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Aula 5 Saídas de emergência

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UNIVERSIDADE POTIGUAR
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO: GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Instalações Prediais de Combate a Incêndio 
E Instalações Prediais de Gás
Saídas de emergência
Professora: Kalline Pinheiro da Câmara
INST. PREDIAIS – COMBATE A INCÊNDIO E GÁS
Saída de emergência:
Ou rota de saída de emergência ou de desocupação de uma edificação é o caminho contínuo, devidamente protegido, sinalizado e iluminado, constituídos por portas, corredores, vestíbulos, escadas, rampas, saguões, passagens externas, etc., a ser percorrido pelos ocupantes, por seus próprios meios, em caso de incêndio ou de outra emergência, a partir de qualquer ponto da edificação, até atingir a via pública ou outro espaço externo definitivamente seguro.
		
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Pontos importantes do projeto das rotas de saídas de emergência:
O planejamento das rotas de saídas: deve ser considerado a natureza da ocupação, a área, altura e o número de ocupantes da edificação para determinar:
O número de rotas de saída;
As suas localizações, e consequentemente, as distâncias máximas a serem percorridas pelos ocupantes para alcançá-las;
As suas larguras.
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A proteção da rota: as rotas de saídas devem ser protegidas com medidas que controlem a fumaça e que as paredes e portas de corredores, antecâmaras, caixas de escada e rampas enclausuradas e descarga tenham resistência ao fogo, de acordo com os tempos mínimos, determinados pelas normas;
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A sinalização e a iluminação de emergência: as rotas devem ser bem sinalizadas e iluminadas para que os ocupantes, principalmente os que não estão familiarizados com a edificação, possam identificar facilmente os caminhos que devem ser seguidos para a saída com segurança numa situação de emergência. Deve se prevê a sinalização adequada para as pessoas portadoras de deficiências físicas e condições de auxiliá-los nestas condições.
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Os sistemas de detecção e de alarme: equipamentos muito importante, são responsáveis por detectar precocemente os focos de fogo e avisar os ocupantes da emergência de incêndio, permitindo a saída imediata antes que a fumaça possa aumentar seu volume e que as primeiras providências sejam tomadas. Quanto antes um incêndio for detectado e seus ocupantes alertados, mais rápida e efetiva será a desocupação da edificação.
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Larguras mínimas das saídas de emergência
Deve ser decorrência da compatibilização das larguras das rotas horizontais com as larguras das portas, escadas, rampas e descargas considerando a lotação dos pavimentos ou de toda a edificação, conforme o caso, para permitir a desocupação num tempo máximo aceitável como seguro.
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Método da unidade de passagem:
Este método usa a teoria da desocupação da edificação baseada na unidade de passagem, que é a largura mínima necessária para a passagem de uma fila de pessoas, em trânsito normal, correspondente a 55cm. 
Capacidade de passagem (C) é o número máximo de pessoas em fila que pode passar numa unidade de passagem de tempo, que é de 1min.
Os valores determinados de C através de portas, corredores, escadas e rampas são diferentes.
A taxa média tem sido de 60 pessoas por min a cada 55cm.
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pode ser aplicado em edificações com grandes concentrações de público, como teatros, colégios, ginásio de esportes e de espetáculos, estádios de futebol e etc.
Este método é adotado pela NBR 9.077:2001 e IT 11:2015.
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Método da capacidade
baseia-se na teoria de que as escadas enclausuradas de uma edificação são locais seguros em caso de incêndio.
Devendo ser projetado um número suficiente delas na edificação para abrigar temporariamente todos os seus ocupantes, sem necessidade que sejam desocupadas com pressa.
A escada é considerada área de refúgio temporário;
Este método não é o mais indicado, principalmente para edificações altas, pois devido à necessidade de grandes áreas para as caixas das escadas, torna o custo do empreendimento muito alto.
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Critérios de dimensionamento das larguras das saídas de emergência (IT 11:2015)
Corredores, saguões e antecâmaras
As larguras que dão acesso às escadas, rampas e descargas devem ser dimensionadas considerando a população dos respectivos pavimentos;
Escadas, rampas e descargas
As larguras devem ser dimensionadas levando em consideração o pavimento de maior população. Estas larguras determinarão as larguras mínimas para os lanços e patamares correspondentes aos demais pavimentos da edificação, mas nunca poderão ser menores que 1,20m.
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Portas
As portas devem ter largura necessária para atender à população de um ambiente, pavimento ou do pavimento de maior população, de acordo com sua localização.
Todas as larguras são determinadas a partir das capacidades de passagem. As variáveis como ocupação, população, altura, área distância máxima a ser percorrida.
