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ABRINDO ARQUIVOS PDF.doc ATENÇÃO: Este CD-ROM contém as matérias para o concurso do Banco Banrisul/2005, nele estão inseridas também provas de concursos anteriores, para melhor preparação do candidato, cuja atenção deverá concentrar-se nas matérias semelhantes as do concurso em epígrafe. É necessário utilizar o programa Acrobat Reader 5.0 ou versão superior para acessar os arquivos em formato PDF�EMBED PBrush��� , que deverá estar instalado em seu computador, caso contrário, poderá ser instalado pelo próprio CD pela pasta Acrobat ou mesmo poderá ser baixado pela internet no endereço do link abaixo. www.bibvirt.futuro.usp.br/programas/ utilitarios/acrobat/acrobat.html Como abrir os arquivos PDF: 1 - Você deverá abrir o Acrobat Reader 5.0 2 – Clicar no menu Arquivo 3 – Clicar na opção Abrir 4 – Selecionar a unidade D: (unidade do CD-ROM) 5 – Clicar duas vezes no arquivo desejado. EDITORA NOVA EDIÇÃO Acrobat/ar500ptb.exe Cen Econ/Livro Cenarios Econ.pdf NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 5 CENÁRIOS ECONÔMICOS SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – ESTRUTURA E FUNÇÕES Órgãos de Regulação e Fiscaliza- ção 1 Bancos Múltiplos com Carteira Comercial 1 Bancos Comerciais 1 Caixas Econômicas Instituições Finan- ceiras Captadoras de Depósitos à Vista 1 Cooperativas de Crédito 1 Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial 1 – 2 Bancos de Investimento 1 Bancos de Desenvolvimento 1 Sociedades de Crédito, Financiamento e In- vestimento 1 Sociedades de Crédito Imobiliário 1 Companhias Hipotecárias 1 Associações de Poupança e Empréstimo 1 Agências de Fomento Demais Instituições Finan- ceiras 1 Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 1 – 2 Bolsas de Mercadorias e de Futuros 2 Bolsas de Valores 1 – 2 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 1 – 2 Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 1 Sociedades de Arrendamento Mercantil 1 Sociedades Corretoras de Câmbio 1 Representações de Instituições Financeiras Estrangeiras Outros intermediá- rios ou Auxiliares Finan- ceiros 2 – 1 Agentes Autônomos de Investimento 4 Entidades Fechadas de Previdência Privada 3 Entidades Abertas de Previdência Privada 3 Sociedades Seguradoras 3 Sociedades de Capitalização Entidades Ligadas aos Sistemas de Previ- dência e Seguros 3 Sociedades Administradoras de Seguro- Saúde 1 – 2 Fundos Mútuos 2 Clubes de Investimentos 2 – 1 Carteiras de Investidores Estrangeiros Administração de Recursos de Ter- ceiros 1 Administradoras de Consórcio 1 Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC 1 Central de Custódia e de Liquidação Financei- ra de Títulos - CETIP C M N Conselho Monetário Nacional 1 Banco Central do Brasil 2 Comissão de Valores Mobiliários 3 Superintendência de Seguros Privados 4 Secretaria de Previdência Comple- mentar Sistemas de Liquida- ção e Custódia 2 Caixas de Liquidação e Custódia NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 6 SFN - Sistema Financeiro Nacional O SFN é o conjunto de instituições intermediadoras de recursos na economia. Foi criado a partir da Lei da Reforma Bancária n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964 e da Lei de Mercado de Capitais n° 4.728, de 14 de julho de 1965, quando foram criados também o Conselho Monetário Nacional - CMN e o Banco Central do Brasil - BACEN, além de diferentes instituições de intermediação financeira, entre as quais, as inte- grantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH. Posteriormente, foram incorporados ao quadro ins- titucional do sistema a Comissão de Valores Mobili- ários - CVM, criada pela Lei n° 6.385, de 7 de de- zembro de 1976 e, mais recentemente, em 21 de setembro de 1988, através da Resolução n° 1.524 do BACEN, os Bancos Múltiplos. O Sistema Financeiro Nacional conta com diversifi- cado número de intermediários financeiros não bancários, com áreas específicas e bem determina- das de atuação É a seguinte a composição do Sistema Financeiro Nacional: a) SUBSISTEMA NORMATIVO: é aquele que normatiza, que cria as normas que orientarão o funcionamento do sistema. Suas funções são regu- lar, controlar e exercer fiscalização sobre as institu- ições intermediadoras, disciplinar todas as modali- dades de crédito bem como a emissão de títulos e valores mobiliários. Fazem parte deste subsistema: - o Conselho Monetário Nacional - CMN; O CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. Compete-lhe estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições finan- ceiras e disciplinar os instrumentos de política mo- netária e cambial. O Conselho Monetário Nacional é presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e seus demais membros são o Ministro de Estado do Pla- nejamento e Orçamento e o Presidente do Banco Central do Brasil. Os serviços de secretaria do Conselho Monetário Nacional são executados pelo BACEN. - CRSFN - Conselho de Recursos do SFN; Tem como atribuições julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comis- são de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Co- mércio Exterior. O Conselho tem, ainda, como finalidade julgar os recursos de ofício interpostos pelos órgãos de pri- meira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação de penalidades. - O Banco Central do Brasil - BACEN; É uma autarquia federal a qual compete cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas ex pedidas pelo Conselho Monetário Nacional. Foi criado pela Lei nº 4.595, de 31.12.64. É o responsável pela execução das normas que regulam o funcionamento do Sistema Financei- ro Nacional. Tem como atribuições agir como banco dos bancos, gestor do Sistema Financeiro Nacional, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. Por caber-lhe controlar o volume de reser- vas dos bancos comerciais e, também, o volume de moeda escritural - isto é, depósitos em conta – que os bancos podem criar, é um banco de vital impor- tância dentro do Sistema Financeiro Nacional. O BACEN é o órgão responsável pela execu- ção das normas que regulam o SFN. São suas atri- buições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo. Apesar de discussões que se desenvolvem há muitos anos, o BACEN ainda não é uma institui- ção independente estando fortemente ligada ao Governo Federal. - a Comissão de Valores Mobiliários - CVM. A CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos podem sintetizados em apenas um: o fortalecimento do mercado acionário COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil O COPOM foi instituído em 20 de junho de l996. Tem como objetivo de estabelecer as diretri- zes da política monetária e definir a taxa de juros. Regulamentarmente, os seus objetivos são imple- mentar a política monetária, definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés e analisar o Relatório de Inflação. A taxa de juros, fixada na reunião do CO- POM, é a meta para a taxa SELIC. A taxa SELIC é a taxa média dos financia- mentos diários, com lastro em títulos federais, apu- rados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia e vigora por todo o período entre reuniões ordiná- rias do Comitê. O COPOM também pode definir o viés, isto é, a tendência das taxas de juros e de alta ou de baixa, atribuindo prerrogativa ao Presidente do BACEN para alterar a taxa, de acordo com o viés estabelecido, entre uma e outra reunião ordinária do COPOM. Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos – CETIP A Central de Custódia e Liquidação Finan- ceira de Títulos – CETIP é depositária principalmen- te de títulos de renda fixa privados, tais como, Cer- tificados de Depósitos Bancários – CDB, Recibos de Depósitos Bancários – RDB, Depósitos Interfinan- ceiros – DI, Letras de Câmbio – LC, Letras Hipote- cárias – LH, debêntures e commercial papers. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 7 Também é depositária de títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial – FCVS, com o Programa de Ga- rantia da Atividade Agropecuária – PROAGRO e com Títulos da Dívida Agrária – TODA. Como depositária, a CETIP processa a emis- são, a custódia e o resgate dos títulos, incluindo o pagamento de juros. Na quase totalidade, os títulos são emitidos escrituralmente, isto é, apenas de forma eletrônica. Quando emitidos em papel são custodiados em bancos autorizados. Participam da CETIP bancos comerciais e múltiplos, caixa econômica, bancos de investimen- to, bancos de desenvolvimento, sociedades correto- ras de valores, sociedades distribuidoras de valo- res, sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros, empresas de leasing, companhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, investidores institucionais, pessoas jurí- dicas não-financeiras, inclusive fundos de investi- mentos e sociedades de previdência privada, inves- tidores estrangeiros, além de outras instituições também autorizadas a operar nos mercados finan- ceiro e de capitais. Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC O Sistema Especial de Liquidação e de Cus- tódia – SELIC é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN. Co- mo depositário, processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. Os títulos são emitidos de forma eletrônica, logo, escriturais. A liquidação financeira das operações é efetivada por intermédio do Sistema de Transferên- cia de Reservas – STR ao qual o SELIC é interliga- do. O sistema é gerido pelo BACEN é por ele operado em parceria com a Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA SUBSISTEMA OPERATIVO: é aquele que funciona em segmentos específicos do mercado financeiro, de capitais (longo prazo), monetário (curto prazo) e cambial, subordinando-se às normas emanadas do subsistema normativo. Fazem parte deste subsistema: a) Instituições financeiras bancárias ou mone- tárias: são aquelas com capacidade de criar moeda: - Bancos Comerciais; Os BC são intermediários financeiros que transfe- rem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os BC's po- dem descontar títulos, realizar operações de aber- tura de crédito simples ou em conta corrente, reali- zar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc. - Bancos Múltiplos; Como o próprio nome diz, tais bancos possuem pelo menos duas das seguintes carteiras: comerci- al, de investimento, de crédito imobiliário, de acei- te, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcançam. - Caixa Econômica Federal A CAIXA é um instrumento governamental de fi- nanciamento social Está presente na vida de milhões de brasileiros, sejam eles clientes do crédito imobiliário, do pe- nhor, trabalhadores beneficiários do FGTS, PIS ou Seguro-Desemprego, aposentados, estudantes as- sistidos pelo crédito educativo, apostadores das loterias ou usuários dos serviços bancários. Por priorizar os setores de habitação, saneamento bási- co, infra-estrutura urbana e prestação de serviços, a CAIXA direciona os seus principais programas para a população de baixa renda. - Bancos Cooperativos São verdadeiros bancos comerciais surgidos a partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é limitar suas operações em apenas uma UF, o que garante a permanência dos recursos onde são ge- rados, impulsionando o desenvolvimento local Equiparando-se às instituições financeiras, as coo- perativas normalmente atuam em setores primários da economia ou são formadas entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os quais contribuem men- salmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às coopera- tivas são exclusivas aos cooperados. b) Instituições financeiras não bancárias ou não monetárias: são aquelas que não criam moeda: - Bancos de Investimento - BI’s; Os BI captam recursos através de emissão de CDB e RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financi- amentos específicos à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntu- res. Os BI não podem destinar recursos a empre- endimentos mobiliários e têm limites para investi- mentos no setor estatal. - Bancos de Desenvolvimento – BD´s; Além do BNDES, principal agente de financiamento do governo federal, destacam-se outros bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros. - Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing); Operam com operações de "leasing" que tratam-se de locação de bens de forma que, no final do con- NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 8 trato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo do período contra- tual ou de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos através da emissão de debêntures, com características de longo prazo. - Sociedades de Crédito, Financiamento e In- vestimento (financeiras); As "financeiras" captam recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consu- mo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais re- servas. - Sociedades de Crédito Imobiliário. Ao contrário das Caixas Econômicas, essas socieda- des são voltadas ao público de maior renda. A cap- tação ocorre através de Letras Imobiliárias, depósi- tos de poupança e repasses da CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento imobiliário diretos ou indiretos (Mutuários ou Cons- trutores). c) Sistema distribuidor de títulos e valores mobiliários: são aquelas cuja finalidade é ne- gociar e distribuir títulos e valores mobiliários (ações, debêntures, NP’s, Commercial Papers etc.): - Bolsas de Valores; São instituições que negociam títulos e a- ções. São importantes nas economias de mercado por permitirem a canalização rápida das poupanças para sua transformação em investimentos. Para os investidores, representam um meio prático de jogar lucrativamente com a compra e venda de títulos e ações. Os negócios em bolsa são realizados em um local denominado Pregão, onde são realizadas as operações de compra e venda de títulos e ações. - Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F; É um mercado centralizado para transações com mercadorias, sobretudo os produtos primários de maior importância no comércio internacional e interno: Café, açúcar, algodão, cereais, etc. Realiza negócios com estoques existentes e mercados futuros. Exercem papel estabilizador no mercado minimizando as variações de preço provo- cadas pelas flutuações de procura e reduzindo os riscos dos comerciantes. A peculariedade principal do Mercado Futuro é de a quase totalidade das transações são realiza- das sem a entrega efetiva da mercadoria. Na reali- dade, os negócios são efetuados apenas no papel e visam ao financiamento ou realização de caixa. - Caixa de Registro e Liquidação; Empresa responsável pela liquidação e compensa- ção das negociações à vista, a termo e de opções, realizadas em bolsa. - Sociedade de Compensação e Liquidação de Operações; A pessoa jurídica, instituição financeira ou a ela equiparada, responsável perante aqueles a quem presta serviços e perante a câmara de liqui- dação pela compensação e liquidação das opera- ções com valores mobiliários sob sua responsabili- dade; - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários - SCTVM; Essas sociedades operam com títulos e va- lores mobiliários por conta de terceiros. São institu- ições que dependem do BACEN para constituírem- se e da CVM para o exercício de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre outras funções. - Sociedades Corretoras de câmbio - SCC; É instituição que tem por objeto social ex- clusivo a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. Deve ser constituída sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabi- lidade limitada, devendo constar na sua denomina- ção social a expressão "Corretora de Câmbio" (ver a Resolução 170/90). - Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valo- res Mobiliários - SDTVM; Tais instituições não têm acesso às bolsas como as Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e ações, inter- mediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN. - Agentes Autônomos de Investimento. Pessoas físicas credenciadas pelas financei- ras, bancos de investimentos, distribuidoras e cor- retoras a fazer a colocação de títulos e valores mo- biliários, quotas de fundos de investimentos e ou- tras atividades de intermediação autorizadas pelo BACEN. d) Agentes Especiais: são instituições que complementam funções do subsistema norma- tivo e operam em nome do Tesouro Nacional: - Banco do Brasil S.A. - BB; Até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacio- nal. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de Confederação. Em 2001, o Banco do Brasil adotou a configuração de Banco Múltiplo, trazendo vantagens como redu- ção dos custos, racionalização de processos e oti- mização da gestão financeira e fisco-tributária. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 9 De acordo com os seus Estatutos Sociais é o seguinte o seu Objeto social: Artigo 2º - O Banco tem por objeto a práti- ca de todas as operações bancárias ativas, passivas e acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer ativida- des facultadas às instituições integrantes do Siste- ma Financeiro Nacional. § 1.º O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e pro- mover a circulação de bens produzidos. § 2.º Como instrumento de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal, compete ao Banco exercer as funções que lhe são atribuídas em lei, especialmente aquelas previstas no Art. 19 da Lei n.º 4.595, de 31 de dezembro de 1964, observado o disposto nos arts. 5.º e 6.º des- te Estatuto.