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ARTIGO ANOMALIAS NAS FACHADAS MATERIAL DE CONSTRUÇÃO rev.03

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ANÁLISE DE ANOMALIAS CONSTRUTIVAS NA FACHADA DO ED. DE ALTO PADRÃO NA GRANDE VITÓRIA
BASTOS, Filipe Emanuel da Silva Machado 1
MOULIN, Ronan Nunes 2 
_____________
1Graduando do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Estácio de Sá , filipe_machado10@hotmail.com
2Graduando do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Estácio de Sá , ronanpam@hotmail.com
RESUMO
O presente artigo se trata de uma análise patológica predial, com registro, constatação e análise das anomalias existentes das fachadas de um edifício, e ainda a caracterização de seu estado atual no que concerne à sua estabilidade e segurança aos seus ocupantes, visitantes e transeuntes, bem como a conclusão das causas que originaram a anomalia. Posteriormente foram especificadas as soluções técnicas a serem empregadas nos reparos. O artigo foi elaborado a partir de vistoria técnica in loco, com registro fotográfico, análise das fotos e estudo das NBRs pertinentes ao caso. Como resultado verificou-se que a fachada apresentava várias patologias relativas ao revestimento do prédio, devido a imperícia no enchimento durante a execução, que por conseguinte vem ocasionando o desprendimento da cerâmica. Como forma de correção e segurança, devem ser adotada várias medidas, entre elas, reexecutar todo revestimento.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a construção civil cresceu muito e com isto houve redução da mão de obra. O notório aumento na quantidade de condomínios residenciais no Brasil nos últimos anos, devido a um déficit habitacional seja pelos incentivos fiscais do governo, pelos programas de habitação do governo, pelo fácil acesso ao crédito ou pelo aquecimento da economia, fizeram da construção civil um dos segmentos mais importantes na economia do país.
Em contrapartida ao cenário promissor, LIMA (2005) afirma que frente à demanda crescente por habitações, existem diversas características que tornam o setor da construção civil ineficiente em relação à produtividade, desempenho e qualidade dos produtos. A busca incessante pela redução de custos e os prazos de entrega cada vez mais curtos segundo (Grandiski, 2004), fazem com que na maioria das vezes se utilizem materiais de qualidade inferior e que alguns processos e métodos de execução sejam descumpridos. Estes fatores atrelados à escassez de mão de obra qualificada e às possíveis falhas de projeto favorecem o aparecimento de manifestações patológicas nas edificações. 
Para redução deste problema a ABNT busca, através das suas Normas Regulamentadoras (NBR), reger os procedimentos de execução e as características técnicas dos materiais utilizados na construção civil desde a década de 70 (SINDUSCON/MG, 2013). Neste âmbito, em julho de 2013, ocorreu um grande avanço na área da construção civil através da NBR 15.575 – Edificações habitacionais – Desempenho – constituiu importante e indispensável marco para a modernização tecnológica da construção brasileira e melhoria da qualidade de nossas habitações (CBIC, 2013). 
Desta forma, com essa busca de melhoria da qualidade das habitações, torna-se cada vez mais importante o conhecimento das patologias e suas causas. Segundo Schneider (2013), as falhas de desempenho nas edificações veem se tornando cada vez mais recorrentes na Construção Civil. Essas falhas são identificadas através das patologias encontradas, que são indícios de perda de desempenho, afetando diretamente a vida útil de uma edificação. Portanto, é de suma importância o conhecimento destas e suas possíveis causas para a prevenção e correções futuras. 
Segundo Brandão (2007), a ocorrência de não conformidades, que é uma das principais causas das manifestações patológicas, compromete a utilização de uma edificação, acarretando um custo significativo. Yazigi (2003) enfatiza que o custo de prevenir erros é sempre menor do que corrigi-los, sendo esses mais onerosos quanto mais próximo do início da construção eles ocorrem, neste caso, quando constatada uma patologia, segundo Thomaz (1989), as medidas de sua recuperação são geralmente difíceis, dispendiosas, demoradas e incômodas, quando não, inócuas ou ineficientes. 
