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Trabalho De Metodologia - Planejamento de Obra

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ABNER RAPHEL VELOSO GONÇALVES 
 RA: B72246-0 Turma: EC6X30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA DO TRABALHO ACADEMICO 
PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DE OBRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASILIA 
2016 
1 
 
Abner Raphael Veloso Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA DO TRABALHO ACADEMICO 
PLANEJAMENTO E GERENCIMANETO DE OBRA 
 
Trabalho para avaliação do Método 
de Pesquisa, para obtenção da nota 
NP1. 
 
Prof: Luiz Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASILIA 
2016 
2 
 
Abner Raphael Veloso Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA DO TRABALHO ACADEMICO 
PLANEJAMENTO E GERENCIMANTO DE OBRA 
Trabalho apresentado a matéria de 
Metodologia do trabalho acadêmico, 
com a finalidade de apresentar a 
importância do planejamento e 
gerenciamento da construção civil, sob 
apreciação do seguinte examinador: 
 
 
 
 
 
Aprovado em _____ de _____________ de _______ 
 
 
 
 
 
 
 
____________________________________
_ 
Prof. Orientador: Luiz Correia 
UNIP – Universidade Paulita 
 
 
 
 
 
 
 
BRASILIA 
2016 
3 
 
RESUMO 
 O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o 
planejamento do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de 
segurança e sistema de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do 
layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, 
áreas de trabalho e de estocagem (FRANKENFELD, 1990). 
De outra parte, o planejamento logístico estabelece as condições de infra-estrutura 
para o desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condições 
de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações provisórias, 
o mobiliário dos escritórios ou as instalações de segurança de uma serra circular. De 
acordo com a definição adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de 
segurança no trabalho não relacionados às proteções físicas, tais como o treinamento da 
mão-de-obra ou as análises de riscos, não fazem parte da atividade planejamento de 
canteiro. Tal definição deve-se a complexidade e as particularidades do planejamento da 
segurança. 
O planejamento do canteiro, em particular, tem sido um dos aspectos mais 
negligenciados na indústria da construção, sendo que as decisões 14 Planejamento de 
canteiros de obra e gestão de processos são tomadas à medida que os problemas surgem 
no decorrer da execução (HANDA, 1988). 
O gerenciamento de um projeto em toda a sua plenitude garante ao longo do tempo 
de concepção, planejamento, execução e finalização a garantia que todas as atividades 
que compõe o projeto, estejam sendo executadas dentro das diretrizes e metas já 
estabelecidas. A mão-de-obra, os materiais e equipamentos aplicados diretamente ao 
projeto, são recursos importantes e seu gerenciamento ao longo do tempo de execução, 
garante um produto final que se enquadra dentro do plano de condições de planejamento. 
O projeto para atingir todos os seus objetivos, deve ser planejado e gerenciado, 
durante todo o tempo de execução até a sua conclusão, portanto o planejamento e o 
gerenciamento são as principais ferramentas de sucesso de projeto. 
Planejar o futuro e gerenciar o presente em função de um planejamento passado e 
complexo existem várias variáveis que interferem positivamente ou negativamente no 
decorrer do tempo de execução do projeto. 
 