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Larguras mínimas das saídas de emergência
≥ 1,20m, correspondentes a duas unidades de passagem de 55 cm para corredores, escadas e descargas nas edificações
De ocupações gerais: os corredores devem ter as seguintes larguras mínimas para permitir a circulação normal de deficientes físicos, segundo NBR 9.050:2004
Corredores de uso comum em edificações multifamiliares:
≥1,20m quando eles tem extensão máxima de 10m;
≥ 1,50m para extensões maiores de 10m
Corredores de uso público
≥1,50m
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≥1,65m, correspondentes a três unidades de passagem de 55 cm para corredores, escadas, rampas (apenas H-2) e descargas nas divisões de ocupação:
H2 – locais onde as pessoas requerem cuidados especiais por limitações físicas ou mentais;
H3 – hospitais e assemelhados sem passagem de macas e camas.
≥ 2,20m, correspondendo a quatro unidades de passagem de 55cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações H-3.
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Abertura de portas e obstáculos nas saídas de emergência
Formas de aberturas das portas para corredores
Devem sempre abrir no fluxo de saída. Algumas portas da edificação constituem exceção, como as portas de unidades autônomas, como apartamentos e escritórios, que dão acesso às rotas de saídas de emergência;
As portas nunca devem diminuir a largura efetiva dos corredores, escadas, etc.;
Quando as portas abrem em ângulos de 90° no sentido do trânsito devem ficar em recuos;
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Quando as portas abrem em ângulos de 180°, no sentido do trânsito de saída, não deve diminuir sua largura efetiva para um valor menor que a metade. Sempre devem manter a largura mínima livre, além do raio de giro da porta.
Fig 01- formas de aberturas das portas para corredores em ângulos de 90° e 180°
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Saliências máximas permitidas em paredes de corredores de saídas de emergência
A largura mínima deve ser medida em sua parte mais estreita;
São admitidas saliências de guarnições, pilares, etc., com dimensões:
Menores ou iguais a 10x25cm para rotas com largura ≥ 1,20m;
Maiores que 10x25cm, para rotas com larguras maiores que 1,20m, acrescidas das saliências do obstáculo.
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Fig. 02- medida da largura em corredores e passagens.
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Roteiro para dimensionamento das saídas de emergência
É valido para edificações em geral e para recintos esportivos e de espetáculos com área total construída menor ou igual a 10.000m² ou com população menor ou igual a 2.500 pessoas
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Os elementos de cálculo necessários para dimensionamento
são:
Cálculo da população;
Cálculo do número de unidades de passagem necessário;
Distâncias máximas a serem percorridas;
Determinação do número mínimo de saídas de emergência;
Tempo necessário para a desocupação total da edificação.
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Cálculo da população: 
Em função da:
Ocupação;
Área do pavimento ou da edificação, obtida mo projeto arquitetônico;
Densidade ocupacional.
Usaremos:
Decreto 56.819:2011
IT 11- Anexo A – Tabela 1
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Fórmula utilizada para o cálculo da população
P = A x do
Onde:
P = população em n° de pessoas;
A = área do ambiente, pavimento ou edificação em m²;
do = densidade ocupacional em n° de pessoas por metro.
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Cálculo de número de unidades de passagem
N =P/C
Onde:
N = número de unidades de passagem;
P = população do ambiente, pavimento ou edificação, em n° de pessoas;
C = capacidade de unidade de passagem, que pode ser de porta, corredor, descarga, escada ou rampa, em n° de pessoas por minuto/unidade de passagem. 
Largura efetiva
L= N x 0,55 m
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Localização das saídas de emergência
As saídas e as escadas devem ser localizadas de forma a propiciar efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de saída, mas para isso devem ser suficientemente afastadas umas das outras.
Número de saídas de emergência
o número de Escadas depende do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população **(Tabela 1) e distâncias máximas a serem percorridas **(Tabela 2).
** consultar IT 11 2015
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Distâncias máximas a serem percorridas
É o trajeto mais longo entre um ambiente para alcançar uma área de refúgio, escada ou rampa no mesmo pavimento, ou no pavimento térreo, a distância máxima para atingir a descarga ou uma porta de acesso para o exterior da edificação.
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Tempo necessário para a desocupação total da edificação
A velocidade do escoamento é um valor recomendado através da capacidade de passagem de pessoas por unidade de tempo numa unidade de passagem;
Segundo a NBR 14.423:1999, a NBR 15.2004 e a IT 08:2004 as edificações devem ser projetadas para resistir ao fogo por no mínimo 2h, ou seja jamais se deve projetar uma edificação, cujo tempo máximo de saída de seus ocupantes seja próximo a esse valor.
