar de Territórios Federais. 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime 
jurídico, provimento de cargos, estabilidadee 
aposentadoria; 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública 
da União, bem como normas gerais para a organização do 
Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Territórios; 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, 
provimento de cargos, promoções, estabilidade, 
remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
Perceba que, em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a 
competência privativa do presidente da República (CF, art. 61 §1º). 
Desta forma, só o Presidente é que poderá tomar a iniciativa de tais 
leis, sejam elas complementares ou ordinárias. 
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A iniciativa do Presidente deve ser tomada de acordo com a sua 
conveniência e oportunidade, não poderá ser compelido por outros 
poderes a tomar a iniciativa da lei. 
36. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) As Leis complementares e 
ordinárias que versem sobre servidores públicos da União, seu regime 
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria são de 
iniciativa privativa: 
a) do Congresso Nacional. 
b) da Comissão da Câmara dos Deputados. 
c) do Senado Federal. 
d) do Presidente da República. 
e) do Procurador-Geral da República. 
Comentários: 
Em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competência 
privativa do presidente da República (CF, art. 61 §1º). Desta forma, 
só o Presidente é que poderá tomar a iniciativa de tais leis, sejam 
elas complementares ou ordinárias. 
Gabarito: Letra D. 
37. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) NÃO viola a Constituição 
Federal a propositura, por deputado federal, de projeto de lei que 
verse sobre: 
a) direitos e obrigações de servidores públicos. 
b) redução da jornada de trabalho semanal de servidores públicos. 
c) hipóteses de isenção de pagamento de contribuição previdenciária 
devida por servidores públicos. 
d) provimento de cargos públicos. 
e) criação de cargos públicos. 
Comentários: 
A questão pode ser "traduzida" da seguinte forma: qual das hipóteses 
abaixo não se trata de lei cuja iniciativa é reservada ao Presidente da 
República? 
Em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competência 
privativa do presidente da República. Vejamos: 
Letra A, B, D e E- Hipótese do art. 61 §1º, II, c. 
A letra C, embora trate de servidor público, na verdade está falando 
de matéria tributária. O que está se querendo instituir é uma "isenção 
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tributária" da contribuição previdenciária. Sabemos que matéria 
tributária só é privativa do Presidente quando estamos falando de 
"territórios federais". Logo, é a única alternativa que traz uma 
matéria de iniciativa concorrente. 
Gabarito: Letra C. 
38. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre outras, são de 
iniciativa privativa do Congresso Nacional, as leis que disponham 
sobre criação de cargos na administração direta, indireta e 
autárquica. 
Comentários: 
A criação de cargos na administração direta, indireta e autárquica 
também é matéria que está arrolada no art. 61 §1º, II, "a" da 
Constituição como sendo de iniciativa privativa do Presidente da 
República. 
Gabarito: Errado. 
39. (CETRO/Advogado - Pref. Rio Claro/2006) São de iniciativa 
privativa do Presidente da República as leis que: 
(A) disponham sobre normas gerais para a organização da Defensoria 
Pública dos Estados. 
(B) venham a sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou 
dos limites de delegação legislativa. 
(C) tenham por objeto apreciar os atos de concessão e renovação de 
concessão de emissoras de rádio e 
televisão. 
(D) autorizem a realização de referendo e a convocação de plebiscito. 
(E) autorizem, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento 
de recursos hídricos e a pesquisa e 
lavra de riquezas minerais. 
Comentários: 
A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o art. 61 §1º 
da Constituição 
Letra A - Correto. Art. 61 §1º, III, d. 
Letra B, C, D e E - Errado. Tratam-se de atribuições do Congresso 
Nacional, feitas por decreto legislativo, nos termos da Constituição, 
em seu art. 49, respectivamente nos incisos V, XII, XV e XVI. 
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Desta forma, a questão poderia ter sido resolvida inclusive por 
eliminação. 
Gabarito: Letra A. 
Aumento de despesa nos projetos de iniciativa exclusiva do 
Presidente: 
Segundo o art. 63, não será admitido aumento da despesa prevista 
nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, 
ressalvado os projetos orçamentários. Bem como não pode haver 
aumento de despesa nos projetos que tratam da organização dos 
serviços administrativos dos demais Poderes e do Ministério Público 
(pois são matérias de iniciativa exclusiva destes). Veja: 
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: 
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente 
da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 
4º; 
II - nos projetos sobre organização dos serviços 
administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. 
