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ATIVIDADE CRIMES CONTRA O PATRIMONIO

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FACULDADE INTEGRADA DE PATOS- FIP
FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL PROCESSO PENAL E SEGURANÇA PÚBLICA
JONATHAN DAMIÃO SILVA LIMA
Prof.: DMITRI AMORIM
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA E O PATRIMÔNIO
CAMPINA GRANDE
2016
ATIVIDADE
Qual a distinção da adequação típica dos crimes de furto qualificado pela fraude, de apropriação indébita e de estelionato?
- O primeiro crime, furto qualificado pela fraude, está previsto nos termos do art. 155, § 4º, II, CP. Neste caso, o agente subtrai para si ou para outrem, coisa alheia móvel, mediante o abuso de confiança, fraude, escala ou destreza, sendo o crime praticado quando o agente ativo subtrai a coisa alheia móvel quando não o está sob vigilância de seu proprietário/posseiro.
 Assim sendo, “No furto a coisa (“res furtiva”) é retirada do âmbito de vigilância e disponibilidade da vítima, de forma que esta não perceba. É necessário que o agente tenha a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo”.
O sujeito, de forma fraudulenta, reduz a atenção da vítima (proprietário ou quem detém a posse do objeto) para subtrair a coisa com certa facilidade. Torna-se evidente que anteriormente a vítima tinha sua atenção voltada ao objeto, que através de um ato vil reduz a vigilância da vítima e obtém a res furtiva. Sendo assim, existe a conduta de “SUBTRAIR” do agente ativo, facilitada pela redução da atenção da vítima sobre o objeto material para o bem seja subtraído.
- Apropriação indébita é o crime previsto no art. 168, CP, que consiste na apropriação indevida de coisa alheia móvel, sem a autorização do proprietário. O agente ativo “RECEBE” o bem por empréstimo ou em confiança, e passa a agir como se fosse o dono. Este crime pode ser confundido com o crime de furto, mas a principal diferença é que no furto, a intenção de apropriação da coisa é pretérita à sua obtenção, na apropriação indébita, o agente tem acesso ao bem de forma legal, mas depois que recebe o bem, resolve apoderar-se do mesmo ilicitamente, ou seja, a pessoa deixa de entregar ou devolver ao seu legítimo dono.
 
