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FACULDADE DE ROLIM DE MOURA
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA JURÍDICA
PROFESSOR: JOSÉ RICARDO
PERÍODO: II TURMA: A
ACADÊMICO: SADRAQUE GONÇALVES DA SILVA
SÍNTESE DO ARTIGO: AUGUSTE COMTE E O “POSITIVISMO’’ REDESCOBERTOS
O presente artigo descrito, tem como finalidade resgatar a essência do positivismo conforme os ideais de Comte, pois o mesmo com o passar dos tempos e com as obras paralelas, teve inúmeras interpretações e consequentemente desvirtuando as obras de Comte em relação ao Positivismo. 
Dentre os vários críticos de Comte e do “Positivismo’’, o autor escolhe Anthony Giddens para discussão de seu artigo, onde as obras deste autor tem como características, não analisar de acordo as obras de Comte, usando para suas referências autores de opiniões de segunda mão, tais como Durkhein e Stuart Mill. Por ser muito genérico as obras de Giddens em relação a Comte, , Lacerda nos mostra que essas críticas é decorrentes de uma análise não muito profunda das obras de Comte, desvirtuando portando o positivismo deste ilustre sociólogo. A discrepância é tanto neste sentido, que Giddens, em algumas de suas obras, faz menção da loucura de Comte. Para desmitificar esse argumento sofista, Lacerda cita outros grandes filósofos renomados, que mesmo com seus problemas pessoais, e alguns casos graves, não perderam a sua validade intelectual, em relação de suas importâncias com a sociedade, concluindo portanto que essa estratégica retórica em relação a Comte era somente para desqualificar o pensamento deste filósofo francês.[2: Autor de inúmeras obras de referência em Teoria Social e em história da Sociologia.][3: Karl Max, Max Weber, John Stuart Mill, Roland Barthes, etc.]
 Conforme Lacerda, a filosofia de Comte era mostrar que os conhecimentos humanos desenvolvem de acordo com as condições e necessidades sociais e que as concepções humanas passam por três fases: teológica, metafísica e positiva, que para Comte, é a passagem destes dois primeiros estados para o terceiro, que consiste no que ele denomina revolução moderna, deixando-se de lado portanto, um absolutismo filosófico, passando para um relativismo. Em relação a definição da expressão Positivismo, o autor salienta que não é possível de fazer uma referencia ao criador do mesmo, para isso ele expõe os 12 sentidos para o significado do positivismo, citando varias autores dentre as quais quem tem o maior números de referencias é exatamente August Comte. Lacerda esclarece que Comte não estava ligado nem com o positivismo jurídico, e muito menos com o positivismo histórico, pois a historiografia proposta por Comte é de caráter sociológico, devendo o caráter social ultrapassar as crônicas. Mas é no positivismo lógico, que o autor enxerga uma maior aproximação das idéias de Comte com esta corrente filosófica, diferenciando apenas uma da outra, na relação que o Circulo de Viena tinha como propósito unificar as ciências por meio de um linguajar neutro, e enquanto Comte queria a harmonia das ciências necessárias para o desenvolvimento humano. [4: Teoria elaborada pelo jurista austríaco Hans Kelsen.][5: Corrente iniciada pelo historiador alemão Leopold Von Ranke.][6: Também denominado Empirismo Lógico ou Circulo de Viena]
Lacerda faz uma relação entre Comte, Giddens e o Circulo de Viena, mostrando que há algumas características entre eles. Mesmo havendo esta relação entre estes filósofos, o autor esclarece que em se tratando de indivíduos, Giddens novamente critica Comte, mas nas palavras de Lacerda, esta critica é decorrente de que este autor não observou outras obras produzidas por Comte, um pouco de observação por parte de Giddens nestas obras, ele iria notar que Comte não deixou de passar em branco no que tange aos indivíduos.[7: Realização do espírito positivo, dissolução da metafísica, o relativismo, progresso da humanidade.][8: Na obra denominada Politique, nos volumes II e III, Comte afirma a necessidade de uma ciência dedicada ao ser humano, que hoje se denomina Psicologia.]
O autor destaca a forma que Comte distingue os elemento sociais dos agentes sociais, intitulado na obra a Politique, podendo afirmar portanto a dualidade ente agência e estrutura. Segundo Lacerda, Comte determina dez instintos que originam as ações humanas, sendo destes sete egoístas e três altruístas, que para Comte, o desenvolvimento humano consiste no fortalecimento dos instintos altruístas e compressando o instinto egoísta.[9: Famílias, pátrias, humanidades, grupos intermediários.][10: São responsáveis pela existência objetivas da sociedade, no exercícios de suas vontades, sendo submetidas a diversas condições e fatalidades sociológicas, biológicas e cosmológicas.][11: Instintos nutritivos, sexual, materno, destrutivo, construtivo, orgulho e vaidade.][12: Apego, veneração e bondade.]
Devido a esses desencontros metodológicos, filosóficos e científicos encontrados nas obras de Comte, Lacerda quer com este artigo, esclarecer que aos poucos o positivismo comtiano está sendo recuperado, para tanto, o autor cita algumas obras de autores renomados que vem trazendo esta nova visão. O autor começa citando Juliet Grange, que vem trazendo uma sistematização profunda da obra de Comte, estabelecendo os problemas epistemológicos, científicos, sociológicos, políticos, psicológicos e artísticos do autor. Lacerda traz também, o livro de Fédi, tendo esta obra como característica marcante, trazer o pensamento comtiano para a atualidade, ou seja, para o mundo comtemporâneo. Por fim, o autor expõe a obra do brasileiro Sergio Tiski, sendo que este autor trata de uma questão central em Comte: a religião. Onde este autor fez um paralelo cronológico entre a vida de Comte e a religião, e fazendo uma análise de religião para teologia, este autor concluiu que a religião é a prática e as instituições sociais denotam a totalidade da existência humana, no pensamento comtiano, e que foi na fase final de Comte que ele afirma uma religião mais humana e humanista: daí o nome de Religião da Humanidade. Lacerda termina sua obra, afirmando que devemos recuperar August Comte, como clássico sociológico, e que a escolha de Giddens como autor preferencial para crítica, é porque o mesmo é considerado um autor padrão da Sociologia, e ao mesmo temo apresenta deformações a respeito de Comte. Portanto trata não apenas recuperar um pensamento rico, sugestivo e amplo, de fundamental importância, mas também evitar os automatismos mentais, estereotipadas pelas correntes de pensamentos. 
REFERENCIA:
LACERDA, Gustavo Biscaia- Rev. Sociol. Polit. Curitiba. n. 34, p. 319-343. out. 2009.

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