- Caixa Econômica Federal. A CAIXA é um instrumento governamental de financiamento social. Está presente na vida de milhões de brasilei- ros, sejam eles clientes do crédito imobiliário, do penhor, trabalhadores beneficiários do FGTS, PIS ou Seguro-Desemprego, aposentados, estudantes assistidos pelo crédito educativo, apostadores das loterias ou usuários dos serviços bancários. Por priorizar os setores de habitação, saneamento bási- co, infra-estrutura urbana e prestação de serviços, a CAIXA direciona os seus principais programas para a população de baixa renda. - Banco Nacional de Desenvolvimento Econô- mico e Social - BNDES; Contando com recursos de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do pro- cesso de privatização. É a principal instituição fi- nanceira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exporta- ções, dentre outras funções. - Banco do Nordeste do Brasil S.A. – BNB O Banco do Nordeste do Brasil S. A. é o maior banco de desenvolvimento da América Latina e diferencia-se das demais instituições financeiras pela missão que tem a cumprir: promover o desen- volvimento sustentável da região Nordeste através da capacitação técnica e financeira dos agentes produtivos regionais. Sua preocupação básica é executar uma política de desenvolvimento ágil e seletiva, capaz de contribuir de forma decisiva para a superação dos desafios e para a construção de um padrão de vida compatível com os recursos, potencialidades e oportunidades da Região. - Banco da Amazônia S.A. - BASA. Os três primeiros integrantes, CMN, CVM e BACEN, fazem parte do subsistema normativo, que regula e controla o subsistema operativo. Essa re- gulamentação e controle são exercidos através de normas legais, expedidas pelas autoridades mone- tárias, ou pela oferta de crédito levada a efeito pelo BB e BNDES. As demais instituições financeiras fazem parte do subsistema operativo, competindo no mercado fi- nanceiro. Segundo foi definido pela Lei n° 4.595, as instituições financeiras, para efeito legal, são pes- soas jurídicas, públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, in- termediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Para efeito desta Lei, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas de forma permanente ou eventual. Daí a razão dos Agentes Autônomos de Investimen- to figurarem como instituições financeiras auxilia- res. Em suma, os principais órgãos do governo que in- tegram o SFN são o CMN, o BACEN, o BNDES e a CVM, que operam fiscalizando e promovendo o funcionamento do mercado financeiro, tendo como principais funções a prestação de serviços e a in- termediação de recursos entre aqueles que possu- em disponibilidades e aqueles que necessitam des- ses recursos. AUTORIDADES MONETÁRIAS Estrutura e funções CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL Com a propagação dos bancos foi necessária a cria- ção de instrumentos de regulamentação e fiscaliza- ção de suas atividades. A partir de 1920 essa fun- ção foi exercida pela Inspetoria Geral de Bancos. Em 1945 as atribuições de fiscalização dos bancos e controle do mercado monetário passaram a ser exercidas pela Superintendência da Moeda e do Crédito - SUMOC, criada dentro da estrutura do Banco do Brasil. No mesmo ato que foi constituída a SUMOC, foi criado o depósito compulsório como instrumento de controle do volume de crédito e dos meios de pa- gamento. Os bancos comerciais dominaram o sistema até o ano de 1964. Mesmo assim já conviviam com ou- tras instituições financeiras com atuação em se- guimentos específicos como os bancos de investi- mento, Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as Caixas Econômi- cas. A Caixa Econômica Federal, quando criada, tinha finalidades bem específicas e distintas das opera- ções inerentes aos bancos comerciais. Com o tem- po, passou a exercer cada vez mais atividades pró- prias de bancos comerciais e de instituições finan- ceiras de diversas especializações. De uma estrutura em que o banco possuía múlti- plas funções o Sistema Financeiro Nacional foi se NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 10 transformando para uma composição que contem- plava instituições financeiras especializadas. Com esse novo modelo, o da especialização, surgiu a Reforma Bancária e Reforma do Mercado de Capi- tais ocorridas respectivamente nos anos de 1964 e 1965. Com a Reforma Bancária foi extinta a Superinten- dência da Moeda e Crédito - SUMOC, criado o Con- selho Monetário Nacional e o Banco Central, órgãos respectivamente, normativo e executivo da política monetária do País. O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi insti- tuído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presi- dente do Banco Central do Brasil. Dentre suas fun- ções estão: adaptar o volume dos meios de paga- mento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumen- tos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas mo- netária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. Atualmente, o CMN é formado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pelo ministro do Planeja- mento, Nélson Machado (interino), e pelo presiden- te do Banco Central (Bacen), Henrique Meirelles. Criado em 1964, o Conselho Monetário Nacional chegou a ter 27 membros em sua composição (go- verno José Sarney). CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL BANCO CENTRAL O Conselho Monetário Nacional, nestes últimos anos, teve diversas composições em torno de 20 membros. Através da Lei n° 8.646, de 7/4/93, a composição do Conselho Monetário Nacional contava com 20 membros. Ministro de Estado • Ministério da Fazenda (presidência) Secre- taria do Planejamento (vice-presidência) • Ministério da Agricultura • Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo • Ministério do Trabalho Presidentes de Instituições Oficiais • Banco Central - BACEN • Comissão de Valores Mobiliários - CVM • Banco Nacional de Desenvolvimento • Econômico e Social - BNDES • Banco do Brasil S/A • Caixa Econômica Federal - CEF • Presidente do Banco da Amazônia S/A • BASA • Presidente do Banco do Nordeste do Brasil • S/A - BNB Outros Membros • Dois representantes das classes trabalhado- ras (nomeados pelo Presidente da Repúbli- ca a partir de indicações das Centrais Sindi- cais) • Dois membros de notória capacidade em assuntos da área econômica e financeira (nomeados pelo Presidente da República) Observação: Os diretores do Banco Central parti- cipam das reuniões sem direito a voto. A lei 9.069, de 29/06/95, que dispõe sobre o Plano Real e Sistema Monetário alterou a constituição do Conselho Monetário Nacional (Art. 8°) que passou a ser integrada por apenas três membros: Ministro da Fazenda (Presidente), Secretário do Planejamen- to e o Presidente do Banco Central. A nova estrutura SMN está composta ainda com uma Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Art. 9°), ainda, integrados por Comissões Consultivas (Art.11º) que assessoram o CMN em áreas especializadas. Através da Lei 6.385, de 7/02/76, foi incorporado ao sistema a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, voltada para disciplinar o mercado e títulos e valores mobiliários da área privada. CMN é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional que estabelece as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia. O CMN reúne-se ordinária e/ou extraordinariamente para discutir assuntos de interesse do SFN e suas decisões são tomadas através de Resoluções. Entre suas principais atribuições podemos destacar as seguintes: - adaptar o volume de meios de pagamento às re- ais necessidades da economia e de seu processo de desenvolvimento; - regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões eco- nômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenô- menos conjunturais; - regular o valor externo da moeda e o equilíbrio da balança de pagamentos do país, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estran- geira; - orientar a melhor aplicação dos recursos das insti- tuições financeiras públicas e privadas nas diferen- tes regiões do país, gerando condições favoráveis ao desenvolvimento da economia nacional; NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 11 - propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficá- cia do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; - zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; - coordenar as políticas monetária, creditícia, orça- mentária, fiscal e da dívida pública interna e exter- na, em conjunto com o Congresso Nacional; - autorizar as emissões de papel-moeda pelo BA- CEN e as normas reguladoras do meio circulante; - determinar as características gerais das cédulas e das moedas; - aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN; - fixar diretrizes e normas da política cambial; - disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias; - estabelecer limites para a remuneração das ope- rações e serviços bancários ou financeiros; - determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras; - outorgar ao BACEN o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir; - estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos públicos; - regular