 
4 
 
SUMMARY 
The planning of a construction site can be defined as the planning of layout and 
logistics of its temporary facilities, security installations and drive system and storage of 
materials. Planning the layout involves defining the physical arrangement of employees, 
materials, equipment, work areas and storage (Frankenfeld, 1990). 
On the other hand, the logistics planning establishes the infrastructure conditions 
for the development of the production process, establishing, for example, the conditions 
of storage and transportation of each material, the type of temporary facilities, furniture 
of offices or facilities security of a circular saw. According to the definition adopted, it is 
considered that the design of safety issues at work unrelated to physical, such as the 
training of the hand labor or risk analysis, not part of construction planning activity. This 
definition is due to the complexity and security planning features. 
The planning of the site, in particular, has been one of the most overlooked aspects 
in the construction industry, and the decisions 14 Planning construction sites and 
management processes are taken as problems arise during the execution (HANDA 1988). 
The management of a project in all its fullness ensures throughout the time of 
conception, planning, execution and completion ensuring that all activities that make up 
the project are being executed within the guidelines and goals established. Hand labor, 
materials and equipment applied directly to the project, are important resources and their 
management during the runtime, ensures a final product that fits within the planning 
conditions plan. 
The project to achieve all your goals should be planned and managed throughout 
the run time to completion, so planning and management are the main project success 
tools. 
Plan for the future and manage the present as a result of a past planning and 
complex there are several variables that affect positively or negatively during the project 
execution time. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Tabela de planejamento de obra ............................................................. 9 
Figura 2 - Tabela Simples de planejamento a curto Prazo ....................................... 9 
Figura 3 - Layout de um canteiro de obra................................................................ 11 
Figura 4 - Layout em 3D projeto sustentável em um canteiro de obra .................. 11 
Figura 5 - Exemplo de Planilha de orçamento......................................................... 14 
Figura 6 - Desperdiço (entulho) em uma obra civil................................................. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMARIO 
1.Introdução.......................................................................................................................7 
1.1.Objetivo.......................................................................................................................7 
1.1.1.Geral ........................................................................................................................7 
1.1.2 Especifico.................................................................................................................7 
1.2.Problema......................................................................................................................8 
1.3.Hipótese.......................................................................................................................8 
2.Desenvolvimento............................................................................................................8 
2.1.Tipos de Planejamento.................................................................................................8 
2.2.Planejamento do Layout............................................................................................10 
2.2.1. Vantagens de um bom layout do canteiro de obra.................................................10 
2.3.Orçamentoe controle de custo..................................................................................12 
2.3.1.Passo a passo para elaborar um orçamento............................................................13 
2.4.Desperdício na construção civil................................................................................14 
3.Conclusão.....................................................................................................................17 
4.Referências...................................................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Com o passar do tempo, observando-se os problemas decorrentes dentro de uma 
construção civil, constatou-se que haveria a necessidade de um planejamento bem 
elaborado muito antes do inicio da obra, com o objetivo de diminuir o desperdício em 
materiais, o atraso de tarefas, problemas de locações e muitos outros contratempos que 
atrapalha no bom desenvolvimento da obra. 
Há pontos a serem estudados e planejados que a maioria das pessoas nem pensam 
ter necessidade como: em relação aos trabalhadores ( mão de obra) deve-se analisar se a 
moradia dos mesmo são próximo a obra, se há transporte de fácil acesso até o canteiro 
tudo visando o melhor, mais rápido e mais confortável acesso até o local de trabalho para 
que assim não haja atrasos ao bater o ponto de inicio nem desgastes no trajeto para que 
assim o trabalhador já chegue com menos disposição ao serviço; Em relação as 
necessidades para a realização da obra e saneamento, deve-se analisar se há energia 
fornecida pena empresa elétrica responsável, se há coleta de lixo, esgoto, água aonde 
localiza-se o canteiro. Outra observação importante é o acesso externo para dentro do 
canteiro visando o melhor meio de se receber os materiais e também a melhor posição e 
local para descarregamento. 
 
1.1. OBJETIVO 
O objetivo de um planejamento de uma obra civil é sempre buscar o melhor 
desenvolvimento da obra, fazer com que todos os objetivos e etapas sejam concluídos 
com sucesso, visando sempre menos custo, menos risco e mais eficiência. 
 
1.1.1. GERAL 
Facilitar o gerenciamento da obra, prevendo e evitando todos os problemas 
possíveis de acontecer, sempre buscando o melhor para a realização da obra quantos para 
aqueles que a executam. 
 