- No último caso, o estelionato, sua previsão legal está disposta no art. 171, CP, onde traz que para a configuração deste ato, o agente obtém para si ou para outrem “vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. ”.
No crime de estelionato, o agente ativo obtém a vantagem ilícita, causando prejuízo ao patrimônio do agente passivo, fazendo este acreditar numa falsa realidade mediante alguma “isca”.
“O agente ativo consegue a vantagem por meio da participação do agente passivo do tipo penal, motivada pela possibilidade de obter alguma vantagem, não se pode olvidar que o agente passivo do crime age em erro devido a falsa realidade que lhe é apresentada pelo agente ativo”.
O agente ativo “GANHA” o bem material de quem é o proprietário ou de quem detém sua posse, configurando-se crime de estelionato, sendo a vítima induzida ao erro, criando uma falsa realidade, fazendo com que esta, o entregue o bem material.
O crime de furto admite a ocorrência de violência como meio de execução? Justifique.
- Nesse caso, não estaria configurado o crime de furto (art. 155, CP), já que, a utilização de violência como meio de execução para subtração de coisa alheia móvel é elemento típico do crime previsto no art. 157, CP (roubo).
Nessas circunstâncias, pode haver a qualificação nos termos do § 1º, do art. 157, CP, conhecido como roubo impróprio, configurado quando o agente, após subtrair o bem (sem o emprego de violência, o que seria, até então, um furto), emprega violência ou grave ameaça para assegurar a impunidade do crime, garantindo ou não a posse da coisa subtraída.
Um exemplo de roubo impróprio é quando um determinado elemento, “furta” (sem emprego de violência ou grave ameaça) um objeto em um supermercado, entretanto, ao tentar se evadir do estabelecimento, é flagrado pelo segurança do local, e para manter a posse daquele bem, agride o funcionário e foge. Com o emprego da violência no final da ação criminosa, fica configurado o roubo impróprio.
Qual é o elemento subjetivo do crime de latrocínio, no que diz respeito ao resultado agravador? Explique.
- Segundo Damásio Evangelista de Jesus, o latrocínio “é o fato de o sujeito matar para subtrair bens da vítima”.
Disposto no art. 157, § 3º, CP (“Se da violência (...); se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa”), é definido pelo grande jurista Cezar Roberto Bittencourt, para explicar a inclusão do referido delito junto aos crimes contra o patrimônio: 
“Poderia o legislador ter adotado o nomem juris ‘latrocínio’. Não o fez, provavelmente porque decidiu destacar que, a despeito dessa violência maior – lesão grave ou morte – o latrocínio continua sendo roubo, isto é, um crime na essência, de natureza patrimonial”.
Para Júlio Fabrinni Mirabete:
“Nos termos legais, o latrocínio não exige que o evento morte esteja nos planos do agente. Basta que ele empregue violência para roubar e que dela resulte a morte para que se tenha como caracterizado o delito. É mister, porém, que a violência tenha sido exercida para o fim da subtração ou para garantir, depois desta, a impunidade do crime ou a detenção da coisa subtraída. Caso a motivação da violência seja outra, como a vingança, por exemplo, haverá homicídio em concurso com roubo”.
Desta forma temos que, o elemento subjetivo do latrocínio está na conduta dolosa do agente em praticar um crime contra o patrimônio da vítima, sendo que, para garantir a consumação do fato, utiliza de violência, da qual sobrevém a morte do agente passivo.
Devemos ressaltar que, necessariamente, o resultado morte deve ter tido nexo causal com a violência praticada pelo agente ativo. Assim, caso seja comprovado, em exame pericial posterior, que a morte da vítima foi causada por outra circunstância, que não a violência empregada pelo agente, restará descaracterizado o latrocínio, devendo responder o agente pelo roubo simples.
Em face à caracterização do latrocínio, a doutrina é divergente, e tem como melhor entendimento de que o latrocínio tem como elemento subjetivo tanto o dolo como o preterdolo.
Os crimes preterdolosos são espécies dos chamados crimes qualificados pelo resultado. Ou seja, existe dolo na primeira conduta e, pode-se dizer que há um dolo eventual no resultado, em virtude de o agente não desejar este, mas assumir o risco de produzi-lo.
Fontes de Pesquisa:
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Especial. V.3. São Paulo: Saraiva, 2003.
BITTENCOURT, Cezar Roberto; PRADO, Luiz Régis. Código Penal Anotado e Legislação Complementar. 2. Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Especial. V.2. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
FRANCO, Alberto Silva; STOCO, Rui; et al. Código Penal e sua interpretação jurisprudencial. V.2. Parte Especial. 7 ed., atualizada e ampliada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001.
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. V. 2. Parte Especial. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
MELLO, Sebástian Borges de Albuquerque. Latrocínio tentado: o lógico x o axiológico. Jus Navigandi, Teresina, a. 7, n. 65, mai. 2003. Disponível em: http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=4086. Acesso em: 25 mai. 2005.
MIRABETE, Júlio Fabrinni. Manual de Direito Penal: parte especial, arts. 121 a 134 do CP. V. II, revista e atualizada por Renato N. Fabrinni. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
In:
(http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/direito-facil/apropriacao-indebita);
(http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=8210);
(http://www.ufsm.br/direito/artigos/penal/furto-roubo.htm);
(https://direitoobjetivo.wordpress.com/2011/03/29/o-que-e-roubo-improprio);
(http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1516);
(http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619340/artigo-157-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940);e
(http://conhecimentosjuridicos.blogspot.com.br/2012/07/elementos-subjetivos-do-tipo-penal.html);

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