a constituição, o funcionamento e a fisca- lização de todas as instituições financeiras que ope- ram no país; - aplicar as penalidades previstas e limitar sempre que necessário as taxas de juros, descontos, co- missões e qualquer outra forma de remuneração de operações, inclusive as prestadas pelo BACEN. São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda e última instância administrativa os recur- sos interpostos das decisões relativas às penalida- des administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior, nas infrações pre- vistas. Principais atribuições: Emitir moeda de acordo com condições do CMN; Executar os serviços do meio circulante; Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos; Realizar operações de desconto e emprés- timos às instituições financeiras preservan- do a liquidez do sistema bancário; Regular a compensação de cheques e ou- tros papéis; Efetuar política monetária através da com- pra e venda de títulos federais; Exercer o controle de crédito; Fiscalizar as instituições financeiras; Autorizar o funcionamento e operacionali- dade das instituições; Controlar o fluxo de capitais estrangeiros; Administra as Reservas Internacionais; Atuar como regulador do mercado cambial. Autoridades monetárias Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil Cetip - Central de Custódia e Liquida- ção Financeira de Títulos; Selic – Sistema Especial de Liquidação e de Custódia; Autoridades de apoio: Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo voltado ao mercado de ações e debêntu- res. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus ob- jetivos podem sintetizados em: desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários, basicamente o mercado de ações e debêntures. Seus objetivos fundamentais são: - estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; - assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares que ope- rem neste mercado; - proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outras tipos de atos ilegais que manipulam preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações; - fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto. - fortalecimento do Mercado de Ações. Banco do Brasil – BB = Opera, na prática, como agente financeiro do Governo Federal. É o principal executor da política oficial de crédito rural. Desempenha, ainda, alguma funções não próprias de banco comercial, como: - executar o serviço de compensação de cheques e outros papéis; - atuar como agente recebedor e pagador fora do país. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 12 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi- co e Social – BNDES Instituição responsável pela política de investimen- to de longo prazo. É a principal Instituição Financei- ra a estimular o desenvolvimento econômico do País. Sistema Financeiro da Habitação Conjunto de organismos financeiros governamen- tais e privados, cujo objetivo é estimular e realizar a construção de habitações populares e a aquisição da casa própria. As Associações de Poupança e Empréstimo (APE) e as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), pertencem ao Sistema Financeiro da Habita- ção, com atividades exclusivas. - Associação de Poupança e Empréstimo = São entidades constituídas sob forma de fundações, cooperativas, etc, sem fins lucrativos, cuja finalida- de é a aquisição e construção de casa própria. - Sociedade de Crédito Imobiliário = São entidades financeiras privadas, de apoio ao Sistema Financei- ro da Habitação, constituídas com a finalidade de realizar financiamentos imobiliários diretos ao mu- tuário final ou por meio de abertura de crédito a favor de empresários, destinados a empreendimen- tos imobiliários. Instituições Financeiras = As instituições finan- ceiras são diferenciadas segundo suas funções de crédito. Assim existem, Bancos Múltiplos, Bancos de Desenvolvimento, Bancos Comerciais, Socieda- des de Crédito, Financiamento e Investimento e Bancos de Desenvolvimento. - Bancos Múltiplos São instituições que operam em mais de uma car- teira, por exemplo, carteira comercial, carteira de crédito imobiliário, etc. - Bancos de Desenvolvimento Como já visto anteriormente, o BNDES é o principal agente do Governo para financiamentos ao setor produtivo. Existem também o bancos regionais de desenvolvimentos, controlados pelos governos es- taduais, cuja finalidade é fornecer crédito de longo prazo às empresas localizadas nos respectivos es- tados. - Bancos Comerciais Têm como principal função atuar como intermediá- rios financeiros, que recebem recursos em depósito à vista e a prazo e distribuem em forma de empréstimos e financiamentos a quem necessita de recursos. Atuam também na prestação de serviços (recebimento de tributos). - Sociedades de Crédito, Financiamento e In- vestimento São conhecidas no mercado como Financeiras. Têm como função financiar bens de consumo duráveis por crédito direto ao consumidor (crediário). Não podem manter contas-correntes; seu instrumento de captação de recursos são as Letras de Câmbio. - Bancos de Investimentos Operam com repasses de recursos às empresas para capital de giro e investimentos no ativo per- manente. Não podem captar depósitos à vista, po- rém obtêm recursos por intermédio de depósitos a prazo (CDB – Certificado de Depósito Bancário). Bolsa de Valores Instituição civil sem fins lucrativos, que tem por objetivo principal manter local adequado para a realização de compra e venda de ações. - Sociedades Corretoras São instituições típicas do mercado acionário, que têm como atividade principal fazer a intermediação das ordens de compra e venda de ações em bolsa de valores, solicitados pelos clientes. - Sociedades Distribuidoras Sua função é semelhante à de uma sociedade cor- retora, porém não são habilitadas a intermediar, diretamente, negócios em bolsa de valores, poden- do, apenas, operar por meio das corretoras. POLÍTICA MONETÁRIA, POLÍTICA FISCAL, POLÍTICA CAMBIAL E POLÍTICA DE RENDAS Política Monetária Definições e Objetivos É através da política monetária que o BACEN, altera a quantidade de moeda na economia afim de afetar a taxa de juros e a renda. A política monetária, através dos efeitos alocativos no investimento e no consumo, influencia a deman- da agregada e conseqüentemente, os níveis de produção, emprego, preços e comércio exterior. A Política monetária tem também impacto sobre a eqüidade distributiva, ainda que não objetivado explicitamente. Instrumentos Principais da Política Monetária Fixação da Taxa de Reservas As reservas bancárias são constituídas pela soma dos depósitos voluntários e compulsórios dos ban- NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 13 cos junto às autoridades monetárias e pelo papel- moeda e moedas metálicas mantidos em caixa. Quando o BACEN aumenta a taxa das reservas compulsórias que os bancos comerciais devem manter à sua ordem, fica reduzida a proporção dos depósitos que pode ser convertida em emprésti- mos, a quantidade de moeda na economia diminui. Inversamente, se o BACEN reduz a taxa de reser- vas, as disponibilidades para empréstimos aumen- tam. As Operações de Redesconto São um instrumento que consiste na concessão de assistência financeira de liquidez aos bancos co- merciais. O controle dos meios de pagamento por intermédio do redesconto resulta da alteração das taxas de juros cobradas pelo BACEN, pela mudança dos pra- zos concedidos aos bancos comerciais para resgate dos títulos redescontados, pela fixação dos limites da operação ou, ainda, pela restrição dos tipos de títulos redescontáveis. As Operações de Mercado Aberto Constituem num instrumento mais ágil e de refle- xos mais rápidos. A flexibilidade desse instrumento é tal que pode ser eficazmente usado para regular, no dia-a-dia, a oferta monetária e a taxa de juros. - Atuação e Efeitos da Política Monetária. O governo poderá atingir o nível da renda de pleno emprego da mesma forma utilizando a Política Mo- netária; ou seja: a) expansão monetária que reduz taxa de juros e aumenta investimento; b) redução do compulsório dos bancos, etc. O aumento da oferta monetária (MS) força uma queda na taxa de juros que por sua vez estimula o investimento e a economia vai parar em Yf. Efeitos da Política Monetária: Ao final do pro- cesso teremos observado o seguinte: a) a economia cresceu; b) em conseqüência, o consumo privado cresceu ; c) participação do Setor Privado no PIB aumentou; d) a participação do governo no PIB se manteve em termos absolutos, mas se reduziu em termos relati- vos. Formação da taxa de juros A taxa básica de juros (Selic), uma referência dada ao mercado pelo Banco Central, é de 16% ao ano, mas entre a reunião do Comitê de Política Monetá- ria (Copom) e o bolso do consumidor existem inú- meros fatores que fazem com que os juros superem 280% ao ano. O caminho que os juros percorrem é cheio de custos