1.1.2. ESPECIFICO 
Para cada tipo de obra há uma analise diferente a ser feita para traçar o 
planejamento correto, dependendo de sua locação, a obra a ser realizada, para que assim 
seja estudado qual o melhor material a ser utilizado, quantidade de mão de obra, 
distribuição das acomodações e entradas no canteiro entre outras necessidades. 
8 
 
1.2. PROBLEMA 
Procura-se através do planejamento diminuir as perdas em materiais visando 
sempre o melhor lugar para estoque e sempre utilizando a quantia necessária para 
determinado serviço; Perda de tempo visando sempre colocar as acomodações como 
dormitório, banheiros, refeitórios em distâncias proporcionais a área de trabalho para 
melhor locomoção; Menos acidentes utilizando sempre os equipamentos de segurança 
correto e cada profissional realizando a função de sua especialidade. 
 
1.3. HIPOTESE 
Um cimento mal armazenado pode pegar umidade ou pode empedrar levando 
assim a perda do material e a prejuízo elevando assim o custo da obra. Um acidente de 
trabalho provocará o afastamento do operário, gastos com atendimento e na substituição 
por outro funcionário e também em atraso no serviço a qual estava sendo realizado. Um 
refeitório, banheiro e/ou dormitório muito longe da área de trabalho vai fazer com que o 
operário gaste mais tempo para locomoção sendo assim tempo de serviço perdido 
podendo acarretar no atraso da obra e no aumento do orçamento. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. TIPOS DE PLANEJAMENTO 
Curto Prazo: O planejamento em curto prazo nada mais é que a obra propriamente 
dita, normalmente esquematizações das atividades mensais, semanais ou até mesmo 
diárias, tendo controle direto do andamento da obra. 
Médio Prazo: Visa proteger a produção contra incertezas do ambiente. Serve para 
readequar os planos produzidos no planejamento de longo prazo. Horizonte de tempo 
variável: Incorporações: horizonte de 2 ou 3 meses; ciclo de controle mensal; Obras 
rápidas: horizonte de 3 a 5 semanas, ciclo de controle semanal; Reuniões de planejamento 
de médio prazo ocorrem conforme ciclo de controle, devem ser bem planejadas: local, 
horário e pessoas envolvidas 
Longo Prazo: Em longo prazo temos uma visão macro da obra, nesse método 
podemos visualizar as principais necessidades que a obra terá e também podemos evitar 
alguns possíveis contratempos na execução como também evitar problemas financeiros, 
podendo observar melhor o custo global da obra. Refere-se a toda a etapa de produção, 
tem forte vínculo com fluxo de caixa e tende a ser pouco detalhado: o grau de 
detalhamento depende da incerteza envolvida e da disponibilidade de pessoal 
9 
 
 
Figura 1 – Tabela especifica de planejamento de uma obra a curto e médio prazo 
 
Fonte: Google Imagens, 2016 
 
 
 
 
Figura 2 – Tabela Simples de planejamento a curto Prazo 
 
Fonte: Google Imagens, 2016 
 
 
 
10 
 
 
 
2.2. PLANEJAMENTO DO LAYOUT 
O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento 
do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e 
sistema de movimentação e armazenamento de materiais. Saber organizar a logística do 
canteiro de obras posicionando equipamentos, mão de obra e matéria-prima da maneira 
mais eficiente possível é fundamental para reduzir os fluxos, garantindo que os materiais 
cheguem às mãos certas com rapidez e no momento correto. A questão é que, embora 
pareça óbvio, desenvolver processos internos eficazes, efetivos e eficientes é tarefa 
extremamente complexa e envolve alto nível de organização da parte de engenheiros e 
arquiteto. 
Layout nada mais é que a disposição física de pessoas, equipamentos e materiais 
de maneira mais eficiente possível, um mapa de trabalho preciso que possibilita reduzir 
ao mínimo os movimentos dos trabalhadores. Dessa forma, eles gastam o mínimo de 
tempo possível em deslocamentos para buscar materiais ou usar equipamentos (reduzindo 
seu nível de estafa e aumentando sua produtividade). Para que os equipamentos sejam 
menos expostos ao manuseio, logo, é possível reduzir as quedas, danos e desperdícios. 
Para que as máquinas e matérias-primas estejam sempre próximo aos profissionais, 
assegurando mais produção dentro de um mesmo período 
 