Com vistas a correção, adequação e identificação das patologias, a Inspeção Predial se torna indispensável, sendo esta, a vistoria para avaliar as condições técnicas, funcionais e de conservação da edificação. O critério utilizado para elaboração de inspeção predial baseia-se na análise do risco mediante o uso e exposição ambiental.
Este artigo se baseou nas normas técnica da ABNT, em especial a de Inspeção Predial. A análise do risco consiste na classificação das anomalias detectadas nos diversos componentes de uma edificação, quanto ao grau de urgência, relacionado com fatores de conservação, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade e dos sistemas da edificação. 
A Inspeção Predial realizada neste trabalho visou identificar apenas as anomalias nas fachadas que possuam grau de urgência CRÍTICO, ou seja, que podem provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e/ou meio ambiente, perda excessiva de desempenho causando possíveis paralisações, aumento de custo, comprometimento sensível de vida útil e desvalorização acentuada. 
Como resultado, este artigo consistirá no registro, constatação e análise das anomalias existentes das fachadas de um edifício com caracterização de seu estado atual no que concerne à sua estabilidade e segurança aos seus ocupantes, visitantes e transeuntes, bem como a conclusão das causas que originaram a anomalia, especificação da solução técnica a ser empregada nos reparos.
MATERIAL E MÉTODOS
Neste trabalho foi realizado uma vistoria nas fachadas, registro fotográico das torres com objetivo de identificar as anomalias pré-existentes, bem como os locais que ocorreram o desprendimento no revestimento do fundo de viga das varandas.
Analisou-se as normas técnicas da ABNT, visando verificar se a execução das fachadas atenderam aos requisito exigidos pela norma técnica da ABNT.
DESENVOLVIMENTO
Foi identificado anomalias nas fachadas tais como: desprendimento de revestimento em fundo de viga nas varandas, revestimento na iminência de se desprender no fundo de viga, ambos ocasionados por utilização de enchimento com material inadequado, identificamos trincas no revestimento sobre a báscula e cerâmica desprendidas da fachada, como podemos observar nas fotografias adiante:
Vista geral de fundo de viga da varanda com revestimento desprendido
Detalhe de varanda com fundo de viga com revestimento desprendido devido a grande espessura no revestimento e a ausência de cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento contrariando norma da ABNT
Detalhe de varanda com fundo de viga com revestimento desprendido devido a grande espessura no revestimento e a ausência de cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento contrariando norma da ABNT
Detalhe de varanda com fundo de viga com revestimento desprendido devido a grande espessura no revestimento e a ausência de cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento contrariando norma da ABNT
Detalhe de varanda com fundo de viga com revestimento desprendido devido a grande espessura no revestimento e a ausência de cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento contrariando norma da ABNT
Vista geral de fundo de viga da varanda com revestimento desprendido devido a grande espessura do revestimento e a ausência de cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento contrariando norma da ABNT
Do desprendimento do enchimento da cerâmica dos fundos de viga das varandas
Foi constatado que o desprendimento do revestimento no fundo de viga foi ocasionado pela grande espessura no enchimento da face externa da viga de concreto armado no fundo de viga. O enchimento executado foi um artifício para consertar a falta de concordância da curvatura da varanda, executada em concreto armado, conforme o projetoarquitetônico do prédio. 
Esta falta de concordância ocorreu quando da execução da viga de concreto armado superior da varanda do apartamento por imperícia de seus executores provocando a necessidade deste enchimento. O enchimento poderia ter sido executado de forma correta e com materiais apropriados que não causariam seu desprendimento, incorrendo seus executores novamente em imperícia técnica.
O enchimento da forma como foi executado certamente causaria a anomalia verificada num futuro próximo.
É importante frisar que não se trata de instabilidade da viga de concreto armado da varanda, mas de ineficiência de aderência e suporte do enchimento executado de forma indevida na face externa da viga para concordância com a curvatura da varanda.
