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Sist. Digestório

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RESUMO SIST. DIGESTÓRIO
- Cavidade oral:
	Delimitada anteriormente pela rima da boca (linha formada pela união dos lábios quando fechados) e, posteriormente, pelo istmo das fauces – limite com a orofaringe. Internamente, a boca possui duas grandes cavidades, o vestíbulo, espaço entre a mucosa dos lábios e bochechas e a gengiva e os dentes, e a cavidade própria bucal. 
	Ao nível dos 2º molares superiores (elementos 17 e 27), surge a papila do ducto parotídeo, que é onde desemboca o ducto da glândula parótida. 
		OBS.: outras glândulas, a exemplo da glândula parótida também secretam saliva para dentro da boca. São elas, as principais: 
As glândulas submandibulares, que se situam anteriormente à parte mais inferior da parótida e lançam seus ductos no soalho da boca, medianamente, nas carúnculas sublinguais. É responsável pela maior produção de saliva;
A glândula sublingual, que se situa lateralmente e inferior à língua e desemboca em vários canalículos sublinguais, presentes no soalho da boca. É menor que as duas anteriores. 
O teto da cavidade oral é constituído pelo palato, que é dividido em partes dura (palato duro), formado por osso, e em parte mole (palato mole), formado por tecido mole. A parte óssea do palato é constituída majoritariamente pela parte palatina da maxila (2/3) e também pela lâmina horizontal do Osso etmoide (1/3). 
	Do palato mole surge uma “depressão”, a úvula palatina e, lateralmente, duas pregas que delimitarão a região de fauces. 
- Fauces:
	Delimitada pelo arco palatoglosso e pelo arco palatofaríngeo, ambas pregas do palato mole. É nela onde se apresentam as tonsilas palatinas, alojadas nas fossas tonsilares. 
	A entrada das fauces é chamada de Istmo das Fauces e é o que delimita cavidade própria da boca e orofaringe.
- Língua:
	Órgão muscular que apreende quatro funções: deglutição, gustação, articulação da palavra e auxílio na mastigação. 
	Formada por uma raiz de implantação, posterior, um corpo e um ápice (anterior; “ponta”). 
	No dorso da língua, separando os 2/3 iniciais (onde se encontrar as papilas gustativas) do terço final, têm-se um sulco terminal em forma de V. Posteriormente ao vértice do sulco terminal, existe o chamado forame cego da língua, onde se aloja a tonsila lingual. 
	As papilas gustativas são de quatro tipos principais: fungiformes, em forma de cogumelo, situadas próximas ao ápice, filiformes, situadas “no meio” do dorso da língua, folhadas¸ que ficam na região lateral da língua e as papilas circunvaladas, que ficam anteriormente ao sulco terminal.
- Dentes: 
	Estruturas rijas e esbranquiçadas que têm como função primordial a mastigação, mas também ajudam na formação da palavra e no processo de desenvolvimento das estruturas adjacentes. Nele se observam três partes: a raiz, interna à gengiva, o colo, região circundada por gengiva e que representa a delimitação entre raiz e coroa, que é a parte externa do dente. 
	No adulto, existem 32 dentes, sendo eles 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares (dentição permanente). Na dentição decídua, ou de leite, a primeira do indivíduo, se observa apenas 20 dentes, sendo que o grupo de pré-molares não aparece: 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares. 
	
- Faringe: 
	Tubo miomembranáceo que faz parte tanto do sistema respiratório como do digestório. Formado por três partes, julgadas a partir das estruturas com que entra em contato: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. 
	A nasofaringe se comunica com a cavidade nasal através dos cóanos e apresenta a desembocadura da tuba auditiva na faringe, o óstio faríngeo da tuba auditiva, recoberto pelo toro tubário. 
	A orofaringe se comunica com a cavidade oral através do istmo das fauces. Durante a deglutição, o palato mole se ele eleva para que a comida não atinja a nasofaringe, enquanto que a cartilagem epiglótica da laringe, fecha o ádito da laringe, para que também não ocorra a penetração de elementos sólidos no trato respiratório. 
	A laringofaringe se comunica com a laringe através do ádito da laringe.
	A faringe se continua com o esôfago, sem que haja uma delimitação precisa de onde termina um e o outro começa.
-Esôfago:
	Órgão miomembranáceo que faz a ligação entre faringe e estômago. É dividido em quatro partes: cervical, torácica, diafragmática e abdominal¸ sendo a torácica a maior delas. 
Enquanto atravessado pelo alimento, sua luz é aumentada em virtude dos movimentos peristálticos, que impulsionam a comida pelo tubo digestório.
Possui, em sua conexão com o estômago, possui um “esfíncter” que ajuda na regulação do refluxo gástrico, chamado de esfíncter inferior do esôfago. Apesar de ser chamado de esfíncter, esta estrutura não apresenta fibras musculares orbiculares, característica desse tipo de dispositivo.