2.2.1. VANTAGENS DE UM BOM LAYOUT DO CANTEIRO DE OBRA 
 Permite um fluxo de serviços e materiais de forma contínua; 
 Reduz transportes e movimentos, melhorando processos; 
 Reduz perdas e desperdícios de insumos; 
 Integra todos os elementos da obra; 
 Melhora e facilita as condições de trabalho; 
 Aumenta a produtividade; 
 Reduz o nível de cansaço dos trabalhadores; 
 Permite flexibilidade para atender as mudanças que possam ocorrer ao longo da 
obra. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
Figura 3 – Layout de um canteiro de obra 
 
 
Fonte: Google imagens, 2016 
 
 
 
Figura 4 – Layout em 3D projeto sustentável em um canteiro de obra 
 
 
Fonte: Google Imagens, 2016 
 
 
 
12 
 
 
 
2.3. ORÇAMENTO E CONTROLE DE CUSTO 
O orçamento é a parte mais importante antes de começar uma obra ou reforma. É 
através do orçamento que se verifica quanto vão custar os serviços a serem executados e 
a soma de todosformando o custo total. 
 Antes de fazer o orçamento é preciso que algumas premissas sejam cumpridas 
porque são os dados delas que vão alimentar o orçamento, sendo elas: Possuir um projeto 
do que será construído ou reformado, possuir um memorial descritivo dos materiais que 
serão aplicados e possuir um projeto de detalhamentos ou projeto executivo. 
 Para muitas pessoas fazer um orçamento é apenas ir à loja de materiais de 
construção e coletar o preço dos materiais que elas querem na sua obra. O orçamento é 
mais do que isso, ele deve contemplar: material, mão-de-obra, impostos, máquinas e 
equipamentos e custos indiretos (água, luz, telefone, internet, combustível, depreciação). 
 Diante de um mercado competitivo e exigente, maior controle na produtividade, 
passou a ser uma necessidade básica para muitas empresas. Nesse contexto, um dos 
principais elementos de uma gestão enxuta e inteligente, é o controle dos custos da obra. 
 Quando os pontos críticos e gargalos são identificados e monitorados, é possível 
minimizar as perdas de material, de tempo e de recursos, além de potencializar a mão de 
obra especializada. Esse conjunto de fatores pode ser administrado de forma a trazer uma 
série de benefícios para a construtora, permitindo entregas dentro dos prazos 
estabelecidos, atendimento aos padrões de qualidade e, conseqüentemente, 
empreendimentos verdadeiramente rentáveis. Assim, vários indicadores de performance 
devem ser acompanhados durante todo o projeto, para que não haja desvios e retrabalhos. 
 Para assegurar o controle de custos da obra, é essencial coletar dados e gerenciar 
indicadores, em tempo real. É importante contar com um bom sistema de comunicação, 
além de definir metas individuais e coletivas para que todos compreendam o que deve ser 
feito. Desse modo, os profissionais conseguem agir rapidamente, evitando o agravamento 
dos problemas. 
 Atualmente, é possível encontrar softwares de gestão específicos para 
construtoras, considerando todas as peculiaridades e demandas desse tipo de negócio. 
Preparados para centralizar e processar informações automaticamente podem ser 
alimentados e acessados por smartphones e tablets, garantindo, assim, toda a mobilidade 
para os profissionais que estão diretamente envolvidos na empreitada. 
13 
 
Dessa maneira, são bastante úteis para uma gestão mais articulada, mantendo o 
foco em produtividade e no controle dos custos da obra. Esses softwares englobam muitos 
aspectos, como a produtividade de mão de obra e equipamentos, gestão da assistência 
técnica, da qualidade, segurança, vistoria e entrega, fornecendo resumos gerenciais que 
sustentam decisões importantes. 
 