Da forma como foi executado o enchimento e posterior emboço contrariou de forma direta a norma técnica NBR 13.749/1996 da ABNT no que concerne à espessura do revestimento e os cuidados especiais para garantir sua aderência. Conforme parágrafo 5.3 da NBR 13.749/1996 temos:
“A espessura dos revestimentos para paredes externas devem estar entre 20 mm ≤ e ≤ 30 mm, e quando houver necessidade de empregar revestimento com espessura superior, devem se tomados cuidado especiais de forma a garantir a aderência do revestimento”
Ou seja, a norma da ABNT determina que os revestimentos externos possuam espessuras máximas de 3,0 centímetros e cuidados especiais quando houver necessidade de espessura maior. No caso em comento dos revestimentos externo que se desprenderam da viga da varanda possuem em média 8,0 centímetros de espessura não sendo detectado nenhum cuidado especial para garantir sua aderência conforme preceitua a norma técnica.
 A forma como foi executado o enchimento das varandas com espessura de 8,0 cm e sem os necessários cuidados especiais, colocou em risco a segurança dos ocupantes, visitantes e transeuntes do imóvel, podendo causar danos à saúde e óbitos.
Adiante seguem fotografias da espessura do revestimento que se desprendeu.
DETALHE DO REVESTIMENTO DESPRENDIDO COM LARGURA DE 8 CM
Dos serviços a serem executados
Instalação de tela de proteção na coluna de trabalho;
Instalação de andaime fachadeiro;
Teste de percussão e visual nas vigas das varandas, em todos os pontos de cerâmica na fachada e em todas as básculas das fachadas minuciosamente;
Retirar todo o revestimento na iminência de se desprender e desprendido no fundo de viga das varandas e adjacências;
Executar o novo revestimento utilizando cuidados especiais de forma a garantir a aderência do revestimento, tais como aplicação de tela metálica e pinos de fixados na viga de concreto, como podemos observar na fotografia adiante.
Executar o tratamento das trincas existentes nas básculas.
Método de reparo de fundo de viga com espessura maior que 3,00 cm garantindo a aderência do revestimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final da coleta de dados in loco, e consultas a normas referenciadas, constatou-se a existência de diversas anomalias nas fachadas tais como: revestimentos desprendidos nos fundos de vigas das varandas, revestimentos na iminência de se desprender do fundo de viga nas varandas, cerâmica desprendida das fachadas e trincas no revestimento sobre as básculas.
Infere-se que os revestimentos externos que se desprenderam da viga da varanda possuem em média 8,0 centímetros de espessura não sendo detectado nenhum cuidado especial para garantir sua aderência contrariando o que preceitua a norma técnica da ABNT.
Constatou-se que a forma como foi executado o enchimento das varandas com espessura de 8,0 cm e sem os necessários cuidados especiais, colocou em risco a segurança dos ocupantes, visitantes e transeuntes do Edifício estudado, podendo causar danos à saúde e óbitos.
Conclui-se então, que para execução dos reparos a construtora deve tomar cuidados especiais na execução dos revestimentos das varandas utilizando aplicando tela metálica e pinos de fixados na viga de concreto ema atendimento a norma da ABNT.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13749: Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas. Rio de Janeiro, 1996. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752: Perícias de engenharia na construção civil. Rio de Janeiro, 2002. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13755: Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante. Rio de Janeiro, 1997. 
Ibape – Instituto Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia, Disponível em: http://ibape-nacional.com.br/biblioteca/wp-content/uploads/2012/09/norma_de_inspecao_predial.pdf. Acesso em 06/10/2016. 
Ibape/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo - Norma de Inspeção Predial, Disponível em: http://www.ibape-sp.org.br/arquivos/CARTILHA-Inspecao-predial-a-saude-dos-edif%C3%ADcios.pdf em 2011. Acesso em: 06/10/2016

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