- Generalidades do abdome:
Diafragma:	
Septo muscular em formato curvo com concavidade inferior que divide o tórax do abdome. É transpassado pela aorta, veia cava inferior e esôfago através do hiato aórtico, forame da veia cava e hiato esofágico, respectivamente. 
Peritônio: 
Membrana serosa responsável pelo revestimento dos órgãos abdominais, dividida em peritônio parietal, que recobre a parede abdominal, e peritônio visceral, que reveste as vísceras. As duas lâminas do peritônio são contínuas e formam entre elas uma cavidade, chamada cavidade peritoneal, preenchida de líquido. 
Alguns órgãos se encontram colados à parede posterior do abdome e não são cobertos totalmente pelo peritônio, sendo assim chamados de órgãos retroperitoneais, são, obviamente, fixos. Outros órgãos se desprendem da parede abdominal e o peritônio os acompanha, formando assim mesos ou ligamentos (quando liga esses órgãos à parede abdominal. Ex.: mesentério [liga o intestino delgado à parede abdominal]) ou omentos (quando a ligação é feita a outras vísceras. Ex.: omento maior [liga o colo transverso do intestino grosso à curvatura maior do estômago], omento menor [liga o fígado à curvatura menor do estômago]). 
- Estômago: 
	Órgão visceral e oco que pode ser visto como uma dilatação do tubo digestório que se segue ao esôfago e se continua com o intestino delgado. Apresenta na sua porção proximal um orifício que se comunica com o esôfago, o óstio cárdico e outro na porção distal, que se comunica com o duodeno (porção inicial do intestino del.), o óstio pilórico, onde apresenta um mecanismo para fechamento e abertura do óstio, semelhante ao dispositivo do esfíncter inferior esofágico, chamado de piloro.
	Apresenta quatro partes: 	
Cárdia: região que compreende o óstio cárdico;
Fundo: localizado acima de uma linha imaginária traçada tangencialmente à região cárdica
Corpo gástrico: maior parte do estômago, corresponde ao “centro” do órgão. Nessa região se apresentam duas curvaturas, uma à direita, a curvatura menor, e outra à esquerda, a curvatura maior. A curvatura menor é também chamada de canal gástrico, é uma via preferencial dos líquidos.
Região pilórica: região que compreende o óstio pilórico, que contém o piloro. Essa porção se continua com o duodeno. Sua parte proximal é chamada de antro pilórico, seguida de uma região mais estreita, o canal pilórico, e por último o piloro (no óstio pilórico). 
O antro pilórico, parte proximal da região pilórica, é delimitado pela incisura angular. 
- Intestinos:
Intestino delgado:
Relacionado com a digestão (parte final), absorção e secreção, o intestino delgado é dividido em três partes:
Duodeno:	
É bem fixado à parede abdominal e é, portanto, retroperitoneal. Forma um arco em forma de U, abraçando a cabeça do pâncreas, no adulto. Na criança é em forma de C e no idoso, em V. 
O duodeno é dividido em 4 partes:	
Parte superior: parte que se continua imediatamente após o piloro. 
Parte descendente: recebe a adição da bile e do suco pancreático através da papila duodenal maior¸ que recebe os ductos colédoco (bile) e pancreático (suco pancreático). Geralmente, os ductos se unem antes de desembocar na papila duodenal maior, formando então ampola hepatopancreática. Em casode existir, o ducto pancreático acessório desemboca na papila duodenal menor, acima da outra papila. 
Parte horizontal
Parte ascendente
Curvaturas: também chamadas de flexuras
Flexura superior duodenal: entre as regiões superior e descendente do duodeno.
Flexura duodenal inferior: entre as regiões descendente e horizontal
Flexura duodeno-jejunal: entre o duodeno e o jejuno. 
Obs.: entre as partes horizontal e ascendente do duodeno existe uma curvatura, mas ela não recebe designação própria.
	
Jejuno-íleo:
Jejuno e íleo compõem o intestino delgado e são descritos juntos por não existir uma real noção de onde um termina e o outro começa. 
Diferentemente do duodeno, esta parte é móvel e recoberta por peritônio, que neste caso é chamado de mesentério. O mesentério se apresenta em forma de leque, pois sua inserção no intestino é bem maior que sua origem na parede abdominal. 
	O jejuno-íleo se inicia após a flexura duodeno-jejunal e se continua com o intestino grosso, através do íleo terminal, na região do ceco através de uma projeção, a papila ileal. Nesta papila encontra-se o óstio ileal.
Intestino grosso:
É a porção terminal do tubo digestório e tem por funções a reabsorção de água e eletrólitos e a excreção das fezes.
É mais curto e mais grosso que o intestino delgado, e apresenta algumas características:
Saculações ou haustros do colo: são partes mais dilatadas e limitadas por sulcos transversais. Se estendem por todo o intestino grosso se diminuindo à altura do colo sigmoide.
Apêndices adiposos do colo: acúmulos de gordura que aparecem na parede externa da víscera. 