No entanto, segundo o STF3, não havendo aumento de despesa, o 
Poder Legislativo poderá emendar o projeto de iniciativa privativa do 
Presidente, mas esse poder não é ilimitado, já que não se estende a 
emendas que não guardem estreita pertinência com o objeto do 
projeto encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digam 
respeito à matéria que também é da iniciativa privativa daquela 
autoridade. 
40. (ESAF/AFRF/2003) Projetos de lei da iniciativa do Presidente 
da República não podem ser objeto de emenda parlamentar. 
Comentários: 
Podem ser objetos de emendas, livremente, desde que a iniciativa 
não seja exclusiva ou, se for excluisva, essas emendas não 
aumentem a despesa inicialmente prevista, a não ser que seja a Lei 
orçamentária ou a LDO, conforme o art. 63 da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
3 ADI 546.
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Iniciativa privativa e a simetria federativa: 
É importante ressaltar uma limitação que ocorre para as 
Constituições Estaduais. No entendimento do STF afronta o princípio 
fundamental da separação a independência dos Poderes o trato em 
constituições estaduais de matéria, sem caráter essencialmente 
constitucional – assim, por exemplo, a relativa à fixação de 
vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidores 
públicos –, que caracterize fraude à iniciativa reservada ao Poder 
Executivo de leis ordinárias.4 
Explicando: Sabemos que uma das limitações às Constituições 
Estaduais é a observância dos princípios federais extensíveis por 
ocasião de sua elaboração. Ou seja, existem regras básicas dispostas 
em âmbito federal que devem ser obrigatoriamente observadas no 
âmbito estadual. As regras do processo legislativo são um desses 
princípios federais extensíveis. 
Desta forma, no art. 61 §1º da Constituição temos algumas matérias 
cujas leis regulamentares devem ser obrigatoriamente propostas pelo 
Presidente da República, não pode outra pessoa que não o 
Presidente, tomar a iniciativa de tais leis. 
Quando levamos essas matérias para o âmbito estadual, a iniciativa 
delas passa a ser privativa do Governador do Estado, já que temos 
que aplicar a "simetria federativa". Se a Constituição Estadualregulamentar essa matéria diretamente na Constituição, em vez de 
deixá-la para ser regulamentada por lei de iniciativa do Governador, 
teremos uma inconstitucionalidade, pois o Legislativo (elaborador da 
Constituição Estadual) estaria usurpando a competência do 
Governador e, assim, ferindo um princípio extensível. 
41. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Como 
decorrência do princípio da simetria e do princípio da separação dos 
poderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente da 
República, previstas na Constituição Federal, não podem ser 
estendidas aos governadores. 
Comentários: 
Justamente o contrário. Devido à simetria, elas devem ser 
estendidas. Assim, o Supremo já declarou diversas 
inconstitucionalidades decorrentes da violação a essa iniciativa 
reservada ao chefe do Executivo em constituições estaduais. 
Gabarito: Errado. 
4 ADI 104, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 4‐6‐07, Plenário, DJ de 24‐8‐07.
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42. (ESAF/PFN/2006) Consolidou-se o entendimento de que 
matéria que, no âmbito federal, está sujeita à legislação ordinária sob 
reserva de iniciativa do Presidente da República não pode ser 
regulada em Constituição Estadual. 
Comentários: 
Trata-se de entendimento do STF, no qual afrontaria o princípio 
fundamental da separação a independência dos Poderes, a 
regulamentação no corpo das Constituições Estaduais de matéria sem 
caráter essencialmente constitucional. Assim, por exemplo, a fixação 
de vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidores 
públicos, caracterizaria uma usurpação pelo Legislativo da iniciativa 
reservada ao Poder Executivo de leis ordinárias a respeito. 
Gabarito: Correto. 
Vício de iniciativa e posterior sanção: 
No entendimento do STF, se alguém que não for o Presidente da 
República violar o art. 61 §1º, propondo um projeto de lei cujo tema 
só poderia ser discutido através da iniciativa do chefe do Executivo. 
