Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 3 - Pessoas Naturais. Pessoa Natural: Conceito: É o ser humano considerado sujeito de direitos e deveres (CC, art. 1º). Para ser pessoa, basta existir. Individualização da Pessoa Natural: Pelo nome Conceito: Nome é a designação pela qual a pessoa se identifica no seio da família e da sociedade. Elementos: Prenome (pode ser livremente escolhido pelos pais desde que não exponha o filho ao ridículo – LRP, art. 55, parágrafo único) e sobrenome (indica a origem familiar da pessoa) (CC, art. 16). Agnome (sinal que distingue pessoas de uma mesma família). Axiônimo (designação que se dá a forma cortes de tratamento). Hipocorístico (diminutivo do nome). Alcunha (apelido depreciativo que se põe em alguém geralmente tirado de alguma particularidade física). A proteção dada ao nome alcança o pseudônimo ou codinome adotado para atividades licitas (C.C. art. 19) Alteração: quando houver erro gráfico e mudança de sexo; quando expuser seu portador ao ridículo; quando houver apelido público e notório; quando houver necessidade de proteger testemunhas de crimes; em caso de homonímia; quando houver prenome de uso; em caso de tradução de nomes estrangeiros, de adoção, de reconhecimento de filho, de casamento e de dissolução de sociedade conjugal. Pelo estado Conceito: Estado é a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. É o seu modo particular de existir. Aspectos: Individual – diz respeito as características físicas da pessoa (idade, sexo, cor, altura, etc) Familiar – indica a sua situação na família, em relação ao matrimonio e ao parentesco. Politico – concerne a posição do individuo na sociedade politica. Caracteres: Indivisibilidade – o estado é uno e indivisível e regulamentado por normas de ordem publica. Indisponibilidade – trata-se de bem fora do comércio, inalienável e irrenunciável. Imprescritibilidade – nao se perde nem se adquire o estado pela prescrição. Pelo domicilio Conceito: É a sede jurídica da pessoa. É o local onde responde por suas obrigações. Espécies: Necessário ou legal – determinado pela lei Voluntario que pode ser geral ou especial. Geral, quando escolhido livremente pela pessoa. Especial pode ser, o foro do contrato (CC, art. 78) e o foro de eleição (CPC, art. 111). Mudança: Muda-se o domicilio, transferindo a residência com a intenção manifesta de o mudar (CC, art. 74) Personalidade: Toda pessoa é dotada de personalidade, isto é, tem capacidade para figurar em uma relação jurídica. Toda pessoa tem aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações. Momento de Aquisição da Personalidade: Começo da Personalidade Natural: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida – o que se constata pela respiração. Antes do nascimento não há personalidade. A Questão do Nascituro: O art. 2º do Código Civil ressalva o direito do nascituro, desde a concepção. Nascendo com vida, ainda que venha a falecer instantes depois, a sua existência, no tocante aos seus interesses, retroage ao momento da concepção. Encontrando-se os seus direitos em estado potencial, sob condição suspensiva, o nascituro pode praticar atos necessários a sua conservação, como titular de direito eventual (CC, art. 130). Capacidade: Conceito: É a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa. É, portanto, a medida da personalidade. Espécies: A capacidade que todos possuem é a capacidade de DIREITO (aquisição ou gozo de direitos). A capacidade que nem todos possuem é a capacidade de FATO (exercício do direito). Trata-se da aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil, também chamada de “capacidade de ação”. Quem tem as duas espécies de capacidade, tem capacidade PLENA. Quem tem só a capacidade de direito, tem capacidade LIMITADA, e neste caso, ética chamado de “incapaz”. Incapacidade: No direito brasileiro não existe incapacidade de direito, porque todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos (CC, art. 1º). Existe, portanto, somente a incapacidade de fato ou de exercício. Conceito: É a restrição legal ao exercício de atos da vida civil. Incapacidade Absoluta: (CC, art. 3º) Acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz, sob pena de nulidade (CC, art. 166, I). São absolutamente incapazes, os menores de 16 anos. Incapacidade Relativa: (CC, art. 4º) Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido, sob pena de anulabilidade (CC, art. 171,I). No rol dos relativamente incapazes temos: os maiores de 16 e menores de 18 anos; os ébrios habituais e os viciados em toxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente, nao puderem exprimir sua vontade; e os pródigos (CC, art. 4º, I a IV) Certos atos, porem, podem os maiores de 16 anos e menores de 18 anos praticar sem a assistência de seu representante legal, como fazer testamento (art. 1.860) e ser testemunha (art. 228, I) Cessação da Incapacidade Cessa a incapacidade quando desaparece a sua causa. Se esta for a menoridade, cessará em dois casos: a) pela maioridade, aos 18 anos e b) pela emancipação, que pode ser voluntaria, judicial e legal (Art. 5º, paragrafo único). Suprimento da Incapacidade. Tanto a incapacidade absoluta quanto a incapacidade relativa podem ser supridas. A primeira pela REPRESENTAÇÃO e a segunda pela ASSISTÊNCIA (art. 1.634 C.C.) Na representação o incapaz não participa do ato que é praticado somente pelo ser representante. Na assistência, reconhece-se ao incapaz certo discernimento e, portanto, ele é quem pratica o ato, mas não sozinho, e sim acompanhado, isto é, assistido por seu representante. Obs.: O C.C. contem um sistema de proteção aos incapazes que se realiza por meio da representação e da assistência. (arts. 115 a 120, 1.690, 1.734, 1.747, I, 1.767) Em vários dispositivos constata-se a intenção do legislador em protege-los, como nos capítulos referentes ao pode familiar, a tutela, as nulidades, etc.
Compartilhar