2.3.1 PASSO A PASSO PARA ELABORAR UM ORÇAMENTO 
 1º Levantamento de quantitativos: fazer o levantamento dos quantitativos dos 
serviços a serem realizados como, por exemplo: quantitativo de estruturas, alvenarias, 
chapisco, reboco, pisos, revestimentos de parede, louças, metais, coberturas, forros, 
instalações em geral e áreas externas. 
 2º Fazer as CPUs: faça o roteiro com todas as CPUs (composições de preços 
unitários). Você pode consultar o TCPO ou utilizar softwares de orçamento (existem 
softwares gratuitos) ou, no caso de reformas, fazer o custo manualmente (material a ser 
gasto, mão-de-obra a ser gasta). 
 3º Montar os custos Indiretos: os custos indiretos são os custos de água, energia, 
telefone, transporte, combustível, mão-de-obra indireta, equipamentos, máquinas, 
aluguel, alimentação, etc. Geralmente esses custos são esquecidos, principalmente em 
reformas quando um casal vai construir sua casa. 
 4º Montar o roteiro de orçamento: agora é hora de reunir as CPUs, inserir os 
quantitativos de casa serviço nas CPUs, inserir todos os custos indiretos. Em seguida, 
insira todos os impostos que inserem sobre os serviços e os encargos sociais (encargos 
sociais incidem apenas sobre a mão-de-obra). Some todos os valores dos custos e você 
terá o custo total da sua obra ou reforma. 
 5. Inserir BDI: o BDI é a Bonificação e Despesas Indiretas, também conhecida 
como LDI (lucro e despesas indiretas) é aonde está o lucro da obra. No caso de obras 
próprias não há esse item. O BDI pode ser de 10%, 20%, 30%, 40%, 100% dependendo 
do tipo de obra, cliente, mercado. Essa etapa é a final para a montagem do preço; 
Lembrando- que PREÇO = CUSTOS + LUCRO. No caso de reforma ou construção 
própria não existe esse passo. Pois o dono não vai cobrar lucro dele mesmo. 
 
Deixar de orçar uma obra ou reforma faz você perder o controle dos gastos e 
facilmente estourar o orçamento destinado. Jamais inicie sem fazer um orçamento. 
Mesmo se sua obra for pequena, ou uma reforma de um banheiro, ou se você não tem 
14 
 
experiência, coloque todos os custos em uma tabela de Excel ou em uma folha de papel. 
se você está construindo sua casa ou reformando, provavelmente você está contratando a 
mão-de-obra por “empreitada”, assim não incidem encargos sociais. É importante ao 
contratar por “empreitada” fazer um contrato de prestação de serviços para evitar 
problemas futuros na justiça. Tudo faz parte de um bom planejamento de obra. 
 
Figura 5 – Exemplo de Planilha de orçamento 
 
Fonte: http://engenheirodecustos.com.br/planilha-de-orcamento-de-obra/ 
 
2.4. DISPERDICIO NA COSTRUÇÃO CIVIL 
A construção civil é uma indústria que geralmente envolve números expressivos, 
especialmente pela sua representatividade na economia de um país, com impactos até 
mesmo sobre o PIB – Produto Interno Bruto. Infelizmente, os números desse setor 
relativos a desperdícios também são expressivos. 
Costumava-se dizer que a cada três prédios construídos, um se perdia. Entretanto, 
recentes estudos desenvolvidos na Escola Politécnica da USP concluíram que as perdas 
de materiais chegam a 8% e as perdas financeiras, inclusive aquelas relativas a custos de 
retrabalhos, chegam a 30%. De todo modo, ainda são percentuais consideráveis. 
O desperdício na construção civil mais facilmente detectável é aquele que diz 
respeito à geração de RCD – resíduos de construção e demolição, comumente 
denominados de entulhos. 
15 
 