administrativos dos bancos, lucros, depósitos compulsórios e impostos. Na metade da caminhada, os juros para capital de giro já alcan- çam 37,9%, segundo levantamento do Banco Cen- tral. As justificativas dos empresários continuam sendo o custo do financiamento e a alta inadim- plência Para o economista chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Roberto Luís Troster, o que contribui para os altos juros são os riscos de ina- dimplência, os empréstimos direcionados e os de- pósitos compulsórios. ''Quase 80% dos recursos que os bancos recebem são repassados por causa dos depósitos compulsórios. Com isso, os bancos têm apenas 20% para emprestar'', diz. Outro fator, segundo Troster, é a carga tributária. ''Nas opera- ções, os tributos podem aumentar em mais da me- tade os juros das operações'', diz Troster, defende que o lucro dos bancos diminuiu no último ano. Segundo o Banco Central, o spread bancário (dife- rença entre a remuneração e a taxa de captação dos bancos) caiu, na média, de 31,8% para 29,4% de fevereiro de 2003 para o mesmo mês deste ano. Política Fiscal Política de gastos do governo. Uma política fiscal expansionista se caracteriza pelo aumento dos gas- tos do governo. Ao contrário, uma política fiscal contracionista se consiste na diminuição dos gastos públicos. Política Cambial Conjunto de medidas tomadas pelo governo que afetam a formação da taxa de câmbio. É diferente da política monetária por atuar mais diretamente sobre todas os fatores relacionados às transações econômicas do país com o exterior. Política de Rendas Estabelece controles sobre a remuneração dos fato- res diretos de produção envolvidos na economia, tais como salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e finais. MERCADO FINANCEIRO Mercado voltado para a transferência de recursos entre os poupadores e os investidores. No mercado financeiro são efetuadas transações com títulos de prazos médios, longos e indeterminado, geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro e fixo. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 14 Sociedades de capitalização A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929, chamada de “Sul América Capi- talização S.A”. Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi oficiali- zada a autorização para funcionamento das socie- dades de capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decre- to n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. O parágrafo único do artigo 1º do referido Decreto definia: "As únicas sociedades que poderão usar o nome de “capitalização” serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que subscrever ou possuir um titulo, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no mesmo titulo”. CADERNETA DE POUPANÇA Aplicação financeira, de caráter nominativo, que proporciona ao poupador (pessoa física) rendimen- tos mensais e ao poupador pessoa jurídica rendi- mentos trimestrais. Os valores depositados em poupança são atualiza- dos com base na taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo superior a um mês são atualizados na data em que o depósito comple- ta um mês, que é a data do aniversário. A TR utili- zada é aquela do dia do depósito. Vantagens: • Comodidade e segurança na guarda dos re- cursos; • Liquidez com rendimentos na data de ani- versário de cada conta; • Possibilidade de efetuar depósitos numa mesma conta, em qualquer dia do mês, sem prejuízo dos respectivos rendimentos. • Opções de conta individual, conjunta solidá- ria e conjunta não-solidária. • Seguro de acidentes pessoais. Cadernetas de Poupança É a aplicação mais simples e tradicional, pois se pode aplicar pequenas somas e ter liquidez. Podem operar com as cadernetas de poupança somente as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), as cartei- ras imobiliárias dos bancos múltiplos, associações de poupança e empréstimo e as caixas econômicas. Os seus recursos devem ser aplicados de acordo com as regras preestabelecidas pelo Banco Central, sendo 30% na faixa não-habitacional (15% em depósito compulsório e 15% em disponibilidades financeiras e operações de faixa livre) e 70% na faixa habitacional. Os valores depositados são atu- alizados, com base na Taxa referencial (TR) do dia do depósito acrescida de juros de 6,17% ao ano, na data em que completa um mês. Além da poupança tradicional existem outros tipos: Caderneta de poupança programada: O depositante por contrato assume compromisso de efetuar depósitos e por prazos que variam de 12, 18 e 24 meses. Os rendimentos são progressivos e creditados trimestralmente com uma carência inici- al de seis meses para saque. Incluem um seguro de vida que garante a efetivação dos depósitos pro- gramados restantes do contrato após a morte do titular; Caderneta de poupança de rendimentos cres- centes: É feito um único depósito que recebe rendimentos trimestralmente e com taxas de juros crescentes. Suas principais características são: • Não se permitem saques parcelados; • Os depósitos são feitos sempre em múltiplo de 10; • O rendimento é creditado retroativamente a cada mudança de taxa. Caderneta de poupança vinculada: É uma caderneta vinculada ao financiamento de imóveis, com prazo mínimo fixado em 36 meses, com correção do depósito pelo IR mais 6% ao ano, sendo isento de impostos. Nos contratos são fixa- dos os valores dos depósitos, forma de correção e sua periodicidade e condições de financiamento. Não esta sujeita ao encaixe obrigatório. Caderneta de poupança rural ou Caderneta Verde: é quase idêntica a caderneta de poupança livre, com a diferença que os recursos captados pela caderneta verde são basicamente direcionados para o financiamento de operações rurais, e não para crédito imobiliário. Só estão autorizados a captar recursos através dela o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA). O governo garante aplicações em poupança? O Fundo Garantidor de Crédito garante até R$20.000,00, por CPF, de acordo com o saldo em poupança. Poupança Livre É o investimento mais conhecido do público. Ofere- ce rendimentos a cada 30 dias, além da bonificação da CPMF para depósitos não movimentados por 90 dias ou mais. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 15 Se a aplicação for feita diretamente na poupança, sem passar pela conta corrente, não há incidência da CPMF. O banco pode cobrar pelo depósito da poupança? Desde que os depósitos de poupança apresentem saldo igual ou inferior a R$ 20,00 e que não apre- sentem registros de depósitos ou saques no período de 6 meses. Qual a data de remuneração de depósito efetuados nos dias 29, 30 e 31 de cada mês? A data de remuneração será o dia 1º de cada mês, aplicando-se o índice correspondente ao dia 1º do mês anterior. FUNDOS DE APLICACÃO É um tipo de aplicação financeira em que o aplica- dor adquire cotas do patrimônio de um fundo admi- nistrado por uma instituição financeira. O valor da cota é recalculado diariamente e a remuneração recebida varia de acordo com o prazo de aplicação e com os rendimentos dos ativos financeiros que compõem o fundo. Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado seja superior ao valor aplica- do. As instituições financeiras estruturam seus fundos de acordo com o perfil de liquidez e a composição risco/rentabilidade (retomo) das carteiras. Os fun- dos podem ser classificados pelo índice de volatili- dade, que determina o grau de risco para o investi- dor. Dessa forma podemos classifica-los em: • Fundos de curto prazo - baixíssima volatili- dade com liquidez diária • Fundos de renda fixa- baixa volatilidade. • Fundos de renda variável e fundos hedge - média volatilidade. • Fundos de ações - alta volatilidade. • Fundos de renda variável focado em derivativos sob enfoque especulativo de altíssima volatilidade. Installment Loans São os empréstimos concedidos as pessoas físicas e/ou jurídicas, não vinculadas à compra de um bem ou serviço especifico, e amortizável em prestações iguais e sucessivas, com taxas pré ou pós-fíxadas. Os prazos e a composição de taxas são idênticos aos do CDC. As garantias da operação são determi- nadas pelo banco. Crédito Automático por Cheque É o crédito automaticamente concedido ao cliente preferencial, quando da emissão de um cheque com características diferenciadas pelo banco. É uma espécie de vendor para pessoa física. O cor- rentista faz sua compra à vista. Já que o cheque é compensado normalmente, pelo seu beneficiário. Como outro cheque qualquer entretanto, o banco, ao recebê-lo para validação de compensação, per- mite ao correntista pagá-lo em três prestações mensais prefixadas, anteriormente acertadas com o banco. Funciona como um cheque especial de pagamento parcelado. Cessão de Créditos. São as operações entre instituições financei- ras da mesma espécie, que trocam entre si respon- sabilidade por uma determinada operação, nor- malmente por terem estourado os limites de con- tingenciamento de crédito, determinado pelo BA- CEN em função do patrimônio da Instituição. A cessão de crédito está regulamentada pela resolu- ção n0 1962, de 27 de agosto de 1992. Desconto de Títulos É o adiantamento de recursos aos clientes feito pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a anteciparem o fluxo de caixa do cliente. Financiamento de Capital de Giro São as operações tradicionais de empréstimos vin- culadas a um contrato especifico que estabeleça prazo, taxa, valores, e garantias necessárias e que atendam as necessidades de capital de giro das empresas. O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das partes. Ultimamente, devido às incertezas da economia, tais empréstimos têm-se caracterizado pelo prazo de 30 dias, pré ou pós-fixados. Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral numa relação de 120 a 150% do principal emprestado. Nesse caso, as ta- xas de juros são mais baixas. Quando a garantia envolve outras garantias, como aval, hipotecas e notas promissórias, os juros são mais altos. Nos grandes bancos, os contratos podem ter carac- terísticas informais, como "garantia" de crédito para as empresas, que optam por dar algum tipo de reciprocidade aos bancos, como por exemplo, man- ter sobra de caixa aplicada no FAF, Para evitar res- gates e portanto, o pagamento do IOF, os contratos informais asseguram liquidez imediata aos clientes preferenciais via uma conta garantida vinculada. Vendor Finance: É uma operação de financiamen- to de vendas baseado no principio da cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber o pagamento a vista. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 16 A operação de vendor supõe que a empresa com- pradora seja cliente tradicional da vendedora, pois será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao banco. A empresa vendedora transfere seu crédito ao ban- co e este, em troca de tarifa de intermediação, paga o vendedor à vista e financia o comprador. A principal vantagem para a empresa vendedora é a de que, como a venda não é financiada direta- mente por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos, comissões de venda e royalties, no caso de licença de fabricação, torna-se menor. A- lém disso, ao receber à vista, a empresa tem um imediato reforço no seu caixa. Por outro lado, o cliente comprador garante taxa de financiamento que são menores do que as pratica- das para um financiamento isolado a uma única empresa. Compror Finance Operação inversa ao vendor, que ocorre quando pequenas industrias vendem para grandes lojas comerciais. Neste caso, invés de o vendedor (indús- tria) ser o fiador do contrato, o próprio comprador é que funciona como tal. Leasing Conceituação Leasing é uma opção na qual é cedido um bem em troca de remuneração. A diferença Leasing e alu- guel é sutil. Enquanto no aluguel o cedente tem intenção de conservar a propriedade do bem, findo o contrato, no Leasing existe a intenção da transfe- rência do bem. É possível definir melhor Leasing como uma opera- ção de empréstimo vinculada à aquisição de um determinado bem, na qual o bem permanece de prioridade do cedente até o final do contrato, quan- do então é transferido para o "tomador do emprés- timo" mediante o pagamento de um valor residual, estimado no contrato. Diferenças Fiscais As diferenças econômicas do Leasing e do emprés- timo estão na área fiscal. No Leasing, o fisco permite a dedução do total dos pagamentos devidos no cálculo do imposto de ren- da. Já no empréstimo, só se permite a dedução dos juros. Entretanto, se o empréstimo for destinado à aquisição de equipamentos, pode-se reduzir a de- preciação do mesmo. LEASING EMPRÉSTIMO Desembolso prestação juros + amortização Dedução Fis- cal prestação juros + depreciação Benefício Fiscal X% da (prestação) X% da (deprecia- ção +juros) (Sendo X% a taxa (alíquota) do imposto de renda- da Empresa) Será economicamente mais atraente aquela opção que apresentar o menor custo líquido, considerado como custo líquido o custo menos os benefícios fiscais. Uma vantagem não econômica do Leasing é que, não sendo formalmente um empréstimo, não entra no cálculo do coeficiente de endividamento da em- presa. Leasing Financeiro A arrendadora é uma instituição financeira, que adquire o bem em seu nome e o cede ao arrendatá- rio, por prazo definido, e: • O arrendatário assume todos os riscos e custos relativos ao uso e manutenção do bem • Não há possibilidade de rescisão unilateral do contrato, pelo arrendatário • No final do contrato o arrendatário pode: o Adquirir o bem por valor residual previamente estabelecido ( VRG ) o Renovar o contrato por novo prazo e novas condições o Devolver o bem à arrendadora Leasing Operacional Os bens arrendados, em geral, são de propriedade do fabricante, importador ou distribuidor, que os cede temporariamente ao arrendatário, com a pos- sibilidade de os adquirir ao final do contrato. • O arrendador presta serviços de assistência técnica e manutenção do bem • Estes contratos são rescindíveis unilateral- mente pelo arrendatário • Não é necessário que o arrendador seja ins- tituição financeira • O prazo mínimo é de 90 dias • Não há VRG (Valor Residual Garantido) pre- viamente estabelecido, a opção de compra é pelo valor de mercado Lease-Back O vendedor e o arrendatário são a mesma empre- sa. Disponível apenas para pessoa jurídica. Em geral é utilizado como alternativa para obtenção de capital de giro. Características A descrição a seguir refere-se ao Leasing Financei- ro, com o arrendatário pessoa física. • Onde obter: Bancos, Empresas de Leasing • Prazos mínimos: 2 anos para bens com vida útil igual ou inferior a 5 anos, e 3 anos para outros bens. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 17 Normalmente o pagamento é em prestações mensais Bens passíveis de Leasing: novos e usados, nacio- nais ou importados • VRG - Valor Residual Garantido É o valor estabelecido para o exercício da opção de compra, ou valor mínimo que será recebido pelo arrendador na venda a terceiros do bem arrendado. Pode se paga pelo arrendatário de 3 formas: o Antecipadamente, no início ou a qualquer tempo antes do vencimen- to o Diluído nas prestações o No final do contrato • Outros custos: Não tem IOF. Pode ter TAC, taxa de cadastro e seguro do bem • Diferença entre Leasing e aluguel: no Alu- guel o locador tem o interesse em manter a propriedade do bem ao final do contrato, no Leasing existe a intenção de transferi-la. Finalidades É uma alternativa de "financiamento" a médio / longo prazo para aquisição de bens móveis, (espe- cialmente automóveis e equipamentos eletrônicos), e também imóveis. É uma operação realizada mediante contrato na qual o dono do bem - o arrendador, concede a ou- trem - arrendatário o direito de utilização do mes- mo por um prazo previamente determinado. Tipos de Leasing: Leasing nacional (contrato entre pessoas jurídicas sediadas no país). Internacional (contrato entre uma pessoa jurídica sediada no país e outro no exterior), Importação (contrato de arrendamento mercantil celebrado com entidades sediadas no exterior, os bens necessariamente são adquiridos no exterior) e Exportação (venda de um produto a uma companhia de leasing aqui sediada, e esta, o arrenda através de um contrato de leasing interna- cional). Funcionamento do Leasing 1. Arrendatário e fornecedor negociam a aquisição via leasing de um determinado equipamento. 2. Ao decidir a operação de aquisição de equipa- mento via leasing e escolhido ao arrendador, este paga ao fornecedor a vista pelo equipamento. 3. O arrendador capta recursos no mercado, seja através da emissão de títulos (debêntures) ou da captação no mercado externo ou usa recursos pró- prios. 4. O arrendador contrata o seguro do bem arrenda- do, que ficará na posse do arrendatário, sendo o valor do prêmio pago pelo arrendatário. 5. O fornecedor entrega o equipamento ao arrenda- tário. 6. O arrendatário paga ao arrendador a contra prestação do leasing, aí incluído o custo do seguro. 