Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LABORATÓRIO DE FÍSICA (PLANO INCLINADO) CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM Integrantes: INTRODUÇÃO Plano Inclinado O físico italiano Galileu Galilei realizou o experimento do plano inclinado em meados do século XVI demonstrando que a queda de um corpo não depende de sua massa, e que o espaço percorrido por um corpo é proporcional ao quadrado do tempo. Conhecido como “O experimento Alfa”, o plano inclinado foi de grande importância, pois ajudou a refutar as antigas teorias de Aristóteles acerca do movimento de queda livre, além de estabelecer as bases da pesquisa e do método científico. [1] O plano inclinado é um exemplo de máquina simples. Como o nome sugere, trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim estão a alturas diferentes. Ao mover um objeto sobre um plano inclinado em vez de movê-lo sobre um plano completamente vertical, o total de força F a ser aplicada é reduzido, ao custo de um aumento na distância pela qual o objeto tem de ser deslocado. Há 3 forças a serem consideradas: A força peso atuando no objeto devido à gravidade (m.g, atuando verticalmente e para baixo); A força normal (N) exercida no objeto pelo plano e deve equilibrar (se a força potente for paralela à superfície do plano inclinado) a componente reativa do peso (m.g.cosθ, perpendicular ao plano); A força potente (F) aplicada pelo operador, que atua na direção paralela à superfície do plano inclinado e deve equilibrar a componente ativa do peso (m.g.senθ, paralela ao plano). No equilíbrio, negligenciando-se as forças de atrito, teremos: F = m.g.senθ e N = m.g.cosθ. [2] Figura 1: Representação das Forças exercidas num corpo livre num plano inclinado (Fonte: Wikipédia) Coeficiente de Atrito O coeficiente de atrito é um coeficiente adimensional que expressa a oposição que mostram as superfícies de dois corpos em contato ao deslizar um em relação ao outro. Geralmente é representado pela letra grega μ (mi). [3] A força de atrito depende de dois fatores: Do tipo dos materiais que estão em contato: cada material tem suas características próprias. Quanto mais “lisos” ou “polidos” estiverem os objetos em contato, menor será à força de atrito. Essa propriedade é definida numericamente pelo coeficiente de atrito, que pode ser dinâmico ou estático, possuindo um valor diferente para cada material. Força normal: trata-se da reação normal à superfície sobre a qual o corpo está apoiado e depende do peso do objeto. Quanto maior for à força normal, maior será à força de atrito. [4] Geralmente distinguem-se dois valores: Coeficiente de atrito estático (μe): É medido quando ambas as superfícies estão em repouso (sem se mover). Coeficiente de atrito dinâmico (μd): É medido quando uma ou ambas as superfícies estão em movimento (podem mover-se apenas uma ou as duas). [3] O coeficiente de atrito dinâmico (μd) é sempre menor que o coeficiente de atrito estático (μe). [5] OBJETIVO - Determinar o coeficiente de atrito; - Analise de incerteza. MATERIAIS UTILIZADOS - Plano Inclinado Kersting com ajuste angular regulável; - Dinamômetro; - Bloco de Madeira; - Carro para plano inclinado; - Massas acopláveis de 50g DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO O experimento foi divido em duas etapas, na primeira tivemos que encontrar o ângulo onde o primeiro objeto (bloco de madeira de massa 92,1563g) entraria em movimento. Foi colocado o bloco de madeira na cabeceira do plano e a partir dali, elevamos o plano girando o manípulo do fuso e inclinando o plano articulável até o ângulo 21,5º. A partir daí, utilizando os dados dado em sala de aula e os aferidos pelo grupo, aplicar na formula para achar o coeficiente de atrito. Já na segunda etapa, tivemos que aferir a força do segundo objeto (carro para plano inclinado) para cada ângulo do plano inclinado (5º até 45º). Após a determinação dos ângulos, iniciamos o experimento com a calibração do dinamômetro, determinamos o peso P do móvel formado pelo conjunto de carro mais 02 massas acopladas medidos pelo dinamômetro, aonde vimos que seu peso corresponde a 174,662g. Com peso definido, o equipamento foi montado e o dinamômetro preso a dois fixadores a cabeceira do plano inclinado ficando paralelo á rampa, em seguida elevamos o plano girando o manípulo do fuso e inclinando o plano articulável até os ângulos determinados. Com isto obtivemos a seguinte valor modular da força aplicada pelo o dinamômetro: Obs: para uma boa leitura batemos levemente com o dedo na capa do dinamômetro, isto diminui a frenagem entre a escala e a capa. CALCULOS - Incertezas Escala em graus do plano inclinado: 0,05º Dinamômetro: 0,0125N - Formulas utilizada µe = tgθ μd = tgθ – F / m.g.cosθ (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) 1º ETAPA µe = tg 21,5º µe ~ 0,39 2º ETAPA Tabela 1: Medição de força através do dinamômetro Ângulo no plano inclinado Força 5º 0,0375 N 10º 0,2000 N 15º 0,4050 N 20º 0,5075 N 25º 0,6000 N 30º 0,70875 N 35º 0,80125 5º > μd = tgθ – F / m.g.cosθ > 0,087 - 0,0375 / 0,174.10.0,996 = 0,066 10º > μd = tgθ – F / m.g.cosθ > 0,176 - 0,2000 / 0,174.10.0,984 = 0,060 15º > μd = tgθ – F / m.g.cosθ > 0,267 - 0,4050 / 0,174.10.0,965 = 0,026 20º > μd = tgθ – F / m.g.cosθ > 0,363 - 0,5075 / 0,174.10.0,939 = 0,052 25º > μd = tgθ – F / m.g.cosθ > 0,466 - 0,6000 / 0,174.10.0,906 = 0,086 *Valor da massa passada de grama para quilograma. Propagação de erro 1 (F = A, m = B, Δa = Incerteza do dinamômetro e Δb = Incerteza do plano inclinado). 5 º > (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) > 0,066 +/- (0,174*0,0125 + 0,0375*0,05) / (0,174)² = 0,123 10º > (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) > 0,060 +/- (0,174*0,0125 + 0,2000*0,05) / (0,174)² = 0,371 15º > (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) > 0,026 +/- (0,174*0,0125 + 0,4050*0,05) / (0,174)² = 0,684 20º > (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) > 0,052 +/- (0,174*0,0125 + 0,5075*0,05) / (0,174)² = 0,840 25º > (A/B) = A/B +/- (BΔa+AΔb/B²) > 0,086 +/- (0,174*0,0125 + 0,6000*0,05) / (0,174)² = 0,982 Propagação de erro 2 (A-B = tgθ, Δa = Incerteza do dinamômetro e Δb = Incerteza do plano inclinado). 5 º > (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) > 0,0375 +/- (0,0125+0,123) = 0,0375 +/- 0,1355 10 º > (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) > 0,2000 +/- (0,0125+0,371) = 0,2000 +/- 0,3835 15 º > (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) > 0,4050 +/- (0,0125+0,684) = 0,4050 +/- 0,6965 20 º > (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) > 0,5075 +/- (0,0125+0,840) = 0,5075 +/- 0,8525 25 º > (A-B) = A-B +/- (Δa+Δb) > 0,6000 +/- (0,0125+0,982) = 0,6000 +/- 0,9945 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Observamos que, a força e o resultado da atração gravitacional exercida pela terra não somente atua sobre o objeto localizado sobre suas superfícies, mas atuando também a distâncias relativamente longas, por conta desta força podemos dizer que o móvel quando livre sofre um deslocamento ao longo do plano inclinado, mas a Px > Fat, caso contrario Px < Fat a aceleração será nulo. No gráfico abaixo, podemos visualizar melhor que à medida que aumentamos o ângulo, o coeficiente de atrito também aumenta isso acontece até atingir 90º graus, onde o coeficiente de atrito tende a diminuir. Gráfico 1: CONCLUSÃO Com este experimento, podemos perceber o quanto um plano inclinado pode interferir na velocidade de deslocamento de um objeto, e também podemos ver que Aristóteles não estava tão errado assim quando disse que o peso de um objeto influenciava na velocidade de sua queda, porém o erro dele foi afirmar que isso aconteceria em queda livre. No plano inclinado, podemos concluir que os valores das forças foram maiores a medida que o ângulo do plano foi aumentado, isso nos faz perceber o por que grandes automóveis, como caminhões, precisão de forças maiores para sua parada e aceleração, pois quanto maior a massa, maior será sua aceleração de deslocamento, por isso precisão que seus motores, freios etc., exerçam uma força maior para segura-los. BIBLIOGRAFIA ZULIAN, Marco A; PERINAZZO, Henrique; BARBOSA, Luiz G. “Revisãodo Plano Inclinado de Galileu”. Disponível em: http://www.erechim.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/20141017162421416poster_ii_mostra_tecnica_-_revisao_do_plano_inclinado_de_galileu.pdf Acesso em: 01 de outubro de 2016. Wikipédia. “Plano Inclinado”. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_inclinado>. Acesso em: 01 de outubro de 2016. Wikipédia. “Coeficiente de atrito”. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Coeficiente_de_atrito>. Acesso em: 01 de outubro de 206 TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Força de atrito"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm>. Acesso em 01 de outubro de 2016. Mossmann, Vera Lúcia F; CATELLI, Kelen B.M. Francisco; LIBARDI, Helena; DAMO. Igino Santos. “Determinação dos Coeficientes de Atrito Estático e Cinético Utilizando-se a Aquisição Automática de Dados”. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172002000200010>. Acesso em: 01 de outubro de 2016.
Compartilhar