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CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 8 – Processo Legislativo: Olá Pessoal, tudo certo?! Hoje daremos continuidade em nossa diversão com a aula sobre “Processo Legislativo”. Mas primeiro vamos rever os principais pontos do Poder Legislativo: Sistema legislativo federal é bicameral: • Câmara dos Deputados → Representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no DF. X • Senado Federal → Representantes dos Estados/DF, eleitos segundo o princípio majoritário. Os sistemas legislativos estaduais e municipais são unicamerais; • Legislatura → Duração de 4 anos; legislatura é o conjunto que representa os legisladores. O mandato de um deputado coincide com uma legislatura enquanto o Senador passa por duas (8 anos). X • Sessão Legislativa → Reunião anual do Congresso Nacional. Ocorrem de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Decisões do Congresso: Salvo disposição constitucional em contrário, as decisões serão tomadas por maioria dos votos (simples), presente a maioria absoluta de seus membros. DEPUTADO FEDERAL: Conceito: Representantes do POVO. Mandato: de 4 anos. Eleição: sistema proporcional. Quantidade por Estado: o numero de deputados e a representação por Estado/ DF será proporcional a população, e estabelecido em lei complementar. Sendo que cada Estado/DF contara com: ■ mínimo – 8 deputados; ■ Maximo – 70 deputados; e ■ cada Território Federal – 4 deputados. Serão procedidos ajustes necessários, no ano anterior as eleições, para que estes números sejam mantidos. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR SENADOR: Conceito: representantes dos ESTADOS/DF. Mandato: de 8 anos sendo que a eleição será feita de 4 em 4 anos, modificando-se alternadamente 1/3 e 2/3 dos membros do Senado. Eleição: se dará pelo sistema majoritário. Número: 3 senadores por cada Estado/DF eleitos com 2 suplentes. OBS - Território Federal não elege Senadores, pois estes são representantes dos Estados/DF e TF não é Estado. Atribuições das Casas Legislativas: CONGRESSO NACIONAL: Tem atribuições exclusivas no que for assunto de extrema importância, ou relevância nacional ou internacional (resolver sobre tratados internacionais, autorizar a declaração de guerra...), ou ainda assuntos delicados (atividade nuclear, índios...). SENADO: Ao Senado, reservou-se as matérias referentes a: a) Aprovação (e em alguns casos, exoneração) de autoridades. b) Julgamento de autoridades por crimes de responsabilidade - O Senado é o único órgão do Legislativo Federal que faz julgamentos de autoridades. c) Finanças Públicas. Ex. Avaliar o Sistema Tributário Nacional, fixar limites de dívidas e condições de créditos e etc. CÂMARA DOS DEPUTADOS - A Câmara dos Deputados não foi elencado muitas competências relevantes. Apenas competências internas (elaborar o regimento interno e etc.) e devemos fazer destaque a apenas 2 competências: a) autorizar que o Senado instaure o processo contra o Presidente da Rep. , seu Vice e seus Ministros. b) Tomar as contas do Presidente da Rep., caso este não apresente as contas para o julgamento do Congresso em 60 dias após a abertura da sessão legislativa. Competências que merecem destaque: É atribuição do CN, com a sanção do Presidente (art. 48) da República dispor sobre TODAS as matérias de competência da União, inclusive a fixação do subsídio dos Ministros do STF; CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR É de competência exclusiva do CN sem necessitar de sanção do Presidente da República (art. 49) fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores e fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado; É atribuição do Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF; Aprovação da nomeação de autoridades pelo Senado: Regra: aprova as nomeações por voto secreto, após arguição pública! Exceção: aprova por voto secreto, após arguição em sessão secreta, somente a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; Imunidade Material dos Deputados e Senadores: 1- Imunidade "material" = proteção dada ao conteúdo (matéria) de suas manifestações. Impede a punição tanto cível, quanto penal do parlamentar, em razão de suas palavras. 2- Abrange qualquer manifestação, onde quer que tenha sido feita, desde que inerentes ao exercício da atividade parlamentar. Mas, caso a manifestação seja dada dentro do plenário, o STF considera que ela é conexa com o exercício da sua função, independente do teor que tenha, não podendo o parlamentar ser punido. Imunidade Formal dos Deputados e Senadores: 1- Parlamentar possui foro especial perante o STF a partir do momento que o diploma for expedido - Assim, independente do tempo do crime, antes ou depois da diplomação, o simples fato de ele ser um parlamentar (com seu diploma expedido) faz ele ser julgado perante o STF; 2- O parlamentar não pode ser preso - esta é a regra - a não ser que seja em flagrante de um crime inafiançável; (Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão) 3- Não se exige licença prévia da Casa para o processo contra parlamentar. A possibilidade de sustamento é posterior ao início do processo. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 4- Se após a diplomação o STF receber denuncia de crime praticado por parlamentar: Dará ciência à Casa respectiva; Iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 5- Terminado o mandato parlamentar, termina também o foro especial perante o STF devendo os autos serem remetidos ao juízo competente ordinário. 6- Essas prerrogativas (assim como a material) não se aplicam aos suplentes; Aos deputados estaduais se aplicam as mesmas inviolabilidades e os mesmos impedimentos dos Deputados Federais. Os vereadores, no entanto, possuem somente imunidade material, e, ainda assim, somente às manifestações proferidas no exercício do mandato e dentro dos limites municipais. Impedimentos aos parlamentares (CF, art. 54 ao 56): "A partir da expedição do diploma" só há 2 impedimentos a serem decorados: 1- Firmar ou manter contrato... 2- Aceitar ou exercer cargo... Todos os outros são apenas a partir da posse. O Deputado ou Senador não irá perder o seu mandato: 1- se for investido no cargo de: Ministro de Estado; Governador de TF; Secretário de Estado/DF ou de TF; Secretário de Prefeitura de CAPITAL; ou Chefe de missão diplomática TEMPORÁRIA; Podendo optar pela remuneração do mandato. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 2- Se for licenciado pela respectiva Casa: Por motivo de doença; ou Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa. O suplente será convocado no caso de: Vaga; Investidura nas funções previstas acima; ou Licença superior a 120dias. Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do mandato. A Casa "decide" se ele perde o mandato ou não, quando: Incorrer nos impedimentos; Atentar contra o decoro; Sofrer condenação criminal transitada em julgado; A Casa "declara" a perda do cargo quando: Seus direitos políticos forem perdidos ou suspensos; A Justiça Eleitoral determinar; Faltar injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias. A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos vistos acima, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais sobre a decisão ou declaração, ou não, da perda do mandato. Reuniões das Casas Legislativas: 2 de Fevereiro 17 de Julho 1o de Agosto 22 de Dezembro RECESSO 1o de Fevereiro – Reuniões Preparatórias CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO). Convocação extraordinária do Congresso Nacional: Responsável pela convocação: Motivo: Observações: Presidente do Senado Federal: - Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal; - De pedido de autorização para a decretação de estado de sítio; e - Para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; --- Presidente da República - Caso de urgência ou interesse público relevante. Precisa da aprovação da maioria absoluta de cada Casa Legislativa. Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (em conjunto) Maioria absoluta dos membros de ambas as Casas Em regra, a convocação extraordinária será sempre realizada pelo Presidente do Senado (que é o Presidente do Congresso), a exceção é a convocação pelas demais autoridades. A exceção deve ser decorada, pois é o único caso: Urgência ou interesse público relevante (precisa de aprovação da MA das Casas Legislativas). CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. E havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do CN, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. Compete às comissões discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário; o Neste caso, se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa, a questão será levada para votação plenária. As Casas Legislativas e suas comissões terão poderes para: SOLICITAR = depoimento de cidadão (não se confunde com "convocar") CONVOCAR para depoimento: Ministro de Estado; ou Quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República; OBS - No caso da convocação: será crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. CPI pode: • Determinar quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico (telefônico = dados e registros, não a interceptação. A decisão sobre a quebra deve ser tomada pela maioria da CPI e ser fundamentada, não pode se apoiar em fatos genéricos) • Convocar Ministro de Estado para depor (qualquer comissão pode). • Determinar a condução coercitiva de testemunha que se recuse a comparecer. CPI não pode: • Apreciar acerto ou desacerto de atos jurisdicionais ou intimar magistrado para depor. • Determinar indisponibilidade de bens do investigado. • Decretar a prisão preventiva (pode decretar prisão só em flagrante). CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Determinar interceptação/escuta telefônica. • Decretar busca domiciliar de pessoas ou documentos (inviolabilidade domiciliar é reserva de jurisdição). Processo Legislativo: O que é o processo legislativo? Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos (procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No caso em questão, a finalidade é a produção legislativa. Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de “processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações e procedimentos em geral para se elaborarem os atos normativos primários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento de validade diretamente do texto constitucional. Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali os decretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já que decorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são também infraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serem promulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmo status deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen": CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Observação 1 – Os atos primários não são somente estes 7 ali previstos. Embora não elencados como parte do “processo legislativo” pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal e a doutrina reconhecem com atos primários outras normas como o Decreto Autônomo e o Regimento Interno dos Tribunais, pois são atos normativos que retiram seu fundamento de validade diretamente do texto da Constituição, sem que sejam simples atos regulamentares de outras normas. Alexandre de Moraes ainda cita os atos normativos expedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §4º, I) como pertencente a tal grupo. Observação 2 – Embora as emendas à Constituição tenham status idêntico às demais normas constitucionais, a doutrina costuma dizer, que a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria, ainda, um status de ato infraconstitucional, pois a PEC deve respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição, sendo assim, hierarquicamente subalterna. Após a promulgação, quando a emenda efetivamente passar a integrar o texto da constituição, será elevada ao status constitucional se impondo sobre todo o resto do ordenamento e não possuindo distinções hierárquicas com as normas originárias. 1. (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal, enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional. Comentários: Segundo a doutrina a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria seria considerado um ato infraconstitucional, já que respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição. Após a promulgação, no entanto, seria elevada ao status constitucional sem diferenciação hierárquica perante as normas originárias. Gabarito: Correto. Emendas Constitucionais Lei Complementar Lei Ordinária Lei Delegada Medida Provisória Decreto Legislativo Resolução CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Hierarquia entre as normas: Não existe qualquer hierarquia entre normas de um mesmo patamar. Ou seja, não há hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas constitucionais derivadas (oriundas de emendas); também não há qualquer hierarquia das normas infraconstitucionais entre si, a diferença delas se situa no âmbito da matéria tratada e não no campo hierárquico.Não há também o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos de entes distintos. Ou seja, não existe superioridade hierárquica de uma norma federal sobre uma estadual, ou de uma norma estadual sobre a Municipal. A exceção a isso é apenas a Constituição Federal, que na verdade não é uma norma “federal” e sim “nacional” (aplicável a toda a federação), sendo o diploma máximo, superior na organização interna de todo o país. É de se destacar ainda que, embora não haja hierarquia entre normas de ordenamentos distintos da federação, existem interferências constitucionalmente estabelecidas, como a necessidade de lei estadual respeitar certas normas gerais federais, e ainda a possibilidade presente no art. 24 da Constituição (matéria legislativa concorrente) de que norma federal superveniente suspenda a eficácia da norma estadual que legislou plenamente na omissão legislativa da União. Veja que, por não haver hierarquia, não se fala em “revogação” da norma estadual, mas de uma “suspensão”. 2. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em razão da estrutura federativa do Estado brasileiro, as normas federais são hierarquicamente superiores às normas estaduais, porque as Constituições estaduais estão limitadas pelas regras e princípios constantes na Constituição Federal. Comentários: Não há o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos federais, estaduais e municipais, pois as entidades políticas no Brasil são dotadas de autonomia, e esta pressupõe uma independência entre os entes. Mas, não é errado dizer que as Constituições Estaduais estão limitadas pela Federal, pois na verdade, a Constituição não é apenas federal e sim de toda a República Federativa do Brasil, sendo assim uma norma "nacional" e não meramente "federal". Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 3. (ESAF/AFT/2004) Por não existir hierarquia entre leis federais e estaduais, não há previsão, no texto constitucional, da possibilidade de uma norma federal, quando promulgada, suspender a eficácia de uma norma estadual. Comentários: Realmente não há hierarquia entre normas federais e estaduais, porém, temos, na Constituição Federal, certas matérias no art. 24 chamadas “matérias de legislação concorrente”. Ao se regulamentar estas matérias, a União fará normas gerais e, observando estas normas gerais, o Estados farão normas específicas. Se a norma geral da União inexistir, os Estados não precisam observar “nada”, poderão legislar de forma plena. Porém, se futuramente sobrevier uma norma geral editada pela União, esta irá suspender toda a parte a qual o Estado legislou livremente que for contrária aos preceitos estabelecidos nesta norma geral. Não suspende tudo, mas apenas o que for contrário. Gabarito: Errado. Formalidades do processo legislativo: Art. 59, parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Essa lei complementar existe, é a LC 95/98. 4. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) O processo legislativo NÃO compreende a elaboração de: a) decretos legislativos. b) emendas à Constituição. c) medidas provisórias. d) resoluções. e) portarias. Comentários: O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Letra E. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 5. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a CF, emenda constitucional disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Comentários: Não existe nenhuma disposição na Constituição que tenha como redação "emenda constitucional disporá sobre", isto porque, deste modo, iria criar-se uma disposição regulamentar de status constitucional, o que não tem lógica alguma. O enunciado trata do art. 59 parágrafo único da Constituição, que diz "Cabe à lei complementar dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis". Gabarito: Errado. Noções sobre o trâmite do Processo Legislativo: O processo legislativo básico é aquele onde se faz as “leis ordinárias”, o nome é “ordinária”, pois é a lei comum, que segue a ordem natural. Este será o processo legislativo mais completo e para o qual a Constituição deu maior atenção. O processo da lei complementar é o mesmo da lei ordinária, a única diferença é o quórum exigido para votação – na lei complementar necessita-se da maioria absoluta dos votos (mais da metade do efetivo da Casa), enquanto na lei ordinária basta a maioria simples (mais da metade dos presentes). Além das leis complementares e ordinárias, no entanto, sabemos que existem outras 5 espécies de normas sujeitas a processo legislativo, essas normas (emendas constitucionais, decretos legislativos, leis delegadas, resoluções e medidas provisórias) possuem trâmites particulares, muitas vezes com ausência de algumas das fases do processo comum das leis ordinárias, conforme veremos. As fases básicas de um processo legislativo são as seguintes: 1ª - Fase introdutória: É a fase onde alguém toma a iniciativa de um projeto de lei, levando o tem à discussão. Existem casos na Constituição onde teremos iniciativa exclusiva para certos temas (ex. só o Presidente pode iniciar as matérias do art. 61 §1º, só o STF pode iniciar a discussão sobre o estatuto da Magistratura previsto na CF, art. 93) e outros casos onde a iniciativa será concorrente, podendo ser tomada por diversas autoridades distintas. A iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendo exceção a isto quando ela for tomada pro Senadores ou Comissão do Senado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no Senado Federal. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 2ª - Fase Constitutiva: Após ser tomada a iniciativa, deverá se deliberar a respeito do projeto e proceder a votação para fins de aprovação/rejeição do mesmo. A fase constitutiva se divide em duas etapas: Deliberação parlamentar – Consiste na discussão do projeto e sua aprovação/rejeição. Deliberação executiva – Consiste da sanção ou veto do chefe do Poder Executivo ao projeto que tenha sido aprovado na deliberação parlamentar Sanção é o ato do chefe do Executivo através do qual ele “concorda” com a deliberação parlamentar e assim faz nascer a lei1. Caso não concorde com o projeto ele deverá vetá-lo (total ou parcialmente). A sanção é o procedimento que faz a lei se tornar um ato perfeito e acabado, terminando a sua fase de “construção”. Assim, a sanção transforma o “projeto” em “lei”. 3ª - Fase Complementar: Caso o projeto tenha sido sancionado pelo chefe do Executivo, ele chega na sua fase complementar, que consiste na promulgação da lei e na sua publicação. Para José Afonso da Silva, a fase complementar estaria fora do processo legislativo, pois a lei já foi criada com a sanção, sendo esta fase complementar uma condição de validade para lei. Promulgar é “declarar a existência da lei”. Com a sanção na fase constitutiva termina-se a “construção” da lei, desta forma, a promulgação incide sobre um ato perfeito e acabado apenas atestando que a lei existe e cumpriu o todo o seu rito constitutivo. Publicar a lei é comunicar aos destinatários que a ordem jurídica foi inovada. Ainda que com a publicaçãoda lei, em regra, ela não começa a viger instantaneamente, ela deverá respeitar um período para que as pessoas tomem conhecimento da inovação, na ausência de disposição expressa, este período de “latência”, chamado de “vacatio legis” é 1 Esta é a posição de José Afonso da Silva que diz que a sanção terminaria o processo legislativo propriamente dito, posição que é seguida por Alexandre de Moraes, que ainda endossa como defendida por Michel Temer, Manoel Gonçalves Ferreira Filho e Pontes de Miranda, entre outros. Há, no entanto, posições contrárias a esta, que diz ser a promulgação o procedimento que transforma o projeto em lei. Seguiremos a primeira posição. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR de 45 dias, no entanto, a LC 95/98 permite que para leis de menores repercussões possa ser adotada a cláusula de “entrada em vigor na data de sua publicação”. 6. (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o ato perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir. Comentários: O CESPE seguiu a linha doutrinária segundo a qual a “sanção” torna o ato perfeito e acabado, inovando a ordem jurídica. A promulgação apenas “declara que a ordem jurídica foi inovada”, ou seja, a promulgação declara que um projeto de lei foi sancionado. Assim, a promulgação já incide sobre um ato perfeito e acabado, sendo errado dizer que ela “torna” o ato perfeito e acabado. O resto do enunciado está correto, realmente a publicação é o modo pelo qual se dá conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir. Gabarito: Errado. Emendas Constitucionais: Vamos falar agora sobre o processo legislativo para a reforma da Constituição. Iniciativa (fase introdutória): Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. A iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional é concorrente, ou seja, a Constituição não fez reservas de matérias que só poderiam ter iniciativa da emenda tomada por um ou outro legitimado (diferente do que veremos no art. 61 §1º). Assim, independente do tema tratado, qualquer dos legitimados acima poderá iniciar a “proposta de emenda constitucional (PEC)”. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 7. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A CF pode ser emendada por proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades da Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. Comentários: Precisa-se da reunião de mais da metade das assembléias legislativas, uma só não basta (CF, art. 60, III). Gabarito: Errado. 8. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CF admite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. Comentários: Isso não é possível. A iniciativa popular é capaz de propor apenas projetos de leis ordinárias e complementares. A iniciativa para emendas é somente aquela que vimos no art. 60. Gabarito: Errado. 9. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante da pressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática do recesso e da convocação extraordinária no âmbito do Congresso Nacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendida seja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emenda constitucional deverá ser apresentada por, no mínimo, um terço dos membros da Câmara dos Deputados. Comentários: Exatamente. É uma das formas de iniciativa para a Emenda Constitucional, prevista pelo art. 60 da Constituição. Gabarito: Correto. Limitação circunstancial § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Veja que, nos termos da Constituição, não há impedimentos para que haja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não pode ocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. É diferente do que está no §4º onde, “em tese”, sequer poderá haver a deliberação sobre o assunto. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 10. (ESAF/MRE/2004) O texto constitucional brasileiro não poderá ser emendado durante a vigência de intervenção federal, salvo se a emenda à Constituição tiver sido proposta antes da decretação da intervenção. Comentários: Durante a intervenção, não poderá ocorrer a emenda ao texto em nenhum caso (CF, art. 60 §1º). É uma "limitação circunstancial" ao poder de reforma. A vigência da intervenção impede que haja promulgação de emendas, independente da data da propositura. Gabarito: Errado. Limitação Procedimental (fase constitutiva e fase complementar) § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Primeiramente, perceba que emenda constitucional não passa por sanção/veto do Presidente da República, vamos mais além: veja que o Poder Executivo não tem qualquer participação nas fases constitutiva e complementar das emendas. Diferentemente do que ocorre no procedimento de elaboração das leis, onde o Executivo é responsável por sancionar, promulgar e publicar a norma, no procedimento de reforma constitucional, a única participação do Executivo é na faculdade que tem o Presidente da República para iniciar a proposta. Observação – Quem promulga a emenda são as Mesas de ambas as Casas Legislativas e não a Mesa do Congresso. 11. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República. Comentários: Após a iniciativa da proposta de emenda, não existe fase de emenda constitucional que passe pelo Poder Executivo, ela nasce no Legislativo e por ali é promulgada. A Constituição, então, dispõe em seu art. 60 § 3º que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas de ambas as Casas, com o respectivo número de ordem. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 12. (CESPE/TJAA-STM/2011) Proposta de emenda constitucional deve ser discutida e votada nas duas Casas do Congresso Nacional, em turno único, considerando-se aprovada se obtiver três quintos dos votos dos seus respectivos membros. Na fase constitutiva do seu processo legislativo, conta-se com a participação do presidente da República, e a promulgação deve realizar-se, conjuntamente, pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Comentários: A questão se equivoca ao dizer que será em turno único, quando na verdade será em dois turnos de votação em ambas as Casas. Outro erro é que o Presidente não participa da sua fase constitutiva (fase de deliberação/aprovação/sanção/veto - lembrando que não há sanção/veto para emendas), participa apenas da fase introdutória (iniciativa). Lembrando que na fase complementar (promulgação e publicação) também é ausente a participação do Presidente da República. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/Auditor-TCU/2009)Uma vez preenchido o requisito da iniciativa e instaurado o processo legislativo, a proposta de emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: Isso aí. Essa é a perfeita disposição do mandamento constitucional estabelecido no art. 60 §2º. Gabarito: Correto. 14. (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição. Comentários: A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das Casas Legislativas. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 15. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A proposta de emenda constitucional deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada, se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. A casa na qual tenha sido concluída a votação deve enviar o projeto de emenda ao presidente da República, para que este, aquiescendo, o sancione. Comentários: Emenda constitucional não se sujeita à sanção nem ao veto do Presidente. Gabarito: Errado. 16. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) Prescinde de sanção do presidente da República emenda constitucional que tenha sido regularmente aprovada no Congresso Nacional. Comentários: Prescindir é o mesmo que dispensar, não haver necessidade. Emenda constitucional dispensa ou não dispensa sanção do Presidente? Sim, dispensa, ou seja, prescinde de sanção. Gabarito: Correto. Limitação Material – Cláusulas Pétreas § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Perceba que, em princípio, a Consituição protegeu as cláusulas pétreas de tal forma que não se poderá sequer haver deliberação sobre a matéria. Obviamente isso é “em tese”, já que muitas vezes a ofensa está implícita e somente durante as discussões é que tais ofensas são percebidas e impugnadas. Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, §4º da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege2. 2 ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3‐5‐07, DJ de 22‐6‐07. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Isso quer dizer que é possível haver modificação (literal) nas matérias protegidas como cláusulas pétreas, elas não são imutáveis, o que não pode é reduzir o alcance destas matérias, ferindo o núcleo essencial. Poderá ainda haver alterações no caso de fortalecimento do alcance delas. Embora este seja o entendimento majoritário, algumas bancas já consideraram estas cláusulas como insuscetíveis de alteração. Considerações: • A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um princípio sensível (CF, art. 34, VII). • Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser direto, secreto, universal e periódico. • Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os direitos e garantias individuais, mas estes não se resumem ao art. 5º da CF, estando espalhados ao longo dela. • Os quatro incisos vistos acima são as cláusulas pétreas expressas ou explícitas da CF, temos também outras que são consideradas implícitas, a saber: o povo como titular do poder constituinte; o poder igualitário do voto. o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de reforma); Essa vedação à alteração do art. 60 é o que chamamos de proibição à "dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador primeiramente modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. Alguns entendem que essa vedação de modificação do art. 60 seria absoluta, não podendo o legislador alterar este rito, nem facilitando, nem dificultando o processo, assim, não poderia, por exemplo, ser aumentado o rol de cláusulas pétreas ou tornar mais rígido os critérios de aprovação das emendas. Este tema não é pacífico. 17. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação a proposta de emenda à Constituição Federal referente a) à forma federativa de Estado. b) à instalação da justiça itinerante. c) ao voto direto, secreto, universal e periódico. d) à separação dos Poderes. e) aos direitos e garantias individuais. Comentários: CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Questão simples, trata-se das cláusulas pétreas ou "limitação material" ao poder de reforma da Constituição. Segundo a Constituição, em seu art. 60, §4º, a única assertiva que não traz uma cláusula pétrea é a letra B. Gabarito: Letra B. 18. (FCC/Defensor-DP-SP/2009 - Adaptada) É possível que uma reforma constitucional crie novas cláusulas pétreas segundo entendimento pacífico da doutrina constitucional. Comentários: O erro básico é dizer "entendimento pacífico", isso não é pacífico, há divergências sobre o tema. Adotamos porém a posição de que assim como não se pode enfraquecer o art. 60, também não se pode dificultar os procedimentos ali estabelecidos, já que o Constituinte estabeleceu de forma taxativa o procedimento para se reformar a Constituição. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da forma federativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, por meio de emenda constitucional. Comentários: A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea logo não pode ser alterada, nem mesmo por emenda constitucional. Gabarito: Errado. 20. (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF considera que os limites materiais ao poder constituinte de reforma não significam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pela Constituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas. Comentários: Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. Gabarito: Correto. 21. (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Não constitui cláusula pétrea: CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) a forma federativa do Estado. b) a separação de poderes. c) os direitos e garantias individuais. d) o voto secreto. e) o sistema político. Comentários: Analisando a questão, vemos que, dentre as assertivas, somente o sistema político não foi protegido. Todas as demais constituem cláusulas pétreas expressas no art. 60, § 4.º, da Constituição. Cabe ainda ressaltar que, sobre o voto, não se pode modificar suas qualidades de “direto, secreto, universal e periódico”, mas nada impede a modificação da sua qualidade de “obrigatório”, pois esta não foi protegida. Gabarito: Letra E. Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido certo lapso temporal a Constituição poderá serreformada. A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em Constituições de outros países. Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Atenção: as bancas examinadoras frequentemente tentam confundir os candidatos trocando "sessão legislativa" pelo termo "legislatura", tornando a questão incorreta. Embora seja uma "pegadinha clássica", ainda confunde muitos candidatos no momento da prova. Essa limitação formal conhecida como "princípio da irrepetibilidade", ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A diferença entre eles é que, em se tratando de emendas constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: • Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur- so de prazo. • Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional Assim, somente para as "leis" (ordinárias e complementares) é que temos a relatividade de poder apresentar novamente o projeto, desde que mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa. 22. (FCC/Analista - TCE - AM/2008 -Adaptada) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada somente poderá ser objeto de nova proposta na legislatura subseqüente à da rejeição. Comentários: O correto seria "sessão legisaltiva" e não legislatura. Gabarito: Errado. 23. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Uma proposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ou prejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros de cada casa do Congresso Nacional. Comentários: só para as leis é que a CF abre a possibilidade do projeto ser reapresentado na mesma sessão legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros. Gabarito: Errado. 24. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, mesmo que a nova proposta seja apoiada por três quintos dos Parlamentares da sua Casa de origem. Comentários: Este é o principio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros da Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). Gabarito: Correto. 25. (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três quintos dos membros de qualquer das Casas. Comentários: A questão comete 2 erros. Trata-se do princípio da irrepetibilidade, que é absoluto em se tratando de Emendas Constitucionais. Ou seja, ainda que haja manifestação do Congresso, proposta de emenda à Constituição rejeitada não poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma sessão legislativa. Perceba que ainda foi trocado o termo sessão legislativa por legislatura (CF, art. 60 §5º). Gabarito: Errado. Emendas de Revisão: CF, ADCT, art. 3º → A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe- se que foi um procedimento mais simples (bastava maioria absoluta em sessão unicameral, enquanto as outras será 3/5, em 2 turnos, nas duas Casas), porém, após o uso deste poder de revisão, ele se extinguiu não podendo mais ser utilizado e nem se pode por EC criar outro similar. 26. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista por uma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poder constituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menor rigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmente definidas no texto constitucional. Comentários: A revisão também deve observar limitações constitucionais embora realmente possua um menor rigor formal. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Quadro-resumo da reforma constitucional: Iniciativa da Emenda Constitucional de Reforma (CF, art. 60) 1. De pelo menos 1/3 dos Deputados ou Senadores; 2. Do Presidente da República; 3. De mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Limitação circunstancial (CF, art. 60 §1º) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Limitação Procedimental (CF, art. 60 §2º) A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 do votos dos respectivos membros. Promulgação (CF, art. 60 §3º) A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas) (CF, art. 60 §4º) 1. a forma federativa de Estado; 2. o voto direto, secreto, universal e periódico; 3. a separação dos Poderes; 4. os direitos e garantias individuais. Limitação Material Implícita (Cláusulas Pétreas Implícitas) (Reconhecidas pela doutrina e jurisprudência) 1. o povo como titular do poder constituinte; 2. o poder igualitário do voto. 3. o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de reforma); CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) (CF, art. 60 §5º) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido certo lapso temporal a Constituição poderá ser reformada. A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em Constituições de outros países. Questões "gerais" sobre emendas constitucionais: 27. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à Emenda Constitucional, é correto afirmar: a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá ser emendada na vigência de intervenção federal. b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendentea abolir a forma federativa de Estado. c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. d) A matéria constante de proposta de emenda havida por prejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: Letra A – Errado. Trata-se de uma limitação circunstancial que não admite exceções (CF, art. 60 §1º). Letra B – Errado. Trata-se de uma cláusula pétrea expressa na Constituição Federal, constituindo-se uma limitação material (CF, art. 60 §4º). Letra C – Errado. O mínimo exigido para a proposta é 1/3 dos Deputados ou Senadores, e não 1/4 (CF, art. 60). Letra D – Errado. Trata-se de uma limitação formal, chamada de “princípio da irrepetibilidade” (CF, art. 60 §5º). CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Letra E – Correto. Este é o rito exigido para a aprovação das propostas de emendas constitucionais (CF, art. 60 §2º). Gabarito: Letra E. 28. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Diante das limitações materiais que a Constituição de 1988 impõe ao Poder Constituinte derivado de revisão, NÃO seria admissível proposta de emenda que: a) suprimisse a competência do Conselho Nacional de Justiça de controlar a atuação financeira do Poder Judiciário. b) reinstituísse o sistema eleitoral da Constituição do Império (1824), em que delegados de eleitores de primeiro grau elegiam os representantes políticos em nível nacional e regional. c) atribuísse aos Estados a competência para legislar sobre registros públicos. d) atribuísse às regiões metropolitanas capacidade legislativa em assuntos de interesse metropolitano, observadas as normas gerais estabelecidas pelo Estado respectivo. e) alargasse o cabimento de habeas data, de modo a viabilizar a obtenção de informações relativas aos familiares do impetrante. Comentários: A questão fala da revisão constitucional, disposto nos ADCT, art. 3º: A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. O motivo da revisão era o temor de que a nova ordem constitucional causasse alguma instabilidade no Estado, assim, após 5 anos, poderiam fazer um procedimento simplificado de revisão da Constituição e acabar com a instabilidade que porventura viesse a acontecer. O temor não se concretizou e foram aprovadas apenas 6 emendas, sem grandes mudanças estruturais. Segundo a doutrina - o poder de revisão é único, após ter sido usado ele se exauriu não podendo ser criado novamente. Segundo o STF - não pode o estado-membro criar revisão constitucional. Ainda segundo o Supremo, as emendas de revisão deviam observar as mesmas limitações materiais impostas para a reforma da Constituição. Desta forma: Letra A - Errado. Não se trata de uma limitação material (cláusula pétrea), logo, poderia modificar. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Letra B - Correto. O voto deve ser direto e universal (além de secreto e periódico). Assim, não poderia a revisão estabelecer tal procedimento. Letra C - Errado. Isso não iria ferir cláusula pétrea alguma. Letra D - Errado. Isso também não iria ferir cláusula pétrea alguma. Letra E - Errado. Na jurisprudência do STF, a limitação material deve ser entendida como uma impossibilidade de abolição ou redução da eficácia dos institutos elencados. Uma emenda que viesse a fortalecê- los não estaria incorrendo em vício algum. Gabarito: Letra B 29. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização e dos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de Reforma Constitucional: a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do Poder Constituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado como derivado, limitado e condicionado. b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, salvo em caso de guerra declarada. c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder de Reforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão, promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. d) A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioria absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional. e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos na Constituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, a separação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais. Comentários: Letra A - Errado. O correto seria poder constituinte derivado reformador. O poder decorrente é o poder de elaborar as constituições estaduais. Letra B - Errado. No caso de guerra também não poderá. É uma limitação circunstancial. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Letra C - Perfeito. Aplicou-se um procedimento mais simples. Em vez de precisar de 3/5 dos votos, em 2 turnos, bastava o voto da maioria absoluta, em sessão unicameral. Letra D - Errado. Trata-se do "princípio da irrepetibilidade", que ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A diferença entre eles é que, em se tratando de emendas constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: • Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. • Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur- so de prazo. • Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional Letra E - Errado. "O respeito às Forças Armadas" ??? - Viajou, não é mesmo?! Gabarito: Letra C. Leis Complementares e Ordinárias: As leis complementares e as leis ordinárias possuem um processo legislativo similar. Diferenciam-se apenas em 2 pontos: 1- Na “matéria tratada”: A Constituição expressamente já elencou no seu texto todos os casos onde há exigência da lei complementar, dizendo frases como “lei complementar disporá sobre...”. Geralmente são temas de alta relevância como normas gerais e estatutos organizacionais (Magistratura, Ministério Público, Vice-Presidente, Organização e funcionamento da AGU...). 2- No “quórum de aprovação”: É necessária a maioria absoluta para aprovar a lei complementar e basta maioria simples para a ordinária. Embora a lei ordinária não possa (e qualquer outra lei, obviamente, também não possa) tratar daquele assunto para o qual a Constituição ordenou expressamente a necessidade da lei complementar, há a possibilidade do caminho inverso: lei complementar tratar da matéria comum (ordinária, residual...). Isso é possível devido àquelamáxima CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR do “quem pode mais, pode o menos”. Assim, quando a lei complementar tratar da matéria comum, ela será considerada como uma “lei ordinária votada por maioria absoluta”, em melhores termos, será: uma lei formalmente complementar, mas materialmente ordinária. Desta forma, tal lei poderá livremente ser alterada futuramente por uma lei ordinária, ainda que votada por maioria simples, pois a Constituição não fez reserva daquela matéria à lei complementar, deixando livre o caminho para ser tratado ordinariamente. 30. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) A aprovação de projetos de lei ordinária condiciona-se à maioria simples dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, ou seja, somente haverá aprovação pela maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Comentários: Sabemos que sempre que não houver disposição constitucional em contrário, as deliberações do Congresso são feitas por maioria simples, ou seja, mais da metade dos presentes na sessão, devendo estar presente no mínimo a maioria absoluta (mais da metade do efetivo da Casa). Assim, diferentemente das leis complementares que devem ser aprovadas necessariamente por maioria absoluta, para aprovar leis ordinárias basta a maioria simples dos votos. Gabarito: Correto. 31. (ESAF/AFT/2004) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a distinção entre a lei complementar e a lei ordinária não se situa no plano da hierarquia, mas no da reserva de matéria. Comentários: Todas as normas constantes do art. 59 da CF, com exceção das emendas constitucionais, possuem a mesma hierarquia, todas elas se situam logo abaixo da constituição, sendo por isso denominadas “infraconstitucionais”. Já as Emendas Constitucionais se situam em patamar idêntico às normas originárias da Constituição Federal, tendo poder para alterar, reduzir ou modificar o texto original. As diferenças entre a lei complementar e a ordinária, então, são basicamente duas: 1- Enquanto a lei complementar é aprovada por maioria absoluta a lei ordinária é aprovada por maioria simples. 2- O conteúdo da lei complementar já é imposto pelo próprio texto constitucional como reservado somente a esta lei. Já em se tratando CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR da lei ordinária, dizemos que é de matéria residual, ou seja, é a lei genérica, qualquer matéria que não seja reservada a outro tipo de lei poderá ser disposto por lei ordinária. Gabarito: Correto. 32. (ESAF/AFC – CGU/2004) Segundo a jurisprudência do STF, se uma lei complementar disciplinar uma matéria não reservada a esse tipo de instrumento normativo, pelo princípio da hierarquia das leis, não poderá uma lei ordinária disciplinar tal matéria. Comentários: Segundo o STF, uma lei ordinária não pode versar sobre matéria reservada a lei complementar, porém, nada impede que uma lei complementar verse sobre uma matéria residual, ou seja, que a Constituição exige apenas uma lei genérica, é como se usasse o critério “quem pode mais pode menos”. Se acontecer este último caso, ou seja, de uma lei complementar versar sobre matéria não complementar, ela será chamada de lei "apenas formalmente complementar" já que seu conteúdo é ordinário, esta lei, então, poderá ser alterada ou revogada por uma futura lei ordinária, pois apenas a Constituição é que pode definir o que precisa de lei complementar e o que não precisa. Gabarito: Errado. 33. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) É possível a revogação, por lei ordinária, de norma formalmente inserida em lei complementar, mas que não esteja materialmente reservada a essa espécie normativa pela Constituição. Comentários: O que importa é o conteúdo da norma, sua matéria. Embora uma lei ordinária não possa regulamentar matéria reservada à lei complementar, uma lei complementar pode regular matéria que poderia ser regulada por uma simples lei ordinária, e neste caso, esta lei complementar existirá como "apenas formalmente complementar" e poderá ser revogada por uma lei ordinária. Gabarito: Correto. Iniciativa: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. Organizando: A propositura de leis complementares e ordinárias caberá: a qualquer parlamentar ou comissão de parlamentares; ao Presidente da República; ao STF; aos Tribunais Superiores; ao PGR; aos Cidadãos (através da iniciativa popular apresentada à Câmara, que será vista no §2º). Lembrando que a iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendo exceção a isto quando ela for tomada pro Senadores ou Comissão do Senado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no Senado Federal. 34. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. Comentários: A regra é que todos os projetos devem ter a votação iniciada na Câmara dos Deputados. Isso só não ocorre quando o projeto for apresentado por Senador ou Comissão de Senadores, neste caso, o início da votação se dá no Senado. Gabarito: Correto. 35. (CESPE/AJAJ - STM/2011) A iniciativa para elaboração de leis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada iniciativa concorrente. Comentários: Em regra, a elaboração das leis ordinárias e complementares é tida como de iniciativa concorrente, ou seja, caberá àqueles legitimados do art. 61 tomar a iniciativa da elaboração. Lembramos, no entanto, que estamos falando da regra geral, já que existem exceções onde teremos a iniciativa de forma privativa como àquelas atribuídas ao Presidente da República (CF, art. 61, §1º), STF (CF, art. 93), entre outros casos. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Correto. Iniciativa privativa do Presidente da República: § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; Esta alínea é motivo de confusão para muitos candidatos e por isso, muito explorada pelas bancas. Veja que o Presidente da República não detém iniciativa privativa para apresentar projetos referentes a matéria tributária, pois não esta não está arrolada em nenhuma parte da relação do art. 61 §1º da Constituição. Nesta alínea, porém, temos uma única exceção que é em se tratando de "territórios federais" onde a iniciativa para matéria tributária será privativa do Presidente da República. Assim, temos: Regra - Matéria tributária não é de iniciativa privativa do Presidente; Exceção - Matéria tributária será de iniciativa privativa do Presidente quando se tratar de Territórios Federais. c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidadee aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. Perceba que, em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competência privativa do presidente da República (CF, art. 61 §1º). Desta forma, só o Presidente é que poderá tomar a iniciativa de tais leis, sejam elas complementares ou ordinárias. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A iniciativa do Presidente deve ser tomada de acordo com a sua conveniência e oportunidade, não poderá ser compelido por outros poderes a tomar a iniciativa da lei. 36. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) As Leis complementares e ordinárias que versem sobre servidores públicos da União, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria são de iniciativa privativa: a) do Congresso Nacional. b) da Comissão da Câmara dos Deputados. c) do Senado Federal. d) do Presidente da República. e) do Procurador-Geral da República. Comentários: Em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competência privativa do presidente da República (CF, art. 61 §1º). Desta forma, só o Presidente é que poderá tomar a iniciativa de tais leis, sejam elas complementares ou ordinárias. Gabarito: Letra D. 37. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) NÃO viola a Constituição Federal a propositura, por deputado federal, de projeto de lei que verse sobre: a) direitos e obrigações de servidores públicos. b) redução da jornada de trabalho semanal de servidores públicos. c) hipóteses de isenção de pagamento de contribuição previdenciária devida por servidores públicos. d) provimento de cargos públicos. e) criação de cargos públicos. Comentários: A questão pode ser "traduzida" da seguinte forma: qual das hipóteses abaixo não se trata de lei cuja iniciativa é reservada ao Presidente da República? Em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competência privativa do presidente da República. Vejamos: Letra A, B, D e E- Hipótese do art. 61 §1º, II, c. A letra C, embora trate de servidor público, na verdade está falando de matéria tributária. O que está se querendo instituir é uma "isenção CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR tributária" da contribuição previdenciária. Sabemos que matéria tributária só é privativa do Presidente quando estamos falando de "territórios federais". Logo, é a única alternativa que traz uma matéria de iniciativa concorrente. Gabarito: Letra C. 38. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre outras, são de iniciativa privativa do Congresso Nacional, as leis que disponham sobre criação de cargos na administração direta, indireta e autárquica. Comentários: A criação de cargos na administração direta, indireta e autárquica também é matéria que está arrolada no art. 61 §1º, II, "a" da Constituição como sendo de iniciativa privativa do Presidente da República. Gabarito: Errado. 39. (CETRO/Advogado - Pref. Rio Claro/2006) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (A) disponham sobre normas gerais para a organização da Defensoria Pública dos Estados. (B) venham a sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. (C) tenham por objeto apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. (D) autorizem a realização de referendo e a convocação de plebiscito. (E) autorizem, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais. Comentários: A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o art. 61 §1º da Constituição Letra A - Correto. Art. 61 §1º, III, d. Letra B, C, D e E - Errado. Tratam-se de atribuições do Congresso Nacional, feitas por decreto legislativo, nos termos da Constituição, em seu art. 49, respectivamente nos incisos V, XII, XV e XVI. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Desta forma, a questão poderia ter sido resolvida inclusive por eliminação. Gabarito: Letra A. Aumento de despesa nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente: Segundo o art. 63, não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado os projetos orçamentários. Bem como não pode haver aumento de despesa nos projetos que tratam da organização dos serviços administrativos dos demais Poderes e do Ministério Público (pois são matérias de iniciativa exclusiva destes). Veja: Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. No entanto, segundo o STF3, não havendo aumento de despesa, o Poder Legislativo poderá emendar o projeto de iniciativa privativa do Presidente, mas esse poder não é ilimitado, já que não se estende a emendas que não guardem estreita pertinência com o objeto do projeto encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digam respeito à matéria que também é da iniciativa privativa daquela autoridade. 