Ainda que este sancione o projeto de lei, ele continua inconstitucional 
por “vício de iniciativa”. Assim, a posterior sanção presidencial não 
convalida a violação ocorrida por ocasião da apresentação do projeto. 
43. (CESPE/TJ–TO/2007) A sanção presidencial ao projeto de lei 
de iniciativa parlamentar sobre matéria que demanda iniciativa 
privativa do presidente da República supre a inconstitucionalidade 
formal inicial desse projeto. 
Comentários: 
Segundo o STF a sanção presidencial não supre o vício de iniciativa. 
Gabarito: Errado. 
Iniciativa popular no âmbito federal: 
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não 
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um 
deles. 
Lembrando que a iniciativa popular só é possível para projetos de leis 
ordinárias ou complementares, não sendo possível usá-la para propor 
emendas constitucionais. 
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Esquematizando a iniciativa popular: 
♦ FEDERAL Æ será proposta na Câmara dos Deputados e 
subscrito por, no mínimo: 
ƒ 1% do eleitorado nacional; 
ƒ De pelo menos 5 estados; e 
ƒ Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; 
♦ ESTADUAL Æ deverá ser regulada por uma Lei Ordinária; 
(art. 27 §4º) 
♦ MUNICIPAL Æ será subscrita por no mínimo 5% do 
eleitorado. (art. 29 XIII) 
44. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa popular deve ser 
exercida pela apresentação ao Presidente da República de projeto de 
lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, 
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três 
décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
Comentários: 
A iniciativa deve ser apresentada à Câmara dos Deputados e não ao 
Presidente da República (CF, art. 61 §2º). 
Gabarito: Errado. 
então, o Senado Federal será a iniciadora. 
Trâmite do projeto de lei (fase constitutiva): 
1ª fase – Deliberação no Congresso Nacional: 
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto 
pela outra, em um só turno de discussão e votação, e 
enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o 
aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Este artigo expõe que para um projeto de lei efetivamente ser 
promulgado como lei, deverá este projeto ser aprovado pelas duas 
Casas Legislativas, já que estamos em um sistema bicameral. Caso 
uma das Casas delibere pela rejeição do projeto, já é suficiente para 
que ele seja arquivado sem necessidade de apreciação por nenhum 
outro órgão. 
Porém, não necessariamente o projeto será rejeitado, pode ser que 
ocorra apenas alguma modificação (emenda), e neste caso, segue-se 
o parágrafo único abaixo: 
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Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa 
iniciadora. 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação 
enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, 
aquiescendo, o sancionará. 
Esquema:
 
45. (CESPE/TRE-MA/2009) O sistema legislativo vigente é o 
unicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934, 
exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser 
aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão 
conjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente da 
República. 
Comentários: 
Nosso sistema legislativo é bicameral, e não unicameral, justamente 
por possuirmos duas casas legislativas: a Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal. 
Gabarito: Errado. 
2ª fase – Sanção/Veto:
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no 
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse 
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze 
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, 
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado 
Federal os motivos do veto. 
1 - Iniciativa na Casa iniciadora:
Câmara, ou Senado (se for projeto de 
Senador ou comissão de Senadores); 
Opções: 
Se rejeitado Æ É arquivado; 
Se aprovado Æ Vai para Casa revisora. 
Revisão em 1 só turno do 
projeto aprovado na iniciadora 
O projeto emendado volta à iniciadora que deve deliberar sobre a
emenda. Após isso seguirá para a sanção/veto do Presidente.
2 - Casa revisora: 
Emendou o projeto Æ Volta à iniciadora; 
Rejeitou o projeto Æ Arquiva; 
Aprovou s/ emendas Æ Sanção/Veto. 
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Veto Jurídico → Se o Presidente da República considerar o projeto, 
no todo ou em parte, inconstitucional; 
Veto Político → Se o Presidente da República considerar o projeto, 
no todo ou em parte, contrário ao interesse público. 
§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de 
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 
Menos de uma alínea não pode ser vetado. Por exemplo, o Presidente 
não poderá optar por vetar apenas uma palavra. 
§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do 
Presidente da República importará sanção. 
Lembrando que são quinze dias "úteis". 
§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro 
de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser 
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e 
Senadores, em escrutínio secreto. 
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, 
para promulgação, ao Presidente da República. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 
4º, o veto será colocado na ordem

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