7. O arrendador reembolsa ao mercado o custo do recurso captado para funcionar o leasing. Bens Veículos, equipamentos de informática, máqui- nas, equipamentos indústrias edificações ou alvena- ria. Financiamento de Capital Fixo Tendo como conhecimento que Capital Fixo é o conjunto dos bens de uma empresa represen- tado por imóveis, máquinas e equipamentos em geral destinados ao processo de produção o Financiamento de Capital Fixo se refere à forma pela a qual a empresa adquire esses bens que pode ser, por exemplo, através do Banco de Desenvolvi- mento que é uma instituição financeira pública, constituída sob a forma de S/A, com sede na capital de cada um dos Estados, que detêm o controle acionário e também faz o financiamento de capital fixo a longo prazo. E, também pelo Banco de Inves- timento que por sua vez é Instituição especializada em operações para capitalização das empresas, e financiamento de capital fixo e de giro a médio e longo prazo, mediante a aplicação de recursos de terceiros, ou de repasse de fontes oficiais do exteri- or. Crédito Direto ao Consumidor O bem adquirido serve corno garantia da operação ficando à financeira pela figura jurídica da alienação fiduciária pela qual o cliente transfere a ela a pro- priedade do bem adquirido com o dinheiro empres- tado até o pagamento total de sua divida. Crédito Rural É o suprimento de recursos financeiros para aplica- ções exclusivas nas atividades agropecuárias, desenvolvidas por produtores rurais. Apenas os bancos comerciais e múltiplos com car- teira comercial operam neste segmento. O crédito rural tem como objetivo: Estimular os investimentos rurais feitos pelos pro- dutores ou pelas cooperativas rurais; Favorecer o custeio, a produção e a comercialização de produ- tos agropecuários; Fortalecer o setor rural, nota- damente no que se refere a pequenos e médios produtores; Incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 18 São as seguintes atividades que podem ser financiadas pelo crédito rural: Custeio das despesas normais de cada ciclo produ- tivo; Investimento em bens ou serviços cujo apro- veitamento se estenda por vários ciclos produtivos; Comercialização da produção. Podem-se utilizar do crédito rural: O produtor rural (pessoa física ou jurídica); Coope- rativa de produtores rurais; e A pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguintes atividades: - pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; - pesquisa ou produção de sêmem para insemi- nação artificial; - prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para a proteção do solo; - prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais; - exploração de pesca, com fins comerciais. Cabe ao produtor decidir a necessidade de assis- tência técnica para elaboração de projeto e orienta- ção, salvo quando considerados indispensáveis pelo financiador ou quando exigidos em operações com recursos oficiais. São exigências essenciais para concessão de crédito rural: Idoneidade do tomador; apresentação de orçamen- to, plano ou projeto, exceto em operações de des- conto de Nota Promissória Rural ou de Duplicata Rural; Oportunidade, suficiência e adequação de recursos; Observância de cronograma de utilização e de reembolso; Fiscalização pelo financiador. Garantias: As garantias são livremente acertadas entre o fi- nanciado e o financiador, que devem ajustá-las de acordo com a natureza e o prazo do crédito. Pode se constituir a garantia de: Penhor agrícola, pecuário, mercantil ou cedular; Alienação fiduciária; Hipoteca comum ou cedular; Aval ou fiança; Outros bens que o Conselho Mone- tário Nacional admitir. O Crédito Rural sujeita-se às despesas de: Remuneração financeira;Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários; Custo de prestação de serviços; Adicional do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO); Sanções pecuniárias. Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutu- ário, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua conta pela instituição financeira ou decorrentes de expressas disposições legais. São as taxas de juros segundo a origem dos recursos aplicados: Recursos controlados: 8,75% a.a., exceto no Pro- grama Nacional de Financiamento Agrícola Familiar - PRONAF, que é de 5,75% a.a. para custeio e 4% com rebate de 25% a.a. para investimento; Os financiamentos do PRONAF estão ainda sujeitos à variação de preço mínimo com base na equivalência em produto; Recursos não controlados: livremente pactuados entre as partes; Recursos das Operações Oficiais de Crédito destinados a investimentos: Taxa de Juros de Longo Prazo (TJPL), acrescida de taxa efetiva de juros fixada semestralmente pelo Conselho Monetário Nacional. Classificação do custeio: Classifica-se em: - custeio agrícola; - custeio pecuário; - custeio de beneficiamento ou industrialização Financiamentos a Exportação Operações de adiantamento de recursos, antes ou após o embarque das mercadorias, oferecidas por bancos que atuam na área de cambio para fomen- tar as exportações. Operações mais utilizadas: adiantamento sob contratos de câmbio (ACC) adiantamento sob cam- biais entregues (ACE). - Alienação Fiduciária: Garantia dada a uma operação de crédito na qual o devedor transfere ao credor a propriedade de um de um bem móvel, identificável, fechando com as posses direta, na qualidade de fiel depositário. Os bancos, compulsoriamente, operam neste seg- mento através de recursos próprios, oriundos de 25% dos volumes médios dos depósitos à vista e recursos em trânsito (base de depósito compulsó- rio). Dos recursos das exigibilidades do Crédito Rural dos bancos, no mínimo 30% devem ser destinados aos pequenos produtores ou liberados para finan- ciamento de qualquer produto, seja ele para cus- teio ou financiamento, e no mínimo 80% alceados em atividades prioritárias, sem prejuízo dos 30% anteriores. Os bancos podem optar por terem o recurso da exigibilidade depositado no BC sem remuneração nenhuma, ou pagarem uma taxa de penalidade que, em função da taxa de Juros de mercado pode eventualmente, até ser uma alternativa melhor de aplicação. Há também os recursos do depósito especial remu- nerado DRE, cuja regra prevê um mínimo de 40% NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 19 de aplicação em crédito rural por parte dos bancos privados. Neste caso se o Banco não quiser destinar os recursos à atividade rural, pode deixar o di- nheiro depositado na autoridade monetária renden- do TR + 8/5% ao ano. Muitos bancos privados que atuam na área urbana têm preferido cumprir a exigibilidade da aplicação obrigatória, através de repasses de recursos no interbancário para o Banco do Brasil/ comprando os Certificados de Depósito Interbancário Rural. As taxas de juros do credito rural são as se- guintes: - mini- produtores, TR + 6% aa.; - pequenos produtores, TR +9% aa.; - médios e grandes, TR + 12.5% aa. Os mini-produtores são os que têm uma renda mé- dia anual de até 25 mil UREF, pequenos, uma renda entre 25 mil e 75 mil UREF, e os médios e grandes, acima de 75 mil UREF (Unidade de Referência Rural e Agroindustrial), criada em 1° de agosto de 1992 com o valor de R$ 1.000.00, é corrigida mensal- mente pela TR. Não são consideradas como ativida- des agropecuárias elegíveis para esta linha de cré- dito as empresas e/ou pessoas físicas que tenham explorações sem caráter produtivo, além da criação de cavalos. As modalidades de credito rural são: • Custeio agrícola e pecuário, recursos para o ciclo operacional das atividades, tendo co- mo prazo de financiamento o período má- ximo de 12 meses; • Investimento Agrícola e pecuário, recursos para investimento fixo e semi-fixo, tendo como; • prazo o período de até seis anos; • Comercialização agrícola pecuária; • recursos para o beneficiamento e a estoca- gem dos produtos agropecuários que sejam comercializados em ate 120 dias após a li- beração destes recursos. • Outras fontes de recursos para o crédito ru- ral são a caderneta de poupança rural e os compulsórios sobre as cadernetas de pou- pança. Existe uma lei agrícola que determina que aos mini e pequenos agricultores, seja aplicada a equivalên- cia em produto no momento do financiamento. Isto significa que quem tomar recursos equivalentes a 1.000 sacas de milho, por exemplo, deverá ao ban- co o equivalente a 1.000 sacas de milho no mo- mento do vencimento do débito, não importando a correção aplicada a divida. Os bancos, por seu lado, temem que os preços agrícolas não subam o suficiente para cobrir os empréstimos, que no caso são subsidiados (TR + 9% a.a.), e que o Governo não venha a pagar a diferença gerada e, por isso, relutam em emprestar ao mini e ao pequeno produtor. Como Obter o Financiamento de Custeio: Via de regra, os bancos fazem as seguintes exigências básicas ao produtor: cadastrar-se junto à institui- ção; preencher a proposta-orçamento de financia- mento, já de posse da primeira via da nota fiscal ou pedido de insumos agrícolas, outros documentos e dados adicionais, caso a caso. Os critérios para liberação de crédito são cautelo- sos, mas, basicamente, é pedido o penhor da safra na maioria dos casos. No Manual de crédito Rural do BC estão bem expli- citados os critérios para liberação do financiamento. Para terem direito ao crédito rural, o produtor e as cooperativas têm de comprovar posse definitiva ou temporária (através de arrendamento ou parce- ria) da terra. Devem ser indicados, na proposta-orçamento de financiamento, os dados que identifiquem a finali- dade do crédito, a cultura a ser financiada e a ade- quação das verbas orçadas. O percentual de financiamento é o seguinte: ♦ mini e pequenos - crédito de 100% do VBC (valor básico de custeio); ♦ médios - crédito de 80% do VBC (valor bá- sico de custeio); ♦ grandes - crédito de 60% do