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Leitura de Textos no Ambiente Corporativo

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COMUNICAÇÃO NAS EMPRESAS
AULA 6- LEITURA DE TEXTOS
Objetivo da Aula:
1) Definir os fatores de textualidade;
2) Identificar tipologia textual;
3) Aplicar os conceitos de textualidade ao ambiente corporativo.
Com o vídeo demos o pontapé inicial e compreendemos o que é texto, contexto e intertexto. 
Agora precisamos perceber que a leitura não se constitui exclusivamente de processos escritos. Por isso, esta aula traz a construção leitora por meio de códigos não verbais ou mistos.
Cada vez mais, o mundo corporativo nos exige que sejamos mediadores e articuladores de informações. Isso nos obriga a relacionar rapidamente conteúdos muito variados. 
Assim, a intertextualidade, característica muito desenvolvida nos estudos literários, será também trazida à discussão, como recurso para aprofundar essa competência tão necessária ao mercado de trabalho.
Além disso, serão apresentados textos de natureza narrativa, descritiva e dissertativa para que você perceba que tipos diferentes de texto podem despertar ou intensificar habilidades linguísticas utilizadas no mercado ou fora dele.
O contexto do contexto
Vamos começar pelo contexto.
É ele que pode definir o sentido do discurso e, normalmente, orientar tanto a produção quanto a recepção.
Em determinadas circunstâncias, um texto menos complexo, e até aparentemente menos claro, pode funcionar melhor, ser mais adequado, do que outro mais completo que contenha muitas informações. 
Isso acontece, por exemplo, com as placas de trânsito. Elas são mais apropriadas para passar uma mensagem ao motorista, que obviamente está ocupado dirigindo, do que um longo texto explicativo ou persuasivo que o motorista sequer teria tempo para ler.
Como neste caso, é importante que o contexto esteja de acordo com a situação comunicativa e que o interlocutor tenha as referências adequadas para fazer a leitura.
Placas de trânsito
Um motorista, por ter estudado as regras de trânsito, possui as referências necessárias para compreender o significado desses símbolos.
Esse contexto, chamado de contexto não verbal  está de acordo, portanto,  com a situação comunicativa em que o motorista se encontra.
PEDÁGIO 1KM
No caso dessa placa, especificamente, estamos lidando apenas com a escrita. Logo, entramos no contexto verbal.
Esse contexto possibilita nossa comunicação pelas regras de uma língua. 
Isso permite uma fala adequada que resultará em entendimento caso o interlocutor compartilhe as referências necessárias para compreender o significado.
PEDÁGIO 1KM
Observe nas placas acima que temos os dois contextos (verbal e não verbal) associados, já que elas conjugam a imagem da seta e o texto. Chamamos esse caso de contexto misto.
Situações Empresariais
No ambiente empresarial, podemos afirmar que o texto escrito é mais utilizado do que a linguagem não verbal? 
 Não!  Estamos em contato, principalmente no dia a dia corporativo, com logotipos que são nada mais nada menos do que a identidade visual de uma empresa.
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual
Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto pode assumir para cumprir seus objetivos, ou seja, para informar, entreter, comover etc. 
 Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação atende a vários propósitos. 
 Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. 
De forma geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), que aprofundaremos ainda nesta aula.
 Não se esqueça de que um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual. Aliás, um único gênero pode conter mais de um tipo de texto.
 Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Tipos Textuais
Narração
A narração é um tipo de texto em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. 
 Há uma relação de anterioridade e posterioridade e, normalmente, apresenta-se verbalmente no passado.
De início, é bom você procurar sempre contá-los de uma maneira bem diferente, bem inteligente, fugindo dos “lugares comuns”.
Em uma empresa, podemos ter, por exemplo, a necessidade de se contar a história dela em um site ou ainda fazer um relatório.
Ex.1 A narração conta um fato, que pode ser ou não inventado. 
Esse tipo de texto compõe-se de personagens, apresenta tempo e/ou lugar bem definidos.
Como vimos, normalmente, os verbos utilizados estão no tempo passado.
Ex.2 A narrativa, apresentada como música, retoma o conto infantil “Chapeuzinho Vermelho” para criar outro contexto social que envolve os personagens “lobo mau”, “chapeuzinho de maiô” e “vovó”, sendo que esta não participa da ação.
Argumentação
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor. 
O texto argumentativo defende uma ideia específica.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Ex.1 A charge apresenta um argumento (“A preguiça é a mãe de todos os vícios”) para desenvolver outro argumento no qual desloca a ideia inicial (“Mãe é mãe e é preciso respeitá-la”), objetivando defender uma tese contrária.
Ex.2 “É impossível fazer piadas a favor.” (Jaguar) A frase do humorista Jaguar sintetiza um argumento que defende a piada como um discurso contrário a interesses alheios.
Exposição
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). 
Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo.
Ex.1 O texto abaixo traz informações precisas sobre a história da caligrafia. Veja:
Ex.2 A música “Meu bem querer”, composta por Djavan, apresenta uma exposição sobre o tema do amor. 
Na primeira parte da música, a letra informa ao ouvinte/leitor como o eu lírico define o amor que sente. Já na segunda parte, a composição esclarece ao ouvinte/leitor como se sente o sujeito amoroso.
Descrição
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características. 
A sua técnica implica uma contemplação e uma apreensão de algo objetivo ou subjetivo.
O redator, ao descrever, capta o mundo, exterior ou interior, conforme a sua sensibilidade.
Numa visão mais mercadológica, para cada empresa ou situação empresarial há de se fazer uma descrição condizente com a intencionalidade do texto.
É fato que a maioria das empresas deve primar pela objetividade a fim de se fazerem entender suas mensagens. Mas, como tudo depende do contexto, também podem ser necessárias as descrição subjetivas.
Ex.1 Nesta caso, destacam-se características concretas do objeto, aproximando-o o mais possível da realidade. 
A escritora portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen descreve, de forma objetiva, uma casa. Vemos que são usados diversos adjetivos que ajudam o leitor a visualizar o objeto descrito.
Ex.2 Neste texto, o observador apresenta o objeto segundo a emoção que o envolve.
O autor romântico José de Alencar apresenta a personagem principal ao leitor, destacando seus aspectos fundamentais relacionados à natureza. Temos, assim, uma descrição subjetiva.
Injunção
A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação. 
Temos como exemplos de textos injuntivos as questões de prova, as receitas culinárias, os manuais de instrução, algumas propagandas, instruções de jogos etc.
Ex.1 Provérbios, ditados populares e normas de conduta possuem função pedagógica. Por essemotivo, muitos deles caracterizam-se como injunção.
Ex.2 No poema de Thiago de Melo intitulado “O estatutos do homem”, identificamos que há uma mescla dos gêneros textuais poesia e legislação e uma tipologia textual, a injunção.
Gêneros Textuais

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