40. (ESAF/AFRF/2003) Projetos de lei da iniciativa do Presidente da República não podem ser objeto de emenda parlamentar. Comentários: Podem ser objetos de emendas, livremente, desde que a iniciativa não seja exclusiva ou, se for excluisva, essas emendas não aumentem a despesa inicialmente prevista, a não ser que seja a Lei orçamentária ou a LDO, conforme o art. 63 da Constituição. Gabarito: Errado. 3 ADI 546. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Iniciativa privativa e a simetria federativa: É importante ressaltar uma limitação que ocorre para as Constituições Estaduais. No entendimento do STF afronta o princípio fundamental da separação a independência dos Poderes o trato em constituições estaduais de matéria, sem caráter essencialmente constitucional – assim, por exemplo, a relativa à fixação de vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidores públicos –, que caracterize fraude à iniciativa reservada ao Poder Executivo de leis ordinárias.4 Explicando: Sabemos que uma das limitações às Constituições Estaduais é a observância dos princípios federais extensíveis por ocasião de sua elaboração. Ou seja, existem regras básicas dispostas em âmbito federal que devem ser obrigatoriamente observadas no âmbito estadual. As regras do processo legislativo são um desses princípios federais extensíveis. Desta forma, no art. 61 §1º da Constituição temos algumas matérias cujas leis regulamentares devem ser obrigatoriamente propostas pelo Presidente da República, não pode outra pessoa que não o Presidente, tomar a iniciativa de tais leis. Quando levamos essas matérias para o âmbito estadual, a iniciativa delas passa a ser privativa do Governador do Estado, já que temos que aplicar a "simetria federativa". Se a Constituição Estadualregulamentar essa matéria diretamente na Constituição, em vez de deixá-la para ser regulamentada por lei de iniciativa do Governador, teremos uma inconstitucionalidade, pois o Legislativo (elaborador da Constituição Estadual) estaria usurpando a competência do Governador e, assim, ferindo um princípio extensível. 41. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Como decorrência do princípio da simetria e do princípio da separação dos poderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente da República, previstas na Constituição Federal, não podem ser estendidas aos governadores. Comentários: Justamente o contrário. Devido à simetria, elas devem ser estendidas. Assim, o Supremo já declarou diversas inconstitucionalidades decorrentes da violação a essa iniciativa reservada ao chefe do Executivo em constituições estaduais. Gabarito: Errado. 4 ADI 104, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 4‐6‐07, Plenário, DJ de 24‐8‐07. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 42. (ESAF/PFN/2006) Consolidou-se o entendimento de que matéria que, no âmbito federal, está sujeita à legislação ordinária sob reserva de iniciativa do Presidente da República não pode ser regulada em Constituição Estadual. Comentários: Trata-se de entendimento do STF, no qual afrontaria o princípio fundamental da separação a independência dos Poderes, a regulamentação no corpo das Constituições Estaduais de matéria sem caráter essencialmente constitucional. Assim, por exemplo, a fixação de vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidores públicos, caracterizaria uma usurpação pelo Legislativo da iniciativa reservada ao Poder Executivo de leis ordinárias a respeito. Gabarito: Correto. Vício de iniciativa e posterior sanção: No entendimento do STF, se alguém que não for o Presidente da República violar o art. 61 §1º, propondo um projeto de lei cujo tema só poderia ser discutido através da iniciativa do chefe do Executivo. Ainda que este sancione o projeto de lei, ele continua inconstitucional por “vício de iniciativa”. Assim, a posterior sanção presidencial não convalida a violação ocorrida por ocasião da apresentação do projeto. 43. (CESPE/TJ–TO/2007) A sanção presidencial ao projeto de lei de iniciativa parlamentar sobre matéria que demanda iniciativa privativa do presidente da República supre a inconstitucionalidade formal inicial desse projeto. Comentários: Segundo o STF a sanção presidencial não supre o vício de iniciativa. Gabarito: Errado. Iniciativa popular no âmbito federal: § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Lembrando que a iniciativa popular só é possível para projetos de leis ordinárias ou complementares, não sendo possível usá-la para propor emendas constitucionais. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Esquematizando a iniciativa popular: ♦ FEDERAL Æ será proposta na Câmara dos Deputados e subscrito por, no mínimo: 1% do eleitorado nacional; De pelo menos 5 estados; e Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; ♦ ESTADUAL Æ deverá ser regulada por uma Lei Ordinária; (art. 27 §4º) ♦ MUNICIPAL Æ será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado. (art. 29 XIII) 44. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa popular deve ser exercida pela apresentação ao Presidente da República de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Comentários: A iniciativa deve ser apresentada à Câmara dos Deputados e não ao Presidente da República (CF, art. 61 §2º). Gabarito: Errado. então, o Senado Federal será a iniciadora. Trâmite do projeto de lei (fase constitutiva): 1ª fase – Deliberação no Congresso Nacional: Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Este artigo expõe que para um projeto de lei efetivamente ser promulgado como lei, deverá este projeto ser aprovado pelas duas Casas Legislativas, já que estamos em um sistema bicameral. Caso uma das Casas delibere pela rejeição do projeto, já é suficiente para que ele seja arquivado sem necessidade de apreciação por nenhum outro órgão. Porém, não necessariamente o projeto será rejeitado, pode ser que ocorra apenas alguma modificação (emenda), e neste caso, segue-se o parágrafo único abaixo: CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Esquema: 45. (CESPE/TRE-MA/2009) O sistema legislativo vigente é o unicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934, exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de ser aprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessão conjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente da República. Comentários: Nosso sistema legislativo é bicameral, e não unicameral, justamente por possuirmos duas casas legislativas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Gabarito: Errado. 2ª fase – Sanção/Veto: § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 1 - Iniciativa na Casa iniciadora: Câmara, ou Senado (se for projeto de Senador ou comissão de Senadores); Opções: Se rejeitado Æ É arquivado; Se aprovado Æ Vai para Casa revisora. Revisão em 1 só turno do projeto aprovado na iniciadora O projeto emendado volta à iniciadora que deve deliberar sobre a emenda. Após isso seguirá para a sanção/veto do Presidente. 2 - Casa revisora: Emendou o projeto Æ Volta à iniciadora; Rejeitou o projeto Æ Arquiva; Aprovou s/ emendas Æ Sanção/Veto. CURSO ON-LINE – D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Veto Jurídico → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional; Veto Político → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. § 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Menos de uma alínea não pode ser vetado. Por exemplo, o Presidente não poderá optar por vetar apenas uma palavra. § 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. Lembrando que são quinze dias "úteis". § 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. § 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem
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