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CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTO-PADRÃO

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS – ESUDA
Curso de graduação em Ciências Contábeis
CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTO-PADRÃO:
(“Uma revisão da bibliografia existente”)
Recife – PE
2017
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS – ESUDA
Curso de graduação em Ciências Contábeis
Trabalho apresentado à disciplina de Análise de custos da Faculdade de Ciências Humanas – ESUDA, como requisito parcial para elaboração da nota do segundo exercício do curso de graduação em Ciências Contábeis ao
Prof.º Mr.: CELIO OLIVEIRA
.
Recife – PE
2017
RESUMO
A Contabilidade de Custo é utilizada para auxiliar a administração a tomar decisões, fazer planejamentos e controles dos seus custos. Muitos confundem custos e despesas e não sabem diferenciá-los, mas cada um está classificado de acordo com suas características: os custos são todos gastos utilizados na fabricação ou produção de produtos, bens ou serviços; as despesas são todos os gastos relativos às áreas administrativas. Foi a partir de século XVIII que essa ferramenta ganhou sua importância dentro das entidades e, na atualidade, há exigências de informações qualificadas para que as empresas consigam alcançar seus objetivos no mercado competitivo e melhorem suas atividades internas. Com isso foi criado o sistema de custeamento para melhor atender as necessidades de cada organização de acordo com as suas atividades. Entre os métodos utilizados existe o custo padrão, que serve como instrumento de informações auxiliadoras no controle e na tomada de decisões. Ou seja, é um sistema adequado para direcionar a empresa ao resultado satisfatório, devido a sua comparação da situação real e estimada; por meio do resultado obtido são feitas as análises das variações, se foram favoráveis ou desfavoráveis. Com base nesses dados cabe a administração tomar a decisão adequada à empresa. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, com informações obtidas através de livros, sites.
Palavras chave: Custo-Padrão. Controle. Decisão.
ABSTRACT
Cost Accounting is used to assist management in making decisions, scheduling, and controlling their costs. Many confuse costs and expenses and do not know how to differentiate them, but each one is classified according to its characteristics: costs are all expenses used in the manufacture or production of products, goods or services; The expenses are all expenses related to the administrative areas. It was from the eighteenth century that this tool gained its importance within the entities and, at present, there are requirements of qualified information so that the companies can reach their objectives in the competitive market and improve their internal activities. This created the costing system to better meet the needs of each organization according to its activities. Among the methods used there is the standard cost, which serves as an instrument of information that helps control and make decisions. That is, it is a suitable system to direct the company to the satisfactory result, due to its comparison of the real and estimated situation; By means of the result obtained the analyzes of the variations are made, if they were favorable or unfavorable. Based on these data, the administration must make the appropriate decision to the company. The methodology used to carry out this work was the bibliographical research, with information obtained through books, websites.
Keywords: Cost-Standard. Control. Decision.
1. INTRODUÇÃO
O principal objetivo de qualquer Entidade, independente de sua forma de constituição, é de diminuir seus custos internos para só assim aumentar o lucro.
Portanto, a necessidade da aplicação do custo-padrão, que nada mais é do que uma previsão ou predeterminação dos custos reais devem ser dentro de condições projetadas, servindo como uma base para o controle de custos e como uma medida da eficiência de produção.
Sendo assim, o custo-padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a utilização do custo real. Independentemente de a empresa utilizar o método do custeio direto ou custeio por absorção, ela pode utilizar o conceito de custo-padrão, o qual se diferencia do custo real no sentido que ele é normativo, objetivo, proposto ou um custo que deseja alcançar.
O custo-padrão quando colocado em comparação com os custos reais, ele fornece oportunidade de controle e avaliação de desempenho no sentido de buscar o custo esperado, através de análises, além do que, o custo-padrão pode incorporar metas para realização de custos, pois é uma das técnicas para avaliar e substituir o custo real.
2. CUSTOS CONTROLÁVEIS
São custos que necessitam constantemente de controles de quantidades e valores, e consequentemente são alvos de decisões em relação a tê-los ou não. Exemplo: Matéria Prima; Insumos; Mão-de-Obra; Energia etc.
Para Horngren (1989, p.540), os custos controláveis, são os custos que podem ser controlados pelo responsável por uma unidade administrativa componente da organização.
IUDÍCIBUS (1986, p.250), diz que são os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante um lapso de tempo.
Sabe-se que o maior ou menor grau de controle de um responsável sobre um item de custo está diretamente associado ao nível de especificação de sua autoridade. Desta forma um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle pode escapar de seu responsável.
Diante desse problema é que existe uma contradição entre a acumulação tradicional de custos em centros de custos e suas conseqüentes variações entre previsões (padrões) e realizações, e a necessidade de se atribuírem responsabilidades a nível de pessoa, pelo desempenho.