O destino inadequado deste tipo de resíduo pode gerar impactos ambientais 
significativos, por isso os gestores de obras devem estar atentos ao cumprimento das 
condicionantes legais dispostas tanto na Resolução n° 307 do CONAMA – Conselho 
Nacional do Meio Ambiente, como na Lei n° 12.304/2010, que institui a Política Nacional 
de Resíduos Sólidos. 
Para enfrentar essa questão é preciso buscar melhorias constantes da qualidade da 
obra, investindo em tecnologias, de forma a tornar as construções mais enxutas, o que, 
conseqüentemente, impactará na redução da quantidade de resíduos gerados. Além disso, 
é preciso adotar medidas diretas dentro da própria obra, adotando, por exemplo, conceitos 
de reciclagem no canteiro de obras. Um outro tipo de desperdício de materiais que não é 
tão explícito são as perdas incorporadas. Ela abrange situações ocasionadas por erros na 
execução de um determinado serviço, quando são requeridas quantidades maiores de um 
determinado tipo de material se comparadas às quantidades inicialmente previstas em 
orçamento. 
Um exemplo clássico são as correções incorporadas na fase de revestimento para 
suprimir erros ocorridos durante a execução da alvenaria, quando é “tirada a diferença” 
no reboco. Para estes casos a solução é investir na qualificação dos profissionais. Só com 
o conhecimento das técnicas adequadas é possível reduzir os desperdícios, evitando 
retrabalhos desnecessários, tornando as construções mais sustentáveis e ainda 
aumentando a produtividade. 
Outro aspecto relativo à desperdícios na construção civil diz respeito à mãode 
obra. O tempo perdido por uma frente de trabalho pela falta de material para a realização 
de uma atividade específica, impacta, sobremaneira, todo o processo produtivo, com 
repercussões financeiras negativas para a empresa. 
O mesmo se aplica aos equipamentos. Máquinas ociosas, decorrentes de 
dimensionamento incorreto da frota ou problemas de logísticas, também representam 
perdas em função do tempo de espera, devendo ser evitadas sempre que possível. 
O gestor de obras deve, portanto, atentar sempre para as questões de logística e 
organização do canteiro. Um canteiro com layout deficitário pode representar uma 
logística inadequada, com a ocorrência de deslocamentos desnecessários de materiais 
que, depois de recebidos, precisem ser deslocados reiteradas vezes até que sejam 
definitivamente aplicados na obra. 
A palavra-chave para enfrentar os impactos do desperdício é planejamento. Dar a 
devida atenção a essa etapa é essencial para efetivar uma boa gestão de obras, esse sem 
16 
 
dúvida é o caminho mais racional para enfrentar o problema, pois só assim essas perdas 
podem ser evitadas e os impactos minimizados. A adoção de soluções móveis voltadas a 
indústria da construção é uma tendência moderna que já vem sendo adotada por empresas 
que buscam aumento de qualidade e eficiência dos serviços prestados, minimizando os 
impactos decorrentes dos desperdícios em suas obras. 
Fazer uso de tecnologias móveis é, de fato, um caminho inteligente e inovador, 
pois essas ferramentas melhoram o acompanhamento das obras, aumentando o controle 
sobre todo o processo produtivo, o que acarreta aumento da produtividade e da qualidade, 
com respectiva redução de custos. 
 
 
Figura 6 – Desperdiço (entulho) em uma obra civil. 
 
Fonte: Google Imagens, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. CONCLUSÃO 
Na construção Civil há diversos pontos tão importantes quando e execução 
(levantamento) da obra como o ponto discutido neste trabalho o planejamento muito antes 
de se iniciar a obra e o gerenciamento após dado inicio a construção. 
A combinação de um grande número de elementos de canteiro com a pouca 
disponibilidade de espaço, torna a atividade de planejamento de layout semelhante a 
montagem de um “quebra cabeças”, exigindo que o planejador tenha disposição e 
criatividade para encontrar soluções inovadoras. 
Um bom planejamento te da segurança para executar o projeto da obra, pois nele 
são estudados todos os riscos para com os operários, desperdícios de material, tempo, 
melhor custo financeiro para execução. Um bom engenheiro ao gerenciar uma obra deve 
ter todos estes pontos controlados em planilhas documentos, devem ser feitas vistorias 
periodicamente, reuniões com os responsáveis de cada setor e de cada tarefa para que 
assim sempre se saiba todo o andamento da obra e se evite todos os possíveis problemas 
que acabem resultando no atraso da entrega da obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
NORMA ABNT x GUIA DE NORMALIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE 
TRABALHOS ACADÊMICOS DA UNIP, Disponível em : 
https://www.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_normalizacao_abnt.pdf, 
Acessado em 14 de Outubro de 2016. 
 