Tênias: correspondem a estruturas musculares condensadas que percorrem quase toda a extensão do intestino grosso. São elas:
Tênia omental: fica disposta póstero-lateralmente nos colos ascendente, descendente e no ceco e antero-superiormente no colo transverso. 
Tênia mesocólica: fica disposta póstero-medialmente nos colos descendente, ascendente e no ceco e póstero-superiormente no colo transverso.
Tênia livre: está disposta anteriormente nos colos ascendente, descendente e no ceco e póstero-inferiormente no colo transverso.
Partes do intestino grosso: 
Ceco: porção inicial, onde desemboca o intestino delgado através da papila ileal. Dele sai um prolongamento no ponto de convergência das tênias, o apêndice vermiforme, que quando inflamado, causa a apendicite. 
Colo ascendente: segue-se com o ceco, fixado à parede posterior do abdome. É por isso imóvel ou quase. Se perpetua até a flexura direita do colo.
Colo transverso: tem início na flexura direita do colo e se estende até a flexura esquerda do colo. Por não ser preso à parede posterior do abdome, tem uma maior mobilidade que as outras partes do intestino grosso.
Colo descendente: tem início após a flexão do colo transverso. É, assim como o colo ascendente, fixado à parede posterior do abdome.
Colo sigmoide: continua o colo descendente e faz um trajeto mais curvilíneo, em busca da parte mediana, de onde sai o reto.
Reto: continuação do colo sigmoide. Apresenta uma dilatação (início), que forma a ampola do reto, que logo se afina e então se denomina canal anal. Este atravessa o tecido mole se obliterando inferiormente à pelve para formar o períneo. O canal anal faz contato com o meio externo através do ânus.
- Fígado: 
	Órgão mais volumoso do corpo humano. Se situa inferiormente ao diafragma e sua maior parte está do lado direito do corpo. 
Faces: 
Diafragmática: em contato com o M. diafragma 
Visceral: em relação com vários órgãos, como por exemplo o estômago e duodeno. Pode-se observar a presença de quatro lobos nessa face: o lobo quadrado, caudado, direito e esquerdo. 
Entre os lobos direito e quadrado existe a vesícula biliar;
Entre os lobos caudado e quadrado está localizada a porta do fígado, por onde passam inúmeras estruturas como a veia porta do fígado, o ducto hepático comum, a artéria hepática e nervos e vasos linfáticos;
Na face diafragmática, entre os lobos direito e esquerdo existe uma prega de peritônio, o ligamento falciforme;
O entre os lobos direito e caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior.
Condução da bile:
Ao ser produzida, a bile cai nos dúctulos biliares intra-hepáticos, que se unem e formam os ductos hepáticos direito e esquerdo. Estes confluem, à altura da porta do fígado, para formar o ducto hepático comum, que, ao se unir com o ducto cístico (que drena a vesícula biliar), forma o ducto colédoco. O ducto colédoco, juntamente com o ducto pancreático, forma a ampola hepática, que desemboca na papila duodenal maior.
Vesícula biliar: 
Localizada entre o lobo direito e o lobo quadrado do fígado, a vesícula biliar tem a função de armazenar a bile, já que esta não tem uma condução “passiva”, isto é, não sai do fígado diretamente para o duodeno. 
Esta condução se dá da seguinte maneira: 		
A bile chega até o óstio da papila duodenal maior através do seu fluxo normal, só que ao chegar lá, se encontra com uma estrutura que regula a abertura e fechamento deste óstio. Quando fechado, a bile retorna para a vesícula biliar, onde se aloja até que, com sincronismo com a abertura do óstio da papila duodenal maior, a vesícula a ‘expulse’ (jogando-a no ducto colédoco) por meio de uma contração.
Vesícula biliar:
A vesícula biliar é dividida em: 
Fundo: parte mais larga, corresponde à porção mais inferior.
Corpo: porção superior ao fundo, que se afila para formar o infundíbulo.
Infundíbulo
Colo: parte mais estreita; se continua com o ducto cístico.
- Pâncreas:
	Situada posteriormente ao estômago, é retroperitoneal, e, por isso, está acolada diretamente na parede posterior do abdome.
	Tem sua secreção, o suco pancreático, captador por dois vasos: o ducto pancreático e o ducto pancreático acessório, este, porém, não ocorre sempre. 
	Desemboca, juntamente com o ducto colédoco, na papila duodenal maior. Geralmente, está formando a ampola hepática (com o ducto colédoco) ao chegar na papila, mas, pode ser que ela não se acople com o ducto colédoco, ficando apensa ao seu lado. Nesse caso, na papila duodenal maior, existe um septo separando os dois canais. 
	O ducto acessório, quando existente, descarrega o suco pancreático na papila duodenal menor, situada superiormente à papila duodenal maior.
	Identifica-se três partes no órgão: 
Cabeça: situada no lado direito, é abraçada pelo duodeno;
Corpo: se continuo com a cabeça, é colocado transversalmente;
Cauda: parte mais afilada, é situada na esquerda, próxima ao baço.

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