Observa-se então que os custos ou parte dos custos de um departamento podem ser influenciados por decisões eficientes e ineficientes originadas em outros departamentos.
Observa-se que a depreciação pelo método da linha reta é incontrolável por qualquer setor ou função da empresa, pois independe seu volume da decisão de qualquer pessoa, estando associada ao uso de uma mera fórmula. Também, apesar da matéria prima ser controlada pelo departamento de produtividade e do diretor de produção, o departamento de vendas não exerce decisão sobre ela. 
Sob o ponto de vista de contabilidade por responsabilidade pura, somente deveriam ser reportados como responsabilidade de um setor os custos controláveis pelo responsável do setor, EXCLUINDO-SE os não controláveis, que seriam alocados como responsabilidade de mais alguém, dentro da entidade.
2.1 CONTROLE: SIGNIFICADO
O controle de custos tem por finalidade o fornecimento de informações que contribuem para auxiliar no setor administrativo auxilia na lucratividade da empresa de acordo com o seu planejamento adequado. Para que uma empresa tenha um bom desempenho com o controle de custos, é preciso de uma analise muito rigorosa em todos os setores da empresa, já que o controle de custos não está somente ligado com a produção.
2.2 CUSTOS POR PRODUTO X CUSTOS POR DEPARTAMENTANTO
Custeio por departamentalização é a maneira como se faz o rateio de cada processo produtivo de forma mais precisa, onde a empresa utiliza as fases ou operações em departamentos. O cálculo dos custos acomodados em todos os departamentos, realmente, traduz o esforço ou contribuição dada pelo departamento à produção da organização. (IUDÍCIBUS, 2008)
Para uma adequada distribuição de custos entre os departamentos deve-se estabelecer os critérios de rateios para os departamentos, que assim não possa gerar mais nenhum outro custo; ao contrário do método do custeio por absorção é um método com objetivo de melhor controle dos custos e a desembaraço mais preciso de custos dos produtos (GONÇALVES et al., 2013).
2.3 CUSTOS POR RESPONSABILIDADE
Para Martins (2010) “custos controláveis são os que estão diretamente sob responsabilidadee controle de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar e os não controláveis estão fora dessa responsabilidade e controle”.
2.4 BASE DE COMPARAÇÃO
O custo padrão é usado para controle dos custos, permitindo a comparação entre o custo de fato ocorrido (custo real) e o custo que deveria ter ocorrido (o padrão).
Uma vantagem apresentada pelo custo padrão é permitir a apuração do custo dos estoques por valores previamente fixados, antes da apuração dos custos reais. Isso facilita, por exemplo, a apuração dos custos para tomada de decisões e a elaboração de relatórios em curto período de tempo, o que faz o custo padrão um instrumento valioso para fins gerencias.
Exemplo:
Em uma empresa fabril que trabalha com custo padrão, a variação do tempo mão de obra direta, em certo período, foi de 100 horas acima do numero previsto, que foi de 1.000 horas. No mesmo período, a variação do custo de mão de obra direta por unidade de tempo foi de R$0,10 abaixo do valor orçado, que foi de R$1,00 por hora. 
O valor da variação total entre o custo padrão e o custo real é calculado da seguinte forma:
CUSTO PADRAO	CUSTO REAL
1.000 	1.100
x R$ 1,00	 x R$ 0,90
1.000 	990
O custo real da mão de obra direta foi inferior ao padrão em R$10,00. Como a indústria conseguiu gastar menos do que o padrão estabelecido, a diferença foi favorável. Apesar de a variação no numero de horas ter sido desfavorável, ela foi compensada pela variação favorável do custo por hora de mão de obra direta.
2.5 CUSTOS ESTIMADOS (ESTIMATIVAS DE CUSTOS)
Custo-Padrão Estimado é uma projeção para o futuro que as empresas optam de acordo com o que já foi alcançado, sem se preocupar em avaliar se ocorreu ineficiência na produção passada e que poderá ocorrer futuramente. Com este método as organizações acabam sofrendo desvios em relação aos controles dos custos ao focar em um fundamento que deu certo no passado e deixa de apurar as outras variações que ocorrerá durante o período estimado (CREPALDI, 2008).
É o custo que deverá ser, ou seja, é aquele que procura identificar os custos que deverão alcançar no futuro. Consiste no custo em que normalmente a empresa deverá obter e parte da hipótese de que a média do passado é um número válido, e apenas introduz algumas modificações esperadas, tais como: volume de atividades, mudanças de equipamentos, etc.Para a fixação deste custo, pega-se apenas a média passada, e se por um problema de regulagem a máquina estivesse consumindo mais energia do que deveria, esse fato nem seria percebido.