PLANEJAMENTO DE CANTEIROS DE OBRAS E GESTOÕES DE PROCESSO, 
Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/projeto-e-
implantacao-de-canteiro-de-obras/apostila-habitare, Acessado em 14 de Outubro de 
2016. 
 
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTOS E DISPERDICIO NA CONTRUÇÃO CIVIL 
Disponível em: http://www.mobussconstrucao.com.br/blog/categorias/planejamento/, 
Acessado em: 14 de Outubro de 2016 
 
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE UM PROJETO DE CONSTRUÇÃO 
CIVIL, Disponível em: http://pro.poli.usp.br/wp-
content/uploads/2012/pubs/planejamento-e-programacao-de-um-projeto-de-construcao-
civil.pdf, Acessado em: 15 de outubro de 2016. 
 
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO, Disponível em: 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR18/NR18-4.pdf, Acessado em 15 
de Outubro de 2016 
 
LOGISTICA NO CANTEIRO DE OBRA, UTILIZANDO OS PRINCIPIOS DA 
CONSTRUÇÃO ENXUTA, Disponível em: 
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/313/anexo/seminariol.pdf, 
Acessado em 15 de outubro de 2016. 
 
LOGÍSTICA APLICADA A LAYOUT DE CONTEIRO DE OBRA, Disponível em : 
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10013675.pdf, Acessado em 15 de 
outubro de 2016. 
19 
 
GERENCIAMENTO DE OBRAS: PLANEJAMENTO E SUPRIMENTOS, Disponível 
em: http://www.unama.br/graduacao/engenharia-civil/tccs/2010/GERENCIAMENTO-
DE-OBRAS.pdf, Acessado em 15 de outubro de 2016. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e 
documentação: Projeto de Pesquisa – Apresentação, Disponível em: 
http://pt.slideshare.net/luzinhamota/15287-projetodepesquisa, Acessado em 15 de 
Outubro de 2016 
 
GESTÃO E GERENCIMENTO DE OBRA, disponível em: 
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/185/anexo/cursopla.pdf, 
Acessado em 15 de Outubro de 2016. 
 
A IMPORTÃNCIA DO PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL, Disponível 
em: http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1773, Acessado em 
16 de Outubro de 2016. 
 
PLANEJAMENTO, GERENCIAMENTO E CONTROLE DE OBRAS, Disponível em: 
https://www.citiesalliance.org/sites/citiesalliance.org/files/CA_Images/DistanceLearnin
gCourse_Ch6.pdf, Acessado em 16 de Outubro de 2016. 
REDUÇÃO DO DESPERDICIO NA CONTRUÇÃO CIVIL. Disponível em: 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1998_art302.pdf, Acessado em 16 de 
Outubro de 2016. 
 
AS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL, Disponível em: 
http://www.pedrasul.com.br/artigos/perdas.pdf, Acessado em 16 de Outubro de 2016. 
NOÇÕES DE ORÇAMENTOS E PLANEJAMENTO DE OBRAS, Disponível em: 
http://engenhariaconcursos.com.br/arquivos/Planejamento/Nocoesdeorcamentoeplaneja
mentodeobras.pdf, Acessado em 16 de Outubro de 2016. 
 
ORÇAMENTOS DE OBRAS – CONSTRUÇÃO CIVIL, Disponível em: 
http://pet.ecv.ufsc.br/arquivos/apoio-didatico/ECV5307-%20Or%C3%A7amento.pdf. 
Acessado em 16 de outubro de 2016.b

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