VBC (valor básico de custeio). De acordo com o BC, é obrigatória a comprovação dos recursos próprios. Assim, ao requisitar o crédi- to, o agricultor deve depositar em sua conta corrente no banco a parcela que lhe cabe de recursos próprios, seja do próprio bolso ou de financiamento obtido a juros de mercado. São necessários estudos técnicos a serem pagos pelo financiado para liberação do crédito, quando estão envolvidos valores muitos elevados ou se trata de custeio pecuário, programas especiais do VBC, crédito a cooperativas para aquisição de in- sumos para posterior revenda ou crédito para in- vestimento em aviação agrícola. Também se faz necessária à medição da lavoura e das pastagens, quando a arca financiada for superi- or a 1.000 hectares. De posse desses dados, o banco registra o valor do crédito de acordo com o VBC e a classificação do produtor, estipula o prazo para liberação das parce- las, o modo de utilização e a forma de pagamento. Aprovado o crédito, a primeira parcela é imediata- mente liberada. NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 20 O pagamento aos fornecedores de insumos agríco- las é feito diretamente pelo banco e somente é creditado na conta corrente do produtor o montante referente a gastos com mão-de-obra e operações de plantio. A outra parcela - para tratos culturais e colheita - só é liberada na época especifica. Assim, os juros sobre o crédito rural incidem sem- pre sobre o saldo devedor e nunca sobre o total do valor financiado. O pagamento do financiamento ao banco deve ser realizado após 60 dias, no caso do médio e grande produtor, e 90 dias para os mini e pequenos. Caso o apicultor ainda não tenha comercializa- do sua produção, ele pode transformar esse débito em Empréstimo do Governo federal (EGF) e prolongar, assim, o prazo de quitação do débito. Existem diversas espécies de títulos de crédito rural, como veremos a seguir. • Cédula Rural Pignoratícia (CRP) um título de crédito lastreado em garantia real, repre- sentada por penhor rural ou mercantil. • Cédula Rural e Hipotecária (CRU) lastreada em garantia real, representada por hipoteca de imóveis. Cédula Rural e Pignoratícia e Hipotecária (CRPM) garantida por penhor e por hipoteca Nota de Crédito Rural. Não se reveste de garantia real. Nota Promissória Rural: uma promessa de paga- mento como a NP, porém, nela, deve estar discri- minado o produto objeto da transação. Duplicata Rural Difere da duplicata mercantil por sua natureza rura- lista. Deve discriminar a natureza do produto. No pacote agrícola de 08/92 o Governo propôs a fusão dos diferentes títulos em apenas dois a Cédu- la de Crédito Rural e a Nota Promissória Rural. O BNDES, com o pacote agrícola, ficou com a res- ponsabilidade de três programas de financiamento. Agropecuária - 50% de empreendimento, com juros mínimos de TR+9% a.a. e prazo máximo de seis meses; Infra- estrutura: do capital necessário, com juros mínimos de TR+9% a.a. e prazo de 10 anos: finan- cia transporte, energia e armazenagem. Apoio a Agroindústria: 60% do orçamento, com taxa de juros mínimos de TR e prazo de oito anos. Financia a capacitação tecnológica. A agropecuária é reconhecida como ponto forte da atuação do Banco do Brasil, a disseminação do crédito rural tem contribuído para aumentar a pro- dução, melhorar o nível de vida dos agricultores e reduzir o êxodo rural e suas graves conseqüências. Historicamente o Banco do Brasil sempre foi res- ponsável por dois terços dos empréstimos concedi- dos para custeio agrícola no País. Nos últimos anos, em função de modificações na política governamen- tal, sua participação chegou a alcançar 80%. O Banco é o principal agente viabilizado do proces- so de retomada do crescimento agrícola iniciado em 1991. Dos créditos que concede ao setor, cerca de 90% são lastreados com recursos próprios ou cap- tados no mercado, sobretudo através da Caderneta de Poupança-Ouro. Os repasses do Tesouro e os fundos e aprovisionamentos realizados por entida- des governamentais representam menos de 10% dos empréstimos ao setor. Com o objetivo de impulsionar a produção agrícola e consolidar nova política rural, vinculando o crédito ao efetivo desenvolvimento harmônico do campo, com a conseqüente geração de empregos e incre- mento na renda dos produtores, adotou medidas como a criação de planos de regularização de dívi- das e reincorporação de produtores ao crédito rural, financiamento para aquisição antecipada de insu- mos, transformação automática de operações de custeio em crédito de comercialização e mobilização para suprir recursos destinados aos empréstimos. Tais medidas, associadas à liberação de recursos nas épocas apropriadas, têm contribuído para um crescente incremento na produção brasileira de cereais e oleaginosas, culminando com significativo avanço na safra 1994/95. Merece destaque a atuação do Banco como agente do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária Proagro, que tem por objetivo: • desonerar os produtores rurais de obriga- ções financeiras relativas a operações de crédito rural, indenizar recursos próprios u- tilizados pelos agropecuarístas em custeio rural, quando ocorrerem fenômenos natu- rais, pragas e doenças que prejudiquem bens, rebanhos e plantações, e promover utilização de tecnologia nas atividades a- gropecuárias. • a modernização do campo e o aumento dos níveis de produtividade fazem parte dos ob- jetivos do Banco, que concede financiamen- tos para compra de corretivos do solo e efe- tua operações no âmbito do Finame Rural (aquisição de máquinas e equipamentos di- retamente dos fabricantes). NOVA EDIÇÃO CENÁRIOS ECONÔMICOS 21 Para aprimorar e modernizar os mecanismos de comercialização de produtos agropecuários, o Ban- co implantou o programa Convênios de Integração Rural - Convir, que propicia a negociação direta entre as agroindústrias e os finalistas integrados, sem a presença de intermediários. O convênio ga- rante ainda assistência técnica intensiva e gratuita, o que aumenta as garantias de uma boa colheita. O Banco participa oficialmente como prestador de serviços no segmento de leilões. Atuando em leilões de animais, oferece aos clientes, através do BB- Remate a operacionalização informatizada dos ne- gócios realizados. CERTIFICADOS DE DEPÓSITO BANCÁRIO CDB e RDB CDB (Certificado de Depósito Bancário) - com- provante de depósito, nominal, transferível, negoci- ável, emitido à taxa efetiva anual bruta, com ou sem emissão de certificado, o qual pode ser negociado entre investidores e transferido através de endosso. Qual a principal diferença entre CDB e RDB? O CDB, sendo um título, pode ser negociado por meio de transferência. O RDB é inegociável e in- transferível. RDB (Recibo de Depósito Bancário) Comprovante de depósito, nominal, intransferível, inegociável, emitido à taxa efetiva anual bruta. Quais são os principais tipos de aplicações financei- ras disponíveis no mercado? As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento. Existem riscos nessas aplicações financeiras? Toda aplicação financeira está sujeita a riscos. Para reduzi-los, deve-se procurar informações sobre o tipo de aplicação, sobre a instituição financeira e sobre as variáveis econômicas que podem influenci- ar o resultado esperado. Geralmente os rendimentos são maiores nas aplicações de maior risco. Alguns tipos de aplicações são parcialmente garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC. Qual o prazo mínimo para aplicação e resgate de CDBs e RDBs? O prazo mínimo varia de 1 dia a 12 meses, depen- dendo do tipo de remuneração contratada. Pode um CDB ou um RDB ser resgatado antes do prazo de vencimento? Ambos podem ser resgatados antes do prazo contra- tado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplica- ção. Antes do prazo mínimo não são abonados ren- dimentos. MERCADO BANCÁRIO Cobrança e pagamento de títulos e carnês Serviço destinado a receber créditos de clientes, relativos à emissão de títulos de natureza mercantil, financeira ou de serviços. (Duplicata Mercantis-DM, Duplicata de Serviço-DS, Nota Promissória-NP, Letra de Câmbio-LC, Warrant, Nota de Seguro e Apólice de Seguro). Cobrança, é feita através dos bloquetos que substi- tuem duplicatas, notas promissória, letras de câm- bio, recibo ou cheque e tem o poder de circular pela Câmara de Compensação. O cliente informa o banco, via computador, os dados sobre seus fornecedores com data e valores a serem pagos, entrega os comprovantes necessários ao pagamento de posse destes dados, o banco organiza e executa todo o fluxo de pagamento do cliente, via débito em conta ou doc, informando ao cliente todos os passos executados. Cobrança Simples Sem Registro - Desti- na-se à cobrança de Duplicata Mercantil-DM, Du- plicata de Serviço-DS, Nota Promissória-NP, Letra de Câmbio-LC, Warrant, Nota de Seguro e Apóli- ce de Seguro,
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