2.6 UNIDADE DE ESFORÇO DE PRODUÇÃO – UEP
Ao deparar com as dificuldades que as empresas passavam durante os vários processos de fabricação de diversos produtos. Franz Allora, (1995) começou a estudar a implantação da Unidade de Produção nos controles gerenciais fabris, com a colaboração do engenheiro suíço Ludwig Alfrand, com isso começou o surgimento de uma nova unidade de medida da produção, que proporcionasse esse acompanhamento. foi denominada simplesmente Unidade de Esforço de Produção - UEP. Este sistema permite a visualização dos gargalos de produção, capacidade ociosa, e a capacidade total de produção instalada na fábrica, identificando também, onde as empresas deverão investir para ter um melhor desempenho dos processos de fabricação. Com isso, é possível buscar a eficiência da produção e a redução constante de custos e consequentemente um preço de venda mais competitivo. Desta forma, o método de custeio por UEP além de ser um sistema de custeio é uma ferramenta de gerenciamento de produção, proporcionando um melhor controle e planejamento dos processos de fabricação, proporcionando a maximização da produção.
3. CUSTO – PADRÃO
O custo-padrão é um método que as empresas utilizam para melhorar o desempenho das atividades organizacionais e para a elaboração de controles internos, serve também de base para os processos de tomada de decisão. As empresas usam este método para auxiliar a gerência e motivar os colaboradores a estarem atentos aos custos (WARREN; REEVE; FESS, 2008).
Segundo Martins(2010), “a mais eficaz forma de se planejar e controlar custos é a partir da institucionalização do Custo-padrão, que tanto pode ser usado com o custeio por Absorção como com o Variável”.
Os custos são classificados por métodos que auxiliam nas tomadas de decisões e controle, um dos quais é o método de custo-padrão que tem uma grande eficiência nos controles dentro das entidades.
Custo-padrão é o sistema estabelecido pela empresa como meta a ser cumprida dentro dos processos de fabricação e desenvolvimento organizacional. A característica do custeio padrão envolve elementos tecnológicos na cadeia produtiva e a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção (CREPALDI, 2008).
3.1 CONCEITO
Segundo Padoveze(1996,263), Custo-Padrão é uma técnica para avaliar e substituir a utilização do custo real. Ou seja, funciona como uma forma de planejamento como objetivo de medir a eficiência no processo produtivo, comparando os custos reais com a intenção de demonstrar desvios que serão analisados e corrigidos periodicamente com a finalidade de manter o desempenho operacional dentro dos padrões pré- estabelecidos.
Percebe-se que a finalidade dos custos padrão é servir como uma forma 
de controle, onde será utilizado para diversas metas e objetivos. Destacando-se entre os mais importantes: 
Determinar o custo correto, ou esperado;
Definir responsabilidades e obter comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada;
Avaliar o desempenho e a eficácia operacional.
 Determinar o custo correto, ou esperado;
3.2 FINALIDADE
A finalidade do custo-padrão é a de fixar uma base comparativa entre custos planejados e custos incorridos, apurando as divergências entre ambos para que se possa planejar e controlar os custos (MARTINS,2010).
A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O custo padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom Sistema de Custo Real. Uma outra grande finalidade do Custo-Padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. Este efeito pode ser positivo ou negativo.
Em resumo, conforme LEONE (1997), 
"O objetivo principal do custo-padrão é estabelecer uma medida planejada que será usada para compará-los com os custos reais ou históricos(aqueles que aconteceram e foram registrados pela Contabilidade) com a finalidade de revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo, assim, o desempenho operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos".
3.3 FIXAÇÃO DO PADRÃO
O padrão a estabelecer, deve, sempre que possível, ser fixado em quantidades físicas e valores monetários, quer de mão-de-obra, kWh, horas-máquinas, etc. A fixação final do Custo-Padrão de cada bem ou serviço produzidos depende de um trabalho conjunto entre a Engenharia de Produção(cabe fazer as fixações físicas) e a Contabilidade de Custos (cabe transformar as fixações físicas em valores monetários). 
Segundo Martins(2010), recomenda que sua implantação não seja imposto à empresa totalmente e sim a certos produtos ou departamentos ou para certos tipos de custos, pois deve ser instalado onde se julgue necessário. Recomenda ainda, que seja observado o aspecto dinâmico quanto a sua implantação, ou seja, para melhor sucesso do próprio sistema, a implantação (na maioria dos casos) deve ser gradual e ampliada.
3.4 CUSTO PADRÃO E ORÇAMENTO
O custo padrão não deixa de ser uma espécie de orçamento, apenas que tende a forçar o desempenho da produção por ser normalmente fixado com base na suposição de melhoria de aproveitamento dos fatores de produção, ou seja, a otimização dos fatores produtivos da empresa. 
O orçamentopode determinar metas à serem atingidas, servindo de fator psicológico de motivação.
	Sendo assim, o custo padrão e orçamento estão intimamente ligados. Inclusive, existente o custo padrão, se torna fácil a elaboração do orçamento da parte relativa à produção, bastando apenas a definição dos volumes de vendas.