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Malhotra, 1998, apresenta valores, que são baseados em estudos feitos na Inglaterra, sobre a movimentação de pessoas em acessos, corredores e estações de metrô. Os tempos médios para o deslocamento de pessoas são:
30m/min, num caminhas rápido e em boas condições de saúde, de mobilidade e com espaço livre a frente;
20m/min, num caminhas normal;
10m/min, num caminhas em espaços congestionados;
5m/min, para deslocamento de pessoas incapacitadas de caminhar.
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Telmo Brentano recomenda:
Velocidades de deslocamento médio:
Trajetos horizontais: 20m/min;
Escadas: 5m/min.
Tempo máximo para desocupação de uma edificação:
20 minutos.
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Características construtivas das escadas
Ter os lanços e patamares retos;
Ser incombustíveis;
Quando não enclausuradas, além disso, ter TRRF mínimo de 2h;
Ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chamas;
Ter os pisos e patamares com condições antiderrapantes;
Ser dotadas de guardas nos seu lados abertos;
Ser dotadas de corrimãos em ambos os lados e ao longo de todo perímetro dos patamares;
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Ter sinalização e iluminação de balizamento indicando a rota da saída e da descarga;
Atender a todos os pavimentos acima e abaixo do pavimento de descarga e ambas terminar de formas independentes, obrigatoriamente no piso deste.
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Características construtivas das escadas
Não são aceitas escadas com degraus em leque ou espiral como escada de segurança;
Dimensionamento dos degraus:
Os degraus devem:
 ter altura h compreendida entre 16 cm e18 cm, com tolerância de 0,5 cm;
ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel:
			63 cm ≤(2h + b) ≤64 cm
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Fig.03- altura e largura dos degraus
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Guardas e corrimãos: 
toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.
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Guardas e corrimãos: 
5.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo, de 1,10 m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros, medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. As alturas das guardas em escada aberta externa (AE), de seus patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m.
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Os corrimãos devem ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo em escadas;
Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal exigida; em escolas, jardins de infância e assemelhados, se for o caso,deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal;
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Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fáceis e confortavelmente, permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso de secção circular, seu diâmetro varia entre 38 mm e 65 mm;
Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados e terão largura máxima de 65 mm.
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Para auxílio das pessoas portadoras de necessidades especiais, os corrimãos das escadas devem ser contínuos, sem interrupção nos patamares, prolongando-se, sempre que for possível pelo menos 0,3 do início e término da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa;
Nas rampas e, opcionalmente nas escadas, os corrimãos devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso acabado.
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Fig. 04 – detalhe corrimão
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Fig. 05 – detalhes guarda corpo e corrimão
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Área de refúgio:
CBRN:
			Seção XVI - área de refúgio
Art. 34 -	Denomina-se área de refúgio ao local abrigado de uma edificação, onde seus ocupantes poderão aguardar em segurança pelo resgate do Corpo de Bombeiros Militar, devendo ser observadas as especificações contidas nesta norma;	
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	§ 1º -	As edificações com obrigatoriedade de áreas de refúgio devem possuir compartimentação através de portas corta-fogo e paredes resistentes ao fogo;
	§ 2º -	A laje de cobertura do prédio deve oferecer resistência ao fogo (TRF 4 horas), sendo garantido espaço suficiente para um mínimo de trinta por cento (30%) da população daquela edificação, considerando a área ocupada de meio metro quadrado por pessoa (0,50 m2/pessoa);
	§ 3º -	Sua área total não poderá ser inferior a vinte e cinco por cento (25%) da área do último pavimento tipo;
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	§ 4º -	Deverão existir alças de salvamento, confeccionada em aço galvanizado de 5/8” (cinco oitavos de polegada), com seção circular mínima
de 06 cm (seis centímetros), distanciadas de no máximo três metros (3,0 m);
§ 5º -	Nos pontos onde estiverem instaladas as alças de salvamento deverá existir proteção para os cabos de salvamento contra o desgaste por arestas vivas;
§ 6º -	O acesso a cobertura deverá ser através de da escada de segurança.
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IT 08 
Área de refúgio
5.10.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas a pelo menos uma escada/rampa de emergência ou saída para área externa.
5.10.1.2 A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter resistência conforme IT 08/11 - Resistência ao fogo dos elementos de construção. As paredes que definem as áreas de refúgio devem apresentar resistência ao fogo conforme a IT 08/11 e as condições estabelecidas na IT 09/11

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