	Desta forma, vemos que o custo padrão acaba servindo também como elemento de base para a elaboração daquela peça de controle global tão importante; simplificando-lhe sobremaneira a própria construção.
3.5 CONTABILIZAÇÃO DO CUSTO - PADRÃO
	O custo padrão não precisa ser obrigatoriamente inserido na contabilidade. Pode esta trabalhar com base apenas nos valores reais, e toda a comparação entre padrão e real ser feita à parte, extra contabilmente, relatórios especiais.
	Pode haver a completa inserção dos valores padrão na contabilização, a partir até do extremo de já se registrar dessa forma as compras, as folhas de pagamentos, etc. com as diferenças apuradas em contas especiais.
	O custo padrão na contabilidade passará a existir contas que terão que registrar as variações entre real e padrão. As variações terão que ser eliminadas, sendo que as possibilidades mais corretas segundo os princípios de contabilidade geralmente aceitos é a sua distribuição, de tal forma que, para balanço, todos os valores de estoques e de custos de produtos vendidos voltem a seus valores reais
Existem diversas formas de contabilizar o custo padrão, onde a mais simples faria com que a conta de produção recebesse os custos valores reais, mas transferisse os produtos a padrão. Podendo fazer todos os lançamentos de forma simples: pelos dados reais debita a produção e pelos valores do padrão credita-a em função dos bens elaborados, e também pelo padrão dá baixa dos vendidos. Facilitando a emissão de relatórios mensais.
 
 Outra forma mais complexa incluiria a separação entre real e padrão, a partir das próprias aquisições dos fatores de produção. Onde a produção recebesse os custos a padrão já usado na própria aquisição dos insumos, antes mesmo de sua utilização.
 Em ambos os produtos acabados e o custo dos produtos vendidos são tratados a valores padrão. E as diferenças em contas específicas ou englobadas, devendo no final do exercício ser descarregadas de tal forma que os estoques e o CPV esteja a valores reais, a não ser que a diferença entre estoques a padrão e a real seja mínima, quando se admite toda a variação em resultado.
 Custo padrão difundiu-se no mundo inteiro, principalmente nos países com baixa inflação. Nos países com alta inflação, como antigamente no Brasil, os custos padrões se desatualizavam muito depressa e era necessário que fosse constantemente revisado.
 Por isso o melhor critério, quando se trata de situação inflacionaria, é o uso do custo padrão corrigido mensalmente pela desvalorização da moeda. O uso de um índice, exemplo o IGP ou o IPC ou ainda o uso de uma outra moeda mais forte exemplo o dólar, guarda um problema relacionado com a defasagem entre a sua oscilação e a da inflação.
4. CONCLUSÃO
A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O custo padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom Sistema de Custo Real. Uma outra grande finalidade do Custo-Padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. Este efeito pode ser positivo ou negativo como citado no texto.
Para que se possa exercer o controle, para que se saiba o grau de eficiência ou ineficiência que se estar produzindo, não basta, pois, conhecer a variação do quanto custou aquilo que estava previsto. É necessário, pois, que as variações ocorridas sejam analisadas como alguma medida. A economia da informação é essa medida criteriosa para determinar se a variação é suficientemente importante para ser investigada evitando, portanto, decisões que possibilitem um gasto maior para se investigar uma variação e corrigir o processo que o resultado auferido em decorrência da decisão de investigar e corrigir. Devemos analisar o custo/benefícios para não cometermos nenhum erro e pormos tudo que já foi pré-estabelecido a perder.
REFERÊNCIAS
ALLORA, Franz. Unidade de medida da produção para custos e controles gerenciais das fabricações. São Paulo: Pioneira, 1995.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GONÇALVES, Carolina Tarouco et al. Gerenciamento de Custos: Aplicação do método custeio baseado em atividade (ABC) na empresa Ferrari Indústria Metalúrgica. Anais VI Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG, v. 4, n.1, 2013.
HORNGREN, Charles T. Introduction to management accounting. New Jersey: Contabilidade de custos: um enfoque administrativo. São Paulo: Atlas, 1989.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. 11 reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. São Paulo. Atlas. 4ª ed. 1986.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo. Atlas, 1997
MARTINS, Elizeu. Contabilidade de Custos. 10. Ed. São Paulo, Atlas, 2010. 
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial – Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. São Paulo. Atlas. 1996
SIQUEIRA, Antonio Carlos Pedroso de. Análise das significâncias das variações do custo-padrão aplicado à produção industrial sob o enfoque da economia da informação.Disponível em: <http://www.milenio.com.br/siqueira/Trab.290.doc> acesso em 27 de maio de 2007.
.
WARREN, Carl; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade de Custo, Contabilidade Gerencial. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

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